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Profa. Juliana Fonteles As DCV são ainda responsáveis por alta frequência de internações, ocasionando custos médicos e socioeconômicos elevados; Como exemplo, em 2007 foram registrados 1.157.509 internações por DCV no SUS. Em relação aos custos, em novembro de 2009, houve 91.970 internações por DCV, resultando em um custo de R$165.461.644,33 (DATASUS). A principal causa de morte em todas as regiões é o Acidente Vascular Cerebral; Entre os fatores de risco para mortalidade, a hipertensão arterial explica 40% das mortes por AVC A mortalidade por doença cardiovascular aumenta progressivamente com a elevação da pressão arterial . VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão 2010. • Entende-se pelo termo Acidente Vascular Cerebral (AVC), todas as alterações nas quais uma área cerebral, é transitória ou definitivamente afetada por isquemias e/ou hemorragias,nas quais, um ou mais vasos cerebrais são envolvidos num processo patológico. •A atividade funcional do sistema nervoso central depende de um processo de oxidação de carboidratos e não pode, MESMO TEMPORARIAMENTE, ser sustentada por metabolismo anaeróbio. •A parada da circulação cerebral por mais de 7 segundos leva o indivíduo à perda da consciência. •Após cerca de 5 minutos, começam aparecer lesões que são irreversíveis. •Os processos patológicos que acometem os vasos cerebrais interrompem a circulação de determinadas áreas encefálicas causando lesões nervosas. •O acidente vascular cerebral (AVC) resulta da restrição na irrigação ao cérebro, causando lesão celular e danos às funções neurológicas. Anatomia e fisiologia: O metabolismo encefálico é quase exclusivamente aeróbio, de modo que os neurônios dependem da irrigação sanguínea contínua. O cérebro possui uma irrigação abundante e anatomicamente diversificada. Epidemiologia: • Quanto maior a idade maior o risco para o AVC; • Incidência maior em homens e negros; Fatores de risco: • Hipertensão • Diabetes Mellitus • Dieta rica em sal • Tabagismo • Anticoncepcionais orais Tipos De Acidente Vascular Cerebral: Acidente Vascular Isquêmico Acidente Vascular Hemorrágico AIT- Ataques Isquêmicos Transitórios AVCI: • Causado por obstrução de uma das artérias cerebrais importantes (média, posterior, anterior, vertebrobasilar) • Geralmente devem-se a: • Êmbolos que são deslocados de outras partes do corpo como coração e vasos do pescoço; • Patologias que causem baixa perfusão cerebral • Privam o cérebro de glicose e oxigênio. Geralmente o paciente queixa-se de dor de cabeça e o desenvolvimento de hemiparesias e ou disfasia é rápido. A hemiplegia no início é flácida, contudo em algumas semamas evolui para a espasticidade . Nem sempre há perda de consciência. AVCH: • Geralmente ocorre em pacientes com história de hipertensão (as paredes arteriais ficam enfraquecidas desenvolvendo herniações ou microaneurismas que podem romper). Hemorragia Aumento da PIC Lesão do tecido cerebral. Em 50% dos casos há perda da consciência. O inicio é caracterizado quase sempre por fortes cefaléia associada a vômitos. Sinais hemiplégicos (paresia) e hemisensoriais. O prognóstico inicial é grave. Quanto mais rápido o hematoma, proeminente da hemorragia for reabsorvido seja naturalmente ou cirurgicamente melhor será o prognóstico. AIT: • Sintomas de déficit neurológico não perduram por mais de 24hrs; • Após o término do AIT, não há evidência de dano cerebral; • Precursor de susceptibilidade ao infarto