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1 42 1 Profª Tatiana Dantas Marchette Educação Patrimonial Aula 1 42 2 Conversa Inicial 42 3 Responder o que é educação patrimonial é compreender o processo pelo qual a cultura adentra a prática educativa. Apresentaremos os marcos constitutivos da educação patrimonial no Brasil, considerando-se a produção bibliográfica técnica nacional sobre o tema, desde a década de 1990 até os dias de hoje Conversa inicial: o que é educação patrimonial? 42 4 O que é educação patrimonial Prática educativa mediante o uso dos bens culturais Marcos técnicos Anos 1990 Atualidade 42 5 Guia básico de Educação Patrimonial (IPHAN, 1999) 42 6 Essa publicação, editada pelo IPHAN, teve como objetivo principal estabelecer um conceito e uma metodologia a serem utilizados na educação patrimonial brasileira Conceito: “um instrumento de alfabetizac ̧ão cultural que possibilita ao indivíduo fazer a leitura do mundo que o rodeia, levando-o à compreensão do universo sociocultural e da trajetória histórico-temporal em que está inserido” (Horta; Grunberg; Monteiro, 1999, p. 6) Guia básico de Educação Patrimonial (IPHAN, 1999) 1 2 3 4 5 6 2 42 7 Metodologia: apresentar fundamentos metodológicos multidisciplinares a fim de aplicar, em qualquer ambiente escolar, por meio das evidências materiais e em quatro etapas: Observação/identificação do objeto Registro/fixação do conhecimento sobre o objeto Exploração/interpretação a respeito do objeto Apropriação/valorização patrimonial do objeto Guia básico de Educação Patrimonial (IPHAN, 1999) 42 8 Guia básico de Educação Patrimonial (IPHAN, 1999) Ivan Marjanovic / Shutterstock 42 9 Um dos principais efeitos do Guia básico de Educação Patrimonial não foi teórico, apesar de consolidar um conceito de EP. Ele apresenta fundamentos metodológicos multidisciplinares com o fim de aplicar, em qualquer ambiente escolar, ações didáticas práticas para o conhecimento do passado Guia básico de Educação Patrimonial (IPHAN, 1999) 42 10 Tal publicação congelou uma ideia de patrimônio como algo que emana das decisões governamentais e que, no tocante à população, a sua função seria passiva (a de ser alfabetizada culturalmente), ou seja, a de apenas conhecer o que foi elencado como bem patrimonial com o objetivo de contribuir para sua preservação Guia básico de Educação Patrimonial (IPHAN, 1999) 42 11 Guia básico de Educação Patrimonial (1999) Conceito & metodologia Ações didáticas Alfabetização cultural Congelamento da noção de patrimônio 42 12 Manual de Atividades Práticas de Educação Patrimonial (2007) 7 8 9 10 11 12 3 42 13 Esse manual, editado pelo IPHAN, situa-se em um contexto quando se iniciava a consolidação da noção de diversidade e participação social a guiar a política pública de patrimônio cultural em todos os seus âmbitos Manual de Atividades Práticas de Educação Patrimonial (2007) 42 14 Atividades destinadas para crianças, jovens e adultos inseridos no ensino formal e não formal Obedece às mesmas fases estipuladas no Guia básico de Educação Patrimonial: observação, registro, exploração e apropriação O próprio IPHAN somente iria avançar em reflexões e orientações sobre a educação patrimonial justamente a partir de 2009, quando do estabelecimento das Casas do Patrimônio Manual de Atividades Práticas de Educação Patrimonial (2007) 42 15 Manual de Atividades Práticas de Educação Patrimonial (2007) mariyaermolaeva / Shutterstock 42 16 Manual de Atividades Práticas de Educação Patrimonial (2007) Metodologia do Guia Básico de Educação Patrimonial (1999) Contexto de mudança da noção de patrimônio Diversidade cultural Participação social 42 17 Casas do Patrimônio (2009) 42 18 Qual a relação entre Casas do Patrimônio e a educação patrimonial para o avanço das políticas de proteção e preservação do patrimônio cultural brasileiro? Casas do Patrimônio 13 14 15 16 17 18 4 42 19 Na dinâmica das Casas do Patrimônio, a Educação Patrimonial adquiriu um caráter transversal e interdisciplinar, envolvendo instituições educacionais formais e não formais com a participação de artistas, agentes culturais e a sociedade organizada vinculada a cada unidade/Casa. Casas do Patrimônio 42 20 A partir da criação de Casas do Patrimônio, o trato com a educação patrimonial foi ganhando o mesmo status do que é tradicionalmente dispensado ao patrimônio cultural. Se este último é alvo, desde 1937, das ações de identificação, proteção, conservação e preservação, o caráter transversal e interdisciplinar