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CROMATOGRAFIA: Técnica de separação baseada na distribuição dos componentes de uma mistura entre um fluído (fase móvel ou eluente) e um adsorvente (fase estacionária = sólido ou líquido depositado em um sólido inerte empacotado em uma coluna ou espalhado por uma superfície). • Formação de bandas de cores diferentes nas colunas devido à absorção diferencial dos pigmentos corados: percolam com velocidades diferentes e emergem separadamente da coluna 1. PRINCIPAIS TÉCNICAS: 1.1. Modo de separação: cromatografia de adsorção, de partição, de troca iônica, de exclusão molecular, de permeação em gel e de afinidade. 1.2. Cromatografia Líquida: técnica para a separação dos componentes de soluções líquidas para fins analíticos. • A amostra é injetada com uma microsseringa, e é homogeneamente distribuída no topo da coluna. A fase móvel transportando a amostra é forçada a percolar através da coluna por uma ação externa, que pode ser: uma simples força da gravidade (cromatografia de baixa pressão) ou uma força intensa gerada por bombas (de alta pressão) HPLC; que supera a resistência da coluna ao escoamento da fase móvel. Na percolação, os componentes migram com velocidades diferentes, sendo identificados na saída da coluna, num detector que registra a composição da amostra analisada. • Os principais detectores são: UV, de fluorescência, o de índice de refração, eletroquímico e de massas. • Cromatografia de fase normal: fase estacionária mais polar que a fase móvel. • Cromatografia de fase reversa: fase estacionária menos polar que a fase móvel. • Os adsorventes mais usados na de fase normal são a sílica e a alumina e na reversa são substâncias polares quimicamente ligadas (sílica + longa Cad. Car.). Os eluentes: metanol, água, e acetonitrila. • O modo de operação mais usado é a cromat. de eluição: eluente flui pela coluna e a amostra é injetada no eluente. Os componentes dela se deslocam pela coluna com diferentes velocidades, segundo o grau de afinidade com o solvente, e são separados na saída da coluna, identificados como uma sucessão de picos no cromatograma. 1.3 Cromatografia Planar: • EM PAPEL: separação dos componentes de uma mistura e realização da análise quanli em função dos fatores de retenção e cores. Técnica simples, requer poucos instrumentos, porém maiores restrições para a sua utilização em termos analíticos. *Substâncias polares interagem mais com solventes polares e vice-versa. Variando a polaridade do solvente, separam-se os componentes da amostra. • EM CAMADA DELGADA: (CCD) separação pela diferença de afinidade dos componentes de uma mistura pela fase estacionária. Método simples, rápido, visual e econômico, muito escolhido para o acompanhamento de reações orgânicas e para a purificação e identificação de frações coletadas em cromat. líquida. * O fator de retenção (Rf) é um parâmetro muito importante; razão entre a distância percorrida pela substância e distância percorrida pela fase móvel. *Sílica gel é a fase estacionária. E a escolha da móvel não é simples pois as mais usadas são muito polares (não devem ser utilizados solventes pouco polares pois não removeriam os compostos do ponto de aplicação e nem muito polar pois são capazes de arrastar todos até o topo da placa) por isso se faz a mistura. *Os compostos org. são incolores, para a análise, se faz um processo de revelação: placas com fase estac. fluorescentes, composto analisado é fluorescente ou o iodo é colocado na placa, pois ao se complexar, apresenta pontos marrons. CROMATOGRAFIA GASOSA: 1. O QUE É? • Separação de substâncias voláteis e termicamente estáveis arrastadas por um gás através de uma fase estacionária (sólido adsorvente ou líquido pouco volátil que distribui os componentes entre as 2 fases através de processos como adsorção, diferenças de solubilidades e volatilidade. A fase móvel (gás de arraste) transporta a amostra da coluna até o detector, onde os componentes são separados e detectados. Mais usados: H2, N2, He, Argônio. • A amostra é vaporizada e introduzida num fluxo de gás adequado (gás de arraste). O fluxo passa por um tubo com a fase estacionária (coluna cromatográfica), onde a mistura é separada. 