cerebral; • São em geral causados por microembolismos de pequenos agregados plaquetários de placas de aterosclerose ulceradas nas grandes artérias extracranianas, ou das válvulas cardíacas. •O Encéfalo é irrigado pelas artérias Carótidas Internas e Vertebrais, que na base do crânio formam o polígono de Willis. •Do Polígono de Willis saem as principais artérias para a vascularização cerebral a partir de dois sistemas de irrigação encefálicos: • Sistema Carotídeo Interno; • Sistema Vértebro-basilar. Sistema Carotídeo Interno: Artéria Cerebral Média (ACM) Artéria Cerebral Anterior (ACA) Artéria Oftálmica Artéria Coróidea Anterior Artéria Comunicante anterior Alterações motoras, de sensibilidade, linguagem e comportamento. Sistema Vértebro-basilar ◦ Artérias vertebrais; ◦ Basilar; ◦ Artérias Cerebelares; ◦ Artérias Cerebrais Posteriores ◦ Artéria Labiríntica ◦ Artérias Pontíneas Alterações de equilíbrio, dos nervos cranianos, e visuais. ARTÉRIA ANTERIOR ARTÉRIA MÉDIA PARESIA DE MMII, COM MENOR COMPROMETIMENTO DE MMSS AFASIA DE BROCA INCONTINÊNCIA URINÁRIA APRAXIA LENTIDÃO NA CINÉTICA PARESIA DE ROSTO, MMSS E MMII E ALTERAÇÃO DE SENSIBILIDADE (DOR, TEMPERATURA, TOQUE, VIBRAÇÃO, ESTEROGNOSIA) AFASIA DE WERNICK DIFICULDADE DE PERCEPÇÃO ATAXIA ARTÉRIA POSTERIOR PROSOPAGNOSIA AGNOSIAS VISUAIS DISLEXIA PERDA DE MEMÓRIA COMPROMETIMENTO SENSORIAL MOVIMENTOS INVOLUNTÁRIOS APESAR DA IRRIGAÇÃO DO LOBO FRONTAL SER PRIORIDADE DA ARTERIA ANTERIOR PARTE DE SEU SUPRIMENTO TAMBÉM É REALIZADO PELA MÉDIA. DESSA A PRIORIDADE É O LOBO TEMPORAL E PARIETAL. 1. Déficit motor 2. Alteração no tônus: FLACIDEZ------ ESPASTICIDADE 3. Reações associadas- Movimentos estereotipados 4. Reflexos anormais: RTCS/ RTCA 5. Clônus 6. Babisnki + 7. Hipertonia espástica- Sinal de canivete 8. Déficit sensorial 9. Dor 10. Déficit visual O estiramento do músculo de um paciente portador de espasticidade resulta em contração reflexa muito intensa e quanto mais rápido o fisioterapeuta movimentar um membro espástico, maior será o aumento do tônus muscular. Aumento no ganho do reflexo miotático e da redução do seu limiar. •A hipertonia espástica é uma característica da síndrome do neurônio motor superior; •Ocorre alterações dos reflexos neural e miotático; •Alterações mecânicas; •Atrofia e desuso---- Redução do numero de sarcômeros; •Aumento de colágeno; (Inst. Machado de Assis, Água Doce do Maranhão- MA, 2016) Ao avaliar um paciente com AVE (Acidente vascular encefálico), o fisioterapeuta Pedro, no hospital da prefeitura, verifica que há um aumento considerável do tônus muscular, com resistência ao movimento passivo. Essa descrição é compatível, na escala de Ashworth modificada, com o grau: (A) 0. (B) 1. (C) 2. (D) 3. (CONPASS, Dona Inês-PB, 2016) A espasticidade é uma desordem motora caracterizada pela hiperexcitabilidade do reflexo de estiramento, velocidade dependente, com exacerbação dos reflexos profundos e aumento do tônus muscular. A Escala Modificada de Ashworth é a escala mais utilizada na avaliação da espasticidade. Sobre a mesma assinale a alternativa CORRETA: A) No grau zero de espasticidade o paciente não realiza o movimento devido ao alto grau de espasticidade. B) No Grau 1 de espasticidade há um leve aumento do tônus muscular com mínima resistência em menos da metade do movimento. C) No Grau 1+ de espasticidade há um leve aumento do tônus muscularcom mínima resistência no final do movimento. D) No grau 3 de espasticidade o segmento afetado é rígido em flexão ou