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Contabilidade Geral
 Prof. Osir Afonso Tessari
2013
Copyright © UNIASSELVI 2013
Elaboração:
 Prof. Osir Afonso Tessari
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri UNIASSELVI – Indaial.
	657
T338c Tessari, Osir Afonso
 Contabilidade geral / Osir Afonso Tessari, Indaial : Uniasselvi, 
2013.
 
 187 p. : il
 
 ISBN 978-85-7830-802-5
 1. Contabilidade.
 I. Centro Universitário Leonardo da Vinci.
apresentação
A partir de agora, estudar contabilidade geral torna-se um desafio. Esse desafio será estimulante dentro de uma sistemática diferente de estudar e aprender. Certamente, com a sistemática de educação a distância, estaremos construindo conhecimentos de maneira empreendedora e, ao mesmo tempo, contribuindo para transformar nossa localidade, nossa cidade, nosso estado e nosso país num lugar bom para se viver.
A contabilidade é um instrumento fundamental para auxiliar a administração moderna e tem como objetivo principal gerar informações para embasar as decisões a serem tomadas. Para isso, a contabilidade dispõe de recursos que permitem a identificação, o registro, a mensuração e possibilita a análise dos eventos econômicos que alteram o patrimônio de uma entidade. Uma organização, que não possui um sistema contábil que seja eficaz na evidenciação das reais oscilações de sua riqueza, não estará apta a garantir sua continuidade no mundo empresarial.
Da mesma forma, a contabilidade é importante não apenas no ambiente empresarial, mas também é útil para as pessoas que dirigem qualquer empreendimento, ou tomam decisões importantes no dia a dia, pois a contabilidade dispõe de recursos que permitem analisar relatórios com informações que irão auxiliar no processo decisório.
A Contabilidade é a ciência que avalia e mensura a riqueza das empresas ou das pessoas, proporcionando informações corretas e confiáveis para a tomada de decisões. A contabilidade geral, como disciplina, é importante para a formação de gestores que futuramente irão tomar decisões e dar novos rumos às empresas as quais irão dirigir.
Para que o desafio de estudar contabilidade geral se torne prazeroso, iremos utilizar neste caderno uma linguagem simples e lógica, com uma metodologia diferenciada, em que cada tópico estudado seja comparado à construção de um degrau de uma grande escada. Assim, no final do Caderno, cada acadêmico(a) terá construído a sua grande escada do conhecimento contábil. 
Então, vamos ao desafio e desde já desejo bons estudos contábeis a todos.
Prof. Osir Afonso Tessari
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UNI
IV
VI
sumário
UNIDADE 1: A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS ...................................... 1
TÓPICO 1 – NOÇÕES BÁSICAS DE CONTABILIDADE ............................................................. 3 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 3
2 A ORIGEM DA CONTABILIDADE ................................................................................................ 3
3 CONCEITO ........................................................................................................................................... 4 4 CAMPO DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL ..................................................................................... 6
5 OBJETO E FINALIDADE DA CONTABILIDADE ....................................................................... 8
6 OS INTERESSADOS NAS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS ....................................................... 11 7 A ENTIDADE CONTÁBIL ................................................................................................................ 13
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 16
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 17
TÓPICO 2: PATRIMÔNIO .................................................................................................................... 19
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 19
2 CONCEITO DE PATRIMÔNIO ........................................................................................................ 20
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................................... 25
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 26
TÓPICO 3: O ATIVO, PASSIVO E O PATRIMÔNIO LÍQUIDO ................................................. 27 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 27
2 ATIVO .................................................................................................................................................... 27
3 PASSIVO ............................................................................................................................................... 29
4 PATRIMÔNIO LÍQUIDO .................................................................................................................. 31
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 35
5 OS DIVERSOS ESTADOS PATRIMONIAIS ................................................................................ 36
5.1 SITUAÇÃO LÍQUIDA POSITIVA ................................................................................................ 36
5.2 SITUAÇÃO LÍQUIDA NEGATIVA .............................................................................................. 37
5.3 SITUAÇÃO LÍQUIDA NULA .......................................................................................................38 LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................. 39
RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................................... 43
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 44
TÓPICO 4: CONTABILIZANDO COM BALANÇOS SUCESSIVOS .......................................... 45 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 45 2 A CONSTITUIÇÃO DE UMA EMPRESA ...................................................................................... 45
3 CONTABILIZANDO AS OPERAÇÕES DE UMA EMPRESA ................................................... 46
3.1 CONTABILIZANDO A CRIAÇÃO DA EMPRESA ................................................................... 46
3.2 CONTABILIZANDO A AQUISIÇÃO DE IMÓVEL .................................................................. 47
3.3 CONTABILIZANDO A AQUISIÇÃO DE MÁQUINAS ........................................................... 48
3.4 CONTABILIZANDO A AQUISIÇÃO DE MÓVEIS E UTENSÍLIOS ...................................... 49
3.5 CONTABILIZANDO A VENDA DE UM BEM .......................................................................... 50
3.6 CONTABILIZANDO O PAGAMENTO DE UMA DÍVIDA ..................................................... 51
3.7 CONTABILIZANDO O RECEBIMENTO DE UM DIREITO ................................................... 52
III
4 CONCEITO DE CAPITAL ................................................................................................................. 53
4.1 CAPITAL SOCIAL .......................................................................................................................... 53
4.2 CAPITAL PRÓPRIO ....................................................................................................................... 53
4.3 CAPITAL DE TERCEIROS ............................................................................................................ 53
4.4 CAPITAL TOTAL À DISPOSIÇÃO DA EMPRESA ................................................................... 54 RESUMO DO TÓPICO 4 ....................................................................................................................... 55
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 56
UNIDADE 2 – A ESTRUTURA DO BALANÇO E AS VARIAÇÕES PATRIMONIAIS ........... 61
TÓPICO 1: A ESTRUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL ...................................................... 63 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 63 2 O BALANÇO PATRIMONIAL E SUA ESTRUTURA .................................................................. 64 3 AS CONTAS .......................................................................................................................................... 68
4 O PLANO DE CONTAS ..................................................................................................................... 69
5 A ELABORAÇÃO DO PLANO DE CONTAS ................................................................................ 70
6 CONTAS SINTÉTICAS E ANALÍTICAS ....................................................................................... 78
RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 79
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 80
TÓPICO 2: RAZONETES E AS PARTIDAS DOBRADAS ............................................................. 81 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 81
2 RAZONETES ........................................................................................................................................ 81 3 PARTIDAS DOBRADAS ................................................................................................................... 82
3.1 REGRA PARA AS CONTAS DO ATIVO ..................................................................................... 82
3.2 REGRA PARA AS CONTAS DO PASSIVO ................................................................................. 83
3.3 REGRA PARA AS CONTAS DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ..................................................... 83 RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................................... 87
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 88
TÓPICO 3: AS VARIAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO E A APURAÇÃO DOS 
RESULTADOS ......................................................................................................................................... 91
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 91
2 RECEITAS E DESPESAS .................................................................................................................... 91 3 ENCERRAMENTO DAS CONTAS DE RESULTADO ................................................................. 97 RESUMO DO TÓPICO 3 ....................................................................................................................... 103
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 104
TÓPICO 4: ATOS E FATOS ADMINISTRATIVOS ......................................................................... 107 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 107
2 ATOS ADMINISTRATIVOS ............................................................................................................. 107
