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TECNOLOGIA GRÁFICA - UND 3

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16/09/2020 Ead.br
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TECNOLOGIATECNOLOGIA
GRÁFICAGRÁFICA
Me. Vanessa da Si lva Cardoso
IN IC IAR
16/09/2020 Ead.br
https://fg.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 2/38
introdução
Introdução
Nesta unidade, abordaremos três tipos de impressão, que utilizam diferentes
modelos de matrizes de impressão e, por esse motivo, recebem classificações
diferentes: a xilografia (um processo relevográfico), a rotogravura (um processo
encavográfico) e a impressão digital (um processo digital com matrizes virtuais).
Saberemos a utilidade dessas técnicas, levando em consideração o custo/benefício,
bem como a relação do processo e do suporte de impressão escolhido para o projeto
de design. Esta unidade também será uma introdução aos processos de acabamento
de gráfica, focando nos revestimentos e explicando suas aplicações para melhorar o
aspecto, a qualidade e durabilidade de produtos gráficos impressos.
16/09/2020 Ead.br
https://fg.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 3/38
A xilografia (ou xilogravura) foi um dos primeiros processos de gravação de matrizes
para a reprodução em quantidade. Seu processo se encaixa no tipo de impressão
relevográfica, porque, apesar de a matriz ser entalhada para formar o desenho, é a
parte em relevo que recebe a tinta e é a que será passada para o papel. (VILLAS-
BOAS, 2010).
Podemos descrever o processo da xilografia da seguinte maneira (VILLAS-BOAS,
2010):
1. A imagem é entalhada na madeira com uso de um formão ou de outro
material afiado.
2. Passa-se um rolo de borracha entintado sobre a matriz, nas partes em
relevo.
3. A imagem é transferida para o suporte, por meio de pressão.
Ainda segundo Villas-Boas (2010), essa técnica tem origem na China, chegando a
Europa por volta do século 14, e foi largamente usada pela Igreja Católica, antes da
invenção da imprensa, para propagar suas ideias por meio de imagens detalhadas –
haja vista que a maioria da população mundial não era alfabetizada.
Xilogra�aXilogra�a
16/09/2020 Ead.br
https://fg.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 4/38
A xilogra�ia no Brasil
Segundo Rodrigues (2016), a xilogravura chegou ao Brasil, provavelmente, com os
missionários portugueses e passada aos índios, que popularizaram a técnica no país,
mas sua origem exata é desconhecida. No Nordeste, deu origem à chamada
literatura de cordel, que é uma arte popular reconhecida internacionalmente.
Figura 3.1 - Xilogravura medieval
Fonte: Olá Mundo / Wikimedia Commons.
16/09/2020 Ead.br
https://fg.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 5/38
Figura 3.2 - Literatura de cordel
Fonte: Diogo Dacal / Wikimedia Commons.
16/09/2020 Ead.br
https://fg.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 6/38
praticarVamos Praticar
O processo da xilografia é rudimentar e simples, e consiste nas seguintes etapas: entalhe da
imagem na madeira, entintamento da matriz com um rolo de borracha e transmissão da
tinta para o suporte, por meio de pressão. Tendo em vista esse processo, assinale a
saiba mais
Saiba mais
A literatura de cordel teve origem ainda em
Portugal, com os trovadores medievais, que
usavam canções para contar histórias para a
população (MARINHO, 2019). Na Renascença, a
literatura de cordel passou a ser conhecida por
suas xilogravuras (gravuras em madeira), que
ilustram as páginas dos poemas.
No Brasil, a literatura de cordel se tornou uma
arte popular mundialmente reconhecida, desde
2005, um Patrimônio Vivo de Pernambuco
(RODRIGUES, 2016).
Acesse o link a seguir e conheça um pouco mais
sobre a técnica e a utilização no Brasil, bem como
sua influência na cultura popular, por meio de um
passeio pela casa da xilogravura.
ASS I ST IR
16/09/2020 Ead.br
https://fg.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 7/38
alternativa que indique por que a xilografia é considerada um processo de impressão
relevográfica.
VILLAS-BOAS, A. Produção grá�ca para designers. Rio de Janeiro: 2AB, 2010.
a) Porque a tinta é decantada na parte entalhada na madeira.
b) Porque a parte do desenho que é entintada está em relevo na matriz, como um
carimbo.
c) Porque a impressão resultante fica em relevo, por conta da viscosidade da tinta.
d) Por causa das blanquetas, ou cilindros cuja imagem é gravada em relevo, para
fazer a pressão e transferir a tinta para o substrato.
e) Porque o desenho fica em baixo-relevo e acumula mais tinta, fazendo com que o
resultado de impressão esteja em alto-relevo.
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https://fg.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 8/38
Os processos gráficos são nomeados conforme o tipo de matriz utilizada. As
matrizes possuem características particulares, que dão origem aos processos
encavográficos de impressão.
