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TRANSTORNOS ALIMENTARES

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Nathalya K. Silveira de Almeida – 6° período – 2/2021 
CONCEITO 
TRANSTORNO DE PICA 
Tutoria 7 - Transtornos alimentares 
 
 
Caracterizados por uma perturbação persistente na alimentação ou no comportamento relacionado à alimentação que 
resulta no consumo ou na absorção alterada de alimentos e que compromete significativamente a saúde física ou o 
funcionamento psicossocial. 
Dentre eles, temos: TRANSTORNO DE RUMINAÇÃO, PICA, TRANSTORNO ALIMENTAR RESTRITIVO/EVITATIVO, 
ANOREXIA NERVOSA, BULIMIA NERVOSA E TRANSTORNO DE COMPULSÃO ALIMENTAR, sendo que somente um desses 
diagnósticos pode ser atribuido, com exceção do pica, que pode estar presente em outro distúrbio alimentar. 
Vale lembrar que a obesidade não está incluida no DSM-5 como transtorno mental, sendo essa o excesso de gordura 
corporal resultante do desequilíbrio entre a ingesta energética e o gasto energético, com excesso da primeira. Não foi 
incluida por ter participação de uma gama de fatores (genéticos, fisiológicos, comportamentais e ambientais) que 
contribuem para o seu desenvolvimento. Entretanto, a obesidade possui associação com vários transtornos mentais. 
 
Existem testes propostos para identificação dos Tas, tais como, Teste de Atitudes Alimentares (EAT) e o Teste de 
Investigação Bulímica de Edimburg BITE e a Escala de figuras de Stunkard, para avaliar sintomas de anorexia e bulimia, 
onde pode ser sugestivo de comportamento alimentar de risco para TAs; identifica estratégias para induzir a redução de 
peso e avaliam satisfação com a imagem corporal e comparação com o Índice de Massa Corporal (IMC) e tendência a 
incorporar a obsessão pela magreza, de forma a contribuir para a identificação dos riscos para desenvolvimento de Tas. 
 
 
CONCEITO 
 
É MULTIFATORIAL, envolvendo fatores: 
 BIOLÓGICOS: alterações nos níveis dos neurotransmissores (princ. os relacionados a saciedade): serotonina, 
leptina, grelina, peptídeo YY (contribuindo com os episódios compulsivos e os vômitos auto induzidos na 
bulimia). 
 PSICOLÓGICOS: alta esquiva ao dano e baixa busca por recompensas, hábito muito perfeccionista, impulvos e 
controladores, histórico de abuso sexual e físico na infância. 
 FAMILIARES: histório familiar, famílias pouco afetivas e ausentes, e mães rígidas, controladores e ausentes. 
 SOCIAIS E CULTURAIS: não são fatores determinantes, mas possuem impacto e influência. Busca pelo “corpo 
ideal – magreza”, desequilíbrio entre busca pela magreza X saúde. Padronização dos corpos, sendo o padrão de 
beleza magro, muito influênciado pelas redes sociais. 
 
 
CONCEITO: 
Pica, Picacismo ou Alotriofagia são nomes do mesmo transtorno alimentar, definido pelo desejo e hábito de 
mastigar coisas que não sejam alimentos nem tenho valor nutricional. 
DIAGNÓSTICO: 
A. Ingestão persistente de substâncias não nutritivas, não alimentares, durante um período mínimo de um mês. 
B. A ingestão de substâncias não nutritivas, não alimentares, é inapropriada ao estágio de desenvolvimento do 
indivíduo. 
C. O comportamento alimentar não faz parte de uma prática culturalmente aceita. 
D. Se o comportamento alimentar ocorrer no contexto de outro transtorno mental (p. ex., deficiência intelectual 
[transtorno do desenvolvimento intelectual], transtorno do espectro autista, tricotilomania, transtorno de 
escoriação e esquizofrenia) ou condição médica (incluindo gestação), é suficientemente grave a ponto de 
necessitar de atenção clínica adicional. 
 
Nota para codificação: O código da CID-9-MC para pica é 307.52 e é usado para crianças e adul�tos. Os códigos da CID-
10-MC para pica são (F98.3) em crianças e (F50.8) em adultos. 
 
 As substâncias típicas ingeridas tendem a variar com a idade e a disponibilidade e podem incluir papel, sabão, 
tecido, cabelo, fios, terra, giz, talco, tinta, cola, metal, pedras, carvão vegetal ou mineral, cinzas, detergente ou 
gelo. 
ETIOLOGIA 
 Nathalya K. Silveira de Almeida – 6° período – 2/2021 
TRANSTORNO DE RUMINAÇÃO 
 Não alimentar: não possuem nenhum conteúdo nutritivo. 
 Geralmente não há aversão a alimentos em geral. 
 Idade mínima de diagnóstico: 2 anos (a fim de exlcuir a exploraçã de objetos com a boca que acabam por ser 
ingeridos, sendo normal no desenvolvimento das crianças pequenas). 
 Em alguns casos, a pica chega a atenção clínica devido a complicações (problemas intestinais mecânicos, 
obstrução intestinal, perfuraçã intestinal, infecçoes como toxoplasmose e toxocaríase em decorrência da 
ingestão de fezes ou sujeira; intoxicação, como pela ingestão de tinta à base de chumbo). 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
 Pode ocorrer na infância (mais comum), adolescencia ou idade adulta; 
 Pode ocorrer em crianças com desenvolvimento normal, enquanto, em adultos, parece mais comum em casos de 
deficiência intelectual ou em outros transtornos mentais. 
 Pode-se manifestar também na gestação, quando fissura específica pode ocorrer (por ex. por fiz ou gelo), e sua 
ingestaão deve representar potenciais riscos médicos. 
 
