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Apostila Módulo Báscio

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Prévia do material em texto

Rev.09 1 
 
 
2 
 
 
 
PROGRAMA DE TREINAMENTO: 
CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS EM ATMOSFERAS EXPLOSIVAS 
PRINCIPIOS BÁSICOS DE SEGURANÇA: MÓDULO BÁSICO 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 1.1. Objetivos 
 
O PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS EM ATMOSFERAS EXPLOSIVAS, tem como objetivos: 
1) Atender a legislação vigente (Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego): 
• NR-10 (2004) - Segurança em instalações e serviços em eletricidade, 
• NR-33 (2006) - Segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados , 
• NR-30 – Anexo II (2010) - Plataformas e instalações de apoio – treinamentos em atmosferas explosivas, 
• NR-20 (2019) – Segurança e saúde no trabalho com inflamáveis e combustíveis. 
 
2) Atender ao Programa de Certificação de Profissionais Ex (Em implantação): 
O IECEx é o setor da IEC (International Electrotechnical Commission) voltado a definição de processos de certificação de 
acordo com as normas relativas aos equipamentos para utilização em atmosferas explosivas. 
O IECEx visa estabelecer sistemas internacionais de certificação para atmosferas explosivas, totalmente baseados nas 
Normas IEC e ISO e tem como abordagem o ciclo total de vida das instalações em Áreas Classificadas. 
O IECEx possui três sistemas de certificação, dentro desta abordagem do ciclo total de vida: 
• Certificação de empresas de prestação de serviços “Ex”, 
• Certificação de competências pessoais, baseados nas Normas da Série IEC 60079, 
• Certificação de equipamentos para instalação em atmosferas explosiva. 
Foi publicada pelo IECEx em 2013, a versão em português do seguinte Documento Operacional sobre atmosferas 
explosivas: 
 IECEx OD 504 - Especificações para a avaliação dos resultados das unidades de competência. 
Este Documento Operacional especifica as competências pessoais requeridas para as atividades relacionadas com 
equipamentos e instalações para atmosferas explosivas (comumente denominados equipamentos “Ex”) e os requisitos 
para sua correspondente avaliação e certificação. 
Este documento apresenta também uma orientação para a avaliação das competências pessoais, baseada nos 
conhecimentos e habilidades que definem as Unidades de Competência. As competências pessoais especificadas neste 
documento são competências adicionais àquelas previamente adquiridas para atividades similares em áreas não 
classificadas 
Os próximos passos para a certificação são: 
 ABENDI – Publicação da norma NA-017 – Qualificação e Certificação de Pessoal para Atmosferas Explosivas 
 Após isto a certificação de profissionais será voluntária no Brasil 
 INMETRO – Publicação de Regulamento de Avaliação da Conformidade instituindo a Certificação de Profissionais Ex. 
 
3) Trazer segurança às instalações industriais e aos trabalhadores sujeitos ao risco de explosão, bem como à 
população próxima a estas. 
3 
 
1.2. Público alvo e carga horária 
 
 
 
4 
 
1.2.1. Princípios básicos de segurança – Módulo Básico 
Objetivo: 
• NR-10 (2004): Segurança em instalações e serviços em eletricidade. 
• NR-33 (2006): Segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados. 
• NR-30 – Anexo II (2010): Plataformas e instalações de apoio – treinamentos em atmosferas explosivas. 
• NR-20 (2019): Segurança e saúde no trabalho com inflamáveis e combustíveis. 
• IECEx OD-504 (2013): Certificação de competências pessoais para atmosferas explosivas – Ex.001. 
 
Conteúdo: 
• Substâncias combustíveis / inflamáveis: características, propriedades, perigos e riscos; 
• Áreas Classificadas: zona, grupo e classe de temperatura; 
• Controles coletivo e individual para trabalhos com substâncias combustíveis / inflamáveis; 
• Fontes de Ignição e seu controle; 
• Procedimentos básicos em situações de emergência com substâncias combustíveis / inflamáveis; 
• Proteção contra incêndio com inflamáveis. 
 
Público Alvo: 
• Profissionais da área elétrica que realizam atividades em, ou associadas a atmosferas explosivas; 
• Profissionais que realizam atividades de manutenção, inspeção, operação, atendimento à emergências 
e segurança e saúde no trabalho na áreas ou locais de extração, produção, armazenamento, 
transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e combustíveis. 
Carga Horária: 
 8 Horas. 
Limitação 
do escopo: 
 Este módulo, aplicado individualmente, só atende a profissionais que executam atividade 
específica, pontual e de curta duração. 
 Não faz parte do escopo deste treinamento teórico o conteúdo programático prático exigido 
pela NR-20: Conhecimentos e utilização dos sistemas de segurança contra incêndio com 
inflamáveis. 
Avaliação: 
NR-20 - Item 20.11.17: “Para os cursos de Integração, Básico, Intermediário, Avançados I e II e 
Específico, a emissão do certificado se dará para os trabalhadores que, após avaliação, tenham 
obtido aproveitamento satisfatório.” 
 
• 5 questões por módulo com 3 alternativas cada (há uma única correta); 
• Aproveitamento mínimo de 60% (nota 6,0), ou seja, 3 questões corretas por módulo; 
• 25 minutos para cada módulo; 
• Com consulta à apostila; 
• Sem consulta ao colega; 
• Serão distribuídos 3 tipos diferentes de avaliação com mesmo grau de dificuldade. 
 
 
 
5 
 
1.2.2. Conteúdo Detalhado 
1. INTRODUÇÃO 
1. Objetivos 
2. Público alvo e carga horária 
2. CONCEITUAÇÃO BÁSICA 
1. Tetraedro do fogo 
2. Substância combustível 
1. Gás inflamável 
2. Liquido inflamável ou combustível 
3. Poeira ou fibra combustível 
3. Área classificada 
4. Ignição, combustão e propagação 
3. RISCO DE EXPLOSÃO 
1. DEMONSTRAÇÃO PRÁTICA 
1. Equipamentos de processo 
2. Ambientes de processo 
3. Acidentes 
2. NORMALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICÁVEL 
1. Histórico Ex 
2. Responsabilidades - Contratantes e Contratadas 
3. Negligência, Imprudência e Imperícia 
4. Penalidades 
5. ABNT - Atmosferas explosivas 
3. CONTROLES COLETIVO E INDIVIDUAL PARA TRABALHOS COM SUBSTÂNCIAS COMBUSTÍVEIS / 
INFLAMÁVEIS 
1. Gerenciamento do risco de explosão 
6 
 
4. IDENTIFICAÇÃO DO RISCO 
1. Substâncias combustíveis/inflamáveis: características, propriedades, perigos e riscos 
1. Fontes de Informação 
2. Ponto de Fulgor 
1. Inflamáveis x Combustíveis – Conforme NR-20 
2. Diamante de Hommel 
3. Faixa de Explosividade 
1. Características tóxicas de gases e vapores 
4. Densidade de Vapor 
5. Temperatura de Auto Ignição 
6. Energia Mínima de Ignição 
7. Poeiras e Fibras – Parâmetros pertinentes para Classificação 
2. Classificação de Áreas 
1. Graduação do risco 
1. Classe de temperatura 
2. Grupo de explosividade 
3. Zona 
2. Delimitação das áreas 
5. CONTROLE ATMOSFERA 
1. Proteções primárias contra explosão 
6. CONTROLE DA IGNIÇÃO 
1. Fontes de ignição e seu controle 
2. Identificação de equipamentos Ex 
7. CONTROLE DE DANOS 
1. Procedimentos básicos em situações de emergência com substâncias combustíveis / inflamáveis 
2. Proteção contra incêndio com Inflamáveis 
 