A matriz encavográfica deriva do método da gravura em metal que consiste,
segundo Collaro (2012), nos seguintes processos:
[...] usar uma placa de metal maleável, como cobre, e desenhar por meio de
traços e pontos as imagens que se quer reproduzir em seguida, a placa já
desenhada recebe uma camada de verniz sintético, em outra etapa, com
objeto perfurante e cortante, sulca sobre o verniz exatamente nos traços e
pontos que compõem a imagem. Em seguida, aplica-se sobre a placa uma
solução ácida conhecida como água forte, que penetra no sucos e rebaixa
os traços feitos no cobre inicialmente, Pois sua característica é de ataque
ao metal, mas não ao verniz, tornando a imagem baixo relevo. No próximo
passo, remove-se o verniz com o diluente e a imagem está escavada no
metal para obter as imagens, aplica-se tinta sobre a placa e remove se o
excesso. A tinta �cará impregnada nos sulcos e, por pressão, será
transferida para o suporte (COLLARO, 2012, p. 179).
Encavogra�aEncavogra�a
16/09/2020 Ead.br
https://fg.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 9/38
Nesse tipo de processo, podem ser incluídas as técnicas conhecidas como: água-
forte, talho-doce e rotogravura.
Água-forte
Processo de impressão em que se utiliza uma matriz encavográfica. A imagem em
baixo-relevo é obtida aplicando-se um verniz sobre a chapa de metal. Após esse
processo, é submetida ao contato com o ácido nítrico – elemento químico também
conhecido pelo nome de água-forte e, por isso, a denominação da técnica –, que
corrói o metal nas áreas de imagem. A tinta se aloja na imagem sulcada e,
posteriormente, passa para o suporte de impressão (VILLAS-BOAS, 2010).
Talho-doce
O talho-doce é outro processo encavográfico, que deriva da técnica da água-forte. É
utilizado até os dias atuais em impressos que necessitam de alta qualidade e grau
elevado de detalhamento (em escala microscópica), para evitar falsificações de
cédulas, cheques, alguns tipos de selos etc. Também é usada em casos especiais, em
razão do seu alto custo e por ser um processo lento (VILLAS-BOAS, 2010).
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Rotogravura
A rotogravura é um processo encavográfico, em que é utilizado um cilindro de ferro,
porém, é revestida de uma camada de cobre, ao invés de verniz, eletronicamente,
por um processo conhecido como cuprificação (COLLARO, 2012).
A cuprificação consiste em:
[...] colocar o cilindro de aço imerso em um tanque com solução ácida, com
placas de cobre presas ao fundo. Quando ligado o sistema, o cilindro
começa a girar com carga elétrica positiva e a placa de cobre, com carga
negativa. Com o ataque do ácido ao cobre, e está com cargas negativas,
moléculas se desprenderam e se depositaram sobre o cilindro por atração
de polaridade, formando uma camada de cobre.
Continuando o processo, a retícula e o polimento da camada de cobre prepararamo
cilindro para a gravação. Camadas de níquel e cromo serão adicionadas ao processo
saiba mais
Saiba mais
Conforme Villas-Boas (2010, p. 103), o talho-
doce é “geralmente combinado com a
rotogravura, na etapa de impressão”. É um
processo lento, que exige grande destreza do
entalhador que é “responsável pela produção do
original nas etapas intermediárias” (VILLAS-
BOAS, 2010, p. 103).
Assista ao vídeo que exibe o processo de entalhe
da matriz em talho doce, no link a seguir.
ASS I ST IR
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para dar resistência a matriz de reprodução. A gravação atualmente é feita com
pontas de diamante que geram furos de profundidade diferentes, responsáveis pelas
diversas tonalidades da tinta (COLLARO, 2012, p. 179-180).
O processo de gravação dos cilindros descritos, segundo LUGLI (2019), tem sido
substituído pela gravação do tipo CtP (computer to plate). Segundo a autora, depois
que a matriz foi preparada, o processo de impressão ocorre de maneira simples: a
matriz é submersa em tinta, para que esta fique armazenada nas partes encavadas (a
imagem); uma espécie de rodo metálico (chamada racle) retira o excesso de tinta da
superfície do cilindro para; o suporte passa por entre a matriz e o cilindro de
impressão para que a tinta –  depositada nos alvéolos (formas côncavas que formam
a imagem) – seja transferida para o substrato (FERNANDES, 2003 apud LUGLI,
2019, p. 94).
As principais características da rotogravura são: um processo direto, de alta
velocidade, que pode imprimir nas duas faces do papel ao mesmo tempo; pode
imprimir todas as cores em uma única passada na máquina e tem a possibilidade de
trabalhar em módulo contínuo de papel. É um processo caro, em razão do tipo de
matriz que utiliza, e só é recomendável para grandes tiragens. É aplicada,
principalmente, na parte interna de revistas, em embalagens flexíveis e semirrígidas,
papéis para embrulho e papéis de parede.
Figura 3.3 - Revistas de alta tiragem
Fonte: Elaborada pela autora.
