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Sistemas de Organização Social e Política
Introdução
· Sistemas políticos, o que é?
· Designa, em sentido amplo, um complexo de atividades políticas interligadas a dada sociedade, o que não implica a adoção de qualquer modelo específico de sistema
· A política não é atividade restrita a governos democráticos liberais modernos
· O foco da política moderna é o Estado-Nação, baseada em territórios, mas há algo em desenvolvimento que pode constituir ameaça à dominância dos sistemas geograficamente baseados
· Nenhum sistema política é isolado – ele coexiste com outros sistemas. Há interconexões pelos quais os sistemas afetam e são afetados mutuamente como guerras, tendências econômicas, desastres naturais, etc.
Estados e Sociedades
· Definição de Estado para Max Weber
· Organização que reivindica com sucesso o monopólio do uso legítimo da força física em um dado território
· Mundo é dividido em áreas geográficas exclusivas
· Cada área tem um governo, cuja autoridade é reconhecida pelo povo para manter a ordem entre eles
· Uso da força, se necessário
· Governo dividido em central, regional e local
· Dividido em 3 poderes: Poder Judiciário, Poder Executivo e Poder Judiciário
· Decisões tomadas dentro de estrutura formal
· Algumas pessoas / organizações detêm autoridade inerente sobre outras
· Política é um aspecto universal das sociedades humanas. Está disseminada em muitas sociedades e governos nacionais centralizados, não são de modo algum inevitáveis
Política sem Estado: Sociedades Tribais ou Sociedades Simples
· Existia sem a presença de uma autoridade central, ou seja, de um governo, não sendo fundamental a centralização do poder, pois funciona através do consenso baseado no costume
· Conceito: Sociedades com culturas comuns, estruturas de papéis indiferenciados, forte ênfase no parentesco e nos costumes, com reivindicação de uma ancestralidade comum
· Costumes são tradições que passam de geração e geração e dão coesão a esses grupos
· Diferem do modelo de governo de Estado em relação ao território, pois pensam o governo como uma propriedade de um grupo parental, ou seja, todos descendendo do mesmo ancestral, ou casados com tais pessoas
· Nota-se a ausência de qualquer semelhança a uma organização governamental fixa
· Veem a lei como parte do modo de vida herdado de seus ancestrais, e não como criação de uma legislatura representativa soberana – por tal motivo seria inconcebível para eles o processo de substituir suas leis por outras
	Também havia mudanças e alterações, mas de modo mais lento em comparação com as sociedades complexas de hoje em dia.
 Era um direito consuetudinário (baseado nos costumes), sendo a lei herdada dos ancestrais.
· Sociedade funciona de modo descentralizado
· Percebe-se que a aplicação da lei e a defesa do grupo, não requerem um governo centralizado
· Existência de consenso sobre costumes (leis) aplicados
· Disputados resolvidas por meio de reuniões ou assembleias, antes de se optar pela guerra ou violência
· Nessas sociedades tribais há lei em vez de anarquia
· Tomada de decisão coletiva em relação à autodefesa e à cooperação econômica
· Sociedades do lazer. A sociedade era formada de uma forma de que seus membros se dedicavam ao trabalho somente o tempo necessário para que o trabalho gerasse o que eles iriam consumir. Não tinham o pensamento de acumular. Sobrava mais tempo para o lazer.
Feudalismo
· Havia reis que reinavam, mas não governavam. Os reis não possuíam os instrumentos necessários para exercer o poder como um exército, uma burocracia dedicada à fiscalização das leis, sistemas de tributação.
· Conceito: forma de governo em que o rei está no topo, mas na qual ele sozinho não é capaz de governar, dependendo assim, de um restrito corpo de nobres, os quais, por sua vez, garantem o apoio militar em forma de infantaria e cavalaria e na base desta hierarquia estão os camponeses, sua grande maioria.
· Não existe uma centralização de poder, mas havia uma multiplicidade de poderes. Havia diversos reinos convivendo, com sobreposição de poderes. Cada senhor feudal estabelecia suas próprias regras.