extensão. E) No grau zero de espasticidade o tônus muscular está normal. Distúrbios da fala; Disfagia; Perda do equilíbrio e coordenação; Déficit cognitivo; Déficit de percepção; Sub-luxações Não escolher posturas que levem a: • Sinergismos; • Úlceras de decúbito; • Contraturas; • Deformidades posturais; Posicionamento Amplitude de movimentos Fortalecimento de mmss e mmii Controle postural Equilíbrio Coordenação Redução do tônus Marcha Uso da eletroestimulação funcional- AMBULATORIAL Depende de uma boa avaliação Início da terapia precocemente Interação entre profissionais, família e paciente Horário da intervenção Repouso Ambiente Feedback positivo Acerca do tratamento fisioterapêutico nas repercussões do acidente vascular encefálico (AVE), assinale a opção correta: a. A eletroterapia, com o uso de FES, é indicada durante a fase crônica e contraindicada na fase aguda do AVE; b. O tratamento fisioterapêutico possui pouca influência na força e no risco de quedas de pacientes com sequelas de AVE; c. A bengala de três pontos de apoio no solo proporciona os mesmos benefícios que a bengala de um ponto de apoio no solo; d. Em ambiente hospitalar, após instalação de quadro de AVE, é recomendada a mobilização articular no intuito de preservar a função residual e o nível de independência do paciente. e. Em pacientes que evoluem com padrão espástico e contraturas, é contraindicada a realização de alongamentos e exercícios que objetivem aumento da amplitude de movimento. (FURB, Blumenau-SC, 2016) A hemiplegia tem por definição a paralisia completa dos membros superiores e inferiores do mesmo lado do corpo. Sobre as hemiplegias, assinale a alternativa correta: (A) O paciente hemiplégico desenvolve síndrome do impacto, entre outros, além da sequela motora e/ou sensitiva no hemicorpo, quadros patológicos secundários, como o ombro doloroso, podendo estar relacionado com subluxação escápulo-umeral, capsulite adesiva do ombro. (B) Segundo a OMS, o paciente hemiplégico possui três estágios de recuperação. O primeiro estágio – da hipertonia – caracteriza-se pela perda motora geral e/ou perda sensorial severa. O braço fica caído, e o paciente não consegue firmar-se no espaço devido à fraqueza muscular. É o mais incapacitante dos três estágios. (C) O Fisioterapeuta deve orientar o paciente hemiplégico a usar em casa uma bolinha de borracha macia para exercitar as mãos. O paciente deve realizar os movimentos de flexão de punho e dedos como estímulo para inibir o padrão de extensão de punho. (D) O paciente hemiplégico deve sempre fazer uso de equipamentos auxiliares para a marcha, de forma a evitar a marcha independente quando não estiver no ambiente da clínica devido ao risco de quedas. Profa: Juliana Fonteles O TCE é uma frequente causa de morte e ocorre decorrente de uma força mecânica externa que se choca contra a cabeça; A incidência é maior no sexo masculino; O comportamento influe na predisposição ao trauma; As taxas estão relacionadas com o perfil sócioeconômico. Quedas Acidentes automobilísticos Agressão física Arma de fogo Esporte Trauma por pressão: • Ocorrem quando a cabeça em repouso sofre impacto de um objeto sólido; • Produzem fraturas cranianas( risco de desenvolver lesões intracranianas) e lesão focal no local do impacto. Traumas por aceleração-desaceleração: • São causados quando a cabeça em movimento se choca com um objeto fixo.; • Lesões em chicote ou contragolpe. Concussão ( alteração da consciência/ perda da memória); Contusão (equimose ou hemorragia dos giros dos hemisférios cerebrais); Fraturas cranianas; Hemorragias. Edema encefálico PIC elevada; Alterações hipóxico-isquêmicas; Eventos neuroquímicos (transmissores excitatórios e radicais livres de O2); Hidrocefalia; Infecção; Convulsões; A hipertensão intracraniana (HIC) é uma condição clínica que acomete muitos pacientes em unidades de tratamento intensivo (UTI), tendo como origem diferentes anormalidades, tanto do sistema nervoso central como sistêmicas; O correto tratamento da HIC exige monitorização contínua da função cerebral através de parâmetros clínicos associados a recursos tecnológicos.; O exame clínico nem sempre fornece informações suficientes para dimensionar o grau de HIC; A monitorização da pressão intracraniana (PIC) é o único método aceito indiscriminadamente como forma para o diagnóstico seguro do aumento da pressão intracraniana, assim como para o tratamento da HIC em algumas situações clínicas; É definida como a pressão exercida por unidade de área da superfície interna da caixa craniana; Caixa craniana: • Componente parenquimatoso; • Componente liquórico; • Componente vascular; Quando ocorre alteração de um dos componentes, outros precisam compensar; Sistema de auto-regulação cerebral; Falha no sistema ----- PIC elevada; A pressão intracraniana varia com a idade, sendo: 8 a 10 mmHg considerados valores normais para lactentes; Hipertensão intracraniana PIC acima de 20 mmHg, persistindo por mais de 20 minutos (SARMENTO). PIC< 10mmHG- NORMAL PIC entre 10 e 20 mmHg- LEVEMENTE AUMENTADA PIC entre 21 e 40mmHg- MODERADAMENTE AUMENTADA PIC ACIMA DE 40 mmHg- GRAVEMENTE AUMENTADA Até 20mmHg existe mecanismo de complacência intracraniana (capacidade do crânio de tolerar aumento no volume sem aumento correspondente na pressão); Curva de Langfitt 1.Inicial (permite alterações em torno de 100 a 150ml); 2.Descompemsação (aumento da drenagem do líquor); 3.Exponencial; 4.Final (vasoplegia) PPC= PAM – PIC PPC NORMAL= 80mmHg (abaixo de 60mmHg risco de morte) Aumento da PIC pode ocasionar diminuição da perfusão cerebral se não houver aumento concomitante da PAM. PAM NORMAL= 70 a 100mmHg Volume de sangue que circula através da circulação cerebral num determinado tempo (ml/mim), sendo diretamente proporcional á demanda metabólica do tecido; 750ml/mim de sangue arterial--- 15% do débito cardíaco; FSC normal= 50 a 60 ml/100g/mim FSC= PPC/ RVC Quanto maior a resistência menor a perfusão; Indicações da monitorização: • TC com desvio de linha média • Achados neurológicos como Glasgow < ou = a 8 • Dilatação uni ou bilateral da pupila; Tipos de monitorização: • Subdural (abaixo da dura-matér); • Parenquimatoso; • Intraventricular; Riscos x benefícios Capnografia: importante pois um ↑da PaCO2, pode levar a um ↑ da PIC. Consiste na mensuração da concentração de CO2 ao final da expiração; Cateter de monitorização da PIC; Monitorização bulbo-jugular: avalia o hemometabolismo cerebral- consumo de O2 (55% a 75%) Estímulo da tosse; AFE Manobras de compressão abdominal; Mudanças de decúbito; Aspiração traqueal; AUMENTO NA PACO2 VASODILATAÇÃO COM AUMENTO DO FSC ELEVAÇÃO DA PIC QUANDO O FSC DIMINUI, OCORRE DIMINUIÇÃO DA FUNÇÃO CEREBRAL COM LESÃO IRREVÉRSÍVEL; QUANDO O FSC AUMENTA PREDISPÕE A ÁREAS DE HEMORRAGIA E EDEMA; Primeira fase ou compensatória; Segunda fase; Terceira fase= depressão do estado de consciência + reflexo de Cushing (aumento da PA, bradicardia e respiração irregular) ; Quarta fase ou terminal= coma, pupilas