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EXAME FÍSICO DO APARELHO LOCOMOTOR

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EXAME FÍSICO DO APARELHO LOCOMOTOR
1 – INTRODUÇÃO
O aparelho locomotor é formado por ossos ou tecido ósseo, possuí uma forma rígida de tecido conjuntivo, que forma a maior parte do esqueleto. O sistema esquelético de um adulto é formado por mais de 200 ossos. São esses ossos que constituem a estrutura de sustentação do corpo. (BARROS & et al - 2010)
O exame físico do sistema musculoesquelético emprega as técnicas de: palpação óssea, grau de mobilidade, inspeção, palpação dos tecidos moles por segmentos, exame de força motora e sensibilidade neurológica. O exame físico locomotor se divide em estático e dinâmico. Sendo no primeiro a inspeção, no segundo a palpação e os movimentos. (VIANA e PETENUSSO - 2012)
2 – OBJETIVO
Apresentar como é feito a avaliação do aparelho locomotor, de como podemos identificar anormalidades anatômicas, como avaliar a estrutura locomotora e como se examina o cliente em toda extensão corporal anatômica.
3. REVISÃO DA LITERATURA
3.1 – Anatomia e Fisiologia do Sistema Locomotor
O sistema musculoesquelético é formado por ossos, músculos e articulações. Temos em nosso corpo 206 ossos, que formam o esqueleto axial: cabeça e tronco e o esqueleto apendicular: membros, ombros e quadril. (BARROS & et al - 2010)
O nosso corpo é formado por três tipos de músculos: cardíaco, liso e esquelético. Sendo o nosso sistema musculoesquelético formado por 650 músculos voluntários que se encontram sob controle consciente. (WEBER - 2007)
O nosso esqueleto tem a função de: proteger os órgãos vitais, auxiliar no movimento do corpo, produzir células sanguíneas, suportar os tecidos, fornecer uma área de armazenamento para fósforo, cálcio e sais minerais. (BARROS & et al - 2010)
Os nossos ossos são classificados em: ossos curtos que são de forma cubóide esses tipos de ossos são encontrados no pulso e pé. Ossos longos que consistem de uma haste ou diáfise contendo duas extremidades com o nome de epífise. A diáfise é encontrada no interior do canal medular. Os ossos planos são encontrados nas regiões que necessitam de proteção como: ossos do crânio e costela. Os ossos sesamóides são geralmente pequenos e arredondados, são encontrados no tecido facial e tendões. Ossos irregulares constituem a mesma estrutura básica dos ossos curtos e planos. (BARROS & et al - 2010)
3.2 - EXAME DO APARELHO LOCOMOTOR
3.2.1 – Exame de Força Muscular
Para avaliar o exame da força muscular do paciente solicitam-se algumas manobras ou atividades, enquanto o profissional verifica a capacidade de força. (BARROS & et al - 2010)
Para avaliar a força muscular deve-se solicitar ao paciente um aperto de mão, com isso pode-se avaliar a capacidade de apreensão. Para avaliar o bíceps do paciente, deve-se orientá-lo que estenda plenamente o braço e em seguida o flexione, enquanto isso se aplica a resistência para impedir a flexão. Para avaliar os membros inferiores usa-se a mesma situação, que diferencia e que se pede ao paciente para elevar o tornozelo, enquanto aplica-se a resistência. (BARROS & et al – 2010; VIANA e PETENUSSO - 2012)
Já para os estudiosos “Rossi e Mistrorigo” (Apud Ganong, 1993) propõem para a avaliação da força muscular uma escala, essa escala é composta por 5 tipos de grau e medida em porcentagem de 100% a 0%.
Vejamos o quadro abaixo:
Grau 5 – 100% ou normal: neste grau o movimento é normal, com reação ativa contra resistência total, força normal.
Grau 4 – 75% ou bom: neste grau o movimento é normal, tendo apenas força suficiente para vencer a gravidade, ou seja, movimentação ativa contra resistência parcial, fraqueza discreta.
