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eoe0000 0000QO 00QO" 0000 0QO oe 0 2.1 lntrodu~ao Ambiente de Trabalho "Caminhante, nao ha caminho. 0 caminho se f azao passar." S6crates Podemos iniciar este capftulo definindo como ambiente de trabalho todo espac;o, fisico ou abstrato, que, ao interagir com o trabalhador, influencia-o de maneira positiva ou nega- tiva, alterando seu estado fisico, psfquico e social. Outros autores definem bem esse tema como "um conjunto de fatores interdependentes, materiais ou abstratos, que atua direta e indiretamente na qualidade de vida das pessoas e nos resultados dos seus trabalhos" (WADA, 1990). Todo ambiente de trabalho e composto por um conjunto de fatores interdependentes. Quando um desses fatores, ou um conjunto deles, foge ao controle, seja pelos nfveis per- mitidos ou pelos processos que se desencadeiam, o ambiente de trabalho torna-se suscetf- vel de desenvolver as chamadas patologias do trabalho, que podem ser citadas como aci- dentes do trabalho, doenc;as profissionais ou doenc;as do trabalho. Portanto, no ambiente de trabalho necessitamos encontrar condic;oes capazes de propor- cionar o maximo de protec;ao e ao mesmo tempo satisfac;ao no trabalho. E quando existe essa combinac;ao, com toda certeza resulta num aumento significativo da produtividade, melhoria da qualidade dos servic;os, reduc;ao do fndice de absentefsmo e diminuic;ao dnis- tica das doenc;as e dos acidentes do trabalho. Figura 2.1 Ambiente de T rabalho • • • ••• • • • • • • • • Edilora ~, ica - S0guranca do Trabalho: Guia Prcitico e Oidtalico - Paulo Roberto sarsano e Rildo Pereira B..:irbosa . 11 Ed~ o 49 2.2 Os Poluentes Os poluentes atuam, direta ou indiretamente, na qualidade de vida do ambiente de tra- balho, podendo prejudicar - e muito - a saude dos trabalhadores que se encontram expos- tos sem nenhurna prote~iio adequada. Conhecer suas origens, caracterfsticas de prolifera(i'.iiO, seus danos a saude hurnana, bem como as respectivas formas de preven(i'.iio, siio fatores es- senciais de observa(i'.iio pelos profissionais de seguran(i'.a do trabalho que buscam, incansavel- mente, melhorias para a qualidade de vida de todos na empresa (trabalhadores, empregado- res, fornecedores etc.) e no meio ambiente. Eles classificam-se em: primarios, secundarios e fontes naturais de poluentes. ~ Primari.os: siio aqueles emitidos diretamente de fontes identificaveis, estiio na at- mosfera na forma em que siio emitidos. Exemplo: poeiras em gera!, compostos de en.xofre, mon6xido de carbono, compostos organicos, compostos de hidrogenio e compostos radioativos. Secundarios: siio produzidos no ar pela rea(i'.iiO entre dois ou mais poluentes. Exemplo: di6xido de en.xofre, proveniente das atividades industriais (combustiio de 6leos, opera~oes de fusiio, usinas de natureza tipicamente qufmica), neblina de acido sul- furico. Fontes naturais de poluentes: vegeta(i'.iiO, polens, solo, gotfculas do mar, poeira. 