7 
 
2. CONCEITUAÇÃO BÁSICA 
2.1. Tetraedro do fogo 
 
O “tetraedro do fogo” representa os quatro elementos que devem ocorrer simultaneamente para que haja a 
combustão: comburente, combustível, ignição e reação em cadeia. 
Comburente é todo elemento que, associando-se quimicamente ao combustível, é capaz de fazê-lo entrar em 
combustão na presença de uma fonte de ignição inicial (o oxigênio, presente no ar ambiente, é o principal comburente). 
Combustível é qualquer substância que reage com o oxigênio (ou outro comburente) liberando energia, usualmente de 
modo vigoroso, na forma de calor, chamas e gases. 
A maioria dos hidrocarbonetos e muitas outras substâncias utilizadas na indústria são combustíveis. Estas substâncias, 
na forma de gás, vapor, gotas líquidas ou em pó, quando misturadas com o ar ou algum outro agente oxidante podem 
ser inflamados por fontes de ignição. 
Não é qualquer quantidade de combustível que pode gerar uma combustão.Devemos ter uma proporção entre o 
combustível e o comburente que poderá formar uma mistura que poderá se inflamar. Esta mistura é chamada de 
Atmosfera Explosiva. 
Atmosfera Explosiva: 
Mistura com o ar, de substâncias combustíveis na forma de gases, vapores, névoas, poeiras ou fibras na qual após a 
ignição, a combustão se propaga através da mistura remanescente. 
 
 
2.2. Substância Combustível 
 
Substância combustível: 
Termo genérico Adotado para descrever substâncias que podem formar atmosferas explosivas, tais como, gases 
inflamáveis, líquidos inflamáveis ou combustíveis, poeiras e fibras combustíveis. 
 
 
 
 
8 
 
2.2.1. Gás Inflamável 
 
Gás inflamável: 
Gás que, quando misturado com o ar em determinadas proporções, pode formar uma atmosfera explosiva. 
Exemplos: 
Hidrogênio, Acetileno, Monóxido de carbono, Gás Sulfídrico, Amônia, Metano. 
 
 
 
 
 
 
 
2.2.2. Líquido Inflamável ou Combustível 
 
Liquido inflamável ou combustível: 
Liquido que: 
1. Emana vapor, em determinada temperatura, que quando misturado com o ar, em determinadas proporções, 
pode formar uma atmosfera explosiva, ou que 
2. Quando pulverizado, suas gotículas, dispersas no ar em determinadas proporções, formam uma atmosfera 
explosiva. 
Exemplos: 
Álcool, Gasolina, Acetona, Hexano, Benzeno, Amilmetilcetona, Óleo BPF, Fenol 
 
 
 
 
 
2.2.3. Poeira ou Fibra Combustível 
 
Poeira ou Fibra Combustível: 
Pequenas partículas que: 
1. Dispersas no ar, em determinadas proporções, podem formar uma atmosfera explosiva, ou que 
2. Quando se depositam, sob o efeito de seu próprio peso, podem queimar ou se incandescer na presença de fonte 
de ignição. 
Exemplos: 
Alumínio, Magnésio, Carvão, Enxofre, Cevada, Trigo, Açúcar, Cacau, Poliestireno. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
2.3. Área classificada 
 
 
Área Classificada: 
Local sujeito a “probabilidade” da formação ou existência de uma atmosfera explosiva. 
 
 
 
A figura representa um tanque com liquido inflamável (ex.:álcool). Temos acima do nível do liquido a presença dos 
vapores deste inflamável. Como este tanque possui respiro atmosférico para equilibrar as pressão interna e externa ao 
tanque ocorre, então, a entrada de ar no tanque. Como já explicado, esta mistura de vapores com o ar é chamada de 
atmosfera explosiva. 
Por falta de conhecimento, foi inserido no tanque um sensor de nível comum, 24 V. Apesar de 24 V ser considerado 
como extra-baixa tensão, este tem energia de ignição suficiente para inflamar a atmosfera explosiva. Fecha-se, assim, o 
triângulo e ocorre uma explosão dentro do tanque. 
Neste exemplo, a explosão é originada dentro de um equipamento de processo. Porém, esta também pode ocorrer em 
ambiente de processo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
 
 2.4. Ignição, Combustão e Propagação 
 
 
Ignição: 
É a energia mínima que deve ser fornecida por uma chama, centelha elétrica ou fonte de calor à uma atmosfera 
explosiva para que esta possa iniciar a propagação da combustão. 
 
As fontes de ignição podem ser geradas a partir de: 
Chama Aberta: • Fornos, chaminés e equipamentos de aquecimento (fornalhas); 
• Ato de fumar e cigarros acesos; 
• Corte, solda e maçarico; 
• Gases quentes (incluindo partículas quentes). 
Elétrica: • Equipamentos eletro/eletrônicos, fixos, transportáveis, portáteis, pessoais; 
• Faíscas geradas por equipamentos elétricos, tais como, interruptores, botoeiras e tomadas; 
• Superfícies quentes de equipamentos elétricos e eletrônicos, tais como, luminárias e motores; 
• Aparelhos eletrônicos portáteis, tais como, telefones celulares e máquinas fotográficas; 
• Correntes parasitas e proteção catódica. 
Mecânica: • Calor de fricção ou faíscas; 
• Esteiras, elevadores de caneca,moinhos, separadores... 
Eletrostática: • Descargas atmosféricas; 
• Transferência de gases, líquidos e partículas sólidas. 
Temperatura 
de Superfície: 
• superfícies quentes, tais como aquecedores e tubulações de vapor ou fluido térmico; 
• calor radiante. 
Autoignição: • ignição espontânea; 
• Reações exotérmicas, incluindo auto-ignição de poeiras; 
• Compressão adiabática e ondas de choque. 
Diversos: • Radiofrequência (RF) de ondas eletromagnéticas de 10⁴ a 3x1012 Hz ; 
• Ondas eletromagnéticas, incluindo a radiação óptica a partir de 3x1011 para 3x1015 Hz ; 
• Radiação ionizante; 
11 
 
• Ultra-som. 
Combustão: 
É a reação química do oxigênio com materiais combustíveis em cujo processo se apresentam luz e rápida produção de 
calor. 
 Reação em Cadeia é necessária para manter a combustão, garantindo que a chama forneça calor suficiente para 
continuar a queima do combustível. 
 
Propagação: 
É o modo pela qual, após a ignição, a combustão se transmite de forma autossustentada pela atmosfera explosiva. 
Velocidade de Propagação da chama: função do gás combustível, da composição da mistura ar/combustível, da 
temperatura, da pressão, das características físicas da câmara de combustão e da taxa de absorção de calor da mistura. 
 
O filme mostra o técnico aproximando uma fonte de ignição de alta intensidade (chama do isqueiro) de um combustível 
(charuto). Ocorre a combustão, visualmente identificada pela mancha preta na ponta do charuto. Porém, ao se afastar a 
chama, imediatamente cessa a combustão sem haver propagação da chama. 
Na sequencia, o mesmo técnico aproxima uma fonte de ignição de baixa intensidade (faísca do acendedor de fogão) do 
combustível (serragem) e não ocorre a combustão. Porém, ao aproximar uma fonte de ignição de alta intensidade 
(chama do isqueiro), ocorre a combustão e uma lenta propagação da chama. 
Ao final, o técnico aproxima uma fonte de ignição de baixa intensidade (faísca do acendedor de fogão) do combustível 
(algodão umedecido com álcool), ocorrendo a combustão e uma rápida propagação da chama. 
 
Tanto para o incêndio como para explosão temos uma ignição causando a combustão. A diferença entre incêndio e 
explosão está na velocidade de propagação da chama. 
 
