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1 – HOMEOSTASE • É a tendência do organismo para o equilíbrio e conservação de elementos fisiológicos e metabólicos através de alguns mecanismos de autorregularão MEIO INTERNO • São todas as células, órgãos, sistemas corporais, sangue e endotélio vascular MEIO EXTERNO • Tudo o que se encontra fora do organismo animal e possui a capacidade de alterar/desregular o meio interno HOMEOSTASIA (MEIO INTERNO x MEIO EXTERNO) • É a manutenção do meio interno constante afim de estar químico-fisicamente em equilíbrio com o meio externo • É um processo dinâmico e constantemente autorregulado • Envolve uma série de mecanismos e sistemas inter-relacionados MANUTENÇÃO DA HOMEOSTASE • Detectar condições externas • Iniciar respostas compensatórias • Manter áreas vitais em equilíbrio VIA DE CONTROLE REFLEXO + ESTÍMULO E RESPOSTA: FEEDBACK OU ALÇA DE RETROALIMENTAÇÃO: • Conjunto de respostas promovidas pelos sistemas do organismo diante de um desequilíbrio FEEDBACK POSITIVO (+) • Aumenta o estímulo que gera o desequilíbrio, fazendo com que os valores estejam cada vez mais diferentes do padrão • Ocorrem em menor quantidade no organismo e nem sempre são benéficos • Pode causar dano ao corpo uma vez que o corpo não volte ao seu estado de normalidade em tempo hábil EXEMPLO: PERDA DE SANGUE EXCESSIVA (HEMORRAGIA) • Faz com que o coração bombeei menos sangue de forma eficiente para controlar o sangramento • A diminuição dos batimentos cardíacos diminui a pressão arterial, em consequência, a disponibilidade de O2 também diminui, prejudicando órgãos e tecidos a longo prazo OBS: São estratégias de homeostase, porém a longo prazo leva a óbito FUNÇÃO I MUDANÇA DE AMBIENTE INTERNO OU EXTERNO PROPORCIONA UM ESTÍMULO LEVA A UMA RESPOSTA FEEDBACK NEGATIVO (-) • É o mecanismo primário, sendo o que mais ocorre no organismo • Provoca uma mudança negativa em relação à alteração inicial, ou seja, um estímulo contrário àquele que levou o desequilíbrio EXEMPLO: EXCESSO DE CO2 NO ORGANISMO • Quando o organismo tem CO2 em excesso, o próprio corpo gera um desequilíbrio • Os batimentos cardíacos tornam-se mais rápido, aumentando a pressão arterial e assim, aumentando a expiração para maior liberação de CO2 1.1 – HOMEOSTASE DO SISTEMA CARDIOVASCULAR • É um sistema fechado • É um mecanismo simples, controlado apenas pela alteração da frequência cardíaca e pelo calibre dos vasos sanguíneos IMPORTÂNCIA: • Termorregulação (participação do controle da temperatura corpórea pela dissipação de calor feita pelos vasos sanguíneos e pulmão) • Mantimento do fluxo sanguíneo e pressão arterial • Levar O2 às células, tecidos e órgãos, além de nutrientes e hormônios EXEMPLOS DE ATUAÇÃO: • Bradicardia ou taquicardia • Vasoconstrição ou vasodilatação SISTEMA CARDIOVASCULAR x SISTEMA NERVOSO • O sistema cardiovascular supri constantemente o cérebro e a coluna espinhal com O2 e glicose SISTEMA CARDIOVASCULAR x SISTEMA MUSCULAR • O sistema muscular necessita de grandes quantidades de O2 para se manter ativo SISTEMA CARDIOVASCULAR x SISTEMA URINÁRIO • O sistema cardiovascular junto aos rins realiza o ultrafiltrado para formação da urina • O sistema cardiovascular fornece além do sangue a pressão arterial SISTEMA CARDIOVASCULAR x PELE • O sistema cardiovascular e pele atuam na termorregulação • Quando em