2.2.1 Fontes de Polui~ao ~ Nas industrias: poluentes emitidos. ~ Metalurgica: mon6xido de carbono, fumos, di6xido metalico, gas sulfuroso, fumos de chumbo, cinzas. Manufatura e acabamentos de metais: fumos metalicos, poeiras da fundi(i'.iiO, ne- voas e vapores solventes. ~ Minera~o: gases explosivos, poeiras em gera!, mon6xido de carbono. ~ Produtos alimentfcios: substancias cloriferas. Industrias mecanicas: poeiras e nevoas do departamento de acabamento, fuma~as e fumos no tratamento termico, Figura 2.2. Industrias de papel e papelao: sulfeto de hidrogenio, algumas partfculas. ~ Industria de madeiras: poeira, solventes, fuma(i'.a das queimas de residuos da madeira. ~ Quimica e farmaceutica: todas as formas de polui(i'.iiO do ar. 50 Seguranr,i do Trabalho - Guia Pra6co e Didatico Edilora ~, ica - S0guranca do Trabalho: Guia Prcitico e Oidtalico - Paulo Roberto sarsano e Rildo Pereira B..:irbosa . 11 Ed~ o Figura 2.2 D D D 11 2.3 Fatores que lnfluenciam o Ambiente de Trabalho 0 ambiente de trabalho e o local onde o trabalhador passa a maior parte de seu tempo, chegando a totalizar mais de quinze horas por dia, se considerarmos as horas perdidas, diariamente, nos transportes coletivos, que os trabalhadores, tantas vezes, tem de suportar. Por isso, o ambiente de trabalho merece especial atenc;ao dos profissionais do Servic;o Especializado em Engenharia de Seguranc;a e Medicina do Trabalho (SESMT), os quais devem atentar para os diversos fatores aos quais os trabalhadores ficam sujeitos diaria- mente, entre eles: os fatores meteorol6gicos, os topograficos e os emocionais. 2.3.1 Fatores Meteorol6gicos e Topograficos A atmosfera atua como meio de propagac;ao da poluic;ao do ar e como agente de difusao dos poluentes. Deste modo, diversos sao os fatores meteorol6gicos que influenciam esse fen6meno, sobretudo os ventos, a temperatura e a umidade do ar, bem como as precipita- c;oes ( chuva, neve etc.). Os regimes dos ventos sao de primordial importancia, pois a direc;ao deles determina para onde vai a poluic;ao, e a velocidade seni fator preponderante na diluic;iio das substan- cias emitidas. A relac;ao entre a temperatura do are a temperatura dos gases emitidos influi nas condi- c;oes de dispersao vertical dos ventos. A umidade relativa do ar e muito importante porque dela dependem as reac;oes de formac;iio das neblinas. As celulas influem tambem de uma maneira acentuada, podendo ser consideradas como importantes fatos de alta depurac;iio do ar. Fatores como esses podem, niio raras vezes, desencadear doenc;as que estavam ocul- tas no organismo do funcionario, como e o caso das rinites alergicas, que tem seu apareci- mento mais comum quando o trabalhador atua diretamente em ambientes com poeiras, ar seco etc., Figura 2.3. Ambiente de T rabalho 51 Edilora ~, ica - S0guranca do Trabalho: Guia Prcitico e Oidtalico - Paulo Roberto sarsano e Rildo Pereira B..:irbosa . 11 Ed~ o 0 ---=--F2----===~ ~~-- 0") .. C. ~- 0 - - ~ 2.3.2 Fatores Emocionais Figura 2.3 E natural que o trabalhador leve problemas pessoais para o ambiente de trabalho. Nao ha como fingir que esta tudo bem quando, na verdade, esta passando por problemas par- ticulares que somente ele e capaz de dosar, saber realmente o valor dessa angustia, como a perda de um ente querido, a desilusao de um amor trai~oeiro, entre outros, Figura 2.4. Esses fatores sao, na maioria das vezes, os grandes responsaveis pelo aumento do {ndi- ce de absentefsmo (atrasos e faltas no trabalho ), presente{smo (funcionario presente, mas sem produzir nada; nao quer trabalhar, apenas cumprir seu horario), de doen~as e aciden- tes do trabalho. 