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_____________________________________________________________________________ 1 PÓS-GRADUAÇÃO DESIREE JANAÍNA ZARMELA VIEIRA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO APRESENTADO A UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ COMO REQUISITO DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU FISIOLOGIA HUMANA APLICA ÀS CIÊNCIAS DA SAÚDE . Orientadora: Profa. Ms. Elke Lima Trigo Campo Mourão, 2020. EFEITOS DO EXERCÍO FÍSICO EM PACIENTES COM FIBROMIALGIA. RESUMO A fibromialgia é uma doença reumática, não inflamatória e multifatorial, que afeta mais o sexo feminino. A presença de pontos dolorosos em determinadas regiões do corpo é uma das suas principais características. Seus sintomas mais comuns são dores musculoesqueléticas difusas, distúrbios do sono, fadiga crônica, ansiedade e depressão. Atualmente tem-se observado um aumento na utilização de terapias não medicamentosas no seu tratamento, incluindo a atividade física. O estudo trata-se de um levantamento bibliográfico com o objetivo de verificar os benefícios dessa terapia no auxílio do tratamento da doença e os tipos de exercícios físicos mais indicados para população afetada. Observou-se na literatura que a qualidade de vida dos pacientes e os sintomas são melhorados significativamente pela atividade física e que os exercícios físicos mais indicados são os aeróbicos de baixa a média intensidade, exercícios resistidos, pilates e alongamento. Palavras-Chave: Qualidade de vida; terapias não medicamentosas; dor generalizada. ABSTRACT Fibromyalgia is a rheumatic non-inflammatory illness that is multifactorial, affecting more the female sex. The presence of painful point in specific regions of the body is one of its main characteristics. Its symptoms include muscle and skeletal pain, sleep problems, chronic fatigue, anxiety and depression. Currently many non-pharmacological therapies have been used to treat it, including physical activity. This study is a bibliographic survey with the objective of identifying the benefits of this therapy in the aid of the treatment of the illness and what types of exercise are the most recommended for the affected population. It has been observed in the literature that the quality of life and the symptoms have been significantly improved by physical exercise and that the most indicated exercises are the aerobic ones from low to moderate intensity, resisted exercises, pilates and stretching. Keywords: quality of life; non-pharmacological therapies; generalized pain _____________________________________________________________________________2 1. INTRODUÇÃO A fibromialgia consiste em uma doença clínica e dolorosa que muitas vezes se associa a outros fatores como distúrbios do sono, fadiga, baixa tolerância ao exercício físico, cefaleia, síndrome do cólon irritável, disfunção temporomandibular, ansiedade e depressão. Apresenta algumas características como dores musculoesqueléticas crônicas e difusas que tem sua origem no sistema nervoso central (SANTOS; KRUEL, 2009). É uma doença reumática não- inflamatória, que é semelhante a outras doenças que apresentam dor difusa e fadiga crônica (HELFENSTEIN JÚNIOR; GOLDENFUM; SIENA, 2012). Possui um diagnostico difícil por apresentar causa desconhecida e ser de caráter multifatorial (REBUTINI et al., 2013). O critério clínico mais aceito para o seu diagnóstico é o recomendado pelo Colégio Americano de Reumatologia. É confirmada a presença da doença quando o paciente apresenta dores generalizadas no corpo há no mínimo três meses combinada com pelo menos onze dos dezoito pontos bilaterais sensíveis (tender points), palpados em uma pressão de 4 kgf. Como é uma doença multifatorial, o seu tratamento é multidisciplinar, englobando a terapia farmacológica, psicossocial e atividade física (BUENO et al., 2012). Os benefícios da atividade física no auxílio do tratamento de pacientes com fibromialgia apresentam resultados satisfatórios na literatura, especialmente os relacionados aos exercícios resistidos, aeróbicos e a hidroterapia. Eles