fixas e dilatadas, morte por parada cárdio respiratória) Primárias • Focais ou difusas; • Impacto; • Inércia; • Fraturas; • Contusões; • Lacerações; Secundárias • Alterações decorrentes das lesões primárias ou de alterações sistêmicas; • ↑ da PIC, edema, hipóxia cerebral; • LAD – Lesão Axonal Difusa (edema cerebral, aumentará o volume e pressão do líquor, podendo formar hérnias = óbito) Subdural: geralmente associado a contusão cerebral, a lesão aparece na TC como uma massa de alta densidade com deslocamento do tecido cerebral na base; sangue abaixo da dura-máter acima do espaço subaracnóideo. localizado entre as membranas que revestem o cérebro; Epidural ou extradural: hematoma presente entre a estrutura óssea e a dura-máter, geralmente causado por sangramento da artéria meníngea média Intraparenquimatoso: encontra-se dentro do parênquima cerebral, sendo limitado pelos tecidos adjacentes; SUBDURAL INTRAPARENQUIMATOSO EPIDURAL A epilepsia é uma das complicações mais comuns do TCE. Cerca de 5% dos pacientes desenvolvem crises epilépticas recorrentes. Esta freqüência varia de acordo com diversos aspectos relacionados ao tipo de lesão cerebral, costumando ser mais alta em lesões mais graves. Quando a lesão está localizada na área responsável pelo início do movimento voluntário (trato piramidal) os músculos são espásticos e os reflexos tendinosos são exacerbados; Tetraplegia espástica - são mais dependentes da ajuda de outras pessoas para alimentação, higiene e locomoção Hemiplegia; Monopelgia Alterações Cognitivas e Neuropsicológicas: as regiões cerebrais mais freqüentemente lesadas após TCE são os lobos frontais e temporais. Em virtude disso, as dificuldades mais comumente observadas são aquelas relacionadas a funções desempenhadas por estas regiões do cérebro (memória, planejamento, funções executivas e comportamento); Alterações de Comportamento: • Apatia; • Desinibição; • Impulsividade; • Agressividade; • Irritabilidade; • Ansiedade; • Distúrbio do sono, psicose e depressão podem estar presentes Quando ocorre uma fratura de crânio, a lesão cerebral pode ser mais grave; Geralmente a lesão cerebral ocorre sem fratura do crânio e uma fratura do crânio pode ocorrer sem ser acompanhada por lesão cerebral • Drenagem de líquido cefalorraquidiano através do nariz ou dos ouvidos; • Acúmulo de sangue atrás da membrana timpânica ou drenagem através de um ouvido, no caso de ruptura da membrana timpânica; • Equimose atrás da orelha s- Sinal de Battle; • Equimose em torno dos olho- Sinal do olho de Guaxinim • Acúmulo de sangue nos seios da face; Dor de cabeça; Perda da consciência; Convulsão; Transtornos visuais e auditivos; Ataxia; Tonturas; Torpor; Coma. • Perda da consciência; • Incapacidade de mover ou sentir parte do corpo; • Incapacidade de reconhecer pessoas ou o ambiente; • Incapacidade de falar ou de enxergar; • Incapacidade de manter o equilíbrio; • Perda de um líquido transparente (líquido cefalorraquidiano) através do nariz ou da boca; • Cefaléia intensa Tomografia computadorizada; Ressonância magnética; Exame do LCR; Eletroencefalografia; Angiografia; Gasometria; Exames laboratoriais; Trepanação: consiste na abertura de um ou mais orifícios no crânio, através de uma broca neurocirúrgica.Quando realizada de forma única, a trepanação serve para se criar uma abertura por onde se pode drenar um hematoma intracraniano ou se inserir um cateter cerebral. A prioridade é para o suporte vital, com avaliação imediata da hipóxia, possível