Explosão: 
Processo caracterizado por súbito aumento de volume e grande liberação de energia, geralmente acompanhado por 
altas temperaturas e produção de gases. 
Uma explosão provoca ondas de pressão ao redor do local onde ocorre. A intensidade destas ondas de pressão variam 
em função da velocidade de propagação da chama. 
Explosões são classificadas de acordo com essas ondas: em caso de ondas subsônicas, tem-se uma deflagração, em caso 
de ondas supersônicas (ondas de choque), tem-se uma detonação. 
Quando se dá a ignição em uma atmosfera explosiva, se propaga rapidamente a chama. A chama aquece muito o ar por 
onde passa, e provoca uma dilatação rápida desse ar. Essa dilatação rápida produz um intenso acréscimo de pressão e 
um som forte, característicos da explosão. 
 
 
12 
 
3. RISCO DE EXPLOSÃO 
 
3.1. Demonstração Prática 
 
3.1.1. Equipamentos de processo 
 
3.1.1.1. Gases e Vapores 
 
 
3.1.1.2. Poeiras e Fibras 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
3.1.2. Ambientes de Processo 
 
 
 
 
 
 
 
3.1.2.1. Gases e Vapores 
 
 
 
 
 
 
14 
 
3.1.2.2. Poeiras e Fibras 
 
 
 
3.1.3. Acidentes 
 
ACIDENTE: Explosão na refinaria da PEMEX em Reynosa Tamaulipas México 18 SET 2012 
 
 
 
 
15 
 
ACIDENTE: Desastre industrial: explosão de poeiras de grãos em East Eagle- Luisiana -EU 
 
 
 
3.2. NORMALIZAÇÃO E LEGISLAÇÃO APLICÁVEL 
 
3.2.1. Histórico Ex 
 
3.2.1.1. Primeiras industrias até 1980 
 
O ponto de partida para o histórico das instalações em atmosferas explosivas no Brasil é a década de 1950 
quando se iniciou a implantação das primeiras refinarias. Nesta época, os projetos de toda a instalação eram feitos 
conforme normas estrangeiras, em especial normas americanas API (American Petroleum Institute) e NEC (National 
Electrical Code). Por falta de conhecimento, estas normas foram mal interpretadas e mal aplicadas. Ademais, as normas 
técnicas eram de uso voluntário, sendo, muitasvezes, desrespeitadas. 
A Classificação de Áreas era feita, então, na base do “achismo”, resultando que todos os ambientes industriais 
que lidavam com inflamáveis ou combustíveis eram entendidos como classificados. 
Todas as instalações eram do tipo “à prova de explosão” (equipamentos, eletrodutos e acessórios pesados) 
gerando custos altíssimos. 
Estes custos não se revertiam em segurança, já que os equipamentos fabricados no Brasil eram, na sua maioria, 
cópias que não passavam por avaliações que assegurassem a efetividade de sua proteção. Alguns fabricantes optaram 
em certificar seus equipamentos de forma voluntária. A certificação era baseada em ensaios de tipo (modelo 3), porém 
o único laboratório disponível era o IEE-USP, que por falta de estrutura agia de forma limitada. 
Além disto, o pessoal que atuava nestas instalações, muitas vezes, não tinha qualificação adequada. Não havia 
exigência de treinamentos específicos para os profissionais que atuavam em Áreas Classificadas. 
As seguradoras, diante deste cenário, aplicavam a taxa máxima nos prêmios de seguro. 
 
16 
 
3.2.1.2. Principais Mudanças 
 
 
Por força do Governo e da Sociedade, através das Associações, houve uma mudança no panorama Ex. Destacamos aqui 
os principais fatos históricos que contribuíram para esta mudança: 
O Cobei (Comitê Brasileiro de Eletricidade, Eletrônica, Iluminação e Telecomunicações) é o comitê da ABNT 
(Associação Brasileira de Normas Técnicas) que trata da normalização do setor elétrico no Brasil. Em 1981 foi reativada 
dentro do Cobei a Comissão Técnica CT-31 que trata exclusivamente do assunto Áreas Classificadas. Esta Comissão 
adotou como base para a normalização nacional as normas internacionais do IEC (International Electrotechnical 
Commission), braço elétrico da ISO (International Organization for Standardization). 
Preocupado com a qualidade dos produtos e serviços oferecidos ao mercado e que não seguiam as boas 
práticas, o Ministério da Justiça em seu Código de Defesa do Consumidor, publicado em 1991, passou a exigir que estes 
não pudessem ser comercializados e executados sem atender as normas vigentes, o que elevou tais normas à condição 
de leis. 
Os esforços do Inmetro pela certificação compulsória de equipamentos elétricos para uso em áreas classificadas 
por gases e vapores se iniciam através da Portaria 164 de 1991. Houve um período de adaptação de fabricantes, 
laboratórios, Organismos Certificadores de Produtos (OCP) e usuários, com a publicação de diversas portarias 
subsequentes, culminando com a Portaria 176 de 2000. Esta portaria é o “divisor de águas”, determinando a 
compulsoriedade da certificação de equipamentos elétricos para uso em atmosferas explosivas de gases e vapores no 
Brasil. 
Em 2004 foi publicada da revisão da NR-10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade, pelo 
Ministério do Trabalho e Emprego. Como a ignição de atmosferas explosivas é um dos riscos que trata esta NR, esta 
revisão traz exigências de métodos de controle de riscos. 
Outra NR que trata destes riscos é a NR-33-Segurança e Saúde nos trabalhos em espaços confinados, publicada 
em 2006. 
 A Portaria INMETRO n.º 179, de 18 de maio de 2010, em seu artigo 3°, institui a certificação compulsória de 
Equipamentos Elétricos para Atmosferas Explosivas, nas Condições de Poeiras Combustíveis. Houve um período de 
adaptação de fabricantes, laboratórios, Organismos Certificadores de Produtos (OCP) e usuários, terminando em 18 de 
maio de 2013. 
Em 2012 foi publicada a revisão da NR-20 - Segurança e saúde no trabalho com inflamáveis e combustíveis, que 
obriga um gerenciamento de riscos abrangente e treinamentos de acordo com o risco e atividade de cada trabalhador. 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
3.2.1.3. Situação Atual 
 
Após estas mudanças históricas, a situação atual é a seguinte: 
O subcomitê SC.31 que sucedeu a CT-31 atualiza constantemente as normas brasileiras para áreas classificadas 
com base nas normas internacionais IEC. Temos a série NBR IEC 60079 para áreas classificadas por gases e vapores e a 
série NBR IEC 61241 para poeiras e fibras. Esta ultima está sendo incorporada pela série básica 60079. 
A Classificação de Áreas, feita conforme normalização baseada na IEC envolve o conhecimento dos produtos e 
avaliação técnica do processo, resultando num classificação real, de acordo com os riscos presentes. 
Hoje diferentes soluções de instalação e tipos de proteção de equipamentos, além do “a prova de explosão”, 
tais como, segurança aumentada, segurança intrínseca, não acendível, estão disponíveis. 
A certificação para equipamentos Ex compulsória no Brasil, desde o ano de 2000, está baseada em ensaios de 
tipo com avaliação do sistema de qualidade (modelo 5) ou em ensaios de lote (modelo7), através de OCP´s (Organismos 
Certificadores de Produto) acreditados pelo Inmetro. 
O profissional que atua em áreas classificadas deve, conforme NR-10/2004, ter qualificação adequada à sua 
atividade, inclusive treinamentos específicos que informem sobre os riscos presentes e como tratá-los. 
As seguradoras, afinal, reconhecem o gerenciamento de risco, aplicando descontos caso a caso. Porém, existe o 
outro lado da moeda, pois com auditores treinados, a seguradora tem condições de avaliar se o sinistro foi devido a 
fatalidade ou negligencia, sendo que neste ultimo caso reserva-se a ela o direito do não pagamento. (Lei Complementar 
126 de 2007). 
As entidades ambientalistas entendem que a falta de segurança em industrias Ex pode ser a origem de desastres 
ambientais (vazamentos, derramamentos, explosões, etc.). (Lei Federal N° 9605 de 1998). 
18 
 
3.2.2. Responsabilidades – Contratantes e Contratadas 
 
• Acionistas/proprietários da empresa 
• Processo; 
• Operação; 
• Classificação de Áreas; 
• Projetos; 
• Instalação; 
• Manutenção; 
• Inspeção e/ou avaliação; 
• Fabricação de equipamentos Ex; 
• Reparo, revisão ou modificação de equipamentos 
Ex; 
• Treinamentos 
• Autoridades designadas; 
• Seguradoras. 
 