contribuem na redução da dor e na melhora do sono (REBUTINI et al., 2013). Além disso, proporcionam o bem estar, o qual favorece a melhora da qualidade de vida dessas pessoas. (RIBEIRO; MARINHO, 2005). Embora o exercício físico tenha sido uma terapia não medicamentosa bem eficaz, os estudos ainda não conseguiram estabelecer qual o tipo de exercício seria mais apropriado, ou mesmo qual frequência e a intensidade mais adequadas para o tratamento da fibromialgia (HELFENSTEIN JUNIOR; GOLDENFUM; SIENA, 2012). Mesmo sendo uma doença multifatorial, as pesquisas revelam que a ansiedade e a depressão são os sintomas mais frequentes nos pacientes com fibromialgia. Santos e colaboradores (2012) constataram em seu estudo que a ansiedade é um sintoma mais comum que a depressão, apresentando-se de maneira mais grave. Romarco e Lima (2008) relatam em sua pesquisa que os exercícios respiratórios do yoga podem tratar muitas doenças psicossomáticas. Pessoas com transtorno de ansiedade apresentam uma padrão respiratório ofegante e acelerado que pode se transformar em emoções descontroladas, pois promove uma grande ativação do sistema nervoso autônomo. _____________________________________________________________________________3 Os autores descrevem que o controle voluntário da respiração modula a própria respiração e o sistema cardiovascular de maneira involuntária. Isso reverte o processo de ativação exacerbada do sistema nervoso autônomo ao interagir com o sistema nervoso simpático e parassimpático, melhorando assim a qualidade de vida e restabelecendo a saúde nos praticantes desta modalidade. Com a crescente pesquisa científica na síndrome da fibromialgia, o aumento do interesse na utilização de terapias não medicamentosas e a grande variedade de programas de exercícios físicos existentes, verificou-se a necessidade de entender quais exercícios físicos seriam mais apropriados e eficazes para a diminuição dos sintomas dos pacientes portadores desta doença. O presente estudo teve como objetivo principal verificar os tipos de exercícios físicos que, segundo a literatura, seriam mais apropriados para auxiliar no tratamento da síndrome de fibromialgia. Seus objetivos específicos incluíram o estudo dos sintomas mais frequentes nesses pacientes, como ansiedade, depressão e dor difusa e a identificação dos benefícios da atividade fisica no tratamento da síndrome e na redução desses sintomas. A metodologia de pesquisa utilizada para este estudo foi revisão bibliográfica narrativa. As palavras-chave usadas na busca foram “qualidade de vida”, “terapias não medicamentosas” e “dor generalizada”. A pesquisa foi realizada nas bibliotecas eletrônicas SciELO e Google acadêmico e livros de fisiologia, anatomia e reumatologia. 2. FIBROMIALGIA A denominação fibromialgia é originada da palavra latina fibro (tecido fibroso, presente em ligamentos, tendões e fascinas), e do grego mio (tecido muscular), algos (dor) e ia (condição). Ela foi proposta primeiramente por Yunus e colaboradores em 1981 para substituir ao termo fibrosite que se referia a um tipo de reumatismo, cuja característica era a presença de pontos endurecidos musculares dolorosos a palpação, sem a presença de inflamação (HELFESTEIN JÚNIOR et al., 2012). A fibromialgia apresenta-se como uma doença reumática não inflamatória complexa, heterogênea e multifatorial com tratamento limitado. Ela é caracterizada por dor crônica, hiperalgesia e sintomas como fadiga, cansaço matinal, distúrbios do sono e problemas cognitivos (STEFFENS et al., 2013). É uma síndrome crônica de etiologia desconhecida com a presença de diversos pontos dolorosos em várias regiões do corpo denominados “Tender Points” (MILANI et al., 2012). Ela acometepessoas de ambos os sexos, sendo mais comum _____________________________________________________________________________4 em mulheres, que correspondem a 90% dos casos em amostras estrangeiras e nacionais (RIBERTO; PATO, 2004). É uma doença que predomina na faixa etária de 30-50 anos, podendo também ocorrer na infância e na terceira idade (PROVENZA JÚNIOR et al., 2004). Segundo Heymann e colaboradores (2010), por ser uma doença crônica com dores musculoesqueléticas, a fibromialgia é primeiramente pesquisada e tratada por reumatologistas. Mas constantemente esses pacientes requerem uma terapia multidisciplinar com o objetivo de um tratamento mais amplo e eficaz para os sintomas, contribuindo dessa maneira para a melhora da qualidade de vida dos doentes. 