choque e lesões múltiplas exanguinantes; Este suporte é de vital importância , e minimiza a possibilidade de lesão cerebral secundária que contribui para o surgimento da PIC, principal causa de morte nesses pacientes; A. airway: vias aéreas e oxigenação; B. breathing: boa ventilação; C. circulação : controle da hemorragia; D. déficit neurológico; E. exposição total do paciente PONTOS ABERTURA OCULAR RESPOSTA VERBAL RESPOSTA MOTORA 6 - - Obedece 5 - Orientado Localiza a dor 4 Espontânea Confuso Flexão inespecífica – movimento de retirada 3 Ao comando verbal Imprópria Decorticação 2 À dor Sons incompreensíveis Descerebração 1 Ausente Ausente Ausente 15 pontos – valor máximo 03 pontos – valor mínimo 03 a 08- lesão cerebral grave; 09 a 12- lesão cerebral moderada; 13 a 15- lesão cerebral leve; (CONSULTEC, Ilhéus-BA, 2016) A escala de coma de Glasgow é utilizada para avaliar pacientes após um traumatismo crânio encefálico e permite pontuar a gravidade da lesão e acompanhar sua evolução. Assim, os pontos avaliados nessa escala são a) avaliação das pupilas. b) melhor resposta verbal e motora. c) melhor resposta motora e abertura ocular. d) melhor resposta verbal e avaliação das pupilas. e) melhor resposta verbal, motora e abertura ocular (FADESP, Ulianópolis-PA, 2016) A Escala de Coma de Glasgow (ECG) avalia o nível de consciência de um paciente e também a classificação da gravidade do traumatismo crânioencefálico (TCE), sendo correto afirmar que paciente com abertura ocular à dor, que fala palavras inapropriadas e que retira o membro ao estímulo doloroso apresenta (A) ECG 9 e TCE moderado. (B) ECG 10 e TCE moderado. (C) ECG 11 e TCE leve. (D) ECG 8 e TCE grave IMPORTANTE: PACIENTE COM TCE GRAVE DEVE SER MANTIDO EM RASS -5, E RAMSAY DE 6 PARA DIMINUIR O CONSUMO DE O2 Cheyne-Stokes: a lesão pode se encontrar na cápsula interna, no diencéfalo ou nos hemisférios cerebrais – respiração rápida e irregular com pausas de apnéia; Apnêustica: lesão localizada na ponte- respiração com pausas de apnéias Ins. e Exp. Biot ou atáxica: lesão se encontra no bulbo- respiração lenta e irregular; Hiperventilação neurogênica central: lesão no pedúnculo cerebral- aumento da FR. Kussmall: inspirações profundas seguidas de pausa e expirações curtas seguida de pausa (cetoacidose diabética) Manter a cabeceira do leito entre 30º-45º uma vez que melhora o retorno venoso encefálico e diminui a influência da PEEP sobre a PIC; Intubar os pacientes com escala de coma de Glasgow ≤ 8, com abolição de reflexos de tosse; Utilizar o modo volume-controlado (VCV) para pacientes com lesão neurológica grave na fase aguda, visando evitar oscilações de VC. NÃO utilizar hiperventilação profilática ou prolongada, e manter PaCO2 entre 35-40 mmHg na fase aguda da injuria. Manitol é medicação eficaz no controle da hipertensão intracraniana (HIC)--- efeitos colaterais desta droga incluem distúrbios hidroeletrolíticos, desidratação, insuficiência renal aguda, nefrite intersticial e hipotensão arterial; Craniectomia descompressiva em casos de hérnias transtentoriais decorrentes de HIC. Diminuição da pressão intracraniana Monitorização da PIC Redução do edema cerebral Antibioticoterapia profilática Redução das fraturas Estabilidade hemodinâmica Posicionamento adequado; Manter VA pérvias; Fisioterapia respiratória (Corrigir acidoses respiratórias) Evitar contraturas edeformidades; Manter ADM; Readaptação do paciente ao meio.
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