3 FATOS ADMINISTRATIVOS ........................................................................................................... 108
3.1 FATOS PERMUTATIVOS ............................................................................................................... 109
3.2 FATOS MODIFICATIVOS ............................................................................................................. 111
3.3 FATOS MISTOS ............................................................................................................................... 113 LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................. 115
RESUMO DO TÓPICO 4 ....................................................................................................................... 119
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 120
UNIDADE 3 – ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL E OPERAÇÕES DE COMPRA E 
VENDA DE MERCADORIAS .............................................................................................................. 123
TÓPICO 1: ESCRITURAÇÃO .............................................................................................................. 125 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 125
2 LIVROS UTILIZADOS NA ESCRITURAÇÃO ............................................................................. 125 2.1 LIVRO DIÁRIO ...............................................................................................................................126
2.2 LIVRO RAZÃO ............................................................................................................................... 127 3 MÉTODO DE ESCRITURAÇÃO ..................................................................................................... 128
4 LANÇAMENTOS CONTÁBEIS ....................................................................................................... 128
4.1 FÓRMULAS DE LANÇAMENTOS CONTÁBEIS ..................................................................... 130 4.1.1 Primeira fórmula .................................................................................................................... 131
4.1.2 Segunda fórmula .................................................................................................................... 131
4.1.3 Terceira fórmula ..................................................................................................................... 132
4.1.4 Quarta fórmula ....................................................................................................................... 133 5 CONTABILIZAÇÃO DE JUROS E DESCONTOS ........................................................................ 133 RESUMO DO TÓPICO 1 ....................................................................................................................... 138
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 139
TÓPICO 2: INVENTÁRIO PERIÓDICO E PERMANENTE .......................................................... 145 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 145
2 INVENTÁRIO PERIÓDICO .............................................................................................................. 145
2.1 APLICAÇÃO DA FÓRMULA DO CMV ..................................................................................... 146
2.2 CONTABILIZAÇÃO PELO INVENTÁRIO PERIÓDICO ........................................................ 148
2.3 CONTABILIZAÇÃO DO CMV, RCM E RESULTADO: PASSO A PASSO ............................. 149 AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 152
3 INVENTÁRIO PERMANENTE ........................................................................................................ 156
3.1 PEPS .................................................................................................................................................. 156
3.2 UEPS ................................................................................................................................................. 161
3.3 MÉDIA PONDERADA MÓVEL ................................................................................................... 165 4 COMPARAÇÃO ENTRE OS TRÊS MÉTODOS ........................................................................... 169
LEITURA COMPLEMENTAR .............................................................................................................. 172
RESUMO DO TÓPICO 2 ....................................................................................................................... 174
AUTOATIVIDADE ................................................................................................................................ 175 REFERÊNCIAS ........................................................................................................................................ 185
X
III
III
A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 	A partir do estudo desta unidade você estará apto(a) a:
· compreender o conceito de Contabilidade, bem como a sua aplicabilidade; • conhecer, compreender e identificar o patrimônio das entidades;
· interpretar as mutações ocorridas no patrimônio das entidades por diver-sas operações contábeis.
PLANO DE ESTUDOS
Esta unidade está dividida em quatro tópicos e neles você encontrará os conceitos básicos da contabilidade, bem como exercícios de fixação que serão desenvolvidos em cada tópico.
TÓPICO 1 – NOÇÕES BÁSICAS DE CONTABILIDADE
TÓPICO 2 – PATRIMÔNIO
TÓPICO 3 – O ATIVO, PASSIVO E O PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
TÓPICO 4 – CONTABILIZANDO COM BALANÇOS SUCESSIVOS
2
NOÇÕES BÁSICAS DE CONTABILIDADE
1 INTRODUÇÃO
Neste primeiro tópico daremos os primeiros passos no aprendizado da contabilidade. Para isso se faz necessário conhecermos os conceitos básicos desta ciência, desde a sua origem, sua finalidade, seus objetivos e quem são os maiores beneficiados pelo seu uso.
Vamos notar que a contabilidade está presente em todos os momentos de nossa vida, acima de tudo quando necessitamos tomar decisões importantes, dando rumos diferentes a questões em que são necessárias tais decisões.TÓPICO 1
UNIDADE 
2 A ORIGEM DA CONTABILIDADE
A origem da contabilidade é muito antiga. Costuma-se dizer que a contabilidade é tão antiga quanto a origem do homem. A contabilidade, na sua forma rudimentar, era utilizada pelo homem pré-histórico. Naquele tempo, o registro das coisas que possuía – como, por exemplo, seu rebanho de ovelhas – era feito pela associação da quantidade de animais possuídos pela quantidade de pedras. O homem possuía em suas mãos uma pedra para cada animal que havia sido levado ao pasto. Ao retornar, verificava se a quantidade de pedras conferia com a quantidade de animais, podendo então checar se algum animal havia se perdido. Assim o homem pré-histórico conseguia quantificar e controlar a sua riqueza, o seu patrimônio.
A contabilidade moderna nasceu no norte da Itália, provavelmente durante os séculos XII e XIV. Datam dessa época diversos registros semelhantes aos verificados na contabilidade moderna. 
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Consolidou-se pelo trabalho elaborado pelo frade franciscano, matemático, teólogo e contabilista Frei Luca Pacioli, que publicou na Itália, em 1494, um tratado sobre contabilidade que ainda hoje é de grande utilidade no meio contábil. Trata-se do método das partidas dobradas. Sabe-se que frei Luca não foi o inventor do método, ele apenas descreveu uma metodologia já em uso na Itália, pelo menos um século antes. 
A grande importância da obra de Frei Luca está em reconhecer o método como o ideal para a escrituração, além do que, em sua obra há toda uma preocupação em sistematizar os conceitos e instrumental contábil para o registro e controle do patrimônio. 
Assim, dessa época até o século XX a Europa foi o centro dos estudos contábeis. Nessa fase, a contabilidade buscava melhorar a forma de representar a situação das empresas, embora não houvesse muita preocupação com o usuário externo da informação, pois a informação era restrita ao proprietário do empreendimento.
O desenvolvimento da contabilidade foi notório com a ascensão econômica norte-americana num período recente, principalmente após a grande crise econômica de 1929, onde muitas empresas vieram a sucumbir. Após esse período, com a ascensão cultural e econômica, o crescimento do mercado de capitais, da auditoria, houve a preocupação de tornar a contabilidade um mecanismo útil para a tomada de decisões, devido à necessidade de trazer informações às pessoas que investiam nesse mercado. Assim, a contabilidade evoluiu muito, com o desenvolvimento de pesquisas, com a busca de maior quantidade de aplicações das teorias desenvolvidas e de um sistema de regulamentação que dita normas com as quais a contabilidade se alicerça.
Hoje a contabilidade é utilizada largamente no meio empresarial, sendo enfatizada como elemento gerador de subsídios essenciais aos gestores no processo de tomada de decisões.
3 CONCEITO
Várias são as formas utilizadas por escritores e professores para conceituar ou explicar a importância da contabilidade, ressaltando seu conceito. Ribeiro (2009, p. 2) compila alguns conceitos de diversos autores, como segue: 
a) A ciência que estuda e pratica as funções de orientação,de controle e de registro relativas à administração econômica (conceito oficial formulado no primeiro Congresso Brasileiro de Contabilidade, realizado no Rio de Janeiro, em 1924).
b) Sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização (estudo sobre a estrutura conceitual básica da contabilidade, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras – IPECAFI, e aprovado pelo Instituto Brasileiro de Contadores - IBRACON).
c) Ciência (ou técnica, segundo alguns) que estuda, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a revelação desses fatos, com o fim de oferecer informações sobre a composição do patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial (Hilário Franco, Contabilidade Geral, Editora Atlas).
d) É a arte de registrar todas as transações de uma companhia que possam ser expressas em termos monetários. E é também a arte de informar os reflexos dessas transações na situação econômico-financeira dessa companhia (Nelson Gouveia, Contabilidade, Editora McGraw-Hill do Brasil).
Para Marion (2004, p. 26), “[...] a contabilidade é o instrumento que fornece o máximo de informações úteis para a tomada de decisões dentro e fora da empresa. 
Ela é muito antiga e sempre existiu para auxiliar as pessoas a tomarem decisões.”
Note que a palavra decisão é enfatizada no conceito de contabilidade. Sempre 