2.1. Histórico Segundo Martinez (2006), no século IX e X foram feitos alguns artigos sobre dor lombar e crônica que mencionavam os primeiros casos com sintomas semelhantes ao que hoje é conhecido como síndrome de fibromialgia. No século XIX foram identificados alguns relatos clínicos referentes a doença. Existem evidências que algumas pessoas com reumatismo apresentavam pontos endurecidos e dolorosos a pressão em seus músculos por volta de 1850 (MILANI et al., 2012). Os mesmos autores retratam um estudo feito por Smythe ldosfsky em meados dos anos 70 onde foi observado que alguns pontos anatômicos eram muito mais sensíveis e evidenciavam dor com mais frequência. Estes pontos sensíveis foram denominados de tender points. Gowers propôs o termo fibrosite em 1904 para descrever as síndromes dolorosas sistêmicas ou regionais que manifestavam um aumento na sensibilidade da dor musculoesquelética sem indícios inflamatórios e que vinham acompanhados de fadiga e disfunções do sono (PACHECO, 2007). Apesar de ser uma doença conhecida a bastante tempo, somente nas ultimas quatro décadas a pesquisa da fibromialgia tem sido bem desenvolvida. Até a década de 70, quando foram publicados os primeiros relatos de distúrbios do sono, ela não era considerada uma doença clinicamente estabelecida. Ao serem descritos os tender points em 1977, introduziu- se o conceito de fibromialgia (HELFESTEIN JÚNIOR et al., 2012). Segundo Neves (2008), desde a década de 80 houve um impulsionamento dos estudos sobre a fibromialgia. Neste período, foram incluídos alguns critérios que ajudaram a aprimorar o diagnóstico da doença, distinguindo-a de outras patologias que apresentam dor muscular ou óssea. A dor generalizada com duração maior que três meses e a existência de pontos dolorosos padronizados são evidenciados por esse critério. _____________________________________________________________________________5 2.2. Classificação Em sua revisão bibliográfica, Pacheco (2007) descreve a classificação da fibromialgia em primária, secundária, regional ou localizada, no idoso e infanto-juvenil. A primária ocorre quando existem sintomas de fibromialgia com causa desconhecida e a secundária quando há uma causa conhecida ou doença associada como depressão e ansiedade, apresentando melhoras nos sintomas da doença com o tratamento das causas. A regional ou localizada ocorre quando o indivíduo apresenta dor miofascial localizada que vem associada a presença de Trigger Points. Esta dor está, na maioria das vezes, relacionada às distensões musculares, podendo ser ocupacionais ou repetitivas, sendo muito similar as síndromes miofasciais. No idoso se assemelha a primária, com diagnóstico diferencial às doenças do idoso como: doenças neurológicas, Parkinson inicial, osteoporose e doenças degenerativas. A fibromialgia infanto-juvenil se assemelha também a primária, porém ocorre em crianças e adolescentes. 2.3. Epidemiologia A fibromialgia é uma síndrome que acomete em sua maioria o sexo feminino, com predominância variando de 2 a 11,5%, afetando entre 2,5 a 4,4% da população. Embora seja mais estudada em adultos, ela pode apresentar-se também entre crianças e adolescentes, não havendo diferenças entre ambos os sexos nessa faixa etária (LAGE, 2007). No Brasil afeta cerca de 10% da população na faixa etária de 30 a 60 anos (BUENO et al., 2012). Em alguns países da Europa os índices encontrados chegam a 10,5% na população adulta (HELFENSTEIN JÚNIOR et al., 2012). 