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PAPER DO ESTAGIO Rafa atualizado

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8
A CONTRIBUIÇÃO DA GESTÃO ESCOLAR COM RELAÇÃO AO LÚDICO NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM.
Rafaela Borguezan Alves
Ana Cicília Demétrio
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
PED 1831 – Estagio III – Gestão Educacional
22/06/2020
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo descrever e analisar as etapas do Estagio Obrigatório Supervisionado III do curso de licenciatura em Pedagogia, para contribuição de saberes necessários à formação docente, que constituiu na pesquisa e observação da equipe gestora do Centro Educacional Municipal Aririba, contribuindo assim para que haja uma reflexão das teorias vista na universidade que consistem em nos aproximar do espaço escolar. A área de concentração escolhida foi Metodologias de ensino enfatizando o tema A Contribuição da Gestão Escolar com Relação ao Lúdico no Processo de Ensino Aprendizagem. 
Palavras-chave: Aprendizagem. Gestão. Lúdico
1 INTRODUÇÃO
O estágio obrigatório é um componente do projeto pedagógico do curso de Licenciatura em Pedagogia. Entende-se o estágio como parte do processo de ensinar e aprender, da articulação entre teoria e pratica e como forma de interação das instituições com as escolas. O estágio obrigatório tem por objetivo oportunizar ao acadêmico a ter um contato direto com a realidade profissional e adquirir habilidades e competências. Dessa forma, “considerar o estágio como campo de conhecimento significa atribuir-lhe um estatuto epistemológico que supere sua tradicional redução à atividade prática instrumental.” (PIMENTA e LIMA, 2012, p.29)
Nesse contexto, o estágio em gestão é o momento em que o aluno vai ter contato direto com o seu campo profissional de atuação, vai fazer uso dos seus conhecimentos teóricos, observar e, vê-se a importância de desenvolver um projeto de intervenção, uma vez que isso possibilitará ao estagiário a oportunidade de ter contato com vários segmentos da escola, refletir sobre a realidade escolar, para assim empregar os embasamentos teóricos pertinentes à sua prática.
Esse trabalho tem a área de concentração voltada para Metodologias de Ensino, enfatizando o tema A Contribuição da Gestão Escolar com Relação ao Lúdico no Processo de Ensino Aprendizagem. Tem como objetivo analizar o papel da gestão escolar na inclusão do lúdico na escola, relatar a importância do lúdico para uma aprendizagem significativa e observa como se estabelece a mobilização dos gestores junto com os professores sobre a ludicidade. 
 O tema abordado foi escolhido a fim de abordar na própria pratica a importância do lúdico no ensino aprendizagem, o brincar pedagogicamente deve estar incluído no dia-a-dia das crianças. Dessa forma será proporcionado o desenvolvimento das Capacidades cognitivas, motora, afetiva, ética, estética, de relação interpessoal e de inserção social e aprendizagem específica da alfabetização. 
2 GESTÃO ESCOLAR E O LÚDICO 
O tema “A contribuição do gestor escolar com relação ao lúdico no processo Ensino aprendizagem” foi escolhido a fim de abordar na própria pratica a importância do lúdico no ensino aprendizagem, o brincar pedagogicamente deve estar incluído no dia-a-dia das crianças. Dessa forma será proporcionado o desenvolvimento das capacidades cognitivas, motora, afetiva, ética, estética, de relação interpessoal e de inserção social e aprendizagem específica da alfabetização.
A análise feita com a escolha do tema é de como a gestão escolar deveria agir com o fato de que o lúdico contribui grandemente no ensino aprendizagem dentro da instituição. A Gestão Escolar é composta de gestão administrativa e financeira, gestão pedagógica e de recursos humanos.
O termo gestão escolar foi criado para se diferenciar da expressão administração escolar etrazer para o contexto educacional elementos e conceitos fundamentais para aumentar a eficiência dos processos institucionais e melhorar o ensino. O termo gestão escolar não é apenas um termo didático, ele foi construído para desenvolver a ideia de uma escola aberta, democrática, participativa em que todos os atores possam desenhar a história da escola.
