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Diacronia Interna e Externa da Língua Portuguesa aula 3 e 4 AULA 3 DO LATIM AO GALEGO-PORTUGUÊS Vamos voltar no tempo até o ano de 476 d.C. Esta data é um marco para historiadores e serve para marcar o fim da antiguidade e o início da Idade Média. Derrotados pelos hérulos, o Império Romano cai no Ocidente, e a Europa mergulha em uma nova era, em que territórios antes ocupados por romanos agora passaram a ser, inicialmente, ocupados por bárbaros. As línguas que eles trouxeram não suplantaram os falares romanos, doaram apenas alguma palavras, como já visto anteriormente. Dos séculos V ao VII, o latim falado na Europa já estava bastante fragmentado em dialetos, chamamos de “latim tardio” a todas essas formas de falar, pois era o latim falado após a queda do Império Romano. Nos séculos VIII e IX esses falares são chamados de proto-romances, pois já estavam bem divididas. Ao analisar seu vocabulário, vemos claramente os antepassados das línguas românicas modernas: português, espanhol, galego, catalão etc. Em diacronia externa, podemos salientar que nesse período que vai do controle árabe na Península Ibérica até o século XVI aconteceram muitas reviravoltas políticas no território. Desde o século VIII, cristãos se reuniram ao norte da península e iniciaram muitas batalhas de reconquista. A guerra durou séculos. Os bárbaros, ao fundarem seus reinos pela Europa, não impuseram suas línguas, ao contrário, adotaram as línguas latinas (proto-romances) de cada região em que estavam. É consenso entre filólogos que a presença dos bárbaros acelerou a fragmentação do latim vulgar em muitos dialetos locais. Alguns desses viriam a evoluir para línguas nacionais, outros morreriam. IMPORTANTE Aqui é importante acrescentarmos dois conceitos comuns em filologia e linguística: o substrato e o superstrato. Quando os povos entram em contato de forma que um povo está em posição política e/ou militar sobre outro, sua língua é considerada de superstrato, e a dos povos dominados são línguas de substrato. No caso do latim, em relação aos iberos, lusitanos e outros, era uma língua de superstrato. Em relação às línguas dos bárbaros, o latim passou à posição de substrato. Nessa posição, a evolução e alteração é mais rápida. No século IX já há vários romanços latinos, as línguas que antecederam as língua latinas. No norte, onde hoje é a Galícia, os cristãos que se empenharam na Reconquista falam o romanço-galaico-cristão que mais tarde se chocou com o moçárabe cristão do sul. Para ilustração do falar desta época, leia a seguir o pequeno trecho de um texto escrito no século XI. « ... et illa alia mediatate reserbam(us) pro nos. Et nec vindamus nec donemus ad alio omine nisit ad ti ou tu a nos. Abeas fírmiter de nostro dato [...] et fauolastis proa me ad meo marito Uirterla et dimisit mici illa merze et rezebit me pro sua muliere et consudunasti nos todos tres in tua kasa ad tua bemfeitoria [...] nos illa devindigare non potuerimus pos tua parte ou tu in uoci nostra ... ». O texto data de 1008. Isto não é português ainda, mas também não é mais latim. O português aparece não apenas em palavras isoladas, como também em frases completas. Podemos chamar essa etapa de romanço-português do século X. O que temos, na verdade, são muitas palavras já portuguesas sobre um latim bárbaro. Figura 8. Castelo de Guimarães. Foi construído em 957, em Guimarães, capital do Condado Portucalense. No século XII foi formado o Reino de Portugal. Como as línguas são também instrumentos políticos, foi graças à formação do Reino que o português, no caso da época, o português-galego, tornou-se língua oficial, sendo usado em documentos oficiais, testamentos, leis, e até mesmo em textos literários, como em poesia. A