FATORES DE RISCO: 
 Ambientais: Negligência, falta de supervisão e atraso do desenvolvimento; 
 Culturais: Em algumas populações, acredita-se que a ingestão de terra ou outras substâncias aparentemente 
não nutritivas tenha valor espiritual, medicinal ou outro valor social e em alguns casos, é considerada uma 
prática normal e aceita. Esse comportamento NÃO é considerado pica; 
 
PROGNÓSTICO: 
 Pode comprometer de maneira significativa o funcionamento físico, mas geralmente causa prejuízo no 
funcionamento social quando associado a outros transtornos. 
 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
 Anorexia nervosa: em alguns casos há ingestão de substâncias não nutritivas na tentativa de controlar o apetite, 
ingerindo por ex. lenços de papel. Nesses casos, quando a ingestão de substâncias não nutritivas, não 
alimentares, é usada essencialmente como meio de controle do peso, anorexia nervosa deverá ser o diagnóstico 
primário. 
 Transtorno factício: pacientes com esse transtorno podem ingerir intencionalmente objetos estranhos como 
parte do padrão de falsificação de sintomas físicos. 
 Autolesão não suicida e comportamentos de autolesão suicida nos transtornos de personalidade: Alguns 
indivíduos podem deglutir itens potencialmente nocivos (p. ex., alfinetes, agulhas, facas) em casos de trantornos 
de personalidade ou autolesão não suicida. 
 
 
 
DIAGNÓSTICO: 
A. Regurgitação repetida de alimento durante um período mínimo de um mês. O alimento regurgitado pode ser 
remastigado, novamente deglutido ou cuspido. 
B. A regurgitação repetida não é atribuível a uma condição gastrintestinal ou a outra condição mé�dica (p. ex., 
refluxo gastroesofágico, estenose do piloro). 
C. A perturbação alimentar não ocorre exclusivamente durante o curso de anorexia nervosa, bulimia nervosa, 
transtorno de compulsão alimentar ou transtorno alimentar restritivo/evitativo. 
D. Se os sintomas ocorrerem no contexto de outro transtorno mental (p. ex., deficiência intelectual [transtorno do 
desenvolvimento intelectual] ou outro transtorno do neurodesenvolvimento), eles são suficientemente graves 
para justificar atenção clínica adicional. 
 
 O alimento previamente deglutido que já pode estar parcialmente digerido é trazido de volta à boca sem náusea 
aparente, ânsia de vômito ou repugnância. 
 A regurgitação deve ser frequente, ocorrendo pelo menos várias vezes por semana, todos os dias. 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
 Pode ocorrer em lactentes, na infância, na adolescência ou na idade adulta, com início geralmente entre os 3-12 
meses; 
 Nathalya K. Silveira de Almeida – 6° período – 2/2021 
TRANSTORNO ALIMENTAR RESTRITIVO/EVITATIVO 
 Nos lactentes, o transtorno cede com frequência de forma espontânea, mas tambémpode ser potencialmente 
fatal; 
 Lactentes com o transtorno: exibem uma posição característica de tensionar e arquear as costas com a cabeça 
fletida para trás, fazendo movimentos de sucção com a língua e dando a impressão de obterem satisfação com 
tal atividade. Eles podem ficar irritados e famintos entre episódios de regurgitação. É comum a perda ponderal, 
insucesso em ganhar peso, e até mesmo a desnutrição e atraso no crescimento; 
 Adolescentes e adultos tentam disfarçar a regurgitação cobrindo a boca com a mão ou tossindo; 
 Alguns evitam comer em frente as pessoas ou evitam alimentar antes de situações sociais, como trabalho ou a 
escola. 
 
FATORES DE RISCO: 
 Ambientais: Problemas psicossociais como falta de estimulação, negligência, situações de vida estressantes e 
problemas na relação entre pais e filhos. 
 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
 Condições gastrintestinais: deve-se diferenciar regurgitação no transtorno de rumina�ção de outras condições 
caracterizadas por refluxo gastroesofágico ou vômitos. Condições como gastroparesia, estenose do piloro, hérnia 
de hiato e síndrome de Sandifer em lactentes deverão ser excluídas por exames físicos e testes laboratoriais 
apropriados. 
 Anorexia nervosa e bulimia nervosa: esses pacientes também podem regurgitar com subsequente eliminação do 
alimento como um meio de livrar-se das calorias ingeridas em virtude da preocupação com o ganho de peso. 
 