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Villas-Boas (2010) acrescenta que a técnica da rotogravura é amplamente utilizada
em produtos que devem ficar dispostos em gôndolas, pois não apresenta variação de
cor em toda a tiragem. É bastante comum para rótulos e embalagens de metal,
materiais didáticos de alta tiragem, livros de luxo – como os livros de fotografia e de
arte – e também pode ser utilizada em displays plásticos.
Recomendações para layouts
A escolha de um tipo de impressão com muitas possibilidades e de custo elevado,
como a rotogravura, deve ser considerada desde o layout, para que a relação entre
custo/benefício seja justificável. Villas-Boas (2010), faz algumas observações que
podem ser levadas em conta na confecção do layout:
explorar as variações tonais e imagens, com nuances ricas em imagens
fotográficas, principalmente;
usar imagens de alta resolução, se possível, 2400 dpi;
evitar tipografias serifadas abaixo de 8 pts, para que as retículas não sejam
percebidas, bem como fontes pequenas sobre fundo escuro.
Figura 3.4 - Embalagens dispostas nas gôndolas
Fonte: Franki Chamaki / Unplash.
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Processos híbridos: tampogra�ia
A tampografia pode ser considerada um processo híbrido, pois possui características
de dois tipos de impressão, podendo usar matriz de um e o método de impressão de
outro. Na tampografia, a matriz é utilizada com características de encavográfica,
com baixo-relevo associado ao processo flexográfico, ampliando a possibilidade de
suportes, como impressão em superfícies rígidas e superfícies curvas (LUGLI, 2019).
A principal característica, no processo de tampografia, é a utilização do tampão, que
funciona como um carimbo, transferindo a tinta da imagem da matriz para o suporte.
Esse tampão não tem relevo de tipo algum (alto ou baixo), pois é entintado apenas na
área definida pela matriz, sendo este – diferentemente da rotogravura – um
processo indireto (LUGLI, 2019).
Uma característica única da tampografia, como o próprio nome indica, é o uso do
tampão, uma peça flexível de silicone, geralmente esférica ou similar, que coletará a
tinta da matriz e aplicará a imagem, adaptando-se ao formato da superfície ponto.
Com isso, há uma impressão de contato, também semelhante ao carimbo, com a
diferença de que não existe relevo no tampão, pois o formato da imagem já foi
definido na matriz (LUGLI, 2019).
Esse processo tem larga utilização na confecção de brindes e cerâmica em variadas
formas, mas também podem ser usadas em papel e papelão. Todavia, a complexidade
do processo limita sua utilização em casos em que outras técnicas mais baratas não
podem ser utilizadas pelo formato tridimensional (COLLARO, 2012).
praticarVamos Praticar
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A rotogravura é uma impressão direta, as matrizes são do tipo encavográficas, ou seja, a
imagem é obtida em baixo-relevo, normalmente alimentada por bobinas. A velocidade de
impressão é altíssima, e as matrizes são caras, recomendadas para grandes tiragens.
Dentro do processo, o que é e qual a função do racle?
VILLAS-BOAS, A. Produção grá�ca para designers. Rio de Janeiro: 2AB, 2010.
a) O racle é o cilindro que transfere a imagem da matriz para o suporte, por meio de
pressão.
b) O racle é um elemento químico usado para a secagem rápida da tinta e propicia
alta velocidade à impressão.
c) O racle é uma espécie de rodo de metal, que raspa a tinta da matriz, retirando o
excesso das partes que não têm imagem.
d) O racle é um tanque que armazena a tinta para impressão, no qual a matriz é
submersa.
e) O racle é uma espécie de ácido que corrói o metal nas áreas não envernizadas,
para formar a matriz.
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A impressão digital difere das impressões apresentadas até agora, principalmente
em termos de matrizes. Esse tipo de processo tem origem na evolução do sistema de
xerografia, não precisando, porém, do original físico, pois a entrada dos dados é feita
por meio digital (VILLAS-BOAS, 2010).
Segundo Lugli (2019), a categoria de impressões digitais abarca uma série de
processos diferentes, que são determinados pelo tipo de equipamento empregado.
No processo de design de peças impressas, são utilizados, progressivamente, os
meios digitais, tanto nas etapas de provas de layout dentro da própria agência como
no escritório ou nas gráficas, mas não apenas para provas. Exploraremos alguns tipos
de impressão digital e suas aplicações.
Jato de tinta
A impressão jato de tinta tem sido utilizada há algum tempo para uso doméstico e
dentro das agências, como prova de layout. Por esse motivo, é um dos processos
mais conhecidos (LUGLI, 2019).
Impressões digitaisImpressões digitais
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Segundo Lugli (2019), o processo de impressão por jato de tinta ocorre quando há
uma entrada de dados digitais gerados em aplicativos gráficos: a impressora faz uma
leitura dos dados e combina as cores de pequenos cartuchos para compor a imagem
no suporte, linha por linha, borrifando pequenos jatos de tinta, de maneira
digitalmente controlada.