autonomia portuguesa se deu após a Batalha de São Mamede. Após a expulsão dos mouros para o sul, Afonso I foi declarado rei. Ele era primo de Afonso II, rei de Leão e Castela. Em pouco tempo, o reino foi reconhecido pelos vizinhos. A partir daí, Portugal começou a expandir seu território rumo ao sul, reconquistando terras ocupadas pelos mouros. A capital, ao norte, Guimarães, foi transferida para Coimbra e, tempos depois, finalmente para Lisboa, em 1255. Lisboa ficava em área onde se falava o moçárabe. O contato das duas línguas acelerou a criação do português. Em 1350 extingue-se a escola literária galego-portuguesa. O português separa-se do galego e as duas passam a evoluir como línguas distintas, cada uma com sua história e literatura. Metaplasmos Para melhor compreensão dos fenômenos linguísticos a serem estudados a seguir, você será apresentado a alguns metaplasmos, que são modificações fonéticas universais que as línguas sofrem em sua evolução. Você não precisa memorizar nomes de metaplasmos, apenas compreender quais alterações ocorreram e como se deram. Os exemplos que serão dados a seguir, em sua maioria, ocorreram no período estudado nesta Aula (Alta Idade Média), contudo, alguns outros ocorreram posteriormente (Baixa Idade Média, Idade Moderna e Contemporânea), e estão citados apenas para exemplificar os metaplasmos. Serão dados exemplos diacrônicos, mas em sincronia também é possível notar esses fenômenos. Há quatro classes de metaplasmos: por permuta, por aumento, por subtração e por transposição. Os metaplasmos por permuta são os que consistem na troca de um fonema por outro. Os tipos principais são: 1. a) Sonorização – um fonema surdo é trocado por um sonoro de mesmo ponto de articulação. lupu > lobo; cito > cedo; acutu > agudo. Em que p vira b, t vira d. b) Vocalização – uma consoante se transforma em vogal. factu > feito; alteru > outro; palpare > poupar; regnu > reino. Os grupos ct, lp, gn facilitaram a vocalização. Este fenômeno, em sincronia, ocorre em várias partes do Brasil onde o l se pronuncia como u, confundindo, assim, as pronúncias de mal e mau. c) Consonantização – uma vogal se transforma em consoante. iam> já; ieiuno > jejum; ueuere > viver. A origem do j e do v, em português, está nos i e u latinos. d) Assimilação – dois fonemas se unem e se transformam num outro. palumba > paomba > poomba > pomba; per + lo > pelo; persicu > pessicu > pêssego. e) Dissimilação – um fonema se altera porque há outro igual na palavra. calamellu > caramelo, polionea > poçonha > peçonha. f) Nasalização – é a transformação de um fonema oral em nasal. mihi > mi > mim; macula > macla > mancha; mater > mae > mãe. Em português a nasalização se explica pela presença de uma consoante nasal “m” ou “n” antes ou depois da vogal a ser nasalizada. g) Desnasalização – é o inverso da nasalização. A vogal nasal vira oral. luna > lũa > lua; corona > corõa > coroa. h) Rotacismo – transformação de l em r. Flacu > fraco; platu > prato. i) Ditongação – transformação de vogal em ditongo. oro > ouro. j) Monotongação – transformação de ditongo em vogal. ouro > oro. 2. Os metaplasmos, por aumento, são os que aumentam fonemas na palavra. Os tipos mais comuns são: a) Prótese – aumento de fonemas no início da palavra. stare > estar; scribere > escrever; nanu > anão. b) Epêntese – acréscimo de fonemas no meio da palavra. arena > area > areia; pignora > pendra > prenda; stella > estrela. No caso de “estrela” um “r” brotou no meio da palavra devido à influência da palavra “astrum”. c) Anaptixe ou suarabácti – epêntese especial em que se acrescente uma vogal entre duas consoantes para desfazer o encontro consonantal. blatta > bratta > barata; kruppa > gruppa > garupa. Esse fenômeno é bastante comum, hoje, no português do Brasil