 
 
3.2.3. Negligência, Imprudência e Imperícia 
 
Negligência: 
Exprime desatenção, falta de cuidado ou de precaução na execução de certos atos. 
Exemplo: 
É negligente o eletricista que permite a entrada de pessoal de limpeza, em cabine elétrica, sem o seu acompanhamento. 
 
Imprudência: 
Imprevisão do agente ou da pessoa, em relação às consequências de seu ato ou ação, quando deveria e poderia prevê-
las. 
Exemplo: 
É imprudente um motorista que dirige um veículo excedendo o limite de velocidade permitido na via. 
 
Imperícia: 
Ignorância, inviabilidade, inexperiência, no sentido jurídico entende-se como a falta de prática ou ausência de 
conhecimentos, que se mostram necessários, para o exercício de uma profissão ou de um ofício qualquer. 
Exemplo: 
É imperito, o socorrista que utiliza o reanimador sem executar corretamente, por ausência de prática, as técnicas de 
abertura das vias aéreas durante a reanimação. 
 
 
3.2.4. Penalidades 
 
1) Aplicação de Multas: NR-28 – FISCALIZAÇÃO E PENALIDADES 
Estabelece: 
As disposições legais e regulamentares da fiscalização sobre segurança e saúde do 
trabalhador, dispostas nas NR’s, e descreve as penalidades pelo descumprimento. 
Objetivo: 
Instruir e dar cumprimento às disposições legais vigentes sobre a fiscalização e penalidades 
referentes às NR’s. 
 
2) Embargo ou Interdição: NR-3 – EMBARGO OU INTERDIÇÃO 
Estabelece: 
As condições sob as quais as empresas ficam sujeitas a sofrer paralisação de seus serviços, 
máquinas ou equipamentos, bem como os procedimentos a serem observados pela 
fiscalização trabalhista, na adoção das medidas punitivas. 
Objetivo: 
Estabelecer procedimentos para a fiscalização e dar outras medidas. 
 
19 
 
3) Responsabilidades trabalhistas, civis e criminais: 
 
Responsabilidade Trabalhista: 
Resulta das relações com os empregados e trabalhadores que compreendem: direito ao trabalho, remuneração, férias, 
descanso semanal e indenizações, inclusive, aquelasresultantes de acidentes que prejudicam a integridade física do 
trabalhador. 
 
Responsabilidade Civil: 
É a obrigação que o agente tem de ressarcir e reparar os danos ou prejuízos causados à pessoa, ou ao patrimônio da 
pessoa. 
 
Responsabilidade Criminal: 
É aquela resultante de um fato criminoso, seja praticado intencionalmente ou não, que traz uma punição, como 
consequência para o agente da ação ou omissão criminosa. 
 
 
3.2.5. ABNT – Atmosferas explosivas 
 
 
 
 
 
20 
 
3.3. CONTROLES COLETIVO E INDIVIDUAL PARA TRABALHOS COM SUBSTÂNCIAS COMBUSTÍVEIS / INFLAMÁVEIS 
 
3.3.1. GERENCIAMENTO DO RISCO 
 
GERENCIAMENTO DO RISCO: 
Aplicação de medidas de controle coletivas ou individuais com objetivos de reduzir os riscos a níveis aceitáveis. 
 
Gerenciamento do Risco de explosões, conforme orienta a NBR 15662, deve considerar medidas preventivas para 
reduzir ou eliminar este risco, aplicadas na seguinte ordem: 
 
 1) IDENTIFICAÇÃO DO RISCO DE EXPLOSÃO: 
Consiste nos estudos de Classificação de Áreas que tem como objetivo identificar equipamentos e áreas onde existe a 
possibilidade de ocorrência de atmosferas explosivas, que deverão estar representadas no Desenho de Classificação de 
Áreas. 
 
 2) CONTROLE DA ATMOSFERA: 
Identificada a possibilidade de ocorrência da atmosfera explosiva, devem ser estudadas medidas que possam 
reduzir/eliminar esta possibilidade. Estas medidas podem ser, desde a aplicação de procedimentos adequados, como 
por exemplo a obrigatoriedade de se manter fechados todos os recipientes até a mudança de situações de processo, 
como a inertização de tanques e vasos. Estas medidas são conhecidas como Proteções Primárias Contra Explosões. 
 
3) CONTROLE DA IGNIÇÃO: 
Não sendo possível eliminar a possibilidade de atmosfera explosiva, medidas de controle devem ser tomadas para evitar 
a possibilidade de ocorrência de fontes de ignição simultaneamente com a ocorrência desta atmosfera explosiva. Entre 
estas medidas de controle podemos citar o uso de equipamentos apropriados, procedimentos de trabalho adequados, 
aterramentos, etc. 
 
4) CONTROLE DOS DANOS: 
As medidas acima são preventivas, porém temos que aceitar o fato de que as mesmas poderão falhar e, assim, um 
acidente poderá ocorrer. Deve-se estar preparado para esta situação planejando medidas de mitigação (redução) dos 
danos que poderão ocorrer. Estas medidas envolvem, por exemplo, planos de ação de emergência, separação de 
edificações, janelas de alivio de explosão, etc. 
 
 
4. IDENTIFICAÇÃO DO RISCO 
 
4.1. SUBSTÂNCIAS COMBUSTÍVEIS / INFLAMÁVEIS: CARACTERÍSTICAS, PROPRIEDADES, PERIGOS E RISCOS 
 
 
 
21 
 
4.1.1. Fontes de Informação 
 
1) FISPQ´: 
 A principal fonte de informações sobre explosividade de determinada substância combustível é a FISPQ´: 
Ficha de Informações de Segurança de Produto Químico, também conhecida como MSDS: Material Safety Data Sheet. 
2) NBR IEC 60079 - Parte 20: 
Dados de gases ou vapores inflamáveis referentes a utilização de equipamentos elétricos. 
3) GESTIS: 
Banco de dados de substancias perigosas GESTIS mantido pela IFA (Institute for Occupational Safety and Health of the 
German Social Accident Insurance). 
 
As propriedades de ignição são muito afetadas pela temperatura, concentração de oxigênio, e pressão atmosférica. Os 
valores determinados nas FISPQ´s referem-se às condições atmosféricas normais. 
( Pressão de 0,8 bar a 1,1 bar e temperatura de -20° C a 60 ° C) 
 
 
 
22 
 
4.1.2. Ponto de Fulgor 
 
 
Ponto de Fulgor (PF): 
Menor temperatura na qual um líquido libera vapores em quantidades suficientes para formar uma mistura inflamável 
e, na presença de uma fonte de ignição, os vapores não mantém a chama. 
 
 
Ponto de Combustão: 
É a menor temperatura na qual a mistura de vapor com o ar inflamada por uma fonte externa de ignição continua a 
queimar constantemente acima da superfície do liquido. 
 
 
 
4.1.2.1. Inflamáveis x Combustíveis – Conforme NR-20 
 
Líquido inflamável: 
Qualquer líquido que tenha ponto de fulgor igual ou inferior a 60°C. 
 
Líquido combustível: 
Qualquer líquido que tenha ponto de fulgor superior a 60°C e igual ou inferior a 93°C. 
 
 
 
Exemplo Prático 
 
Imaginemos inicialmente o nosso carro com apenas álcool no tanque de combustível e sem gasolina no tanque de 
partida, em temperatura ambiente de 9°C. É possível a partida do carro ? 
 