superaquecimento, os vasos sanguíneos que irrigam a pele sofrem vasodilatação, assim o sangue é aquecido e levado aos capilares superficiais para serem irradiados ao meio externo, resfriando o corpo • Quando em situações de frio extremo, os capilares da derme sofrem vasoconstrição, evitando que o sangue quente vá a superfície e se concentre internamente 1.2 – HOMEOSTASE DO SISTEMA RESPIRATÓRIO • Sistema controlado pela frequência respiratória IMPORTÂNCIA: • Hematose (captação de O2 e retirada de CO2) • Fornecimento de O2 aos tecidos e retirada de CO2 • Termorregulação • Receptores que atuam no reconhecimento de odores (palatabilidade, territorialismo, defesa e atração sexual) • Atua no controle do pH sanguíneo EXEMPLOS DE ATUAÇÃO: • Bradipnéia (quando em pH alcalino) • Taquipnéia (quando em pH ácido e/ou quando exige um maior fornecimento de O2) 1.3 – HOMEOSTASE DO SISTEMA DIGESTÓRIO • Tem a função de manter um fluxo adequado de água, eletrólitos e anabólitos no sangue na microcirculação intestinal e assim contribuir para a manutenção da homeostase • Atua na digestão e absorção de nutrientes e água pelo trato gastrointestinal EXEMPLOS: FÍGADO • Estocagem de glicogênio, metabolização e excreção de diversas substâncias • Contribui na absorção de gordura PÂNCREAS • Enzimas digestivas pancreáticas • Produção hormonal (insulina e glucagon) FÍGADO x INTESTINO • Ducto biliar (canalículos biliares) ao intestino pata emulsificação de gordura INTESTINO x FÍGADO • Circulação porta-hepática 1.4 – HOMEOSTASE DO SISTEMA RENAL • A principal função é auxiliar na homeostase controlando a composição e o volume do sangue IMPORTÂNCIA: • Manutenção da homeostase em geral • Regulação da concentração de íons e água • Excreção dos desperdícios metabólicos na urina • Manutenção da osmolaridade dos fluidos internos • Manutenção do equilíbrio ácido-base • Secreção de renina e eritropoietina • Ativação da vitamina D EXEMPLOS: EQUILÍBRIO ÁCIDO-BASE • É o mecanismo mais lento e demorado, embora definitivo • Quando o pH do sangue se altera, os rins eliminam urina ácida ou alcalina, conforme as necessidades • Contribuem para a regulação e concentração de íons H+ no sangue e demais líquidos orgânicos EQUILÍBRIO HIDRO-ELETROLÍTICO • Há um controle central através dos núcleos do hipotálamo e do córtex cerebral que reconhecem situações de hipertermia (desequilíbrio na concentração de sódio no sangue) • Esse desequilíbrio de sódio no sangue proporciona a sensação de sede e liberações hormonais (cortisol e ADH) • Esses hormônios conduzem uma resposta reflexa de controle de absorção-excreção de água e eletrólitos SISTEMA RENINA-ANGIOTENSINA-ALDOSTERONA: • É o grande responsável pela regulação do equilíbrio hidro-eletrolítico ESTIMULOS QUE DESENCADEIAM ESTE SISTEMA 1 – Aumento da osmolaridade plasmática (hipernatremia - ↓ ingestão de água) 2 – Diminuição do volume intravascular renal (↓ da pressão renal) • Estes estímulos são oriundos de uma ingestão de água menor que sua excreção, ou uma perda maior que a ingestão, bem como por uma alimentação com excesso de sódio ATUAÇÃO DO SISTEMA • As células justaglomerulares da arteríola renal aferente detectam estas condições de baixa filtração renal e induzem a produção e liberação para o sangue da enzima renina • A renina tem como função converter uma enzima plasmática inativa, sintetizada no fígado, o