· Sistema elitista, poder reside nas mãos de poucos
· A posse da terra envolvia não somente a ideia moderna de propriedade, mas a noção de governo
· Lugares onde ocorreu:
· Europa do século IX a XIV
· Japão pré-moderno
· América antes da aprovação da 13ª emenda
· Rússia até a reforma emancipadora de 1861
· Presença de Fortes instituições de tomada de decisão, centralizada
· Apesar de dividia em vários territórios formados por Estados e Mini-Estados, a ideia de que cada um tinha jurisdição própria é inoportuna
· A aplicação da lei e a defesa foram objeto de uma colcha de retalhos de direitos e privilégios, em consequência de uma pirâmide de relações pessoais entre lordes e vassalos. Cada vassalo, por sua vez, era o senhor de um grupo inferior de nobres, descendo até o nível de cavaleiro comum em sua propriedade senhorial
· Havia uma sobreposição de jurisdições
· Conflitos eram resolvidos e as comunidades podiam tomar decisões sobre sua defesa e bem-estar econômico, não existia nenhuma máquina estatal eficaz e centralizada
Estado sem Nação: Reinos
· Conceito: Considerado um exemplo de política dinástica – não se trata de governo de indivíduos, mas sim de famílias. Assim, o Estado era considerado propriedade de uma única família, independentemente do sentido geográfico ou da origem étnica ou nacional
· Os reis além de reinar, governam, iniciando o exercício de poder efetivamente
· Surgimento: Surgiram da evolução de territórios feudais individuais
· Reinos surgiram com fronteiras definidas dentro das quais:
· Autoridades entrais reivindicavam jurisdição exclusiva
· Exército próprio
· Burocracia
· Sistemas judiciários sofisticados, com direito de recurso
· Sistema de tributação em separado dos arrendamentos pagos ao proprietário da terra
· Assembleias legislativas representativas
· Sistemas políticos monárquicos compartilhavam:
· Estilo de política de corte
· Administração da Casa Real e de suas propriedades era indissociável dos negócios do reino
· Apesar de o rei possuir poder absoluto, ele necessitava de um corpo de conselheiros para ajudá-lo a governar
· Poder podia estar com aqueles escutados pelo monarca com mais frequência, independentemente de sua posição oficial
· Há uma série de conselheiros que agiam a fim de formar o caráter do monarca para que ele defendesse seus interesses
· A posição do monarca é tradicional: a mesma tradição que o coloca como rei, estabelece limites para o exercício de poder por ele
· Política enfatiza o clientelismo
· A capacidade política do ocupante do trono é uma consideração vital. Havia a possibilidade de ministro-chefe de um rei tolo ou preguiçoso obter o poder efetivo
· Embora raros, ainda existem essa espécie de reino em alguns países como Kuwait, Nepal e Arábia Saudita. Além disso, mesmo em sistemas políticos modernos, há a existência de dinásticas políticas como é o caso da família Sarney no Brasil que possui posição tradicional do Maranhão.
Estado sem Nação: Impérios
· Conceito: Representa uma progressão dos reinos, em termos econômicos, de força militar e burocracia. Império implica a existência de um governante acima dos reis, ou seja, o imperador. Os territórios passam a ser mais extensos exigindo uma comunicação e transportes mais eficientes. Se baseia em um reino dominante, com reinos menores sob sua dependência. 
· Caracterizam-se pelo desenvolvimento de uma ampla economia capaz de orbitar em torno do dinheiro, permitindo complexas trocas em longas distâncias. Essas distâncias exigiam meios de comunicação eficientes entre os funcionários públicos imperiais, que também deviam ser capazes de trabalhar em conjunto e de modo coordenado. 
· Distribuía seus recursos bélicos por longas distâncias e com isso contava com boas estradas e / marinha além de soldas profissionais. 
· Para manter a ordem e se comunicarem passou a ser uma necessidade a burocracia e a alfabetização.
