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29/10/19 1 SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO Profa. Ana Flávia Santos Almeida Picasso Cezane DECBI BACHARELADO EM FARMÁCIA OBJETIVO • Apresentar e discutir os componentes periféricos do sistema nervoso autônomo e seu papel determinante nas respostas viscerais. Controle involuntário: Metabolismo Digestão Circulação Sudorese Respiração Secreção glandular DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO Sistema Entérico ORGANIZAÇÃO DO SNA - Século XIX: estudos para compreender como o SNC regularia ações periféricas autônomas. - Walter Gaskell e Jhon Langley - “Todo tecido é inervado pordois grupos de fibras nervosas de características opostas.” - Pré-ganglionar e pós-ganglionar. - SNA: ü Simpático ü Parassimpático ü Entérico John Newport Langley (1852-1925) Walter Holbrook Gaskell (1847-1914) 29/10/19 2 Exceção: Simpático (glândulas sudoríparas) Acetilcolina R R T1-L3 ANATOMIA DO SNA SNA SIMPÁTICO X SNA PARASSIMPÁTICO 1. Organização segmentar dos neurônios pré-ganglionares na medula espinal e no tronco encefálico. 2. A localização periférica dos seus gânglios. 3. Os tipos e localização dos órgãos-alvo queeles inervam. 4. Os efeitos que eles produzem sobre os órgãos-alvo. 5. Os neurotransmissores empregados por seus neurônios pós-ganglionares. 29/10/19 3 1.Transmitir informações do SNC para o restante do corpo; 2. Regular a homeostasia; 3. SNA Parassimpático: repouso e digestão (Acetilcolina); 4. SNA Simpático: luta e fuga (Noradrenalina e Adrenalina); FUNÇÕES DO SNA SNA SIMPÁTICO Prepara o corpo para atividades de elevado gasto energético. Oliver & Schäfer, 1896 “Aumento da pressão sanguínea pela injeção intravenosa de extratos da medula da glândula supra-renal.” ELEVAÇÃO DA PRESSÃO SANGUÍNEA ADRENALINA Abel, 1899 Isolou aAdrenalina. Langley & Elliott, 1904 “Adrenalina como responsável pelo efeito excitatório do SNA Simpático”. ADMINISTRAÇÃO DE ADRENALINA ESTIMULAÇÃO SIMPÁTICA Existência de subclasses de receptores adrenérgicos: α e β. Raymond Ahlquist - 1948 Ahlquis t RP. A s tudy of the adrenotropic receptors . Am J Phys iol.1948; 153:586-600. 29/10/19 4 SNA SIMPÁTICO Rang & Dale. 5a ed. METABOLISMO Princ íp ios de Farmac olog ia 2ed Receptores Adrenérgicos Alfa (α1 e α2) Beta (β1, β2 e β3) Vasos sanguíneos – vasoconstrição TRANSDUÇÃO DO SINAL EM RECEPTORES α1 - M.liso vascular - M.liso do trato genito- urinário -M.liso intestinal Efeitos que diminuem a liberação de neurotransmissores no neurônio alvo. Adenilato Ciclase Agonis ta Receptor AMPc Proteína Inativa Proteína Ativa TRANSDUÇÃO DO SINAL EM RECEPTORES α2 Ativação de canais Ca2+ Influxo de Ca2+ 29/10/19 5 Modulação pré-sináptica Canal Ca2+ Adenilato Ciclase Receptor α2 Exocitose Receptores pós- sinapticos Gi Liberação sináptica de Noradrenalina RECEPTOR β1 (coração) β1 ADENILATO CICLASE Noradrenalina ATP AMPc GS PKA INATIVA PKA ATIVA RS Ca2+ Frequência e Contratilidade Cardíaca Ca2+ Cronotropismo e inotropismo positivos B2 AC Gs ATP AMPc PKA ativa Fosforila proteínas contráteis (MLKC - quinase de cadeia leve de miosina) RELAXAMENTO Adrenalina DIMINUI afinidade Ca2+calmodulina