Buscar

curso calculo trabalhista

Prévia do material em texto

WEBAULA 1
Cálculos Trabalhistas
 
Objetivos
Nesta disciplina, você será levado a conhecer os cálculos trabalhistas que envolvem a relação de trabalho desde a admissão até o desligamento, calcular os proventos e descontos do empregado apurando o salário líquido que o empregado deve receber mensalmente. Será levado a compreender o cálculo do 13º salário e férias e também será levado a estudar as questões referentes ao cálculo da rescisão de contrato de trabalho.
Embasamento legal básico
Vamos começar fundamentando nosso estudo com a maior lei existente no país: a Constituição Federal – CF - promulgada em 05 de outubro de 1988. O artigo 6º a CF ao tratar dos direitos sociais dos cidadãos brasileiros, inclui entre outros o direito ao trabalho e continua no artigo 7º com uma relação de 34 itens detalhando os direitos dos trabalhadores urbanos e rurais.
Muito embora a CF seja a Lei Magna do país, na área trabalhista, a base legal mais utilizada é o Decreto-lei nº. 5.452, de 1º de maio de 1943 que aprovou a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT porque “esta Consolidação estatui as normas que regulam as relações individuais e coletivas de trabalho, nela previstas” (art. 1º) (BRASIL, 1943).
No entanto, as Convenções Coletivas de Trabalho também são fontes importantes para estudo da relação empregador e empregado, visto que, se suas disposições forem mais benéficas aos empregados, estas serão observadas em última instância.
As discussões sobre a relação de emprego terão por base tanto a CLT quanto às CCTs. Sempre que for oportuno será mencionado que ‘disposições mais benéficas’ ao empregado podem constar nas CCTs indicando que além das disposições da CLT o profissional da área trabalhista deve buscar, e estar fundamentado, no seu trabalho diário, as disposições das CCTs de cada uma das categorias profissionais com as quais tenha envolvimento.
	A questão inicial é definirmos se existe uma relação de emprego. Mas quem pode ser considerado EMPREGADO?
	 
Pela CLT, Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário. Das disposições acima podem ser destacados os seguintes requisitos para que uma pessoa física seja considerada se empregado: ser pessoa física, prestar serviço de natureza não eventual, dependência (subordinação), recebimento de remuneração sob a forma de salário.
A interpretação da lei permite a inferência de que para ser considerado empregado é necessária a presença das seguintes características:
a) pessoalidade - o empregado é pessoa física e natural: a própria pessoa contratada tem que prestar o serviço;
b) serviço não eventual - o empregado é um trabalhador não eventual: prestação de serviço contínuo, com horário pré-fixado e permanente;
c) subordinação hierárquica - o empregado é um trabalhador cuja atividade é exercida sob dependência: o empregado é mandado pelo empregador e este dita as regras;
d) pagamento de salário - o empregado é um trabalhador assalariado, portanto, alguém que, pelo serviço que presta, recebe uma retribuição: remuneração paga pelos serviços prestados.
Folha de Pagamento – Recibo de Pagamento
Todos aqueles prestadores de serviços a uma empresa, que se enquadrarem nas características mencionadas são empregados, e a empresa deve então elaborar o Recibo e a Folha de Pagamento para cada um deles.
A elaboração da Folha de Pagamento da remuneração paga, devida ou creditada a todos segurados da empresa de acordo com a legislação previdenciária é uma obrigação acessória das empresas. O inciso I, art. 225 do Decreto nº. 3.048/1999 (BRASIL, 1999), determina sobre a obrigatoriedade das empresas na elaboração da folha de pagamento, lembrando que mesmo antes de ser exigida, as empresas por uma questão de controle já o faziam, sendo que na elaboração eram utilizadas normas próprias, onde se inseria o que era necessário para cada empresa.
	Veja o inciso I do Art. 225 do decreto 3.048 de 06 de maio de 1999 que aprovou o Regulamento da Previdência Social:
Art. 225. A empresa é também obrigada a:
I - preparar folha de pagamento da remuneração paga, devida ou creditada a todos os segurados a seu serviço, devendo manter, em cada estabelecimento, uma via da respectiva folha e recibos de pagamentos; (BRASIL, 1999)
 
	Veja o Decreto 3048/1999 na íntegra, atualizado com as alterações feitas por legislações subsequentes em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3048.htm
Com o advento da legislação, passou a ser exigida uma padronização na elaboração dessa folha, determinando o mínimo o que uma folha deve conter. De acordo com o § 9º do art. 225 do Decreto nº. 3.048/1999, a folha de pagamento deverá ser elaborada mensalmente, de forma coletiva por estabelecimento da empresa, por obra de construção civil e por tomador de serviços, com a correspondente totalização, devendo:
I - discriminar o nome dos segurados, indicando cargo, função ou serviço prestado;
II - agrupar os segurados por categoria, assim entendido: segurado empregado, trabalhador avulso, contribuinte individual;
III - destacar o nome das seguradas em gozo de salário-maternidade;
IV - destacar as parcelas integrantes e não-integrantes da remuneração e os descontos legais; e
V - indicar o número de quotas de salário-família atribuídas a cada segurado empregado ou trabalhador avulso (BRASIL, 1999).
Prazo para pagamento de salários, Art. 459 da CLT: o pagamento de salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser estipulado por período superior a um mês. Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado até o quinto dia útil do mês subsequente aquele já trabalhado. O sábado é dia útil, excluindo-se o domingo e os feriados federais e municipais. O prazo que a CLT dá para que o empregador efetue o pagamento dos salários vencidos é improrrogável.
O pagamento é feito contra recibo, assinado pelo empregado; em se tratando de analfabeto, mediante sua impressão digital, ou, se esta não for possível, a seu rogo; em dia útil e no local do trabalho, dentro do horário do serviço ou imediatamente após o encerramento deste. O pagamento pelo sistema bancário é efetuado por meio de depósito em conta bancária ou cheque e obrigam o empregador a assegurar ao empregado:
a) horário que permita o desconto imediato do cheque;
b) transporte, caso necessário para o acesso ao estabelecimento de crédito;
c) condição que impeça qualquer atraso no recebimento dos salários e da remuneração de férias.
Para pagamento pelo sistema bancário as empresas devem observar:
a) escolha de estabelecimento de crédito situado próximo ao local de trabalho;
b) abertura de conta bancária, em nome de cada empregado, para esse fim,
c) consentimento do empregado quanto à abertura de conta bancária;
d) convênio entre a empresa e o estabelecimento de crédito, de modo que o empregado possa utilizar a importância depositada no prazo estipulado pela Lei.
O empregado analfabeto deverá receber seu salário em dinheiro.
Proventos - Salário é a contraprestação devida ao empregado, pela prestação de seus serviços ao empregador, em decorrência do contrato de trabalho existente entre as partes. Remuneração é a soma do salário contratual devido com outras vantagens e/ou adicionais percebidos pelo empregado, em decorrência do exercício de suas atividades.
O art. 457 da CLT dispõe que a remuneração é composta por várias parcelas e adicionais, concedidos ao empregado em razão do exercício de suas atividades, como exemplo tem-se as seguintes parcelas: salário contratual; horas extras; adicional de insalubridade; adicional de periculosidade; adicional noturno; comissões; gorjetas; gratificações contratuais; prêmios; ajudas de custo e diárias de viagem, quando excederem 50% do salário percebido; e quaisquer outras parcelas pagas habitualmente, ainda que em utilidades, previstas em acordo ou convenção coletiva ou mesmo que concedidas por liberalidade do empregador.
Descontos – São valores que a empresa deve deduzir do salário a pagar ao empregado e repassara outras entidades ou quitar antecipações salariais e outros valores que estão registrados como débito do empregado.
Os principais descontos são: INSS; IRRF; adiantamento salarial; vale transporte (parcela equivalente a 6% (seis por cento) do salário base); contribuição sindical; faltas; pensão alimentícia judicial; entre outros.
	Questões para reflexão
Quero uma opinião crítica sua neste momento. Você considera que os descontos dos empregados são muito altos? Pesquise os descontos de empregados em 3 países e compare com os do Brasil.
Com o advento da legislação, passou a ser exigida uma padronização na elaboração dessa folha, determinando o mínimo o que uma folha deve conter. De acordo com o § 9º do art. 225 do Decreto nº. 3.048/1999, a folha de pagamento deverá ser elaborada mensalmente, de forma coletiva por estabelecimento da empresa, por obra de construção civil e por tomador de serviços, com a correspondente totalização, devendo:
I - discriminar o nome dos segurados, indicando cargo, função ou serviço prestado;
II - agrupar os segurados por categoria, assim entendido: segurado empregado, trabalhador avulso, contribuinte individual;
III - destacar o nome das seguradas em gozo de salário-maternidade;
IV - destacar as parcelas integrantes e não-integrantes da remuneração e os descontos legais; e
V - indicar o número de quotas de salário-família atribuídas a cada segurado empregado ou trabalhador avulso (BRASIL, 1999).
Prazo para pagamento de salários, Art. 459 da CLT: o pagamento de salário, qualquer que seja a modalidade do trabalho, não deve ser estipulado por período superior a um mês. Quando o pagamento houver sido estipulado por mês, deverá ser efetuado até o quinto dia útil do mês subsequente aquele já trabalhado. O sábado é dia útil, excluindo-se o domingo e os feriados federais e municipais. O prazo que a CLT dá para que o empregador efetue o pagamento dos salários vencidos é improrrogável.
O pagamento é feito contra recibo, assinado pelo empregado; em se tratando de analfabeto, mediante sua impressão digital, ou, se esta não for possível, a seu rogo; em dia útil e no local do trabalho, dentro do horário do serviço ou imediatamente após o encerramento deste. O pagamento pelo sistema bancário é efetuado por meio de depósito em conta bancária ou cheque e obrigam o empregador a assegurar ao empregado:
a) horário que permita o desconto imediato do cheque;
b) transporte, caso necessário para o acesso ao estabelecimento de crédito;
c) condição que impeça qualquer atraso no recebimento dos salários e da remuneração de férias.
Para pagamento pelo sistema bancário as empresas devem observar:
a) escolha de estabelecimento de crédito situado próximo ao local de trabalho;
b) abertura de conta bancária, em nome de cada empregado, para esse fim,
c) consentimento do empregado quanto à abertura de conta bancária;
d) convênio entre a empresa e o estabelecimento de crédito, de modo que o empregado possa utilizar a importância depositada no prazo estipulado pela Lei.
O empregado analfabeto deverá receber seu salário em dinheiro.
Proventos - Salário é a contraprestação devida ao empregado, pela prestação de seus serviços ao empregador, em decorrência do contrato de trabalho existente entre as partes. Remuneração é a soma do salário contratual devido com outras vantagens e/ou adicionais percebidos pelo empregado, em decorrência do exercício de suas atividades.
O art. 457 da CLT dispõe que a remuneração é composta por várias parcelas e adicionais, concedidos ao empregado em razão do exercício de suas atividades, como exemplo tem-se as seguintes parcelas: salário contratual; horas extras; adicional de insalubridade; adicional de periculosidade; adicional noturno; comissões; gorjetas; gratificações contratuais; prêmios; ajudas de custo e diárias de viagem, quando excederem 50% do salário percebido; e quaisquer outras parcelas pagas habitualmente, ainda que em utilidades, previstas em acordo ou convenção coletiva ou mesmo que concedidas por liberalidade do empregador.
Descontos – São valores que a empresa deve deduzir do salário a pagar ao empregado e repassar a outras entidades ou quitar antecipações salariais e outros valores que estão registrados como débito do empregado.
Os principais descontos são: INSS; IRRF; adiantamento salarial; vale transporte (parcela equivalente a 6% (seis por cento) do salário base); contribuição sindical; faltas; pensão alimentícia judicial; entre outros.
	Questões para reflexão
Quero uma opinião crítica sua neste momento. Você considera que os descontos dos empregados são muito altos? Pesquise os descontos de empregados em 3 países e compare com os do Brasil.
Elaboração prática do recibo de pagamento de salário
Vamos calcular o salário de uma empregada referente ao mês de março de 2009 com um salário mensal contratado de R$2.000,00.
Considerando o salário contratual mensal:
Figura 1 – Recibo de pagamento de salário
Fonte: Do autor
Seria muito bom se não houvesse descontos na remuneração dos empregados, mas, infelizmente, isto não é possível. Neste primeiro exemplo, não incluímos outros proventos e nem os descontos porque vamos construir o Recibo de Pagamento passo a passo.
Horas Extras: A CF no Art. 7º Inciso XVI diz que a jornada diária de trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares que deverão ser remuneradas com acréscimo mínimo de 50% (cinquenta por cento) sobre a hora normal nos dias úteis e acréscimo mínimo de 100% (cem por cento) nos domingos e feriados.
A duração normal do trabalho poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente de duas, mediante acordo escrito entre o empregador e o empregado, ou mediante contrato coletivo de trabalho. O valor da hora extra será, pelo menos, 50% superior à hora normal em caso de horas extras realizadas nos dias úteis e, de, pelo menos, 100% superior à hora normal em caso de horas extras realizadas aos domingos e feriados.
	Veja o Art. 7º Inciso XVI da CF:
Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal; (Vide Del 5.452, art. 59 § 1º) (BRASIL, 1988a).
RSR – Repouso Semanal Remunerado: O Art. 67 da CLT diz que todo empregado tem direito a um dia de descanso semanal que deverá ser preferencialmente aos domingos. A lei 605 de 5 de janeiro de 1949 (BRASIL, 1949) diz que as horas extras habitualmente prestadas devem ser computadas no cálculo do Repouso Semanal Remunerado (RSR).
Quando o empregado tem contrato mensal não há necessidade de destacar o valor do RSR, pois já está inserido no seu salário mensal, mas no caso de horas extras e outras remunerações variáveis, como comissões e produtividade, deve ser calculado o DSR em verba específica.
	Veja na íntegra o artigo 67 da CLT:
Art. 67 - Será assegurado a todo empregado um descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas consecutivas, o qual, salvo motivo de conveniência pública ou necessidade imperiosa do serviço, deverá coincidir com o domingo, no todo ou em parte.
Parágrafo único - Nos serviços que exijam trabalho aos domingos, com exceção quanto aos elencos teatrais, será estabelecida escala de revezamento, mensalmente organizada e constando de quadro sujeito à fiscalização (BRASIL, 1943).
 