 
 
DIAGNÓSTICO: 
A. Uma perturbação alimentar (p. ex., falta aparente de interesse na alimentação ou em alimentos; esquiva 
baseada nas características sensoriais do alimento; preocupação acerca de consequências aversivas alimentar) 
manifestada por fracasso persistente em satisfazer as necessidades nutricionais e/ou energéticas 
apropriadas associada a um (ou mais) dos seguintes aspectos: 
1. Perda de peso significativa (ou insucesso em obter o ganho de peso esperado ou atraso de crescimento em 
crianças). 
2. Deficiência nutricional significativa. 
3. Dependência de alimentação enteral ou suplementos nutricionais orais (é preciso suplementar a 
alimentação para manter a ingesta adequada). 
4. Interferência marcante no funcionamento psicossocial. 
B. A perturbação não é mais bem explicada por indisponibilidade de alimento ou por uma prática culturalmente 
aceita. 
C. A perturbação alimentar não ocorre exclusivamente durante o curso de anorexia nervosa ou bulimia nervosa, e 
não há evidência de perturbação na maneira como o peso ou a forma corporal é vivenciada. 
D. A perturbação alimentar não é atribuível a uma condição médica concomitante ou mais bem explicada por 
outro transtorno mental. Quando a perturbação alimentar ocorre no contexto de uma outra condição ou 
transtorno, sua gravidade excede a habitualmente associada à condição ou ao transtorno e justifica atenção 
clínica adicional. 
 Em alguns indivíduos, a evitação ou a restrição alimentar podem se basear em características de qualidade do 
alimento, como sensibilidade extrema a aparência, cor, odor, textura, tempera�tura ou paladar. Esse 
comportamento foi descrito como “ingestão restritiva”, “ingestão seletiva”, “ingestão exigente”, “ingestão 
perseverante”, “recusa crônica de alimento” e “neofobia alimen�tar” e pode se manifestar como recusa em 
comer determinadas marcas de alimentos ou intolerân�cia ao cheiro do alimento que está sendo consumido 
por outros. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
 Por conta da falta de interesse em nutrição e alimentação, pode ocorrer perda de peso e atraso no crescimento; 
 Nathalya K. Silveira de Almeida – 6° período – 2/2021 
 Lactentes: podem apresentar-se sonolentos, aflitos ou agitados ao se alimentar; 
 Lactentes e crianças pequenas: é a faixa etária mais comum. Pode levar a um não envolvimento com o cuidador 
durante a aliemntação ou não comunicar fome. Essas podem se tornar irritadas e difícieis de consolar durante 
a amamentação ou parecer apáticas e retraídas. 
 Pode levar a desnutrição, baixo peso, atraso no crescimento, necessidade de nutrição artificial que podem levar 
a prejuízos no desenvolvimento físico e dificuldades sociais. 
 
FATORES DE RISCO: 
 Temperamentais: presença de transtornos de ansiedade, transtorno do espectro autista, transtorno 
obsessivo-compulsivo e transtorno de déficit de atenção/hiperatividade. 
 Ambientais: Ansiedade familiar. 
 Genéticos e fisiológicos: História de condições gastrintestinais, doença de refluxo gastroeso�fágico, vômitos. 
 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
 Outras condições médicas: doença gastrintestinal, alergias e intolerâncias alimentares, malignidades oculta. 
 Transtornos neurológicos/neuromusculares, estruturais ou congênitos específicos e condições associadas a 
dificuldades de alimentação: hipotonia da musculatura, protusão da língua e deglutição comprometida. 
 Transtorno de apego reativo: Um certo grau de retraimento é característico do transtorno de apego reativo e 
pode levar a uma perturbação na relação cuidador-criança que pode afetar a alimentação e a ingestão da 
criança. 
 Transtorno do espectro autista: Indivíduos com transtorno do espectro autista geralmente apresentam 
comportamentos alimentares rígidos e sensibilidades sensoriais aumentadas. 
 Fobia específica, transtorno de ansiedade social (fobia social) e outros transtornos de ansiedade: fobia 
específica na qual a situação pode levar a asfixia ou vômitos e isso resulta em esquiva da alimentação. No 
transtorno de ansiedade social, o indivíduo pode apresentar-se com medo de ser observado pelos outros 
enquanto se alimenta, o que pode acontecer também no transtorno alimentar restritivo/evitativo. 
 Anorexia nervosa: os dois transtornos não devem ser diagnósticados juntos. Esses paceintes exibem medo de 
ganhar peso ou de ficar gordos ou tem comportamentos persistentes que interferem no ganho de peso, sendo 
assim, esses dois diagnósticos podem compartilhar uma serie de sintomas. 
 Transtorno obsessivo-compulsivo: pacientes com esse transtorno podem apresentar-se com evitação ou 
restrição da alimentação relacionada a preocupações com alimentos ou comportamento de alimentação 
ritualizado. 
 Transtorno depressivo maior: Nesse caso, o apetite pode estar afetado de tal forma que os indivíduos 
apresentam-se com ingesta alimentar significativamente restrita, em geral em relação à ingesta calórica total e 
muitas vezes associada a perda de peso. A inapetência e a decorrente redução da ingesta costumam ceder 
com a resolução dos problemas de humor 
 Transtornos do espectro da esquizofrenia: Indivíduos com esquizofrenia, transtorno deliran�te ou outros 
transtornos psicóticos podem exibir comportamentos alimentares estranhos, evitação de alimentos específicos 
em virtude de crenças delirantes ou outras manifestações de alimenta�ção restritiva/evitativa. Em alguns 
casos, crenças delirantes podem contribuir para preocupação acerca das consequências negativas de ingerir 
determinados alimentos. 
 Transtorno factício ou transtorno factício imposto a outro: Para assumir o papel de doente, alguns indivíduos 
com transtorno factício podem descrever intencionalmente dietas que são muito mais restritivas do que 
aquelas que de fato são capazes de consumir, bem como complicações de tal comportamento, como 
necessidade de dietas enterais ou suplementos nutricionais, incapacidade de tolerar uma gama normal de 
alimentos e/ou inca�pacidade de participar normalmente de situações apropriadas à idade envolvendo 
alimentação. A apresentação pode ser bastante dramática e envolvente, e os sintomas, relatados de maneira 
inconsistente. No transtorno factício imposto a outro, o cuidador descreve sintomas compatíveis com 
transtorno alimentar restritivo/evitativo e pode induzir sintomas físicos, como o fracasso em ganhar peso.Nathalya K. Silveira de Almeida – 6° período – 2/2021 
 