Grau 3 – 50% ou regular: neste grau o paciente tem o movimento completo, mas sua força é suficiente para vencer a gravidade, fraqueza média.
Grau 2 – 25% ou pobre: neste grau o paciente tem o movimento completo, mas só consegue fazer o movimento auxiliado pelo examinador, ADM limitada.
Grau 1 – 10% ou traço: neste grau o paciente tem tremor discreto durante a contração, fraqueza grave.
Grau 0 – 0% ou zero: neste grau o paciente não possui evidência de contração muscular, paralisia. (BARROS & et al - 2010)
3.2.2 – Exame Físico do Grau de Mobilidade
Temos dois tipos de movimentação, normal e anormal. Na movimentação normal há uma sincronia nos movimentos havendo uniformidade, ritmo e simetria. O mesmo não acontece na movimentação anormal, existe uma distorção ou unilateralização, podendo ocorrer a movimentação involuntária tais como: tremores de parkinsoniano emotivo ou as mioclonias (lesão medular). Podemos pesquisar a mobilidade de duas maneiras: na forma ativa e passiva. Na ativa o paciente consegue se movimentar com sua própria força, já na mobilidade passiva o paciente não tem participação, mas isso nunca acontece com a ausência total de participação do paciente, pois na maioria das vezes os pacientes tentam auxiliar a manobra. (BARROS & et al - 2010; VIANA e PETENUSSO - 2012).
Quando se avalia o grau de mobilidade em pacientes, esse grau varia de paciente para paciente, por isso se torna necessário que se faça uma avaliação de todos os segmentos corporais como: coluna lombar, joelho, ombro, cotovelo, coluna cervical, punho e mão, quadril e pelve, tornozelo e pé. A avaliação deve ser iniciada com a movimentação ativa, se o paciente tiver alguma dificuldade para fazer a avaliação ativa, deve-se utilizar a movimentação passiva para poder detectar a causa dessa alteração. (BARROS & et al - 2010)
3.2.3 – Exame Físico da Coluna Cervical
Para avaliar à coluna cervical é necessário avaliar a capacidade de mobilidade da cabeça. Para que esse exame aconteça de maneira eficaz, é necessário que se coloque o paciente sentado, e comecemos observando se há alguma deformidade, em seguida devem-se palpar os processos espinhosos, devemos examinar os movimentos passivos. Em um primeiro momento para fazer a flexão cervical deve-se pedir ao paciente que encoste o queixo na face do tórax. Já na extensão da coluna cervical o paciente deve mover a cabeça olhando para o teto. Continuando o exame físico devemos pedir para o paciente fazer uma rotação lateral fazendo com que o mesmo movimente a cabeça de um lado para o outro até o seu queixo alinhe-se com o seu ombro. Em seguida pedimos ao paciente que faça uma inclinação lateral, explicando que o mesmo deve tentar tocar o ombro com a orelha, com isso teremos um ângulo normal de 45%. (BARROS & et al – 2010; VIANA e PETENUSSO – 2012; WEBER - 2007)
3.2.4 – Exame Físico do Ombro
Para avaliarmos os ombros, devemos observar durante os movimentos de rotação interna, abdução, rotação externa e adução. No movimento de rotação externa e abdução o paciente deve alcançar com o braço por trás da cabeça, alcançando a borda superior da escápula contralateral. Já na rotação interna e adução o paciente deverá alcançar o acrômio contralateral com o braço, tocando o ângulo inferior da escápula contralateral. Enquanto o paciente faz os movimentos pedidos, deve-se observar a simetria de cada movimento e a presença de algia. BARROS & et al – 2010; VIANA e PETENUSSO – 2012; WEBER - 2007)
Quando o paciente fizer a extensão que é feita com os braços abduzidos a 90°, o cotovelo deve ser mantido em linha reta, as palmas das mãos devem retornar para cima em supinação, deve-se continuar o movimento de abdução, encontrando-se as mãos por cima da cabeça. (BARROS & et al – 2010; VIANA e PETENUSSO – 2012; WEBER - 2007)
As articulações devem ser avaliadas por meio da inspeção, sendo os movimentos ativos e passivos. Tendo uma segunda fase que é a palpação.
