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Resumo fisiologia 1° ano medicina

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Resumo Tutoria- 2ª etapa/ Módulo I
Caso 1
Homeostase, termo criado por Walter Cannon, pode ser definida como a habilidade de manter o meio interno em um equilíbrio quase constante, independentemente das alterações que ocorram no ambiente externo.
Todos os órgãos e tecidos do corpo humano executam funções que contribuem para manter essas condições relativamente constantes. 
· Aparelho respiratório e sistema nervoso: regulam o nível de dióxido de carbono;
· Fígado e pâncreas: controlam a produção, o consumo e as reservas de glicose;
· Rins: responsáveis pela concentração de hidrogênio, sódio, potássio e íons fosfato;
· Glândulas endócrinas: controlam os níveis de hormônios no sangue;
· Hipotálamo: recebe informações do cérebro, sistema nervoso e endócrino, sendo que a integração de todos estes sinais torna possível o controle da termorregulação, o equilíbrio de energia e a regulação dos fluidos corporais, influenciando no comportamento (sensação de fome, por exemplo) e exteriorizando as sensações pelos sistemas endócrino e nervoso. 
Tipos de homeostase:
· Homeostase Térmica: Alguns mecanismos que o corpo humano utiliza para manter a sua temperatura constante são: tremor dos músculos esqueléticos para produzir calor quando a temperatura do corpo é muito baixa; suor que evapora e esfria o corpo quando a temperatura está muito elevada; metabolismo da gordura.
· Homeostase Química: Alguns mecanismos utilizados pelo corpo humano para manter o seu equilíbrio químico são: pâncreas produz insulina e glucagon para regular os níveis de glicose no sangue (glicemia); pulmões absorvem oxigênio (O2) e eliminam dióxido de carbono (CO2); rins excretam ureia e regulam as concentrações de água e íons.
O conceito de estresse baseia-se na observação de que diferentes tipos de condições físicas ou psicológicas que ameaçam a homeostase do organismo eliciam o mesmo conjunto de alterações corporais – a chamada “síndrome de adaptação geral”.
· A resposta mais característica ao estresse é a liberação do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) e corticoides na corrente sanguínea como resultado da ativação do eixo HPA. 
· Além do eixo HPA, o estresse agudo também ativa a divisão simpática do sistema nervoso neurovegetativo como parte da reação de luta ou fuga, ou “resposta de emergência”. Como resultado disso, a noradrenalina das fibras nervosas simpáticas periféricas é liberada em diferentes tecidos, bem como a adrenalina (também alguma noradrenalina) da medula adrenal na corrente sanguínea.
Resposta ao estresse do sistema nervoso simpático: 1. Pressão arterial aumentada 2. Fluxo sanguíneo aumentada para os músculos e diminuído para órgãos não necessários para a rápida atividade motora 3. Metabolismo celular aumentado 4. Concentração de glicose aumentada 5. Glicólise aumentada no fígado e no músculo 6. Força muscular aumentada 7. Atividade mental aumentada 8. Velocidade e intensidade da coagulação sanguínea aumentada.
Os mecanismos homeostáticos do corpo estão sob o controle dos sistemas nervoso e endócrino, estes REGULAM E INTEGRAM as importantes funções do organismo. O sistema nervoso regula a homeostase pela detecção dos desequilíbrios do corpo, e pelo envio de mensagens (impulsos nervosos) aos órgãos apropriados para combater o estresse. O sistema endócrino é um grupo de glândulas que secretam mensageiros químicos, chamados de hormônios, na corrente sanguínea. Enquanto os impulsos nervosos coordenam a homeostase rapidamente, os hormônios atuam de forma mais lenta.
O Papel do hipotálamo: O hipotálamo recebe informações dos sistemas nervoso e endócrino e faz integração de todos estes sinais de modo a tornar possível o controle das várias funções do organismo, como por exemplo:
· termorregulação
· equilíbrio de energia
· regulação dos fluidos corporais
· comportamento (por exemplo, o hipotálamo é responsável pela sensação de sede e fome).
O Sistema Nervoso: 
As funções gerais do sistema nervoso incluem a detecção sensorial, o processamento de informações (depende da comunicação intercelular nos circuitos neuronais) e a expressão do comportamento. 
SISTEMA NERVOVO CENTRAL: recolhe as informações do meio pelo SNP, processa essa informação e torna ela parte dela consciente, organiza respostas reflexas e comportamentais, é responsável pela cognição, pelo aprendizado e pela memória, planeja e executa movimentos voluntários. É constituído pela medula e encéfalo. 
Encéfalo: está localizado na caixa craniana e apresenta três órgãos principais: o cérebro, o cerebelo e o tronco encefálico;
· Cérebro: É o órgão mais importante do sistema nervoso. Considerado o órgão mais volumoso, o cérebro está dividido em duas partes simétricas: o hemisfério direito e o hemisfério esquerdo. Assim, a camada mais externa do cérebro e cheia de reentrâncias, chama-se córtex cerebral.
· Cerebelo: Está situado na parte posterior e abaixo do cérebro, o cerebelo coordena os movimentos precisos do corpo, além de manter o equilíbrio. Além disso, regula o tônus muscular, ou seja, regula o grau de contração dos músculos em repouso. Dividido em diencéfalo e telencéfalo.
· Tronco Encefálico: Localizado na parte inferior do encéfalo, o tronco encefálico conduz os impulsos nervosos do cérebro para a medula espinhal e vice-versa. Dividido em mesencéfalo, ponte e bulbo.
Medula Espinhal: A medula espinhal é um cordão de tecido nervoso situado dentro da coluna vertebral. Na parte superior está conectada ao tronco encefálico. Sua função é conduzir os impulsos nervosos do restante do corpo para o cérebro e coordenar os atos involuntários (reflexos).
SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO: ele inclui os neurônios sensitivos (cranianos que saem do encéfalo; raquidianos que saem da medula), motores somáticos, motores autônomos 
· A divisão somática do sistema nervoso (DSSN), formada pelas partes somáticas do SNC e do SNP, proporciona inervação sensitiva e motora a todas as partes do corpo, exceto as vísceras nas cavidades, músculo liso e glândulas. O sistema sensitivo somático transmite sensações de tato, dor, temperatura e posição a partir dos receptores sensitivos. A maioria dessas sensações alcança níveis conscientes (isto é, tomamos conhecimento delas). O sistema motor somático inerva apenas o músculo esquelético, estimula o movimento voluntário e reflexo, causando contração muscular, como ocorre quando uma pessoa toca um ferro quente.
· Sistema autônomo: controla a maioria das funções viscerais do organismo. Esse sistema ajuda a controlar a pressão arterial, a motilidade gastrointestinal, o esvaziamento da bexiga, a sudorese, a temperatura corporal... É muito rápido e intenso em controlar as funções viscerais. 
É ativado principalmente por centros localizados na medula espinhal, no tronco cerebral e no hipotálamo. 
O sistema nervoso autônomo também opera, em geral, por meio de reflexos viscerais, isto é, sinais sensoriais subconscientes do órgão visceral podem chegar aos gânglios autônomos e então retornar como respostas reflexas subconscientes, diretamente de volta para o órgão visceral, para o controle de atividades. 
Os sinais autônomos eferentes são transmitidos aos diferentes órgãos do corpo por meio de duas grandes subdivisões chamadas SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO (fibras adrenérgicas que secretam norepinefrina) E PARASSIMPÁTICO (fibras colinérgicas que secretam acetilcolina).
Sistema Endócrino:
As estruturas que compõem o sistema endócrino são: hipotálamo, hipófise, glândula pineal, glândula tireoide, glândula paratireoide, glândulas suprarrenais, pâncreas, ovários e testículos.
As substâncias secretadas são chamados hormônios, que atuam em tecidos alvos ligando-se a receptores específicos.
São substâncias responsáveis por regular as atividades entre as células, tecidos e órgãos do corpo, coordenando-as por meio do inter-relacionamento de vários tipos de mensageiros químicos (Assim dizemos que os hormônios são os responsáveis pela manutenção da homeostase). Estes são:
· Neurotransmissores: que são liberados por terminais axônicos durante as sinapses;
· Hormônios endócrinos:que são liberados por glândulas ou células especializadas, no sangue circulante, que influenciam funções celulares em outras localizações do corpo; 
· Hormônios neuroendócrinos: secretados por neurônios no sangue circulante e influenciam funções celulares em outras partes do corpo; 
· Hormônios parácrinos: secretados por células no líquido extracelular para afetar células vizinhas; 
· Hormônios autócrinos: secretados por células no líquido extracelular para afetar a função das mesmas células que as produziram, ligando-se aos receptores na superfície celular; 
· Hormônios citocinas: peptídeos secretados por células no líquido extracelular podendo atuar como hormônios autócrinos, parácrinos ou endócrinos.
Os mecanismos que controlam a secreção dos hormônios, estão basicamente centralizados na regulação do tipo feedback.
Todos os hormônios atuam através de receptores específicos presentes nas células-alvo. Os receptores fornecem o meio pelo qual os hormônios interagem inicialmente com as células, e podem se localizar na membrana plasmática, citosol e no núcleo celular. 
Os receptores não são componentes fixos, podendo variar o número de receptores para cada tipo de célula, com isso variando o grau de resposta.
Existem dois tipos de mecanismos de ação hormonal:
Os hormônios que possuem seus receptores na superfície externa da membrana plasmática das células-alvo, costumam exercer seus efeitos, pela alteração da permeabilidade da membrana, ou pela ativação de enzimas. Os hormônios deste grupo são transportados de forma livre pela corrente circulatória, sendo um mecanismo de ação mais rápido causando rápidas modificações metabólicas. As catecolaminas e os hormônios peptídeos utilizam este método.
Os hormônios que podem atravessar a membrana plasmática das células-alvo têm os seus receptores localizados no núcleo celular. Os hormônios devem atravessar a membrana plasmática e o citosol até chegar ao núcleo. Os hormônios são transportados ligados a proteínas específicas. Os esteroides e hormônios tireoidianos, utilizam este mecanismo; o tempo de ação é de horas e até dias.