0 profissional da area de seguran~a do trabalho deve atentar a essas alte- ra~oes e propor medidas que favore~am a melhoria contfnua do ambiente de trabalho para os empregados. Por exemplo, propor campanhas e palestras de motiva~ao para os colabo- radores, estudo de clima organizacional, melhorias na qualidade de vida da organiza~ao, readequa~ao de cargos etc. Figura 2.4 2.4 Riscos Ambientais De acordo com a NR 9, norma do Ministerio do Trabalho que trata do Programa de Pre- ven~ao de Riscos Ambientais, os ambientes de trabalho estao expostos aos seguintes riscos: ~ Ffsicos: as diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores, tais como rufdos, vibra~oes, pressoes anormais, temperaturas extremas, radia~oes ionizantes, radia~oes nao ionizantes, bem como o infrassom e o ultrassom. Edilora ~, ica - S0guranca do Trabalho: Guia Prcitico e Oidtalico - Paulo Roberto sarsano e Rildo Pereira B..:irbosa . 11 Ed~ o ~ Biol6gicos: bacterias, fungos, bacilos, parasitas, protowarios, vlrus, entre outros. ~ Quimicos: substancias, compostos ou produtos que possam penetrar no organis- mo pela via respirat6ria, nas formas de poeiras, fumos, nevoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de exposi~iio, possam ter contato com o organismo ou ser absorvidos por ele atraves da pele ou por ingestiio, Figura2.5. Figura 2.5 2.4.1 Classifica~ao das Particulas S61idas e Liquidas ~ Fumos: siio partlculas s61idas com diametro menor que 1 mm. ~ Poeiras: sao partfculas s6lidas com diametro maior que 1 mm. ~ Nevoas: siio partlculas Ifquidas suspensas no ar e podem ser maiores ou menores que 1 mm. 2.5 Condi~oes Ambientais de Trabalho De acordo com a NR 17, norma do Ministerio do Trabalho que trata da ergonomia: as condi~oes ambientais de trabalho devem estar adequadas as caracterfsticas psicofisiol6gi- cas dos trabalhadores ea natureza do trabalho a ser executado. Nos locais de trabalho onde siio executadas atividades que exijam esfor~o intelectual e aten~iio constantes, tais como salas de controle, laborat6rios, escrit6rios, salas de desenvol- vimento ou analise de projetos, dentre outros, siio recomendadas as seguintes condi~oes de conforto: ~ nfveis de rufdo de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira regis- trada no INMETRO; ~ lndice de temperatura efetiva entre 20<>C (vinte) e 23°C (vinte e tres graus centfgrados); ~ velocidade do ar nao superior a 0,75 m/s; umidade relativa do ar niio inferior a 40 ( quarenta) por cento, Figura 2.6. Ambiente de T rabalho 53 Edilora ~, ica - S0guranca do Trabalho: Guia Prcitico e Oidtalico - Paulo Roberto sarsano e Rildo Pereira B..:irbosa . 11 Ed~o Figura 2.6 2.6 0 Mapa de Riscos3 0 mapa de riscos e a representac;:ao grafica de como os trabalhadores percebem o seu ambiente de trabalho. Tambem deve ser simples e objetivo a tal ponto que aqueles traba- lhadores mais leigos consigam interpreta-lo sem nenhum auxilio tecnico, Figura 2.7 . • • • Figura 2.7 2.6.1 Objetivos • lllsco elfnco .... .......... • -1111nimlc1 ~ Reunir as informac;:oes necessarias para estabelecer o diagn6stico da situa<;iio da se- guran<;a e saude no trabalho na empresa. Possibilitar, durante a sua elaborac;:iio, a troca e divulgac;:iio de informa<;oes entre os trabalhadores, bem como estimular sua participac;:ao nas atividades de preven<;ao. 2.6.2 Metodologia A CIPA deve ouvir os trabalhadores envolvidos quanto aos agentes que Ihes causem des- conforto, mal-estar, irrita<;iio, enfim, todo fator que influencia negativamente a sua relac;:ao com o ambiente laboral. 