3.2.5 - Exame Físico do Cotovelo
Os movimentos usados no movimento físico do cotovelo são: flexão, extensão, supinação e pronação. Na flexão o paciente precisa flexionar o cotovelo, tocando a face anterior do ombro com a mão, na extensão é dado o limite no ponto do olecrano (é uma grande eminência que compreende a porção proximal e posterior da ulna) onde se encontra a fossa olecrâniana (saliência óssea do cúbito que fica localizada atrás do cotovelo), na supinação a mobilidade é feita com a flexão do cotovelo a 90°, tendo como base o nível dacintura, punho cerrado, palma da mão voltada para baixo, e em seguida pede-se ao paciente que volte a mão para cima, na pronação a avaliação é feita com os cotovelos fletidos na altura da cintura, tendo a palma da mão voltada para cima atingindo dessa maneira a posição completa. (BARROS & et al – 2010; VIANA e PETENUSSO – 2012; WEBER - 2007)
3.2.6 - Exame Físico Mãos e Punhos
A avaliação das mãos e punhos deve ser feitas da seguinte forma: flexão e extensão do punho nesse momento pedem-se ao paciente que flexione e estenda o braço. No desvio ulnar e radial pede-se que o paciente mova o punho de um lado para o outro, com esse movimento acontece os desvios ulnar e radial. A supinação e pronação são feitos com os cotovelos. Flexão e extensão digital é feito com o punho cerrado pedindo ao paciente que estenda os dedos, em seguida que ele flexione os dedos tocando a palma da mão. Na abdução e adução digital: solicita-se que o paciente afaste os dedos uns dos outros e em seguida torne a aproximá-los. Na flexão do polegar: o mesmo deve cruzar a mão tocando o dedo mínimo; tensão do polegar: deve-se mover o polegar para fora dos dedos; oponência: o paciente irá tocar todos os dedos com o polegar. (BARROS & et al – 2010; VIANA e PETENUSSO - 2012; WEBER - 2007)
3.2.7 – Exame Físico Quadril
Para avaliarmos o quadril e pelve são usados os seguintes movimentos; abdução, adução, flexão, extensão e rotação externa, extensão e rotação interna e externa. Na abdução o paciente precisa afastar o máximo a perna. Já na adução é necessário que o paciente cruze as pernas alternando entre a perna direita e a esquerda. Na flexão o joelho deve ser levado até o tórax. Extensão: paciente sentado com os braços cruzados, costa ereta. (BARROS & et al – 2010; VIANA e PETENUSSO – 2012; WEBER - 2007)
3.2.8 – Exame Físico Joelhos
Os joelhos são avaliados através de três mobilidades que são: flexão, extensão e rotação interna e externa. Na flexão o paciente precisa ser capaz de fletir os joelhos simetricamente até ficar de cócoras. Extensão deve ser observada se os joelhos estão estendidos, na rotação interna e externa o pé deve ser rodado no sentido medial e lateral. (BARROS & et al – 2010; VIANA e PETENUSSO – 2012; WEBER - 2007)
3.2.9 – Exame Físico Coluna Lombar
Para a avaliação da coluna lombar é pedido que o paciente se curve o máximo possível para frente tendo que manter os joelhos estendidos e tentar tocar os pés. Na extensão o paciente precisa se curvar o máximo para trás, o examinador ajudará apoiando com as mãos a espinha ilíaca. Inclinação lateral é pedido ao paciente que se incline a direita ao máximo e em seguida é feito a mesma coisa com o lado esquerdo. Rotação lateral nesse momento o paciente gira a pelve o ombro posteriormente. (BARROS & et al – 2010; VIANA e PETENUSSO – 2012; WEBER - 2007)
3.2.10 – Exame Físico da Marcha
A marcha tem como função locomover o corpo de um lado para o outro, sendo dividido em duas fases: fase de balanço, quando o membro sofre um avanço ou translação; fase de apoio: quando ficamos de pé e o mesmo suporta o peso. (BARROS & et al -2010)