· A conexão geográfica direta, por meio de fronteirascompartilhadas não é um elemento definidor dos impérios. O poder econômico permite que os impérios se dispersem no espaço
· Impérios se baseiam em vantagem militar, mas também vantagens da cultura citadina
· Governantes deviam estar preparados para tolerar a diversidade linguística, cultura e religiosa, desde que seus súditos estivessem preparados para assumir os compromissos políticos necessários às prioridades do império.
· Um contraste entre os impérios antigos e os coloniais europeus do século XIX e XX, era a relação de racismo com seus súditos.
· Na globalização, o inimigo do império não é mais ideológico ou nacional, mas um tipo de rede criminal ou terrorista
Estado Nação e Soberania
	Sistema Estatal – Estado
· Conceito: Estado é o sistema politicamente organizado, dotado de um povo, de uma ordem jurídica própria e poder, que ele exerce dentro de um determinado território.
· É o sistema mais importante do Sistema Político e aquele que predominou sobre os demais, apesar de ainda coex – O Estado moderno, que surge na modernidade (período histórico muito influenciado pelo iluminismo, pela reforma protestante
· É o período de estabelecimento do sistema capitalista
· Alguns doutrinadores defendem que estamos presenciando o fim da modernidade o início da pós-modernidade
· Características essenciais do Estado Moderno / Elementos Constitutivos do Estado
1. Povo – conjunto de pessoas com mesmo vínculo jurídico ou político perante o Estado (nacionalidade)
· Povo ≠ População
	População é o total de pessoas que vive dentro do território do Estado. Compreende o estrangeiro. Vínculo temporário com o Estado. Quantitativo
Povo deve gozar de características comuns. Vínculo perene com o Estado. Qualitativo
· Povo ≠ Nação
	Nação remete a um grupo de pessoas com traços culturais comuns – costume, crenças, língua e religião. O indivíduo deve se sentir pertencente a determinado grupo.
2. Território – espaço físico delimitado por fronteiras onde o Estado exerce sua jurisdição, ou seja, seu poder de mando e do uso da força. Não existe Estado sem território. O território pode abarcar até 3 dimensões: terrestre, aérea e marítima.
3. Poder (Governo Soberano) – elemento de maior controvérsia e + complexo. Relacionam-se ao elemento poder o Governo e a Soberania (são conceitos diferentes, porém próximos). Poder, governo e soberania são faces diferentes do mesmo elemento.
· Governo: órgãos responsáveis pelo exercício do poder do Estado
4. Ordenamento Jurídico - conjunto de leis que o Estado possui e que o organiza. Relaciona-se ao fato de o Estado possuir uma Constituição.
5. Soberania – capacidade que o Estado tem de se autodeterminar, autogovernar, de fazer e aplicar suas próprias leis, Autonomia do Estado em relação a fatores de ordem interna e externa, inclusive, frente a outros Estados. Assim interna ou externamente o Estado não reconhece autoridade superior à sua.
	A ciência política chama os Estados que não possuem autonomia de Estados fracassados ou Estados falidos.
6. Reconhecimento Externo – Estado é reconhecido por outros Estados como soberano.
· Conceito: Estado soberano baseia-se principalmente na ideia de que cada nação tem o direito à autodeterminação. O povo da nação é considerado consentindo com o estabelecimento de um governo sobre ele e, ainda, apoiando um sistema de leis, sua cultura e tradições
· Há elementos constitutivos do Estado, que o diferenciam dos demais sistemas de organização política 
· Governo que toma decisões por meio de uma máquina estatal é útil para justificar o estabelecimento de sistemas democráticos de autogoverno em oposição ao domínio estrangeiro ou autocrático. 
· O resultado constitucional da separação dos poderes e do estabelecimento de um governo local, regional e nacional é considerado a decisão da nação
· A consolidação ou dissolução de nações pode ser explicada pela teoria econômica. Funciona, analogamente, ao modo como empresas adquirem outras Nações se incorporam quando seu valor econômico é maior conjuntamente do que como Estados soberanos separados.