que não gosta de alguns encontros, daí “pneu” pronuncia-se com anaptixe: “pineu” ou “peneu”. d) Paragoge ou epítese – acréscimo de um fonema ao final da palavra. ante > antes; beef > bife. 3. Os metaplasmospor subtração são os que subtraem fonemas das palavras. As formas mais comuns são: a) Aférese – queda de um fonema no início da palavra. attonitu > tonto; episcopu > bispo; inodio > nojo; inamorare > namorar. É muito comum, sincronicamente, a aférese no verbo “estar”, nas expressões informais “eu tô”, “ele tá” etc. b) Síncope – queda de um fonema no meio de uma palavra. malu > mau; mediu > meio; lepore > lebre; veritate > verdade. c) Haplogia – síncope especial em que uma sílaba desaparece por haver outra igual ou parecida na palavra. rotatore > *rodador > rodor > redor; perdita > perdeda > perda. d) Apócope – queda de um fonema no final da palavra. amat > ama; amare > amar; atroce > atroz; legale > legal. e) Crase – é a fusão de duas vogais idênticas. pede > pee > pé; colore > coor > cor; legere > leer > ler. f) Sinalefa ou elisão – queda de um fonema final porque a palavra seguinte começa por vogal. de + intro > dentro; de + ex + de > desde. 4. E, por fim, os metaplasmos por transposição são os em que há deslocamento de um fonema ou acento tônico. Os tipos mais comuns são: a) Metátese – transposição de fonemas na mesma sílaba ou entre sílabas. semper > sempre; super > *supre > sobre; rabia > ravia > raiva. b) Sístole – transposição do acento tônico de uma sílaba para a anterior. erámus > éramos; benção > bênção; saliva > saíva > seíva > seiva. c) Diástole – transposição do acento tônico de uma sílaba para a posterior. océano > oceano; júdice > juiz; mulíere > mulher. Assim, podemos observar esses metaplasmos universais, que ocorrem em todas as línguas, acontecerem na diacronia do português e também na sincronia. A palavra “sic” em latim, por exemplo, sofreu uma apócope (queda do fonema final c) tornando-se “si”, posteriormente, por analogia com a palavra “non”, houve uma nasalização, transformando-a em “sim”. Em “colorem”, houve apócope do fonema final – m, logo no latim vulgar, dando “colore”, depois uma síncope do “l”, dando coor. Finalmente, uma crase entre os dois “oo”, dando “cor”. A palavra germânica “blank” que designava a mesma cor chamada em latim por “candidus” ou “alvus”, sofreu metaplasmos como o rotacismo (um tipo especial de metaplasmo por permuta, dando “brank”, que sofreu uma paragoge (acréscimo de fonema ao final da palavra), dando “branco”. Mais recentemente, nos século XX, a palavra inglesa “sport” entrou em português, e ao adaptar-se ao nosso sistema de estrutura silábica, sofreu uma prótese (o acréscimo de um [e] ao início, e uma paragoge (o acréscimo de um [e] ao final). Assim, de etapa em etapa, de metaplasmo em metaplasmo, as palavras foram se alterando ao longo das épocas. Na aula e no vídeo veremos pormenorizadamente as transformações linguísticas (diacronia interna) que as palavras sofreram ao passar do latim tardio para o galego-português. Do latim ao galego português Para aprofundamento do conteúdo desta aula, leia o capítulo 3 do livro da disciplina. Sintetizando O QUE APRENDEMOS NESTA ESTAÇÃO? » Após a queda do império romano, o latim falado já estava tão diferente do anterior que nomeamos latim tardio. Já havia dialetos, os “embriões” das línguas latinas. » Ao longo dos séculos, os cristãos reconquistaram os territórios ocupados pelos mouros. » O Reino de Portugal foi formado e a língua oficial foi institucionalizada. AULA 4 O GALEGO-PORTUGUÊS Dos estágios da língua portuguesa, o galego-português foi o mais bem registrado por escrito, devido, como vimos, à adoção da língua pelo Reino de Portugal. D. Dinis, sexto rei de Portugal e poeta, deixou registrados muitos textos