A gestão educacional corresponde à área de atuação responsável por estabelecer o direcionamento e a mobilização capazes de sustentar e dinamizar o modo de ser e de fazer dos sistemas de ensino e das escolas, para realizar ações conjuntas, associadas e articuladas, visando o objetivo comum da qualidade do ensino e seus resultados. (LÜCK, 2006, p. 25)
A gestão escolar aborda questões concretas da rotina educacional e busca garantir que as instituições de ensino tenham as condições necessárias para cumprir seu papel principal: ensinar com qualidade e formar cidadãos com as competências e habilidades indispensáveis para sua vida pessoal e profissional.
Gestão é sinônimo de comandar, liderar, administrar, gerenciar, ou seja, um ambiente autônomo e participativo, o que requer trabalho coletivo e compartilhado por várias pessoas de um determinado conjunto para atingir objetivos em comum.
Dessa forma, a gestão escolar procura oferecer todo esse suporte ao aluno e também ao professor e demais funcionários, para que todos possam caminhar na mesma direção e obter bons resultados durante e no final do processo.	
A gestão escolar engloba várias atribuições dentro da instituição educacional e possui historicamente uma postura autoritária, por ser composta pelos principais responsáveis da instituição.
Pode-se inferir que a gestão está relacionada à atuação que objetiva promover a organização, a mobilização e a articulação de todas as condições materiais e humanas necessárias para garantir o avanço dos processos sócio educacionais dos estabelecimentos de ensino, órgãos do Sistema de Ensino, além de orientar para a promoção efetiva da aprendizagem pelos alunos bem como a promoção da Educação como um todo .
Diante disso vem a proposta de unir os atores escolares para trabalhar com o tema de modo que percebemos o quão importante seria a aplicação de uma intervenção que trabalhe com uma metodologia lúdica, a fim de identificar as potencialidades dos alunos e mostrar aos professores como utilizar as diferentes formas em sala, respeitando as particularidades e acarretando efeitos positivos para o processo de ensino aprendizagem.
O lúdico é de fundamental importância, porque proporciona uma aprendizagem interativa e prazerosa, pois através do mesmo a criança aprende brincando.
O lúdico tem sua origem na palavra latina "ludus" que quer dizer "jogo”. Se achasse confinado a sua origem, o termo lúdico estaria se referindo apenas ao jogar, ao brincar, ao movimento espontâneo. O lúdico passou a ser reconhecido como traço essencial de psicofisiologia do comportamento humano. De modo que a definição deixou de ser o simples sinônimo de jogo. As implicações da necessidade lúdica extrapolaram as demarcações do brincar espontâneo (FERREIRA; SILVA RESCHKE [s/d], p.3).
A importância do lúdico se dá também pelo fato de que sua contribuição para o desenvolvimento da criança é considerado fundamental. O brincar proporciona a criança explorar o imaginário e as suas potencialidades, favorecendo a aprendizagem contínua. Através da ludicidade, as crianças aprendem regras e limites (VIGOTSKY, 1998).
Para que o lúdico auxilie na construção do conhecimento é necessário que o professor faça a mediação da atividade planejada por ele e estabeleça os objetivos para que a brincadeira tenha um caráter pedagógico promovendo dessa maneira interação social e o desenvolvimento intelectual.
 Quando o lúdico está presente no contexto escolar, a criança sente prazer e interage com outras crianças e adultos, se sentindo segura e feliz, podendo criar seu mundo de imaginação e fantasias. Para PIAGET (1967) ‘’ o Jogo não pode ser visto apenas como um divertimento ou brincadeira para desgastar energia pois ele favorece o desenvolvimento físico, cognitivo, afetivo e moral’’.
A escola deve priorizar a ludicidade, o brincar é inato da criança, quando não oferecido amesma se sente desmotivada e desprovida de um mecanismo que possibilita seu desenvolvimento em todos os aspectos. Brincar desenvolve as habilidades da criança de uma forma espontânea e natural, pois brincando ela aprende a socializar-se com outras crianças, desenvolve a motricidade, a mente, a criatividade, sem cobrança ou medo mas sim com prazer (Cunha, 2001, p.14).