· A soberania possui uma característica essencialmente territorial o avanço da cartografia levou à configuração do Estado moderno como consequência da necessidade de centralização e burocratização, além do incentivo a uma mudança da segurança territorial da cidade para o controle do mapeamento linear do espaço. Essa mudança explica tanto o conflito quanto a cooperação entre Estados
Política entre Estados
· Conceito: No âmbito internacional, a política é vista como dependendo de compromisso e negociação, em vez de resultante de decisões tomadas por uma autoridade de órgãos representativos
· A partir do ponto de vista do modelo Estado-Nação, a política internacional se parece mais com a polícia das sociedades sem Estado do que com a política interna dos Estados existe direito internacional, mas não há autoridade Internacional suprema para impor, interpretar ou alterar esse direito. Apesare de a ONU ser considerada como possível legisladora/governante do mundo ela entende que cada Estado possui sua soberania e arbítrio final sobre o que se passa em seu território. Além disso os organismos internacionais são mantidos de forma a depender da concordância dos Estados e tratados autorizando tais poderes
· Estados menores, com menos recursos econômicos e militares são mais dependentes do espaço dado pelo direito internacional do que Estados grandes e poderosos.
· As relações internacionais são entendidas como um jogo com participantes mais ou menos racionais, como a política de soma zero – o ganho de um em detrimento da perda da outra – objetivando coalizões vencedoras. Isso sem desprezar os objetivos consensuais de soma não zero. Para os cidadãos comuns é mais importante permanecer vivo e continuar com atividades econômicas e comerciais mutuamente benéficas do que pertencer a um Estado mais poderoso.
· Entretanto, é uma simplificação descrever política internacional a partir das escolhas de indivíduos somente. O processo de política externa, a decisão deve ser vista como parte de processos organizacionais de tomada de decisão e de barganha política 
· Quanto mais as relações internacionais são analisadas, menor parece ficar a importância das diferenças entre política interna e internacional
Política para além do Território
· Conceito: A política não existe somente em dada área geográfica, ela existe em espaços alternativos. Relaciona-se com frequência à globalização. A geopolítica olha para além das fronteiras, a fim de considerar a realidade das implicações da política desterritorializada.
· Desterritorialização – termo que possui vários conceitos a depender dos autores
	Desterritorialização está ligado às ideias de Gilles Deleuze e Félix Guattari, que descrevem o território como uma colagem em constante mutação, que se forma e então é substituída por uma outra coisa. A substituição de uma forma política por outra, gerando a reterritorialização.
· Significa a supressão de uma determinada prática política lastreada num espaço físico por uma outra sem lastros espaciais
· Fim do Estado-Nação e das fronteiras geográficas, o que dá lugar a um mundo sem fronteiras
· As fronteiras nacionais são cada vez permeáveis
· A ideia de desterritorialização tem crescido desde o fim dos anos 1990, pois o território passou a perder seu sentido e importância em relação a problemas sociais e políticos. Graças aos recentes avanços no espaço global a lógica de que o Estado ainda pode ser a solução para a maior parte dos problemas já não parece ser tão adequada
· Fatores-chave para desterritorialização
1. A tecnologia, notadamente a internet
· A internet cria comunidades transnacionais
· Cria redes semiformais com potencial para desafiar o Estado, tanto de dentro da própria nação como internacionalmente
2. Terrorismo
· Terrorismo possui conceito emocional: alguém que é terrorista para um, pode ser um guerreiro pró-libertação para outro
· Terroristas jugaram fidelidade não a um Estado, mas a um ideal sem fronteiras· Grupos terroristas como a Al-Qaeda acreditam num ideal não territorial, sendo que eles mesmos não se concentram em um único Estado – dessa forma na ameaça não vem somente de um território definido
· Necessita de um método de abordagem para enfrentar essa ameaça que reduza a própria força do Estado ao criar novas normas.
· A desterritorialização levada a cabo pelo avanço da globalização poderá criar condições sociais e culturais como existiam mais de uma centena de anos atrás

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