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TRANSTORNOS ALIMENTARES NA INFÂNCIA Ma. Bruna Wendt Pesquisa Google Scholar Distúrbios alimentares/Transtornos alimentares ANOREXIA BULIMIA ADOLESCENTES E ARIEL??? PROMOÇÃO À SAÚDE PREVENÇÃO A DOENÇAS Transtornos alimentares • Caracterizados por um distúrbio persistente do comportamento alimentar que resulta no consumo ou na absorção alterada de alimentos e compromete significativamente a saúde física ou o funcionamento psicossocial. Transtornos alimentares • TA têm uma etiologia complexa compreensão multifatorial; • Fatores de risco de diversos níveis: - Culturais: “idealização da magreza”; - Individuais: Baixa autoestima; - Familiares: Dinâmica familiar PEQUENA MISS SUNSHINE Transtornos alimentares na infância • Conjunto de comportamentos problemáticos e persistentes relacionados com a alimentação e a própria ingestão de alimentos; • Podem incluir: - Comer pouco ou muito; - Ingestão seletiva; - Problemas de mastigação e deglutição; - Hábitos estranhos de alimentação; - Comportamentos incômodos na hora de comer; • Transtornos que ocorrem precocemente na infância e que representam alterações na relação da criança com a alimentação. • Parecem não estar associadas a uma preocupação excessiva com o peso e/ou a forma corporal, mas podem interferir no desenvolvimento infantil e podem ser preditores para o desenvolvimento de TA mais graves (Anorexia e Bulimia). Transtornos alimentares na infância • (A) Ingestão persistente de substâncias não nutritivas, não alimentares, durante um período mínimo de 1 mês • (B) A ingestão de substâncias não nutritivas, não alimentares, é inapropriada ao estágio do desenvolvimento do indivíduo (exceção Fase Oral) • (C) O comportamento alimentar não faz parte de uma prática culturalmente aceita • (D) Se o comportamento alimentar ocorrer no contexto de outro transtorno mental (p. ex., deficiência intelectual, esquizofrenia), ou condição médica (incluindo gestação), é suficientemente grave a ponto de necessitar atenção clínica adicional. PICA Critérios para avaliação clínica •Geofagia: ingestão de argila; •Pagofabia: comer gelo em excesso; •Coprofagia: ingestão de fezes; •Tricofagia: ingestão de pêlos; •Litofagia: ingestão de pedras; •Caniofagia: comer pó •Emetofagia: comer vômito •Hematofagia: comer sangue •Hialofagia: ingerir vidro •Mucofagia: ingerir muco •Trichofagia: comer cabelo •Urofagia: ingerir urina PICA Tipos de substâncias ingeridas • Afeta do mesmo modo ambos os sexos; • Mais frequente em crianças pequenas maiores de um ano, regredindo a partir do segundo ano, exceto em pessoas com retardo mental com graves déficits. • Prevalência aumenta em crianças com retardo mental e autismo; • Mulheres grávidas podem apresentar; • Costuma regredir espontaneamente; • Falta de atenção, supervisão e estimulação adequadas dos pais podem piorar o quadro. PICA • Modelo explicativo biomédico: faltas nutricionais, deficiências de minerais; • Modelo explicativo comportamental: falta de supervisão e estimulação familiar, aprendizagem/modelagem. PICA Modelos explicativos • Obstrução intestinal; • Intoxicação ou Envenenamento; • Infecções parasitárias; • Anemia; • Problemas no crescimento; • Deficiência de minerais - ferro e zinco (causa ou consequência?). PICA Complicações médicas • Exame médico: há déficit de minerais (ferro ou zinco)? Funcionamento metabólico é adequado? • Há retardo mental? (Escalas que avaliam nível de desenvolvimento mental; WISC) • Verificar repertório de habilidades da criança (sociais, motoras) e verificar se outros comportamentos podem estar influenciando comportamento de pica • Avaliar hábitos da alimentação do paciente e da família (variedade de alimentos; regularidade) PICA Avaliação • Diagnóstico diferencial: (1)Anorexia nervosa: pode ocorrer ingestão de materiais, como papel para controlar o apetite; (2)Transtorno factício: para falsificar sintomas; (3)Transtornos de personalidade: comportamentos auto-lesivos. • Comorbidades (1)Tr. do Espectro Autista, Deficiência Intelectual; (2)Esquizofrenia, TOC; (3)Tricotilomania (arrancar cabelos). PICA Avaliação Avaliação e tratamento multidisciplinares: médico, psicólogo, nutricionista (A)Regurgitação e remastigação de alimentos durante um período mínimo de um mês (sem náusea ou esforço para vomitar) (B)A regurgitação repetida não é atribuível a uma condição gastrintestinal ou outra condição médica (p. ex., refluxo gastroesofágico) (C)A perturbação alimentar não ocorre exclusivamente durante o curso de anorexia nervosa, bulimia nervosa, transtorno de compulsão alimentar, ou tr. alimentar evitativo/restritivo (D)Se os sintomas ocorrem no contexto de outro tr. mental (ex: deficiência intelectual ou outro tr. neurodesenvolvimental), eles são suficientemente graves para justificar atenção clínica adicional. TRANSTORNO DE RUMINAÇÃO Critérios para avaliação clínica • É observado, com maior frequência, em crianças pequenas (3-12 meses), mas pode ser visto em sujeitos de mais idade, principalmente em casos