estamos tomando decisões no nosso cotidiano: qual esporte praticar, qual comida ideal para nos alimentarmos, qual livro ler, que curso é melhor para nos aprimorarmos, qual roupa para vestirmos etc. Essas são decisões comuns que devemos tomar em nossas vidas. Decisões com menor e/ou maior grau de importância. No âmbito empresarial isso não é diferente. A todo o momento os gestores estão tomando decisões. Decisões como: a que preço devemos vender nossos produtos, que quantidade de mercadorias estocar, o que fazer com o dinheiro que está sobrando no caixa, construir ou alugar as instalações para a empresa, comprar um veículo ou contratar uma transportadora para entregar as vendas realizadas etc.IMPORTANTE
A contabilidade tem esse poder de auxiliar a gestão a tomar decisões, coletando os acontecimentos econômicos que ocorrem em uma entidade, registrando e transformando-os em informações em forma de relatórios contábeis.
FIGURA 1 – O PROCESSO CONTÁBIL
FONTE: MARION, José Carlos. Contabilidade empresarial. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2004. p. 25.
4 CAMPO DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL 
A profissão de contador foi regulamentada pelo Decreto-Lei nº 9.295/1946, com alterações introduzidas pela Lei nº 12.249, de 12 de junho de 2010, que criou o Conselho Federal de Contabilidade – CFC e definiu as atribuições do contador e do técnico de contabilidade. A referida regulamentação traz em seu texto legal que somente poderão exercer a profissão aqueles que estiverem devidamente registrados nos órgãos competentes do Ministério da Educação e nos Conselhos Regionais de Contabilidade – CRC a que estiverem sujeitos.
Cabe destacar que outras resoluções posteriores emanadas pelo CFC objetivaram delinear e regulamentar a atuação do profissional contábil, com destaque para a Resolução CFC nº 560/1983, que delimitou a atuação em comum do contador e do técnico, bem como as atribuições privativas dos contadores.
O campo de atuação do profissional em contabilidade é muito grande, permitindo uma condição abrangente de empregabilidade. O atual estágio de desenvolvimento da contabilidade, aliado ao crescimento econômico, que, além da contabilidade tradicional, denominada contabilidade financeira, congrega também a contabilidade gerencial, inclui também o conceito de contabilidade estratégica, ampliando muito o leque de funções para o profissional contábil.
FIGURA 2 – CAMPO DE ATUAÇÃO DO PROFISSIONAL EM CONTABILIDADE
FONTE: O autor (adaptado de Marion, 2004)
Uma das grandes áreas de atuação do profissional contábil é a prestação de serviços contábeis, seja em forma de contabilidade terceirizada, assessoria contábil, consultoria contábil que inclui, além da contabilidade tradicional, a contabilidade tributária e a contabilidade gerencial.
Como podemos observar no quadro anterior, a Contabilidade é uma das Ciências com um campo de atuação bastante amplo. Sua atuação está inserida da microempresa à empresa de grande porte, porém, a realização profissional depende da atuação de cada um dentro da área escolhida.
Para tanto, o profissional deve possuir diversas habilidades. No cenário atual, a modernização do conhecimento é uma necessidade. Como exemplo, observa-se uma demanda crescente de profissionais para o terceiro setor; outro exemplo é a demanda por contadores com conhecimentos em contabilidade ambiental.
Como fato recente, destaca-se a alteração na legislação das sociedades anônimas com o advento da Lei nº 11.638/2007, que exige dos profissionais conhecimentos em contabilidade internacional, principalmente das práticas adotadas pelo International Accounting Standards Board – IASB.
5 OBJETO E FINALIDADE DA CONTABILIDADE
O Brasil é um país de muitas empresas. E essas empresas, para obterem sucesso em sua trajetória, necessitam de instrumentos que a contabilidade pode oferecer com eficiência. Muitas empresas nascem a cada ano e sabemos também que muitas delas, por diversas razões, morrem até mesmo antes de completar o primeiro ano de vida. 
De acordo com informações divulgadas pelo SEBRAE/SP publicadas no caderno de economia do jornal “A Tarde – on-line.” Disponível em: <http://www. atarde.com.br/economia/noticia.jsf?id=5612132>, informa que: 
SEBRAE: 27% das empresas de SP fecham no 1º ano
 Agência Estado
De cada 100 empresas abertas no Estado de São Paulo, 27 fecham as portas ainda no primeiro ano de atividade. Essa é uma das conclusões do estudo sobre a sobrevivência e a mortalidade das empresas paulistas, divulgado hoje (25/08/2010) pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de São Paulo (SEBRAE-SP). No levantamento, a taxa de mortalidade das empresas no primeiro ano de funcionamento atingiu 27%. Há 12 anos, quando o indicador passou a ser calculado, a taxa era ainda maior, de 35%.
Os dados divulgados hoje levaram em conta uma mostra de 3 mil empresas abertas entre os anos de 2003 e 2007. Os números sobre a mortalidade no primeiro ano de atividade referem-se às empresas abertas em 2007. Na avaliação dos dois primeiros anos de atividade (empresas abertas em 2006), 37% fecharam as portas. Em três anos (empresas fundadas em 2005), 46% encerraram as atividades.
De acordo com a pesquisa, no período de quatro anos (negócios abertos em 2004), 50% das empresas do Estado de São Paulo fecharam as portas. Em cinco anos (empresas abertas em 2003), as atividades foram encerradas em 58% das empresas. Segundo o SEBRAE, em 2000, quando o indicador dos primeiros cinco anos passou a ser monitorado, a taxa de mortalidade das empresas era ainda pior, de 71%. Para a entidade, apesar das reduções nos índices desde então, as taxas de mortalidade das empresas ainda são altas no Estado.
Dificuldades
Entre os motivos alegados para as falências, 18% dos empresários citaram a falta de clientes e 10% a falta de capital. Os problemas de planejamento e de administração também foram citados por 10% dos empreendedores. Outros 9% alegaram a perda do único cliente da empresa e 8% destacaram problemas com sócios.
No primeiro ano de atividade, de acordo com a pesquisa do SEBRAESP, a principal dificuldade enfrentada foi a falta de clientes, conforme 29% dos empresários. Outros 21% citaram a falta de capital e 11% destacaram a falta de planejamento. A burocracia e os impostos foram lembrados por 7% dos empreendedores.
Apesar das dificuldades, o estudo revela uma melhora do perfil dogestor ao longo dos anos. Segundo o SEBRAE-SP, 83% dos que abriram um negócio formal em 2007 possuem pelo menos o ensino médio completo - em 2000 eram 70%. 
Além disso, 78% abriram a empresa porque enxergaram uma oportunidade de negócio, e não apenas uma chance de sobrevivência. Em 2000, a porcentagem era de 60%. “Precisamos continuar mobilizados, ampliando esforços de capacitação em gestão empresarial”, afirma Ricardo Tortorella, diretor-superintendente do SEBRAE-SP. “O que conseguimos até agora foi um avanço, mas ainda está aquém das necessidades do País e dos empreendedores.” De 1990 a 2008
Dados da Junta Comercial do Estado de São Paulo (JUCESP), citados pelo SEBRAE-SP, mostram que entre 1990 e 2008 foram abertas no Estado 2.603.233 empresas. Nestes 18 anos, 1.650.953 empresas foram fechadas antes de completar o quinto ano de atividade.
Em muitos casos pode-se atribuir o insucesso dos empreendimentos à má administração, ocasionada pelo uso inadequado ou pelo desconhecimento das informações geradas pela contabilidade. Ninguém pode administrar corretamente se não tomar decisões corretas. Isso pode ser evitado com o uso eficiente da contabilidade, pois a contabilidade é um sistema que possibilita a geração de inúmeras informações. 
De acordo com Crepaldi (1995, p. 22), “a contabilidade é uma ciência concebida para coletar, registrar, resumir e interpretar dados e fenômenos que afetam as situações patrimoniais, financeiras e econômicas de qualquer entidade.”
Dentro dessa definição estão embutidos conceitos de gestão que interessam a quem usa esta ciência. São os conceitos de planejamento e controle
Assim, podemos dizer que planejamento é o conjunto de linhas de ação e a maneira de executá-las para alcance dos objetivos.
O planejamento é uma das funções que mais utilizam os dados contábeis. Para que se possa planejar o futuro, a organização necessita de informações relativas ao processo produtivo, como os custos, aos gastos com despesas administrativas, como telefonia, treinamento de funcionários, despesas legais, como o alvará de funcionamento, salários, encargos sobre salários, média de horas-extras nos períodos anteriores, consultoria, auditoria, tecnologia de informação, inventário, fluxo de materiais, entre outras.
 As informações relacionadas ao fluxo de caixa também são de fundamental importância no momento de executar o planejamento organizacional.
Já o controle é o acompanhamento das atividades da organização. Através dele, o gestor observa se o comportamento da organização está de acordo com os planos traçados.
Segundo Chiavenato (1999), O controle representa o acompanhamento, monitoração e avaliação do desempenho organizacional para verificar se as coisas estão acontecendo de acordo com o que foi planejado, organizado e dirigido. 
Controle é a função administrativa relacionada com a monitoração das atividades a fim de manter a organização no caminho adequado para o alcance dos objetivos e permitir a correção necessária para atenuar os desvios (CHIAVENATO, 1999).
 A contabilidade, como guardiã dos dados, pode contribuir muito para esse processo.
Em uma empresa é possível determinar qual o caminho a seguir e, através do controle, observar se a política traçada está sendo cumprida. A contabilidade, como um sistema de geração de informações, auxilia verdadeiramente na disposição de informações para planejamento e controle das atividades empresariais.
O objeto da contabilidade é o patrimônio das entidades econômico-
administrativas. Seu objetivo é permitir o estudo, o controle e a apuração de resultados diante dos fatos decorrentes da gestão do Patrimônio das entidades econômico-administrativas. A principal finalidade da contabilidade é fornecer informações de ordem econômica e financeira sobre o patrimônio, para facilitar a tomada de decisões por parte dos usuários. IMPORTANTE
6 OS INTERESSADOS NAS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS
Os interessados nas informações contábeis são chamados de usuários da contabilidade. Os usuários são as pessoas que se utilizam da contabilidade, demonstram interesse pela situação da empresa e buscam na contabilidade suas respostas. Uma empresa não é algo isolado em um determinado meio. 
A partir do momento em que uma empresa nasce, ela começa a interagir com o meio que a cerca. Para sobreviver ela precisa ganhar dinheiro, conquistar clientes, relacionar-se com fornecedores e bancos, ter um bom relacionamento com os seus colaboradores, estar em dia com suas obrigações com o governo, ter uma boa relação com a comunidade onde está inserida. 
Como exemplo, podemos verificar a figura a seguir:
FIGURA 3 – USUÁRIOS DA CONTABILIDADE
		
