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Circulação Sanguínea Professora MSc Gabriela Meira ▶ Sistema Circulatório - Comunicador de Matéria e Energia . ▶ Transporta continuamente metabólitos diversos. ▶ Exercer ininterrupto de energia potencial e cinética sobre as partes do organismo. Introdução ▶ Coração – Bomba cardíaca ▶ Vasos sanguíneos – Formam rede contínua, unida pelo coração ▶ Sangue, - Fluido parte células, parte líquido ▶ Sistema de controle – Sistema Nervoso Autônomo Simpático e Parassimpático. Componentes do Sistema ▶ Metabolismo molecular das células dos marca-passos atriais (1). ▶ Dispara PA ▶ Propaga-se através dos feixes nervosos (2) ▶ Despolarização do PA seguida de contração muscular (3) ▶ Ejeção de sangue no sistema (4) ▶ 1 e 2 – Campo eletromagnético ▶ 3 e 4 – Campo gravitacional Funcionamento Campo Eletromagnético •As ondas se dirigem em várias direções •Soma vetorial da atividade elétrica – Eixo elétrico ou Vetor Elétrico do Coração ▶ Galvanômetros – Registram PA do coração em várias partes do corpo ▶ Equipamento fabricado antes da era Eletrônica para registrar potenciais. ▶ Registro da atividade cardíaca – Eletrocardiograma (ECG) Galvanômetro Princípios Biofísicos que Prevalecem na Tomada do ECG ▶ Eletródio ativo (Ea) e Eletródio referência (Er) – Determina potenciais e correntes biológicas. ▶ Dipolo (+ e -) - energia se distribui em linhas isopotênciais. ▶ Colocando um voltímetro: dp = Ea – Er mV Potencial dp Eletrocardiograma - ECG Método Clássico de Einthoven Ea Er DI = Vl - Vr Braço esquerdo – Braço direito DII = Vf - Vr (pé esquerdo – braço direito) DIII = Vf - Vl Pé esquerdo – braço esquerdo •Derivação - Cada modo de ligar os eletródios. • Somando DI + DIII = DII. •Cada derivação é registrada separadamente. •Perna direita usada como terra para evitar campos Em externos. •Modo de registro bipolar – Cada eletródio registra seu potencial e há a soma algébrica. Método Unipolar de Wilson •Er ligado à terminal central com potencial zero •Os três pontos são ligados entre si com resistência de 5000Ω, diminuindo o potencial no ponto T para 0. •Ea é colocado onde se quer medir. •Wilson introduziu medidas precordiais V1 e V6. •Ea é colocado em várias partes do Torax. Derivações Precordiais ▶ Substituiu as derivações do método de Wilson. ▶ Derivações Vr, VL e Vf. ▶ Central terminal T obtida com duas resistências, cancelando-se a resistência correspondente ao membro a ser medido. ▶ aVr – Vr aumentada; aVl – Vl aumentada; aVf – Vf aumentada. ▶ V1 a V6 não precisam de derivação aumentada porque já tem potenciais altos. ▶ O registro habitual é: DI, DII, DIII, aVr, aVl, aVf, V1, V2, V3, V4, V5 e V6. ▶ Os registradores modernos têm essas ampliações de dp feitas eletronicamente. Registro Unipolar Aumentado ▶ Represente ddp em mV em função do tempo. ▶ Vertical : 0,1mV ▶ Horizontal : 40ms ▶ Onda P, complexo QRS, onda T e eventualmente onda U. Traçado Básico do ECG Ondas de ECG Onda U – Repolarização lenta dos músculos papilares (músculos que abrem as valvas bi e tricúspide) O Eixo Elétrico do Coração ou Vetor Cardíaco ▶ Representa a resultante de várias ondas de despolarização do sincício miocárdico, especialmente da massa ventricular. ▶ A soma dos vetores no complexo QRS, nas derivações uni e bipolares, dá algumas informações sobre a hipertrofia do miocárdio, e outros dados de interesse clínico. ▶ O coração está colocado no centro de um triângulo equilátero, e seu vetor se projeta no plano compreendido pelo triângulo. ▶ Projetando-se os vetores DI, DII e DIII, no cruzamento das linhas se forma o eixo elétrico (Ee). Método do Triângulo de Einthoven ▶ Como usar o triângulo de Einthoven como sistema de coordenadas é pouco prático, este é transformado em sistema cartesiano, pelo deslocamento do triângulo. ▶ Os lados do triângulo são empurrados. ▶ Tirar o ECG; ▶ Somar os pulsos principais do complexo QRS em DI, DII e DIII; ▶ Lançar