	Veja a Lei 605 de 1949 que trata do Repouso Semanal Remunerado acessando
http://www.planalto.gov.br/ccivil/LEIS/L0605.htm
Vamos continuar o nosso cálculo considerando que a nossa empregada cumpriu 30 horas que serão acrescidas de 50% e 20 horas acrescidas de 100%  trabalho além de sua jornada normal de trabalho. Conforme vimos, temos que considerar o valor das horas extras e também do RSR:
Acrescentamos então o valor das horas extras e dos RSR. Vamos primeiramente calcular, passo-a-passo as horas Extras e o RSR?
Horas Extras com acréscimo de 50%
Valor do salário contratual dividido pelas horas mensais, neste caso 220 horas temos o valor de uma hora normal de trabalho:
2.000 / 220 = 9,090909Acrescentando a este valor 50% (para isto basta multiplicar por 150%) teremos o valor de uma hora extra de 50%
9,090909 x 150% = 13,64
Como a nossa empregada trabalhou 30 horas nestas condições então multiplicamos o valor de uma hora pela quantidade de horas trabalhadas:
13,64 x 30 = 409,20
Horas Extras com acréscimo de 100%
Valor do salário contratual dividido pelas horas mensais, neste caso 220 horas temos o valor de uma hora normal de trabalho:
2.000 / 220 = 9,090909
Acrescentando a este valor 100% (para isto basta multiplicar por 200%) teremos o valor de uma hora extra de 100%
9,090909 x 200% = 18,18
Como a nossa empregada trabalhou 20 horas nestas condições então multiplicamos o valor de uma hora pela quantidade de horas trabalhadas:
18,18 x 20 = 363,60
RSR sobre Horas Extras com acréscimo de 50%
Valor das horas extras de 50%, dividido pela quantidade de dias úteis (devemos considerar como dias não úteis os feriados nacionais e municipais) e multiplicado pela quantidade de dias não úteis. Em 2012 o mês de março tem 4 domingos e nenhum feriado nacional, por isso vamos considerar 27 dias úteis e 4 não úteis.
409,20 / 27 x 4 = R$60,62
RSR sobre Horas Extras com acréscimo de 100%
Valor das horas extras de 100%, dividido pela quantidade de dias úteis e multiplicado pela quantidade de dias não úteis.
363,60 / 27 x 4 = R$53,87
Figura 2 – Recibo de pagamento de salário
Fonte: Do autor
Caso não houvesse nenhum desconto a nossa empregada, até este cálculo, teria um salário líquido de R$2.887,29, considerando o salário mensal, as horas extras e os reflexos no RSR, mas ainda sem considerar os descontos.
Agora, vamos continuar o nosso cálculo considerando os efeitos dos adicionais de insalubridade e periculosidade.
O trabalho em condições nocivas à saúde tais como: exposição à umidade; poeira excessiva no local de trabalho entre outras, dá direito ao empregado de receber um adicional ao seu salário, este adicional é de acordo com o grau de insalubridade e é calculado com base no salário mínimo, assim temos:
	Grau
	Percentual
	Mínimo
	10%
	Médio
	20%
	Máximo
	40%
Segundo o artigo 192 da Lei 6514/1977, estes percentuais devem ser aplicados sobre o salário mínimo regional.
O trabalho em atividades perigosas, considerando assim as atividades que exijam contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco, dá direito ao empregado de receber o adicional de periculosidade equivalente a 30% (trinta por cento) do seu salário base.
	Veja a seguir os artigos 189, 192 e 193 da Lei 6514 de 22 de dezembro de 1977
Das Atividades Insalubres ou Perigosas
Art. 189 - Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos.
Art. 192 - O exercício de trabalho em condições insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20% (vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e mínimo.
Art. 193 - São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado.
§ 1º - O trabalho em condições de periculosidade assegura ao empregado um adicional de 30% (trinta por cento) sobre o salário sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros da empresa (BRASIL, 1977).
 
 
	Veja a Lei 6514, de 22 de dezembro de 1977, que fala sobre as atividades insalubres e perigosas, acessando http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6514.htm.
Mesmo sabendo que dificilmente um empregado terá os dois adicionais, insalubridade e periculosidade, vamos considerar os dois para fins de continuação da nossa simulação. Vamos considerar também grau máximo de insalubridade.
O Decreto 7655 de 23 de dezembro de 2012 estabelece que o salário mínimo nacional é de R$622,00 a partir de 01 de janeiro de 2012.
	Veja a íntegra da Medida Provisória 456 acessando http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Decreto/D7655.htm
No caso da nossa simulação de cálculo o valor da Insalubridade será R$248,80 (622 x 40%) e o valor da Periculosidade será R$600,00 (2000 x 30%).
Figura 3 – Recibo de pagamento de salário
Fonte: Do autor
Caso não houvesse nenhum desconto a nossa empregada, até este cálculo, teria um salário líquido de R$3.736,09, considerando o salário mensal, as horas extras e os reflexos no RSR, adicional de insalubridade e adicional de periculosidade, mas ainda sem considerar os descontos.
O adicional noturno é o acréscimo de 20% nas horas trabalhadas a noite conforme o Art. 73 da CLT para o trabalho urbano e de 25% no trabalho rural conforme o art. 7º da Lei 5.889/1973 (BRASIL, 1973).
As horas noturnas têm a duração de 52 minutos e 30 segundos, portanto a cada 7 horas considera se 8 horas trabalhadas.
Considera-se horas trabalhadas no período noturno o trabalho realizado no seguinte intervalo:
	Tipo de trabalhador
	Período de trabalho
	Adicional
	Base legal
	Urbano
	De 22h00 até 05h00
	20%
	CLT art. 73
	Agrícola
	De 21h00 até 05h00
	25%
	Lei 5.889/1973 art. 7º
	Pecuária
	De 20h00 até 04h00
	25%
	Lei 5.889/1973 art. 7º
 