 
 
Conclusões 
 
Assim, um líquido inflamável ou combustível poderá formar atmosfera explosiva somente se: 
 
1) a temperatura na qual o mesmo é armazenado, manipulado ou processado é maior que seu ponto de fulgor gerando 
vapores inflamáveis, ou 
 
2) for pulverizado formando névoas combustíveis. 
 
Quanto mais baixo for o ponto de fulgor, maior pode ser a extensão da Área Classificada. 
O Ponto de Fulgor não é aplicável a gases inflamáveis. 
 
 
23 
 
CENELEC CLC/TR 50404:2003 – Item C.5: 
Normalmente não é possível inflamar a mistura vapor / ar acima de um líquido que está abaixo do seu ponto de fulgor. 
Para evitar a combustão, porém, é aconselhável manter a temperatura de um líquido a pelo menos 5 K abaixo do seu 
ponto de fulgor e, para misturas contendo líquidos com uma vasta gama de volatilidades, este deve ser aumentado para 
pelo menos 15 K. 
Em geral, é sempre melhor usar um solvente com um alto ponto de fulgor. 
Note-se que sprays ou névoas de líquidos combustíveis podem ser inflamados em temperaturas bem abaixo de seu 
ponto de fulgor (por exemplo, em um queimador de óleo combustível). 
 
 
4.1.3. Faixa de Explosividade 
 
 
 
 
 
 
 
Limite inferior de explosividade - LIE (ou inflamabilidade – LII): 
Concentração de gás, vapor ou névoa inflamável no ar, abaixo da qual uma atmosfera explosiva não é formada. 
 
Limite Superior de explosividade –LSE (ou inflamabilidade – LSI): 
Concentração de gás, vapor ou névoa inflamável no ar, acima da qual uma atmosfera explosiva não é formada. 
 
 
24 
 
 
Exemplo Prático 
 
Em uma sala com um volume interno de 300 m³, é inserida uma fonte de risco que libera gás butano a uma taxa de 1 
L/min. na fase liquida. O butano ao ser liberado para a atmosfera se expande 270 vezes o seu volume. Para facilitar o 
cálculo, considerar a taxa de liberação como 300 L/min. na fase gás. 
 
O butano possui uma faixa de explosividade limitada pelo LIE=1,5% e o LSE=8,5%. 
 
Acrescenta-se uma fonte de ignição representada pela chama de um fósforo a ser acesa de 5 em 5 minutos. 
 
Esta fonte de ignição ficará afastada da fonte de liberação para permitir que o gás se misture ao ar ambiente (Para 
efeito de entendimento assume-se que a mistura será uniforme, o que na prática não ocorre devido a diversos fatores, 
entre eles a densidade relativa do gás) 
 
Ao passar 5 minutos, não haverá ignição da mistura pois o volume de gás é de 1.500 L e de ar de 300.000 L, o que 
equivale a 0,5% não gerando atmosfera explosiva; 
 
Ao passar 10 minutos, não haverá ignição da mistura pois o volume de gás é de 3.000 L e de ar de 300.000 L, o que 
equivale a 1,0% não gerando atmosfera explosiva; 
 
No entanto ao passar 15 minutos, haverá ignição da atmosfera explosiva pois o volume de gás é de 4.500 L e de ar de 
300.000 L, o que equivale a 1,5% entrando na faixa de explosividade. 
 
Em contrapartida se o volume de gás estiver, por exemplo, em 30.000 não haverá ignição da mistura pois o volume de 
gás equivale a 10,0% não gerando atmosfera explosiva. 
 
4.1.3.1. Características tóxicas de gases e vapores 
 
 
 
Nome Fórmula IPVS 
(ppm)
LII
(%)
LII
(ppm)
Encontrado
Amônia NH3 300 15,0 150.000 Industria de fertilizantes;
Tratamento de água e esgoto;
Câmaras frigoríficas;
Industria de Semicondutores.
Monóxido
De
Carbono
CO 1.200 10,9 109.000 Incêndios;
Siderúrgicas;
Mineração;
Garagens Subterrâneas.
Gás
Cianídrico
HCN 50 5,4 54.000 Eletrodeposição/Galvanização;
Refino/recuperação metais preciosos;
Manufatura do Nylon
Gás
Sulfídrico
H2S 100 4,0 40.000 Extração e refino de petróleo;
Mineração e Metalurgia;
Fábrica de papele Curtumes;
Tratamento de água e esgotos
Risco de Condições Emergenciais bem abaixo do LII %
Observações: 1% corresponde a 10.000 ppm (partes por milhão); 
IPVS - Atmosfera Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde;
IDLH - Immediately Dangerous to Life or Health.
25 
 
Conclusões 
 
NBR IEC 600.79-10-1 – Item 5.4.2 : 
Para um dado volume liberado, quanto menor o LIE, maior é a extensão da zona. 
NOTA: A experiência tem mostrado que uma liberação de amônia, com um LIE de 15 % em volume, frequentemente irá 
se dissipar rapidamente em um ambiente aberto, de forma que uma atmosfera explosiva gasosa irá, na maioria dos 
casos, possuir uma extensão desprezível. 
 NBR IEC 600.79-10-1 – Item 1 : 
Esta Norma é destinada a ser aplicada onde haja o risco de ignição devido à presença de gás ou vapor inflamável 
misturado com o ar, sob condições atmosféricas normais, porém não é aplicável a: 
d) falhas catastróficas, que estejam além do conceito de anormalidade considerado nesta Norma (ver Nota 5); 
NOTA 5: Neste contexto, falhas catastróficas são aplicáveis, como por exemplo, a ruptura de um vaso ou tubulação de 
processo e eventos que não se possam prever. 
 CENELEC CLC/TR 50404:2003 – Item C.3: 
Para cada substância há limites inferior e superior de explosividade e misturas explosivas podem ser inflamadas apenas 
dentro destes limites. Para hidrocarbonetos no ar esses limites estão entre 1% e 15% em volume. Substâncias 
inflamáveis com faixa larga, por exemplo, hidrogênio, acetileno e dissulfeto de carbono, são particularmente perigosas. 
A ventilação é muitas vezes a maneira mais eficaz de reduzir a mistura para abaixo de seu limite inferior e assim 
tornando-a incapaz de ignição. 
Todos os vapores, exceto vapor de água, são tóxicos em graus diferentes. Todos os vapores inflamáveis são tóxicos a 
níveis bem abaixo dos 15 % do LIE (a maioria é tóxica abaixo de 1 % do LIE). Na melhor das hipóteses, gases (exceto ar 
ou oxigênio) são asfixiantes (ou seja, seu efeito sobre as pessoas é devido apenas à diminuição do oxigênio do ar). 
Outros gases têm variação de toxicidade leve à extrema. 
Quando executar a detecção de vapores ou gases específicos, é necessário estar consciente do risco potencial de 
toxicidade de outros gases ou vapores que podem estar presentes, mas que não estão sendo detectados. 
 
A amônia possui um LIE% muito alto. Irá se dissipar rapidamente e formará atmosfera explosiva de extensão desprezível 
em ambiente aberto. Ademais, forma atmosfera IPVS (Imediatamente Perigosa à Vida ou à Saúde) em concentrações 
muito abaixo que seu LIE%, e formará atmosfera explosiva somente em condições emergenciais. (conforme alínea d do 
item 5.4.2 da NBR IEC 600.79-10-1, esta condição foge do contexto da Classificação de Áreas) 
 
 
4.1.4. Densidade de Vapor 
 
 
Densidade Relativa de Gás ou Vapor: 
É o peso relativo do gás ou vapor em relação ao ar, tomando como base a densidade do ar igual a 1. 
 