Existem alguns tipos de impressoras a jato de tinta. As menores servem para
aplicação doméstica e existem também as de grande porte, cujo uso é em escala
industrial. Seja qual for o porte da impressora, o processo de impressão é
basicamente o mesmo, diferindo no tamanho dos cartuchos de tinta, na qualidade do
impresso – as impressoras industriais conseguem um alto controle na liberação dos
jatosde tinta e uma grande qualidade dos detalhes – e no tipo de suporte usado, com
papéis de tamanhos grandes e até alguns tipos de polímero e tecidos. Também têm
uma velocidade muito mais alta do que as de jato de tinta domésticas (LUGLI, 2019).
Além do porte, outro aspecto que pode variar nesse processo de impressão é o tipo
de tinta utilizada.
Segundo Villas-Boas (2010), as impressoras jato de tinta podem ser de dois tipos,
quanto ao tipo de tinta que utiliza: jato de tinta líquida e jato de tinta sólida. O
processo da jato de tinta líquida difere do jato de tinta sólida, pois, neste último, a
tinta entra na máquina em forma de barra e passa por duas etapas a mais do que na
primeira – derretimento da barra de tinta – antes de o jato ser borrifado no suporte
e do processo de fixação. Ao entrar em contato com o suporte, que está com uma
temperatura mais baixa, a tinta solidifica-se novamente e passa por dois cilindros,
realizando um processo de resfriamento e pressão para fixar a imagem no suporte. A
impressão a jato de tinta sólida também é conhecida como impressão por mudança
de fase, pelos estados físicos diversos pelos quais a tinta passa. É um processo caro e
raro no Brasil, e as características principais são a vivacidade das cores e a boa
resolução (VILLAS-BOAS, 2019).
A impressão jato de tinta líquida é mais comum, porém, o trabalho terá baixa
resistência à luz, quando comparado a outros processos. Por esse motivo, é preciso
avaliar o custo/benefício, pois a jato de tinta é acessível em pequenas tiragens,
podendo ser vantajosa na produção de banners e de produtos promocionais (BAER,
2005 apud LUGLI, 2019).
16/09/2020 Ead.br
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Impressão a laser
A impressão a laser tem substituído as jatos de tinta na aplicação doméstica, em
razão da redução dos custos de maquinário. Porém, os melhores resultados são
obtidos em impressoras de maior porte, que ainda têm custo bastante elevado.
Segundo Villas-Boas (2010), os equipamentos de impressão a laser têm um princípio
em comum: a relação entre a matriz, o toner (tinta em forma de pó, que pode ser
colorida, CMYK ou P&B) e a transferência da imagem para o papel se baseia nas
ações eletrostáticas opostas. O processo pode ser feito, resumidamente, conforme
Freire (2015) apud Peruyera (2018), pelos seguintes passos:
o papel recebe uma carga negativa para aderir ao cilindro carregado
positivamente, dentro da impressora;
os dados digitais são transmitidos para a impressora por meio de um
aplicativo de gerenciamento de impressão;
os dados são transmitidos para o cilindro fotorreceptor (com carga
positiva), por meio de um raio laser, que transformam a parte atingida pelo
laser em carga negativa, formando a imagem;
o toner recebe uma carga positiva, é atraído pela parte com carga negativa
do cilindro e repelido pela parte não sensibilizada pelo feixe de laser;
o papel recebe o toner por pressão;
o papel passa por dois cilindros aquecidos, chamados fusores, que fundem
o toner, que, por sua vez, adere ao papel.
As diferenças entre as impressoras a laser recairão sobre os diferentes
equipamentos e os insumos (provenientes de diferentes fornecedores, muitos
patenteados). As vantagens da escolha do processo em um projeto de design podem
ser avaliadas pela ausência de custos fixos, com matrizes de impressão e lavagem de
máquina na offset, por exemplo, fazendo com que o custo unitário seja o mesmo, em
pequenas ou grandes tiragens. Por esse motivo, quanto maior a tiragem, menos
atrativo será esse tipo de processo. Também se deve considerar a possibilidade de
fazer alterações imediatas no trabalho durante o processo de impressão, sem
acarretar custos com novas matrizes (VILLAS-BOAS, 2010).
16/09/2020 Ead.br
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Há desvantagens em comparação com outros processos. Em relação à rotogravura
que tem uma qualidade inferior, especialmente em grandes áreas de cor chapadas e
também nas nuances de meios-tons, a impressão a laser não consegue simular todas
as sutis variações de luz e sombra. Pode haver, também, um problema de
gerenciamento de cores, ocasionados pela complexidade do processo e pela pouca
preparação dos operadores (VILLAS-BOAS, 2010).
praticar
V P ti
saiba mais
Saiba mais
Segundo Villas-Boas (2010), existem ainda
outros processos digitais de obtenção de
imagens, porém, não são considerados
impressão, propriamente dita, pois não há tinta.