de retardo mental; • Mais comum em homens; • Indivíduos descrevem o comportamento como habitual e fora do controle; voluntário. • Costuma regredir espontaneamente; • Principais complicações: desnutrição (perda de peso ou dificuldade de ganho de peso) que, quando severa e persistente, pode levar à morte (25% dos casos). Possível atraso no desenvolvimento e na aprendizagem. TRANSTORNO DE RUMINAÇÃO Características • Modelo explicativo biomédico: Existência de uma disfunção neuromotora ou a presença de anormalidades médicas ou genéticas causadoras desse problema • Modelo explicativo comportamental: Déficit de reforços sociais faz com que a criança procure estimulação em si mesma; negligência; situações de vida estressantes; TRANSTORNO DE RUMINAÇÃO Modelos explicativos • Exame médico: avaliar se há alguma disfunção orgânica (doenças gastrintestinais ou refluxo esofágico); • Verificar se há retardo mental ou algum transtorno global do desenvolvimento (autismo) – escalas; •Anamnese com os pais para verificar a descrição e o histórico do transtorno, histórico familiar de transtornos alimentares, análise do ambiente familiar (interação, estimulação, afeto). •Observação e folhas de registro; TRANSTORNO DE RUMINAÇÃO Avaliação • Diagnóstico diferencial: - Condições gastrintestinais com presença de refluxos, vômitos; - Anorexia e Bulimia nervosa: Vômito como meio de eliminar as calorias ingeridas; • Comorbidades: - Transtorno de ansiedade generalizada (TAG) TRANSTORNO DE RUMINAÇÃO Avaliação (A) Uma perturbação alimentar (p. ex., falta aparente de interesse na alimentação ou em alimentos; esquiva baseada nas características sensoriais do alimento) manifestada por fracasso persistente em satisfazer as necessidades nutricionais e/ou energéticas apropriadas associada a um (ou mais) dos seguintes aspectos: 1.Perda de peso significativa (ou insucesso em obter peso ou atraso de crescimento em crianças). 2.Deficiência nutricional significativa. 3.Dependência de alimentação enteral ou suplementos nutricionais orais. 4.Interferência marcante no funcionamento psicossocial (p. ex. não fazer refeições com outras pessoas). TRANSTORNO ALIMENTAR RESTRITIVO/EVITATIVO (TARE) Critérios para avaliação clínica (B) A perturbação não é mais bem explicada por indisponibilidade de alimento ou por uma prática culturalmente aceita. (C) A perturbação alimentar não ocorre exclusivamente durante o curso de anorexia nervosa ou bulimia nervosa; (D) Quando a perturbação alimentar ocorre no contexto de uma outra condição ou transtorno, sua gravidade excede a habitualmente associada à condição ou ao transtorno e justifica atenção clínica adicional. TRANSTORNO ALIMENTAR RESTRITIVO/EVITATIVO (TARE) Critérios para avaliação clínica • Substitui e amplia o diagnóstico do DSM-IV de Transtorno da Alimentação da Primeira Infância;• Mais comumente na fase de lactente e na primeira infância, podendo persistir até a idade adulta; • Pode se basear em características de qualidade do alimento: aparência, cor, odor, textura, temperatura ou paladar. • Principais complicações: desnutrição; atraso no desenvolvimento e na aprendizagem; interferência no funcionamento social; limitações funcionais. TRANSTORNO ALIMENTAR RESTRITIVO/EVITATIVO (TARE) Características • Avaliação médica: se há histórico de doenças gastrintestinais, doença de refluxo gastroesofágico, vômitos. •Avaliar se há outros transtornos mentais ou transtornos globais do desenvolvimento. • Avaliar fatores ambientais de risco: histórico familiar de transtornos alimentares; ansiedade familiar; interação familiar (estímulos, reforços, entrevista e observações TRANSTORNO ALIMENTAR RESTRITIVO/EVITATIVO (TARE) Avaliação • Diagnóstico diferencial: -Outras condições médicas doenças gastrointestinais, alergias à comida,pós- quimioterapia; -Tr. neurológicos/neuromusculares, estruturais ou congênitos específicos; -Tr. espectro autista rigidez do comportamento alimentar e sensibilidade sensorial ampliada; -Fobias específicas, fobia social, outros tr. Ansiedade (ex: medo de se asfixiar ou vomitar) TRANSTORNO ALIMENTAR RESTRITIVO/EVITATIVO (TARE) Avaliação • Diagnóstico diferencial: -Anorexia nervosa medo de ganhar peso e perturbação da percepção do peso e da forma (porém o diferencial é dificultado pela negação -TOC -Tr. depressivo maior -Tr. espectro da esquizofrenia delírios • Comorbidades: - Transt. de ansiedade - TOC - Transt. do neurodesenvolvimento (autismo, TDAH) TRANSTORNO ALIMENTAR RESTRITIVO/EVITATIVO (TARE) Avaliação • Documentário: “Muito além do peso” • Obesidade relacionada à diabetes, hipertensão, doenças cardíacas e respiratórias. • Quais alimentos que chegam até as populações mais carentes e mais isoladas? • ‘Criança gordinha é criança saudável’ • Interferências das questões contextuais (acessibilidade, praticidade, aspectos econômicos); OBESIDADE INFANTIL • Brincar na rua X televisão, celular; • Desconhecimento/ desinformação; • Publicidade abusiva “abra a felicidade” • Bullying!!
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