	
	Empresa
(Contabilidade)
	
Investidores
Fornecedores
Bancos
Investidores
	Clientes
Empregados
Governo
Outros...
FONTE: O autor
De acordo com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC 01, que trata do Pronunciamento Conceitual Básico.
	NBC-T1 ESTRUTURA CONCEITUAL PARA ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Usuários e suas necessidades de informação
9. Entre os usuários das demonstrações contábeis incluem-se investidores atuais e potenciais, empregados, credores por empréstimos, fornecedores e outros credores comerciais, clientes, governos e suas agências e o público. Eles usam as demonstrações contábeis para satisfazer algumas das suas diversas necessidades de informação. Essas necessidades incluem: 
 
(a) Investidores: os provedores de capital de risco e seus analistas, que se preocupam com o risco inerente ao investimento e o retorno que ele produz. Eles necessitam de informações para ajudá-los a decidir se devem comprar, 
	manter ou vender investimentos. Os acionistas também estão interessados em informações que os habilitem a avaliar se a entidade tem capacidade de pagar dividendos.
(b) Empregados: os empregados e seus representantes estão interessados em informações sobre a estabilidade e a lucratividade de seus empregadores. Também se interessam por informações que lhes permitam avaliar a capacidade que tem a entidade de prover sua remuneração, seus benefícios de aposentadoria e suas oportunidades de emprego. 
(c) Credores por empréstimos: estes estão interessados em informações que lhes permitam determinar a capacidade da entidade em pagar seus empréstimos e os correspondentes juros no vencimento. 
(d) Fornecedores e outros credores comerciais: os fornecedores e outros credores estão interessados em informações que lhes permitam avaliar se as importâncias que lhes são devidas serão pagas nos respectivos vencimentos. Os credores comerciais, provavelmente, estarão interessados em uma entidade por um período menor do que os credores por empréstimos, a não ser que dependam da continuidade da entidade como um cliente importante. 
(e) Clientes: Os clientes têm interesse em informações sobre a continuidade operacional da entidade, especialmente quando têm um relacionamento a longo prazo com ela, ou dela dependem como fornecedor importante. 
(f) Governo e suas agências: os governos e suas agências estão interessados na destinação de recursos e, portanto, nas atividades das entidades. Necessitam também de informações, a fim de regulamentar as atividades das entidades, estabelecer políticas fiscais e servir de base para determinar a renda nacional e estatísticas semelhantes. 
(g) Público: as entidades afetam o público de diversas maneiras. Elas podem, por exemplo, fazer contribuição substancial à economia local de vários modos, inclusive empregando pessoas e utilizando fornecedores locais. As demonstrações contábeis podem ajudar o público fornecendo informações sobre a evolução do desempenho da entidade e os desenvolvimentos recentes. 
10. Embora nem todas as necessidades de informações desses usuários possam ser satisfeitas pelas demonstrações contábeis, há necessidades que são comuns a todos os usuários. Como os investidores contribuem com o capital de risco para a entidade, o fornecimento de demonstrações contábeis que atendam às suas necessidades também atenderá à maior parte das necessidades de informação de outrosusuários.
11. A Administração da entidade tem a responsabilidade primária pela preparação e apresentação das suas demonstrações contábeis. A Administração também está interessada nas informações contidas nas demonstrações contábeis, embora tenha acesso a informações adicionais que contribuem para o desempenho das suas responsabilidades de planejamento, tomada de decisões e controle. Ela tem o poder de estabelecer a forma e o conteúdo de tais informações adicionais a fim de atender às suas próprias necessidades. A forma de divulgação de tais informações, entretanto, está fora do alcance desta Estrutura Conceitual. Não obstante, as demonstrações contábeis divulgadas são baseadas em informações utilizadas pela Administração sobre a posição patrimonial e financeira, o desempenho e as mutações na posição financeira a entidade. 
FONTE: Disponível em: <http://www.cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=nbct01ind>. Acesso em: 10 nov. 2010.
7 A ENTIDADE CONTÁBIL
O texto seguinte foi transcrito do livro de Contabilidade Básica de autoria de José 
Carlos Marion (2004, p. 28) e nele teremos condições de entender e aprofundar o conceito 
de entidade contábil.
NOTA
A contabilidade pode ser feita para Pessoa Física ou Pessoa Jurídica. Considera-se pessoa, juridicamente falando, todo o ser capaz de direitos e obrigações.
Pessoa Física é a pessoa natural, é todo o ser humano, é todo o indivíduo (sem qualquer exceção). A existência da pessoa física termina com a morte.
Pessoa Jurídica é a união de indivíduos que, através de um contrato reconhecido por lei, formam uma nova pessoa, com personalidade distinta da de seus membros. As pessoas jurídicas podem ter fins lucrativos (empresas industriais, comerciais etc.) ou não (cooperativas, associações culturais, religiosas etc.). Normalmente as pessoas jurídicas denominam-se empresas.
A contabilidade, portanto, pode ser feita para um indivíduo – pessoa física (desde que haja necessidade em virtude do volume de negócios) – ou para uma empresa com ou sem fins lucrativos – pessoa jurídica.
Quando se faz contabilidade para pessoa física (embora não seja comum) ou pessoa jurídica, essa pessoa é denominada entidade contábil. Dessa forma, qualquer pessoa que tenha necessidade de contabilidade (e a contabilidade é mantida para essa pessoa) é chamada entidade contábil.
[...] assim, em primeiro lugar há a necessidade da existência da entidade contábil, ou seja, uma pessoa para quem é mantida a contabilidade. Não havendo entidade contábil, não há, evidentemente, a contabilidade aplicada.
[...] deduz-se que a contabilidade é mantida para a entidade como pessoa distinta dos sócios. A contabilidade é realizada para a entidade, devendo o contador fazer esforço para não misturar as movimentações da entidade com as dos proprietários. Pessoas físicas e jurídicas não devem ser confundidas.
FONTE: O autor
FIGURA 4 – ENTIDADES CONTÁBEIS
Acima de tudo, entidade contábil é uma regra que deve ser observada com muito critério, para que haja a existência de uma boa contabilidade.
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
TÓPICO 1 |NOÇÕES BÁSICAS DE CONTABILIDADE 
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1
Também o Conselho Federal de Contabilidade - CFC assim se manifesta, de acordo com o art. 4º da Resolução nº 750/1993, a respeito do princípio contábil da entidade: “Art. 4° O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por consequência, nesta acepção, o patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.”
RESUMO DO TÓPICO 1
Muito bem. Aprendemos neste tópico que a contabilidade tem uma importante função na geração de informações para o processo de tomada de decisão. Para isso, coleta e registra os dados gerados pelas operações das entidades e fornece aos usuários interessados essas informações. Informações advindas do objeto de estudo da contabilidade, que é o patrimônio. Notamos também que, para haver a existência de uma boa contabilidade é necessário observar uma regra importante, chamada de entidade contábil.
AUTOATIVIDADE
1 Cite três usuários da informação contábil.
2 O que é contabilidade? 
3 O Sr. Gil Gastatudo é um próspero empresário e ficou aborrecido com os relatórios contábeis apresentados pelo seu contador, pois, em um determinado período, sua empresa apresentou resultados negativos e começava a apresentar falta de dinheiro em caixa. 
 	O Sr. Gil chamou o contador para que lhe explicasse os motivos da falta de recursos.
 Então o contador alegou que esses resultados negativos e falta de recursos se devem principalmente a uma operação realizada pela empresa do Sr. Gil, que foi a aquisição de um veículo Mercedes Benz, zero km, o qual foi dado de presente à sua querida esposa.
 Diante disso, aponte o que deixou de ser observado pelo Sr. Gil e como o contador deverá observar a contabilidade de agora em diante.
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TÓPICO 2
UNIDADE 1
PATRIMÔNIO
1 INTRODUÇÃO
Prezado(a) acadêmico(a)!
Você já conhece a definição de contabilidade. Porém, quem pode me afirmar que sabe fazer contabilidade?
Alguém poderia dizer: Professor, é claro que não, contabilidade é difícil, muito complicada, além do que, existem muitos números... a economia brasileira está complicada... a carga tributária é alta demais... as nossas leis estão sempre alterando... é isso e é aquilo.
Pois bem. Eu digo que não. 
A contabilidade é fácil demais!
Está enganado quem pensa que a matemática, a economia, a carga tributária, a legislação e outras coisas mais dificultam o entendimento da contabilidade. As variáveis citadas não interferem na estrutura conceitual da contabilidade, que é definitiva e não muda a todo momento. 
Digo ainda que o ato de fazer contabilidade faz parte do cotidiano de todas as pessoas. 
Você não acredita nisso? 
Pois é a mais pura verdade, nós fazemos indiretamente contabilidade todos os dias e não percebemos. Faz parte do cotidiano de todas as pessoas. 
Como assim, professor?
Caro(a) acadêmico(a), nós trabalhamos, portanto, temos salários a receber, é um direito que temos de no final do mês recebermos nosso rico dinheiro. Quando não trabalhamos, eventualmente ganhamos alguma “mesada” de nossos pais, tios, irmãos... etc. Quando nós recebemos o nosso dinheiro, pagamos as nossas dívidas, tais como: a mensalidade da universidade, plano de saúde, escolas das crianças, impostos, consórcios, prestações em lojas, fatura do cartão de crédito, e temos ainda as despesas com as contas de luz, água, telefone, internet e outros gastos com farmácias, açougues, supermercados, postos de combustíveis etc.
Temos também nossas propriedades: casas, terrenos, motocicleta, bicicleta, automóvel etc.
Temos ainda, em eventuais sobras de dinheiro, investimentos como: aplicações financeiras, caderneta de poupança, ações de empresas etc.
Eventualmente, quando não temos dinheiro suficiente, buscamos recursos com terceiros, como, por exemplo, financiamentos em bancos, saldo devedor do cheque especial, empréstimos de dinheiro com os pais, tios, primos, amigos etc. 
Pare um pouco, professor! Que tribulação! Estou ficando maluco!
Percebeu o nosso corre-corre de todo mês? Temos que ter um controle sobre tudo isso, certo? Precisamos, também, ter um planejamento de nossas atividades para que tudo corra bem, certo?
Sim, e esse controle e planejamento nada mais é do que efetuarmos a nossa contabilidade, e todos fazem isso sempre da melhor forma possível.
O planejamento adequado e controle levam a informações confiáveis e precisas para uma tomada de decisão eficiente. 
2 CONCEITO DE PATRIMÔNIO
A contabilidade nada mais é do que um instrumento que tem a finalidade de planejar e controlar o patrimônio das entidades (pessoas físicas ejurídicas), com o objetivo de gerar informações para subsidiar a tomada de decisões.
Falamos antes em planejamento e controle do patrimônio. Mas o que vem a ser patrimônio?
Para entendermos o patrimônio, inicialmente iremos estudá-lo através de uma representação gráfica, apresentada a seguir, chamada de Balanço Patrimonial:
TÓPICO 2 | PATRIMÔNIO 
	