Neurotransmissores:
Os neurotransmissores são compostos químicos produzidos pelos neurônios e comunicados pelas sinapses, os quais são responsáveis por transmitir as informações necessárias para diversas partes do corpo.
Esses mediadores químicos são encontrados geralmente em vesículas pré-sinápticas e podem ser aminas (dopamina, serotonina, melatonina, epinefrina e norepinefrina), aminoácidos (glutamato, aspartato, glicina, ácido serina e gama-aminobutírico “GABA”) ou peptídeos (calcitonina, glucagon, vasopressina, oxitocina e beta-endorfina).
Mecanismo de ação dos neurotransmissores: os neurotransmissores são sintetizados nos neurônios e armazenados em vesículas neuronais. Quando o impulso nervoso chega até os locais onde estão os neurotransmissores, essas moléculas são liberadas por exocitose e caem na fenda sináptica. Essa fenda é um espaço situado entre a membrana pré-sináptica (membrana que libera os neurotransmissores) e a membrana pós-sináptica (membrana da célula vizinha).
Principais neurotransmissores:
· Acetilcolina (Ach): sintetizada pelo sistema nervoso central e nervos parassimpáticos, está relacionada com os movimentos dos músculos, aprendizado e memória.
· Adrenalina: Também chamado de “epinefrina”, a adrenalina é derivada da noradrelina (norepinefrina), sintetizada na medula adrenal (glândulas suprarrenais ou adrenais) e em algumas células do sistema nervoso central. Esse hormônio neurotransmissor está relacionado à excitação, sendo liberado como um mecanismo de defesa do corpo em diversas situações que envolvem medo, stress, perigo ou fortes emoções.
· Noradrenalina (NA): Também chamada de norepinefrina, a noradrenalina é um neurotransmissor excitatório tal qual a adrenalina. Ela atua na regulação do humor, aprendizado e memória, promovendo assim, disposição, uma vez que está relacionada à excitação física e mental. Se os níveis dessa substância estiverem alterados no corpo pode levar ao aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial. Quando reduzidos pode levar a depressão e ao aumento do stress.
· Endorfina: considerado o “hormônio do prazer”, essa substância é produzida no cérebro pela glândula hipófise e está relacionada a melhoria do humor e da memória, funcionamento do sistema imunológico, controle da dor e do fluxo de sangue. 
· Serotonina (5HT): sintetizada pelo sistema nervoso central e quando liberada no corpo promove a sensação de bem-estar e satisfação. Além disso, esse calmante natural controla o sono, regula o apetite e a energia.
· Dopamina (DA): hormônio liberado pelo hipotálamo, associado à sensação de bem-estar e dos controles motores do corpo. Enquanto o Mal de Parkinson é resultante da falta desse neurotransmissor, a esquizofrenia é o contrário, ou seja, pode ser gerada pelo excesso de dopamina no corpo.
· Histamina: essa molécula é encontrada em neurônios do hipotálamo, bem como em tecidos não neuronais, como os mastócitos do trato gastrointestinal. 
· GLUTAMATO: um aminoácido, é o principal neurotransmissor excitatório do sistema nervoso central. Essa molécula desempenha papel fundamental na medula espinal e no cerebelo. Existem quatro tipos de receptores de glutamato.
· Óxido nítrico (NO): é neurotransmissor inibitório de ação curta no trato gastrointestinal e no sistema nervoso central. 
Podemos classificar os neurotransmissores em dois tipos: 
· Excitatórios: esses neurônios provocam a despolarização da membrana pós-sináptica. Sinapse acontece em uma velocidade maior.
· Inibitórios: esses neurônios promovem a hiperpolarização da membrana pós-sináptica. Sinapse acontece em uma velocidade menor.
Um dos principais mecanismos que garantem o funcionamento integrado nos organismos pluricelulares é o da Sinalização Celular. As células se comunicam, mandando sinais elétricos ou químicos, os quais regulam as atividades celulares, respostas a estímulos do meio ambiente e outras. Importância da comunicação celular:
· Formação de tecidos;
· Multiplicação celular;
· Fagocitose;
· Síntese de anticorpos;
· Atração de leucócitos para defesa;
· Coordenação do metabolismo. 
A molécula sinalizadora pode ser recebida em diferentes locais da célula, dependendo da sua natureza:
· RECEPTORES DE SUPERFÍCIE CELULAR: quando o sinal tem natureza hidrofílica e não atravessa à membrana plasmática por difusão
· RECEPTORES INTRACELULARES: quando o sinal tem natureza hidrofóbica e atravessa a membrana plasmática.
Sinalização extracelular: quatro tipos de transmissão:
· Dependente de contato: as moléculas sinal permanecem na membrana da célula que as produziu, sendo menos comum do que os outros tipos de respostas cujos ligantes são secretados. Esse tipo de sinalização é muito importante no desenvolvimento embrionário e na resposta imune.
· Parácrina: os ligantes atuam como mediadores locais, pois afetam apenas células próximas da célula sinalizadora. Os tipos celulares da célula alvo e sinalizadora em geral são diferentes, mas podem ser o mesmo, o que permite a sinalização autócrina, muito comum em células cancerosas. Há mecanismos para que a sinalização seja restrita, como rápida captação pelas células vizinhas, quebra por enzimas extracelulares, imobilização pela matriz extracelular, ação de proteína antagonistas (se ligam ao receptor ou ao ligante, impedindo a sinalização).
· Endócrina: de longo alcance, possui transmissão lenta em relação a sinalização sináptica, já que depende da difusão e do fluxo sanguíneo, e por isso atua em concentrações muito baixas e a persistência da sinalização é maior do que a sinalização sináptica. 
· Sináptica: também de longo alcance, mas com transmissão do sinal muito mais rápida e precisa, já que o axônio atinge diretamente a célula alvo, liberando a molécula-sinal (neurotransmissor) apenas na sinapse, pequeno espaço entre o terminal sináptico e a célula alvo. Graças a isso, neurotransmissores podem alcançar grandes concentrações locais e podem ser removidos rapidamente da fendapela ação de enzimas ou proteínas transportadoras. 
Outro fator que aumenta a rapidez da propagação do sinal é a presença de junções comunicantes. Elas conectam o citoplasma de células adjacentes, permitindo a troca pequenas moléculas hidrossolúveis, em geral em ambas as direções. Isso torna homogêneas as concentrações dessas moléculas nas células envolvidas e permite a propagação do efeito de sinais que atuem por pequenos mediadores, como Ca2+. A presença de junções comunicantes é muito útil para sinalização sináptica, pois é possível que nem todas as células de um tecido tenham inervação.
Um mesmo ligante tem efeitos distintos sobre tipos celulares distintos. Apenas o sinal extracelular não nos indica que efeitos poderão ocorrer nas células, já que ele apenas faz com que a célula reaja de acordo com seu desenvolvimento e genes expressos.
O mesmo sinal pode provocar também diferentes efeitos de acordo com sua concentração, pois o número de receptores ativados aumenta, logo, também aumenta a concentração ou a atividade de proteínas reguladoras gênicas, o que resulta em diferenças no padrão de expressão gênica. 
Ativação da rota e Rota de sinalização intracelular: proteínas de sinalização intracelular transmitem, amplificam, integram e distribuem o sinal que chega. Uma proteína receptora localizada na superfície da célula transforma um sinal extracelular o qual inicia uma ou mais vias de sinalização que transmitem o sinal para o interior. 
Resposta das células ao estímulo: ligantes-receptor eventos intracelulares comportamento da célula 
Tradução de sinais: é a transmissão de um sinal que é convertido de uma forma para outra. 
Principais tipos de receptores:
· Receptor associado ao canal iônico: As substâncias neurotransmissoras (acetilcolina e norepinefrina) combinam-se a receptores na membrana pós-sináptica, alterando a estrutura do receptor, abrindo ou fechando o canal para um ou mais íons. 
· Receptor associado a proteína G: Embora alguns hormônios exerçam suas ações através de ativação de receptores de canais iônicos, a maioria que abre ou fecha canais iônicos o faz, indiretamente, por acoplamento com receptores ligados as proteínas G. Quando o hormônio se une a parte extracelular do receptor, ocorre alteração da conformação no receptor, ativando as proteínas G e induzindo sinais intracelulares que abrem ou fecham os canais iônicos da membrana celular; mudam a atividade de uma enzima no citoplasma da célula; ou ativam a transcrição genica. 
· Receptores associados a enzima: são proteínas transmembranais com seus domínios de interação ao ligante exposto na superfície externa da membrana plasmática. 
Potencial de Ação: despolarizações grandes e uniformes que se movimentam rapidamente ao longo de grandes distâncias (axônio) sem perda de sua força. Qualquer estímulo que que despolarize abruptamente a velocidade média até um nível crítico (chamado de limiar) produz um potencial de ação.
· A base do potencial de ação são os canais iônicos, controlados pela voltagem, presentes na membrana
· Os potenciais de ação, geralmente, são iniciados no segmento inicial do axônio 
· O potencial de ação é a base da capacidade de transportar sinais das células nervosas
O potencial de ação é gerado na zona de estímulo, no segmento inicial. Potenciais de ação representam movimento de Na+ e K+ através da membrana. Ocorre quando canais dependentes de voltagem se abrem, alterando a permeabilidade da membrana. O sódio entra devido a afinidade com o citoplasma negativo.
Os canais de Na+ voltagem dependentes encontram-se na zona de estímulo e ao longo do axônio. Os canais de Na+ dependentes de voltagem usam um mecanismo de duas etapas para abrir e fechar. Isso permite que os sinais elétricos sejam conduzidos somente em uma direção ao longo do axônio.
Propagação dos potenciais de ação: ocorre pela disseminação de correntes locais para áreas adjacentes da membrana, que são então despolarizadas até o limiar, gerando potenciais de ação.
O estimulo despolariza, completamente, a membrana, de forma que o potencial da membrana é invertido, passando de negativo para positivo; a seguir, o potencial de membrana retorna a seu valor de repouso quase tão rapidamente quanto foi despolarizado
Limiar é a voltagem da membrana na qual ocorre 50% de probabilidade de ser gerado um potencial de ação. Além disso quando se aplica um estímulo ainda maior que o limiar, o potencial de ação, se mantém inalterado, não aumentando com o aumento do estímulo. Um estímulo produz um potencial de ação ou não, por essa razão, ele é descrito como uma resposta do tipo tudo-ou-nada. 
