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Anatomia ROBERTA ESTEVES – 6° SEMESTRE PROFESSOR MÁRIO SANCHES Aula 1 - Anatomia Musculoesquelética Coluna – Anatomia e Patologias · O conjunto das vértebras e dos discos intervertebrais forma a coluna vertebral, o esqueleto do pescoço e do dorso, que é a principal parte do esqueleto axial (isto é, os ossos articulados do crânio, coluna vertebral, costelas e esterno). A coluna vertebral estende-se do crânio até o ápice do cóccix. · A coluna vertebral: · Protege a medula espinal e os nervos espinais · Sustenta o peso do corpo superior no nível da pelve · Garante um eixo parcialmente rígido e flexível para o corpo e uma base alargada sobre a qual a cabeça está posicionada e gira · Tem um papel importante na postura e locomoção (o movimento de um local para outro). · Discutiu-se que a coluna é capaz de sustentar – o osso serve de arcabouço para algo (sustenta a medula) ® usa o osso como ponto de fixação; locomoção; proteger (envolta a medula), alavanca de movimento; reserva mineral – cálcio e fósforo; e, por fim, hematopoese (função da medula); · A coluna vertebral normalmente tem 33 vértebras, organizadas em cinco regiões: · 7 vértebras cervicais; · 12 torácicas; · 5 lombares; · 5 sacrais; · 4 coccígeas. · As vértebras tornam-se maiores gradualmente, à medida que a coluna vertebral desce até o sacro, e depois tornam-se progressivamente menores em direção ao ápice do cóccix (a mudança de tamanho está relacionada com o fato de as vértebras sucessivas suportarem cada vez mais peso corporal, à medida que se desce a coluna vertebral); · A vértebra típica consiste em um corpo vertebral, um arco vertebral e sete processos. · O corpo vertebral é a parte anterior do osso, de maiores proporções, aproximadamente cilíndrica, que confere resistência à coluna vertebral e sustenta o peso do corpo. O tamanho dos corpos vertebrais aumenta à medida que se desce na coluna, principalmente de T4 para baixo, pois cada um deles sustenta cada vez mais peso. · Os espaços entre as trabéculas são ocupados por medula óssea vermelha, que está entre os tecidos com maior atividade hematopoiética (formadora de sangue) do indivíduo maduro. · As curvaturas primárias (CIFOSES torácica e sacral) são formadas durante o desenvolvimento; as curvaturas secundárias (LORDOSES cervical e lombar) são decorrentes da postura ereta humana. · As cifoses torácica e sacral são côncavas anteriormente, enquanto as lordoses cervical e lombar são côncavas posteriormente. · As cifoses torácica e sacrococcígea e lordoses cervical e lombar são fisiológicas – desde que estejam dentro de sua angulação fisiológica (até +/- 10°). · As curvaturas oferecem resiliência (absorção de choque e flexibilidade) ao esqueleto axial. · A estrutura da coluna é mista (osso esponjoso e compacto), sua forma é irregular. A região sacrococcígea é onde as vértebras estão fusionadas. · Na visão AP encontra-se no eixo linear e em perfil apresenta curvaturas que servem para distribuir o peso e a forma da carga corporal. · Como limites podemos citar: · Superior: Crânio. · Inferior: Coccix. · Anterior: Pescoço, caixa torácica e abdômen. · Posterior: Músculos. · Cada região tem elementos que fazem parte das propriedades vertebrais. · Corpo, processo transverso, pedículo, processos articulares (articulam com a vértebra de cima e de baixo), lâmina, o processo espinhoso e forame vertebral (juntos formam o canal vertebral). · Existem também os forames intervertebrais, quando conectadas uma vertebra à outra e chamados de incisura quando a vértebra está sozinha. · As incisuras superior e inferior das vértebras adjacentes, junto com o disco que as une, formam o forame intervertebral para a passagem de um nervo espinal e seus vasos acompanhantes · Essas estruturas supracitadas são gerais de todas as vértebras. VÉRTEBRAS CERVICAIS · Região composta por 7 vértebras; · Essas vértebras formam o esqueleto do pescoço; · São as menores e isso reflete o fato de sustentarem menos peso (apenas a cabeça) do que as inferiores maiores; · O corpo é