	Balanço P
	atrimonial
	(lado esquerdo)
	
	(lado direito)
O Balanço Patrimonial é uma das mais importantes demonstrações contábeis, e por meio dela podemos identificar/apurar a situação patrimonial e financeira de uma entidade em determinado momento. 
Poderemos montar até o nosso balanço, onde veremos que realmente a gente sabe fazer contabilidade. Vamos nessa?
Como a nossa contabilidade é pessoal, vamos demonstrá-la o mais pessoalmente possível, portanto, precisamos conhecer algumas definições:
Patrimônio – é o conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados a uma entidade (pessoa física ou jurídica). São elementos que convencionalmente chamamos de riquezas, por serem raros, úteis, fungíveis (característica de troca), tangíveis (possuem forma física), desejáveis, avaliados em moeda.
Bens – é tudo o que pode ser avaliado economicamente e que satisfaça necessidades humanas e suscetíveis de avaliação econômica. Do ponto de vista contábil, bens são todos os objetos que uma empresa possui, seja para uso, troca ou consumo.
 
Os bens podem ser classificados em tangíveis e intangíveis. 
Os bens tangíveis são aqueles que possuem forma física, são corpóreos, são palpáveis. Por sua vez, dividem-se em bens móveis, os que podem ser removidos de seu lugar, como, por exemplo: mesas, veículos, mercadorias, dinheiro, computadores, etc., e bens imóveis, que são os que não podem ser deslocados de seu lugar natural, por exemplo, edifícios e construções, terrenos etc. 
Os bens intangíveis são aqueles que embora são considerados bens, não possuem existência física, não são palpáveis, não são constituídos de matéria, porém, representam um bem significativo para as empresas. São determinados gastos que a empresa faz, os quais, pela sua natureza, devem ser considerados parte integrante e, por esse motivo, são registrados pela contabilidade como bens.
São intangíveis as marcas, e como exemplo temos algumas bastante conhecidas, 
como a Coca-cola, Perdigão, Nestlé e Sadia. As marcas possuem um grande poder de 
geração de recursos/riqueza a quem as explora. São intangíveis também as patentes de 
invenção (direito de explorar uma invenção), os direitos autorais, o ponto comercial ou 
fundo de comércio etc. 
IMPORTANTE
Direitos – constituem direitos para as entidades todos os valores a receber de terceiros. Esses direitos geralmente aparecem seguidos da expressão “a receber”. Como exemplo: duplicatas a receber, promissórias a receber etc. No âmbito empresarial esses direitos surgem na maioria das vezes após a realização de uma venda a prazo aos clientes. No âmbito pessoal passamos a ter um direito no final do mês, após um mês de trabalho. Temos direito de receber nosso salário, normalmente, no quinto dia útil do mês seguinte ao trabalhado.
Os bens e direitos irão figurar no lado esquerdo do balanço. Sendo assim, nosso patrimônio, representado graficamente pelo balanço patrimonial, ficará expresso assim:
	
	Balanço P
	atrimonial
	Bens 
 Dinheiro em caixa
 Marcas
 Máquinas
 Veículos
 Imóvel 
 Mercadorias no estoque
Direitos
 Duplicatas a receber
 Aluguéis a receber
 Promissórias a receber
	
	(lado direito)
Obrigações – são dívidas ou compromissos assumidos perante terceiros, ou bens de terceiros que se encontram em nossa posse, e deverão ser pagos ou liquidados em data futura preestabelecida. 
É comum, nas empresas, a ocorrência de compras a prazo. Quando isso ocorre, a empresa não paga a compra no ato. Nesse caso, a empresa fica com a obrigação de pagar a compra no prazo determinado. Essas obrigações geralmente aparecem com nomes dos elementos seguidos da expressão “a pagar”.
TÓPICO 2 | PATRIMÔNIO 
Como exemplo de obrigações, temos: duplicatas a pagar, impostos a pagar, 
empréstimos a pagar, salários a pagar, promissórias a pagar etc.
IMPORTANTE
As obrigações, por sua vez, serão relacionadas no lado direito do balanço. Assim ficará representado no balanço patrimonial:
	
	Balanço Patrimonial
	Bens 
 Dinheiro em caixa
 Marcas
 Máquinas
 Veículos
 Imóvel 
 Mercadorias no estoque
Direitos
 Duplicatas a receber
 Aluguéis a receber
 Promissórias a receber 
	
	Obrigações 
 Duplicatas a pagar a fornecedores
 Empréstimos bancários a pagar
 Salários a pagar
 Impostos a pagar
 Encargos sociais a pagar
 Promissórias a pagar
 Contas a pagar
Muito bem. Vamos fazer nossa contabilidade? 
Com os conhecimentos obtidos até o momento, podemos então estruturar nosso balanço. Vamos imaginar, agora, que um de nós possua a seguinte situação em 01/03/2010:
	Financiamento da casa a pagar 
	15.550,00 
	Dinheiro no bolso
	370,00
	Salário de fevereiro/2010 a receber
	2.500,00
	Um automóvel Fiat Uno
	12.000,00
	Uma casa residencial
	70.000,00
	Conta a pagar na boutique “chique no último”
	500,00
	Plano de Saúde a pagar
	130,00
	Mensalidade da escola a pagar
	325,00
	Dinheiro no banco em conta de poupança 
	4.500,00
	Cartão de crédito a pagar
	455,00
Assim teremos nosso patrimônio apresentado no balanço patrimonial a seguir e com a observância dos aspectos qualitativos (consiste em qualificar/ denominar os bens, direitos e obrigações) e quantitativos (consiste em dar aos bens, direitos e obrigações seus respectivos valores) do patrimônio:
	Balanço Patrimonial – 01/03/2010
	
	Bens e Direitos
	
	Obrigações
	
	Caixa
	370,00
	Financiamento a pagar
	15.550,00
	Bancos
	4.500,00
	Plano de saúde a pagar
	130,00
	Salários a receber
	2.500,00
	Mensalidades a pagar
	325,00
	Automóvel
	12.000,00
	Contas a pagar
	500,00
	Imóvel residencial
	70.000,00
	Cartão de crédito a pagar
	455,00
	Total
	89.370,00
	Total
	16.960,00
Notamos em nosso balanço que o lado esquerdo é maior que o lado direito (89.370,00 > 16.960,00), ou seja, as coisas boas superam as ruins, não é mesmo? 
Então vimos que o nosso patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações. A contabilidade se preocupa e estuda o patrimônio em seus aspectos qualitativos e quantitativos. O aspecto qualitativo consiste em especificar, segundo a natureza de cada um, os bens, os direitos e as obrigações que foram devidamente qualificados, isto é, especificados segundo a natureza de cada um. O aspecto quantitativo consiste em dar a esses bens, direitos e obrigações, seus respectivos valores, levando a conhecer o valor do patrimônio da entidade. 
Tais aspectos permitem uma informação mais precisa do tamanho do patrimônio da empresa, pois assim podemos responder quanto de dinheiro possuímos, qual o valor dos imóveis, quais são os valores que temos a receber, qual é o valor das dívidas, e assim por diante. Assim fica mais fácil avaliar qual é o tamanho do nosso patrimônio.
RESUMO DO TÓPICO 2
	 	Neste tópico estudamos e aprendemos que:
· O patrimônio é o conjunto de bens, mais direitos e obrigações.
· Os bens são as coisas boas do patrimônio e são divididos em tangíveis e intangíveis.
· Os direitos são as coisas que temos a receber dos outros.
· As obrigações são as coisas negativas do patrimônio e em um determinado momento temos que pagá-las.
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
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Conceitue patrimônio.
 