A criação de um ambiente de aprendizagem de qualidade, imaginativo, criativo e favorável a estimulação das capacidades motoras, de interação, de expressão e comunicação, é nossa intenção. Realçar a importância que assumem os variados envolvimentos, mediados pelos nossos educadores/ professores, envolvidos esses que devem responderá necessidade das crianças na atualidade e atender a uma prática efetuada em condições adequada ao contexto da comunidade em que se insere. (Condessa, 200 9, p. 38).
É importante que na escola tenha espaços para diferentes brincadeiras, que tenha pátio ou até mesmo brinquedoteca, lugares que estimulem a imaginação no brincar. Cabe ao educador mediar a aula e ajudar a desenvolver os valores nas crianças para que amplie suas capacidades e desenvolva o seu cognitivo.
Os professores utilizam o lúdico em diversas atividades em sala de aula e o brincar deve estar incorporado ao cotidiano escolar não como recreação, mas sim como uma oportunidade para as crianças interagirem com os objetos e a cultura. Para Kishimoto (2002), a ludicidade ajuda na promoção de aprendizagem significativa quando os docentes desenvolvem os conteúdos a partir de atividades que levem às crianças a aprenderem.
Para Gomes (2013) ‘’ O lúdico possibilita o acesso à cultura, a incorporação de valores, apropriação de novos conhecimentos. Através do lúdico a criança encontra o equilíbrio entre o real e o imaginário.’’
 A maneira como a criança brinca reflete no seu modo de agir. O cérebro humano se desenvolve por estímulos recebidos nos primeiros sete anos de vida, por isso é necessário incentivar todos os aspectos, sejam eles cognitivos, motor ou afetivo. A grande exposição tecnológica e imagética atual hiperestimula a área cognitiva, mas a criança não desenvolve a parte motora e afetiva. Por esse motivo, é indispensável que haja diversidade nas experiências proporcionadas.
Brincando, aprenderá, o futuro construtor, a medir e a usar a trena; o guerreiro, a calvagar e a fazer qualquer outro exercicio, devendo o educador esforçar-se por dirigir os prazeres e os gostos das crianças na direção que lhes permita alcançar a meta a que se destinaram (PLATÃO, apud SILVEIRA, 1998, P.41). 
Através de brincadeiras, a criança tem apoio para superar dificuldades de aprendizado. Dessa forma, aprender brincando melhora não só o rendimento escolar, mas o ganho no conhecimento, na comunicação e também no modo psicoemocional.
O momento da brincadeira é uma oportunidade de desenvolvimento para a criança. Através do brincar ela aprende, experimenta o mundo, possibilidades, relações sociais, elabora sua autonomia de ação, organiza emoções. O brincar desenvolve também a aprendizagem da linguagem e a habilidade motora. A brincadeira em grupo favorece alguns princípios como o compartilhar, a cooperação, a liderança, a competição, a obediência às regras. 
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é o documento que definirá o que as escolas devem ensinar em cada série. O mais importante é que ele dita como “eixo estruturante” para as aulas na educação infantil o ato de brincar e suas interações.
 Com os pais trabalhando em período integral, as crianças passam a maior parte do tempo em maternais e escolas. Assim, é importante que as instituições tenham um projeto pedagógico que leve a brincadeira como parte do aprendizado. As escolas que seguem esse modelo buscam fomentar a criatividade, explorar o mundo e se relacionar com o outro. 
Além disso, atividades ao ar livre, como brincadeiras no parque, também são importantes. Uma vez que brincar na rua, com vizinhos e amigos, é praticamente inexistente nos dias de hoje. As escolas devem estimular esse tipo de exercício e preencher tal lacuna, visando o bom desenvolvimento dos alunos. Apesar de ser um consenso entre os especialistas a importância das brincadeiras na educação, os pais ainda pensam diferente.