quadrilátero; · ATENÇÃO: o atributo mais característico das vértebras cervicais é o forame transversário oval no processo transverso (ou seja, o processo transverso possui um orifício chamado de forame transversal); · Esse forame serve de passagem para artérias vertebrais, plexos venosos e simpáticos. Esses forames fazem parte do trajeto da artéria vertebral, a partir da subclávia até o forame magno. · O forame cervical é mais amplo por servir de passagem à medula mais superior; · O processo espinhoso é bífido, exceto em C7 e C1; · Todas as vértebras cervicais possuem forame transverso, porém a artéria vertebral não passa em C7, sendo esse muitas vezes menor ou inexistente. · A artéria vertebral é o primeiro ramo da subclávia, então a saída da vertebral fica num nível acima da C7 (a partir de C6). · A C7 é uma vértebra saliente caracterizada por um processo espinhoso longo – chamada de vértebra proeminente. · C1 e C2 possuem características diferentes (Atlas e Áxis): · C1 ou ATLAS é singular porque não possui corpo nem processo espinhoso e sim um tubérculo, é a vértebra cervical mais larga. · C2 ou ÁXIS é a mais forte das vértebras cervicais, possui um “dente rombo”, o processo odontóide que funciona como um eixo para o arco anterior de C1, permitindo o movimento de rotação cervical com maior amplitude. VÉRTEBRAS TORÁCICAS · As vértebras torácicas estão localizadas na parte superior do dorso e nelas se fixam as costelas; · · As principais características das vértebras torácicas são as fóveas/faceta costais para articulação com as costelas. · As facetas articulares (4) também são chamadas de processos; · Os processos articulares estendem-se verticalmente com duas faces articulares de orientação quase coronal que definem um arco cujo centro é o disco intervertebral. Esse arco permite a rotação e algum grau de flexão lateral da coluna vertebral nessa região. Na verdade, aqui é permitido o maior grau de rotação. Então, o processo espinhoso é mais verticalizado e o corpo é mais arredondado. · O forame vertebral também tende a ficar menor. · Lateralmente, possui duas facetas no corpo e uma no processo transverso. Na faceta superior do corpo se encaixa a cabeça da costela e o tubérculo da costela se articula na faceta do processo transverso. VÉRTEBRAS LOMBARES · As vértebras lombares estão localizadas na região lombar, entre o tórax e o sacro. · Os discos intervertebrais estão entre os corpos das vértebras; · O corpo tem formato de rim; · Os pedículos são mais curtos e robustos; · Como o peso que sustentam aumenta em direção à extremidade inferior da coluna vertebral, as vértebras lombares têm corpos grandes, sendo responsáveis pela maior parte da espessura da região inferior do tronco no plano mediano. · A vértebra L5, caracterizada por seu corpo e processos transversos fortes, é a maior de todas as vértebras móveis. Sustenta o peso de toda a parte superior do corpo. O corpo de L5 é bem mais alto anteriormente; portanto, é o principal responsável pelo ângulo lombossacral entre o eixo longitudinal da região lombar da coluna vertebral e o do sacro. · Na face posterior da base de cada processo transverso há um pequeno processo acessório, que permite a fixação dos músculos intertransversários. Na face posterior dos processos articulares superiores há pequenos tubérculos, os processos mamilares, que permitem a fixação dos músculos multífidos e intertransversários no dorso. · Na vértebra lombar, o processo espinhoso é mais quadrado e horizontalizado; · Em C7 e T1 temos semelhanças pois é uma zona de transição; OBSERVAÇÕES CLÍNICAS ® Punção lombar: uma linha horizontal que une os pontos mais altos das cristas ilíacas atravessa a extremidade do processo espinhoso de L4 e o disco entre L4 e L5. Este é um ponto de referência útil ao se realizar uma punção lombar para colher uma amostra de líquido cerebrospinal (LCS) ® Entre os processos espinhoso consegue-se fazer a raqui VÉRTEBRAS SACRAIS · Situa-se entre os ossos do quadril e forma o teto e aparede posterossuperior da metade posterior da cavidade pélvica. · Formado