A velocidade de condução é aumentada por:
· Maior diâmetro da fibra: diminui resistência interna, portanto, gera maior velocidade de condução
· Mielinização: a mielina atua como isolante ao redor dos axônios dos nervos e aumenta a velocidade de condução. 
Sinapse: é o ponto de encontro entre um neurônio e o neurônio seguinte, determinando a direção que os impulsos nervosos vão se distribuir pelo sistema nervoso. A sinapse também tem função de memória (armazenamento ocorre no córtex cerebral e as regiões subcorticais do encéfalo e da medula espinal)
A informação é transmitida para o SNC, em sua maior parte, na forma de potenciais de ação, chamados simplesmente de impulsos nervosos que se propagam por sucessão de neurônios. Funções sinápticas dos neurônios:
· O impulso pode ser bloqueado na sua transmissão de um neurônio para o outro
· O impulso pode ser transformado de impulso único em impulso repetitivo
· O impulso pode ser integrado a impulsos vindos de outros neurônios para gerar padrões de impulsos muito complexos em neurônios sucessivos. 
Há dois tipos principais de sinapse: 
(1) Sinapse química: quase todas as sinapses utilizadas para a transmissão de sinais no sistema nervoso central da espécie humana são sinapses químicas. Nessas estruturas, o primeiro neurônio secreta por seu terminal a substância química chama de neurotransmissores, esses, por sua vez, vão atuar em proteínas receptoras, presentes na membrana do neurônio subsequente, para promover excitação, inibição ou ainda modificar de outro modo a sensibilidade dessa célula. Alguns neurotransmissores: acetilcolina, norepinefrina, epinefrina, histamina, glicina, serotonina, glutamato, ácido gama-aminobutírico (GABA).
As sinapses químicas transmitem os sinais em somente uma direção (condução unidirecional), ou seja, do neurônio que secreta o neurotransmissor (neurônio pré-sináptico) para o neurônio no qual o neurotransmissor age (neurônio pós-sináptico). Essa única direção permite que os sinais sejam direcionados para alvos específicos. 
(2) Sinapse elétrica: caracterizadas por canais que conduzem eletricidade de uma célula para outra. A maior parte dessas sinapses consiste em pequenas estruturas tubulares proteicas chamadas de junções comunicantes (gap), que permite o movimento livre dos íons de uma célula para outra.
Compartimento líquido intracelular: dentro das células – cerca de 40% do peso corporal. É separado do líquido extracelular pela membrana celular muito permeável a água, mas não permeável à grande maioria dos eletrólitos existentes no corpo. Grande quantidade de íons de potássio e fosfato e quantidades moderadas de magnésio e sulfato. Grande quantidade de proteínas (4x mais do que no plasma). 
Compartimento líquido extracelular: subdividido em líquido intersticial e plasma sanguíneo (parte não celular do sangue, que troca substâncias com o líquido intersticial através de poros das membranas capilares. Esses poros são permeáveis a quase todos os solutos do líquido extracelular, menos as proteínas (alta conc. de proteínas no plasma).
Mecanismos especiais para o transporte de íons através das membranas celulares mantém as diferenças de concentrações iônicas entre os líquidos extracelulares e intracelulares. 
Difusão: é o processo pelo qual as moléculas se movem espontaneamente de uma área de alta concentração para uma área de baixa concentração. Há dois tipos: Difusão simples e difusão facilitada· Difusão simples: o movimento cinético das moléculas ou íons ocorre através de abertura na membrana ou através dos espaços intermoleculares, sem que ocorra qualquer interação com as proteínas transportadoras de membrana. Pode ocorrer por duas vias: 
(1) pelos interstícios da bicamada lipídica, no caso de a substância ser lipossolúvel: quanto maior for a lipossolubilidade da molécula maior a velocidade da difusão. Oxigênio, nitrogênio, dióxido de carbono, álcool são lipossolúveis; 
(2) pelos canais aquosos que penetram por toda a espessura da membrana, por meio de grandes proteínas transportadoras.
· Difusão facilitada: requer interação com uma proteína transportadora. A proteína transportadora ajuda a passagem das moléculas ou dos íons, através da membrana, por meio de uma ligação química entre eles, transportando-os em movimento vaivém. 
Transporte ativo: é divido em dois tipos de acordo com a fonte de energia usada para causar o transporte, nos dois casos o transporte depende de proteínas transportadoras. No entanto, no transporte ativo essas proteínas funcionam de modo distinto da difusão, uma vez que elas são capazes de transferir energia para a substância transportada para movê-la contra o gradiente eletroquímico. 
· transporte ativo primário: a energia é derivada diretamente da degradação do ATP 
Bomba de sódio potássio: processo de transporte que bombeia íons sódio para fora, através da membrana celular de todas as células, e ao mesmo tempo bombeia íons de potássio de fora para dentro. Essa bomba é responsável pela manutenção das diferenças de concentração entre sódio e potássio, bem como pelo estabelecimento da voltagem elétrica negativa dentro das células. 
Proteínas transportadoras alfa (maior) e beta (menor). 
Quando dois íons potássio se ligam a parte externa da proteína transportadora e três íons sódio se ligam à parte interna, a função ATPase da proteína é ativada. Isso então cliva uma molécula de ATP, dividindo-a em ADP e liberando uma ligação fosfato de alta energia. A energia liberada causa uma alteração química e conformacional da proteína transportadora que traz os 2 íons de sódio para dentro e leva os 3 íons de potássio para fora. A Bomba de sódio-potássio pode funcionar de forma inversa. 
· transporte ativo secundário: a energia é derivada secundariamente da energia armazenada na forma de diferentes concentrações iônicas de substâncias, gerada originalmente pelo transporte ativo primário. 
Via Aferente: As grandes vias aferentes podem, pois, ser consideradas como cadeias neuronais, unindo os receptores ao córtex. No caso das vias inconscientes, esta cadeia é constituída apenas por dois neurônios (I, II). Já nas vias conscientes, estes neurônios são geralmente três.
· RECEPTOR — é sempre uma terminação nervosa sensível ao estímulo que caracteriza a via. Assim, tradicionalmente admite-se a especificidade do receptor, ou seja, a existência de receptores especializados para cada uma das modalidades de sensibilidade. A conexão deste receptor, por meio de fibras específicas, com uma área específica do córtex, permite o reconhecimento das diferentes formas de sensibilidade.
· TRAJETO PERIFÉRICO: compreende um nervo espinhal ou craniano e um gânglio sensitivo anexo a este nervo. De um modo geral, nos nervos que possuem libras com funções diferentes, elas se misturam aparentemente ao acaso. 
· TRAJETO CENTRAL — no seu trajeto pelo sistema nervoso central, as libras que constituem as vias aferentes se agrupam em feixes (tratos, fascículos, lemniscos) de acordo com suas funções. 
· ÁREA DE PROJEÇÃO CORTICAL — está no córtex cerebral ou no córtex cerebelar; no primeiro caso, a via nos permite distinguir os diversos tipos de sensibilidade — é consciente; no segundo caso, ou seja, quando a via termina no córtex cerebelar, o impulso não determina qualquer manifestação sensorial c é utilizado pelo cerebelo para realização de sua função primordial de integração motora — a via é inconsciente.
TIPOS DE RECEPTORES SENSORIAIS QUE DETECTAM ESTÍMULOS:
· Mecanorreceptores, que detectam a compressão mecânica ou o estiramento do receptor ou dos tecidos adjacentes ao receptor. 
· Termorreceptores, que detectam alterações da temperatura. 
· Nociceptores (receptores da dor), que detectam danos físicos ou químicos que ocorrem nos tecidos. 
· Receptores eletromagnéticos, que detectam a luz que incide na retina dos olhos.
· Quimiorreceptores, que detectam o gosto na boca, o cheiro no nariz, o nível de oxigênio no sangue arterial, a osmolalidade dos líquidos corpóreos, a concentração de dióxido de carbono e outros fatores que compõem a química do corpo.
Ciclo circadiano: o ciclo circadiano é uma sequência de eventos que se repetem de maneira regular durante 24 horas. É regulado pelo nosso "relógio biológico", localizado no Núcleo Supraquiasmático do Hipotálamo (NSQ).
O ciclo tem relativa estabilidade diante de mudanças térmicas - homeostase térmica; possui plasticidade diante dos sincronizadores externos.
Relação dos principais hormônios com o ciclo circadiano:
· Melatonina - Hormônio produzido pela glândula pineal que é responsável por deixar a pessoa sonolenta, por isso é popularmente chamado de "hormônio do sono". Apresenta valores máximos noturnos e mínimos diurnos (a luz suprime sua produção). Seu pico está entre 2 e 6 horas da manhã. A produção da melatonina é inversamente proporcional à idade da pessoa.
· Serotonina - Esse hormônio inibe as sinapses dos neurônios, causando sono.
· Cortisol - Hormônio produzido pelo córtex da suprarrenal. Os níveis de cortisol atingem o máximo durante a manhã (7 - 8 horas), seguido por um período prolongado de níveis mínimos ao redor da meia-noite. O cortisol é inverso à melatonina, ou seja, quando o cortisol atinge seu pico, a melatonina atinge seu mínimo, ou vice-versa. O estresse está intimamente relacionado à esse hormônio.
· TSH - O hormônio tireoestimulante apresentam níveis baixos e relativamente estáveis durante o dia. Ocorre uma elevação noturna e atinge seu máximo no período de sono.
· GH - A secreção do hormônio do crescimento é estimulada notavelmente durante o sono lento. Ocorre pouco depois de iniciar o sono. 
Influência da cafeína no ciclo circadiano: A cafeína (droga psicoativa mais popular do mundo) inibe a atuação do neurotransmissor adenosina, e esse, por sua vez, é responsável pela diminuição da frequência cardíaca, da pressão sanguínea, da temperatura corporal, etc. Com a inibição da adenosina, a pessoa tem uma sensação de revigoramento e ocorre um efeito descargas nas células nervosas, liberando adrenalina.