Muito pode ser trabalhado a partir de jogos e brincadeiras como contar, ouvir histórias dramatizar, jogar com regras e desenhar entre outras atividades que constituem meios prazerosos de aprendizagem. À medida que a criança interage com os objetos e com outras pessoas, ela construirá relações e conhecimento a respeito do mundo em que vive. (ROSA, 2014, não paginado).
A vida da criança é uma sucessão de experiências de aprendizagem adquirida por ela mesma, quando tem a oportunidade de interação. Ao chegar à escola, ela traz consigo infinitas experiências e conhecimentos acumulados, conquistados por meio de exploração visual, auditiva, jogos, brincadeiras, conversas, passeios, contatos, brinquedos, que influenciarão no processo de aprendizagem.
 No processo de aprendizagem da leitura e da escrita, a criança defronta-se com um mundo cheio de atrações (letras, palavras, frases, textos) e se engajará neste mundo muito mais facilmente se puder participar integralmente dele e se o processo for transformado num grande ato lúdico (participativo, inteligente, prazeroso), em oposição ao ato técnico (estático, repetitivo, mecânico) muito próprio das escolas. Portanto, percebe-se a necessidade de se relacionar o processo de alfabetização com o lúdico, na forma de jogos e brincadeiras, que despertam o interesse e arrebatam a atenção das crianças, tornando este processo cheio de significado.
[...] o aprender a ler através do lúdico é uma alternativa plausível que despertará na criança o prazer de ler de forma prazerosa, fugindo da ideia de leitura como obrigatoriedade passando desse paradigma para um modelo evolutivo que priorize a leitura como obrigatoriedade agradável com estímulos determinantes para que tenhamos futuros leitores que domine habilidades de linguagem, concentração, atenção tornando esse ato prazeroso. (RANGEL, 2007, p. 9).
A alfabetização e o lúdico são inseparáveis. O ambiente lúdico é o mais propício para a aprendizagem e produz verdadeira internalização da alfabetização e do letramento. O brincar pedagogicamente deve estar incluído no dia-a-dia das crianças.
Este cenário permite inferir que as atividades lúdicas desenvolvidas na escola contribuem significativamente para o processo de ensino e aprendizagem. Os docentes são os mediadores desse processo e as mudanças de estratégias de ensino na prática pedagógica promove aulas mais interativas, bem como favorece a aprendizagem.
O lúdico favorece a autoestima da criança e a interação de seus pares, propiciando situações de aprendizagem e desenvolvimento de suas capacidades cognitivas. É um caminho que leva as crianças para novas descobertas, revelando segredos escondidos explorando, assim, um mundo desconhecido. A criança brincando o tempo todo e em todo o tempo. Por isso que a comida, o lápis, os sapatos, tudo se torna brinquedo. Quando está sem nenhum objeto seu corpo torna-se um brinquedo. O brincar é uma atividade própria da criança, dessa forma, ela se movimenta e se posiciona diante do mundo em que vive. Na alfabetização e no letramento ela não brinca por brincar, ela brinca com propósitos e com um olhar pedagógico.
Com os desafios lúdicos, as professoras estimulam o pensamento, desenvolvem a inteligência, fazendo com que a criança alcance níveis de desenvolvimento que só o interesse pode provocar. A alfabetização e o letramento acontecem de forma contínua na vida criança e, quando o lúdico está presente nas práticas educativas, nas atividades de aprendizagem, nos momentos de atividades mais livres, desperta a criança para o prazer de estar na escola e de aprender. Assim, elas criam um espaço de experimentação e descoberta de novos caminhos de forma alegre, dinâmica e criativa.