2.4. Diagnóstico e quadro clínico De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a síndrome da fibromialgia pode ser frequentemente confundida com outras patologias, uma vez que grande parte dos seus sintomas podem ser encontrados nelas (SANTOS; KRUEL, 2009). Segundo Martinez (2016), o seu diagnóstico ainda precisa ser bem explorado. Houve muitos avanços com relação a compreensão da doença e da sua fisiopatologia, porém, ao seu ver, o diagnóstico deve ainda ser aprimorado. Para o autor, apesar dos avanços científicos _____________________________________________________________________________6 alcançados através da utilização dos critérios de classificação de fibromialgia do Colégio Americano de Reumatologia, o uso destes para os diagnósticos individuais tem sido ainda insuficiente. Ele ressalva a questão dos tender points que, apesar da sua utilidade, eles não parecem determinarem o diagnóstico, na medida que, devem ser considerados uma totalidade de sinais e sintomas. Por duas décadas este sistema foi muito válido, sendo de suma importância em um período onde a doença era ainda desconhecida e apresentava muitas controvérsias e pouca clareza, alcançando através deste um lugar de destaque dentro da reumatologia (MARQUES et al., 2015). Santos e Kruel (2009), em sua revisão de literatura, descreveram que os melhores critérios aceitos com relação ao diagnóstico da síndrome de fibromialgia são a sensibilidade, especificidade e precisão dos sintomas, assim como a presença de dor difusa. Essa última deve estar associada com a dor à palpação digital em 11 dos 18 pontos dolorosos bilaterais (tender points). O acompanhamento dos pacientes, de acordo com os autores, fundamenta-se na evolução dos sintomas da doença, já que sua existência não pode ser confirmada ou excluída por exames laboratoriais e radiológicos. Além disso, não há alterações nos órgãos ou sistemas que justifiquem a presença de dor, fadiga e outros sintomas mencionados pelos pacientes. Segundo Bredariol e Gomes (2008), os pacientes apresentam sintomas primários e secundários. Os primários são os sintomas citados acima e os secundários são a fadiga, sono não restaurador, rigidez matinal, síndrome do cólon irritável, depressão, ansiedade, palpitações, problemas de concentração e memória, distúrbios de humor, libido, apetite e incapacidade funcional. Apesar da fibromialgia ser conhecida a mais de um século com relação aos seus aspectos clínicos, apenas a partir de 1992 ela foi aceita oficialmente pela Organização Mundial da Saúde como um quadro clínico propriamente dito. Entretanto, suas causas e consequências ainda não estão bem esclarecidas, gerando dúvidas e dificultando o diagnóstico e o tratamento da doença (BREDARIOL; GOMES, 2008). 2.5. Fisiopatologia Independentemente de ser uma patologia amplamente estudada atualmente, a fibromialgia ainda não é muito compreendida. Segundo a literatura, existem algumas hipóteses que buscam desvendar os mecanismos que estão envolvidos na fisiopatologia da _____________________________________________________________________________7 síndrome, entre eles estão distúrbios da percepção da dor, alterações imunológicas, distúrbios psicoemocionais e problemas neuroendócrinos (FARIA et al., 2014). 2.5.1. Distúrbios da percepção da dor Segundo Riberto e Pato (2004), o aparecimento dos sintomas pode ocorrer de maneira espontânea, regular e em sentido craniocaudal, sendo essa hipótese contrária de que as lesõesfossem periféricas, apontando assim uma origem no sistema nervoso central para a doença. Os autores descrevem que essa hipótese se baseia na elevação dos níveis de substância P e na diminuição dos níveis de serotonina. A substância P é um neurotransmissor das terminações nervosas do tipo C (não mielinizadas) e possivelmente está relacionado com a dor crônica lenta; já a serotonina é um neurotransmissor que está implicada no sistema de analgesia, sendo esse sistema um inibidor dos sinais dolorosos (GUYTON; HALL, 2011). Os terminais das fibras do tipo C entram na medula e liberam glutamato e substância P: o glutamato tem uma liberação e atuação rápida, já a substância P é liberada lentamente podendo sua atuação demorar até minutos. A via responsável pela transmissão da dor lenta até as regiões superiores do sistema nervoso central é a via