	Leia a base legal sobre salário noturno a seguir:
CLT
Art. 73 - Salvo nos casos de revezamento semanal ou quinzenal, o trabalho noturno terá remuneração superior à do diurno e, para esse efeito, sua remuneração terá um acréscimo de 20% (vinte por cento), pelo menos, sobre a hora diurna. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666, 28.8.1946)
§ 1º - A hora do trabalho noturno será computada como de 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666, 28.8.1946)
§ 2º - Considera-se noturno, para os efeitos deste artigo, o trabalho executado entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte.(Redação dada pelo Decreto-lei nº 9.666, 28.8.1946) (BRASIL, 1943).
Lei 5889 de 08 de junho de 1973.
Art. 7º - Para os efeitos desta Lei, considera-se trabalho noturno o executado entre as vinte e uma horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte, na lavoura, e entre as vinte horas de um dia e as quatro horas do dia seguinte, na atividade pecuária.
Parágrafo único. Todo trabalho noturno será acrescido de 25% (vinte e cinco por cento) sobre a remuneração normal. (BRASIL, 1973)
Vamos considerar de adicional noturno na nossa simulação que a empregada fez durante o mês 20 horas no período noturno:
Figura 4 – Recibo de pagamento de salário
Fonte: Do autor
Caso não houvesse nenhum desconto a nossa empregada, até este cálculo, teria um salário líquido de R$3.777,84, considerando o salário mensal, as horas extras e os reflexos no RSR, adicional de insalubridade, adicional de periculosidade e adicional noturno, mas ainda sem considerar os descontos.
O Salário-Família é um benefício ao trabalhador que tenha filhos menores de 14 anos e tenha uma determinada remuneração mensal, conforme tabela do Ministério da Previdência Social.
Se a mãe e o pai estão nas categorias e faixa salarial que têm direito ao salário-família, os dois recebem o benefício. O valor da quota será proporcional aos dias trabalhados nos meses de admissão e demissão do empregado. Para o trabalhador avulso, a quota será integral independentemente do total de dias trabalhados.
A partir de 01 de janeiro de 2012 deve ser observada a Portaria Interministerial MPS/MF Nº 02, de 06 de janeiro de 2012 e com base na qual podemos elaborar a seguinte tabela prática:
	Remuneração Mensal
	Valor do salário família por filho
	Até R$608,80
	R$31,22
	De R$608,81 até R$915,05
	R$22,00
	Acima de R$915,06
	Não tem direito
 