2. CROMATOGRAMA: • Registro gráfico da análise. • Indica: * Tempo de retenção e área do pico; * Concentração de cada componente da amostra; * Aumentando a concentração dos componentes, aumenta proporcionalmente a área do pico do componente; * Informações importantes sobre o desempenho da separação; • Tempo de retenção= tempo transcorrido desde a injeção até o máximo do pico obtido. 3. TEMPERATURA DO FORNO (COLUNA): • Análise isotérmica: temperatura constante do forno do início ao final da análise (picos mais juntos – difícil de identificar) • Programação de temperatura: temperatura é alterada durante a análise (picos mais separados – melhor visualização). TI: bem inferior ao PE do mais volátil / TF: próxima ao PE do mais volátil. 4. EFICIÊNCIA = CAPACIDADE DE ELUIÇÃO COM O MÍNIMO DE DISPERÇÃO DO ANALITO. 5. EFEITOS DE ALARGAMENTO DOS PICOS = SEPARAÇÃO DEFICINTE COM RETENÇÕES PRÓXIMAS E OS PICOS MAIS LARGOS E MENOS INTENSOS GERAM MENOR DETECTABILIDADE. 6. GÁS DE ARRASTE: • Parâmetros para a seleção: Não interagir com a fase estacionária nem com a amostra Adequado ao detector Custo acessível e estar disponível no mercado Pureza 7. SISTEMAS DE INJEÇÃO DE AMOSTRAS: • Parte do cromatógrafo onde a amostra é introduzida. • Vaporiza a amostra • Mistura vapor com a fase móvel • Transfere o vapor para dentro da coluna. • A temperatura do injetor deve ser: Suficiente para vaporizar rapidamente a amostra. Não deve decompor, contaminar, nem perder a amostra. 30 a 50ºC acima do PE do composto menos volátil. • Formas simples: Câmara de aquecimento, Injetor liner/glass insert e linhas de fluxo de gás. • A forma de injeção é muito importante e existem diversos modelos de acordo com as características das operações, como: quantidade de amostra, diâmetro da coluna, espessura da fase líquida da coluna, concentração e estabilidade térmica. 7.1. MODOS DE INJEÇÃO: • Injeção Split: Proporciona a vaporização instantânea da amostra. Vantagem: previne a introdução de compostos não voláteis da amostra e pico com bom formato. Desvantagem: discrimina os compostos com alto ponto de ebulição e termicamente estáveis e não serve para uma análise quanti. Utilizado para amostras com concentrações elevadas, e a injeção é feita a quente. Alguns efeitos indesejáveis são minimizados pelo liner: maior eficiência na transferência de calor para amostra, mistura total da amostra com gás de arraste, material não volátil não alcança a coluna. • Injeção Splitless: Recomendada para amostras muito diluídas, semi-voláteis e análises de traços (compostos a nível traço). A amostra é vaporizada no injetor e arrastada para a coluna. PE do solvente deve ser menor do que o PE dos componentes da amostra. • Injeção on-column: Injeção a frio, boa para compostos termicamente instáveis. A amostra é introduzida como líquido diretamente na cabeça da coluna. Não há discriminação dos componentes com alto PE, minimiza decomposição (perda) dos compostos instáveis e a rápida contaminação da coluna por compostos não voláteis. Melhor para amostras limpas e diluídas. • Glass Insert: se usa para eliminar contato da amostra com metal e aquecer uniformemente para melhorar vaporização da amostra. • Injeção com válvula de amostragem/loop: utilizada no controle de processos, onde amostras gasosas ou líquidas fluem continuamente por uma aspiral. As vezes é necessário concentrar a amostra. 8. DETECTORES: Sua função é acusar a presença e medir a quantidade de componentes no efluente da coluna. Algumas características são importantes na seleção do tipo de detector, escolhe-se quemelhor atende ao tipo de análise: Sensibilidade, Seletividade, Ruído, Quantidade mínima detectável, Faixa linear, etc. Podem ser destrutivos ou não, específicos, universais, seletivos. A escolha é em função de: tipos de amostra (famílias químicas), faixa de concentração, analise quali ou quanti ou ambas, custo, destrutivo ou não. 8.1. TIPOS DE DETECTORES: • DETECTOR DE IONIZAÇÃO EM CHAMA (DIC ou FID): formação de íons quando um composto é queimado em uma chama de hidrogênio e oxigênio (ar sintético). *Gás de arraste: He, H2 ou N2. *Destrutivo, seletivo, altamente sensível e excelente estabilidade. *Heteroátomos diminui sua resposta. *Principal indicação: hidrocarbonetos. *Análises de álcool e ésteres, monômeros, combustíveis. *Não detecta CO, CO2, O2, N2, H2O. • DETECTOR DE CONDUTIVIDADE TÉRMICA (DCT): variação da