3 Portaria n• 25, de 29 de dezembro de 1994, Anexo IV - NR 5 CIPA. 54 Seguranr,i do Trabalho - Guia Pra6co e Didatico Edilora ~, ica - S0guranca do Trabalho: Guia Prcitico e Oidtalico - Paulo Roberto sarsano e Rildo Pereira B..:irbosa . 11 Ed~ o Deve ainda: " Conhecer o processo de trabalho no local analisado: os trabalhadores: numero, sexo, idade, treinamentos profissionais e saude, jornada; os instrumentos e materiais de trabalho; as atividades exercidas, Figura 2.8; o ambiente. Figura 2.8 Identificar os agentes de riscos existentes no local analisado, conforme a classifica- ~ao da Tabela 2.1. Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficacia: medidas de prote~ao coletiva; medidas de organiza~ao do trabalho, Figura 2.9; medidas de prote~ao individual; medidas de higiene e conforto: banheiro, lavat6rios, vestiarios, armarios, bebe- douros, refeit6rios, area de lazer. Figura 2.9 Identificar os indicadores de saude: queixas mais frequentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos mes- mos riscos; Ambiente de T rabalho 55 Edilora ~, ica - S0guranca do Trabalho: Guia Prcitico e Oidtalico - Paulo Roberto sarsano e Rildo Pereira B..:irbosa . 11 Ed~o acidentes de trabalho ocorridos; doen~as profissionais diagnosticadas; causas mais frequentes de ausencia ao trabalho. ~ Conhecer os levantamentos ambientais ja realizados no local. ~ Elaborar o mapa de riscos, sobre o "layout" da empresa, indicando por meio do circulo: o grupo a que pertence o risco; o numero de trabalhadores expostos ao risco, o qual deve ser anotado dentro do circulo; a especifica~ao do agente (por exemplo: quimico-silica, hexano, acido cloridico; ou ergonomico - repetividade, ritmo excessivo), que deve ser anotada tambem dentro do circulo; a intensidade do risco, de acordo com a percep~ao dos trabalhadores, que deve ser representada por tamanhos proporcionalmente diferentes dos circulos. Depois de discutido e aprovado pela CIPA, o mapa de riscos, completo ou setorial, deve ser afixado em cada local analisado, de forma claramente visivel e de facil acesso para os trabalhadores. No caso das empresas de industrias de constru~ao, o mapa de riscos do estabelecimento deve ser realizado por etapa de execu~ao dos servi~os, devendo ser revisto sempre que um fato novo e superveniente modificar a situa~ao de riscos estabelecida. Tabela 2.1 • ClassificBfiO dos riscos.' G<upo 1: 1 Grupo 11: 1 Grupo 111: Grupo IV: Grupo V: Verde Vwmelho Marrom Amarelo Azul Riscos Fisicos Riscos Qufmicos Riscos Biol6gicos Riscos Ergonomicos Riscos de Acidentes Ruido Poeiras Virus Esfo"° fisico intenso Arranja fisico inadequado Vibra90es Fumos Bacterias Levantamento e lransporte Maquinas e equipamentos manual de peso sem prot~ao Radia90es ionizantes Nevoas Prolozoarios Exigencia de postura inadequada Ferramentas inadequadas ou defeiluosas Radia90es nao Neblinas Fungos Controle rigido de produtividade llumina9ao inadequada