	PORTARIA INTERMINISTERIALMPS/MF Nº 02, DE 06 DE JANEIRO DE 2012
Art. 4º O valor da cota do salário-família por filho ou equiparado de qualquer condição, até 14 (quatorze) anos de idade, ou inválido de qualquer idade, a partir de 1º de janeiro de 2012, é de:
I - R$ 31,22 (trinta e um reais e vinte e dois centavos) para o segurado com remuneração mensal não superior a R$ 608,80 (seiscentos e oito reais e oitenta centavos);
II - R$ 22,00 (vinte e dois reais) para o segurado com remuneração mensal superior a R$ 608,80 (seiscentos e oito reais e oitenta centavos) e igual ou inferior a R$ 915,05 (novecentos e quinze reais e cinco centavos).
Na nossa simulação, considerando toda a remuneração, temos o valor de R$3.813,56, portanto, nossa empregada não tem direito ao Salário Família.
Vamos começar a partir de agora considerar os descontos sobre os salários que a empresa deve descontar para repassar ou tem a permissão de descontar para cobrir débitos do empregado com a empresa.
Vamos começar com as faltas injustificadas. O empregador pode descontar do empregado faltas e atrasos e o RSR da semana em que o empregado não tenha trabalhado integralmente. Assim sendo, se o empregado faltar um dia na semana, pode ter descontado o dia faltado e mais um dia referente ao RSR; mas, se faltar três dias na mesma semana, terá descontado também um dia referente ao RSR. Porém, além de saber a quantidade de dias faltados, precisamos saber em quais semanas foram estes dias.
Na nossa simulação, vamos considerar faltas da nossa empregada nos seguintes dias: 5, 13, 16 e 28; portanto, temos quatro faltas que ocorreram em três semanas. Para sabermos o valor a ser descontado por falta dividirmos o salário mensal contratual por 30 (R$2.000,00 / 30 = R$66,66) e multiplicarmos pelo número de faltas (R$66,66 x 4 = R$266,64). Para sabermos o RSR a descontar basta dividirmos o salário contratual por 30 (R$2.000,00 / 30 = R$66,66) e multiplicarmos pelo número de semanas nas quais as faltas aconteceram (R$66,66 x 3 = R$199,98).
Vejam que como ocorreram duas faltas em uma semana, temos 4 faltas, mas somente 3 RSR a descontar.
Figura 5 – Recibo de pagamento de salário
Fonte: Do autor
Considerando o desconto de Faltas e seus respectivos dias de RSR o salário líquido passou a ser R$3.311,22 (proventos de R$3.777,84 menos desconto de R$466,62), faltam agora outros descontos.
O desconto de INSS e a contribuição que o empregado faz à previdência social. Veremos na unidade da previdência social que a empresa também contribui com a previdência social, mas neste caso não aparece no recibo de pagamento de salário.
A empresa deve seguir uma tabela determinada pela previdência social, a tabela vigente a partir de 01 de janeiro de 2012 está no Anexo II da Portaria Interministerial MPS/MF Nº  02, de 06 de janeiro de 2012:
ANEXO II
	TABELA VIGENTETabela de contribuição dos segurados empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso, para pagamento de remuneração 
a partir de 1º de Janeiro de 2012
	Salário-de-contribuição (R$)
	Alíquota para fins de recolhimento 
ao INSS (%)
	até 1.174,86
	8,00
	de 1.174,87 até 1.958,10
	9,00
	de 1.958,11 até 3.916,20
	11,00
Fonte: Brasil  (2012)
Vamos ver como fica o Recibo de Pagamento de Salário na nossa simulação após o desconto do INSS.
Muito embora o salário base seja R$2.000,00, a base de cálculo, neste caso, inclui toda a remuneração, menos os descontos decorrentes de faltas. Então teríamos a base de cálculo do INSS de R$3.311,22, formada por R$3.770,84 menos R$466,62. Na tabela do INSS para 2012 verificamos que a alíquota a aplicar é de 11%, então R$3.311,22 multiplicado por 11% é igual a R$364,23.
Figura 6 – Recibo de pagamento de salário
Fonte: Do autor
Considerando o desconto de INSS o salário líquido passou a ser R$2.946,99 (proventos de R$3.777,84 menos desconto de R$830,85), faltam agora outros descontos.
IRRF - Imposto de Renda Retido na Fonte: para os rendimentos do trabalho assalariado desconta-se o IRRF para repassar a Receita Federal de acordo com tabela específica.
O artigo 1o da Lei nº 12.469 (BRASIL, 2011), de 26 de agosto de 2011, traz a seguinte tabela para ser utilizada em 2012:
	Base de cálculo mensal em R$
	Alíquota %
	Parcela a deduzir do imposto em R$
	Até 1.637,11
	-
	-
	De 1.637,12 até 2.453,50
	7,5
	122,78
	De 2.453,51 até 3.271,38
	15,0
	306,80
	De 3.271,39 até 4.087,65
	22,5
	552,15
	Acima de 4.087,65
	27,5
	756,53
Poderá ser deduzido, na base de cálculo, o valor de R$ 164,56 (cento e quarenta e quatro reais e vinte centavos), por dependente, no ano-calendário de 2012, conforme o Artigo 3º da mesma lei.
	Art. 25. O imposto será calculado, observado o seguinte: (Redação dada pela Lei nº 8.269, de 1991)
§ 1° Na determinação da base de cálculo sujeita a incidência do imposto poderão ser deduzidos: (Redação dada pela Lei nº 8.269, de 1991)
c) o valor da contribuição paga, no mês, para a Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; (Redação dada pela Lei nº 8.269, de 1991) (BRASIL, 1988b).
Vamos calcular então considerando que a empregada tem 2 dependentes:
	DESCRIÇÃO
	VALORES
	Proventos 
	R$3.777,84
	(-) Faltas e seu RSR
	R$466,62
	(=) Remuneração
	R$3.284,14
	(-) INSS
	R$364,23
	(-) 2 dependentes
	R$329,12
	Base de cálculo
	R$2.617,87
	Multiplicado pela alíquota conforme tabela
	R$392,68
	Parcela a deduzir conforme tabela
	306,80
	IRRF a descontar
	R$85,88
Figura 7 – Recibo de pagamento de salário
Fonte: Do autor
Considerando mais um desconto, o IRRF o salário líquido passou a ser R$2.861,11 (proventos de R$3.777,84 menos desconto de R$916,73), vamos estudar e calcular a Contribuição Sindical.
Contribuição Sindical - Art. 579 e 580 da CLT: o desconto da Contribuição Sindical, devida anualmente pelos empregados, deve ser efetuado no mês de março de cada ano, independente dos empregados serem associados ou não ao Sindicato da Categoria Profissional.
Admissão após o mês de março: quando os empregados forem admitidos após o mês de março, a empresa deve verificar se a Contribuição Sindical já foi descontada no emprego anterior. Caso negativo, efetua-se o desconto no mês subsequente ao da admissão.
O recolhimento da contribuição sindical deve ser feito no último dia útil do mês de abril, para os descontos efetuados no mês de março, e no último dia útil do mês seguinte ao do desconto, para os descontos efetuados após março.
	Art. 580. A contribuição sindical será recolhida, de uma só vez, anualmente, e consistirá: (Redação dada pela Lei nº 6.386, de 9.12.1976).
I - Na importância correspondente à remuneração de um dia de trabalho, para os empregados, qualquer que seja a forma da referida remuneração; (Redação dada pela Lei nº 6.386, de 9.12.1976) (BRASIL, 1943).
Figura 8 – Recibo de pagamento de salário
Fonte: Do autor
Vamos ver mais alguns descontos que não vamos considerar nesta simulação, mas que poderão acontecer:
Adiantamento Salarial: não existe Lei que estipule a obrigatoriedade, o valor e o prazo de pagamento do adiantamento salarial ficando a critério dos Sindicatos por meio das CCTs e quando este não se manifestar a empresa poderá definir. Quando a empresa antecipa o valor durante o mês ainda em trabalho ela tem o direito de descontar do empregado no fechamento do cálculo do seu salário líquido.
Vale Transporte (Lei 7.855/89) (BRASIL, 1989): o desconto de vale-transporte corresponde a 6% do salário base ou o valor dos passes em dinheiro, o que for menor. Assim, caso o empregado utilize 50 vezes o transporte mês ao custo de R$ 2,00 cada, a empresa desembolsou R$100,00 para adquirir o cartão ou vale-transporte. Neste caso, a empresa calcula 6% sobre o salário base; no caso da nossa simulação, seria R$2.000,00 multiplicado por 6%, encontraríamos o valor “descontável” de R$120,00. Como o custo da empresa foi de R$100,00 descontaríamos o valor de R$100,00.
Podemos ter ainda outros descontos menos comuns.
Vamos ver outra informação que não se trata de provento e nem desconto, mas que deve aparecer no Recibo de Pagamento de Salário.
FGTS– Fundo de Garantia do Tempo de Serviço: É uma conta vinculada aberta pela empresa em nome do empregado, obrigatoriamente na Caixa Econômica Federal, onde todo mês a empresa deve depositar o valor relativo a 8% da remuneração recebida pelo empregado. O prazo para recolhimento do FGTS é dia 7 do mês seguinte ao da folha de pagamento; não havendo no dia 7 expediente bancário, antecipa-se o recolhimento.
Quando o empregador demitir sem justa causa o empregado, deve, por ocasião da rescisão do contrato de trabalho, depositar uma multa correspondente a 50% do valor do saldo constante na conta vinculada do empregado, sendo 40% do empregado e 10% para contribuições sociais de que trata a Lei Complementar nº. 110, de 26/06/2001.
Figura 9– Recibo de pagamento de salário
Fonte: Do autor
Elaboração prática da Folha de Pagamento
Conforme visto o inciso I, art. 225 do Decreto nº. 3.048/1999 determina que todas as empresas elaborem a Folha de Pagamento de acordo com as regras que estabelece, incluindo na folha não somente os empregados, mas também os autônomos, os diretores não-empregados.
Veja a seguir um modelo de folha de pagamento com 5 empregados, 1 diretor e 1 autônomo.  
Chegamos ao final da webaula 1, agora para dar continuidade acesse a webaula 2. 
Referencias 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 1988a. Disponível em:. Acesso em: jul. 2012.
BRASIL. Decreto no 3.048, de 6 de maio de 1999. Aprova o Regulamento da Previdência Social, e dá outras providências. Brasília, 1999. Disponível em:. Acesso em: jul. 2012.
BRASIL. Lei n° 12.469, de 26 de agosto de 2011. Altera os valores constantes da tabela do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física e altera as Leis nos 11.482, de 31 de maio de 2007, 7.713, de 22 de dezembro de 1988, 9.250, de 26 de dezembro de 1995, 9.656, de 3 de junho de 1998, e 10.480, de 2 de julho de 2002. Brasília, 1994. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12469.htm>. Acesso em: jul. 2012.
BRASIL. Decreto-Lei nº. 5.452, de 1º de Maio de 1943.Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho. Brasília, 1943. Disponível em:. Acesso em: jul. 2012.
BRASIL. Lei nº 5.889, de 8 de junho de 1973. Estatui normas reguladoras do trabalho rural. Brasília, 1973. Disponível em:. Acesso em: jul. 2012.
BRASIL. Lei n. 605, de 5 de janeiro de 1949. Repouso semanal remunerado e o pagamento de salário nos dias feriados civis e religiosos. Disponível em:. Acesso em: jul. 2012.
BRASIL. Lei n. 7.855, de 24 de outubro de 1989. Altera a Consolidação das Leis do Trabalho, atualiza os valores das multas trabalhistas, amplia sua aplicação, institui o Programa de Desenvolvimento do Sistema Federal de Inspeção do Trabalho e dá outras providências. Disponível em:. Acesso em: jul. 2012.
BRASIL. Portaria Interministerial MPS/MF Nº 02, de 06 de janeiro de 2012. Dispõe sobre o reajuste dos benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e dos demais valores constantes do Regulamento da Previdência Social (RPS). Disponível em: <http://www81.dataprev.gov.br/sislex/paginas/65/mf-mps/2012/2.htm>. Acesso em: jul. 2012.
SUGESTÕES DE LEITURA
BRASIL. Lei nº 8.900, de 30 de junho de 1994. Dispõe sobre o benefício do seguro-desemprego, altera dispositivo da Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990, e dá outras providências. Brasília, 1994. Disponível em:. Acesso em: jul. 2012.
BRASIL. Decreto n. 57.155, de 3 de novembro de 1965. Expede nova regulamentação da Lei nº. 4.090, de 13 de julho de 1962, que institui a gratificação de Natal para os trabalhadores, com as alterações introduzidas pela Lei nº. 4.749, de 12 de agosto de 1965. Brasília, 1965. Disponível em:. Acesso em: jul. 2012.
BRASIL. Lei n. 4.923, de 23 de dezembro de 1965. Dou de 29/12/65. Institui o cadastro permanente das admissões e dispensas de empregados, estabelece medidas contra o desemprego e de assistência aos desempregados, e dá outras providências. Disponível em:. Acesso em: jul. 2012.
BRASIL. Portaria nº 302, de 26 de junho de 2002. Aprova o modelo de Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho a ser utilizado como recibo de quitação das verbas rescisórias e para o saque de FGTS. Brasília, 2002. Disponível em:. Acesso em: jul. 2012.
BRASIL. Lei nº 5.859, de 11 de dezembro de 1972. Dispõe sobre a profissão de empregado doméstico e dá outras providências. Brasília, 1972. Disponível em:. Acesso em: jul. 2012.
BRASIL. Lei nº 6.019, de 3 de fevereiro de 1974. Dispõe sobre o Trabalho Temporário nas Empresas Urbanas, e dá outras Providências. Brasília, 1974. Disponível em:. Acesso em: jul. 2012.
BRASIL. Lei nº 11.482, de 31 de maio de 2007. Efetua alterações na tabela do imposto de renda da pessoa física... Brasília, 2007. Disponível em:. Acesso em: jul. 2012.
BRASIL. Lei n. 6.494, de 7 de dezembro de 1977. Dispõe sobre os estágios de estudantes de estabelecimento de ensino superior e ensino profissionalizante do 2º Grau e Supletivo e dá outras providências. Brasília, 1977. Disponível em:. Acesso em: jul. 2012.
BRASIL. Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990. Dispõe sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, e dá outras providências. Brasília, 1990. Disponível em:. Acesso em: jul. 2012.
BRASIL. Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988. Altera a legislação do imposto de renda e dá outras providências. Brasília, 1988b. Disponível em:. Acesso em: jul. 2012.
BRASIL. Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977. Altera o Capítulo V do Titulo II da Consolidação das Leis do Trabalho, relativo a segurança e medicina do trabalho e dá outras providências. Brasília, 1977. Disponível em:. Acesso em: 23 jun. 2008.
BRASIL. Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre a organização da Seguridade Social, institui Plano de Custeio, e dá outras providências. Brasília, 1991. Disponível em:. Acesso em: jul. 2012.
BRASIL. Lei n. 8.630, de 25 de fevereiro de 1993. Dispõe sobre o regime jurídico da exploração dos portos organizados e das instalações portuárias e dá outras providências. (Lei dos Portos). Brasília, 1993. Disponível em:. Acesso em: jul. 2012.
BRASIL. Portaria Interministerial MPS/MF Nº. 77, de 11 de março de 2008 - DOU de 12/03/2008. Dispõe sobre o reajuste dos benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS e dos demais valores constantes do Regulamento da Previdência Social - RPS. Brasília, 2008. Disponível em:. Acesso em: jul. 2012.
COSTA, Rosânia de Lima. Rotinas trabalhistas: departamento pessoal modelo. São Paulo: Cenofisco, 2007.
OLIVEIRA, Aristeu de. Manual de prática trabalhista. 43. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
WEBAULA 2
Cálculos Trabalhistas
 