os valores no sistema de coordenadas, respeitando a polaridade. ▶ Os valores normais estão de -30° a +110° para uns e 0° a +90° para outros. O Processo é Simples: ▶ O biotipo morfológico se acompanha de valores normais aproximadamente característicos. ▶ Em pessoas baixas o Ee se aproxima de 0°, em altas de +90° e normais tem posição intermediária. Biotipo ▶ Princípio estatístico baseado na distribuição dos seis vetores (DI, DII, DIII, aVR, aVL e aVF). ▶ Sistema de coordenadas anterior acrescido de derivações unipolares aumentadas. Métodos das Derivações Clássicas e Unipolares ▶ Determinar a polaridade de cada derivação, sendo necessário medir o comprimento dos vetores; ▶ Traçar, de acordo com a polaridade, um arco de círculo que comece na derivação e termina nas duas derivações perpendiculares (ângulo reto); ▶ Após traçar os seis arcos de círculo, verificar quais derivações são cortadas pelo maior número de arcos, onde estará o Ee. O Procedimento é o Seguinte: ▶ Esse método se simplifica quando, ao se fazer o traçado, nota-se que uma derivação qualquer possui pulsos isodifásicos (igual nas duas fases). ▶ Nesse caso o eixo elétrico é perpendicular à derivação isodifásica. Campo Gravitacional e a Circulação Fisiologia do Coração Sistema Circulatório e Pressão Pressão Grande e Pequena Circulação ▶ Regime Estácionário - O fluído que entra é igual ao que sai. ▶ Fluxo - A quantidade de líquido que passa é a mesma em cada segmento. F = f1 = f2 = f3 ▶ Energética – A velocidade de circulação diminui à medida que o diâmetro aumenta. v1>v2>v3 ▶ A pressão lateral aumenta, porque a soma Ep + Ec é aproximadamente constante, e a Energia potencial (Ep) cresce às custas da Energia cinética (Ec). ▶ Na realidade, parte da Ec é consumida pelo atritio, e a Ep não aumenta tanto Ep1<Ep2<Ep3 Conceitos ▶ A equação do fluxo é a mesma de qualquer outro condutor: f = v x A ▶ Exemplo: Em um sistema em regime estacionário, o fluxo é de 100ml. Min-¹. se os segmentos A, B e C possuem áreas de 10, 20 e 100 cm², qual é a velocidade nesses três segmentos? Fluxo ▶ Fluxo: 100ml.min^-1 ▶ Áreas: 10, 20 e 100 cm^2 ▶ Considerando: Resposta ▶ Quais são as relações entre as condições do fluxo estacionário e a fisiopatologia circulatória? Fluxo Estacionário em Biologia ▶ Uma das mais graves emergências circulatórias. ▶ A quantidade de sangue que entra é maior que a que sai. ▶ Pode ocorrer por aumento da resistência à circulação, por falha do coração. ▶ O acúmulo de sangue (estase) impede as trocas gasosas e tende a sair pelos alvéolos, “afogando” o paciente no próprio plasma. ▶ Calcula-se que uma estase de 1% por 10 minutos é fatal. Quebra do Regime Estacionário – Edema Pulmonar ▶ Um paciente tem um desvio de 1% no RE, durante 10 minutos. Calcule a quantidade de fluido que fica no pulmão, considerando a normalidade de 90BPM: Exemplo ▶ Supondo um débito de 81ml a cada batida, 1% é 0,8 ml, aproximadamente, o fluido acumulado em 10 minutos será: ▶ Volume = 0,8 ml x 90BPM x 10min = 700mL Resposta ▶ É necessário estancar o sangramento e repor o volume dependendo da situação. ▶ Os sangramentos arteriais são mais perigosos que os venosos. Quebra do Regime Estacionário – Hemorragias ▶ Energia total (Et) = Energia potencial (Ep) + Energia cinética (Ec) + Energia dissipada no atrito (Ed) + Energia posicional devido à ação do campo G (Eg) Energética dos Fluxos Estacionários ▶ O componente Eg será desprezado nesse caso por não alterar o resultado. A equação fica: Et = Ep+Ec+Ed = constante. ▶ A soma das energias é constante. Relação entre Energética do Fluxo e Pressão Lateral ▶ A Ec, representa a velocidade do fluxo, e não pode diminuir no regime estacionário. ▶ Ela se gasta em parte para vencer a Ed e se repõe às custas da Ep, que causa pressão lateral. Assim, a pressão cai ao longo do vaso. ▶ É por esse motivo que artérias laterais distais possuem menor pressão de irrigaçãoque as proximais. Efeito este