2
Elabore o seu balanço relacionando seu bens, seus valores a receber e suas 
contas a pagar. Faça a totalização e responda às questões a seguir:
AUTOATIVIDADE
Balanço Patrimonial – Em: ___/___/200_
Bens e Direitos
Obrigações
Total dos Bens e Direitos
Total das Obrigações
a) Quanto é o total dos seus bens? __________
b) Você possui bens intangíveis: ( ) não ( ) sim. Se sim, qual é o valor? ________
c) Quanto é o total de seus bens tangíveis? _____________
d) Quanto é o total de seus direitos? ______________
Assista ao vídeo de resolução da questão 2
O ATIVO, PASSIVOE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO
1 INTRODUÇÃO
A partir de agora, dando continuidade ao estudo do patrimônio, iremos analisar, com mais profundidade, que o balanço possui algumas configurações resultantes do confronto entre os bens, direitos e obrigações, as quais irão resultar em alguns estados patrimoniais favoráveis e desfavoráveis às entidades. Estudaremos também como é medida a riqueza de uma entidade, através do balanço patrimonial.
2 ATIVOTÓPICO 3
UNIDADE 1
Você já ouviu alguém falar: aquela pessoa é muito inteligente, trabalhadora, ativa, esperta. Claro que já. São qualidades positivas, de coisa boa, certo? Então vamos chamar o lado esquerdo do balanço patrimonial de Ativo (sinônimo de coisa boa, positiva). Se o Ativo é coisa boa e positiva, nós vamos colocar no lado esquerdo os nossos bens e direitos, certo? Assim, então, o ativo, em um primeiro momento, compreende o conjunto de bens e direitos de uma entidade. 
Avançando um pouco mais no conceito de ativo, relatamos a seguir, de acordo com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC n. 1, que trata da estrutura conceitual básica para elaboração das demonstrações contábeis.
 Exporemos como segue: Ativo é um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que resultem futuros benefícios econômicos para a entidade.
Segue ainda:
	Elementos das Demonstrações Contábeis Ativos
53. O benefício econômico futuro embutido em um ativo é o seu potencial em contribuir, direta ou indiretamente, para o fluxo de caixa ou equivalentes de caixa para a entidade. Tal potencial poderá ser produtivo, quando o recurso for parte integrante das atividades operacionais da entidade. Poderá também ter a forma de conversibilidade em caixa ou equivalentes de caixa ou poderá, ainda, ser capaz de reduzir as saídas de caixa, como no caso de um processo industrial alternativo que reduza os custos de produção. 
54. A entidade geralmente usa os seus ativos na produção de mercadorias ou prestação de serviços capazes de satisfazer os desejos e necessidades dos clientes. Tendo em vista que essas mercadorias ou serviços podem atender aos seus desejos ou necessidades, os clientes se dispõem a pagar por eles e contribuir assim para o fluxo de caixa da entidade. 
55. Os benefícios econômicos futuros de um ativo podem fluir para a entidade de diversas maneiras. Por exemplo, um ativo pode ser: 
a) usado isoladamente ou em conjunto com outros ativos na produção de mercadorias e serviços a serem vendidos pela entidade; 
b) trocado por outros ativos; 
c) usado para liquidar um passivo; ou 
d) distribuído aos proprietários da entidade. 
56. Muitos ativos, por exemplo, máquinas e equipamentos industriais, têm uma substância física. Entretanto, substância física não é essencial à existência de um ativo; dessa forma, as patentes e direitos autorais, por exemplo, são ativos, desde que deles sejam esperados benefícios econômicos futuros para a entidade e que eles sejam por ela controlados. 
57. Muitos ativos, por exemplo, contas a receber e imóveis, estão ligados a direitos legais, inclusive o direito de propriedade. Ao determinar a existência de um ativo, o direito de propriedade não é essencial; assim, por exemplo, um imóvel objeto de arrendamento é um ativo, desde que a entidade controle os benefícios econômicos provenientes da propriedade. Embora a capacidade de uma entidade controlar os benefícios econômicos normalmente seja proveniente da existência de direitos legais, um item pode satisfazer a definição de um ativo mesmo quando não há controle legal. Por exemplo, o know-how obtido por meio de uma atividade de desenvolvimento de produto pode satisfazer a definição de ativo quando, mantendo o know-how em segredo, a entidade controla os benefícios econômicos provenientes desse ativo.
UNIDADE 1 | A CONTABILIDADE, O PATRIMÔNIO E AS CONTAS
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58. Os ativos de uma entidade resultam de transações passadas ou outros eventos passados. As entidades normalmente obtêm ativos comprando-os ou produzindo-os, mas outras transações ou eventos podem gerar ativos; por exemplo: um imóvel recebido do governo como parte de um programa para fomentar o crescimento econômico da região onde se localiza a entidade ou a descoberta de jazidas minerais. Transações ou eventos previstos para ocorrer no futuro não podem resultar, por si mesmos, no reconhecimento de ativos; por isso, por exemplo, a intenção de adquirir estoques não atende, por si só, à definição de um ativo. 
59. Há uma forte associação entre incorrer em gastos e gerar ativos, mas ambas as atividades não necessariamente coincidem entre si. Assim, o fato de uma entidade ter incorrido num gasto pode fornecer evidência da sua busca por futuros benefícios econômicos, mas não é prova conclusiva de que a definição de ativo tenha sido obtida. Da mesma forma, a ausência de um gasto não impede que um item satisfaça a definição de ativo e se qualifique para reconhecimento no balanço patrimonial; por exemplo, itens que foram doados à entidade podem satisfazer a definição de ativo.
FONTE: Disponível em: <http://www.cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=nbct01ind>. Acesso em: 10 nov. 2010.
3 PASSIVO
E quando você ouve alguém falar: aquela pessoa é preguiçosa, passiva, lenta, sem vontade de nada. São qualidades negativas, de coisa ruim, então chamaremos o lado direito do balanço patrimonial de Passivo (sinônimo de coisa ruim, negativa). Se o Passivo é coisa ruim e negativa, nós sempre iremos colocar deste lado as nossas obrigações (dívidas), certo?
	
	Balanço Patrimonial – 01/03/2007
	
	ATIVO
	
	PASSIVO
	
	 Caixa
	370,00
	 Financiamento a pagar
	15.550,00
	 Bancos
	4.500,00
	 Plano de saúde a pagar
	130,00
	 Salários a receber
	2.500,00
	 Mensalidades a pagar
	325,00
	 Automóvel
	12.000,00
	 Contas a pagar
	500,00
	 Imóvel residencial
	70.000,00
	 Cartão de crédito a pagar
	455,00
	Total
	89.370,00
	Total
	16.960,00
Assim será representado nosso balanço patrimonial: no lado esquerdo o ATIVO, composto pelos bens e direitos, e no lado direito o PASSIVO, representado pelas obrigações.
Indo um pouco mais além no conceito de passivo, relatamos a seguir, de acordo com o Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC n. 1, que trata da Estrutura Conceitual Básica para Elaboração das Demonstrações Contábeis, relatamos como segue: “Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos já ocorridos, cuja liquidação se espera que resulte em saída de recursos capazes de gerar benefícios econômicos.”
Segue ainda o pronunciamento sobre o passivo:
Elementos de Demonstrações Contábeis
Passivos
60. Uma característica essencial para a existência de um passivo é que a entidade tenha uma obrigação presente. Uma obrigação é um dever ou responsabilidade de agir ou fazer de certa maneira. As obrigações podem ser legalmente exigíveis em consequência de um contrato ou de requisitos estatutários. Esse é normalmente o caso, por exemplo, das contas a pagar por mercadorias e serviços recebidos. Obrigações surgem também de práticas usuais de negócios, usos e costumes e o desejo de manter boas relações comerciais ou agir de maneira equitativa. Se, por exemplo, uma entidade decide, por uma questão de política mercadológica ou de imagem, retificar defeitos em seus produtos, mesmo quando tais defeitos tenham se tornado conhecidos depois que expirou o período da garantia, as importâncias que espera gastar com os produtos já vendidos constituem-se passivos.
 