Caro aluno,
Continuando o nosso estudo sobre cálculos trabalhistas, nesta webaula, vamos tratar do 13º salário, também chamado de gratificação natalina, das férias e da rescisão do contrato de trabalho.
Bom estudo!
GRATIFICAÇÃO NATALINA (13º SALÁRIO)
Vamos juntos estudar os aspectos pertinentes à teoria e à prática quanto ao 13º Salário (Gratificação Natalina) levando em consideração as seguintes bases legais: Lei Nº. 4.090, de 13/07/1962 (DOU-I DE 26/07/1962) (BRASIL, 1962).
É devida pelo empregador, no mês de dezembro, a gratificação salarial a todos os empregados (urbano, rural, doméstico, avulso, e temporário) independente do salário a que fizer jus. A mesma é paga em duas parcelas: a primeira entre os meses de fevereiro e novembro; a segunda até vinte de dezembro ou “dia útil” anterior.
O valor do 13º Salário corresponde a 1/12 (um doze avos) da remuneração (salário básico e demais proventos) do mês de dezembro, por mês de serviço; sendo considerado mês integral a fração igual ou superior a 15 (quinze) dias trabalhados no mês (por exemplo, o empregado que trabalhou 15 dias no mês de fevereiro tem direito a 1/12 de 13º Salário).
Além das disposições acima, é facultado aos empregados o direito de receber a primeira parcela do 13º Salário, por ocasião de suas férias (Lei no 4.749/1965), em qualquer dos meses entre fevereiroe novembro, desde que tenha requerido, por escrito, no mês de janeiro do ano corrente (por exemplo, se o empregado desejar receber a primeira parcela do 13º Salário juntamente com as férias que serão gozadas no mês de maio do ano corrente, deve requerer no mês de janeiro do mesmo ano).
	Vamos ver os artigos 1º e 3º do Decreto Nº 57.155,de 3 de novembro de 1965 que regulamentou a Lei 4.090 de 13 de julho de 1962 considerando as alterações introduzidas pela Lei  4.749 de 12 de agosto de 1965.
Art. 1º O pagamento da gratificação salarial, instituída pela Lei nº 4.090, de 13 de julho de 1962, com as alterações constantes da Lei nº 4.749, de 12 de agosto de 1965, será efetuado pelo empregador até o dia 20 de dezembro de cada ano, tomando-se por base a remuneração devida nesse mês de acordo com o tempo de serviço do empregado no ano em curso.
Parágrafo único. A gratificação corresponderá a 1/12 (um doze avos) da remuneração devida em dezembro, por mês de serviço, do ano correspondente, sendo que a fração igual ou superior a 15 (quinze) dias de trabalho será havida como mês integral.
Art. 3º Entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano, o empregador pagará, como adiantamento da gratificação, de uma só vez, metade do salário recebido pelo empregado no mês anterior.
§ 2º O empregador não estará obrigado a pagar o adiantamento no mesmo mês a todos os seus empregados.
§ 3º A importância que o empregado houver recebido a título de adiantamento será deduzida do valor da gratificação devida.
§ 4º Nos casos em que o empregado for admitido no curso do ano, ou, durante este, não permanecer à disposição do empregador durante todos os meses, o adiantamento corresponderá à metade de 1/12 avos da remuneração, por mês de serviço ou fração superior a 15 (quinze) dias (BRASIL, 1965).
Vamos calcular a primeira parcela do 13º salário que deve ser paga até o dia 30 de novembro, considerando que a nossa empregada trabalhou todos os meses do ano de 2012 e que o salário em novembro de 2012 permanece em R$2.000,00 mensais.
Vamos desconsiderar as horas extras e os seus reflexos, pois não temos informações das horas que ocorreram em outros meses do ano, vamos então considerar apenas os adicionais de insalubridade, periculosidade e noturno. Vamos considerar que o adicional noturno se repetiu em todos os outros meses do ano.
Figura 1 – Recibo de pagamento de salário
Fonte: Do autor
Consideramos, então, o valor equivalente a metade dos salários conforme diz a legislação.
Vamos calcular agora a segunda parcela do 13º salário, que deve ser paga até o dia 20 de dezembro, considerando que a nossa empregada trabalhou todos os meses do ano de 2009 e que o salário em dezembro de 2009 permanece em R$2.000,00 mensais.
Vamos desconsiderar as horas extras e os seus reflexos, pois não temos informações das horas que ocorreram em outros meses do ano, vamos então considerar apenas os adicionais de insalubridade, periculosidade e noturno. Vamos considerar que o adicional noturno se repetiu em todos os outros meses do ano.
Como total de proventos, calculamos R$2.890,55; portanto, o cálculo do INSS, utilizando a tabela, terá: R$317,96 (R$2.890,55 x 11%).
Vamos calcular então o IRRF sobre o 13º salário, lembrando que a tributação é integral na 2ª parcela, uma vez que na 1ª parcela não é descontado, vamos continuar considerando que a empregada tem 4 dependentes:
	Proventos R$2.890,55
	(-) INSS, R$317,96
	(=) R$2.572,59
	R$2.572,59
	(-) Dependentes, 4 x R$164,56
	(=) R$1.914,35
	R$1.914,35
	(x) 7,5% conforme tabela
	(=) R$143,58
	R$143,58
	(-) R$122,78 conforme tabela
	(=) R$20,80
 
	Questões para reflexão
Por ser um direito seu, você considera no seu planejamento financeiro familiar os valores de 13º salário que irá receber no final do ano?
Onde você aplica os recursos do 13º salário, consumo, bens duráveis ou investimentos financeiros?
 
Figura 2 – Recibo de pagamento de salário
 
Fonte: Do autor
FÉRIAS
Segundo o Art. 130 CLT - “após cada período de doze meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado tem direito a férias na seguinte proporção” (BRASIL,1943):
	Nº. de faltas injustificadas
	Dias corridos de férias
	0 a 5 faltas
	30 dias
	6 a 14 faltas
	24 dias
	15 a 23 faltas
	18 dias
	24 a 32 faltas
	12 dias
	Acima de 32 faltas
	0
O art. 7º, inciso XVII, da Constituição Federal de 1988, veio estabelecer que são direitos dos trabalhadores urbanos e rurais o gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos,1/3 a mais do que o salário normal. Salário normal refere-se ao salário fixo acrescido dos respectivos adicionais, como diárias para viagem, desde que excedentes a 50% do salário, gratificações, prêmios, utilidades fornecidas com habitualidade, horas extras, comissões, adicional de insalubridade, periculosidade, dentre outros.
O Art. 134 da CLT dispõe que as férias serão concedidas por ato do empregador, em um só período, nos 12 meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. Somente em casos excepcionais as férias serão concedidas em dois períodos, um dos quais não poderá ser inferior a 10 dias corridos; as férias dos menores de 18 anos e maiores de 50 anos de idade serão sempre concedidas de uma só vez.
O art. 135 da CLT determina que a concessão das férias seja participada, por escrito, ao empregado, com antecedência mínima de 30 dias, sendo que dessa participação o interessado dará recibo. O empregado não poderá entrar em gozo de férias sem que apresente ao empregador sua CTPS, para que nela seja anotada a respectiva concessão. A concessão das férias será, igualmente, anotada no livro ou nas fichas de registro dos empregados.
O art. 136 da CLT veio determinar que a época da concessão das férias seja a que melhor consulte os interesses do empregador. No entanto, os membros da mesma família que trabalharem na mesma empresa terão direito a gozar férias no mesmo período, se assim o desejarem e se disto não resultar em prejuízo para o serviço. Do mesmo modo, o empregado estudante, menor de 18 anos, terá direito a fazer coincidir suas férias com as férias escolares.
O art. 145 da CLT dispõe que o pagamento da remuneração das férias será efetuado até 2 dias antes do início do respectivo período de gozo. O pagamento poderá ser feito por meio de depósito bancário ou cheque emitido diretamente em favor do empregado. Porém, se o empregado for analfabeto, o pagamento da remuneração de férias somente poderá ser efetuado em dinheiro. O empregado pode dar quitação ao empregador dos valores recebidos a título de férias utilizando um recibo único.
Sobre férias incidem os seguintes encargos: Férias acrescidas de 1/3 constitucional: haverá incidências de INSS, FGTS e IRRF; Férias em dobro, incluindo o acréscimo de 1/3 constitucional: não haverá incidências de INSS e FGTS, apenas sendo devido o IRRF.
Período aquisitivo: é o período trabalhado pelo empregado referente a 12 meses, este período começa na admissão e encerra 12 meses depois quando se inicia o próximo período aquisitivo independente do empregado ter gozado férias ou não.
Período concessivo: é o período que o empregado deve gozar as férias referentes ao período aquisitivo anterior, este período começa no dia seguinte ao final do período aquisitivo e termina 12 meses após; isto quer dizer que o empregador tem 12 meses para conceder férias aos empregados, importante ressaltar que o empregado deverá encerrar o gozo de férias dentro do período concessivo.
Período de gozo de férias: é o período que o empregado se ausenta da empresa em férias, este período é de 30 dias, facultando a lei o descanso de 20 dias e abono pecuniário dos outros 10 dias.
Abono Pecuniário: O art. 143 da CLT determina que seja facultado ao empregado converter 1/3 do período de férias a que tiver direito em abono pecuniário, no valor da remuneração que lhe seria devida nos dias correspondentes. O valor do abono pecuniário deve ser calculado sobre a remuneração de férias acrescida de mais 1/3 do salário normal. O abono significa a conversão em dinheiro de 1/3 da duração originaldas férias (por exemplo: empregado com direito a 24 dias de férias converterá oito dias em abono pecuniário, ou seja, 1/3 de 24). O abono de férias deverá ser requerido até 15 dias antes do término do período aquisitivo.
Férias em Dobro: O art. 137 da CLT estabelece que sempre que as férias forem concedidas após o prazo determinado pela legislação, o empregador pagará em dobro a respectiva remuneração. Vencido o referido prazo sem que o empregador tenha concedido as férias, o empregado poderá ajuizar reclamação pedindo a fixação, por sentença, de época do gozo das mesmas.
Exemplo de Férias em Dobro: Admissão: 01/03/2007; Período aquisitivo: 01/03/2007 a 28/02/2008; Período concessivo: 01/03/2008 a 28/02/2009; Gozo de férias em 05/2008.
Inicialmente vamos ver um modelo de AVISO PRÉVIO DE FÉRIAS e RECIBO DE FÉRIAS e depois vamos simular várias situações de férias.
 