angiotensinogênio em angiotensina I • A angiotensina I cai no sistema circulatório em direção aos pulmões • A chegada da angiotensina I nos pulmões causa sua conversão de angiotensina I para angiotensina II • A conversão da enzima é responsável pela enzima ECA (enzima conversora de angiotensina) • Após a conversão, a glândula suprarrenal estimula a liberação de aldosterona na corrente sanguínea junto aos ADH • Quando estes hormônios chegam ao néfron, ocorre a uma retenção maior de Na (por efeito da aldosterona) e H2O EFEITOS DA ANGIOTENSINA II • ↑ Vasoconstrição • Estímulo do córtex cerebral • Estímulo da hipófise • Estímulo do córtex adrenal OBS: Esses efeitos revertem a hipernatremia e hipovolemia, induzindo o retorno das condições fisiológicas PH SANGUÍNEO • Reabsorção ou excreção de bicarbonato de sódio ou íons de H+ pela urina FUNÇÃO HORMONAL • Reconhecimento de hipóxia/anemia • Liberação de eritropoietina (estimulação de eritrócitospela medula óssea) 1.5 – HOMEOSTASE DO SISTEMA NERVOSO-MUSCULAR VIA DE SISTEMA NERVOSO SOMÁTICO • Percepção para encontrar alimentos, água, fugir de situações perigosas e calor/frio VIA DE SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO • Controle de vísceras e liberação de hormônios (sede, fome e saciedade) CONTROLE DA TEMPERATURA • Termorreceptores periféricos e pelo hipotálamo anterior (perda de calor – lesões neste centro desencadeiam hipertermia) e hipotálamo posterior (responsável pela conservação do calor – lesões neste centro causam hipotermia) REGULAÇÃO DA INGESTÃO DE ÁGUA E ALIMENTOS • Hipotálamo lateral (sensação de fome) – lesões acarretam inanição • Hipotálamo ventromedial (perda de fome) – lesões acarretam obesidade central 1.6 – HOMEOSTASE DO SISTEMA ENDÓCRIONO • Controlam ou interferem em uma série de funções metabólicas • Controle do feedback PRINCIPAIS GLÂNDUAS E RESPECTIVOS HORMÔNIOS: • Tireóide (tiroxina) • Paratireóide (paratormônio) • Adrenal (glicocorticoide e mineralocorticoides) • Pâncreas (insulina e glucagon) 1.7 – HOMEOSTASE DO PH PH ÁCIDO: ESTIMULAÇÃO DO CENTRO RESPIRATÓRIO • Aumento da frequência respiratória (taquipnéia) • Ocorre a eliminação de CO2 e diminuição/formação de ácido carbônico e íons H+ ATIVAÇÃO DO SISTEMA TAMPÃO DE BICARBONATO • Aumenta a excreção de H+ pelos rins e a reabsorção de bicarbonato 2 – HOMEOSTASIA DA ÁGUA • Equilíbrio ou balanço d’água • Aproximadamente 60-70% do organismo é composto de água • 67% EIC e 33% EEC (25% interstício e 8% espaço intravascular) 2.1 – PRESSÃO • Na microcirculação, existe um grande conjunto de forças que tende a promover a passagem de líquido da luz do vaso para o interstício, e do interstício de volta para a luz do vaso PRESSÃO HIDROSTÁTICA • É a pressão física do líquido, de sangue (plasma sanguíneo), e se encontra maior na luz do vaso • Tende a expulsar o líquido de seu compartimento PRESSÃO ONCÓTICA • É a pressão exercida pelas proteínas (força de atração das proteínas exercida pela água) • Exercida principalmente pela albumina PRESSÃO OSMÓTICA • É a pressão necessária para se prevenir a osmose • Quando maior a pressão osmótica, menor a concentração de água e maior a de solutos • A pressão osmótica aumenta proporcionalmente ao aumento da concentração de solutos na solução MOVIMENTAÇÃO DA ÁGUA ENTRE OS ESPAÇOS CELULARES • É responsável pelo movimento de fluído entre os