 
 
CONCEITO: transtorno alimentar (TA) no qual ocorre perda de peso autoinfringida na busca por magreza, 
acompanhada por distorção da imagem corporal e alterações hormonais devidas à desnutrição (amenorreia ou ciclos 
menstruais irregulares, hipogonadismo hipotalâmico, retardo no desenvolvimento da puberdade e redução do 
interesse sexual). É a BUSCA OBSESSIVA PELO CONTROLE DO PESO. 
VÍCIO OU OBSESSÃO PELA MAGREZA. 
Obs: ANOREXIA – falta ou perda de apetite, contradiz o conceito, já que esses pacientes eles sentem sim fome porém 
são muito controladoras a ponto de que essa obsessão pela magreza fica maior do que a fome que ela tem. 
 
PREVALÊNCIA: 
 É responsável pela maior taxa de morbimortalidade entre todos os transtornos psiquiátricos. 
 Possui uma prevalência de cerca de 10x maior entre indivíduos do sexo feminino (princ. na faixa dos 15-25 
anos), sendo que no sexo masculino pouco se sabe a respeito da prevalência. 
 Geralmente se inicia na adolescencia ou na idade adulta jovem, sendo que o início costuma estar associado a 
um evento de vida estressante (ex.: deixar a casa dos pais para ingressar na universidade). 
 A hospitalização pode ser necessária para recuperar o peso e tratar complicações clínicas. A maioria dos 
indivíduos com anorexia nervosa sofre remissão dentro de cinco anos depois da manifestação inicial do 
transtorno. 
 Muito comum sua associação com outros quadros psiquiátricos, princ. trantornos de ansiedade e de 
depressão. 
 A taxa bruta de mortalidade (TBM) para anorexia nervosa é de cerca de 5% por década, sendo que a morte 
resulta mais comumente de complicações clínicas associadas ao próprio transtorno ou de suicídio. 
 O risco de suicidio é elevado, com taxas de 12 por 100.000 por ano. 
 