Caso 2 
Ciclo cardíaco: O conjunto dos eventos cardíacos que ocorre entre o início de um batimento e o início do próximo é denominado ciclo cardíaco. 
· Cada ciclo é iniciado pela geração espontânea de potencial de ação no nodo sinusal. Esse nodo está situado na parede lateral superior do átrio direito, próximo da abertura da veia cava superior, e o potencial de ação se difunde desse ponto rapidamente por ambos os átrios e, depois, por meio do feixe A-V para os ventrículos.
· Em virtude dessa disposição especial do sistema de condução, ocorre retardo de mais de 0,1 segundo na passagem do impulso cardíaco dos átrios para os ventrículos. Isso permite que os átrios se contraiam antes dos ventrículos, bombeando assim sangue para o interior dos ventrículos antes do começo da forte contração ventricular.
· Os átrios agem como bomba de escova para os ventrículos; e os ventrículos por sua vez fornecem a fonte principal de força para propelir o sangue pelo sistema vascular do corpo.
· O ciclo cardíaco consiste no período de relaxamento, chamado diástole, durante o qual o coração se enche de sangue, seguido pelo período de contração, chamado sístole
· Cerca de 80% do sangue fluem diretamente dos átrios para os ventrículos, mesmo antes da contração atrial. Então, essa contração representa os 20% adicionais para acabar de encher os ventrículos.
· Variações da Pressão nos Átrios:
A onda a é causada pela contração atrial. Normalmente, a pressão atrialdireita aumenta por 4 a 6 mmHg durante a contração atrial, e a pressão atrial esquerda sobe por 7 a 8 mmHg. 
A onda c ocorre quando os ventrículos começam a se contrair; ela é causada, em parte, pelo ligeiro refluxo de sangue para os átrios, no início da contração ventricular, mas principalmente pelo abaulamento para trás das valvas A-V em direção aos átrios, em virtude da pressão crescente nos ventrículos. 
A onda v ocorre perto do final da contração ventricular; ela resulta do lento fluxo de sangue das veias para os átrios, enquanto as valvas A-V estão fechadas durante a contração dos ventrículos. Então, quando essa contração termina, as valvas A-V se abrem, permitindo que esse sangue atrial armazenado flua rapidamente para os ventrículos, causando o desaparecimento da onda v.
· Durante a sístole ventricular, grande quantidade de sangue se acumula nos átrios direito e esquerdo, uma vez que as valvas A-V estão fechadas. Durante a sístole ventricular forçam de imediato as valvas A-V a se abrirem, como mostrado pelo aumento do volume ventricular esquerdo. Esse é o chamado período de enchimento rápido ventricular. Durante o último terço da diástole, os átrios se contraem, dando impulso adicional ao fluxo sanguíneo para os ventrículos; isso responde por mais ou menos 20% do enchimento ventricular total em cada ciclo cardíaco.
· Período de contração isovolumétrica: imediatamente após o início da contração ventricular, a pressão ventricular sobe, de modo abrupto, fazendo com que as valvas A-V se fechem. É necessário mais 0,02 a 0,03 segundo para que o ventrículo gere pressão suficiente para empurrar e abrir as válvulas semilunares. Portanto, durante esse período os ventrículos estão se contraindo, mas não ocorre esvaziamento. Esse é o chamado período de contração isovolumétrica ou isométrica, significando que a tensão aumenta no músculo, mas ocorre pouco ou nenhum encurtamento das fibras musculares. 
· Período de Ejeção: Quando a pressão no interior do ventrículo esquerdo aumenta até pouco acima de 80 mmHg (e a pressão do ventrículo direito, pouco acima de 8 mmHg), a pressão ventricular força a abertura das valvas semilunares. Imediatamente, o sangue começa a ser lançado para diante, para as artérias, e cerca de 70% do seu esvaziamento ocorrem durante o primeiro terço do período de ejeção, e os 30% restantes do esvaziamento nos outros dois terços do período. Assim, o primeiro terço é o chamado período de ejeção rápida, e os demais dois terços, período de ejeção lenta.
· Período de Relaxamento Isovolumétrico: ao final da sístole, o relaxamento ventricular começa de modo repentino, fazendo com que as pressões intraventriculares direita e esquerda diminuam rapidamente. As altas pressões nas artérias distendidas que acabaram de ser cheias com o sangue vindo dos ventrículos contraídos voltam a empurrar o sangue de volta para os ventrículos, causando o fechamento das valvas aórtica e pulmonar. Durante esse período, as pressões intraventriculares diminuem rapidamente de volta aos valores diastólicos. É então que as valvas A-V se abrem para iniciar novo ciclo de bombeamento ventricular.
· Durante a diástole, o enchimento normal dos ventrículos aumenta o volume de cada um deles para 110 ou 120 ml. Esse volume é chamado volume diastólico final. A quantidade restante em cada ventrículo, de 40 a 50 ml, é chamada volume sistólico final.
· As valvas A-V (tricúspide e mitral) evitam o refluxo de sangue dos ventrículos para os átrios durante a sístole. Por razões anatômicas (cordas tendíneas e músculos papilares) para se fecharem, as valvas A-V, finas e membranosas quase não requerem pressão retrógrada.
· As valvas semilunares {pulmonar e aórtica) impedem o refluxo da aorta e das artérias pulmonares para os ventrículos durante a diástole. elas se fecham quando o gradiente de pressão retrógrada força o sangue de volta, e se abrem quando o gradiente de pressão para diante leva o sangue à frente. 
Eletrocardiograma: Quando o impulso cardíaco passa através do coração, uma corrente elétrica também se propaga do coração para os tecidos adjacentes que o circundam. Pequena parte da corrente se propaga até a superfície do corpo. Se eletródios forem colocados sobre a pele, em lados opostos do coração, será possível registrar os potenciais elétricos gerados por essa corrente: esse registro é conhecido como eletrocardiograma (ECG). 
A ECG permite ao médico inferir o curso do impulso cardíaco por meio do registro das variações do potencial elétrico em vários loci na superfície do corpo. Pela análise dos detalhes dessas flutuações do potencial elétrico o médico obtém uma percepção da:
· orientação anatômica do coração;
· dos tamanhos relativos de suas câmaras;
· dos vários distúrbios de ritmo de condução; 
· da extensão, da localização e do progresso de danos isquêmicos ao miocárdio; 
· dos efeitos de concentrações alteradas de eletrólitos, e 
· da influência de certos fármacos 
O eletrocardiograma normal é composto pela onda P, pelo complexo QRS e pela onda T. O complexo QRS apresenta com frequência, mas não sempre três ondas distintas: a onda Q, a onda R e a onda S. 
A onda P é produzida pelos potenciais elétricos gerados quando os átrios se despolarizam, antes de a contração atrial começar. 
O complexo QRS é produzido pelos potenciais gerados quando os ventrículos se despolarizam antes de sua contração, isto é, enquanto a onda de despolarização se propaga pelos ventrículos. Portanto, tanto a onda P como os componentes do complexo QRS são ondas de despolarização. 
A onda T é produzida pelos potenciais gerados, na repolarização ventricular. 
Durante a despolarização, o potencial negativo normal presente no interior da fibra se inverte, ficando levemente positivo no interior, e negativo no exterior.
Intervalo P-Q ou P-R. O tempo decorrido entre o início da onda P e o início do complexo QRS corresponde ao intervalo entre o começo da estimulação elétrica dos átrios e o começo da estimulação dos ventrículos. envolve a passagem do impulso através do nódulo AV. Representa a repolarização dos átrios. 
Intervalo Q-T. A contração do ventrículo dura aproximadamente do início da onda Q (ou da onda R, quando a onda Q está ausente) até o final da onda T. 
** P-Q sístole atrial
** R-S sístole ventricular
** S-T diástole ventricular 
** Quanto maior o intervalo R-R maior a frequência cardíaca.
** Onda S: representa a despolarização das porções próximas à base do coração (últimas a serem despolarizadas). 
** Onda T: representa a repolarização dos ventrículos
Potencial de ação monofásico do musculo ventricular: observa-se que as ondas QRS surgem no início do potencial de ação monofásico, aparecendo a onda T no final. 
Automatismo do coração: 
O coração humano tem um sistema especial para a auto excitação rítmica e a contração repetitiva. Esse feito é realizado por um sistema que:
(1) gera impulsos elétricos rítmicos para iniciar contrações rítmicas do miocárdio; e 
(2) conduz esses impulsos rapidamente por todo o coração. 
A figura mostra o nodo sinusal, no qual são gerados os impulsos rítmicos normais; as vias internodais que conduzem os impulsos do nodo sinusal ao nodo atrioventricular (nodo A-V); o próprio nodo A-V, no qual os impulsos vindo dos átrios são retardados antes de passar para os ventrículos; o feixe A-V, que conduz os impulsos dos átrios para os ventrículos, e os ramos direito e esquerdo do feixe de fibras de Purkinje, que conduzem os impulsos cardíacos para todas as partes dos ventrículos.
NODO SINUSAL (SINOATRIAL) “Marca-Passo”. Está situado na parede do átrio direito. As fibras do nodo sinusal se conectam diretamente às fibras musculares atriais, de modo que qualquer potencial de ação que se inicie no nodo sinusal se difunde de imediato para a parede do músculo atrial.
Algumas fibras cardíacas têm a capacidade de auto excitação, processo que pode causar descarga automática rítmica e, consequentemente, contrações rítmicas. Essa capacidade é de modo especial válida para as fibras do sistema condutor especializado cardíaco,incluindo as fibras do nodo sinusal. Por essa razão, o nodo sinusal controla normalmente a frequência dos batimentos de todo o coração. 
O sistema condutor atrial é organizado de tal modo que o impulso cardíaco não se propague dos átrios aos ventrículos muito rapidamente; esse retardo permite que os átrios se contraiam e esvaziem seu conteúdo nos ventrículos antes que comece a contração ventricular. Os responsáveis por esse retardo da transmissão para os ventrículos são principalmente o nodo A-V e suas fibras condutoras adjacentes. O nodo A-V está situado na parede posterior do átrio direito, imediatamente atrás da valva tricúspide
Potenciais de ação de serem conduzidos retrogradamente para os átrios a partir dos ventrículos. Essa característica impede a reentrada de impulsos cardíacos por essa via, dos ventrículos para os átrios, permitindo apenas condução anterógrada dos átrios para os ventrículos.