61. Deve-se fazer uma distinção entre uma obrigação presente e um compromisso futuro. A decisão da Administração de uma entidade de adquirir ativos no futuro não constitui, por si só, uma obrigação presente. A obrigação normalmente surge somente quando o ativo é recebido ou a entidade assina um acordo irrevogável de aquisição do ativo. Neste último caso, a natureza irrevogável do acordo significa que as consequências econômicas de deixar de cumprir a obrigação, por exemplo, por causa da existência de uma penalidade significativa, deixem a entidade com pouca ou nenhuma alternativa paraevitar o desembolso de recursos em favor da outra parte. 
62. A liquidação de uma obrigação presente geralmente implica na utilização, pela entidade, de recursos capazes de gerar benefícios econômicos a fim de satisfazer o direito da outra parte. A extinção de uma obrigação presente pode ocorrer de diversas maneiras, por exemplo, por meio de: 
a) pagamento em dinheiro;
 
b) transferência de outros ativos;
 
c) prestação de serviços; 
d) substituição da obrigação por outra; ou 
e) conversão da obrigação em capital. 
Uma obrigação pode também ser extinta por outros meios, tais como pela renúncia do credor ou pela perda dos seus direitos creditícios.
63. Passivos resultam de transações ou outros eventos passados. Assim, por exemplo, a aquisição de mercadorias e o uso de serviços resultam em contas a pagar (a não ser que pagos adiantadamente ou na entrega) e o recebimento de um empréstimo resulta na obrigação de liquidá-lo. Ou uma entidade pode ter a necessidade de reconhecer como passivo futuros abatimentos baseados no volume das compras anuais dos clientes; nesse caso, a venda das mercadorias no passado é a transação da qual deriva o passivo. 
64. Alguns passivos somente podem ser mensurados com o emprego de um elevado grau de estimativa. No Brasil esses passivos são descritos como provisões. A definição de passivo, constante do item 49, tem um enfoque amplo e, assim, se a provisão envolve uma obrigação presente e satisfaz os demais critérios da definição, ela é um passivo, ainda que seu valor tenha que ser estimado. Exemplos incluem provisões por pagamentos a serem feitos para satisfazer acordos com garantias em vigor e provisões para fazer face a obrigações de aposentadoria.
FONTE: Disponível em: <http://www.cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=nbct01ind>. Acesso em: 10 nov. 2010.
4 PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Em nosso balanço patrimonial “pessoal” elaborado anteriormente, notamos claramente a situação patrimonial no dia 01/03/2007. A pessoa em questão tem bens e direitos (ativo = coisas boas) no valor de R$ 89.370,00 e tem dívidas (passivo = coisas ruins) no valor de R$ 16.960,00. Podemos dizer que a situação desta pessoa é bem confortável, pois ela tem muito mais coisas boas (ativo) do que coisas ruins (passivo).
Se a gente observar bem esse “Balanço”, perceberemos que o mesmo ainda não está completo, pois tem um detalhe tão claro nele que não poderíamos deixar de registrá-lo.
O que será que é?
Como já vimos anteriormente, o total das coisas boas (ativo) é bem maior do que o total das coisas ruins (passivo), dando uma diferença positiva de R$ 72.410,00 (89.370,00 – 16.960,00). Certo? Sim, e isso quer dizer que poderemos transformar essa diferença em “dinheiro vivo”, isso mesmo, “grana limpa” na nossa mão, que poderíamos chamar de superávit, ou lucro, ou ainda de patrimônio líquido.
Portanto, o patrimônio líquido é igual aos bens mais direitos, menos as obrigações. 
Esta diferença, já implícita no lado direito do nosso balanço, nós a tornaremos explicita para estabelecer uma igualdade com o lado esquerdo, portanto, o Ativo será sempre igual ao Passivo mais o Patrimônio Líquido, pois as nossas “coisas boas” serão sempre iguais à somatória das “coisas ruins” com o nosso “patrimônio líquido”. Assim, temos:
	
	Balanço Patrimonial – 01/03/2007
	
	ATIVO
	
	PASSIVO
	
	 Caixa
	370,00
	 Financiamento a pagar
	15.550,00
	 Bancos
	4.500,00
	 Plano de saúde a pagar
	130,00
	 Salários a receber
	2.500,00
	 Mensalidades a pagar
	325,00
	 Automóvel
	12.000,00
	 Contas a pagar
	500,00
	 Imóvel residencial
	70.000,00
	 Cartão de crédito a pagar
	455,00
72.410,00
	
	
	PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	
	
	
	
	
	Total
	89.370,00
	Total
	89.370,00
Sacou por que o lado direito do balanço será sempre igual ao lado esquerdo? Sim. Pois para que haja o equilíbrio entre os lados, surge o Patrimônio Líquido ou situação líquida, que demonstra, por sua vez, qual é a verdadeira riqueza do patrimônio em questão. 
Pois bem. Assim poderemos apresentar a você a equação básica do Patrimônio Líquido (PL):
PL = Bens + Direitos - Obrigações
PL = 86.870,00 + 2.500 - 16.960,00
PL = 72.410,00
Ou ainda...
PL = ATIVOS - PASSIVOS
PL = 89.370,00 - 16.960,00
PL = 72.410,00
Cabe lembrar que tudo o que vimos anteriormente, aplicado a uma situação 
particular, cada um de nós, as pessoas físicas em geral, vale também para as empresas ou 
pessoas jurídicas.
IMPORTANTE
Da mesma forma, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC nº. 01, que trata da Estrutura Conceitual Básica para Elaboração das Demonstrações Contábeis (NBC-T-1), conceitua o Patrimônio Líquido da seguinte forma: “Patrimônio Líquido é o valor residual dos ativos da entidade depois de deduzidos todos os seus passivos.”
	Segue ainda o pronunciamento sobre o Patrimônio Líquido:
65. Embora o patrimônio líquido seja definido no item 49 como um valor residual, ele pode ter subclassificações no balanço patrimonial. Por exemplo, recursos aportados pelos sócios, reservas resultantes de apropriações de lucros e reservas para manutenção do capital podem ser demonstrados separadamente. Tais classificações podem ser 
	importantes para a tomada de decisão dos usuários das demonstrações contábeis quando indicarem restrições legais ou de outra natureza sobre a capacidade que a entidade tem de distribuir ou aplicar de outra forma os seus recursos patrimoniais. Podem também refletir o fato de que acionistas de uma entidade tenham direitos diferentes em relação ao recebimento de dividendos ou reembolso de capital.
 
66. A constituição de reservas é, às vezes, exigida pelo estatuto ou por lei para dar à entidade e seus credores uma margem maior de proteção contra os efeitos de prejuízos. Outras reservas podem ser constituídas em atendimento a leis que concedem isenções ou reduções nos impostos a pagar quando são feitas transferências para tais reservas. A existência e o valor de tais reservas legais, estatutárias e fiscais representam informações que podem ser importantes para a tomada de decisão dos usuários. As transferências para tais reservas são apropriações de lucros acumulados, portanto, não constituem despesas.
67. O valor pelo qual o patrimônio líquido é apresentado no balanço patrimonial depende da mensuração dos ativos e passivos. Normalmente, o valor do patrimônio líquido somente por coincidência é igual ao valor de mercado das ações da entidade ou da soma que poderia ser obtida pela venda dos seus ativos e liquidação de seus passivos numa base de item por item, ou da entidade como um todo, numa base de continuidade operacional. 
68. Atividades comerciais e industriais, bem como outros negócios são frequentemente exercidos por meio de firmas individuais, sociedades limitadas, entidades estatais e outras organizações cuja estrutura legal e regulamentar pode ser diferente daquela aplicável às sociedades por ações. Por exemplo, pode haver poucas restrições, ou nenhuma, sobre a distribuição aos proprietários ou outros beneficiários de importâncias incluídas no patrimônio líquido. Independentemente desses fatos, a definição de patrimônio líquido e os outros aspectos desta Estrutura Conceitual que tratam do patrimônio líquido são igualmente aplicáveis a tais entidades.
FONTE: Disponível em: <http://www.cosif.com.br/mostra.asp?arquivo=nbct01ind>. Acesso em: 10 nov. 2010.
Prezado(a) acadêmico(a), você viu que aquilo que considera muito difícil, executa diariamente com maestria e, digo-lhe ainda, que a contabilidade individual em nada difere da estrutura básica da contabilidade de uma empresa. A diferença está que na contabilidade de uma empresa as transações efetuadas têm que ser formais, ou seja, têm que ter os lançamentos contábeis, as contas, os livros contábeis para registrar tais operações. 
O importante é você ter a ideia da estrutura contábil na cabeça, daí a formalização da movimentação fica muito fácil. Por isso, visualize sempre o patrimônio das entidades (pessoas físicas e jurídicas), no balanço patrimonial, tendo do seu lado esquerdo (ATIVO) os seus bens e direitos (coisas boas) e doseu lado direito (PASSIVO) as suas dívidas (coisas ruins) e a sua riqueza líquida (PATRIMÔNIO LÍQUIDO). 
AUTOATIVIDADE
 
1
O que é Patrimônio Líquido? 
 
2
Considere a autoatividade de número 2 do tópico anterior, aplique em seu 
patrimônio a equação básica do Patrimônio Líquido e descubra-o:
PL = Bens + Direitos - Obrigações
PL = 
:
 Classifique os elementos patrimoniais no quadro a seguir, de acordo com
3
 – Bens, Direitos ou Obrigações.
1
 – Ativo ou Passivo.
2
 – Positivo ou Negativo.
3
Elementos
1
2
3
Salários a pagar
Obrigações
Passivo
Negativo
Dinheiro no banco
Duplicatas a receber
FGTS a recolher
Estoque de mercadorias
Microcomputadores
	