FATORES DE RISCO: 
 Temperamentais: maior risco em indivíduos que desenvolvem transtorno de ansiedade ou exibem traços 
obsessivos na infância. 
 Ambientais: variabilidade história e associação com culturas e contextos que valorizam a magreza, além de 
trabalhos e ocupações que incentivam a magreza (modelo e atleta de elita), também estão associados a maior 
risco. 
 Genéticos e fisiológicos: maior risco de anorexia e bulimia nervosas entre parentes bio�lógicos de primeiro 
grau de indivíduos com o transtorno. Também foi observado risco maior de transtornos bipolares e 
depressivos entre parentes de primeiro grau de indivíduos com anorexia nervosa, em particular parentes 
daqueles com o tipo compulsão alimentar purgativa. 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
 Inicia-se geralmente após uma dieta. Inicialmente, são evitados alimentos ricos em carboidra�tos e aqueles 
considerados "engordativos". 
 Observa-se REPULSA e DIFICULDADE PARA LIDAR COM A ALIMENTAÇÃO, o que gera importantes alterações no 
padrão e no comportamento alimentar. 
 Com o agravamento da AN, o paciente passa a RESTRINGIR PROGRESSIVAMENTE SUA ALIMENTAÇÃO, 
chegando a ABOLIR GRUPOS ALIMENTARES e MINIMIZAR O NÚMERO DE REFEIÇÕES. 
 QUADRO CRÔNICO + COMPLICAÇÕES DA DESNUTRIÇÃO + COMPLICAÇÕES DOS MÉTODOS COMPENSATÓRIOS 
INADEQUADOS (indução de vômitos, uso de laxantes e diuréticos, fórmulas para emagrecer, realização de 
exercícios físicos excessivos, uso inadequado de insulina e hormônios da tireoide, amamentação com a 
inetnção de perder peso, sangrias, etc). 
 “Meta: emagrecer a qualquer custo”. 
 “Magreza gera magreza”: sentimento constante de insatisfação, mesmo ocorrendo a perda de peso, queixando-
se de estar gordo ou de que alguma parte do seu corpo ainda precisa ser reduzida (distorção da imagem). 
Quanto mais ela emagrece mais obsessiva ela se torna em emagrecer. 
 É raro uma pessoa com anorexia nervosa relatar perda de peso por si só. 
 Geralmente, o indivíduo é levado à atenção profissional por familiares depois de perda de peso marcante (ou 
insucesso em obter o ganho de peso esperado) ter ocorrido. 
ANOREXIA NERVOSA 
 Nathalya K. Silveira de Almeida – 6° período – 2/2021 
 Se buscam ajuda por si mesmos, costuma ser devido à angústia causada por sequelas somáticas e psicológicas da 
inanição. 
 Geralmente esses pacientes carecem de insight ou negam o problema. 
 Podem levar a alterações como: 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO E TIPOS: 
A. Restrição da ingesta calórica em relação às necessidades, levando a um peso corporal signifi�cativamente baixo 
no contexto de idade, gênero, trajetória do desenvolvimento e saúde física. 
 Peso significativamente baixo é definido como um peso inferior ao peso mínimo normal ou, no caso de 
crianças e adolescentes, menor do que o minimamente esperado. 
 Segundo a OMS, o limite inferior de peso corporal normal para o adulto é um IMC de 18,5kg/m2. 
 IMC < 17KG/M2 – indicativo de magreza moderada ou grave 
 IMC por idade abaixo do 5° percentil – peso abaixo do normal nas crianças e adolescentes. 
B. Medo intenso de ganhar peso ou de engordar, ou comportamento persistente que interfere no ganho de 
peso, mesmo estando com peso significativamente baixo. 
 Esse medo intenso de engordar não costuma ser aliviado pela perda de peso. Em alguns casos, a 
preocupação pode aumentar até mesmo se o peso diminuir. 
C. Perturbação no modo como o próprio peso ou a forma corporal são vivenciados, influência inde�vida do peso 
ou da forma corporal na autoavaliação ou ausência persistente de reconhecimento da gravidade do baixo peso 
corporal atual. 
 Algumas pessoas se sentem completamente acima do peso, outras percebem que estão magras mas 
ainda se preocupam com outras partes do corpo. 
 Elas podem empregar uma variedade de técnicas para avaliar o tamanho ou o peso de seus corpos, 
 Nathalya K. Silveira de Almeida – 6° período – 2/2021 
incluindo pesagens fre�quentes, medição obsessiva de partes do corpo e uso persistente de um 
espelho para checar áreas percebidas de “gordura”. 
 A perda de peso é, com frequência, vista como uma conquista marcante e um sinal de autodisciplina 
extraordinária, enquanto o ganho ponderal é percebido como falha de autocontrole inaceitável. 
Nota para codificação: O código da CID-9-MC para anorexia nervosa é 307.1, atribuído indepen�dentemente do 
subtipo. O código da CID-10-MC depende do subtipo. 
 
Determinar o subtipo: 
1. (F50.01) Tipo restritivo: Durante os últimos três meses, o indivíduo não se envolveu em episódios recorrentes de 
compulsão alimentar ou comportamento purgativo (i.e., vômitos autoinduzidos ou uso indevido de laxantes, 
diuréticos ou enemas). Esse subtipo descreve apresentações nas quais a perda de peso seja conseguida 
essencialmente por meio de dieta, jejum e/ou exercício excessivo. 
2. (F50.02) Tipo compulsão alimentar purgativa: Nos últimos três meses, o indivíduo se envolveu em episódios 
recorrentes de compulsão alimentar purgativa, por não conseguirem controlar aquela restrição (i.e., vômitos 
autoinduzidos ou uso indevido de laxantes, diuréticos ou enemas). 
 
Especificar se: 
I. Em remissão parcial: critério A não se encontra mais presente, porém o critério B ou C ainda está presente. 
II. Em remissão completa: nenhum dos critérios foi mais presente por um período sustentado. 
 
Especificar a gravidade atual: o nível de gravidade baseia-se no IMC (adultos) e no percentil do IMC (crianças e 
adolescentes). 
i. Leve: IMC ≥ 17 kg/m2 
ii. Moderada: IMC 16-16,99 kg/m2 
iii. Grave: IMC 15-15,99 kg/m2 
iv. Extrema: IMC < 15 kg/m2 
 