Existe, sim, um processo físico de recorte ou
entalhe, como é o caso das routers, que podem
esculpir suportes como madeira, alumínio e
poliuretano, e as máquinas de corte eletrônico,
que usam lâminas para cortar superfícies
adesivas de papel ou vinil.
Veja o funcionamento de uma máquina reuter
acessando o vídeo a seguir.
ASS I ST IR
16/09/2020 Ead.br
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Vamos Praticar
A categoria de impressões digitais abarca uma série de processos diferentes, que são
determinados pelo tipo de equipamento empregado. Assinale a alternativa que descreve o
tipo de tinta usada no processo a laser, e uma das vantagens desse tipo de impressão.
LUGLI, D. Produção publicitária impressa. Curitiba: InterSaberes, 2019.
a) Cartuchos de tinta, secagem rápida das cópias.
b) Tinta em barra: o laser derrete a tinta, obtendo cores mais vivas.
c) Tinta altamente volátil, alta velocidade de impressão em grandes tiragens.
d) Toner, alta resistência a rasgos.
e) Toner: possibilidade de ajustes no trabalho durante o processo, sem envolver
custos com novas matrizes.
16/09/2020 Ead.br
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Findado o processo de impressão, a próxima etapa é o acabamento. Mesmo os
impressos mais baratos passam por algum tipo de finalização antes da entrega para
o cliente.
Segundo Collaro (2012), acabamento é o termo utilizado para descrever a etapa na
qual os impressos são beneficiados e recebem melhorias em algumas de suas
características táteis ou visuais. Dependendo do tipo de peça impressa e sua
finalidade, cada material pode receber um tipo ou mais de acabamentos diferentes,
sendo que, além do corte – tipo de acabamento comum em quase todos os
impressos –, também existem dobras, revestimentos, serrilhados, colagem etc.
O acabamento pode ser realizado em diversos tipos de materiais: publicitário,
cartotécnico (embalagens), produtos editoriais etc. Cada tipo de produto exigirá
finalizações distintas. O acabamento cartotécnico tem algumas peculiaridades, que
exigirá beneficiamentos que atendam às funções de proteção e divulgação do
produto. Por exemplo, enquanto os produtos editoriais darão mais atenção aos
quesitos de manuseio e à durabilidade do impresso, os publicitários podem inserir
características mais sensoriais. Entretanto, o autor alerta para o fato de que quanto
Acabamentos grá�cos -Acabamentos grá�cos -
imposição, cortes e dobrasimposição, cortes e dobras
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mais elementos de acabamento forem inseridos a uma peça, maior será seu custo
final (COLLARO, 2012).
Imposição
Segundo Collaro (2012), a imposição das páginas é a primeira etapa após a
impressão, antes mesmo do corte e das dobras, como complementam Ambrose e
Harris (2009).
Muito embora a imposição seja considerada uma etapa do acabamento, é
importante que se tenha noção do plano de imposição, desde a parte de criação,
pois, por meio da imposição, é possível ter uma visão da publicação como um todo e
reflita
Re�ita
Os acabamentos de produtos editoriais são semelhantes aos
usados em peças de publicidade e podem ser bastante utilizados
em materiais institucionais. Como ressalta Lugli (2019), até os
materiais grá�cos mais simples passam pelasoperações básicas de
dobra, corte e encadernação, empregando diferentes técnicas.
Nos produtos editoriais – por terem mais páginas do que um
material publicitário (como �yer ou cartaz) –, é preciso ter cuidado
na montagem, para que a sequência e a posição das páginas do
material sejam respeitadas, ou a imposição, conforme alertam
Ambrose e Harris (2009). Analisemos esse processo de maneira
mais aprofundada, a seguir.
16/09/2020 Ead.br
https://fg.blackboard.com/webapps/late-Course_Landing_Page_Course_100-BBLEARN/Controller# 22/38
tomar decisões de onde projetar uma reserva de verniz ou cor, ou acabamento
especial, otimizando custos (AMBROSE; HARRIS, 2009).
Até há pouco tempo, quando a gravação das matrizes de impressão era feita
exclusivamente por meio de fotolitos, a imposição era feita manualmente. Mas com
o advento da produção digital de matrizes, computer-to-plate (CtP), o processo de
impressão se tornou automático. (COLLARO, 2012)
Mesmo com o processo automatizado de imposição, é comum se produzir um
boneco para avaliar a publicação e certificar da utilização mais adequada de papéis
ou cores especiais, em uma mesma entrada de máquina, haja vista que em uma folha,
diversas páginas serão impressas.
Segundo Lugli (2009), um plano de imposição bastante usado é o de oito páginas em
cada lado da folha, que formam um caderno de 16 páginas, dispostas conforme é
mostrado na imagem a seguir:
Um mesmo tipo de imposição pode ser obtido por diferentes sistemas, conforme
exemplos abordados por Baer (2005) apud Lugli (2019):  
Figura 3.5 - Esquema de imposição no qual F é igual à frente, e V é igual a verso
Fonte: Adaptada de Ambrose e Harris (2009).