 
Potencial de ação – coração
· Células contráteis: cardiomiócitos. A contração das células é iniciada pelo potencial de ação
· Células condutoras: nodo sinoatrial, nodo atrioventricular, feixe de Hiss, fibras de purkinje
As células do miocárdio são pequenas, ramificadas e interconectadas por gap junctions. Essas junções atuam como sinapses elétricas. A despolarização de uma única célula miocárdica propaga um potencial de ação por todo o miocárdio. 
As células podem se despolarizar automaticamente (nodo sinoatrial) ou pelo SNA.
Potencial de ação do átrio, ventrículo e células de purkinje
Fase 0: deflação ascendente
· Aumenta condutância ao Na+
· Aumenta PA da membrana
Fase 1: repolarização inicial
· Fechamento dos canais de Na+
· Corrente de efluxo de K+
Fase 2: Platô
· Abertura de canais de Ca2+ (influxo)
· Efluxo K+
· Esse processo gera equilíbrio
Fase 3: Repolarização definitiva
· Aumenta condutância de K+
· Diminui condutância de Ca2+
Fase 4: potencial de ação em repouso
· Equilíbrio entre influxo e efluxo
Potencial de ação sinoatrial (automatismo)
Fase 0: deflexão ascendente:
· Influxo de Ca2+ (condutância tipo T)
Fase 1: repolarização
· Aumenta condutância ao K+ (efluxo de K+)
Fase 4: despolarização espontânea 
· FC influxo de Na+
Débito Cardíaco: Débito cardíaco é a quantidade de sangue bombeado para a aorta a cada minuto pelo coração. Esta também é a quantidade de sangue que flui pela circulação.
DC= FC x VOLUME SISTOLICO
O débito cardíaco médio para o adulto em repouso em números inteiros é declarado, muitas vezes, quase 5 L/min. 
Determinantes do débito cardíaco:
· Retorno Venoso: retorno venoso é a quantidade de sangue que flui das veias para o átrio direito a cada minuto. O retorno venoso e o débito cardíaco devem ser iguais um ao outro. Diversos fatores da circulação periférica que afetam o fluxo sanguíneo de retorno pelas veias para o coração. “Lei de Frank-Starling”: quando quantidades elevadas de sangue fluem para o coração, essa maior quantidade de sangue distende as paredes das câmaras cardíacas. Como resultado da distensão, o músculo cardíaco se contrai com mais força, fazendo com que seja ejetado todo o sangue adicional que entrou da circulação sistêmica.
O débito cardíaco é determinado, usualmente, pela soma de todos os vários fatores orgânicos que controlam o fluxo sanguíneo local. Todo o sangue local flui para formar o retorno venoso, e o coração automaticamente bombeia esse sangue de volta para as artérias, para fluir de novo pelo sistema.
· Pré-carga: grau de tensão do músculo quando ele começa a se contrair; a pressão durante o enchimento do ventrículo; ligado ao volume ventricular.
· Pós-carga: a carga contra a qual o músculo exerce sua força contrátil; a pressão arterial contra a qual o ventrículo deve exercer a contração; ligado a RVP.
· Frequência cardíaca 
· Contratilidade
Quando a resistência periférica total é exatamente normal, o débito cardíaco também é normal. Então, quando a resistência periférica total aumenta acima do normal, o débito cardíaco diminui; ao contrário, quando a resistência periférica total diminui, o débito cardíaco aumenta (quando a PA está normal). 
Sistema Nervoso e ciclo cardíaco:
O coração recebe inervação pelos nervos simpáticos e pelos parassimpáticos. 
· Os nervos parassimpáticos (vagos) distribuem-se majoritariamente para os nodos S-A e A-V, pouco menos para a musculatura atrial e muito pouco para o músculo ventricular. 
· Os nervos simpáticos, por outro lado, distribuem-se por todas as porções do coração com forte representação no músculo ventricular, bem como em outras áreas. 
· Estimulação da inervação parassimpática do coração provoca liberação do hormônio acetilcolina pelas terminações vagais. Esse hormônio tem dois efeitos principais sobre o coração:
· Diminui o ritmo do nodo sinusal 
· Reduz a excitabilidade das fibras juncionais A-V entre a musculatura atrial e o nodo A-V, lentificando, assim, a transmissão do impulso cardíaco para os ventrículos. 
· Reduz a frequência cardíaca
A liberação de acetilcolina pelas terminações vagais aumenta muito a permeabilidade da membrana aos íons potássio, permitindo o rápido vazamento desse íon para fora das fibras condutoras. Esse processo provoca aumento da negatividade no interior das células, efeito esse conhecido como hiperpolarização, que torna esses tecidos excitáveis muito menos excitáveis. Portanto, a subida inicial do potencial de membrana sinusal, decorrente do influxo de sódio e cálcio, exige muito mais tempo para atingir o potencial limiar para a excitação. Esse requisito reduz em muito a frequência da ritmicidade dessas fibras sinusais. Se o estímulo vagal for suficientemente intenso, é possível interromper por completo a autoexcitação desse nodo.
· A estimulação simpática causa essencialmente efeitos opostos aos observados no coração pela estimulação parassimpática, como se segue
· aumentando a frequência de descargas do nodo sinusal. 
· aumentando a velocidade da condução, bem como a excitabilidade em todas as porções do coração. 
· aumentando muito a força de contração de toda a musculatura cardíaca, tanto atrial quanto ventricular. 
A estimulação simpática leva à liberação do hormônio norepinefrina pelas terminações nervosas. O aumento da permeabilidade aos íons cálcio é no mínimo parcialmente responsável pelo aumento da força de contração do miocárdio, sob a influência de estímulo simpático, já que o cálcio desempenha potente papel na excitação e nos processos contráteis das miofibrilas.
Regulação autonômica da resistência vascular periférica:
· Na circulação normal, o volume total de sangue é constante e o aumento do volume sanguíneo em uma área deve ser acompanhado pela redução em outra. A distribuição do sangue circulante pelas diferentes regiões do corpo é determinada:
· Pela força da contração do ventrículo esquerdo e 
· Pelo estado contrátil dos vasos de resistência (arteríolas)
· A resistência atinge seu nível máximo nas arteríolas, que são, também, conhecidas como válvulas do sistema vascular. Por esse motivo, há grande queda de pressão no segmento terminal das pequenas artérias e das arteríolas. Ajustes no grau de contração desses pequenos vasos permitem a regulação do fluxo sanguíneo pelos tecidos e ajudam a controlar a pressão arterial.
· área transversal total diminui e o fluxo sanguíneo aumenta (inversamente proporcional)
O Sistema Vascular Periférico, para além de conduzir o sangue do coração para os capilares e destes novamente para o primeiro, desempenha funções de regulação do tónus arterial, da resistência vascular periférica (RVP) e do fluxo sanguíneo. 
A circulação periférica é regulada por dois mecanismos principais: 
· Sistema Nervoso (nas circulações cutânea e esplâncnica)
· Periférico, mediado por Fatores Humorais (circulações cerebral e coronária).
A interface entre os mecanismos neuronais e humorais é o Endotélio. As células endoteliais desempenham um papel crucial na regulação do tónus vascular, através da libertação de substâncias vasoconstritoras e vasodilatadoras. 
A regulação do sistema vascular periférico está dependenteda modificação do diâmetro (diminuição ou aumento) dos vasos de resistência (predominantemente as arteríolas), da vasoconstrição e da vasodilatação.
Na parede dos vasos sanguíneos (à exceção dos capilares e das vénulas) há células musculares lisas que possuem receptores específicos sobre os quais atuam diretamente os neurotransmissores do Sistema Nervoso Autónomo (SNA).
Bulhas Cardíacas: o fechamento das valvas cardíacas causa sons audíveis pelo estetoscópio, esses são chamados de bulhas.
B1: Fechamento das valvas AV, no início da sístole. É um som grave. 
B2: fechamento das valvas semilunares, no final da diástole. É um som agudo
B3: é a passagem passiva do sangue do átrio pro ventrículo durante a diástole. Não consegue ser ouvida.
B4: é a sístole ventricular; também não pode ser ouvida. 
Caso 3
Perfusão tecidual: Perfusão pode ser entendida como sendo a irrigação lenta e contínua de sangue na rede capilar para nutrir um tecido. Essa nutrição consiste em oxigênio e outros nutrientes como glicose e aminoácidos Perfusão pode ainda ser considerada como o volume de sangue que atravessa os capilares para “banhar” o tecido, levando substâncias essenciais para o metabolismo.
A pressão arterial tem uma relação direta com a perfusão. Quando aquela está baixa, a perfusão diminui; quando está alta, a perfusão aumenta. Assim, hipotensão e hipovolemia levam à uma baixa perfusão tecidual.
Quando a perfusão tecidual diminui, o organismo tenta compensar a falta de oxigênio aumentando as frequências cardíaca e respiratória.
Fisiologicamente, tanto a perfusão quanto à oferta de oxigênio aos tecidos é controlada pela taxa metabólica célula. a pressão arterial é importante para manter a perfusão nos diferentes territórios da circulação.
Forças de Starling : a pressão capilar (Pc), que tende a forçar o líquido para fora através da membrana capilar. A pressão do líquido intersticial (Pli), que tende a forçar o líquido para dentro através da membrana capilar quando a Pli for positiva, mas, para fora, quando a Pli for negativa. A pressão coloidosmótica plasmática capilar (TTp), que tende a provocar a osmose de líquido para dentro, através da membrana capilar. A pressão coloidosmótica do líquido intersticial (Elli), que tende a provocar osmose de líquido para fora através da membrana capilar.
Se a soma dessas forças — a pressão efetiva de filtração — for positiva, ocorrerá filtração de líquido pelos capilares. Se a soma for negativa, ocorrerá absorção de líquido
Tipos de choque:
· Choque hipovolêmico: é causado por uma redução do volume sanguíneo (hipovolemia). Essa redução do volume pode ser devida a uma hemorragia (causa mais frequente); o que ocorre é uma queda na pressão de enchimento capilar (PEC) ou pressão hidrostática. A hemorragia pode ser externa ou interna. A fim de recuperar a perfusão tecidual o organismo lança mão de estratégias fisiológicas como a ativação simpática. Essa ativação desencadeia três respostas principais. 