 
O filme mostra um pedaço de estopa recebendo alguns pingos de solvente. Esta estopa é levada para o alto de uma 
calha de plástico transparente inclinada, cuja extremidade inferior termina numa vela acesa. Os vapores do solvente, 
que são mais pesados que o ar, descem pela calha até atingir a vela, que terminam incendiando, levando a língua de 
fogo até a origem, representada pela estopa. 
 
26 
 
A massa molecular equivalente do ar é aproximadamente 29, correspondendo a uma densidade relativa de 1. 
Por exemplo, os gases com massas moleculares mais baixas que 29 tem uma densidade relativa inferior a 1 e são mais 
leves do que o ar. 
Misturas de ar puro com gases ou vapores que são mais pesados do que o ar, ainda serão mais pesados do que 
o ar, mas não tanto quanto estes gases ou vapores puros. Elas tendem a fluir para rebaixamentos (depressões), até se 
tornarem tão diluídas com o ar puro que o efeito se torna insignificante. 
Devido às diferenças de temperatura na liberação e turbulência normal, gases e misturas com densidade 
relativa entre 0,8 e 1,2 geralmente podem ser considerados como tendo uma densidade relativa semelhante ao ar, e, 
portanto, são capazes de propagação em todos os sentidos. 
Gases podem ter uma densidade que é mais leve do que o ar, como o hidrogênio e o metano. Outros podem ter 
aproximadamente a mesma densidade do ar, tais como o monóxido de carbono, sulfureto de hidrogênio, cianeto de 
hidrogênio, etano, etileno e acetileno, ou podem ser mais pesados que o ar, como cloro, dióxido de carbono, dióxido de 
enxofre, GLP, propano, propileno e butano. 
 
 
4.1.5. Temperatura de Auto Ignição 
 
 
Temperatura de Auto Ignição: 
É a menor temperatura na qual a atmosfera explosiva formada por um determinado produto se inflama sem a 
necessidade de fagulha, chama, arco ou faísca, mas apenas entrando em contato com uma superfície aquecida a 
partir desse valor. 
 
 
 
O filme mostra como uma temperatura elevada (não necessariamente faísca, nem fagulha, nem arco, nem chama) 
inflama um produto quando sua “Temperatura de Auto Ignição” é atingida. A experiência apresentada mostra um 
bastão de parafina sendo atritado contra a superfície quente da chapa aquecida, que inflama por exceder o valor de 
autoignição do produto. 
 
 
27 
 
4.1.6. Energia Mínima de Ignição 
 
 
Energia Mínima de Ignição (Minimum Ignition Energie, MIE, em J) : 
Menor valor de energia suficiente para ignição de uma atmosfera explosiva da substância considerada, sob condições 
de teste especificadas. 
 
Gases, vapores e poeiras são geralmente classificados de acordo com suas energias mínimas de ignição (MIE). 
Esses valores se relacionam normalmente com a mistura substância / ar mais facilmente inflamável e são obtidos 
através do capacitor de descargas de faíscas. Eles fornecem um guia útil de como a substância pode facilmente inflamar-
se por faiscamento. Para a maioria dos gases e vapores, o MIE varia entre 0,1 mJ e 0,3 mJ. O valor para poeiras varia de 
abaixo de 1 mJ a mais de 10 J. 
Existem apenas alguns valores medidos de MIE de sprays ou dispersão de gotículas (7 mJ para nuvens 
quiescentes de solventes orgânicos com ponto de fulgor entre 38 ° C a 150 ° C, e > 150 mJ para os turbulentos). Estes 
valores são superiores aos das misturas ar/vapor equivalentes. 
A presença de um gás/vapor inflamável em uma mistura ar / poeira combustível (mistura híbrida) pode levar a 
energias de ignição inferiores ao mínimo para a poeira / ar sozinho, mesmo que concentração de gás/vapor esteja bem 
abaixo do limite inferior de inflamabilidade. Nestes casos, pode ser necessário assumir que a energia de ignição é 
próxima ao do gás/vapor inflamável, se uma significativa concentração deste está presente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
 
Curva da Energia Mínima de Ignição (MIE) x Faixa de Explosividade 
 
Exemplos 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
4.1.7. Poeiras e fibras - Parâmetros pertinentes para Classificação 
Concentração Mínima de Explosividade (CME em g/m³): 
Quantidade mínima de poeira/fibra que, misturada com o ar, forma mistura potencialmente explosiva. 
Temperatura mínima de ignição de nuvem de poeira (MIT em °C): 
É a menor temperatura na qual a nuvem de poeira se inflama sem a necessidade de fagulha, chama, arco ou faísca, 
mas apenas entrando em contato com uma superfície aquecida acima desse valor. 
Temperatura mínima de ignição de camada de poeira (SIT “e” em °C): 
É a menor temperatura na qual uma camada de poeira com espessura de “e” mm se inflama sem a necessidade de 
fagulha, chama, arco ou faísca, mas apenas entrando em contato com uma superfície aquecida acima desse valor. 
(“e” = normalmente 5 mm) 
Energia Mínima de Ignição (MIE, em J) 
Menor valor de energia suficiente para ignição de uma atmosfera explosiva da substância considerada, sob condições 
de teste especificadas. 
Resistividade Elétrica (ρ, em ohm x m) : 
 Resistência elétrica especifica de uma substância em ohm x m. 
Classe de explosividade (St) : 
Define, através de testes, se umachama se propaga após a ignição de uma mistura poeira / de ar, causando um 
aumento de pressão em um recipiente fechado. Varia de 0 (sem chama) a 3 (forte explosão). 
 
Todos os materiais sólidos combustíveis na forma de pequenas partículas podem gerar risco de explosão quando: 
1. Finamente dispersas no ar, em determinadas proporções, podem formar uma atmosfera explosiva, ou que 
2. Quando se depositam, sob o efeito de seu próprio peso, podem queimar ou se incandescer na presença de fonte 
de ignição e do ar. 
 
Como exemplo, podemos podem citar poeiras metálicas combustíveis, poeiras carbonáceas, poeiras de cereais, de 
grãos, de plásticos, de madeiras e de produtos químicos. 
 
NOTA: 
- Parâmetros de explosividade dependem da granulometria, umidade e oxigênio 
 
 
Exemplos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
30 
 
4.2. CLASSIFICAÇÃO DE ÁREAS 
 
Um “mau trabalho” 
 
 
 
Objetivos 
 
A Classificação de Áreas tem como objetivos : 
• Avaliar o potencial risco de explosão das substâncias combustíveis presentes; 
• Identificar, graduar e delimitar as áreas com probabilidade de formação ou presença de atmosferas explosivas; 
e 
• Servir como parâmetro para seleção de equipamentos, bem como para definição das medidas de controle de 
risco pertinentes. 
É uma atividade multidisciplinar que depende de informações do produto, do processo, da operação e da 
segurança. Portanto, a qualidade final do trabalho será consequência da qualidade das informações fornecidas pelo 
cliente. 
Deve ser executada conforme as normas NBR IEC 600.79-10 Atmosferas explosivas – Parte 10-1: Classificação de 
áreas – Atmosferas explosivas de gás e NBR IEC 600.79-10 Atmosferas explosivas– Parte 10-2: Classificação de áreas – 
Atmosferas de poeiras combustíveis 
Se considerarmos que o risco de explosão não é resultado apenas da necessidade do uso de produtos perigosos, 
mas também consequência das nossas ações, podemos concluir que atender à normalização Ex, através um bom 
trabalho de regularização, trará inúmeras vantagens. 
O principal objetivo das normas é relacionar as boas práticas a serem seguidas. Assim, poderemos garantir a 
segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos e a preservação do meio-ambiente. Ao atender a normalização 
estaremos cumprindo as exigências da legislação vigente, assim evitando multas pesadas, possibilidade de embargo ou 
interdição e penalidades no âmbito civil e criminal. 
No que diz respeito à Classificação de Áreas, observamos que, dentre as empresas que reconhecem os riscos ao 
lidar com substâncias combustíveis existem as seguintes situações: 
A primeira possibilidade é que não existe desenho de classificação e o risco das áreas foi determinado na base do 
“achometro”, superdimensionando o risco. 
31 
 
Em outros locais, verificamos que existe o desenho de classificação, porém este é muito antigo feito com base em 
normas americanas mal interpretadas (apenas no “copiar / colar” de figuras inseridas nestas normas) que podem não 
representar a real situação e amplificar a extensão das áreas de risco. 
Uma terceira situação é a das empresas que mantém desenhos atualizados de classificação, feitos de acordo com a 
NBR IEC 600.79-10. Esta norma traz como boa prática a avaliação caso a caso de cada processo industrial e o uso de 
cálculos para verificação da influencia da ventilação na redução das áreas classificadas. Ou seja, um bom trabalho de 
classificação de áreas é a mais poderosa ferramenta de economia quando o assunto é áreas classificadas, trazendo: 
 Otimização dos investimentos; 
 Otimização da manutenção; 
 Otimização de procedimentos; 
 Otimização de seguros. 
 