ionizanles Frio Gases Parasilas lmposi9ao de ritmos excessivos 8elricidade Calor Vapores Bacilos Trabalho em tumo e notumo Probabilidade de incendio ou explosao Substancias, com- Jornadas de trabalho Arrnazenamento Pressoes anormais poslos ou produtos prolongadas inadequado qufmicos em geral Umidade Monotonia e repetilividade Animais peQOnhenlos Oulras situa9oes causadoras de Outras silua90e5 de risco que podem contribuir para a eslresse fisico e/ou psiquico ocorrencia de acidentes • Portaria n• 25, de 29 de dezembro de 1994, Anexo IV - NR 5 CIPA (Tabela I). 56 Seguranr,i do Trabalho - Guia Pra6co e Didatico Edilora ~, ica - S0guranca do Trabalho: Guia Prcitico e Oidtalico - Paulo Roberto sarsano e Rildo Pereira B..:irbosa . 11 Ed~ o Tabela 2.2 - Modelo de mapa de risco. Empresa: ----------- Endet~O!----------- Presidente: - ---------- Ya-Presidente:--------- TEic. Seg. Trabalho: ________ _ Data: -~f~f- ~ de funcion&rlos: ~----+: 1 1 ESTOOUE 1 Mapa de Riscos Ambientais CIPA Comissao lnterna de Prevenc;:ao de Acidentes 1 1 1 ~ ABC MANUTENCAO 1 1 EMSALAGEM AS A _,_ c[[[]]]] - --- C ~~0-· ----;I ~ EXPEDl',AOE FATURAMENTO \ • ---- C -- \. • RECE81MENTO - VESTIARIOS 1 SUPERVlSAO DOCD 1 11 l 1 OOCAS DE CARGA E OESCARGA I I '-------,~ .. " . j 1 ! \ r>,,.-H .f--1--..i..,.--::1._ - - l C • ABC 1 ._ - - - u ~~o-·····r··· 1 WC r • - • ,i- COZINHA 1 1---h=====~<..,/ ESTACIONAMENTO OAS EMPILHADEIRAS - D 1 1 '--' r· · • 0 · · · ~++-+' / RAMPAOE ACESSO DE E.MPILHAOEIRAS - REFEIT6 RIO A BB A 1 RECEPCAO 1 BATERIA DE GAS 1 PORTARIA 1 wc 1.__~_, -1- ~ - 1- 1 ESTACJONAMENTO : ··--------··: ~========+======='--.: . ! . :-+-: .- 1-·ee- • • ~ ····f ········' '--0---+-' J' ' • ' ENTRADA DE PEOESTRES ENTRADA DE VEICULOS • Rlsco Fislco: {A . calor; B • Mo: C · rufdO) - Risco Ouimioo: (A - poeiras: 8 - gases a base de ctldmio) a Rlsco BlolOgico: (A . bacterlas) D Risco Ergon6mioo: (A . levantamento e tronsporte manual: B . postura inacrequ&da; C. ritrno e,cc;essivo: D . monoconia) D Rlsco de Acldente: (A · e.xplos&o: 8 • ln~lldlo: C • queda de caixas e pallecs: 0. atropelamen10: E . arranjo fisico W\adequado) =: Salda de Emerg8ncia _. Rota de Fuga 0 Ponto de Enconlro Ambiente de T rabalho I RESERVAT6RIO DE AGUASUBTERRANEO R CABINE PRlMARIA 1 Gtau de Risoo 1 0 1 Allo 1 0 1 M8dio 1 0 1 -· 1 Edilora ~, ica - S0guranca do Trabalho: Guia Prcitico e Oidtalico - Paulo Roberto sarsano e Rildo Pereira B..:irbosa • 11 Ed~o 57 2.7 Resumo Todo ambiente de trabalho e composto por um conjunto de fatores interdependentes. Quando um desses fatores, ou um conjunto deles, foge ao controle, seja pelos nfveisper- mitidos ou pelos processos que se desencadeiam, o ambiente de trabalho torna-se suscetf- vel de desenvolver as chamadas patologias do trabalho, que podem ser citadas como aci- dentes do trabalho, doenc;as profissionais ou doenc;as do trabalho. Os poluentes atuam diretamente na qualidade do ambiente e podem ser classificados em: ~ Primari.os: emitidos diretamente de fontes identificaveis, estao na atmosfera na for- ma em que sao emitidos. Exemplo: poeiras em geral, compostos de enxofre, mon6- xido de carbono, compostos organicos, de hidrogenio e radioativos. Secundarios: produzidos no ar pela reac;ao entre dois ou mais poluentes. Exemplo: di6xido de enxofre, proveniente das atividades industriais (combustao de 6leos, operac;oes de fusao, usinas de natureza tipicamente qufmica), neblina de acido sul- furico. ~ Fontes naturais de poluentes: vegetac;ao, polens, solo, gotfculas do mar, poeira. E natural que o trabalhador leve problemas pessoais para o ambiente de trabalho. Nao ha como fingir que esta tudo bem quando, na verdade, esta passando por problemas par- ticulares que somente ele e capaz de dosar, saber realmente o valor dessa angustia, como a perda de um ente querido, a desilusao de um amor traic;oeiro, entre outros. Esses fatores sao, na maioria das vezes, os grandes responsaveis pelo aumenta do indice de absentefsmo (atrasos e faltas no trabalho ), de doenc;as e acidentes do trabalho. 0 pro- fissional da area de seguranc;a do trabalho deve atentar a essas alterac;oes e propor medidas que favorec;am a melhoria contfnua do ambiente de trabalho para os empregados. Nos locais de trabalho onde sao executadas atividades que exijam esforc;o intelectual e atenc;ao constantes, tais como salas de controle, laborat6rios, escrit6rios, salas de desenvol- vimento ou analise de projetos, dentre outros, sao recomendadas as seguintes condic;oes de conforto: ~ niveis de ruido de acordo com o estabelecido na NBR 10152, norma brasileira registra- da no INMETRO; ~ indice de temperatura efetiva entre 20°c (vinte) e 23°C (vinte e tres graus centigrados); ~ velocidade do ar nao superior a 0,75 m/s; ~ umidade relativa do ar nao inferior a 40%, Figura 2.6. 0 mapa de riscos e a representac;.ao grafica de como os trabalhadores percebem o seu ambiente de trabalho. Tambem deve ser simples e objetivo a tal ponto que aqueles traba- lhadores mais leigos consigam interpreta-lo sem nenhum auxflio tecnico. Deve ter como objetivo: 58 Seguranr,i do Trabalho - Guia Pra6co e Didatico Edilora ~, ica - S0guranca do Trabalho: Guia Prcitico e Oidtalico - Paulo Roberto sarsano e Rildo Pereira B..:irbosa . 11 Ed~ o Reunir as informac;:oes necessarias para estabelecer o diagn6stico da situac;:ao da se- guranc;:a e saude no trabalho na empresa. Possibilitar, durante a sua elaborac;:ao, a troca e divulgac;:ao de informac;:oes entre os trabalhadores, bem como estimular sua participac;:ao nas atividades de prevenc;:ao. A CIPA deve ouvir os trabalhadores envolvidos quanto aos agentes que lhes causem des- conforto, mal-estar, irritac;:ao, enfim, todo fator que influencia negativamente a sua relac;:ao com o ambiente laboral. Depois de discutido e aprovado pela CIPA, o mapa de riscos, completo ou setorial, deve ser afixado em cada local analisado, de forma claramente visfvel e de facil acesso para os trabalhadores. 2.8 Exercicios 2.8.1 Exercicios de Revisio 1. Defina ambiente de trabalho. 2. Como sao classificados os poluentes? 3. Cite, no mfnimo, tres fontes de poluic;:ao. 4. Quais fatores emocionais influenciam o ambiente de trabalho? 5. Como sao classificadas as partfculas s6lidas e lfquidas? Ambiente de T rabalho 59 Edilora ~, ica - S0guranca do Trabalho: Guia Prcitico e Oidtalico - Paulo Roberto sarsano e Rildo Pereira B..:irbosa . 11 Ed~o 6. Quais siio os objetivos do mapa de riscos? 7. Quais condi1y6es de conforto siio recomendadas nos locais de trabalho onde siio exe- cutadas atividades que exijam esfor1yo intelectual e aten1yiio constantes? 