· A primeira é a contração das arteríolas, que aumenta a resistência vascular periférica (RVP). 
· A segunda é a contração das veias, que aumenta o retorno venoso e, consequentemente a pré-carga. 
· E a terceira são os efeitos cardíacos diretos: o aumento da frequência cardíaca e o aumento da força de contração do coração.
 Hemorragia Menor enchimento Menor R.V Menor DC Menor PA vasoconstrição Aumenta FC
· Choque Neurogênico: uma das causas é a perda do tônus vasomotor, lesão cerebral, anestesia geral profunda.
Obstrução/Lesão do vaso dilatação maciça das veias Menor enchimento Menor R.V Menor DC
· Choque Anafilático: é a condição alérgica na qual o DC e PA muitas vezes diminuem drasticamente. Um dos efeitos principais é a liberação de histamina
Aumenta a capacidade vascular vasodilatação aumento da permeabilidade capilar Diminui R.V Diminui DC diminui PA
· Choque Séptico: refere-se a infecção bacteriana amplamente disseminada para muitas áreas do corpo, sendo esta transmitida pelo sangue. 
vasodilatação Diminui R.V Diminui DC diminui perfusão diminui PA
Pressão arterial: é a força exercida pelo sangue contra as paredes dos vasos, senso a sístole a pressão máxima e a diástole a mínima. 
PA= DC x RVP
Determinantes da PA 
· Físicos: volume e complacência 
· Fisiológicos: débito e resistência 
Mecanismos de controle da PA:
Curto Prazo:
Sistema Nervoso Autônomo Simpático Adrenalina Grandes Vasos Aumenta RV, FC, DC, PA
Sistema Nervoso Autônomo Simpático Adrenalina Arteríolas Aumenta RVP, PA Diminuí o fluxo
Barorreceptores: são terminações nervosas localizadas na artéria carótida interna, no arco aórtico e no seio carotídeo. Os sinais nervosos são transmitidos por feedback negativo. 
Aumenta a PA estiramento das baro Sinais Para o SNC feedback SNA vasodilatação Diminui PA
Poucos sinais dos baro efeito inibitório vaso motor aumenta PA
Quimiorreceptores: reflexo ocasionado por receptores (Células Glomais) que detectam as variações da PO2, PCO2 e do pH no sangue arterial. Presentes no arco aórtico e nas artérias carótidas. 
↑ PCO2, ↓ PO2 e do pH = elevação da resistência periférica total e da PA. 
↓ PCO2, ↑ PO2 e do pH = redução da resistência periférica total e da PA.
Transmissão nervosa de ambos:
Receptores Aórticos NERVO VAGO Tronco encefálico
Receptores Carotídeos NERVO HERING NERVO GLOSSOFARÍNGEO Tronco encefálico
Longo Prazo: “RINS”
· Um pequeno aumento na pressão arterial pode dobrar a excreção de água e sal com aumento da filtração glomerular e redução da reabsorção tubular.
· A excreção de sal e água leva a redução do volume de líquido extracelular, reduzindo a pressão arterial
Aumenta o LEC→ Aumenta o volume de Sangue→ Aumenta o RV→ Aumenta o DC → autorregulação (Aumenta RVP, PA e débito urinário). 
Aumenta o LEC→ Aumenta o volume de Sangue→ Aumenta o RV→ Aumenta o DC → Aumenta PA e débito urinário 
· Queda da PA → retenção de sal e água → liberação de Renina
Sistema Cardiovascular e a PA: a pressão arterial é uma função do débito cardíaco, contração das arteríolas e volemia. A PA normal varia ao longo dos diferentes segmentos do sistema circulatório. A pressão na aorta é máxima e o principal diferencial ocorre entre as artérias e os capilares. Portanto, é a contração das arteríolas que pode aumentar a dificuldade de o sangue atingir os capilares. Quando o diferencial entre a pressão máxima e mínima é reduzido, há dificuldade na troca de substancias através dos capilares.
A manutenção da PA feita pelo coração é realizada também através do controle do volume de liquido que é contido pelo sistema circulatório. Hemorragias ou perdas de liquido para os tecidos podem levar à diminuição da PA. Em condições normais, o controle da perda de líquidos pelo rim é de extrema importância.
Controle do Fluxo Sanguíneo: cada tecido controla o seu fluxo sanguíneo em proporção às suas necessidades metabólicas.
Necessidades especificas dos tecidos em relação ao fluxo sanguíneo: suprimento de oxigênio e nutrientes aos tecidos, remoção de dióxido de carbono dos tecidos, remoção de íons de hidrogênio dos tecidos, transporte de hormônios e outras substancias para os diferentes tecidos.
O fluxo sanguíneo para cada tecido é mantido no nível mínimo suficiente para suprir as suas necessidades – nem mais, nem menos. Em tecidos nos quais a necessidade mais importante é a oferta de oxigênio, o fluxo sanguíneo é sempre mantido em um nível apenas ligeiramente acima do necessário para manter a oxigenação completa do tecido, mas não mais que isso. 
Mecanismos de controle do fluxo sanguíneo: é dividido em duas fases:
· Controle agudo: é realizado por meio de rápidas variações da vasodilatação ou da vasoconstrição local das arteríolas, metarteriolas e esfíncteres pré-capilares, ocorrendo em segundos ou minutos para permitir a manutenção muito rápida do fluxo sanguíneo local apropriado.
· Controle a longo prazo: variações lentas e controladas do fluxo, ao longo de dias, semanas ou até mesmo meses. xResultam em melhor controle do fluxo em proporção às necessidades teciduais.Essas variações ocorrem como resultado de aumento ou diminuição nas dimensões físicas e no número de vasos sanguíneos que suprem os tecidos. 
Mecanismos de regulação da Temperatura: 
A temperatura central (tecidos profundos do corpo) permanece em níveis constantes, exceto quando uma pessoa desenvolve uma doença febril. A temperatura periférica (pele), se eleva e diminui de acordo com a temperatura ao seu redor. Temperatura central normal: é considerada entre 36,5 e 37°C.
Produção de calor: é um dos principais produtos finais do metabolismo. Grande parte do calor produzido pelo corpo é gerado nos órgãos profundos, especialmente no fígado, cérebro e coração, e nos músculos esqueléticos durante o exercício
Perda de calor: o calor produzido é transferido dos órgãos e tecidos profundos para a pele, onde ele é perdido para o ar e para o meio ambiente. Os principais mecanismos de perda de calor são: 
· Evaporação
· Irradiação
· Condução
· Convecção
· Resfriamento pelo vento
Em situações onde a temperatura do corpo está excessivamente quente, o organismo atua para perder calor através da:
· vasodilatação dos vasos sanguíneos cutâneos
· sudorese
· inibição dos mecanismos de produção de calor
O fluxo sanguíneo de centro do corpo para a pele é responsável pela transferência de calor.
Os mecanismos de feedback que regulam a temperatura do corpo operam por meio dos centros termorreguladores localizados no hipotálamo, auxiliados por detectores de temperatura que determinam se a temperatura corporal está excessivamente quente ou fria. Os impulsos provenientes desta área são transmitidos pelas vias autonômicas para a medula e, daí pela via simpática para a pele de todo o corpo. 
Caso 4 
Anatomia Pulmonar: 
· O pulmão direito, localizado no hemitórax direito, é dividido em três lobos (superior, intermediário e inferior) por duas fissuras interlobulares (oblíqua e horizontal). 
· O pulmão esquerdo, localizado no hemitórax esquerdo, é dividido em dois lobos (superior, incluindo a lingula, e inferior) por uma fissura oblíqua.
· Os pulmões são recobertos por uma delgada membrana, chamada de pleura visceral, e são encapsulados por uma outra membrana, chamada de pleura parietal. Elas permitem o deslizamento suave dos dois pulmões enquanto se expandem no tórax.
· A traqueia se bifurca em dois brônquios principais. Estes se ramificam nos brônquios lobares que, por sua vez, se dividem nos brônquios segmentares e, em seguida, em ramos cada vez menos calibrosos (bronquíolos), até chegarem nos alvéolos. 
· A unidade básica fisiológica dos pulmões é a respiratória ou de trocas gasosas, que consiste em bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e alvéolos.
Mecanismo da Troca Gasosa: 
· Os alvéolos são compostos de células epiteliais dos tipos I (trocas gasosas) e tipo II (produção de surfactante)
· Surfactante reduz a tensão superficial no fluido alveolar e é responsável pela regeneração da estrutura alveolar subsequente à lesão. Não deixa o pulmão colabar.
A tensão superficial é a força causada pelas moléculas de água na interface ar-líquido que tende a minimizar a área de superfície, tornando muito mais difícil insuflar o pulmão.
Funções:
· Redução do trabalho da respiração pela diminuição das forças de tensão superficial;
· Prevenção do colapso e fixação dos alvéolos na expiração;
· Estabilização dos alvéolos, especialmente os que tendem a desinsuflar-se sob baixa tensão superficial
· A troca gasosa ocorre pela rede alvéolo-capilar, a partir de diferenças de pressão (difusão).
· A barreira entre o gás nos alvéolos e os eritrócitos consiste em células epiteliais alveolares tipo I, células endoteliais dos capilares e suas respectivas membranas basais. 
· O O2 e o CO2 se difundem passivamente através dessa barreira para o interior do plasma e das células vermelhas do sangue, sendo que o CO2 se difunde aproximadamente mais rápido que o O2. 
· Lei de Fick Taxa de difusão= (pressão parcial dentro – fora) x área transversal x solubilidade do gás
Distância da difusão x peso molecular 
· Transporte de CO2: ocorre de 3 formas, dissolvido no plasma (forma gasosa), por íon bicarbonato, e ligado a hemoglobina.
· Transporte de O2: dissolvido no plasma e ligado ao grupo heme da hemoglobina.