da EP lhe proporcionou uma função integradora na composição do patrimônio cultural brasileiro; a EP adquiriu potencialidade para gerar reconhecimento, valorização e preservação patrimoniais Casas do Patrimônio 42 21 Casas do Patrimônio (2008-2009) Carta de Nova Olinda Gestão compartilhada Educação patrimonial & valorização dos bens culturais Composição do patrimônio cultural 42 22 Casas do Patrimônio SL-Photography / Shutterstock 42 23 Programa Mais Educação (2011) 42 24 Criado em 2011, pelo Ministério da Educação, como forma de implantar a Educação Integral nos espaços educativos a interface entre esse programa e o então Ministério da Cultura (extinto em 2019) foi no sentido de inserir a educação patrimonial para que o conhecimento extrapolasse a escola em si, ganhando vida nos bairros e nas cidades por meio da interação dos alunos com os bens culturais Programa Mais Educação 19 20 21 22 23 24 5 42 25 Metodologia: Reconhecimento, partindo dos alunos, do patrimônio local, mediante o preenchimento de fichas informativas com o fim de organizar as categorias patrimoniais: lugares, objetos, celebração, formas de expressão e saberes Programa Mais Educação 42 26 Efeito: Avanço em relação à metodologia do Guia...: Um objeto material foi formalizado em patrimônio x novos olhares coletivos foram privilegiados sobre o patrimônio desde um processo educativo dialógico Programa Mais Educação 42 27 Programa Mais Educação (2011) Nova metodologia Categorias/referências culturais Olhar coletivo Diversidade 42 28 Casas do Patrimônio Marcio Jose Bastos Silva / Shutterstock 42 29 Educação Patrimonial: Histórico, Conceitos e Processos (2014) 42 30 Registrou o histórico das ações de EP protagonizadas por esse órgão federal em um momento de forte crescimento do processo de aprendizagem, que se dá por meio da utilização dos bens culturais como recursos educativos Educação Patrimonial: Histórico, Conceitos e Processos (2014) 25 26 27 28 29 30 6 42 31 O conteúdo dessa publicação de 2014 é dividido em três capítulos, além da bibliografia e documentos anexos, perfazendo cinco partes: Percurso histórico Educação patrimonial: princípios e diretrizes conceituais Macroprocessos institucionais Bibliografia Anexos Educação Patrimonial: Histórico, Conceitos e Processos (2014) 42 32 Efeito: Deixa extremamente clara a obrigatória presença do Estado como força motriz com potência única para criar espaços, meios, estruturas, projetos e programas que articulam patrimônio cultural e educação Educação Patrimonial: Histórico, Conceitos e Processos (2014) 42 33 Histórico, Conceitos e Processos (2014) Macroprocessos Fortalecimento da educação patrimonial Patrimônio & educação = dialogismo Estado/sociedade 42 34 Na Prática 42 35 Escreva, com suas palavras, um breve histórico da educação patrimonial e sua relação com os direitos constituídos. Para tanto, você deve pesquisar os documentos citados na bibliografia (editados pelo IPHAN e disponível na página desse órgão na internet), bem como a constituição de 1988, incluindo pesquisa própria de dados e demais informações 42 36 Finalizando 31 32 33 34 35 36 7 42 37 Vimos que a EP não se atém a questões pertinentes somente ao universo daeducação, pois se trata de uma apropriação dialógica do patrimônio cultural por meio de processos educativos. Portanto, na medida em que as noções referentes ao patrimônio cultural se transformam, a educação patrimonial, do mesmo modo, toma outras feições, cuja tendência é a de abarcar o mais amplo espectro social, tornando inclusiva a interface entre sociedade e bens culturais Finalizando 42 38 Finalizando Monkey Business Images / Shutterstock wtondossantos / Shutterstock 42 39 Processos educativos dialógicos Mudança da noção de patrimônio Mudança da noção de EP Sociedade & bens culturais Constituição de um rico e representativo patrimônio cultural 42 40 Referências 42 41 HORTA, M. de L. P.; GRUNBERG, E.; MONTEIRO, A. Q. Guia básico de educação patrimonial. Brasília: IPHAN/Museu Imperial, 1999. INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL. Carta de Nova Olinda. Brasília, DF: Iphan, 2009. 42 42 INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL. Educação patrimonial: histórico, conceitos e processos. Brasília, DF: Iphan, 2014. INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL. Portaria n. 137, de 28 de abril de 2016. Estabelece diretrizes de Educação Patrimonial no âmbito do Iphan e das Casas do Patrimônio. Brasília, DF, 2016. 37 38 39 40 41 42 8 42 43 43