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Bayer (2005) cita três métodos: a imposição frente e verso, na qual são
usadas duas matrizes diferentes, cada uma contendo metade das páginas,
e as folhas são impressas de um lado e, em seguida, do outro lado a
imposição Tira e retira, que organiza as páginas de frente e verso na
mesma Matriz, imprimindo uma fácil de toda a pilha de folhas, e depois é
virada lentamente e impressa em seu verso com a mesma Matriz, e a
imposição Tira e retira tombado, semelhante ao processo anterior, mais
com a inversão da pilha de papéis sendo feita de baixo para cima,
invertendo o lado da pinça.Os sistemas de imposição são determinados
pelo equipamento de impressão e das dobradeiras (LUGLI, 2019, p. 163-
164).
Cortes
Como vimos no início do tópico de acabamentos, em cada folha que entra na
máquina impressora são impressas diversas páginas. Para finalizar qualquer produto
gráfico, é necessário, efetuar cortes no material, para que chegue ao seu formato
final. Esses cortes podem ser simples (como o refile) ou especiais (como os que
utilizam faca de corte).
Re�ile
O re�le é o corte feito no papel impresso, que sai da máquina para dar acabamento
ao material. O re�le serve para retirar as marcas de indicação que foram
acrescentadas aos arquivos na etapa de fechamento (chamado de corte linear), para
abrir os cadernos após a dobra dos papéis e finalizar com o tamanho definitivo da
publicação. Em impressos com muitas páginas, é aplicado o re�le trilateral: o papel é
cortado em três lados, simultaneamente, para que toda a edição tenha o mesmo
tamanho. Esse processo é feito em equipamentos denominados guilhotinas
trilaterais, justamente pelo tipo de corte executado (VILLAS-BOAS, 2010).
Segundo Villas-Boas (2010) o refile pode ser feito em diversas etapas do processo
de impressão. Por ser um processo corriqueiro, não acrescenta custos, como os
demais acabamentos, e não é mencionado no pedido de orçamento.
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O re�le também pode ser denominado corte reto de guilhotina. Além desse tipo de
corte mais simples, existem as facas especiais (LUGLI, 2019).
Cortes especiais
As facas especiais (ou facas de corte) conferem um acabamento básico às
embalagens ou novas funcionalidades, estética e personalidade a impressos
editoriais e/ou publicitários (LUGLI, 2019).
Na categoria das embalagens (ou impressos cartotécnicos), podem-se fazer variados
tipos de acabamento especial. Os básicos, segundo Lugli (2019), são o corte e vinco,
e dobragem e colagem, que garantem a resistência, como os invólucros de produtos
necessitam ter.
Conforme Baer (2005) apud Lugli (2019), as facas de corte são feitas com base no
desenho planificado no formato final do material impresso. O desenho é recortado
em uma base de madeira ou mdf, formando sulcos. Atualmente, os sulcos podem ser
gravados na madeira, de maneira automatizada, com o uso de equipamentos CNC.
Com o desenho na madeira, são colocadas as lâminas curvadas com um martelo,
para um encaixe perfeito nos sulcos. Existem diferentes formatos de lâminas, para se
obterem acabamentos específicos. Além do corte, propriamente dito, podem-se
obter, ainda: o vinco, o serrilhado e o picote.
Villas-Boas (2010) afirma que os vincos, serrilhas e picotes têm forma e função
distintas:
o vinco é obtido por meio de pressão contra uma lâmina com bordas
arredondadas, e serve para facilitar o processo de dobra em uma
embalagem ou capa, por exemplo;
o serrilhado é feito com uma faca dentada e serve para confeccionar partes
destacáveis, como canhotos de bilheteria, ou para auxiliar a dobra de
papéis de alta gramatura, por exemplo, embalagens;
os picotes servem somente para partes destacáveis de materiais impressos
e costumam ser mais eficazes nessa função do que o serrilhado, por ser
feito justamente para esse fim.
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Como já mencionado, o vinco torna mais fácil a dobra dos materiais. A seguir, serão
demonstrados os processos de dobras e as funcionalidades que conferem ao
material impresso.
Na etapa de acabamento, os materiais impressos são finalizados para alcançar o
formato final, que chegará ao público-alvo. Nesse processo, as peças recebem
algumas melhorias na sua superfície ou na estrutura. Uma mesma peça pode receber
um ou mais tipo de acabamento, desde os mais básicos – que não influenciam o
preço final – até os mais refinados ou combinados, que acrescentam valor à peça,
mas deixam o orçamento mais caro (COLLARO, 2012).
Neste tópico, será apresentado o processo de dobras, suas diferentes classificações,
os resultados e adequações, dependendo do suporte.