· Formação e Degradação das Hemácias:
· As hemácias também chamadas de eritrócitos e glóbulos vermelhos são células responsáveis pelo transporte de oxigênio pelo nosso corpo.
· O processo de produção de hemácias denominado eritropoiese, ocorre na medula óssea vermelha e é regulado pela eritropoietina, um hormônio produzido nos rins em indivíduos adultos. 
· A hipoxia (baixa concentração de O2) é uma grande estimuladora da produção desse hormônio. Em grandes altitudes, por exemplo, a eritropoietina é produzida em ampla quantidade, iniciando assim um aumento na produção de hemácias. As hemácias são células que vivem em média 120 dias depois são destruídas pelo baço.
Mecanismo da respiração:
· As funções principais da respiração são prover oxigênio aos tecidos e remover o dióxido de carbono.
· Durante a inspiração, a contração diafragmática puxa as superfícies inferiores dos pulmões para baixo.
· Depois, na expiração, o diafragma simplesmente relaxa, e a retração elástica dos pulmões, da parede torácica e das estruturas abdominais comprime os pulmões e expele o ar.
· Durante a respiração vigorosa, no entanto, as forças elásticas não são poderosas o suficiente para produzir a rápida expiração necessária; assim, força extra é obtida, principalmente, pela contração da musculatura abdominal, que empurra o conteúdo abdominal para cima, contra a parte inferior do diafragma, comprimindo, dessa maneira, os pulmões. 
· O segundo método para expansão dos pulmões é elevar a caixa torácica. Os músculos que puxam a caixa torácica para baixo, durante a expiração, são principalmente o reto abdominal e os intercostais internos.
· Pressões que causam o movimento do ar para dentro e para fora dos pulmões:
· Pressão pleural: é a pressão do líquido no estreito espaço entre a pleura visceral e a pleura parietal (porção externa do pulmão). É uma pressão ligeiramente negativa. No início da respiração, a pressão é de cerca -5 cm de água, que é a quantidade necessária para manter os pulmões abertos no seu nível de repouso. Durante a inspiração normal, a expansão da caixa torácica traciona os pulmões para diante com força maior e cria mais pressão negativa, que chega a cerca de −7,5 centímetros de água. Na expiração, os eventos são revertidos.
· Pressão alveolar: é a pressão do ar no interior dos alvéolos pulmonares. Quando não existe fluxo de ar para dentro ou para fora dos pulmões, a pressão nos alvéolos é igual à pressão atmosférica. Para causar o influxo de ar para os alvéolos, durante a inspiração a pressão nos alvéolos deve cair para valor ligeiramente abaixo da pressão atmosférica (cerca de -1 cm de água). Durante a expiração, a pressão alveolar sobe para cerca de +1 centímetro de água e força o 0,5 litro de ar inspirado para fora dos pulmões, durante os 2 a 3 segundos de expiração.
· Pressão transpulmonar: é a diferença entre as pressões alveolar e pleural.
· Complacência pulmonar: é o grau de extensão dos pulmões por cada unidade de aumento da pressão transpulmonar.
· VOLUMES PULMONARES: 
· Volume corrente: é o volume de ar inspirado ou expirado, em cada respiração normal; é de cerca de 500 mililitros no homem adulto médio.
· volume de reserva inspiratório: é o volume extra de ar que pode ser inspirado, além do volume corrente normal, quando a pessoa inspira com força total; geralmente, é de cerca de 3.000 mililitros.
· volume de reserva expiratório: é o máximo volume extra de ar que pode ser expirado na expiração forçada, após o final de expiração corrente normal; normalmente, esse volume é de cerca de 1.100 mililitros.
· O volume residual: é o volume de ar que fica nos pulmões, após a expiração mais forçada; esse volume é de cerca de 1.200 mililitros.
· O "centro respiratório" é constituído por vários grupos bastante dispersos de neurônios de localização bilateralno bulbo e na ponte. É dividido em três grandes conjuntos de neurônios:
(1) o grupo respiratório dorsal: desencadeia principalmente a inspiração;
(2) o grupo respiratório ventral: pode ocasionar tanto expiração quanto inspiração, dependendo dos neurônios do grupo que são estimulados; 
(3) o centro pneumotáxico: ajuda a controlar tanto a frequência quanto o padrão da respiração. 
· Sinal respiratório em rampa: O sinal nervoso que é transmitido aos músculos inspiratórios não é uma descarga instantânea de potenciais de ação. Pelo contrário, na respiração normal, ele começa muito fracamente e aumenta de modo uniforme, como se fosse uma rampa, durante cerca de 2 segundos. A seguir, cessa abruptamente durante os próximos 3 segundos, quando começa, então, outro ciclo, e assim indefinidamente. Por isso, o sinal inspiratório é considerado como um sinal em rampa. A vantagem óbvia desse fato é que produz aumento uniforme do volume dos pulmões durante a inspiração, em vez de ocasionar espasmos inspiratórios.
· Reflexo Hering- Breuer: Além dos mecanismos neurais que atuam totalmente no tronco cerebral, existem sinais reflexos provenientes da periferia que também ajudam a controlar a respiração. Localizados nas paredes dos brônquios e bronquíolos, em todo o pulmão, existem receptores de estiramento que transmitem sinais pelos vagos para o grupo respiratório dorsal de neurônios quando os pulmões estão excessivamente distendidos. 
· Existe uma zona quimiossensível muito excitável, de localização no bulbo. Essa área é muito sensível a mudanças da Pco2 ou da concentração de íons hidrogênio no sangue; por sua vez, ela excita as outras partes do centro respiratório. 
· Ventilação é o processo no qual o ar é movido para dentro e para fora do pulmão quando o gás inspirado atinge o alvéolo, o O2 é transportado através da membrana alveolar e o CO2 se move do leito capilar para o interior dos alvéolos.
A ventilação não é distribuída uniformemente no pulmão, em grande parte devido aos efeitos da gravidade. Na posição ortostática, os alvéolos próximos ao ápice do pulmão estão mais expandidos que os alvéolos da base. A gravidade puxa o pulmão para baixo e o arrasta da caixa torácica.
Espaço morto: Em cada respiração o ar preenche as vias condutoras de ar e os alvéolos. A ventilação do espaço morto é a ventilação da via aérea que não participa da troca gasosa. Existem dois tipos de espaço morto: anatômico e fisiológico. No primeiro o ar entra no pulmão, mas não chega aos alvéolos, no segundo os alvéolos são perfundidos, mas não há troca gasosa.
· Perfusão é o processo no qual o sangue desoxigenado passa pelos pulmões e é reoxigenado.
· As funções do sistema circulatório pulmonar são:
(1) reoxigenar o sangue e eliminar o CO2,
(2) auxiliar no balanço fluídico do pulmão e
(3) distribuir produtos metabólicos para e do pulmão.
Sistema Nervoso e sistema respiratório:
· A respiração é automática e está sob o controle do SNC
· A estimulação do sistema parassimpático leva à constrição das vias áreas, à dilatação de vasos sanguíneos e ao aumento da secreção glandular.
· A estimulação do sistema simpático leva à dilatação das vias aéreas, à constrição de vasos sanguíneos e inibição da secreção glandular.
· Enquanto a resposta no SN parassimpático é muito especifica e local, a resposta do sistema nervoso simpático tende a ser mais generalizada.
· Controle central da respiração: a respiração é um processo automático, rítmico e regulado centralmente por controle voluntario. 
· O SNC e, em particular, o tronco encefálico funcionam como o principal centro de controle da respiração.
· A regulação da respiração requer: geração e manutenção do ritmo respiratório, modulação desse ritmo por alças de retroalimentação sensorial e reflexos que permitem a adaptação a várias condições enquanto minimizam custos energéticos; e recrutamento de músculos respiratórios que podem se contrair apropriadamente para a troca gasosa.
· O gerador central de padrões (GCP) é composto de muitos grupos de células no tronco encefálico com propriedades de marca-passo. O GCP integra a entrada periférica de receptores de estiramento no pulmão e receptores de O2 no corpo carotídeo, com informação vinda do hipotálamo e da amígdala. Essa informação pode ser excitatória ou inibitória. 
Equilíbrio ácido-base: a regulação do pH é essencial para a homeostasia. O pH normal varia de 7,35 a 7,45 nos adultos e é mantido pelos pulmões, rins e sistemas químicos de tamponamento. No sistema respiratório a conversão do CO2 a HCO3- consiste em mecanismo importante para o tamponamento e a regulação da concentração do íon H⁺.
Acidose metabólica: é caracterizada pela diminuição do pH e do bicarbonato. Consequente à adição de H+ ou à perda de HCO3 - O processo de início é tamponado pelos tampões do FEC (bicarbonato/ácido carbônico). Os tampões do FIC ajudam no processo (proteínas e fosfato). Existe troca de K+ por H+ para prevenir um excesso de H+ no FEC, o que pode resultar em hipercalemia mesmo com a depleção orgânica de K+ (perda gastrointestinal ou renal). Causas: 
a) Lactacidose anaeróbica oxidação incompleta da glicose com acumulo de H+ e lactato
b) Cetoacidose acúmulo de corpos cetônicos ácidos (diabetes mellitus) 
c) Perda gastrointestinal de bicarbonato diarréia perde bicarbonato e retém Cl 
d) Insuficiência renal inabilidade em excretar H+ e reter HCO3 –
Acidose respiratória: é caracterizada pela diminuição da efetividade da ventilação alveolar com retenção e aumento da pCO2. Com o aumento do gás carbônico dissolvido, ocorre aumento da concentração de ácido carbônico e acidose. Causas:
a) pneumonia obstrução trato respiratório pneumotórax anestesia geral ... 
b) Tamponada pelos tampões intracelulares e pela retenção renal de bicarbonato. 
