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Profª Ms Adriana Cecel Guedes Conteúdo Intracraniano: - Tecido Nervoso (70%) + Líquido intersticial (10%) - Líquor (10%) - Sangue (10%) tecido líquor sangue LCR: 10% do conteúdo intracraniano 150ml no SNC Proteção SNC (mecânicas, químicas e infecciosas, através de uma barreira hematoencefálica 20-30 ml estão no interior dos ventrículos restante nos espaços subaracnóides intracraniano e raquidiano. Produzido pelo plexo corióide O LCR é produzido em torno de 0,3 a 4,0 ml/min Quando a pressão liquórica atinge 5mm/H2O, mecanismos valvulares nos canalículos que unem o espaço subaracnóideo às veias que drenam para o seio sagital superior abrem-se e permitem o escoamento do LCR, para dentro do sistema venoso. Volume total: 4 a 4,5ml/100g de tecido 40% arterial 60% venoso Não sofre alteração do diâmetro Sofre alteração do diâmetro portanto toda a resposta vascular cerebral está do lado arterial, menos de 2% do volume intracraniano ou aproximadamente 25 ml no cérebro adulto. 85% do volume intracraniano (1000 a 1250mL) parte sólida representa 25% do parênquima 75% restantes são constituídos por água Pressão intracraniana (PIC) é aquela encontrada no interior da caixa craniana A PIC tem uma variação fisiológica de 5 a 15 mmHg reflete a relação entre o conteúdo da caixa craniana (cérebro, líquido cefalorraquidiano e sangue) e o volume do crânio A alteração do volume de um desses conteúdos pode causar a hipertesão intracraniana Valores: PIC<10: normal 10<PIC<20: observar 20<PIC<40: moderadamente elevado 40<PIC<60: gravemente elevado PIC>60: fatal Alterações fisiológicas da PIC PPC: PAM – PIC PPC<50: Baixo FSC PPC>70: aumenta mortalidade FSC: PPC RVC Mínimo>25ml/100g/min Ideal: 40<FSC<60ml/100g/min Capacidade de aumento do FSC devido ao aumento da necessidade metabólica Diminuição do fluxo com redução da demanda Capacidade manutenção do fluxo apesar do aumento ou da redução da pressão arterial sistêmica autorregulação metabólica autorregulação pressórica Funciona adequadamente na faixa de variação da PAM, de 50 a 160 mmHg Funciona adequadamente na faixa de variação da PAM, de 50 a 160 mmHg Queda da PAM: vasodilatação Aumento da PAM: vasoconstrição Manutenção do FSC PAM<50mmHg quebra da vasodilatação, com abrupta diminuiçãa do FSC PAM>160mmHg quebra da vasoconstrição, com abrupto aumento do FSC o acúmulo de CO2 no espaço intersticial leva à acidose tecidual, que ocasiona o relaxamento da musculatura lisa da microcirculação e provoca vasodilatação Condição patológica: desacoplamento Hiperemia: excesso de FSC para um tecido que não está consumindo toda a oferta oferecida Oliguemia: FSC menor que as necessidades do tecido relação ideal do FSC com o metabolismo tissular Ocorre frequentemente no TCE Embora com a auto-regulação o FSC permaneça constante, o fluxo sangüíneo regional varia de acordo com as necessidades metabólicas regionais, havendo uma relação direta entre o fluxo e a atividade metabólica das áreas do córtex cerebral Uma forma de avaliar esse acoplamento é o de medir a diferença da saturação arteriovenosa (jugular) de O2: Extraindo muito oxigênio (déficit de fluxo) Excesso no sangue venoso (excesso de fluxo) Agressão encefálica por força externa c/ RNC Comprometimento das capacidades físicas e/ou cognitivas A incidência depende da área geográfica mas, em média, estima-se que há 200 casos de TCE/100.000 hab/ano Faixa etária de maior incidência: 15 a 30 anos: enormes perdas nas idades de maior potencial de vida Afeta mais o sexo masculino Causas: acidente de trânsito, quedas, violência Mortalidade 3x maior que em outros traumas EUA: 500.000 casos/ano Trauma: principal