compartimentos • A movimentação entre líquidos ocorre a partir da resultante das pressões hidrostática e oncótica 2.3 – TIPOS DE SOLUÇÕES SOLUÇÃO ISOTÔNICA (I) • É uma solução na qual a mesma quantidade de soluto e solução está disponível dentro e fora da célula • A solução e a porcentagem de soluto são as mesmas dentro da célula que na solução fora da célula SOLUÇÃO HIPERTÔNICA (II) • É uma solução que contém mais soluto do que a célula que é colocada nele • A solução em que a célula é colocada contém mais soluto do que a solução dentro da célula • Quando a solução contém mais soluto, tem-se menos água SOLUÇÃO HIPOTÔNICA (III) • É uma solução que contém menos soluto que a célula que é colocada nele LEMBRAR QUE: • Ambas as pressões existem tanto no compartimento intravascular como no intersticial • Se houvesse apenas a presença da pressão hidrostática, haveria um grande edema contínuo, com perda de líquido para o interstício • Acúmulo de líquido no interstício é drenado pela rede linfática 3 – LEI DE FLICK DEDUÇÃO: 4 – TRANSPORTE DE MEMBRANA PROTEÍNA TRANSMEMBRANA • Movem-se lateralmente PROTEÍNAS TRANSPORTADORES: PROTEÍNAS DE CANAIS • Os canais de íons podem ser específicos para um ou mais íons; podem permitir que íons de tamanho e carga similares passem • A seletividade do canal é dada pelo diâmetro e pelos aminoácidos que compõem o canal CANAIS PROTEÍCOS: TEMPERATURA: quanto ↑ a temperatura ↑ a velocidade de difusão, e quando ↓ a temperatura, ↓ a velocidade de difusão ÁREA: quanto ↑ a área ↑ a velocidade de difusão, e quanto ↓ a área ↓ a velocidade de difusão DIFERENÇA DE CONCENTRAÇÃO: quanto ↑ a concentração ↓ a velocidade de concentração, e quanto ↓ a concentração maior a velocidade de concentração PESO MOLECULAR: quanto ↑ o peso molecular ↓ a velocidade de difusão, e quanto ↓ o peso molecular ↑ a velocidade de difusão DISTÂNCIA: quanto ↑ a distância ↓ a velocidade de difusão, e quanto ↓ a distância ↑ a velocidade de difusão ABERTOS • Passam a maior parte do tempo aberto, permitindo que íons se movam sem restrições POROS • Passagem contínua de íons FECHADOS • Permite a regulação do movimento das moléculas entre o fluido intracelular e extracelular PROTEÍNAS CARREADORAS • Possuem sítios de ligações específicos para determinados substratos • Não criam passagem contínua como os canais iônicos AQUAPORINA • Classe de proteínas que formam poros na membrana celular • Conduzem seletivamente moléculas de água, para dentro e fora da célula CONTROLE DA ABERTURA E FECHAMENTO DOS CANAIS 1- Moléculas mensageiras intracelular ou por ligantes extracelular (quimicamente sensível) 2- Estado elétrico da célula (eletricamente sensível) 3- Mudança física (mudança de temperatura ou tensão) TRANSPORTE ATIVO • Ocorre gasto de energia pois o movimento é contra o gradiente de concentração • Sempre de um meio menos concentrando para um meio mais concentrado BOMBA DE SÓDIO E POTÁSSIO • As concentrações de sódio são maiores fora da célula (meio extracelular) • As concentrações de potássio são maiores dentro da célula (meio intracelular) MANUTENÇÃO DE SÓDIO E POTÁSSIO • Realizada pelas proteínas que capturam os íons de Na+ no citoplasma e bombeia-os para fora da célula • Fora da célula as proteínas capturam os íons de K+ e os bombeiam para dentro da célula OBS: a manutenção das concentrações de sódio e potássio é importante para