MARCADORES DIAGNÓSTICOS: 
As seguintes anormalidades laboratoriais podem ser observadas na anorexia nervosa; sua pre�sença pode servir para 
aumentar a confiabilidade diagnóstica: 
 Hematologia: leucopenia, com pancitopenia, mas habitualmente com linfocitoseaparente. Pode haver anemia 
leve, bem como plaquetopenia. 
 Bioquímica: a desidratação pode levar a um aumento de ureia sanguínea. A hiper�colesterolemia é comum. Os 
níveis de enzimas hepáticas podem estar elevados. Hipomagnese�mia, hipozincemia, hipofosfatemia e 
hiperamilasemia são ocasionalmente observadas. Vômitos autoinduzidos podem levar a alcalose metabólica 
(nível sérico elevado de bicarbonato), hipoclo�remia e hipocalemia; o uso indevido de laxantes pode causar 
acidose metabólica leve. 
 Endocrinologia: os níveis de T4 podem estar normais ou abaixo do normal, T3 estão diminuidos. Os níveis 
séricos de estrogênio são baixos no sexo feminino; já no masculino, os níveis séricos de testosterona são 
baixos. 
 Eletrocardiografia: É comum a presença de bradicardia sinusal, e, raramente, arritmias são observadas. O 
prolongamento significativo do intervalo QTc é observado em alguns indivíduos. 
 Massa óssea: pode ocorrer densidade mineral óssea baixa, com áreas específicas de osteopenia ou 
osteoporose. 
 Eletroencefalografia: Anormalidades difusas, refletindo encefalopatia metabólica, podem re�sultar de 
desequilíbrios hídrico e eletrolítico significativos. 
 Gastro calórico em repouso: ocorre diminuição do gasto calórico em repouso. 
 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
 Condições médicas (p. ex., doença gastrintestinal, hipertireoidismo, malignidades ocultas e síndrome da 
imunodeficiência adquirida [SIDA]) 
 Transtorno depressivo maior 
 Esquizofrenia: esses pacientes podem apresentar comportamento alimentar estranho e ás vezes perda de 
 Nathalya K. Silveira de Almeida – 6° período – 2/2021 
peso significativa. 
 Transtorno por uso de substâncias: podem apresentar perda de peso devido à ingesta nutricional deficiente, 
já que algumas substancias reduzem o apetite (p. ex., cocaína, estimulantes), mas geralmente não te�mem 
ganhar peso e não manifestam perturbação da imagem corporal. 
 Transtorno de ansiedade social (fobia social), transtorno obsessivo-compulsivo e transtor�no dismórfico 
corporal: esses indivíduos podem sentir-se humilhados ou envergonhados de serem vistos comendo em 
público, como ocorre na fobia social; podem exibir obsessões e compulsões relacionadas a alimentos, como no 
TOC; ou podem ficar preocupados com um defeito imaginado na aparência do corpo, como no transtorno 
dismórfico corporal. 
 Bulimia nervosa: Indivíduos com bulimia nervosa exibem episódios recorrentes de compulsão alimentar, 
adotam comportamento indevido para evitar o ganho de peso (p. ex., vômitos autoin�duzidos) e preocupam-
se excessivamente com a forma e o peso corporais. 
 Transtorno alimentar restritivo/evitativo: Indivíduos com esse transtorno podem exibir perda de peso ou 
deficiência nutricional significativas, mas não temem ganhar peso ou se tornar gordos nem apresentam 
perturbação na maneira como vivenciam a forma e o peso do próprio corpo. 
 
TRATAMENTO: 
 Tratamento difícil, por se tratar de um quadro egosintônico (paciente acha que aquilo é normal, que ela está 
certa). 
 Objetivo: REESTABELECER UM PADRÃO ALIMENTAR SAUDÁVEL + VISÃO SAUDÁVEL DO CORPO 
 Restauração do peso, adequação dos comportamentos alimentares, manejo das complicações da 
desnutrição, manejo das comorbidades e sintomas psiquiátricos e posterior manutenção em padrões 
eutróficos e prevenção de recaídas. 
 Equipe multiprofissional: PSICÓLOGO + NUTRICIONISTA + PSIQUIATRA. 
 Em crianças e adolescentes, o método Maudsley, um tipo de terapia familiar, se mostrou mais eficaz que as 
demais intervenções. Para adultos, segundo o NICE, estão indicados a terapia cognitivo-comportamental 
(TCC), o método Maudsley para adultos com AN (MANTRA) e a terapia de apoio. 
 Devem-se tratar os sintomas relacionados à própria privação alimentar. 
 O uso de medicamentos na síndrome anoréxica baseia-se em três pontos principais: as distorções do 
pensamento associados aos transtornos da imagem corporal (que alguns autores consideram como um forma 
de psicose), os sintomas depressivos associados e as alterações do apetite. 
 Entre os antidepressivos, algumas classes devem ser evitadas pelo risco de efeitos adversos graves, como 
tricíclicos, bupropiona e inibidores da monoaminoxidase (IMAO). Os inibidores seletivos de recaptação de 
serotonina (ISRS) e a mirtazapina mostram-se seguros e podem ser úteis no tratamento das comorbidades e 
na prevenção de recaída. 
 Quando utilizados, os antipsicóticos atípicos, particularmente a olanzapina, os ISRS e a mirtazapina, devem ter 
papel adjuvante à psicoterapia para prevenção de recaídas e/ou melhora dos sintomas de depressão e 
ansiedade e comportamentos obsessivo-compulsivos, mas nunca como monoterapia. 
 
 Gravidade e necessidade de internação: 
 Ideação suicida importante; 
 Desnutrição grave ou extremo baixo peso; 
 Recusa extrema a se alimentar; 
 Perda de peso muito rápida; 
 Desidratação e distúrbios hidroeletrolíticos; 
 Hipotensão, hipotermia, arritmia, bradicardia, convulsao ou síncope. 
 