	Descrição do evento
	Ref.
	Proventos
	Descontos
	Férias gozadas
	30
	2.000,00
	 
	Adicional 1/3 sobre férias gozadas
	 
	666,67
	 
	INSS sobre férias
	11%
	 
	293,33
	IRRF sobre férias
	7,5%
	 
	0,00
	 
	 
	 
	 
	Totais proventos e descontos
	 
	2.666,67
	293,33
	Líquido de férias
	 
	2.373,34
 
	Proventos R$2.666,67
	(-) INSS, R$293,33
	(=) R$2.373,34
	R$2.373,34
	(-) Dependentes, 4 x R$164,56
	(=) R$1.715,10
	R$1.715,10
	(x) 7,5% conforme tabela
	(=) R$128,63
	R$128,63
	(-) R$122,78 conforme tabela
	(=) R$5,85
Desconsidera-se valor de IRRF menor que R$10,00
Esta situação é a mais recomendável, por ser de fácil entendimento do empregado, pois estando de férias os 30 dias de um determinado mês o empregado entende facilmente que, como recebeu as férias antecipadamente, no próximo 5º dia útil não terá nenhum salário a receber. Nem sempre é possível a concessão de férias com esta característica.
Simulação 2 – Férias de 20 dias de 01 a 20 de junho de 2012 e abono pecuniário de 21 a 30 de junho de 2012, salário fixo de R$2.000,00, empregado com 4 dependentes.
	Descrição do evento
	Ref.
	Proventos
	Descontos
	Férias gozadas
	20
	1.333,33
	 
	Adicional 1/3 sobre férias gozadas
	 
	444,45
	 
	Abono Pecuniário
	10
	666,67
	 
	Adicional 1/3 sobre abono pecuniário
	 
	222,22
	 
	INSS sobre férias (base cálculo: R$1.777,78)
	11%
	 
	195,55
	IRRF sobre férias
	7,5%
	 
	0,00
	 
	 
	 
	 
	Totais proventos e descontos
	 
	2.666,67
	195,55
	Líquido de férias
	 
	2.471,12
 
	Proventos R$2.666,67
	(-) INSS, R$195,55
	(=) R$2.471,12
	R$2.471,12
	(-) Abono pecuniário, R$666,67
	(=) R$1.804,45
	R$1.804,45
	(-) Dependentes, 4 x R$164,56
	(=) R$1.146,21
	R$1.146,21
	(x) 0,0% conforme tabela
	(=) R$0,00
Neste caso, porém, na apuração do salário deste mês, o empregado terá 10 dias de trabalho a ser recebido no próximo 5º dia útil, pois como as férias foram de 01 a 20 de junho, do dia 21 a 30 houve trabalho normal.
Os empregadores poderão também conceder férias coletivas, seja para a empresa toda ou para um departamento todo, a legislação não prevê a possibilidade de férias coletivas apenas para alguns empregados.
O grande objetivo das férias coletivas na gestão das empresas está na administração de pessoa em períodos sazonais de produção ou atividade empresarial. Assim a empresa pode escolher um ou dois períodos no ano para conceder férias a todos os seus empregados em conjunto.
	Art. 139 - Poderão ser concedidas férias coletivas a todos os empregados de uma empresa ou de determinados estabelecimentos ou setores da empresa. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977
§ 1º - As férias poderão ser gozadas em 2 (dois) períodos anuais desde que nenhum deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos.  (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977
§ 2º - Para os fins previstos neste artigo, o empregador comunicará ao órgão local do Ministério do Trabalho, com a antecedência mínima de 15 (quinze) dias, as datas de início e fim das férias, precisando quais os estabelecimentos ou setores abrangidos pela medida.  (Redação dada pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977
§ 3º - Em igual prazo, o empregador enviará cópia da aludida comunicação aos sindicatos representativos da respectiva categoria profissional, e providenciará a afixação de aviso nos locais de trabalho.  (Incluído pelo Decreto-lei nº 1.535, de 13.4.1977 (BRASIL, 1943).
As regras ficam bem claras neste artigo da CLT, pois estabelece algumas regras para que seja possível a concessão de férias coletivas aos empregados, as quais devem ser cuidadosamente observadas pelo empregador para que sejam consideradas válidas.
Um requisito importante que a legislação estabelece como necessário para validar as férias coletivas é que poderão ser gozadas em até 2 (dois) períodos anuais distintos, desde que nenhum deles seja inferior a 10 (dez) dias corridos. Assim, serão inválidas as férias gozadas em períodos inferiores a 10 dias ou se dividas em 3 (três) ou mais períodos distintos.
As férias poderão ser concedidas parte como coletivas e parte individualmente, ou seja, a empresa pode conceder 10 (dez) dias de férias coletivas e os 20 (vinte) dias restantes, poderão ser concedidos individualmente no decorrer do ano, desde que este saldo seja quitado de uma única vez.
O processo para concessão das férias coletivas ainda prevê que o empregador deverá, com no mínimo 15 (quinze) dias de antecedência, formalizar as comunicações ao órgão local do Ministério do Trabalho, ao Sindicato dos trabalhadores e aos empregados da empresa através de murais de avisos.
Para os empregados menores de 18 (dezoito) e maiores de 50 (cinquenta) anos de idade, as férias terão que concedidas sempre de uma única vez.
Para os empregados contratados há menos de 12 (doze) meses, ou seja, que não completaram ainda o período aquisitivo integralmente, estes gozarão, na oportunidade, férias proporcionais ao período trabalhado, para cada mês trabalhado o gozo de férias de 2,5 dias (dois dias e meio). Para estes empregados, o período aquisitivo de férias deverá ser alterado, iniciando o novo período na data do início das férias coletivas. Mas para os empregados que possuem períodos aquisitivos completos, não há alteração.
	LINKS
Para aprender mais sobre férias anuais e férias coletivas, acesse http://www.professortrabalhista.adv.br/ferias_anuais.html.
RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
O Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho (TRCT) ou recibo de quitação, é o documento que formaliza a rescisão contratual, qualquer que seja a causa ou forma de dissolução do contrato. Este deve ter especificada a natureza de cada parcela paga ao empregado e discriminado seu valor, sendo válida a quitação, apenas relativamente às parcelas devidamente nomeadas, ou seja, agregar várias parcelas em uma pode implicar em descaracterização do pagamento.
O pagamento a que fizer jus o empregado será efetuado no ato da homologação da rescisão, em dinheiro, depósito em conta corrente do empregado ou em cheque visado, conforme acordem as partes, salvo se o empregado for analfabeto, quando o pagamento somente poderá ser feito em dinheiro. Qualquer compensação no pagamento não poderá exceder o equivalente a um mês de remuneração do empregado.
1) AVISO PRÉVIO DEMISSIONAL
Aviso Prévio Trabalhado (CLT, art. 487)
Dispõe o artigo 1º da Lei 12.506, de 11 de outubro de 2011 que: Art. 1º O aviso prévio, de que trata o Capítulo VI do Título IV da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei 5452, de 1 de maio de 1943, será concedido na proporção de 30 (trinta) dias aos empregados que contém até 1 (um) ano de serviço na mesma empresa.
Parágrafo único. Ao aviso prévio previsto neste artigo serão acrescidos 3 (três) dias por ano de serviço prestado na mesma empresa, até o máximo de 60 (sessenta) dias, perfazendo um total de até 90 (noventa) dias.
Quando o empregador conceder aviso prévio e optar pelo trabalho, a jornada de trabalho será reduzida em 2 horas sem prejuízo do salário integral. Assim, caberá ao empregado optar em entrar duas horas mais tarde, sair duas horas mais cedo, ou ainda, aumentar o horário de almoço (CLT, art.488). Ao empregado cabe também a opção de não reduzir sua jornada de trabalho em duas horas e, em contrapartida, trabalhar apenas 23 dos 30 dias do aviso.
Quando o aviso prévio trabalhado for concedido pelo empregado, considerando que a finalidade do aviso prévio é favorecer a procura de novo emprego, neste caso, como foi um pedido de demissão, pressupõe que o empregado já tenha conseguido uma nova colocação, razão pela qual a redução da jornada citada no item anterior, bem como a conversão em 7 dias corridos de falta não é garantida.
Aviso Prévio Indenizado (CLT, art. 487)
O empregador pode indenizar o aviso prévio ao empregado, ou seja, o desligamento ocorre imediatamente, porém o empregador fica obrigado a pagar no TRCT uma indenização (aviso prévio indenizado) calculada de acordo com a projeção dos trintas dias da data da dispensa. Neste caso, é computado como tempo de serviço para todos os efeitos legais, isto é, o empregador passará a ter direito a mais 1/12 avos de 13º salário e 1/12 avos de férias com seu respectivo terço constitucional.
O empregado pode pedir demissão e não cumprir o aviso prévio. Neste caso o empregador poderá descontar do empregado (das verbas rescisórias a que o mesmo tiver direito) o valor respectivo, porém, o prazo do aviso não é computado como tempo de serviço.
BASE DE CÁLCULO DA RESCISÃO
O valor base para cálculo e pagamento das verbas da rescisão de contrato será sempre a maior remuneração a que o empregado fizer jus no mês da demissão. Todas as parcelas integrantes ao salário do empregado entram na maior remuneração (Adicional Noturno, Insalubridade, Periculosidade, Horas Extras e demais proventos, exceto os dispostos nas CCTs como não passíveis de inclusão na referida remuneração).
Para cálculo das rescisões deve-se observar a legislação sobre as verbas rescisórias a que tem direito o funcionário.
	DISPENSA SEM JUSTA CAUSA
	Com menos de um ano
	Com mais de um ano
	Saldo de salários
	Saldo de salários
	Aviso Prévio
	Aviso Prévio
	Férias Proporcionais
	Férias Proporcionais
	1/3 Constitucional s/ férias
	1/3 Constitucional s/ férias
	13º salário
	Férias Vencidas
	FGTS + multa rescisória
	1/3 Constitucional s/ férias
	 
	13º salário
	 
	FGTS + multa rescisória
	DISPENSA COM JUSTA CAUSA
	Com menos de um ano
	Com mais de um ano
	Saldo de salários
	Saldo de salários
	 
	Férias Vencidas
	 
	1/3 Constitucional s/ férias
	CULPA RECÍPROCA
	Com menos de um ano
	Com mais de um ano
	Saldo de salários
	Saldo de salários
	FGTS + 20%
	Férias Vencidas
	 