contrabalanceado pela divisão das artérias em segmentos de áreas cada vez maiores. ▶ Estenose é um estreitamento da luz do vaso e o aneurisma é uma dilatação. ▶ Na parte estenosada o sangue circula com maior velocidade. ▶ No aneurisma a velocidade é menor. ▶ Há maior frequência de infarto em regiões onde há artérias esclerosadas, pois na aterosclerose (deposição de gordura e cálcio na luz do vaso), há estenose. Anomalias de Fluxo ▶ Onda de pulso – Energia da contração cardíaca que se propaga pelo sangue (Energia mecânica). ▶ Corrente sanguínea – Deslocamento da massa de sangue medida pelo movimento das hemácias (Matéria). ▶ Onda de pulso se propaga com velocidade de 4 a 6 vezes maior que a corrente sanguínea. Pulso e Corrente Sanguínea ▶ Sístole – Contração com esvaziamento do coração. os átrios ejetam sangue nos ventrículos, e esses nas artérias aorta e pulmonar. ▶ Diástole – relaxamento com entrada de sangue nas cavidades cardíacas, e fechamento das válvulas arteriais. Energética da Sístole e Diástole ▶ A contração do ventrículo lançou a massa de sangue com Energia cinética (Ec) que se divide em dois componentes: ▶ Um, como Ec acelera o sangue e dilata a artéria e o outro como Ep, se armazena na artéria. Representação do Ventrículo Esquerdo Antes da Sístole ▶ Quando a sístole termina, começa a diástole, a válvula aórtica se fecha, a Ec da contração está gasta. ▶ Então a Ep armazenada na artéria se forma parcialmente em Ec. Ficam novamente dois componentes: ▶ Um com Ec, mantém a corrente sanguínea. Outro, como Ep, mantém a pressão lateral. ▶ O estado estacionário no capilar é importante. ▶ Se o fluido que sai é maior do que o fluido que entra, imediatamente, a água é retida no Compartimento Extracelular (CEC). ▶ Pode ser causado por: Edema ▶ É a pressão que deve ser aplicada sobre uma membrana semipermeável para evitar que o solvente a atravesse, ou seja, é a força contrária à osmose. ▶ Diminuição da Posm intracapilar, por hipoproteinemia. A resultante osmótica na entrada do capilar diminui e há escape de fluido para o CEC. ▶ Na saída do capilar, a entrada de fluido é também prejudicada, acentuando a retenção de fluido no CEC. ▶ Aumento de sais no CEC. Quando, por razões de insuficiência cardíaca, ou renal, há retenção de sais, a Posm do CEC aumenta, com consequente retenção de fluido nesse compartimento. Alterações na Pressão Osmótica ▶ É a pressão que ocorre no interior dos líquidos, sendo exercida pelo seu próprio peso. ▶ Dilatação arteriolar ou constrição venular, ambos com aumento da Phid e consequente aumento do vetor de saída e diminuição do vetor de entrada de fluido. ▶ Aumento da pressão venosa, onde a passagem do sangue pelos capilares exige aumento da Phid, e a situação das forças é maior na saída e menor na entrada de fluido. ▶ Ação do campo gravitacional. Alterações na Pressão Hidrostática ▶ Substâncias como histamina, bradicinina e cininas, aumentam a permeabilidade do capilar e permite o vazamento de macromoléculas, em especial a albumina, para o CEC. ▶ Com a queda da Posm intracapilar, fluido se acumula nesse espaço. ▶ Tal edema acompanha os estados inflamatórios. Alterações na Permeabilidade do Capilar Fluxo Laminar, Fluxo Turbilhonar e seu Relacionamento com a Circulação Sanguínea ▶ No fluxo laminar a entropia é adequada ao processo, não havendo desperdício de energia cinética, e o fluxo é proporcional à velocidade linear do sangue. ▶ No fluxo turbilhonar, a entropia é exagerada, porque a parte da Ec é gasta em vencer um atrito interno maior, causado pelo choque de fluidos em movimento turbilhonar, e a velocidade linear do fluido é menor. ▶ Laminar – silencioso ▶ Turbilhonar – ruidoso. Termodinâmica ▶ Número de Reynolds – Valor adimensional que indica o limite entre o fluxo laminar e turbilhonar. ▶ Em condutores retilíneos, é Re é cerca de 2000 no SI. Número de Reynolds e Velocidade Crítica Exemplo Resposta ▶ A medida indireta da PA