condutividade térmica do gás de arraste. O corpo quente perde calor a uma velocidade que depende da composição dos gases que o circundam. A velocidade de perda pode ser usada como medida da composição do gás. *Detectores de resposta universal, sensíveis (não tanto quanto o FID) a concentração e estáveis. * Gás de arraste: H2 ou He (alta condutividade térmica). *Mais fácil de estragar do que o FID. *Detecta CO, CO2, O2, N2, H2O • DETECTOR DE CAPTURA DE ELÉ TRONS (ECD): *Seletivo, não destrutivo e estável e sensível. *Responde bem a substâncias com átomos eletronegativos: halogenados, oxigenados e organoclorados. *Fácil de estragar. *Gás de arraste: N2. * H2O e O2 afetam a sensibilidade (é facilmente contaminado). • DETECTOR SELETIVO DE MASSAS (MS): os picos eluídos da coluna passam por bombardeamento de elétrons que acarreta na fragmentação em íons. Os íons formados são separados e detectados no espectro de massas. *Destrutivo, universal, alto preço, sensível. *Excelente para análises qualitativas *Fornece informações sobre a estrutura da substância (espectro de massas). *Limitações: só analisa amostras com massa maior de 12 u.m.a. • Detector Termiônico (NPD): o gás de arraste é o nitrogênio e o hélio. Estabilidade regular e é destrutivo. Detecta composto com P ou N na estrutura. • Detector de Fotoionização (PID): Específico para compostos ionizados por UV. Estabilidade razoável e não destrutivo. 9. COLUNAS: nela ocorre o processo de separação dos componentes da amostra, sendo composta por 3 partes: tubo cilíndrico, suporte sólido e fase estacionária. Critérios de escolha: Quais são as substâncias que serão separadas; temperatura de trabalho (até por causa da fase estacionária, já que há amostras com PF muito alto); polaridade; grau de resolução e eficiência desejados; custo; tipo de análise; precisa separar isômeros?. Regra: coluna mais parecida com a polaridade da maioria dos componentes da amostra. 9.1 TIPOS DE COLUNAS: • Colunas empacotadas (vidro): A coluna é recheada com um sólido podendo ter uma grande superfície adsorvente (com ou sem líquido dentro) – cromatografia de adsorção; ou o sólido pode ter uma fina camada líquida – cromatografia de partição. O processo é mais demorado, pois o gás de arraste deve passar por todo o recheio e atravessar. • Colunas capilares (tubular aberta): o diâmetro é muito pequeno, assim pouca amostra precisa ser injetada e a analise é mais rápida. Em geral as fases estacionárias são polímeros líquidos suportados nas paredes internas. Algumas possuem uma fase quimicamente ligada ao tubo, sendo mais resistente. Podem ser classificadas de acordo com a fixação da fase estacionária: * SCOT: fase líquida suportada em partículas finas de um sólido inerte, maior diâmetro pelo tamanho das partículas dos suportes sólidos revestidos pela fase líquida, maior capacidade de amostra, compostos voláteis. * WCOT: fase líquida suportada nas paredes internas, menos diâmetro. * FQL: fase estacionária ligada (lig. covalente) ás paredes internas de sílica fundida. Permite altas temperaturas sem provocar a sangria, dura mais. *PLOT: para cromatografia gás-sólido. • Cromatografia de adsorção (gás-sólido): o mecanismo de interação, soluto/fase estacionária, envolve adsorção na superfície do sólido poroso. É indicada para gases de baixo peso molecular. *Peneira molecular: Separação de He, O2, CH4, N2 e CO. * Sílica gel: Ar, H2, CO, CH4 e outros hidrocarbonetos. *Carbopack (grafitizado): superfície apolar, separa por diferença geométrica e polaridade. *Porapak Q: melhor fase para separar água. • Cromatografia de partição ou gá-líquido: o mecanismo de interação envolve a partição da amostra entre o gás (fase móvel) e o líquido (fase estacionária). A fase líquida deve estar suportada ou nas paredes ou em um sólido poroso e inerte. Fase líquida: elevado PE, baixa viscosidade, solubilização diferenciada da amostra. Suporte sólido: grande superfície específica, inércia química, estabilidade térmica, não absorver a amostra, resistência mecânica e partículas uniformes. Quando não se sabe o que tem na amostra, escolha a coluna com baixa polaridade. *Sempre obter informações sobre a amostra: componentes prováveis, faixa de ebulição, polaridades e estrutura química. SEMELHANTE DISSOLVE SEMELHANTE: quanto mais semelhança entre a fase líquida e a amostra, mais simples a separação e maior a eficiência. 