	1/3 Constitucional s/ férias
	 
	FGTS + 20%
	RESCISÃO INDIRETA
	Com menos de um ano
	Com mais de um ano
	Saldo de salários
	Saldo de salários
	Aviso Prévio
	Aviso prévio
	Férias Proporcionais
	Férias proporcionais
	1/3 Constitucional s/ férias
	1/3 Constitucional s/ férias
	13º salário
	Férias Vencidas
	FGTS + multa rescisória
	1/3 Constitucional s/ férias
	 
	13º salário
	 
	FGTS + multa rescisória
	PEDIDO DE DEMISSÃO
	Com menos de um ano
	Com mais de um ano
	Saldo de salário
	Saldo de salários
	13º salário
	Férias proporcionais
	Férias proporcionais
	1/3 Constitucional s/ férias
	1/3 Constitucional s/ férias
	Férias Vencidas
	 
	1/3 Constitucional s/ férias
	 
	13º salário
	RESCISÃO ANTECIPADA DE CONTRATO A PRAZO DETERMINADO POR PEDIDO DE DEMISSÃO (REGIDO PELO ART. 481 DA CLT)
	Com menos de um ano
	Com mais de um ano
	Saldo de salários
	Saldo de salários
	13º salário
	Férias proporcionais
	Férias proporcionais
	1/3 Constitucional s/ férias
	1/3 Constitucional s/ férias
	Férias Vencidas
	 
	1/3 Constitucional s/ férias
	 
	13º salário
	RESCISÃO ANTECIPADA DE CONTRATO A PRAZO DETERMINADO SEM JUSTA CAUSA (REGIDO PELO ART. 481 DA CLT)
	Com menos de um ano
	Com mais de um ano
	Saldo de salários
	Saldo de salários
	Aviso Prévio
	Aviso Prévio
	Férias Proporcionais
	Férias Proporcionais
	1/3 Constitucional s/ férias
	1/3 Constitucional s/ férias
	13º salário
	Férias Vencidas
	FGTS + multa rescisória
	1/3 Constitucional s/ férias
	 
	13º salário
	 
	FGTS + multa rescisória
	RESCISÃO ANTECIPADA DE CONTRATO A PRAZO DETERMINADO SEM JUSTA CAUSA (REGIDO PELO ART. 479 DA CLT)
	Com menos de um ano
	Com mais de um ano
	Saldo de salários
	Saldo de salários
	Indenização do art. 479 da CLT
	Indenização do art. 479 da CLT
	Férias proporcionais
	Férias proporcionais
	1/3 Constitucional s/ férias
	1/3 Constitucional s/ férias
	13º salário
	Férias Vencidas
	FGTS + multa rescisória
	1/3 Constitucional s/ férias
	 
	13º salário
	 
	FGTS + multa rescisória
	EXTINÇÃO DO CONTRATO POR FALECIMENTO DO EMPREGADO
	Com menos de um ano
	Com mais de um ano
	Saldo de salários
	Saldo de salários
	13º salário
	Férias Proporcionais
	Férias proporcionais
	1/3 Constitucional s/ férias
	1/3 Constitucional s/ férias
	Férias Vencidas
	FGTS / Código 23
	1/3 Constitucional s/ férias
	 
	13º salário
	 
	FGTS / Código 23
	RESCISÃO ANTECIPADA DE CONTRATO A PRAZO DETERMINADO POR PEDIDO DE DEMISSÃO (REGIDO PELO ART. 479 DA CLT)
	Com menos de um ano
	Com mais de um ano
	Saldo de salário
	Saldo de salários
	13º salário
	Férias proporcionais
	Férias proporcionais
	1/3 Constitucional  s/ férias
	1/3 Constitucional s/ férias
	Férias Vencidas
	 
	1/3 Constitucional s/ férias
	 
	13º salário
	EXTINÇÃO DO CONTRATO POR FECHAMENTO DA EMPRESA
	Com menos de um ano
	Com mais de um ano
	Saldo de salários
	Saldo de salários
	Aviso prévio
	Aviso prévio
	Férias Proporcionais
	Férias Proporcionais
	1/3 Constitucional s/ férias
	1/3 Constitucional s/ férias
	13º salário
	Férias vencidas
	FGTS + multa rescisória
	1/3 Constitucional s/ férias
	 
	13º salário
	 
	FGTS + multa rescisória
	EXTINÇÃO DE CONTRATO A PRAZO DETERMINADO (INCLUSIVE O CONTRATO DE EXPERIÊNCIA)
	Com menos de um ano
	Com mais de um ano
	Saldo de salários
	Saldo de salários
	Férias proporcionais
	Férias proporcionais
	1/3 Constitucional s/ férias
	1/3 Constitucional s/ férias
	13º salário
	Férias vencidas
	FGTS
	1/3 Constitucional
	 
	13º salário
	RESCISÃO DE CONTRATO A PRAZO DETERMINADO COM JUSTA CAUSA (REGIDO PELO ART. 479 DA CLT)
	Com menos de um ano
	Com mais de um ano
	Saldo de salários
	Saldo de salários
	 
	Férias vencidas
	 
	1/3 Constitucional s/ férias
A rescisão deve ser quitada até o primeiro dia útil imediato ao término do aviso prévio trabalhado ou do contrato por prazo determinado (por exemplo, Contrato de Experiência). Até o décimo dia, contado da data da notificação da demissão, quando da ausência do aviso prévio, indenização do mesmo ou dispensa de seu cumprimento.
2) FGTS DEPÓSITOS RESCISÓRIOS
O FGTS foi criado para compensar a estabilidade do emprego, assim a cada ano trabalhado o empregado tem em sua conta vinculada aproximadamente um salário mensal. Ocorrendo a rescisão por dispensa sem justa causa, a empresa deverá recolher, na conta vinculada, aberta em nome do empregado, junto a Caixa Econômica Federal o valor correspondente a 50%, sabendo que 40% serão resgatados pelos empregados e 10% vão para o fundo, do montante de todos os depósitos realizados na conta vinculada, durante a vigência do contrato de trabalho, somado com os 8% das verbas rescisórias.
O recolhimento dos depósitos rescisórios deve ser efetuado nos seguintes prazos: até o 1º dia útil subsequente à data do efetivo desligamento do trabalhador, quando o aviso prévio for cumprido; até o 10º dia corrido, contado da data da dispensa do trabalhador, quando da ausência de aviso prévio, indenização do mesmo ou dispensa do seu cumprimento.
	Questões para reflexão
Os especialistas em finanças pessoais orientam para que as pessoas tenham uma reserva financeira e que mensalmente acrescente aproximadamente 10% da remuneração a essa reserva. O FGTS é um tipo de reserva financeira, mas o seu resgate depende das regras do Fundo Gestor. Se seguirmos a orientação dos especialistas no momento de demissão, teríamos reservas pessoais um pouco maior do que o valor do saldo do FGTS, qual sua opinião? Pense. Reflita.
CÁLCULO PRÁTICO DA RESCISÃO DO CONTRATODE TRABALHO
Vamos considerar que a empregada Fabíola Cidral foi demitida sem justa causa por iniciativa do empregador. Vamos considerar as seguintes informações:
1) Data da demissão, 18/05/2012.
2) Salário fixo, R$1.500,00;
3) Periculosidade, 30%,R$450,00;
4) Admissão, 01/02/2010;
5) Férias gozadas, somente uma em 06/2011;
6) Aviso prévio trabalhado;
7) Não têm dependentes;
8) Não tem vale transporte;
9) Saldo FGTS até o depósito abril/2012, R$3.445,85.
 
	Proventos
	Descontos
	Salário Mensal
	18d
	900,00
	INSS sobre Salários
	8%
	72,00
	13º Salário Proporcional
	5m
	625,00
	INSS sobre 13º salário
	8%
	50,00
	Férias Vencidas
	12m
	1500,00
	IRRF s/ Férias
	 
	93,20
	Adicional 1/3 férias venc
	 
	500,00
	 
	 
	 
	Férias proporcionais
	4m
	500,00
	 
	 
	 
	Adicional 1/3 férias prop
	 
	166,67
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	Soma dos proventos
	4.191,67
	Soma dos descontos
	215,20
	Líquido de rescisão a pagar
	3.976,47
Vamos detalhar o cálculo do IRRF sobre férias:
	Valor das férias
	R$2.666,67
	Aplica percentual tabela (15%)
	400,00
	(-) Parcela a deduzir
	306,80
	IRRF a descontar
	93,20
FGTS a recolher em GRRF:
	Descrição
	Cálculo
	Valor
	FGTS do mês
	(Salário R$900,00 + 13º salário R$625,00) x 8%
	122,00
	Multa s/ FGTS (empregado)
	(Saldo R$3.445,85 + FGTS do mês R$122,00) x 40%
	1.427,14
	Multa s/ FGTS (fundo)
	(Saldo R$3.445,85 + FGTS do mês R$122,00) x 10%
	356,79
	Total a recolher
	1.905,93
O empregado poderá resgatar o valor acima recolhido (somente R$1.549,14, pois não se considera o valor de 10% que vai para o fundo) acrescido do saldo anterior que havia na conta (R$3.445,85), portanto nesta simulação o valor total de R$4.994,99.
	