por cinco vértebras sacrais fundidas em adultos. · O formato triangular do sacro resulta da rápida diminuição do tamanho das massas laterais inferiores das vértebras sacrais durante o desenvolvimento. · A metade inferior do sacro não sustenta peso; portanto, seu volume é bem menor. · O promontório do Sacro recebe todo o peso (parte superior); · O canal sacral é a continuação do canal vertebral no sacro. Contém o feixe de raízes dos nervos espinais originadas abaixo da vértebra L1, conhecido como cauda equina, que desce após o término da medula espinal. · Nas faces pélvica e dorsal do sacro, entre seus componentes vertebrais, há normalmente quatro (um entre cada vértebra) pares de forames sacrais para a saída dos ramos posteriores e anteriores dos nervos espinais – os anteriores (pélvicos) são maiores do que os posteriores (dorsais); · O sacro sustenta a coluna vertebral e forma a parte posterior da pelve óssea. · As características clinicamente importantes da face dorsal do sacro são o hiato sacral em formato de U invertido e os cornos sacrais. · O hiato sacral resulta da ausência das lâminas e do processo espinhoso de S5 e, às vezes, de S4. O hiato sacral leva ao canal sacral. · Os cornos sacrais, representam os processos articulares inferiores da vértebra S5 e são úteis como guia para sua localização. · As cristas sacrais correspondem aos processos espinhosos das outras vértebras. OBSERVAÇÃO CLÍNICA: ® Na anestesia peridural caudal ou analgesia caudal, um anestésico local é injetado na gordura do canal sacral que circunda as partes proximais dos nervos sacrais. Isso pode ser feito por várias vias, inclusive o hiato sacral. Como o hiato sacral está situado entre os cornos sacrais e abaixo do processo espinhoso de S4 ou da crista sacral mediana, esses pontos de referência ósseos palpáveis são importantes para localizar o hiato. VÉRTEBRAS COCCÍGEAS · O cóccix é um pequeno osso triangular que geralmente é formado pela fusão das quatro vértebras coccígeas rudimentares. · O cóccix é o remanescente do esqueleto da eminência caudal embrionária. · Seus processos transversos curtos estão unidos ao sacro, e seus processos articulares rudimentares formam os cornos coccígeos, que se articulam com os cornos sacrais. · O cóccix não participa com as outras vértebras na sustentação do peso do corpo na posição ortostática; entretanto, na posição sentada, ele pode sofrer alguma flexão anterior, indicando que está recebendo algum peso · O sacro e cóccix foram fundidos; ASSOCIAÇÕES CLÍNICAS: HÉRNIA DISCAL: pode estar relacionado com algo pós-traumático ou laboral; · Qualquer estrutura anatômica que traspôs seu lugar de origem; · O disco intervertebral tem um núcleo líquido, quando o líquido gelatinoso sai/vaza há a compressão de uma raiz nervosa com dor, ciatalgia, paresia, astenia, parestesia ® A etiologia é a ruptura do anulo fibroso, o ligamento está intacto mas se abaula e comprime a raiz nervosa. · O quadro clínico: · Se há preferência de lado há maior compressão da raiz nervosa, então, o paciente além da dor referida apresenta a dor irradiada (POSTERO-LATERAL OU POSTERO-MEDIANA); · Hérnias medianas ou paramedianas; · Diagnóstico por RNM (consegue ver líquido); · A dor muscular aumenta com compressão e maior tensionamento muscular (teste de Lasegue) para diferenciar de uma dor radicular; TRAUMA RAQUIMEDULAR: injuria da medula espinhal, resultando em dano permanente ou temporário das funções motoras, sensitivas ou autônomas; · Por ser um tecido que não cicatriza, se há lesão considera-se um quadro irreversível; · Classificação de FRANKEL: · Diagnóstico clínico, anamnese bem detalhada, radiografia por lesão de vértebra e, por fim, a TC e a RM são o melhor exame para confirmação. · A radiografia pode identificar pedaços de ossos na medula, em caso de acidentes, por exemplo. · NÃO EXISTE TRATAMENTO: deve-se evitar (preventivo); LEMBRAR PARA PROVA: HÉRNIAS POSTEROLATERAL/MEDIANAS LEMBRAR DO DISCO (COMO PODE COMPRIMIR UMA ESTRUTURA) QUAIS OS ELEMENTOS DE UMA VERTEBRA
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