 
 
CONCEITO: EPISÓDIOS DE COMPULSÃO ALIMENTAR 
(ingesta de grandes quantidades de comida em pouco tempo - <2h com posterior sentimento de culpa ou vergonha) 
+ COMPORTAMENTO COMPENSATÓRIO INADEQUADO 
(laxantes, vômitos, jejum, exercícios físicos, orlistat, hormônio tireoidiano). 
 
PREVALÊNCIA: 
 Prevalência de 1-4% 
BULIMIA NERVOSA 
 Nathalya K. Silveira de Almeida – 6° período – 2/2021 
 Mais comum em mulheres no final da adolescência e início da vida adulta. 
 Mais comum em pessoas que trabalham com o corpo (atletas, modelos). 
 
ETIOLOGIA: 
 Fatores hormonais: Alterações nos níveis dos neurotransmissores (princ. os relacionados à saciedade): 
serotonina (atua na saciedade, na escolha do alimento e nos seus padrões alimentares),leptina, grelina, peptídeo 
YY (contribui com os episódios compulsivos e os vômitos auto induzidos). A colecistoquinina também atua na 
saciedade e apresenta-se baixa em indivíduos com BN. 
 Fatores psicológicos: Os indivíduos com BN apresentam frequentemente pensamento dicotômico, 
perfeccionismo, importante labilidade emocional, autodestruição, aversão a conflitos e medo de abandono, 
representando fatores de vulnerabilidade para o TA. 
 
FISIOPATOLOGIA: 
Inicia-se com a RESTRIÇÃO, paciente se sente mal, insegura com o próprio corpo, e resolve fazer um episódio de 
restrição, mas não controlam bem como os pacientes anorexicos, não aguentam manter a restrição, faz um episódio de 
COMPULSÃO, se sente mal, suja, culpada, e faz a PURGAÇÃO (laxante, vômito induzido, jejum...) e depois faz a 
RESTRIÇÃO novamente. 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: 
 Possuem MEDO DE ENGORDAR e INSATISFAÇÃO COM O CORPO, porém NÃO POSSUEM A ALTERAÇÃO DE 
AUTOIMAGEM. 
 Geralmente estão com peso normal ou acima do peso. 
 
 
DIAGNÓSTICO: 
A. Episódios recorrentes de compulsão alimentar. Um episódio de compulsão alimentar é caracte�rizado pelos 
seguintes aspectos: 
1. Ingestão, em um período de tempo determinado (p. ex., dentro de cada período de duas ho�ras), de uma 
quantidade de alimento definitivamente maior do que a maioria dos indivíduos consumiria no mesmo período 
sob circunstâncias semelhantes. 
 2. Sensação de falta de controle sobre a ingestão durante o episódio (p. ex., sentimento de não conseguir parar 
de comer ou controlar o que e o quanto se está ingerindo). 
B. Comportamentos compensatórios inapropriados recorrentes a fim de impedir o ganho de peso, como vômitos 
autoinduzidos; uso indevido de laxantes, diuréticos ou outros medicamentos; jejum; ou exercício em excesso. 
C. A compulsão alimentar e os comportamentos compensatórios inapropriadosocorrem, em média, no mínimo UMA 
VEZ POR SEMANA DURANTE TRÊS MESES. 
D. A autoavaliação é indevidamente influenciada pela forma e pelo peso corporais. 
E. A perturbação não ocorre exclusivamente durante episódios de anorexia nervosa 
 
Especificar se: 
I. Em remissão parcial: alguns, mas não todos os critérios, foram preenchidos por um período de tempo 
sustentado. 
II. Em remissão completa: nenhum dos critérios foi preenchido por um período de tempo sustentado. 
 
 
 Nathalya K. Silveira de Almeida – 6° período – 2/2021 
Especificar a gravidade atual: baseia-se na frequência dos comportamentos compensatórios inapropriados. 
i. Leve: Média de 1 a 3 episódios de comportamentos compensatórios inapropriados por semana. 
ii. Moderada: Média de 4 a 7 episódios de comportamentos compensatórios inapropriados por semana. 
iii. Grave: Média de 8 a 13 episódios de comportamentos compensatórios inapropriados por se�mana. 
iv. Extrema: Média de 14 ou mais comportamentos compensatórios inapropriados por semana. 
 