Não ocorre interação com a miosina (TGI, brônquios, útero, bexiga) RECEPTOR β2 (músculo liso) Hipertensão arterial Asma 29/10/19 6 RECEPTOR β2 Glicogenólise Lipólise RECEPTOR β3 Até aqui… SNA Simpático Parassimpático Fibras pré-ganglionares Fibras pós-ganglionares SNA Simpático: Noradrenalina Alfa (α1 e α2) Beta (β1, β2 e β3) 29/10/19 7 SNA PARASSIMPATICO Prepara o corpo para conservar energia e repor o gasto energético. SNA PARASSIMPATICO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO PARASSIMPÁTICO Nervo oculomotor (III) Nervo facial (VII) Nervo glossofaríngeo (IX) Nervo vago (X) PARASSIMPÁTICO 29/10/19 8 SNA PARASSIMPATICO Acetilcolina O Experimento de Otto Loewi (1921) Estimulou o nervo vago do primeiro coração e em seguida houve uma forte inibição das contrações cardíacas. Dale, 1914 - Efeitos de Acetilcolina: Nicotínicos Muscarínicos Dale, 1914 - Efeito de Acetilcolina = efeito estimulo vago Introduz o termo “parassimpatomimético” P.A. de gato SNA PARASSIMPATICO SNA PARASSIMPATICO Muscarínicos Nicotínicos LIBERAÇÃO DE Ach Mediante o influxo de Ca2+: Sinaptobrevina (VAMP), SNAP-25 e Sintaxina: inicia o processo de fusão Rab3: regula o processo de fusão e mobilização Ca2+ Ca2+ X Toxina botulínica - Clostridium botulinum BOTOX Degrada a sinaptobrevina 29/10/19 9 INATIVAÇÃO DE Ach AChE Acetilcolinesterase (AChE): - sinapses (terminações nervosas) e músculos estriados. Butirilcolinsterase (BuChE): - praticamente inexistente o SNC e SNP; - sintetizada no fígado; - mais encontrada no fígado e plasma. NM = JNM NN = gânglios colinérgicos e noradrenérgicos Na+, ↓K+ Nicotínicos - Pertencem à família de receptores ionotrópicos - Respostaexcitatóriarápida Receptores Colinérgicos Receptores Colinérgicos ACETILCOLINA M1, M3, M5 = Gq ( Ca++) M2, M4 = Gi (↓AMPc) Muscarínicos - Receptores acoplados a proteína G - 5 tipos de receptores descritos - M1, M3 e M5 ↑IP3 - M2 e M4 ↓ AMPc Receptor M1 : mediadores dos efeitos excitatórios Localização: principalmente neurônios do SNC e periférico e nas glândulas do TGI Efeitos Principais: secreção gástrica e excitação do SNC Receptores Muscarínicos Excitabilidade/ Secreção Proteínas Contráteis M1 P L CGq Ca2 + Ca 2 + Ca2 + Ca2 + PIP2 DAG PKC IP3 Ca2+ Ca2+ Ca 2+ Mecanismo Molecular: 29/10/19 10 Receptores Muscarínicos Receptor M2 (“Cardíaco”) Localização: átrio, nodo SA, nodo AV e ventrículo Efeitos Principais: redução da força contrátil, diminuição da excitabilidade Mecanismo Molecular: Ca2 + M2 Contração Atrial A C ATP Ca2 + Ca2 + Gi AMPc PKA Diminuição da ativação de proteínas contráteis (Troponina) (-)(-) Ca2 + Receptor M3 Localização: glândulas exócrinas, músculo liso e endotélio vascular Efeitos Principais: secreção glandular (ex: saliva, brônquica, sudorípara), contração do músculo liso dos brônquios, do TGI evasodilatação. Receptores Muscarínicos Contração/Secreção Proteínas Contráteis M3 P L CGq Ca2 + Ca 2 + Ca2 + Ca2 + PIP2 DAG PKC IP3 Ca2+ Ca2+ Ca 2+ Mecanismo Molecular: Receptor M3 Receptores Muscarínicos Mecanismo molecular da vasodilatação mediada pela Ach Furchgott & Zawadski, 1980 M3 Ach Principais Efeitos da Acetilcolina a) Vasodilatação b) Redução da