causa de óbito de 0-19 anos Deficiência no atendimento inicial Principais mecanismos de morte no trauma 1ºComprometimento de vias aéreas 2º Choque hipovolêmico 3º Lesão SNC Queda da mortalidade; melhor atendimento, uso de protocolos Tendência a diminuição dos TCEs decorrentes de acidentes de trânsito; aumento por queda (idosos e uso de anticoagulantes) Pouco investimento em reabilitação (caro/demorado) 10 morrem antes de chegar aos serviços de saúde 4 morrem logo após a chegada 86 sobrevivem (10 com sequelas) De cada 100: 24 morrem ou sobrevivem com sequelas limitantes Distribuição trimodal 1º Pico: mortes imediatas na 1ª hora - TCE, TRM, lacerações do coração e grandes vasos 2º Pico - mortes precoces nas primeiras 4 horas - lesões hemorrágicas do SNC, respiratório, abdominal 3º Pico - mortes tardias após dias ou semanas - 80% infecção ou falência de múltiplos órgãos Traumas abertos Traumas fechados (s/ contato com o conteúdo craniano) Quanto à gravidade - Leve (GCS 13-15) - Moderado (GCS 9-12) - Grave (GCS 3-8) Quanto à forma - Aberto (penetrantes) - Fechado (não- penetrantes) Quanto ao momento; -Primária: no momento do trauma -Secundária: após o trauma Quanto à extensão: -Focais -Difusas Relacionada a gravidade de trauma Podem causar lesão vascular e de meninges Fontes de infecção precoce e tardias Tipos: AbertaXFechada; com afundamento Difíceis de serem avaliadas no RX Sinais clínicos: - Rinorréia - Equimose retroauricular (Sinal de Battle) - Equimose priorbital (olhos de guaxinin) - disfunção do VII (paralisia facial) ou VIII par (perda de audição) Sinal de Battle Olhos de guaxinim Epidural Sudural: Agudo e crônico Intracerebral Sg entre osso e dura mater, lesão arterial (rápida evolução), circunscritos e arredondados (dura aderida ao osso). Força o lobo temporal para a região medial Intervalo lúcido Lesão convexa Sg no espaço subural (virtual mas amplo): sg extenso Lesão venosa (evoluem mais lentamente): veias de grosso calibre com paredes finas Acomete uma área extensa do encéfalo (côncavo) Agudo: variável de horas a dias Crônico: até semanas após o trauma Traumas pequenos (esquecidos pelos pacientes), comuns em idosos, FSP não está bem estabelecida, deterioração neurológica gradual até o coma Podem ser pequenos ou volumosos, únicos ou múltiplos. Devem-se à ruptura de vasos intracerebrais. Violenta, brusca agressão encefálica causada por não penetrante. Frequentemente, mas não sempre, acompanhada por pequena perda de consciência Grade 1 transient confusion & no LOC* mental status abnormalities for <15 min. Grade 2 transient confusion & no LOC mental status abnormalities for >15 min. Grade 3 Any LOC- brief or prolonged (seconds, minutes or longer) *LOC = loss of consciousness Microruptura axonal Rotação (mais lesivas que as forças de aceleração e desaceleração unidirecionais) Macroscopicamente pode não ser visível inicialmente quando o crânio sofre uma rotação brusca, a inércia do cérebro faz com que continue parado por frações de segundo, quando o crânio já está em movimento. Ocorre o oposto se o crânio em movimento é freado subitamente. as camadas superficiais do cérebro são freadas antes das profundas, produzindo uma deformação intraparenquimatosa chamada cizalhamento. Este causa tração e ruptura de axônios e vasos em várias regiões dos hemisférios cerebrais, causando lesão dos tratos nervosos Maior causa de sequelas e estado neurovegetativo Melhor exame: CT normal ou com pequenas lesões hemorrágicas (apenas 3 a 20% dos casos) Clínica: perda de consciência acima de 6 horas após o TCE; Hipotensão Hipoglicemia Hipóxia Local do acidente Infecções Distúrbio hidroeletrolítico Distúrbios metabólicos Instabilidade