 
4.2.1. Graduação do Risco 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
4.2.1.1. Classe de Temperatura 
 
 
Temperatura Máxima de Superfície ( Tmáx, em ⁰C) 
Temperatura mais elevada que é atingida em serviço sob as condições mais adversas (porém dentro das tolerâncias 
especificadas pela norma do seu tipo de proteção) por qualquer parte ou superfície de um equipamento em contato 
com uma atmosfera explosiva capaz de causar sua ignição. 
 
 
 
Classe de Temperatura: 
Sistema de classificação de equipamento, com base na sua temperatura máxima de superfície, relacionada com a 
atmosfera explosiva específica do local onde este será usado. 
 
 
 
Classe de Temperatura é uma informação fornecida pelo fabricante (e ratificada pelo laboratório) por meio da qual ele 
garante que o equipamento fornecido não atingirá uma temperatura de superfície acima da classe em questão, mesmo 
em condição de falha. 
 
Se objetos. tais como chapas aquecidas, acessórios de iluminação, invólucros, cabos aquecidos, estiverem em contato 
com uma determinada atmosfera explosiva, cuja temperatura de autoignição é menor ou igual que a temperatura da 
superfície dos mesmos, ocorrerá ignição. Conhecendo a temperatura de autoignição dos produtos inflamáveis do local 
33 
 
onde este equipamento deverá trabalhar, poderemos escolher a classe de temperatura apropriada, que não deverá 
atingir ou exceder a temperatura de autoignição do produto inflamável presente na área classificada. 
 
Exemplo: 
Na área classificada o produto mais crítico é a Gasolina, com Temperatura de Auto Ignição de 280°C, devendo ser 
adotada a Classe de Temperatura T3 o que significa que os equipamentos elétricos para uso nestas áreas não devem 
atingir temperaturas superiores a 200°C. 
 
Na especificação do equipamento elétrico para esta área devemos adotar no mínimo T3. Isto que significa que T4, T5 e 
T6, que são para condições mais criticas, também podem ser utilizados. 
 
Observações: 
1) Equipamento Ex é projetado para utilização em uma faixa de temperatura ambiente normal entre - 20 ºC a + 40 ºC; 
2) Margem de segurança: T1 e T2 = 10 °C; T3 a T6 = 5 °C; 
3) Atentar, ao especificar a classe de temperatura, a temperatura de processo máxima de utilização. 
 
 
 Definição da temperatura máxima para Poeiras e Fibras 
 
 
Temperatura máxima é determinada pela medição da temperatura da superfície externa em pior condição de tensão 
incluindo tolerâncias exigidas de acordo com a norma: 
+ / - 5% da tensão nominal, se o motor é marcado de acordo com a IEC 60034-1 
+ / - 10% da tensão nominal, se o motor é marcado de acordo com a IEC 60038 
em ambos os casos, com uma margem adicional de 5 K. 
 
Observações: 
1) Em locais onde a espessura da camada de poeira não puder ser controlada a um máximo de 5 mm, considerações 
devem ser feitas junto ao fabricante; 
2) Onde a espessura da camada de poeira for maior que 5 mm e SIT5mm for conhecida, usar a também a seguinte 
fórmula: 
Tmax < (-0.25 x e +17) x ln(e) + 1.4 x SIT5mm – 100 (onde e = espessura da camada de poeira); 
3) Na falta de informações para o produto, Tmáx poderá ser obtido de forma conservativa a partir da norma NEC. 
 
 
 
 
 
 
34 
 
4.2.1.2. Grupo de explosividade 
 
 Classificação conforme IEC 
 
As substâncias inflamáveis na forma de gases e vapores são classificadas de acordo com a IEC em três grupos: IIA,IIB e 
IIC, de acordo com sua periculosidade. 
A utilização do MIE (energia minima de ignição) para classificação, conforme tabela, é frequentemente usada, embora 
esse limite não é realmente preciso. 
Portanto, é necessário determinar, por procedimentos experimentais, o MIC (corrente mínima de ignição) e o MESG 
(interstício máximo experimental seguro). 
O MIC e o MESG são informações relacionadas à fabricação de equipamentos instrinsicamente seguros e à prova de 
explosão, respectivamente. 
 
Concluindo, definimos a seguinte Classificação quanto ao produto presente na área: 
Nas áreas classificadas constantes nestes desenhos o produto mais crítico, Gasolina, pertence ao Grupo IIA. A menor 
Temperatura de Auto Ignição é de 280°C, devendo ser adotada a Classe de Temperatura T3, o que significa que os 
equipamentos elétricos para uso nestas áreas não devem atingir temperaturas superiores a 200°C .Estes locais ficam 
definidos como pertencentes ao GrupoIIA com classe de temperatura T3. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
4.2.1.3. Zona 
 
Definição em função da probabilidade de ocorrência (frequência) da Atmosfera Explosiva 
 
 
 
 
 
36 
 
Fonte de liberação contínua: 
É um ponto a partir do qual é previsto ocorrer liberação continuamente, por longos períodos de tempo ou 
frequentemente. 
 
Frequentemente = Repetidas vezes. 
Exemplos para gases e vapores: interior de tanques, vasos, etc. (atmosféricos) 
Classificam a área como Zona 0. 
 
Zona 0: 
Local onde a formação de uma atmosfera explosiva, por gases vapores e névoas, está presente continuamente, por 
longos períodos ou frequentemente. 
 
Exemplos para poeiras e fibras : interior de silos, filtros de mangas, etc. 
Classificam a área como Zona 20. 
 
Zona 20: 
Local onde a formação de uma atmosfera explosiva, por poeiras e fibras, está presente continuamente, por longos 
períodos ou frequentemente. 
 
 
Fonte de liberação primária: 
É um ponto a partir do qual é previsto ocorrer liberação eventualmente durante operação normal 
 
Eventualmente = Possivelmente 
Exemplos para gases vapores e névoas: tampas, drenos, respiros, tomadas de amostras, etc. 
Classificam a área como Zona 1. 
 
Zona 1 : 
Local onde a formação de uma atmosfera explosiva, por gases vapores e névoas, pode estar presente eventualmente 
em condições normais de operação 
 
Exemplos para poeiras e fibras : pontos de transferência, ensaques abertos, etc. 
Classificam a área como Zona 21. 
 
Zona 21 : 
Local onde a formação de uma atmosfera explosiva, por poeiras e fibras, pode estar presente eventualmente em 
condições normais de operação 
Condições normais de operação podem incluir partidas e paradas frequentes da produção, limpeza e manutenção 
realizadas sem liberação da área para serviço com confirmação da ausência de atmosfera explosiva. 
 