paleoespinotalâmica, que termina no tronco cerebral. Algumas de suas fibras ascendem para o tálamo. Segundo Guyton e Hall (2011), o sitema de inibição da dor localiza-se nos cornos dorsais da medula espinhal, podendo bloquear a dor antes que a mesma seja transmitida para as regiões superiores do sistema nervoso central. As fibras que se originam dos núcleos paraventriculares e da substância cinzenta pariaquedutal enviam sinais nervosos descendentes aos cornos dorsais da medula espinhal. Esses secretam serotonina, que age fazendo com que os neurônios localizados nessa região da medula também secretem encefalina. Segundo a literatura, essa substância pode atuar na inibição pré e pós-sináptica das fibras da dor do tipo C. Matsuda e colaboradores (2010) descrevem ainda que a diminuição dos níveis de serotonina, assim como de outros transmissores, além de ampliar os estímulos dolorosos pode causar uma redução do fluxo sanguíneo nos músculos e nos tecidos superficiais dos pacientes. Lima e Valença (2015) realizaram uma revisão bibliográfica para investigar as principais mudanças que ocorrem no líquido cefalorraquidiano (LCR) com relação aos neurotransmissores e neuropeptídeos. Em sua pesquisa, encontraram 120 artigos, dos quais 14 foram analisados. Nas análises observaram que muitos neuropeptídeos e neurotransmissores estão relacionados com a dor crônica na fibromialgia. Com relação a _____________________________________________________________________________8 substância P, constatou-se que seus níveis eram maiores quando comparados ao grupo de controle saudável não existindo, porém, na literatura uma explicação que justifique esse aumento. Os autores constataram ainda que os níveis de NGF (fator de crescimento dos neurônios) apresenta-se alto nos pacientes de fibromialgia, sendo ele responsável pela síntese de substância P nas fibras nervosas tipo C. Acredita-se que este aumento seja um dos responsáveis pelos sintomas dolorosos na doença. Este estudo demonstrou o aumento de glutamato nesses pacientes, sendo esse um neurotransmissor excitatório na transmissão dos impulsos dolorosos. Com relação a serotonina, os artigos analisados por eles confirmaram que seus níveis estão baixos no LCR dos indivíduos acometidos pela patologia, acompanhada de uma diminuição nos níveis de noradrenalina e dopamina, podendo dessa forma aumentar a sensibilidade aos estímulos de dor. A atuação não coordenada desses mecanismos de nocicepção e de inibição dolorosa podem resultar na percepção aumentada da dor, sendo essa umas das principais características dos pacientes de fibromialgia (RIBERTO; PATO, 2004). 2.6. Sintomas Secundários Os pacientes acometidos pela doença podem manifestar alguns sintomas secundários. Os mais frequentes são a fadiga, distúrbios do sono, ansiedade, depressão, dispneia e rigidez matinal (CAPELA, 2006). Podendo ainda apresentar distúrbios no humor, apetite e libido, assim como angústia, dificuldades de concentração, zumbidos, cefaleias, vertigens e desânimo (CARVALHO et al., 2014). Costa e colaboradores (2005) realizaram um estudo com 120 pacientes do sexo feminino com fibromialgia atendidos no Ambulatório de reumatologia do Hospital Santo Antônio em Salvador, Bahia. Verificou-se no presente estudo que 87,5% dos pacientes se queixam de ansiedade, 39,2% de depressão e 94,2% de fadiga 3. EXERCÍCIO FÍSICO Em um estudo de revisão Braz e colaboradores (2011) enfatizou-se os benefícios de terapias não farmacológicas e da medicina alternativa para complementar o tratamento da fibromialgia. Segundo eles, o estímulo da realização de atividade física tem como objetivos trazer bem estar emocional e melhorar os sintomas da doença. A caminhada, a dança e a bicicleta ergométrica são algumas das atividades aeróbicas aconselhadas para auxiliar na _____________________________________________________________________________9 terapia da síndrome. De acordo com os autores, o programa de exercícios físicos deve ter uma intensidade de leve a moderada com uma frequência mínima de 4 vezes por semana. Os exercícios aeróbicos tem sido objeto de estudo