 Essa forma de aprender ajuda na preparação para a vida adulta, pois desenvolve asfunções intelectuais e desenvolve suas potencialidades. Vygotsky (1987) afirma que na brincadeira “a criança se comporta além do comportamento habitual de sua idade, além de seu comportamento diário; no brinquedo, é como se ela fosse maior do que ela é na realidade” (p. 117). Enquanto a criança brinca, amplia sua capacidade corporal, explora as percepções e, sobretudo, desenvolve e estimula o raciocínio e a concentração, fatores fundamentais para o aprendizado. Rir, aceitar limites, organizar uma tarefa, concentrar, disputar, estar atento, sentir frio na barriga, raciocinar, pensar, gargalhar, competir com os outros e consigo próprio, ser curioso, ter prazer, cooperar, descobrir-se na relação com os outros, ser ágil, surpreender-se com a atitude do outro, emocionar-se. É difícil esgotar a riqueza de contribuições que os jogos e brincadeiras podem trazer para o desenvolvimento humano de seres pequenos, jovens ou adultos.
 O lúdico enriquece o vocabulário, aumenta o raciocínio lógico e leva a criança a avançar em suas hipóteses. Dessa forma, ela desenvolve o processo de ensino aprendizagem, se alfabetiza e de forma divertida e dinâmica. As atividades lúdicas são fundamentais para uma aprendizagem divertida e de sucesso. O caderno pedagógico do pró-letramento diz que “os jogos promovem habilidades no exercício fonológico, na exploração e domínio das relações som-grafia, levando a terem avanços na leitura e escrita”. Nas situações de jogar, brincar, os alunos partilham suas descobertas com os colegas e assim vão aprendendo a ler e a escrever.
A brincadeira cria para as crianças uma "zona de desenvolvimento proximal" que não é outra coisa senão a distância entre o nível de desenvolvimento real, determinado pela capacidade de resolver independentemente um problema, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da resolução de um problema sob a orientação de um adulto ou com a colaboração de um companheiro mais capaz. (VIGOTSKY, 1998, p. 97).
Que educadores compreendam que a criança aprende através da brincadeira, segundo Machado(2000), “ao brincar a criança busca imitar, imaginar, representar e comunicar-se...”, dessa forma interpretando a sua realidade, e não esquecendo de que o trabalho com crianças exige competência polivalente, bem como, uma formação ampla, sendo assim o brincar torna-se fundamental para o desenvolvimento da criança. Contudo, o professor alfabetizador deverá ser um profissional reflexivo, em constante formação pessoal e acadêmica, atento as diversidades das crianças com as quais trabalham, fazendo uma aprendizagem de maneira lúdica e prazerosa para os educandos.
Os resultados evidenciaram que os jogos e as brincadeiras fazem parte da prática pedagógica dos docentes, considerando sua relevância para o desenvolvimento das várias formas de expressão e de movimentos no processo de socialização das crianças. Isso sinaliza que o lúdico desenvolve percepções peculiares para esses estudantes. 
Cabe, então, à escola introduzir práticas educativas que enriqueçam o imaginário infantil e despertem o prazer pela construção do conhecimento. Para tanto, o educador deve atuar como agente de transformação, substituindo as práticas tradicionais por estratégias ativas de ensino com vistas à promoção do aprender a apreender.
O prazer que as brincadeiras, os jogos e as atividades de integração proporcionam é a base de sustentação da ação lúdica. O docente precisa utilizar o lúdico em sala de aula de forma planejada com vistas ao incremento de uma aprendizagem cognitiva e social. O lúdico é, portanto, uma estratégia que deve ser aplicada no ambiente escolar com a finalidade de ressignificação do conhecimento e do desenvolvimento de habilidades operatórias, tornando-se indispensável no trabalho de sala de aula. 
Nessa perspectiva, as atividades lúdicas são consideradas uma estratégia relevante para ser utilizada pelos professores como parte integrante do planejamento diário, seja de forma individual ou coletiva, com vistas a estimular o raciocínio e a socialização. A criança que brinca e joga se desenvolve individual, social e culturalmente.
3 VIVÊNCIAS DO ESTÁGIO
O estágio foi vivenciado no Centro Educacional Municipal Ariribá, situado na Avenida dos Tucanos, no Bairro Ariribá, na cidade de Balneário Camboriú. É uma escola municipal que atende mais de 1000 alunos do 1º ao 9º Ano do Ensino Fundamental, na faixa etária dos 06 anos aos 14 anos. Dispõem de supervisor e orientador nos anos iniciais e finais. 