Dobras
Esse recurso de acabamento serve para diminuir o formato final das impressões,
sem a utilização de cortes. Como afirmam Ambrose e Harris (2009), é possível criar
efeitos estéticos, e funcionalidades inusitadas e criativas, organizando o conteúdo
do impresso.
As dobras são produzidas por um maquinário chamado dobradeiras, que pode ser da
própria gráfica onde foi impresso o material ou de terceiros. No caso de
terceirização de dobras, é importante atentar que o prazo de entrega pode ser
maior.
Ambrose e Harris (2009) afirma que com dois tipos básicos de dobras, o designer
consegue uma série de variações de manuseio e de leitura de um material. Esses
tipos básicos são: dobra em vale e dobra em montanha.
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As duas dobras básicas dão origem a diversos sistemas diferentes. Villas-Boas
(2010) aconselha que, quando forem mais complexas, o designer deve saber qual é o
esquema de dobras do equipamento que a gráfica usa para entender o processo e
poder projetar a impressão adequadamente. Dentre os sistemas de dobras, os mais
usados são: dobras paralelas, feitas na mesma face do papel, cujo resultado é uma
dobra enrolada; dobras sanfonadas e  dobras cruzadas.
Figura 3.6 - Dobra vale (E) e dobra montanha (D)
Fonte: Adaptada de Ambrose e Harris (2009).
Figura 3.7 - Dobras paralelasFonte: Adaptada de Ambrose e Harris (2009).
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Nas dobras sanfonadas, também é utilizada a dobra paralela, feitas, porém nas duas
faces do papel, de maneira intercalada, tendo como resultado um material que
lembra uma sanfona.
As dobras cruzadas são dobras sobrepostas de maneira ortogonal.
Figura 3.8 - Representação da dobra sanfona
Fonte: Adaptada de Ambrose e Harris (2009).
Figura 3.9 - Dobra cruzada
Fonte: Adaptada de Collaro (2012).
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Dependendo da gramatura do papel, as dobras podem ter limitações. A tabela a
seguir indica o máximo de dobras, considerando a gramatura do papel (LUGLI,
2019):
Tabela 3.1 - Número de dobras possíveis em cada tipo de dobra para cada gramatura
Fonte: Baer (2005, p. 230 apud LUGLI, 2019, p. 167).
Tendo em mente a gramatura do papel, é possível conseguir acabamentos editoriais
diversos. Em um folheto de seis páginas, por exemplo, o sistema de dobras paralelas
usará duas dobras. Nesse tipo de dobra, a impressão é feita de um lado e,
posteriormente, o impressor vira o papel, para imprimir do outro lado, e o impresso
recebe um corte central (LUGLI, 2019).
Além dos sistemas de dobras mais comuns aqui apresentados, existem outros mais
sofisticados, que permitem que o material impresso expanda suas possibilidades
comunicacionais. Porém, é importante que o designer conheça o processo do
maquinário de que a gráfica dispõe, para a execução do trabalho, a fim de aproveitar
ao máximo os recursos. Esses processos serão abordados a seguir.
Dobra janela
Consiste em dobrar uma folha em quatro, com uma dobra central como parâmetro,
seguida de duas outras dobras, à esquerda e à direita dessa, virando as folhas das
Gramatura Cruzadas
Paralelas
(enrolada)
Sanfonadas
100g/m 4 4 5
120g/m 3   3 4
170g/m 2 2 3
300g/m 1 1 -
2
2
2
2
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extremidades para o meio.
Esse recurso é bastante utilizado em revistas, tanto em anúncios como em matérias
que precisam de uma visão panorâmica.
Dobra francesa
Recebe uma dobra em cruz, formando um caderno com quatro páginas, cujo
manuseio permite que seja aberta como um pequeno livreto de quatro páginas. Esse
recurso é realizado para aumentar o volume da publicação. Como explicam Ambrose
e Harris (2009):
O caderno é costurado pela lombada para que as dobras frontal e superior
permaneçam dobradas e não reveladas. A dobra superior a é re�lada
durante o processo de encadernação, mas a frontal é mantida a selada,
formando uma cavidade. A parte interna também pode ser impressa
(AMBROSE e HARRIS, 2009, p. 86).
Páginas desdobráveis
Figura 3.10 - Representação da dobra janela
Fonte: Adaptada de Ambrose e Harris (2009).
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Esse recurso consiste em uma folha encadernada junto com as demais páginas,
maior do que as páginas de tamanho normal, do restante da publicação:
Para abrir uma página desdobrável, o papel extra é estendido
horizontalmente. A folha deve ter um tamanho ligeiramente menor do que
o da publicação para caber confortavelmente quando dobrada. Uma
página desdobrável é semelhante a página desdobrável para cima, que se
estende verticalmente quando aberta (AMBROSE; HARRIS, 2009, p. 82).
Por vezes, a dobra serve como recurso de capa para pequenas publicações como
brochuras. Nesse caso, como apontam Ambrose e Harris (2009), o recurso é
conhecido como autoencadernação.