	Mesa e cadeiras
	Bens
	Ativo
	Positivo
	
	Empréstimos a pagar
	
	
	
	
	Máquinas e equipamentos
	
	
	
	
	Promissórias a pagar
	
	
	
	
	Dinheiro em caixa
	
	
	
	
	Terrenos
	
	
	
	
	Veículos
	
	
	
5 OS DIVERSOS ESTADOS PATRIMONIAIS
Pois bem. Esse novo elemento chamado de patrimônio líquido, juntamente com os bens, com os direitos e com as obrigações, completará a nossa representação gráfica do patrimônio, permitindo que o total do lado esquerdo seja igual ao total do lado direito, dando-lhe forma de equação. Falando nisso, uma já é conhecida (PL = Ativo – Passivo). Porém, existem outras possibilidades em que o patrimônio pode ser encontrado. Vamos ver?
5.1 SITUAÇÃO LÍQUIDA POSITIVA
Esta situação ocorre quando a soma dos bens mais os direitos se sobrepõe às obrigações, ou seja, quando o ativo é maior que o passivo. 
	ATIVO
Bens + Direitos
	>
	PASSIVO
Obrigações 
	
	SITUAÇÃO LÍQUIDA POSITIVA
	50.000,00 + 3.000,00
	
	10.000,00
	
	43.000,00
No Balanço teremos:
	
	Balanço Patrimonial – 31/01/2007
Cia. UNI
	
	ATIVO
	
	PASSIVO
	
	 Bens
	50.000,00
	 Obrigações 
	10.000,00
	 Direitos
	3.000,00
	 
	43.000,00
	
	
	PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	
	
	
	
	
	Total
	53.000,00
	Total
	53.000,00
Suponhamos que o dono dessa empresa, a Cia UNI, resolvesse neste momento liquidá-la, vendendo todos os bens ao preço que custam; conseguirá obter o valor de 50.000,00; vendendo os direitos conseguirá mais 3.000,00, acumulará assim 53.000,00. Pagará todas as suas obrigações no valor de 10.000,00, restará para ele a importância de 43.000,00.
5.2 SITUAÇÃO LÍQUIDA NEGATIVA
A situação líquida negativa ocorre quando o total das dívidas é superior à soma dos bens e direitos. Pode ser chamada de situação líquida negativa, situação líquida passiva, situação líquida deficitária, ou ainda, passivo a descoberto. Vejamos a seguir:
	ATIVO
Bens + Direitos
	<
	PASSIVO
Obrigações 
	
	SITUAÇÃO LÍQUIDA NEGATIVA
	40.000,00 + 2.000,00
	
	60.000,00
	
	18.000,00
No Balanço teremos:
	
	Balanço Patrimonial – 31/01/2007
Cia. UNI
	
	ATIVO
	
	PASSIVO
	
	 Bens
	40.000,00
	 Obrigações 
	60.000,00
	 Direitos
	2.000,00
	 
	(18.000,00)
	
	
	PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	
	
	
	
	
	Total
	42.000,00
	Total
	42.000,00
Neste caso, se o proprietário dessa empresa resolvesse liquidá-la, conseguirá apurar 42.000,00. Para saldar as dívidas precisará de 60.000,00, tendo em mãos apenas 42.000,00, faltarão 18.000,00. Portanto, a situação líquida é deficitária, ou seja, o total dos elementos positivos é insuficiente para saldar os compromissos assumidos pela empresa. A expressão passivo a descoberto representa a insuficiência do ativo para cobrir o passivo. 
Esta situação é pouco comum, porém ocorre com algumas empresas. Poderíamos dizer que a empresa acima, a Cia UNI, está quebrada? Não. Ela poderá apresentar uma situação desfavorável e assim mesmo poderá desenvolver suas atividades normalmente. Cabe destacar que se ela permanecer por muito tempo nesta situação, poderá ter sérios problemas e ser uma séria candidata a “fechar suas portas”.
5.3 SITUAÇÃO LÍQUIDA NULA
A situação líquida nula ocorre quando o ativo corresponde ao mesmo valor que o passivo, inexistindo situação líquida. Vejamos a seguir:
	ATIVO
Bens + Direitos
	=
	PASSIVO
Obrigações 
	
	SITUAÇÃO 
LÍQUIDA NULA
	38.000,00 + 7.000,00
	
	45.000,00
	
	0,00
No Balanço teremos:
	
	Balanço Patrimonial – 31/01/2007
Cia. UNI
	
	ATIVO
	
	PASSIVO
	
	 Bens
	38.000,00
	 Obrigações 
	45.000,00
	 Direitos
	7.000,00
	 
	0,00
	
	
	PATRIMÔNIO LÍQUIDO
	
	
	
	
	
	Total
	45.000,00
	Total
	45.000,00
Se houvesse a liquidação da Cia UNI, teríamos exatamente o suficiente para quitar todas as dívidas, não restando nada para o proprietário.
LEITURA COMPLEMENTAR
ALFABETIZAÇÃO FINANCEIRA
Robert T. Kiyosaki 
Sharon L. Lechter
O QUE REALMENTE É UM ATIVO?
O que nos ensinam, de geração em geração, é que o Amor ao dinheiro é a raiz de todo o Mal. Mas pensemos melhor, “é o Amor ao Dinheiro, não o Dinheiro propriamente falando”.
Uma das razões pelas quais os ricos ficam mais ricos, os pobres mais pobres e a classe média luta com dívidas, é que o assunto dinheiro não é ensinado nem em casa, nem na escola. As escolas se concentram nas habilidades acadêmicas e profissionais, mas não em habilidades financeiras. 
Estude arduamente, sim, mas não para trabalhar numa boa empresa. Tenha competência financeira. Aprenda a administrar o Risco na Vida e o Enfrente. Nunca pare! As pessoas moldam suas vidas por meio de seus pensamentos. Pense diferente!
Há uma diferença entre ser pobre e estar quebrado. Estar quebrado é algo temporário, ser pobre é algo eterno. Quer ganhar dinheiro? Precisa aprender! Aprender a gerar dinheiro; a conservá-lo, e não somente ganhá-lo!
O dinheiro vem e vai, mas se você tiver sido educado quanto ao funcionamento do dinheiro, você adquire poder sobre ele e pode começar a construir riqueza.
O que eu sou? Um marco! Eu faço a diferença. Eu sou importante. Pense assim! Tudo começa em Você!
Se você não puder se decidir logo, não vai aprender nunca a ganhar dinheiro. 
O Tempo é um dos melhores mestres, só que ele termina matando todos os seus discípulos. A maioria das pessoas quer que todos no mundo mudem, menos elas próprias. Se perceber que você é o problema, então poderá modificar a si mesmo, aprender alguma coisa e tornar-se mais sábio. É mais fácil mudar a si próprio que a todos os demais. Se você não aprender, passará a vida culpando um emprego, um baixo salário ou o seu chefe pelos seus problemas. Passará sua vida esperando por um golpe de sorte que resolva seus problemas de dinheiro.
Segurança é Ilusão, a única certeza no mundo é que tudo está mudando, e este processo não para NUNCA. Todos, em algum momento na Vida, teremos que arriscar. O medo do que virá, do desconhecido, é inerente ao ser humano, porém precisamos arriscar! E arriscar - É tomar decisões!
Acredito que nossa Vida é construída nos momentos em que resolvemos DECIDIR.
Pai Rico. Pai Pobre
O autor coloca esse título, visto que ele obteve ao longo de sua vida duas visões como administrar o seu dinheiro. Uma do Pai “Rico” de seu amigo (pai que estava lutando para construir algo); e a visão do seu Pai “Pobre” (seguro num emprego e que sempre lutava para melhorar de vida substituindo o emprego por outro em que se ganha mais). 
No livro ele narra e cita muitos exemplos, de como, desde os nove anos, ele se interessou por dinheiro e como pediu ao Pai Rico, juntamente com o seu melhor amigo (o filho do pai rico) para lhe ensinar a ganhar dinheiro. E o Pai Rico aguçou neles a instrução financeira; instigou neles a procura do saber.
Deixando sempre bem claro que o investimento que eles tinham de mais importante é o que estava entre suas orelhas: sua mente!
Lição Nº 1: Os Ricos não Trabalham por Dinheiro.
Os pobres e a classe média trabalham por dinheiro. Os ricos fazem o dinheiro trabalhar para eles.
É o medo que faz a maioria das pessoas trabalhar num emprego. O medo de não pagar as contas. O medo de ser mandado embora. O medo de não ter dinheiro suficiente. O medo de começar de novo.
Esse é o preço de aprender uma profissão ou habilidade e então trabalhar pelo dinheiro. A maioria das pessoas se torna escrava do dinheiro... e fica zangada com o patrão.
Passar a vida com medo, não explorando jamais seus sonhos, é cruel. Trabalhar arduamente por dinheiro, pensando que este comprará aquilo que lhes trará

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