hemodinãmica Hipertensão intracraniana Tardiamente Alt intracelulares (influxo de cálcio, disfunção mitocondrial, produção de radicais livres de oxigénio e apoptose) e extracelulares(alterações da membrana vascular e acidose extracelular) responsável pela falência da auto-regulação cerebrale pelo desenvolvimento do edema cerebral pós- traumático e consequente hipertensão intracraniana . Pode ocorrer até o décimo dia. O fluxo sangüíneo cerebral médio em adultos jovens é de 50-55l/100g/min O cérebro de um adulto médio pesa cerca de 1400g 50 ml X 1400g: 700ml/min o que corresponde a aproximadamente 14% do débito cardíaco e 18,5% do consumo de O2 Com fluxo: <20 ml/100g/min ocorre lesão celular com parada na transmissão elétrica <15ml/100/min ocorre rapidamente lesão irreversível 1° LCR 2° Sangue - vasoespasmo 3° Tecido encefálico - herniação Sinais e Sintomas: Cefaléia Vômitos Edema papilar Tríade de Cushing (hipertensão, bradicardia e alteração do ritmo respiratório) Onda A (ondas de platô): elevação da PIC até 100mmHg, t: 2 a 20 minutos e retorno rápido ao valor basal: comprometimento grave do controle da PIC Ondas B: amplitude até 50mmHg, 1 a 2 vezes por minuto. Reflete a influência do ciclo respiratória na PIC. Prejuízo da complacência: ALERTA Onda C: são as de menor amplitude (0 a 20 mm Hg) e parecem ser o resultado das flutuações da pressão arterial sistêmica e disfunção cerebral. Complicações: • Infecções (> depois de 5d de monitoração): ventriculites, meningites, cerebrites • Hemorragias • Mal Funcionamento • Obstrução • Mal posicionamento • Crises Convulsivas • Lesão do Parênquima Cefaléia Vômitos Edema papilar Tríade de Cushing (hipertensão, bradicardia e alteração do ritmo respiratório) Sedação e paralisia Diminuir PIC Diminuir necessidade de oxigenação Permitir melhor controle respiratório BZD, barbitúricos ou curare* * Para otimizar VM Obrigatório uso de analgésico com sedativo O nível adequado de sedação deve ser estabelecido antes do início da terapia e reavaliado sistematicamente de acordo com o quadro clínico Procedimento da medida do RASS: •Observar o paciente •Paciente está alerta, inquieto ou agitado.(0 a +4) •Se não está alerta, dizer o nome do paciente e pedir para ele abrir os olhos e olhar para o profissional. •Paciente acordado com abertura de olhos sustentada e realizando contato visual. (-1) •Paciente acordado realizando abertura de olhos e contato visual, porém breve. (-2) •Paciente é capaz de fazer algum tipo de movimento, porém sem contato visual. (-3) •Quando paciente não responde ao estimulo verbal realizar estímulos físicos. Paciente realiza algum movimento ao estímulo físico. (-4) •Paciente não responde a qualquer estímulo. (-5) • Necessidade de vigilância • Avaliação neurológica – perda do parâmentro • Repercussões hemodinâmicas • Maior risco de infecções • Redução de massa muscular, perda massa óssea • Risco aumentado de TVP e úlceras por pressão • Imobilidade • Efeitos colaterais próprios de cada fármaco Objetivos: avaliar a dose de sedativo Diminuir acúmulo Após o despertar, a infusão é reiniciada se houver necessidade Estudos mostram que diminui tempo de sedação Interrupção temporária dos sedativos até que o paciente seja capaz de dar 3 ou 4 respostas simples ou apresentar agitação PROTOCOLOS DE SEDAÇÃO Observacional 242 pacientes Pacientes recebendo sedação endovenosa contínua (CIVS) ou intermitente (No CIVS). Profª Adriana Cecel Guedes Júlio, 30 anos, no 1º DI em UTI por TCE com hematoma subdural após fratura linear + 1º PO de Craniotomia para exerese de hematoma e DVE. Evolui sedado, sem resposta a estímulos.Mantém cateter para monitoração da PIC com oscilações. Pupilas