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Inflação - Trabalho

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Inflação
Conceito de inflação: 
 A inflação é definida como um aumento contínuo e generalizado no índice de preços, ou seja, os movimentos inflacionários são aumentos contínuos de preços, e não podem ser confundidos com altas esporádicas de preços. O aumento de um bem ou serviço em particular não constitui inflação, que ocorre apenas quando há um aumento generalizado da maioria dos bens e serviços. As fontes de inflação costumam diferir em função das condições de cada país: 
a) tipo de estrutura de mercado (oligopolista, concorrencial etc.), que condiciona a capacidade dos vários setores de repassar aumentos de custos aos preços dos produtos; 
b) grau de abertura da economia ao comércio exterior: quanto mais aberta a economia à competição externa, maior a concorrência e menores os preços dos produtos;
c) estrutura das organizações trabalhistas: quanto maior o poder de barganha dos sindicatos, maior a capacidade de obter reajustes de salários acima dos índices de produtividade e maior a pressão sobre os preços. A forma mais tradicional para estudar a questão inflacionária é distinguir a inflação provocada pelo excesso de demanda agregada (inflação de demanda) da inflação por elevação de custos (inflação de custos) e da inflação devida aos mecanismos de indexação de preços (inflação inercial).
As causas da inflação:
Inflação de demanda
· A inflação de demanda refere-se ao excesso de demanda agregada em relação à produção disponível de bens e serviços. A probabilidade de ocorrer inflação de demanda aumenta quando a economia está produzindo próximo do pleno emprego de recursos. Nessa situação, aumentos da demanda agregada de bens e serviços, com a economia já em plena capacidade, conduzem a elevações de preços. Um fenômeno associado à inflação de demanda é a chamada curva de Phillips, que mostra que existiria uma relação inversa entre as taxas de salários e as taxas de desemprego. A partir de dados coletados da economia do Reino Unido, de 1861 a 1957, essa curva mostrou que existe, empiricamente, um trade-off (ou relação inversa) entre taxas de salários nominais (que podem ser associadas às taxas de inflação) e taxas de desemprego. Coeteris paribus, elevações da procura agregada levam as empresas a demandar mais mão de obra, ocasionando aumento de salários monetários (nominais) e redução das taxas de desemprego. Para combater um processo de inflação de demanda, a política econômica deve basear-se em instrumentos que provoquem redução da procura agregada por bens e serviços, como redução dos gastos do governo, aumento da carga tributária, controle de crédito e elevação da taxa de juros. 
 Inflação de custos 
A inflação de custos pode ser associada a uma inflação tipicamente de oferta. O nível da demanda permanece o mesmo, mas os custos de certos fatores importantes aumentam. Com isso, ocorre uma retração da produção, deslocando a curva da oferta do produto para trás, provocando um aumento dos preços de mercado. 
As causas mais comuns dos aumentos dos custos de produção são:
· aumentos do custo de matérias-primas: por exemplo, as crises do petróleo da década de 1970, ao elevar sensivelmente os preços dessa matéria-prima, provocaram um brutal aumento nos custos de produção, em particular nos custos de transporte e de energia com base na gasolina e no diesel, que forçosamente foram repassados aos preços dos produtos e dos serviços. Os aumentos de preços agrícolas, não sazonais, devido a fatores como geadas e secas, também caracterizam uma inflação de custos. Os aumentos de preços de matérias-primas também são conhecidos na literatura econômica como choques de oferta; 
· aumentos salariais acima da produtividade: um aumento das taxas de salários que supere os aumentos na produtividade da mão de obra acarreta um aumento dos custos unitários de produção, que são normalmente repassados aos preços dos produtos. Isso ocorre, normalmente, em setores que têm sindicatos com grande poder de barganha; 
· estrutura de mercado: a inflação de custos também está associada ao fato de algumas empresas, com elevado poder de monopólio ou oligopólio, terem condições de elevar seus lucros acima da elevação dos custos de produção. Muitos economistas acreditam que o fenômeno da estagflação (estagnação econômica com inflação) pode ser devido ao fato de que, mesmo em períodos de queda da atividade produtiva, as firmas com poder oligopolista têm condições de manter suas margens de lucros sobre custos (mark-up) ao aumentar o preço de seus produtos finais. 
Inflação inercial 
A inflação inercial é o processo automático de realimentação de preços. Ou seja, a inflação corrente decorre da inflação passada, perpetuando-se uma inércia ou memória inflacionária. Ela é provocada, fundamentalmente, pelos mecanismos de indexação formal (salários, aluguéis, contratos financeiros) e indexação informal (preços em geral e impostos, preços e tarifas públicas). Ou seja, os aumentos de preços passados são automaticamente repassados para todos os demais preços da economia, por meio dos mecanismos de correção monetária, cambial e salarial, gerando um processo autorrealimentador de inflação.
Controle da Inflação
Os governos possuem diversos instrumentos monetários (juros e compulsórios) e instrumentos fiscais (gastos e tributação) para controlar a demanda agregada e, conseqüentemente, o nível de inflação.
 Demanda Agregada
Em macroeconomia, demanda agregada é a demanda total de bens e serviços numa dada economia para um determinado momento e nível dos preços. É o total de bens e serviços na economia que será adquirido a todos os níveis de preços possíveis. Esta é a demanda do produto interno bruto de um país quando os níveis de estoque são fixos.
A demanda agregada depende da quantidade de moeda em poder dos agentes econômicos (consumidores, empresas, governos), das despesas e impostos a que estão sujeitos e de outras variáveis.
O controle da demanda agregada é essencial para o controle do processo inflacionário.
 
Instrumentos para controle da inflação no curto prazo
O principal instrumento de curto prazo para controle da inflação é a política monetária, ou seja, a política de juros do Banco Central. Esse é o instrumento mais rápido e mais utilizado. O governo é detentor dos recursos financeiros tendo, então a prerrogativa de tabelar seu preço.
Quando o Banco Central desejar sinalizar rapidamente para o mercado que a remarcação de preços começa a oferecer risco à economia, ele eleva a taxa básica de juros . Deste modo, a obtenção de crédito passa a ficar mais onerosa, arrefecendo a demanda. Conseqüentemente a remarcação de preços tende a cessar, pois o consumidor não estará mais comprando.
Em geral o governo estabelece um Banco Central (BC) independente com um mandato de estabilidade de preços e determinando uma meta de inflação. Caberá ao BC manejar a política monetária (o oferta de moeda) com objetivo de manter a medida de inflação (o índice de preços) o mais próximo possível da meta.
Desta forma o governo usa como principal mecanismo para manter a inflação sob controle a taxa de juros Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia = remunera títulos públicos) essa taxa é definida pelo Copom (Comitê de Política Monetária/Banco Central) que serve de base para toda a economia ( taxas de empréstimo, taxa de financiamento).
Quais os indicadores utilizados para medir a inflação?
IGP - Índice Geral de Preços, calculado pela Fundação Getulio Vargas. É uma média ponderada do índice de preços no atacado (IPA).
IPC - Índice de Preço ao Consumidor (medido pela FIFE – Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), medido dentro do município ou Estado.
INPC - Índice Nacional de Preços ao Consumidor (medido pelo IBGE), média do custo de vida nas 11 principais regiões metropolitanas do país para famílias com renda de 1 até 5 salários-mínimos.
IPCA - Índice de preços ao Consumidor Amplo (Calculado de IBGE) leva em consideração o custo de vida para famílias com renda mensal de 1 a 40 salários-mínimos.

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