literários que são estudados como ponto de partida da literatura em língua portuguesa. Por volta do século XII, Portugal se constituiu como reino independente dos vizinhos, como vimos, após Afonso I ser coroado e ser considerado independente de seu primo, rei de Castela e de Leão. Nesse momento, foi definida a fronteira com a Galiza, tal qual é hoje. O território passou a ser do reino de Leão, depois reino de Castela e, finalmente, o atual reino da Espanha. Em 1249, os portugueses conquistaram Faro, ao sul, expulsando os muçulmanos e desenhando as fronteiras portuguesas muito próximos do que são hoje. O galego-português medieval, nascido no norte, é a língua que se tornará comum e oficial, mas a norma não buscam no norte, mas no centro-sul, onde está Lisboa. Essa é uma das fases mais estudadas da evolução da língua, porque foram deixados muitos documentos literários e não literários. O culto à poesia lírica, herdada dos trovadores provençais, nos deixaram muitos poemas medievais que podem ser lidos e apreciados até hoje, apesar do estranhamento da linguagem da época. Figura 9. trovadores galego-portugueses. Para melhor compreensão dessa fase rica na literatura, vamos, a seguir, ler e interpretar duas cantigas, uma de amigo e uma de amor. Leia a versão original em galego-português e as traduções em português moderno, tentando observar as semelhanças e diferenças na língua, sem perder o foco da interpretação do texto em si. Exemplo de cantiga de amigo: -Ay flores, ay flores do verde pino, se sabedes novas do meu amigo! Ay Deus, e u é? Ay, flores, ay flores do verde ramo, se sabedes novas do meu amado! Ay Deus, e u é? Se sabedes novas do meu amigo, aquel que mentiu do que pos conmigo! Ay Deus, e u é? Se sabedes novas do meu amado aquel que mentiu do que mi ha jurado! Ay Deus, e u é? -Vós me preguntades polo voss'amigo, e eu ben vos digo que é san'e vivo. Ay Deus, e u é? Vós me preguntades polo voss'amado, e eu ben vos digo que é viv'e sano. Ay Deus, e u é? E eu ben vos digo que é san'e vivo e seerá vosc'ant'o prazo saído. Ay Deus, e u é? E eu ben vos digo que é viv'e sano e seerá vosc'ant'o prazo passado. Ay Deus, e u é? Dom Dinis, Cancioneiro da Biblioteca Nacional 568, Cancioneiro da Vaticana 171 Em português moderno Ai flores, ai flores do verde pinho, vocês trazem notícias do meu amigo! Ai Deus, onde está ele? Ai flores, ai flores do verde ramo, vocês trazem notícias do meu amado! Ai Deus, onde está ele? Se sabem notícias do meu amigo, aquele que mentiu do que pôs comigo! Ai Deus, onde está ele? Se sabem novas do meu amado, aquele que mentiu do que me foi prometido! Ai Deus, onde está ele? Você me pergunta pelo seu amigo, e eu bem te digo que está são e vivo: Ai Deus, onde está ele? Você me pergunta pelo seu amado, e eu bem te digo que ele está vivo e são: Ai Deus, onde está ele? E eu bem te digo que ele está vivo e são: e estará contigo no prazo combinado: Ai Deus, onde está ele? E eu bem te digo que está vivo e são e estará contigo no prazo acertado: Ai Deus, onde está ele? Figura 10. Flor do verde pinho. A voz que fala é de uma mulher que conversa com as flores do pinheiro. Como se trata de poesia, ficção, não é de estranhar que as flores respondam. A jovem está aflita porque não tem notícias do seu namorado. Ele está distante, provavelmente na guerra, e naquela época não havia meios de comunicação como os de hoje, as notícias levavam dias e até meses para chegar às pessoas. A semelhança da flor do verde pinho com o órgão sexual masculino levou muitos estudiosos das cantigas de amigo a aventar a hipótese de que houvesse uma interpretação mais profunda, de cunho erótico, como se a jovem sentisse saudades do amado também como homem, e não apenas um amor sublime, medieval. O verso “Ay Deus, e u é?” Ai