8. No mapa de riscos, os locais com risco de choque eletrico e explosoes devem ser sina- lizados por qual cor? 9. No mapa de riscos, locais com risco de acidentes envolvendo animais pe1yonhentos devem ser sinalizados por qual cor? 10. De acordo com o mapa de riscos, quais siio os agentes causadores do risco biol6gico? 2.8.2 Exercicios de Fixa~ao (FUNDAc;:Ao CASA - T.ECNICO DE SEGURANc;:A DO TRABALH0/2011) 1. Na elabora1yiio do mapa de riscos, a classifica1yiio dos principais riscos ocupacionais em grupos, de acordo com sua natureza, e a padroniza1yiio das cores correspondentes permitem afirmar que: a. Os fumos metalicos siio riscos ffsicos e siio representados pela cor marrom. b. A eletricidade e um risco biol6gico e e representada pela cor amarela. c. A umidade e um risco qufmico e e representada pela cor azul. 60 Seguranr,i do Trabalho - Guia Pra6co e Didatico Edilora ~, ica - S0guranca do Trabalho: Guia Prcitico e Oidtalico - Paulo Roberto sarsano e Rildo Pereira B..:irbosa . 11 Ed~ o d. 0 armazenamento inadequado e um risco ergonomico e e representado pela cor vermelha. e. As radia<;:oes niio ionizantes siio riscos fisicos e siio representadas pela cor verde. 2. Sao objetivos do mapa de risco, EXCETO: a. Reunir as informa<;:oes necessarias para estabelecer o diagn6stico da situa<;:iio da seguran<;:a e saude no trabalho na empresa. b. Possibilitar, durante a sua elabora<;:iio, a troca e divulga<;:iio de informa<;:oes entre os trabalhadores. c. Reduzir o absentefsmo nas empresas. d. Estimular a participa<;:iio dos funcionarios nas atividades de preven<;:iio. 3. Atividades envolvendo baixas temperaturas, de acordo com o mapa de riscos, devem ser representadas pela cor: a. Verde b. Vermelho c. Amarelo d. Azul 4. Atividades envolvendo movimentos repetitivos, de acordo com o mapa de riscos, de- vem ser representadas pela cor: a. Verde b. Vermelho c. Amarelo d. Azul (PREFEITURA MUNICIPAL DE MAIRINQUE - T.ECNICO EM SEGURAN<;:A DO TRABALH0/2011) 5. Assinale a alternativa que apresenta o risco que se caracteriza por qualquer fator que possa interferir nas caracteristicas psicofisiol6gicas do trabalhador, causando descon- forto ou afetando sua saude: a. Ergonomico b. Deacidente c. Qufmico d. Ffsico e. Biol6gico Ambiente de T rabalho 61 Edilora ~, ica - S0guranca do Trabalho: Guia Prcitico e Oidtalico - Paulo Roberto sarsano e Rildo Pereira B..:irbosa . 11 Ed~ o (PREFEITURA DE MAIRINQUE -TECNICO EM SEGURAN<;:A DO TRABALH0/2011) 6. Os circulos pintados na cor marrom, no mapa de riscos de uma empresa, indicam os riscos: a. De acidentes b. Ffsicos c. Qufmicos d. Biol6gicos e. Ergonomicos (PREFEITURA DE MAIRINQUE-TECNICO EM SEGURAN<;:A DO TRABALH0/2011) 7. Sobre os riscos ambientais, leia as proposi~oes: I. Ruldo, vibra~ao localizada, umidade e calor sao riscos flsicos. 11. Nevoas, fungos e neblina sao riscos qulmicos. 111. Vfrus, bacterias e parasitas sao riscos biol6gicos. Esta(ao) correta(s): a. I e II, apenas. b. I, II e III. c. I e III, apenas. d. II, apenas. e. III, apenas. 62 Seguranr,i do Trabalho - Guia Pra6co e Didatico Edilora ~, ica - S0guranca do Trabalho: Guia Prcitico e Oidtalico - Paulo Roberto sarsano e Rildo Pereira B..:irbosa . 11 Ed~ o