Autoencadernação
A autoencadernação não é um tipo de encadernação, propriamente dita, pois as
folhas que compõem a publicação, apesar de estarem envoltas pela página dobrada,
estão como unidades soltas, e o leitor se encarrega de reunir as páginas
manualmente, após a leitura (AMBROSE; HARRIS, 2009).
Os processos de acabamentos descritos são os tipos mais básicos. Porém, as
técnicas, usadas de maneira criativa, podem agregar valor à publicação e
personalidade às peças. Entretanto, é importante que se tenha em mente o
orçamento disponível, para saber se esses recursos são adequados ao seu projeto.
praticarVamos Praticar
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Os impressos cartotécnicos podem passar por diversos tipos de acabamentos especiais. Os
básicos são: corte e vinco, dobragem e colagem. Assinale a alternativa que se refere às
características da faca que produz o vinco e à utilidade desse tipo de acabamento.
a) Lâmina serrilhada: o vinco serve para dar um acabamento sofisticado à superfície
da embalagem.
b) Lâmina afiada: serve para dar acabamento arredondado às bordas da embalagem,
aumentando a segurança no manuseio.
c) Lâmina cega: serve para marcar a posição das dobras e facilitar a sua execução.
d) Serve para criar desenhos em relevo e usa uma lâmina com ponta fina e afiada.
e) Lâmina arredondada: serve para separar partes destacáveis de matérias, como
bilhetes, por exemplo.
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indicações
Material
Complementar
L I V R O
Deseñar con papel - Teecnicas y possibilidade
del papel en el diseño grá�ico
Natalie Avella
Editora: Natalie Avella
ISBN 13: 978-84-252-2086-9.
ISBN 10: 84-252-2086-6
Comentário: Comentário: o livro, amplamente ilustrado,
fornece exemplos práticos da utilização de diferentes tipos
de dobras e cortes, e a aplicação desses acabamentos em
trabalhos de design gráfico. Um guia simples, para inspirar
designers a utilizarem todas as possibilidades que cortes os
especiais propiciam, e como esses recursos ampliam a carga
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simbólica das peças, ou sua funcionalidade, do lúdico ao
sofisticado.
F I L M E
Processo tampográ�ico
Ano: 2015
Comentário: Comentário: o vídeo exibe o processo de
impressão por tampografia: a confecção das matrizes para a
impressão, o maquinário utilizado, os ajustes feitos pelo
operador na máquina, a preparação da tinta e a aplicação da
técnica em diferentes substratos.
Para saber mais sobre o assunto, assista ao vídeo.
TRAILER
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conclusão
Conclusão
Nesta unidade, você aprimorou seus conhecimentos sobre o design gráfico
impresso, ao estudar diferentes tipos de impressão e ter uma introdução sobre a
etapa do processo gráfico, que pode deixar o material  impresso mais atraente e
resistente. Compreendeu a relação de custo/benefício desses processos, e o suporte
para os quais se destinam, por meio da leitura e fixação dos seguintes saberes:
xilografia como processo histórico e artístico, sua classificação como
processo relevográfico e a inserção no panorama da cultura brasileira;
a rotogravura, classificada como processo encavográfico, descobrindo
como funciona o processo de impressão, conhecendo mais as matrizes de
baixo-relevo e sua característica de alta qualidade em aplicações de
grandes tiragens;
conheceu mais tipos de impressão digital jato de tinta e a laser, e como
funciona o processo de impressão de cada um;
descobriu o que é acabamento gráfico, e foram apresentadas as técnicas de
cortes, dobras e vinco.
referências
Referências
Bibliográ�cas
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COLLARO, A. C. Produção Grá�ca: arte e técnica da direção de arte. 2.ed. São Paulo:
Pearson Prentice Hall, 2012.
IMPRESSÃO rotogravura. EditoraAbril. Disponível em:
<http://grafica.abril.com.br/rotogravura.php>. Acesso em: 15 ago. 2019.
LUGLI, D. Produção publicitária impressa. Curitiba: InterSaberes, 2019.
MARINHO, F. Literatura de cordel. Brasil Escola. Disponível em:
<https://brasilescola.uol.com.br/literatura/literatura-cordel.htm>. Acesso em: 15
ago. 2019.
PERUYERA, M. Diagramação e layout. Curitiba: InterSaberes, 2018.
RODRIGUES, Z. Xilogravura nordestina: o encontro do tradicional e do
contemporâneo. Follow the Colours, jul. 2016. Disponível em:
<https://followthecolours.com.br/art-attack/xilogravura-nordestina/>. Acesso em:
15 ago. 2019.
VILLAS-BOAS, A. Produção grá�ca para designers. Rio de Janeiro: 2AB, 2010.
IMPRIMIR
http://grafica.abril.com.br/rotogravura.php
https://brasilescola.uol.com.br/literatura/literatura-cordel.htm
https://followthecolours.com.br/art-attack/xilogravura-nordestina/
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