Portaria Nº 302, de 26 de junho de 2002
Aprova o modelo de Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho a ser utilizado como recibo de quitação das verbas rescisórias e para o saque de FGTS.
O MINISTRO DE ESTADO DO TRABALHO E EMPREGO, no uso das atribuições que lhe conferem o art. 87, parágrafo único, I, da Constituição da República Federativa do Brasil, e o art. 913 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e
CONSIDERANDO o disposto no art. 36 do Regulamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS, aprovado pelo Decreto nº 99.684, de 8 de novembro de 1990, e
CONSIDERANDO a necessidade de atualização do Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho em face das alterações legais, resolve:
Art. 1º Aprovar o modelo do Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho e suas respectivas especificações técnicas, em anexo.
Art. 2º O Termo de Rescisão de Contrato do Trabalho é o instrumento de quitação das verbas rescisórias, e será utilizado para o saque do FGTS.
Art. 3º O modelo de Termo de Rescisão de Contrato do Trabalho aprovado pela Instrução Normativa nº 2, de 12 de março de 1992 poderá ser utilizado até 31 de dezembro de 2002.
Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, revogando as disposições em contrário.
PAULO JOBIM FILHO
O anexo desta portaria determina o modelo oficial de TRCT. (BRASIL, 2002)
 
	Links
Veja o anexo da Portaria Nº 302 de 26 de junho de 2002, com o modelo e as orientações para preenchimento do TRCT – Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho.
SEGURO DESEMPREGO
O Seguro Desemprego é um benefício integrante da seguridade social, garantido pelo art. 7º dos Direitos Sociais da Constituição Federal, e tem por finalidade promover a assistência financeira temporária ao trabalhador desempregado, em virtude de dispensa sem justa causa. Além de conceder este benefício, o Programa destina-se também a auxiliar os trabalhadores em geral na busca de novo emprego, podendo, para este efeito, promover ações integradas de orientação, recolocação e qualificação profissional.
A partir de 1º de julho de 1994, entrou em vigor a Lei nº 8.900/94 (BRASIL, 1994), que estabeleceu novos critérios diferenciados para a concessão de parcelas do benefício, quais sejam:
1. [03] três parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada, de no mínimo seis meses e no máximo onze meses, nos últimos 36 meses;
2. [04] quatro parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou pessoa física a ela equiparada, de no mínimo doze meses e no máximo vinte e três meses, nos últimos 36 meses;
3. [05] cinco parcelas, se o trabalhador comprovar vínculo empregatício com pessoa jurídica ou física a ela equiparada, de no mínimo vinte e quatro meses nos últimos 36 meses (BRASIL, 1994).
	TABELA PARA CÁLCULO DO BENEFÍCIO DO SEGURO-DESEMPREGOJaneiro de 2012
	Calcula-se o valor do Salário Médio dos últimos três meses trabalhados e aplica-se a tabela
	FAIXAS DE SALÁRIO MÉDIO
	VALOR DA PARCELA
	Até R$ 1.026,77
	Multiplica-se salário médio por 0,8 (80%).
	De R$1.026,78 até R$1.711,45
	Multiplica-se R$1.026,77 por 0,8(80%); o que exceder a R$1.026,77 multiplica-se por 0,5 (50%) e somam-se as parcelas.
	Acima de R$1.711,45
	O valor da parcela será de R$1.163,76, invariavelmente.
Fonte: Ministério do Trabalho e Emprego
Obs.: 
· Salário mínimo a partir de 1o de janeiro de 2012: R$622,00.
· O valor do benefício não poderá ser inferior ao valor do salário-mínimo.
· Esta tabela entra em vigor a partir de 1o de janeiro de 2012.
	Leia a lei do Seguro desemprego atualizada com as alterações posteriores acessando
http://www.planalto.gov.br/CCIVIL/Leis/L7998.htm
3) PARA CONCLUIR
O empregador deve entender que a relação de emprego só termina após a quitação da rescisão do contrato de trabalho e as obrigações acessórias, como a documentação para o Seguro Desemprego, se for o caso.
Os cálculos da rescisão devem observar a legislação de forma rigorosa para não enseja entendimento dúbio evitando assim problemas futuros.
Juntamente como o cálculo da rescisão, obrigatoriamente o cálculo do FGTS a recolher se reveste de importância vital nesta fase final da relação de emprego.
4) RESUMO
Começamos essa fase final da relação de emprego com o Aviso de demissão que pode ser originado por ambas as partes, tanto o empregador quanto o empregado devem avisar a outra parte com no mínimo 30 dias de antecedência ao desligamento, quando isso não for possível deverá indenizar a outra parte.
Nas verbas rescisórias, deve conter no mínimo os seguintes proventos: o salário dos dias trabalhados que não entraram no último Recibo de Pagamento de Salário; o 13º salário proporcional; férias vencidas, se houver; férias proporcionais, se houver. E também deve conter no mínimo os seguintes descontos: INSS sobre salário; INSS sobre 13º salário; IRRF sobre salários, se houver; IRRF sobre férias, se houver.
O valor do FGTS deve ser calculado sobre as verbas rescisórias e a multa sobre o saldo depositado adicionado do FGTS da própria rescisão.
 
Parabéns você chegou ao final da webaula 2, agora é hora de testar seus conhecimentos respondendo as avaliações virtuais.
Desejamos a você muito sucesso. 
REFERENCIAS
BRASIL. Lei n. 4.090, de 13 de julho de 1962. Institui a Gratificação de Natal para os Trabalhadores. Brasília, 1993. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4090.htm>. Acesso em: 27 jul. 2008.
BRASIL. Lei nº 8.900, de 30 de junho de 1994. Dispõe sobre o benefício do seguro-desemprego, altera dispositivo da Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990, e dá outras providências. Brasília, 1994. Disponível em:. Acesso em: 20 jun. 2009.
SUGESTÕES DE LEITURA
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 1988a. Disponível em:. Acesso em: 10 maio 2008.
BRASIL. Decreto no 3.048, de 6 de maio de 1999. Aprova o Regulamento da Previdência Social, e dá outras providências. Brasília, 1999. Disponível em:. Acesso em: 15 maio 2008.
BRASIL. Decreto-Lei nº. 5.452, de 1º de Maio de 1943. Aprova a Consolidação das Leis do Trabalho. Brasília, 1943. Disponível em:. Acesso em: 30 jun. 2008.
BRASIL. Decreto n. 57.155, de 3 de novembro de1965. Expede nova regulamentação da Lei nº. 4.090, de 13 de julho de 1962, que institui a gratificação de Natal para os trabalhadores, com as alterações introduzidas pela Lei nº. 4.749, de 12 de agosto de 1965. Brasília, 1965. Disponível em:. Acesso em: 25 ago. 2008.
BRASIL. Lei n. 4.923, de 23 de dezembro de 1965. Dou de 29/12/65. Institui o cadastro permanente das admissões e dispensas de empregados, estabelece medidas contra o desemprego e de assistência aos desempregados, e dá outras providências. Disponível em:. Acesso em: 30 ago. 2008.
BRASIL. Portaria nº 302, de 26 de junho de 2002. Aprova o modelo de Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho a ser utilizado como recibo de quitação das verbas rescisórias e para o saque de FGTS. Brasília, 2002. Disponível em:. Acesso em: 20 jun. 2008.
BRASIL. Lei nº 5.859, de 11 de dezembro de 1972. Dispõe sobre a profissão de empregado doméstico e dá outras providências. Brasília, 1972. Disponível em:. Acesso em: 30 ago. 2008.
BRASIL. Lei nº 5.889, de 8 de junho de 1973. Estatui normas reguladoras do trabalho rural. Brasília, 1973. Disponível em:. Acesso em: 20 jun. 2008.
BRASIL. Lei nº 6.019, de 3 de fevereiro de 1974. Dispõe sobre o Trabalho Temporário nas Empresas Urbanas, e dá outras Providências. Brasília, 1974. Disponível em:. Acesso em: 27 jun. 2008.
BRASIL. Lei nº 11.482, de 31 de maio de 2007. Efetua alterações na tabela do imposto de renda da pessoa física... Brasília, 2007. Disponível em:. Acesso em: 20 jun. 2008.
BRASIL. Lei n. 6.494, de 7 de dezembro de 1977. Dispõe sobre os estágios de estudantes de estabelecimento de ensino superior e ensino profissionalizante do 2º Grau e Supletivo e dá outras providências. Brasília, 1977. Disponível em:. Acesso em: 20 jun. 2008.
BRASIL. Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990. Dispõe sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, e dá outras providências. Brasília, 1990. Disponível em:. Acesso em: 20 jun. 2008.
BRASIL. Lei nº 7.713, de 22 de dezembro de 1988. Altera a legislação do imposto de renda e dá outras providências. Brasília, 1988b. Disponível em:. Acesso em: 20 jun. 2008.
BRASIL. Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977. Altera o Capítulo V do Titulo II da Consolidação das Leis do Trabalho, relativo a segurança e medicina do trabalho e dá outras providências. Brasília, 1977. Disponível em:. Acesso em: 23 jun. 2008.
BRASIL. Lei n. 605, de 5 de janeiro de 1949. Repouso semanal remunerado e o pagamento de salário nos dias feriados civis e religiosos. Disponível em:. Acesso em: 27 jun. 2008.
BRASIL. Lei n. 7.855, de 24 de outubro de 1989. Altera a Consolidação das Leis do Trabalho, atualiza os valores das multas trabalhistas, amplia sua aplicação, institui o Programa de Desenvolvimento do Sistema Federal de Inspeção do Trabalho e dá outras providências. Disponível em:. Acesso em: 27 jun. 2008.
BRASIL. Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre a organização da Seguridade Social, institui Plano de Custeio, e dá outras providências. Brasília, 1991. Disponível em:. Acesso em: 28 jul. 2008.
BRASIL. Lei n. 8.630, de 25 de fevereiro de 1993. Dispõe sobre o regime jurídico da exploração dos portos organizados e das instalações portuárias e dá outras providências. (Lei dos Portos). Brasília, 1993. Disponível em:. Acesso em: 27 jul. 2008.
BRASIL. Portaria Interministerial MPS/MF Nº. 77, de 11 de março de 2008 - DOU de 12/03/2008. Dispõe sobre o reajuste dos benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS e dos demais valores constantes do Regulamento da Previdência Social - RPS. Brasília, 2008. Disponível em:. Acesso em: 31 ago. 2008.
COSTA, Rosânia de Lima. Rotinas trabalhistas: departamento pessoal modelo. São Paulo: Cenofisco, 2007.
OLIVEIRA, Aristeu de. Manual de prática trabalhista. 43. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

Continue navegando