CEM Aririba funciona em dois turnos, matutino das 07h45 às 11:45 e no turno vespertino de 13:30 às 17:30. foi criado pelo Decreto nº 3885, de março de 2004, entregue antecipadamente à comunidade no dia 26/02/2004. A presente denominação da escola deu-se pelo Decreto nº4743. No mesmo ano, foi extinta a Escola Municipal do Bairro das Nações, absorveu os alunos desta escola e a demanda dos Bairros: Pioneiros, Praia Brava, Ariribá, das Nações e alguns alunos do Centro (Região Norte do Município). 
A observação do Estágio III nos proporcionou a oportunidade de conhecer de perto a realidade da Gestão Educacional, perceber os desafios que estavam por vir, bem como aprender a lidar com eles e até mesmo saber como superá-los. Escolhi realizar o estágio supervisionado de Gestão Educacional em uma da escola rede pública municipal, visto que é uma escola com uma grande demanda de alunos e funcionários. E como afirma Wallon (2007, p. 17) “[...] não há observação sem escolha ou sem alguma relação, implícita ou não. A escolha é dirigida pelas relações que possam existir entre o objeto ou o acontecimento e nossa perspectiva [...]”.
O estágio ocorreu em três dias, onde no primeiro dia foi observado a rotina da orientadora escolar no segundo dia com a supervisora e no último dia com a gestora da escola. A onde podemos ali entender um pouco, mas do trabalho de cada uma e ter conhecimento de suas funções. 
Durante o período das observações, foi analisada a rotina diária do orientador escolar e suas intervenções pedagógicas. Percebeu-se que ele se preocupa com o bom andamento da Instituição, percorrendo e auxiliando todos os espaços e alunos, não de modo impositivo, mas de forma a auxiliar no processo educacional. Ele é o principal responsável pelo desenvolvimento pessoal de cada aluno, dando suporte a sua formação como cidadão, à reflexão sobre valores morais e éticos e à resolução de conflitos. Ao lado do professor, esse profissional zela pelo processo de aprendizagem e formação dos estudantes por meio do auxílio ao docente na compreensão dos comportamentos das crianças. Orienta, ouve e dialoga com alunos, professores, gestores e responsáveis e com a comunidade. Participa da organização e da realização do projeto político-pedagógico e da proposta pedagógica da escola. Além de estar o tempo todo circulando na escola preocupada com o comportamento dos estudantes
A observação também aconteceu com a supervisora, que exerce uma função fundamental dentro da escola no que diz respeito às atividades pedagógicas, onde sua atuação de fato se faz necessário. Além de ser responsável por todas as turmas da escola, os planejamentos, avaliações, projetos e muitas outras coisas precisam passar por ele. Em casos de escolas públicas o supervisor faz o papel de mediador entre secretária de educação e professores. Por isso é necessário ter parceria entre professor e supervisor, lembrando que as duas profissões têm como foco o ensino e aprendizagem dos educandos. O supervisor é de suma importante na escola por ser ele o mediador do processo educativo, contribuindo e auxiliando o professor no seu planejamento, na execução do PPP da unidade escolar, bem como é o elo entre a escola e a comunidade escolar. Dentro da escola organizam-se os conteúdos de forma também a unificar e nivelar as turmas num contexto de unidade.
Por fim pude observar a rotina da diretora da escola, onde está sempre em contato com as famílias, alunos e funcionários da escola. Ela recepciona os alunos e funcionários no pátio da escola está sempre atenta emtudo que acontece na instituição. Engloba a parte administrativa como a pedagógica. Pois o gestor deve procurar manter todos os segmentos da escola numa relação de troca de aprendizagens, tentando melhorar o processo de aprendizagem da melhor maneira possível. O gestor deve ter ciência do seu papel na gestão, assim como segurança na sua atitude e postura, para que possa gerir a organização da escola de forma a garantir um espaço aberto a participação e posicionamento efetivo de todos os segmentos escolares, sendo assim, sua função é articular e integrar esses segmentos, obtendo conhecimento contínuo e promovendo espaços de saberes não só para ele, como também para os professores incentivando-os a estudar e pesquisar, inclusive dentro da escola, mostrando que esse ambiente é um espaço de teoria, assim como de prática e não apenas da prática, do fazer acontecer, como do preparar-se para melhorar o processo pedagógico. 