Deus, onde ele está? é o eco da saudade da moça que toda hora se pergunta, preocupada, sobre a localização do amado. As flores do pinho a acalmam, dizendoque o namorado retornará no prazo combinado. A saudade é um sentimento muito comum ao povo português, já que os homens estavam constantemente em guerras ou viagens pelo mar. Em relação à linguagem, são visíveis as diferenças entre “u” e “onde”, “sabedes” e “saberdes”, “san” e “são”, “vosc'ant'o prazo saído” e “estará contigo no prazo combinado” entre outras palavras isoladas. Apesar das diferenças, as semelhanças entre o galego português e o português moderno são mais numerosas. A língua, nesta época, já estava mais próxima do português de hoje do que do latim de outrora. Exemplo de cantiga de amor Cantiga da Ribeirinha (ano de 1189) No mundo nom m’ei parella mentre me por como me vay, ca ja moiro por vos e ay! Mia señor, branca e vermella, queredes que vus retraya quando vus eu vi en saya. Mao dia me levantey, que vus enton nom vi fea! E, mia señor, des aquella i me foy a mi muy mal, ai! E vus, filla de don Pay Moniz, e ben vos semella d’aver eu por vos guarvaya, pois eu, mia señor, d’alfaya nunca de vos ouve nen ey valia d’ũa correa. Tradução em português moderno Não existe no mundo alguém como eu enquanto eu viver, eu cá sofro de amor por vós, minha senhora, branca e vermelha, quereis que vos retrate (nos versos) quando eu a entrevi em trajes íntimos. Mau dia em que me levantei e que não a achei feia e, minha senhora, desde aquele dia eu passei a sofrer, ai! E vós, filha de Don Moniz e sabeis que eu não sou nobre. Pois eu, minha senhora, nunca recebi nem receberei da senhora nenhuma prova de amor. Nessa cantiga o eu-lírico é masculino. O homem se apaixona por uma mulher de classe social diferente da sua. Acidentalmente a viu em trajes íntimos e “não a achou feia”, na sintaxe da época, a achou bonita. Ele lamente a diferença de classes que os separam e reconhece que nunca será correspondido. Em relação à linguagem, parece muito mais distante do português do que a cantiga anterior. As cantigas de amor tinham uma linguagem intencionalmente rebuscada, enquanto as cantigas de amor traziam linguagem mais simples, o que explica a dificuldade do leitor moderno em compreender plenamente o galego-português das cantigas de amor. Estudaremos, nas aulas e no vídeo, as principais transformações ocorridas na língua (diacronia interna) nesses séculos. Terminaremos com o galego e o português já divididos em duas línguas, e com a formação do português pré-clássico. Ao final da Idade Média, Portugal entrou em uma nova fase. Lançaram-se, ainda no século XV, ao mar, contornando a África e chegado às Índias por um caminho outrora desconhecido. Nessa época, os portugueses tiveram contatos com vários povos da África, da Ásia e da América. Muitas palavras portuguesas entraram na língua desses povos e muitas palavras de diversas línguas americanas, africanas e asiáticas entraram no português. Veremos algumas delas na aula. Figura 11. Para nos aprofundarmos nesse conteúdo, vamos assistir ao vídeo sobre esse período. O galego-português Para aprofundamento do conteúdo desta aula, leia o capítulo 4 do livro da disciplina. SintetizandoFechar O QUE APRENDEMOS NESTA ESTAÇÃO? Vimos que a língua portuguesa nasceu no século XII e que na sua “infância” era chamada de galego-português. Essa língua, gérmen inicial do português moderno, tinha características próximas do português de hoje e já se distanciava bastante do latim. Aprendemos que esta era a língua oficial do Reino de Portugal, e que muitos textos literários e não literários foram redigidos em galego-português, o que nos permitiu conhecer detalhes da diacronia interna da língua.
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