Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

1
Nome: Patrício Reichert
RGM: 22525751
Atividade Reflexiva - Unidade: I
Polo: Palmas – TO
VALORIZAÇÃO DO PROFESSOR E PLANO DE CARREIRA DOCENTE
	O Plano Nacional de Educação (PNE) determina diretrizes, metas e estratégias para a política educacional no período de 2014 a 2024. Entre as vinte metas estabelecidas pelo PNE, será feita uma análise e exposto algumas perspectivas sobre a valorização do professor e o plano de carreira docente, haja vista que estas duas metas afetam profundamente a qualidade do ensino e as expectativas dos profissionais da educação. 
	Em relação à valorização do professor, o PNE tem como objetivo até 2020, igualar o salário médio dos professores à renda de outros profissionais com a mesma escolaridade. Um grande desafio, já que os dados do IBGE em 2015, mostram que os professores ganhavam 52,5% do salário médio de outros profissionais com a mesma escolaridade. Conforme a Fundação Getúlio Vargas, em 2018, essa porcentagem já subiu para 70%. Este avanço pode parecer animador, mas diante do cenário econômico nacional, percebe-se que este dado está mais vinculado às quedas salariais no setor privado do que à valorização do profissional da educação. Entende-se também, que as crises econômicas e as turbulências políticas que afetaram a economia brasileira nos últimos anos, trarão consequências negativas às remunerações salariais dos servidores públicos, inclusive aos trabalhadores da educação.
	O PNE expõe algumas estratégias para alcançar suas metas na valorização do professor, tais como: um piso salarial nacional para os trabalhadores da educação; a criação de um fórum permanente para o acompanhamento desta atualização salarial; a ampliação da assistência financeira específica da União aos entes federados; a implementação na União, nos Estados, no Distrito Federal e dos Municípios, planos de carreira para os profissionais do magistério. 
	A Constituição Federal de 1988, no artigo 206 e inciso VIII, já coloca como princípio de ensino o piso salarial profissional nacional para os profissionais da educação escolar pública. A Lei n° 11.738 de 16 de julho de 2008 também institui o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica. No dia 27/02/2013, o Supremo Tribunal Federal decidiu que a Lei 11.738/2008, que regula o piso salarial nacional dos profissionais do magistério público da educação básica, passou a ter validade a partir de 27 de abril de 2011, quando o STF reconheceu sua constitucionalidade. A decisão obriga a todos os entes federativos ao cumprimento da Lei. A Resolução nº 7, de 26 de abril de 2012 do Ministério da Educação trata do uso de parcela dos recursos da complementação da União ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) para o pagamento integral do piso salarial dos profissionais da educação básica pública. Analisando os termos jurídicos legais, percebe-se que as estratégias elaboradas pelo PNE em 2014, buscam em grande parte, alcançar aquilo que já foi determinado em Lei. 
O PNE teve como objetivo, criar até 2016 planos de carreira para os professores da Educação Básica e Superior pública de todos os sistemas de ensino, usando como referência o piso salarial nacional profissional, definido na Constituição. Mas este desafio ainda é enorme para os próximos anos, isto, porque 10% dos municípios brasileiros ainda não possuem planos de carreira no magistério. O país ainda não possui um plano de carreira nacional para os docentes, as iniciativas são apenas de alguns estados. Além de não haver um plano de carreira unificado no país, há uma grande dificuldade dos municípios e estados manter em dia os planos de carreiras aprovados. As reformas econômicas já encaminhadas nos últimos anos de abalos econômicos, preveem cortes de gastos na educação, congelamento de salários e suspensão de concurso público. São propostas totalmente contrárias às estratégias PNE em relação à valorização do professor e o seu plano de carreira. 
Enquanto salário e carreira não forem atraentes, os jovens não se sentirão dispostos a seguir a carreira do magistério, nem os veteranos se sentirão motivados para a sua qualificação profissional. Elevar os salários do magistério implicará sem dúvida no aumento da qualidade da Educação, sendo que esta, precisa ser vista como um projeto prioritário para o desenvolvimento econômico e social de um país.
REFERÊNCIAS
CONDSEF. Suspensão dos concursos e o congelamento de salários dos servidores públicos.
Disponível <https://www.condsef.org.br/noticias/suspensao-dos-concursos-congelamento-salarios-dos-servidores-publicos>. Acessado em 24/09/2019. 
FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS. Salários dos professores é 30% inferior aos demais profissionais com o mesmo nível de escolaridade. Disponível <https://portal.fgv.br/>. Acessado em 24/09/2019. 
MEC. PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO - LEI N° 13.005/2014. Disponível <http://pne.mec.gov.br/18-planos-subnacionais-de-educacao/543-plano-nacional-de-educacao-lei-n-13-005-2014>. Acessado em 24/09/2019. 
MEC. Piso Salarial Profissional Nacional – Lei nº 11.738, de 16/7/2008. Disponível <http://portal.mec.gov.br/piso-salarial-de-professores>. Acessado em 24/09/2019. 
Plano Nacional de Educação. disponível em: < http://www.observatoriodopne.org.br/uploads/reference/file/439/documento-referencia.pdf>. Acessado em 24/09/2019.

Mais conteúdos dessa disciplina