 
Fonte de liberação secundária: 
É um ponto a partir do qual não é prevista ocorrer liberação em operação normal e, se ocorrer, provavelmente será 
somente de forma ocasional e somente durante curtos períodos de tempo 
 
Ocasionalmente = Acidentalmente 
Exemplos para gases vapores e névoas: flanges, selos de bombas, juntas de compressores, etc. 
Classificam a área como Zona 2. 
 
Zona 2: 
Local onde a formação de uma atmosfera explosiva, por gases vapores e névoas, não é esperada ocorrer em operação 
normal,porém, se ocorrer, permanece somente por um curto período de tempo 
 
Exemplos para poeiras e fibras : juntas , mangas, tampas, etc. 
Classificam a área como Zona 22.. 
 
Zona 22: 
Local onde a formação de uma atmosfera explosiva, por poeiras e fibras não é esperada ocorrer em operação 
normal,porém, se ocorrer, permanece somente por um curto período de tempo 
 
Condições anormais de operação podem incluir vazamento e derramamento, falta de energia, falha da ventilação, falha 
da captação de pó, interrupção no fornecimento de gás inerte, falha do sistema de controle de temperatura, pressão, 
peso, nível ou vazão. 
 
37 
 
Exercício Prático 
 
Classificar as fontes de risco indicadas como contínua, primária e secundária 
 
 
4.2.2. Delimitação das áreas 
 
 
 
Conforme já esclarecido, o objetivo deste módulo é fornecer conhecimentos básicos aos profissionais que atuam 
em Áreas Classificadas a respeito dos riscos envolvidos. Por se tratar de um assunto muito extenso, não serão 
detalhados os métodos de definição de extensão de áreas; 
Por se tratar de um trabalho baseado em avaliações e estimativas que dependem de um profundo conhecimento de 
produtos e ventilação, a própria norma recomenda a contratação de um especialista; 
Para maiores informações recomendamos a seguinte bibliografia: 
1) ABNT NBR IEC 60079-10-1- Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas. Parte 10-1: Classificação de 
áreas - Atmosferas explosivas de gás. 
2) Manual de instalações Elétricas em Industrias Químicas, Petroquímicas e do Petróleo - Atmosferas Explosivas. - 
3° Edição - Autor: Dácio de Miranda Jordão - Editora: Qualitymark (os cálculos são analisados entre as págs. 170 
e 196 do Manual) 
3) NFPA 497 - Recommended Practice for the Classification of Flammable Liquids, Gases, or Vapors and of 
Hazardous (Classified) Locations for Electrical Installations in Chemical Process Areas. 
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Exemplos Práticos 
 
 Vista em Corte 
 
 
 
Vista em Planta 
 
 
 
39 
 
Poeiras e Fibras 
 
 
 
 
Um “bom trabalho” 
 
 
 
40 
 
5. CONTROLE DA ATMOSFERA 
 
5.1. Proteções primárias contra explosão 
 
 
 
 
6. CONTROLE DA IGNIÇÃO 
 
6.1 Fontes de ignição e seu controle 
 
 
 
 
41 
 
6.2. Identificação de equipamentos Ex 
 
 
 
 
42 
 
7. CONTROLE DE DANOS 
 
 
 
 
7.1. Procedimentos básicos em situações de emergência com substâncias combustíveis / inflamáveis 
 
 
 
 
43 
 
É bom saber como agir... 
 
Caso você esqueça no fogo a panela ou frigideira com óleo, e essa pegue fogo, NÂO ENTRE EM PÂNICO. 
 Siga as instruções abaixo. Repasse aos seus amigos, ensine seus empregados, mostre aos seus filhos. 
 1. DESLIGUE O FOGO 
 2. MOLHE um pano, torça-o, retirando o excesso de água, para que este NÃO PINGUE. 
 3. Coloque o pano sobre a panela/frigideira e espere até que esfrie (não saia mais vapor) 
 4. NUNCA TENTE MOVER A PANELA ou FRIGIDEIRA 
 5. NUNCA JOGUE ÁGUA - NUNCA JOGUE ÁGUA - NUNCA JOGUE ÁGUA - NUNCA JOGUE ÁGUA, pois os respingos 
carregarão fogo junto e os efeitos são devastadores. 
 
 
Como agir? 
 
1) Primeiros Socorros: não toque na vitima se não estiver capacitado; 
2) Combate a Incêndio: não atue se não estiver capacitado; 
3) Peça auxilio, comunicando imediatamente a ocorrência: 
a. Identifique-se; 
b. Identifique local: ramal, localização, ponto de referência, etc.; 
c. Descreva ocorrência e seu histórico de forma objetiva; 
d. Informe número de vitimas, se houver; 
e. Descreva o ambiente: cheiro, fumaça, etc. 
 
 
7.2. Proteção contra incêndio com inflamáveis 
 
 
 
 
 
 
 
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Classes de Incêndio 
 
 
Métodos de extinção do fogo 
 
Isolamento: 
Elemento do Tetraedro eliminado: combustível. 
Esse método consiste em duas técnicas: 
• Retirada do material que está queimando; 
• Retirada do material que está próximo ao fogo. 
Abafamento: 
Elemento do Tetraedro eliminado: oxigênio. 
Este método consiste na diminuição ou impedimento do contato do oxigênio com o combustível. 
 
Resfriamento: 
Elemento do Tetraedro eliminado: calor. 
Este método consiste na diminuição da temperatura e eliminação do calor, até que o combustível não gere mais gases 
ou vapores e se apague. 
 
Extinção Química: 
Elemento do Tetraedro eliminado: reação em cadeia. 
O combustível, sob ação do calor, gera gases ou vapores que, ao se combinarem com o comburente, formam uma 
mistura inflamável. Quando lançamos determinados agentes extintores ao fogo, suas moléculas se dissociam pela ação 
do calor e se combinam com a mistura inflamável (gás ou vapor mais comburente), formando outra mistura não – 
inflamável. 
 
 
Extintores 
 
Destinam-se ao combate imediato e rápido de pequenos focos de incêndios, não devendo ser considerados como 
substitutos aos sistemas de extinção mais complexos, mas sim como equipamentos adicionais. 
 
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Recomendações: 
• Instalar o extintor em local visível e sinalizado; 
• O extintor não deverá ser instalado em escadas, portas e rotas de fuga; 
• Os locais onde estão instalados os extintores, não devem ser obstruídos; 
• O extintor deverá ser instalado na parede ou colocado em suportes de piso; 
• O lacre não poderá estar rompido; 
• Observar o prazo para recarga. 
Mais detalhes consultar a NR_23 - Proteção contra incêndios 
 
Principais agentes extintores: 
 
Água Pressurizada: 
Classe de Incêndio Recomendado: A. 
Método de Extinção: Resfriamento ou Abafamento. 
• Pode ser aplicado na forma de jato compacto, chuveiro e neblina. Para os dois primeiros casos, a açãoé por 
resfriamento; 
• Na forma de neblina, sua ação é de resfriamento e abafamento; 
• Nunca use água em fogo das classes C e D; 
• Nunca use jato direto na classe B. 
 
Espuma: 
Classe de Incêndio Recomendado: A e B. 
Método de Extinção: Abafamento e, secundariamente, por Resfriamento. 
• Por ter água na sua composição, não se pode utiliza-lo em incêndio de classe C, pois conduz corrente elétrica. 
 
Pó Químico: 
Classe de Incêndio Recomendado: B. 
Método de Extinção: Abafamento. 
• Pode ser também utilizados nas classes A e C, podendo nesta última danificar o equipamento. 
 
Gás Carbônico (CO2): 
Classe de Incêndio Recomendado: C. 
Método de Extinção: Abafamento. 
• Não condutor de eletricidade; 
• O primeiro passo num incêndio de classe C, é desligar o quadro de força. Porém, nunca assumir que ele se 
tornará um incêndio de classe A ou B, pois alguns componentes podem ainda estar energizados; 
• Utilizar na classe A somente em seu início; 
• Utilizar na classe B somente em ambientes fechados.

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