consiste em comprimir uma artéria através de um manguito de ar ligado a um nanômetro. ▶ Quando a pressão externa aplicada colaba as paredes da artéria, o fluxo cessa completamente, e nada se escuta no estetoscópio. ▶ Em seguida o manguito é descomprimido gradualmente. ▶ Quando a pressão sanguínea é suficiente para forçar u jato de sangue através da parte estreitada, esse jato passa rapidamente com fluxo turbilhonar, e se ouve um ruído, é a pressão sistólica. Medida de Pressão Arterial ▶ Continua-se a descompressão gradual. ▶ Quando o escoamento volta ao laminar, o ruído desaparece e a pressão é a diastólica. ▶ De modo geral a circulação sanguínea é laminar, ou seja, silenciosa. ▶ A presença de fluxo turbilhonar é conhecido como sopro circulatório. ▶ Normal – Atividade física intensa ▶ Patológico – diminuição da viscosidade do sangue por ex. Sopros Circulatórios Fatores Físicos que Condicionam o Fluxo – Lei de Poiseuille Exemplo Resposta ▶ Um dos fatores mecânicos mais importantes para o controle do fluxo na circulação. ▶ Como o raio está elevado a 4ª potência, uma diminuta variação corresponde a grande variação do fluxo. Raio ▶ O fluxo é inversamente proporcional ao comprimento. Comprimento do Tubo ▶ Diminuição da viscosidade – Aumento da velocidade. Anemia profunda – Sopro ▶ Aumento da viscosidade – Diminuição da velocidade ▶ Policitemia vera – Aumento do número de hemácias Viscosidade ▶ Pressão (p) = Resistência (R) x Fluxo (F) Resistência Periférica ▶ Pressão = força/área ▶ Tensão = força/raio ▶ Quanto maior é a área, menor é a pressão e quanto maior é o raio, menor é a tensão. ▶ A lei de laplace tem equações que dependem da forma do continente: ▶ P é a pressão exercida na cavidade e T a tensão exercida pelas paredes da cavidade. Relação entre Pressão e Tensão – Lei de Laplace ▶ A tensão é mantida por fibras musculares (coração) ou elásticas (vasos sanguíneos). ▶ A comparação entre as formulas para esferas e cilindros mostra que, para um ventrículo de 3 cm e uma aorta de 1cm de raio, a tensão no ventrículo tem que ser 6 vezes maior que na aorta, para manter a mesma pressão. Campo Gravitacional e a Circulação ▶ A contribuição quantitativa do campo G é 0,78 mmHg. ▶ Considerando que a cada 1 cm de altura do campo G, a coluna de sangue pesa 0,78 mmHg ▶ Exemplo 1 – Qual a contribuição do capo G para a pressão sanguínea arterial na cabeça, a 40 cm acima do coração? Sabendo que a pressão arterial no coração é cerca de 95 mmHg e o vetor G é negativo. ▶ Resposta: 40 x 0,78 = 30 mmHg. 95-30 = 65 mmHg. ▶ Exemplo2 – A pressão venosa na cabeça é cerca de 5 mmHg. Qual o efeito do campo G? ▶ Resposta: P = 5 – (40 x 0,78) = 5 – 31 = -26 mmHg. (pressão negativa). ▶ Exemplo 3 – Qual é a contribuição do campo G para a pressão arterial no pé de um indivíduo, em posição ereta? A distância coração – pé é cerca de 90mmHg. ▶ Resposta : P = 90 + (120 x 0,78) = 90 + 90 = 184 mmHg. 1. Quais são as partes fundamentais do sistema cardiovascular? 2. Qual é a série de eventos do ciclo cardiaco? 3. Se o eletródio ativo é colocado sobre o tórax, quais as derivações podem ser medidas? 4. O que ocorre para a formação das ondas P, QRS e T? 5. Qual a diferença entre onda de pulso e corrente sanguínea: 6. Descrever sístole e diástole: 7. Se naquele vaso sanguíneo for determinado o fluxo sanguíneo de 80ml.min^-1 com velocidade de 10cm.min^-1, qual o tamanho da área analisada? 8. Por que há maior incidencia de infarto tissular em regiões irrigadas por artérias estenosadas? 9. Qual a diferença entre onda de pulso e corrente sanguínea? 10. Descreva a energética do fluso na sístole e diástole: 11. Descreva algumas causas de edema: 12. Diferencie fluxo laminar e turbulento: Atividade 13. Descrever a tomada da pressão arterial usando o esfigmomanômetro e o estetoscópio: 14. Qual é a alteraçãode fluxo que provoca o aparecimento do sopro?
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