por vários pesquisadores na área da saúde no auxílio do tratamento da fibromialgia. Cunha (2013) realizou uma pesquisa de revisão sistemática fundamentada em 24 artigos sobre o exercício aeróbico e seus benefícios em indivíduos com a doença. Segundo o estudo, os exercícios físicos mais indicados são os aeróbicos de baixa intensidade, onde observou-se melhora do sono, do bem estar e da qualidade de vida dos pacientes e a diminuição da dor. Benefícios semelhantes foram observados em um estudo comparativo com 34 pacientes realizado por Jentoft, Kvalvik e Mengshoel (2001). Eles realizaram exercícios aeróbicos em piscina e solo com uma intensidade de treinamento entre 60% a 80% da frequência cardíaca máxima para idade de cada participante. As sessões de exercício ocorreram duas vezes por semana durante 20 semanas. Como resultado foi possível observar que houve melhora na qualidade de vida desses indivíduos mesmo com a prática de exercícios aeróbicos intensos. Valim e colaboradores (2013) realizaram um estudo no qual analisaram os efeitos do treinamento aeróbico e do alongamento sobre os níveis séricos de serotonina (5-HT) e o seu principal metabólito: o hidroxiindolacetico (5-HIAA). Os pesquisadores selecionaram 22 mulheres sedentárias, com faixa etária entre 18 e 60 anos, que atendiam aos critérios de classificação de 1990 do Colégio Americano de Reumatologia. Eram recém diagnosticadas, sem nunca haver feito qualquer tratamento anterior para os sintomas da síndrome. Os exercícios foram realizados três vezes por semana em um período de 20 semanas, nas quais, 14 fizeram exercício aeróbio e 8 realizaram alongamento. O referente estudo demonstrou uma mudança significativa no grupo aeróbico com relação aos níveis séricos de 5-HT e 5-HIAA. Já no grupo do alongamento as mudanças não foram significativas. Segundo os autores o aumento da sensibilidade de alguns receptores de 5-HT e de seus níveis centrais e sérico, assim como o aumento no volume total de plaquetas e a maior concentração de 5-HT nessas são atribuídos ao exercício físico. Esse achado é importante, pois os níveis de 5-HT diminuem em decorrência da fibromialgia, contribuindo para os distúrbios do sono, ansiedade e outros sintomas secundários da doença. O estudo realizado por Oliveira e colaboradores (2009) investigou a diferença existente entre mulheres fisicamente ativas e sedentárias diagnosticadas com fibromialgia da secretaria de saúde da cidade de Mirai, Minas Gerais. Elas foram divididas em dois grupos, _____________________________________________________________________________10 sendo o grupo 1 as fisicamente ativas em número de 10, com idade média de 50 ± 7 anos e o grupo 2 sedentárias em número de 8, com idade 49 ±7 anos. Para a classificar o nível de atividade física das participantes, os pesquisadores utilizaram o QuestionárioInternacional de Atividade Física (IPAQ). A avaliação do nível de qualidade de vida foi realizada através do questionário Fibromyalgia Impact Questionnarie (FIQ), que utiliza uma pontuação que vai de 0 a 100. Quanto maior a pontuação pior o caso, considerado como graves aqueles que demonstrarem uma pontuação igual ou superior a 70. Os autores observaram que o grupo 2 (sedentárias) apresentou um impacto negativo com relação a qualidade de vida de maneira significativa, já que obteve valores acima de 70 pontos. O grupo 1 (ativas), por outro lado, teve um impacto positivo, fato demonstrado pela sua pontuação que foi igual a 32. Para compreender a relação entre exercício físico e os pacientes de fibromialgia, Cavaliere e colaboradores (2010) realizaram um estudo qualitativo em 22 mulheres entre 21 e 61 anos diagnosticadas com a síndrome, que participavam de um programa de tratamento multidisciplinar no estado do Rio de Janeiro. Os dados foram coletados através de entrevista e foram analisados com o conteúdo transcrito da entrevista e das interpretações de ilustrações efetuadas pelas pacientes. Os autores utilizaram categorias específicas baseadas no conceito de saúde de Silva e De Marchi que possui seis dimensões, sendo elas: física, emocional, social, intelectual, espiritual e profissional. O estudo observou que a dimensão mais relatada nas falas foi a física (100%) em que as pacientes manifestaram a diminuição nos sintomas de dor e melhora na sua tolerância. Na análise das falas referentes às ilustrações, a dimensão emocional foi a mais representada (77,27%), identificada através da melhora na autoestima das pacientes. Segundo os autores, a percepção positiva da relação entre o exercício físico e a saúde pode contribuir significativamente para auxiliar no tratamento dos pacientes com a síndrome, melhorando a relação do indivíduo com a doença. Souza e Amorim (2016) realizaram uma revisão bibliográfica com o objetivo de pesquisar os benefícios dos exercícios resistidos em pacientes com fibromialgia. De acordo com esse levantamento, os estudos demonstraram que exercícios resistidos de moderada a alta intensidade geram um aumento da resistência por parte dos pacientes às atividades físicas e à tolerância ao exercício. Porém, os exercícios de baixa a moderada intensidade proporcionam uma melhora significativa nos sintomas de dor, apresentando melhoras na qualidade do sono e na diminuição da fadiga. Além disso, oferecem benefícios psicossociais e são os exercícios que têm maior adesão e aceitação dessa população. _____________________________________________________________________________11 Um estudo análogo foi feito por Rebutini e colaboradores (2013). Eles realizaram um estudo de caso em uma mulher de 52 anos com a síndrome que não fazia tratamento farmacológico. Ela foi sujeita a um programa de treinamento resistido dividido em três sessões semanais de dias alternados, com duração de 40 minutos por 12 semanas. Os autores observaram que houve melhora nos sintomas da doença, que é consequência de um sono de boa qualidade, bem-estar e melhora na qualidade de vida, atribuídos a prática dos exercícios resistidos. Esses benefícios também foram evidenciados em um ensaio clinico randomizado realizado por Berssaneti (2010). Em seu estudo, ela avaliou e comparou, de maneira isolada, a eficiência dos exercícios de alongamento e de força muscular no alívio dos sintomas em mulheres com a síndrome. Participaram desse estudo 63 mulheres com faixa etária entre 30 e 55 anos com diagnóstico da doença. Elas foram divididas em três grupos: 22 no grupo de alongamento, 25 no de fortalecimento e 16 no grupo de controle. Foram feitas 24 sessões duas vezes por semana com 40 minutos cada. O grupo de alongamento efetuou exercícios separadamente mantidos por 30 segundos, já o grupo de fortalecimento exercícios com aumento gradativo de cargas. O estudo observou que tanto os exercícios de alongamento como os de fortalecimento muscular melhoram de maneira significativa a dor e outros sintomas físicos e emocionais da síndrome. Um estudo semelhante realizado por Barbosa (2013) teve como objetivo investigar de que maneira os métodos de treinamento resistido e flexibilidade influenciam no avanço das condições clinicas, físicas e comportamentais de mulheres com fibromialgia. O presente estudo concluiu que ambos são eficazes no aumento de força, sendo que os exercícios resistidos apresentaram um ganho estatístico maior. Houve melhora nos aspectos psicológicos com diminuição da depressão e ansiedade das pacientes. Com relação a dor, os dois métodos apresentaram uma resposta similar, demonstrando uma diminuição significativa. Segundo Bulhões e colaboradores (2018), o treinamento resistido auxilia na redução quadro de dor de maneira expressiva. Este resultado pode ser atribuído a estimulação dos circuitos periféricos e centrais. Isso faz com que ocorra uma melhora na função neuromuscular, que é proporcionada pela redução nas respostas nociceptivas provenientes de alterações ocorridas nos mecanismos periféricos. Verifica-se assim, uma melhora da condição muscular e uma diminuição do esforço na realização das tarefas. Por auxiliar no alívio dos sintomas da fibromialgia, o método pilates tem sido objeto de estudo. Ele compreende seis princípios básicos em seus exercícios: respiração, _____________________________________________________________________________12 concentração, precisão, controle, centramento e fluidez do movimento, englobando a completa coordenação do corpo, da mente e do espírito (APARICIO; PÉREZ 2005). Um estudo de caso realizado por Lavidg e colaboradores (2016) investigou como o método pilates afetava no tratamento das mulheres com fibromialgia. Participaram 4 pacientes na faixa etária entre 30 e 60 anos diagnosticadas com a doença. Realizaram-se 20 sessões de exercícios de uma hora 3 vezes na semana. O estudo concluiu que os exercícios de pilates são eficazes no tratamento da síndrome, melhorando a qualidade de vida, a flexibilidade e os sintomas de dor. Um ensaio clinico realizado por Amorim (2009) reforça os benefícios do método pilates para auxiliar no tratamento desses pacientes. O estudo foi feito pela separação aleatória de 38 mulheres maiores de 18 anos em dois grupos: um de estudo e outro controle. O grupo 1 realizou exercícios de pilates por oito semanas, com duas sessões de uma hora em cada semana. O presente estudo concluiu que houve uma redução nos escores do QIF do grupo 1 em relação a avaliação inicial e ao grupo controle. A intensidade da dor (escala analógica visual) também teve diminuição significativa no grupo 1, assim como uma diminuição satisfatória nos Tender Points. Já com relação a flexibilidade (biofotogrametria), não houve diferenças significativas. 4. CONSIDERAÇÕES FINAIS A fibromialgia é uma síndrome que apresenta caráter multifatorial que tem consequências negativas na vida dos pacientes, não somente nos aspectos físicos e emocionais, como também na vida social e econômica. Para um resultado eficaz, tem-se buscado cada vez mais um tratamento multidisciplinar e nessa questão, a atividade física vem exercendo um papel fundamental. Os exercícios físicos mais indicados nas pesquisas são os exercícios aeróbicos de baixa a média intensidade, exercícios resistidos, pilates e alongamento. Com base nas referências estudadas, observou-se que essas atividades aliviaram significativamente os sintomas de dor e a intolerância a ela dos pacientes acometidos pela síndrome. Com relação a depressão e ansiedade, os estudos descrevem uma importante melhora nos sintomas, demonstrando melhoras na qualidade do sono, na fadiga, na rigidez matinal, no relacionamento social e consequentemente, na qualidade de vida. _____________________________________________________________________________13Por mais que a ciência vem buscado uma resposta com relação a duração, frequência e intensidade da atividade física, ainda não foi possível estabelecer um protocolo que seja mais eficaz para contribuir no tratamento da fibromialgia. Os pacientes são orientados a praticarem exercícios que lhe deem prazer e que sejam seguros. Eles devem ser realizados de maneira gradual na carga, duração e intensidade para que não venham a causar exacerbação dos sintomas de dor, levando a um possível abandono da atividade. Atualmente a medicina vem usando cada vez mais o auxílio de terapias não medicamentosas no tratamento da síndrome. Por ser uma doença muito complexa que tem impacto na vida dos pacientes, devemos desenvolver novas pesquisas, principalmente as relacionadas ao exercício físico. Isso se deve a grande variedade de protocolos de treinamentos, tipologia de exercícios e diferentes níveis intensidade, aumentando assim a segurança e fidedignidade de sua utilização. REFERÊNCIA AMORIM, N. M. F. D. Efeito do método pilates como tratamento adjuvante em pacientes portadores de fibromialgia. Monografia de mestrado em saúde materno-infantil. Universidade Federal do Maranhão. São Luís, Maranhão. 2009. APARICIO, E.; PÉREZ, J. El auténtico método pilates: el arte del control. 2ª ed. Madrid, España: Ediciones Martínez Roca SA, 2005. BARBOSA, J. M. Efeitos de um programa de treinamento resistido ou de flexibilidade na força isotônica, na dor e nos aspectos psicológicos em mulheres com fibromialgia. Trabalho de conclusão de curso de Educação Física e Desporto. 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