frequência (efeito cronotrópico -) c) Diminuição da força de contração cardíaca (efeito ionotrópico - ) d) Diminuição da velocidade de condução no nodo AV (efeito dromotrópico -) da Pressão Arterial 1. Cardiovasculares a) Aumento de atividade peristáltica do estômago e intestino (dor, cólicas e vômitos) b) Contração dos brônquios (M3) 2. Musculatura Lisa 29/10/19 11 3. Glândulas a) Aumento da sudorese, lacrimejamento, salivação e secreção brônquica (M3) b) Juntamente com a contração do brônquio, a secreção brônquica pode interferir na respiração. Principais Efeitos da Acetilcolina Asma: antagonista de receptores M3 (ipatróprio). - Contração do músculo constritor das pupilas: Miose Pressão intra-ocular 4. Olhos No glaucoma agudo a drenagem do humor aquoso é obstruída quando a pupila se dilata, porque uma prega de tecido da íris oclui o ângulo de drenagem. RECEPTOR M4 E M5: SNC Locomoção Função???????? SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO PARASSIMPÁTICO DOENÇA DE CHAGAS Carlos Chagas (1879 – 1934) Trypanosoma cruzi Coração Há perda do controle parassimpático. Imediatamente após ainfecção inicial, os neurônios parassimpáticos que inervam o coração, esôfago e cólon são destruídos, causando arritmias (e até a morte súbita) e redução do peristaltismo. Aumento do esôfago, cólon e coração. • A maioria dos órgãos tem inervação dupla. • Simpático: aumenta frequência cardíaca, broncodilatação e inibe a digestão. • Parassimpático: reduzfrequênciacardíaca, bronconstrição e estimula a digestão. INTERAÇÃO SIMPÁTICA-PARASSIMPÁTICA 29/10/19 12 Lüllmann, H. et al. Color atlas of Pharmacology, 2ª edição, Ed.Thieme s ec reç ão s ec reç ão SIMPÁTICO X PARASSIMPÁTICO PA BARORRECEPTORES NTS CVLM RVLM ¯ SIMPÁTICO ¯ RPT DMV VAGO ¯ FC ¯ DC ¯ VS ¯ PA + + + - Freio do SNAS O que acontece se houver aumento da PA? CVLM: bulbo ventrolateral caudal RVLM: área ventrolateral rostral do bulbo DMV: núcleo motor dorsal do vago Controle rápido da PA. PA BARORRECEPTORES NTS CVLM RVLM SIMPÁTICO RPT DMV ¯ VAGO FC DC VS PA + +- O que acontece se houver queda da PA? CVLM: bulbo ventrolateral caudal RVLM: área ventrolateral rostral do bulbo DMV: núcleo motor dorsal do vago Controle rápido da PA. Lüllmann, H. et al. Color atlas of Pharmacology, 2ª edição, Ed.Thieme s ec reç ão s ec reç ão SIMPÁTICO E PARASSIMPÁTICO 29/10/19 13 Lüllmann, H. et al. Color atlas of Pharmacology, 2ª edição, Ed.Thieme s ec reç ão s ec reç ão SIMPÁTICO PARASSIMPÁTICO SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO • Situado no revestimento do esôfago, do estômago, dos intestinos, do pâncrease da vesícula biliar. • Os neurônios entéricos são organizados dois plexos de neurônios interconectados: üPlexo mioentérico: controla os movimentos da musculatura lisa do TGI. üPlexo submucoso: controla as funções da mucosa. • Em conjunto, os dois plexos, coordenam a propulsão peristáltica dos conteúdos gastrintestinais e controla as secreções do estômago e intestino. • O sistema entérico regula, ainda, o fluxo sanguíneo local e é modulado por sinalizações extrínsecas simpáticas e parassimpáticas do nervo vago.
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