TRATAMENTO: 
 Equipe multiprofissional: PSICÓLOGO (com enfoque cognitivo-comportamental) + NUTRICIONISTA + 
PSIQUIATRA. 
 Obejtivo: REESTABELECER UM PADRÃO ALIMENTAR SAUDÁVEL + VISÃO SAUDÁVEL DO CORPO. Além de cessar 
ou reduzir oscomportamentos de CA e purgação; diagnosti car e tratar complicações clínicas; modifi car 
comportamentos alimentares e pensamentos disfuncionais relacionados ao TA e à imagem corporal; e diagnosti 
car e tratar comorbidades psiquiátricas. 
 Orientações: ações para regularização do hábito alimentar: planejamento de horários e do cardápio das 
refeições, evitar fazê-las desacompanhado e o diário alimentar que descreverá detalhadamente o que foi ingerido 
(nele deve relatar os alimentos ingeridos nas refeições e nos possíveis epi�sódios bulímicos, frequência de 
vômitos autoinduzidos, número de laxantes e diuréticos utilizados, quantidade de tempo gasta em atividade 
física, local da refeição, quem a acompanhava, pensamentos e sentimentos experimen�tados em tais situações. O 
psiquiatra e o nutricionista de�vem avaliar o diário a cada consulta, a fim de detectar es�tressares envolvidos na 
história do paciente). 
 A orientação quanto às consequências médicas do comportamento bulímico e dos vômitos é parte indispen�sável 
do tratamento. 
 Orientação nutricional: Deve-se orientar a pessoa a ter três principais refei�ções diárias planejadas e 2 ou 3 
lanches entre elas, com ingestão de cerca de 1.500 kcal/ dia. 
 Farmacológico: o alvo principal da ação dos medicamentos tem sido os episódios de compulsão alimentar (ECA) e 
os sintomas comportamentais relacionados. 
 Já a farmacoterapia deve ser utilizada nos casos que não respondem totalmente à TCC isolada. A fl uoxeti na, um 
anti depressivo da classe ISRS na dose média de 60 mg/dia, é a droga mais uti lizada e a única aprovada pela Food 
and Drug Administrati on(FDA) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) 
- ISRS (fluoxetina- diminuindo episódios bulímicos, vômitos autoinduzidos e possíveis sintomas depressivos) e 
Topiramato (estudos indicam que diminuem os episódios de compulsão alimentar). 
 
 
 
CONCEITO: EPISÓDIOS DE COMPULSÃO ALIMENTAR SEM COMPORTAMENTO COMPENSATÓRIO 
 
PREVALÊNCIA: 
 Alta prevalência: 2-6%. 
 Possui alta relação com a obesidade, sendo que quanto maior o grau de obesidade, maior a prevalência desse 
transtorno. 
 Grande associação com quadros de humor, dependência de drogas e transtornos de personalidade. 
 
 
TRANSTORNO DE COMPULSÃO ALIMENTAR 
 Nathalya K. Silveira de Almeida – 6° período – 2/2021 
DIAGNÓSTICO: 
A. Episódios recorrentes de compulsão alimentar. Um episódio de compulsão alimentar é caracterizado pelos 
seguintes aspectos: 
1. Ingestão, em um período determinado (p. ex., dentro de cada período de duas horas), de 
uma quantidade de alimento definitivamente maior do que a maioria das pessoas consumiria 
no mesmo período sob circunstâncias semelhantes. 
2. Sensação de falta de controle sobre a ingestão durante o episódio (p. ex., sentimento de não 
conseguir parar de comer ou controlar o que e o quanto se está ingerindo). 
 B. Os episódios de compulsão alimentar estão associados a três (ou mais) dos seguintes aspectos: 
1. Comer mais rapidamente do que o normal. 
2. Comer até se sentir desconfortavelmente cheio. 
3. Comer grandes quantidades de alimento na ausência da sensação física de fome. 
4. Comer sozinho por vergonha do quanto se está comendo. 
5. Sentir-se desgostoso de si mesmo, deprimido ou muito culpado em seguida. 
 C. Sofrimento marcante em virtude da compulsão alimentar. 
 D. Os episódios de compulsão alimentar ocorrem, em média, ao menos uma vez por semana durante três meses. 
 E. A compulsão alimentar NÃO está associada ao uso recorrente de comportamento compensatório 
inapropriado como na bulimia nervosa e não ocorre exclusivamente durante o curso de bulimia nervosa ou anorexia 
nervosa. 
 
Gravidade: 
 Leve: 1 a 3 episódios de compulsão alimentar por semana. 
 Moderada: 4 a 7 episódios de compulsão alimentar por semana. 
 Grave: 8 a 13 episódios de compulsão alimentar por semana. 
 Extrema: 14 ou mais episódios de compulsão alimentar por semana. 
 
TRATAMENTO: 
 Tratar as comorbidades psiquiátricas associadas. 
 Tratar comorbidades clínicas: obesidade, HAS e DM, questões osteomusculares. 
 Primeira escolha: TERAPIA + NUTRICIONISTA. 
 Farmacológico: seu objetivo é a remissão ou redução dos ECA, e o controle da obesidade e depressão associadas, 
- ISRS (fluoxetina), ESTABILIZADORES DE HUMOR e PROMOTORES DA SACIEDADE (sibutramina e 
antidiabéticos) no caso da obesidade, TOPIRAMATO, LISDEXANFETAMINA (psicoestimulante utilizado em casos 
de TDAH). 
 
 
REFERÊNCIAS: 
 Compêndio de psiquiatria, 11°edição; 
 Clínica da USP 
 DSM V; 
 Artigo: Indícios de transtornos alimentares em adolescentes, do jornal brasileiro de revisão em saúde, 2021; 
 Artigo de atualização: ASPECTOS GERAIS DA AVALIAÇÃO E TRATAMENTO DOS TRANSTORNOS ALIMENTARES, 
de Maria amália accari pedrosa et al, da revista de debates em psiquiatrai de 2019. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Nathalya K. Silveira de Almeida – 6° período – 2/2021 
 
 Nathalya K. Silveira de Almeida – 6º período –2/2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Nathalya K. Silveira de Almeida – 6º período –2/2021

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