10. RESOLUÇÃO E EFICIÊNCIA: a) Resolução (R): expressa o quanto 2 picos estão separados. R= 1 = 90% de separação R= 1,3/1,5 = separação OK R= 5 = MUITO separado Aumentando a temperatura, diminui o R. Tr= tempo de retenção Wb= largura do pico da linha base b) Eficiência (pratos teóricos): capacidade de eluição com o mínimo de dispersão do analito. O poder de separação de uma coluna dependerá das trocas entre a amostra e a fase líquida. Quanto mais etapas de equilíbrio, melhor a separação. Coluna eficiente tem um número alto de pratos teóricos (N). N= 16 . (tr/Wb)2 ou HETP = altura equivalente de prato teórico (H) H= L/N, sendo L= comprimento da coluna em cm Quanto menor H, melhor! 11. ANÁLISE QUALITATIVA: junto com outras técnicas, a cromatografia gasosa identifica muito bem os componentes da amostra. FATORES QUE DEVEM SER CONSIDERADOS ANTES DA ANÁLISE: origem da amostra, composição, pH, curva de destilação, solubilidade, polaridade. • Como identificar as substâncias separadas na coluna e listadas no cromatograma? *Usando detector de massas; *Comparando tempos de retenção de padrões (ou misturas de padrões) com os obtidos nos analitos em questão. DEVEM ser usadas as mesmas condições de análise: temperatura (forno, injetor e detector), vazões dos gases, volume de amostra e coluna. *Co-injeção de padrões: amostra+ alíquota de padrão (que suspeita-se ser a substância em questão) = nova injeção. Caso a área tenha aumentado se trata da substancia testada, se apareceu outro pico, não se trata. RAMPA DE TEMPERATURA ou taxa de programação de temperatura: tr Wb1 Wb2 R= tr/ média da largura dos picos M= (Wb1+Wb2)/2 40°C 3min 70°C X°C/min 12. PREPARO DE AMOSTRAS: em CG as amostras devem ser voláteis e termicamente estáveis. O principal objetivo dos métodos de preparação é transferir os analitos com interesse da matriz original, numa forma mais adequada para introduzir no cromatógrafo. AMOSTRAGEM MATRIZ PREPARO DE AMOSTRAS ANÁLISE VIA CG 13. ANÁLISE QUANTITATIVA: baseada em estabelecer o valor da área da banda cromatográfica, a banda é um pico que idealmente deve ter formato gaussiano. Este é o parâmetro quantitativo. • Normalização: assume que todos os picos foram eluídos e detectados, e que o detector apresenta a mesma resposta para todos os picos. • Normalização com áreas corrigidas (com fator de resposta):melhor que a normalização simples, mas ainda assume que todos os picos eluiram da coluna • Padronização externa: melhor do que os anteriores, mas requer o uso de padrões de alta pureza e controle exato de volume injetado. • Padronização Interna: o padrão interno é um composto que se adiciona á amostra, sendo que ele não está presente na amostra, inerte frente á amostra e ao solvente, não vai interferir na análise, possui alta pureza, é adicionado em concentrações similares ao composto de interesse, tempo de retenção próximo ao do analito, área do pico também similar, ser pesado de forma exata (atuará como referencia) é da mesma “família” do analito ser bem resolvido em relação aos outros picos. Ex: determinação de benzeno em efluente (PI = tolueno); determinando etanol no sangue (PI= isopropanol). Amostras gasosas são coletadas em cilindros de inox e as líquidas em frascos de vidro ou plástico. Voláteis: uma boa tampa e frasco de vidro. Saber a procedência, separação de fases, presença de catalisador, turva (água ou etc). Amostra bruta. Podem ser gasosas, líquidas ou sólidas. Limpeza/filtração e pesagem Neutralização (catalisador ou ácidos) Secagem Derivatização (transforma- composto muito polar, o produto em derivado de acordo com o que se tem no lab. Daí se analisa o derivado) Extração (técnicas de enriquecimento): LLE (líquido-líquido, consome muito solvente, é menos eficiente, usada para compostos orgânicos semi-voláteis), Soxhlet (muita perda, muito solvente, demorado e eficiente, compostos organicos semi-voláteis de matrizes sólidas ), Arraste de vapor (rota-vapor, não usa solvente orgânico, sem resíduo), Headspace (quando a matriz é sólida, pastosa, produto natural de solo, amostra bem triturada). Pré-concentração: concentrações muito baixas. SPE – extração em fase sólida SPME – microextração em fase sólida
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