4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO 
O estágio supervisionado na área de gestão escolar no curso de pedagogia da Uniasselvi é a oportunidade para o aluno conhecer, vivenciar e contribuir, junto a equipe gestora, para a identificação das problemáticas existentes na escola e discussão dos mecanismos de superação dessas dificuldades, fortalecendo a confiança e a participação no ambiente escolar. 
Pois compreender a pratica de uma equipe gestora na educaçãoa tual é importante para todos os futuros educadores. Porque é preciso que equipe gestora tenha um olhar atento a perceber as dificuldades do momento e um olhar amplo que venha a projetar o objetivos que deseja alcançar jutamente com o corpo docente.
A gestão escolar exerce um trabalho de paciência, de tolerância, de respeito ao tempo, aos níveis, aos medos, aos ritmos individuas e de grupo. É um trabalho de percistência, de vigor, de rigor, também metodológico, que se caracteriza na construção e ritualização de uma rotina pautada na valorização das práticas e na fundamentação teórica. É uma ação que administra a unidade escolar, para que tenha condições de realizar seus obejetivos e tecer os rumos da suas ações de agente formador.
Quando é oferecida à escola a oportunidade de discutir e refletir sobre a importância do PPP para a redefinição dos caminhos e finalidades da instituição, a contribuição do estágio supervisionado na formação do pedagogo adquire o caráter de aprendizagem significativa. Esse trabalho permite tanto as alunas-estagiárias relacionarem os conhecimentos teóricos com os saberes práticos vivenciados na escola campo de estágio, enquanto assumem a postura de pesquisadores, quanto a instituição e comunidade escolar despertar o interesse em revisar e atualizar periodicamente sua proposta pedagógica, além de contribuir para criação de momentos sistemáticos de estudo na escola. 
Partindo desse pressuposto, posso afirmar que a experiência vivenciada durante o estágio me proporcionou momentos inusitados, onde podemos vivenciar mediação entre a Gestão Educacional e os alunos, a família, os professores e os demais funcionários. Percebendo, também que às vezes acontecem alguns imprevistos e não dá para executar aquilo que era planejado, então cabe a gestão escolar ter as competências e habilidades necessárias para contornar a situação, tendo assim outras opções cabíveis no momento.
REFERÊNCIAS
BROUGÈRE, G. Brinquedo e cultura. 8. ed. São Paulo: Cortez, 2010
CONDESSA, I.C. (Org.) (2009). (Re)aprender a brincar: da especificidade à diversidade. Ponta delgada: Universidade dos Açores.
CUNHA, Nylse H. Silva. Brinquedoteca, um mergulho no brincar. 3ª. Ed. Vetor, São Paulo, Brasil, 2001.
GOMES, S. dos S. (2013). Revista Presença Pedagógica, pag. 46, Editora Dimensão. Huizinga, J. H. (1971). Ludens: o jogo como elemento da cultura. São Paulo: Perspectiva/Edusp. 
MOYLES, J. Só brincar? O papel do brincar na educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2010.
VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984.
VYGOTSKY, L. S. A Formação social da mente. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
WALLON, Henri. A evolução psicológica da criança. São Paulo: Martins Fontes, 2017.
BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto. - Brasília: MEC/SEF, 1998.
LÜCK, Heloísa. Gestão educacional: uma questão paradigmática. Petrópolis: Vozes, 2006.
RANGEL, Mary. Dinâmicas de leituras para sala de aula. 21. ed. Petrópolis, RJ: vozes, 2007.

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