Iniciamos a marcha normal com o calcanhar no solo, tendo o apoio da borda lateral do pé, do antepé e dos dedos, aos poucos o calcanhar vão se deslocando do solo. Dessa mesma maneira ocorre com o antepé e com o hálux. Depende da marcha para ocorrer o equilíbrio. Existem alterações, que dependem do tipo de lesão, podendo ser elas: neurológicas, ortopédicas ou reumatológicas. (BARROS & et al – 2010; VIANA e PETENUSSO - 2012)
Exame físico da marcha deve ser realizado no momento de deambulação normal. Para avaliar o paciente deve-se pedir que ele se levante e nesse momento devemos observar se o mesmo usa os braços para se apoiar, se necessita de auxilio ou usa bengala, andador, prótese ou órtese. Deve-se observar na marcha se o paciente tem contato total dos pés no solo, os movimentos a posição, força da marcha, ritmo e passo. (BARROS & et al – 2010; VIANA e PETENUSSO - 2012)
Vejamos o quadro a seguir classificando os tipos de marcha:
Quadro 1- Tipos de Marcha
	Marcha espástica: o paciente não consegue flexionar e fazer a extensão dos membros inferiores, tornando-se o quadril rígido e comprometendo a marcha pela adução e rotação.
	Marcha talomante: o paciente bate fortemente os calcanhares no solo ao mudar de passo.
	Marcha braquibásica: o paciente demonstra que os pés estão pesados e que não consegue levantá-los, por isso arrasta os pés.
	Marcha escavante: o paciente não consegue fazer flexão dorsal do pé, pois quando caminha apóia primeiro a ponta dos pés e, seguida o calcâneo, essa marcha geralmente é vista em pacientes que tiveram AVC.
	Marcha claudicante: nesta marcha o paciente ao andar manca para um dos lados, isso ocorre devido insuficiência arterial ou lesão no aparelho locomotor.
	Marcha anserina: essa marcha é apresentada em pacientes que tem excesso de peso no abdome, ex: mulher grávida.
	Marcha em bloco: o paciente ao se locomover apresenta uma marcha lenta com a cabeça e o tronco inclinados para frente, e sua principal característica é a de não conseguir ultrapassar o obstáculo, isso ocorre na síndrome parkinsoniana.
	Marcha parkinsoniana: o paciente nesta marcha não tem movimentos nos braços, a cabeça fica inclinada para frente, apresenta no seu andar passos diminuídos e rígidos.
	Marcha ceifante: essa marcha é característica em pacientes hemeparéticos, que ao deambular não consegui flexionar o membro farético, quando isso acontece ocorre a abdução do quadril e a circundação em foice do membro inferior.
	Marcha cerebelar: essa marcha é comum em pacientes com doenças cerebelares, com intoxicação alcoólica ou barbituícas, nesse exame é pedido que o paciente deambule de costas, quando estiver marchando de costas e fizer em estrelas, isso indica que o paciente tem problemas no cerebelo.
	Marcha distônica: nessa marcha o paciente é caracterizado por movimentos de flexão, tendo extensão e rotação do pescoço associado a caretas e movimentos rápidos dos braços e dedos, características de paralisia cerebral.
	Marcha em tesoura: nessa marcha o paciente deambula na ponta dos pés e coloca uma perna a frente da outra.
	Marcha em estrela ou vestibular; nessa marcha o paciente marcha de frente e volta de costas com os olhos fechados desenhando no chão uma estrela.
Fonte: MORAIS JUNIOR - 2014
4 - CONCLUSÃO
Ao pesquisarmos sobre o exame físico do aparelho locomotor, vimos a importância do aparelho locomotor, e de como devemos examinar o pacientes a fim de identificar doenças e anomalias.
Com esse exame físico do aparelho locomotor podemos analisar se o paciente teve algum tipo de problema neurológico ou de paralisia.

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