Alcalose metabólica: é caracterizada por aumento do pH e do bicarbonato. De menor ocorrência que a acidose. Causas:
a) perda de hidrogênio e cloro em vômito
b) retenção de hidrogênio e cloro no abomaso e pré-estômago de ruminantes (comum!) 
c) hipocalemia (migração do H+ para o intracelular) 
d) hipocloremia por sudorese excessiva em equinos (comum!) 
e) administração de excesso de bicarbonato
Alcalose respiratória: está associada ao aumento do pH e à diminuição da pCO2. Causas:
a) Hiperventilação
b) anemia severa 
c) insuficiência cardíaca e congestiva 
d) doença pulmonar 
e) desordens neurológicas 
f) estresse 
g) dor 
Curva de saturação da hemoglobina:
· A química da hemoglobina refere que a molécula de oxigênio se combina fracamente e de modo reversível com a porção heme da hemoglobina. Quando a Po2 está elevada, como ocorre nos capilares pulmonares, o oxigênio liga-se à hemoglobina; entretanto, quando a Po2 está baixa, como nos capilares teciduais, o oxigênio é liberado da hemoglobina. Esta é à base do transporte de quase todo o oxigênio dos pulmões para os tecidos.
· A curva de dissociação do oxigênio-hemoglobina mostra aumento progressivo da percentagem de hemoglobina que se liga ao oxigênio à medida que a Po2 aumenta. Esse processo é denominado percentagem de saturação da hemoglobina
· a saturação da hemoglobina ê de cerca de 75%.
Efeitos da altitude:
Sonolência, fadiga mental e muscular, algumas vezes dor de cabeça, ocasionalmente náuseas e as vezes euforia. Esses efeitos progridem para os estágios de abalos musculares ou convulsões, acima de 5.486 metros, e terminam a cima de 7.010 metros, na pessoa aclimatada, em coma, seguido de morte.
Os principais meios pelos quais a aclimatação ocorre são:
· Grande aumento da ventilação pulmonar.
· Número acentuado de hemácias.
· Aumento da capacidade de difusão do pulmão.
· Vascularidade aumentada dos tecidos periféricos.
· Capacidade aumentada das células teciduais usarem oxigênio, apesar da baixa PO2.
Efeitos na Profundidade:
· Se a pessoa respira sob alta pressão durante muito tempo quantidade de N dissolvida nos líquidos corporais aumenta.
· N2 não é metabolizado, permanece dissolvido nos tecidos corporais
· Doença de descompressão= bolhas nos líquidos corporais
· Narcose pelo N2:Perda da jovialidade, força diminuída. 
Tipos de Respiração:
Tipos de Capilares: 
Capilar contínuo ou somático: é caracterizado pela ausência de fenestras em sua parede. Este tipo de vaso capilar é encontrado em todos os tipos de tecido muscular, tecidos conjuntivos, glândulas exócrinas e tecido nervoso. Em algumas regiões, mas não no sistema nervoso, numerosas vesículas de pinocitose são encontradas em ambas as superfícies, apical e basolateral, das células endoteliais. Vesículas de pinocitose também ocorrem como vesículas isoladas no citoplasma dessas células e são responsáveis pelo transporte de macromoléculas em ambas as direções, apical e basolateral, das células endoteliais.
Capilar fenestrado (visceral): é caracterizado por grandes orifícios ou fenestras nas paredes das células endoteliais, as quais são obstruídas por um diafragma que é mais delgado do que a membrana plasmática da própria célula. Este diafragma não tem a estrutura trilaminar típica de uma unidade de membrana. A lâmina basal dos vasos capilares fenestrados é contínua. Os capilares fenestrados são encontrados em tecidos nos quais acontece intercâmbio rápido de substâncias entre os tecidos e o sangue, como o rim, o intestino e as glândulas endócrinas. Macromoléculas injetadas experimentalmente na circulação sanguínea podem cruzar a parede capilar por essas fenestras e entrar nos espaços intersticiais.
Capilar fenestrado e destituído de diafragma: e é característico do glomérulo renal. Neste tipo de capilar, na altura das fenestras, o sangue só está separado dos tecidos por uma lâmina basal muito espessa e contínua.
Capilar sinusoide: tem as seguintes características:
· Um caminho tortuoso e diâmetro bem maior, o que reduz a velocidade da circulação do sangue
· Suas células endoteliais formam uma camada descontínua e são separadas umas das outras por espaços amplos
· O citoplasma das células endoteliais exibe fenestrações múltiplas as quais são desprovidas de diafragmas
· Há macrófagos entre as células endoteliais
· A lâmina basal é descontínua.
Doenças Respiratórias:
ASMA: A asma é caracterizada pela contração espástica da musculatura lisa dos bronquíolos, o que ocasiona sua obstrução parcial e extrema dificuldade para respirar.
CIANOSE: o termo cianose significa pele com tonalidade azulada, o que é causado pela excessiva quantidade de hemoglobina desoxigenada nos vasos sanguíneos cutâneos, especialmente nos capilares. Essa hemoglobina desoxigenada tem intensa cor azul-púrpura escura, que é transmitida para a pele. Uma pessoa com anemia quase nunca fica cianótica. 
DPOC:  uma doença crônica intimamente ligada ao tabagismo, que pode se agravar sem o tratamento adequado. Refere-se a um grupo de doenças pulmonares que bloqueiam o fluxo de ar, tornando a respiração difícil. com o passar do tempo, a falta de ar (dispneia) se torna mais intensa e surge depois de esforços cada vez menores. Nas fases mais avançadas, a falta de ar está presente mesmo com o doente em repouso. Existem duas formas principais de DPOC.
Dispneia: é a sensação de dificuldade para respirar. Geralmente ocorre por causas cardíacas e pulmonares, como:
· Quando a concentração de oxigênio no ar está baixa, como nas grandes altitudes;
· Quando algo obstrui as vias aéreas;
· Quando o coração está fraco ou há alguma obstrução ao fluxo sanguíneo e não é possível levar sangue oxigenado para os tecidos;
· Quando há algum problema no pulmão que impede a troca dos gases (gás carbônico e oxigênio);
· Quando o sangue não consegue transportar oxigênio adequadamente, como nos casos de anemia grave ou hemácias malformadas.
Caso 5
Digestão: 
É um conjunto de processos físicos (mastigação, deglutição e movimentos peristálticos) e químicos (ação enzimática) que convertem os alimentos em compostos menores, hidrossolúveis e absorvíveis, ocorrendo no interior do tubo digestivo.
Na boca ocorrerá a mastigação, realizada pelos dentes e a secreção de saliva que contem enzimas, como a ptilina, que dará início ao processo de quebra do alimento em partículas menores. Secreção da lípase lingual. Há também a secreção de íons na saliva, como potássio e bicarbonato.
No esôfago irá acontecer a deglutição, esta conta com 3 fases:
1. Estágio Voluntário: Quando o alimento está pronto para ser deglutido, ele é voluntariamente comprimido e empurrado para trás em direção a faringe.
1. Estágio Faríngeo: Que é involuntário, corresponde à passagem do alimento pela faringe até o esôfago, há interrupção da respiração no centro respiratório, no bulbo, para permitir a deglutição, mesmo quando a pessoa está falando.
1. Estágio Esofágico: É involuntário, transporta o alimento da faringe para o estômago. No estomago há o armazenamento de grande quantidade de alimento até que ele possa ser processado pelo estomago, no duodeno e nas demais partes do intestino delgado. Misturar esse alimento com secreções gástricas, até formar o quimo; e esvaziar, lentamente, o quimo do estomago para o intestino delgado.
Absorção
No estomago área de pouca absorção, no trato gastrointestinal, já que não tem as vilosidades típicas da membrana absortiva, e também, porque as junções estreitas entre as células epiteliais tem baixa permeabilidade.
No intestino Delgado Absorção de água por osmose: A água é transportada através da membrana intestinal, inteiramente por difusão. Quando o quimo esta suficientemente diluído, a água é absorvida através da membrana da mucosa intestinal, pelo sangue das vilosidades, quase inteiramente, por osmose.
Absorção de íons: Ocorre absorção de sódio, íons cloreto, íons bicarbonato, cálcio, ferro, potássio, magnésio e fosfato.
Absorção de carboidratos: A glicose é transportada por mecanismo de co transporte com o sódio, ou seja, o íon de sódio se acopla a uma proteína transportadora, mas esta só transportará o sódio se estiver ligada a outra substancia, como a glicose. A galactose é transportada pelo mesmo mecanismo e a frutose é transportada por difusão facilitada.
Absorção de proteínas: São absorvidas sob a forma de dipeptideos, tripeptideos e alguns aminoácidos livres.
Absorção de gordura: São feias graças as micelas, que penetram os espaços entre os vilos em constante movimento.
Excreção
· Ocorre no cólon e é feito por bactérias.
· Fisiologicamente a defecação é iniciada por reflexos (reflexo intrínseco e reflexo parassimpático). O enchimento das porções finais do intestino grosso estimula terminações nervosas presentes em sua parede através de sua distensão. Impulsos nervosos são, então, em intensidade e frequência cada vez maior, dirigidos a um segmento da medula espinhal (sacral) e acabam por desencadear uma importante resposta motora que vai provocar um aumento significativo e intenso nas ondas peristálticas por todo o intestino grosso, ao mesmo tempo em que ocorre um relaxamento no esfíncter interno do ânus. Dessa forma, ocorre o reflexo da defecação. Se durante esse momento o esfíncter externo do ânus também estiver relaxado, as fezes serão eliminadas para o exterior do corpo. Caso contrário, as fezes permanecem retidas no interior do reto e o reflexo volta mais tarde, retornando alguns minutos ou horas mais tarde (o esfíncter externo é formado por músculo estriado e pode, portanto, ser controlado voluntariamente, de acordo com a nossa vontade).
PRINCÍPIOS GERAIS DA MOTILIDADE GASTROINTESTINAL: típico corte transversal da parede intestinal, incluindo as seguintes camadas de fora para dentro: (1) a serosa; (2) camada muscular lisa longitudinal; (3) camada muscular lisa circular; (4) a submucosa; e (5) a mucosa. Além disso, encontram-se feixes esparsos de fibras de músculos lisos, a muscular da mucosa, nas camadas mais profundas da mucosa. As funções motoras do intestino são realizadas pelas diferentes camadas de músculos lisos.
O músculo liso do trato gastrointestinal é excitado por atividade elétrica intrínseca, contínua e lenta, nas membranas das fibras musculares. Essa atividade consiste em dois tipos básicos de ondas elétricas: (1) ondas lentas; e (2) potenciais em espícula.

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