isocóricas, RFM+.Hipertenso. Eupneico, intubado, sob ventilação mecânica. A ausculta pulmonar MV+ sem ruídos adventícios. Secreção por COT branca em pequena quantidade. Abdomem globoso, flácido, RHA+, recebe dieta por SNE. Normoglicêmico. Com SVD, com bom débito. Com CVC em VSCD. Incisão cirúrgica cefálica limpa e seca. Com escoriações em MMSS e MMII. Funcional Fisiológico Psicossocial Ambiental Atividade/Exercício Autocuidado Conforto Crescimento e desenvolvimento Nutrição Sexualidade Sono/repouso Valores/crenças Eliminação Função Cardíaca Função farmacológica Função respiratória Integridade tissular Líquidos e eletrólitos Neurocognição Regulação física Reprodução Sensação/Percepção Autopercepção Comportamento Comunicação Conhecimento Emocional Enfrentamento Papéis nos relacionamentos Controle de riscos Populações Sistema de cuidado de saúde DÉFICIT NO AUTOCUIDADO PARA BANHO DÉFICIT NO AUTOCUIDADO PARA HIGIENE DÉFICIT NO AUTOCUIDADO PARA ALIMENTAÇÃO Caracterizado por incapacidade de lavar o corpo relacionado à déficit neuromuscular e cognitivo Caracterizado por incapacidade de fazer higiene íntima apropriada relacionado à déficit neuromuscular e cognitivo Caracterizado por incapacidade de engolir alimentos relacionado à déficit neuromuscular e cognitivo Banho Realizar banho no leito Realizar higiene íntima Realizar higiene ocular Manutenção da saúde oral: Realizar higiene oral Aplicar hidratante em lábios Alimentação por sonda enteral: Monitorar os ruídos intestinais a cada 8 horas Observar presença de vômitos Verificar resíduos antes de cada alimentação intermitente Suspender a alimentação via sonda se resíduo maior que 150 cc ou 120% do gotejamento hora em adulto Monitorar peso 3x/semana : Capacidade Adaptativa Intracraniana Prejudicada Caracterizado por edema cerebral e elevação da PIC Controle de edema cerebral: 33. Observar alterações de estado mental M T N 34.Monitorar a PIC e a PPC M T N 35.Possibilitar o retorno da PIC entre os cuidados de enfermagem M T N 36.Reduzir os estímulos no ambiente do paciente M T N 37.Manter cabeça alinhada ao corpo M T N 38. Manter decúbito elevado M T N 39.Observar valores de PCO2 M T N 40.Limitar a aspiração a menos de 15 segundos M T N Ventilação espontânea prejudicada Caracterizado por incapacidade de manter ventilação espontânea, relacionado à respiração artificial Monitoração Respiratória: 14.Monitorar freqüência, ritmo, profundidade e esforço nas respirações M T N 15.Monitorar ruídos adventícios M T N 16.Monitorar dados do ventilador mecânico M T N 17.Monitorar secreções respiratórias M T N Controle de vias aéreas artificiais: 18. Manter insuflação do cuff entre 15 e 20 mm Hg M T N 19.Trocar fixação de tubo endotraqueal a cada 24 horas M 20. realizar aspiração endotraqueal 2/2 horas 8 10 12 14 16 18 20 22 24 2 4 6 Risco de infecção Relacionado a procedimentos invasivos Controle de riscos: Realizar curativo em inserção de cateter venoso central cateter de PIC com antisséptico. Observar aspecto de inserção de cateter venoso central Cuidado com sondas: vesical Trocar fixação da sonda diariamente Observar débito e aspecto de urina Integridade da pele prejudicada Caracterizada pela ruptura da pele em virtude da incisão cirúrgica e escoriações Cuidados com lesões: Realizar curativo em incisão cirúrgica com SF0,9% Aplicar AGE em escoriações de membros Cuidados drenos: ventriculostomia/dreno lombar Monitorar quantidade e aspecto do líquido cerebro espinhal Esvaziar a bolsa quando necessário e medir débito Manter a bolsa abaixo da linha da orelha Observar presença de rinorréia/otorréia Realizar curativo em inserção com antisséptico
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