a síntese de proteínas, respiração celular e o bombeamento de sódio para fora da célula, além de ocorrer a estabilidade do volume celular e a concentração de água no meio intracelular FUNÇÃO DA BOMBA DE SÓDIO E POTÁSSIO • Transporte ativo e contínuo de íons de sódio e potássio • Diretamente ligada aos processos de contração muscular e condução dos impulsos nervosos • Facilita a penetração de aminoácidos e açúcares 5 – BIOELETROGÊNESE • Propriedade de certas células (neurônios e células musculares) de gerar e alterar a diferença de potencial elétrico através da membrana DIFERENÇA DE ÍONS NOS ESPAÇOS CELULARES: 5.1 – POTENCIAL DE MEMBRANA • É a diferença de potencial elétrico (voltagem) entre os meios intra e extracelular • MEIO EXTRACELULAR (negativo, repleto de ânions) e MEIO INTRACELULAR (positivo, repleto de cátions) A MEMBRANA PLASMÁTICA EM REPOUSO: • É praticamente impermeável aos íons Na+ e muito permeável aos íons K+ • Encontra-se aproximadamente -70 a -90mV 5.2 – CANAIS IÔNICOS CANAIS SEM COMPORTA: AQUAPORINA CANAIS COM COMPORTA: CANAIS DE VAZAMENTO • São canais de sódio, cloreto e de potássio presentes nas membranas celulares em geral • Atuam no controle do potencial de repouso da membrana, excitabilidade celular e no transporte de íons em epitélios CANAIS COM COMPORTA: VOLTAGEM DEPENDENTE SÓDIO (Na+) • A liberação do canal ocorre quando há alteração do potencial de membrana de -70 a -50mV (limiar de despolarização) • Canal de abertura mais rápido • Causa aumento da voltagem • Só pode ser reaberto após voltar ao potencial de repouso • Geração do potencial de ação (aumento da excitabilidade celular) POTÁSSIO (K+) • A liberação do canal ocorre quando há alteraçãodo potencial de membrana de -70 a -50mV (limiar de despolarização) • Canal de abertura mais lenta • Repolarização do potencial de ação (controle da excitabilidade celular) CÁLCIO (Ca+2) • Secreção de neurotransmissores e hormônios • Contração de células cardíacas, além da sinalização intracelular BOMBA DE SÓDIO-POTÁSSIO OBS: Toda alteração do potencial elétrico (fenômeno de excitabilidade) é causada por movimentos de íons através de canais iônicos situados na membrana plasmática • Importante na manutenção do potencial de repouso de células nervosas, musculares e cardíacas e pelo restabelecimento do equilíbrio inicial após um potencial de ação (efeito de polarização) • A bomba permite a troca de íons Na+ do meio intracelular, por íons K + do meio extracelular • A troca de íons está numa relação precisa de 3 íons Na+ por 2 íons K + (3:2) BOMBA DE SÓDIO-POTÁSSIO E POTENCIAL ELÉTRICO • Para manter o potencial elétrico, a célula precisa de uma baixa concentração de íons de Na+ e uma alta concentração de K+ em seu interior • Fora das células existe uma alta concentração de Na+ e uma baixa concentração de K + pois existe difusão passiva destes íons através dos canais iônicos da membrana celular • Para manter a homeostase celular, ocorre o bombeamento de Na + para fora da célula e K + para dentro da célula, esse transporte é realizado contra o gradiente de concentração desses dois íons graças a energia liberada pela quebra da molécula de ATP MECANISMO DE AÇÃO 1 – A bomba ligada ao ATP, liga-se a 3 íons de Na+ intracelulares 2 – O ATP é hidrolisado, levando à fosforilação da bomba e a à liberação de ADP 3 – Essa fosforilação leva a mudança conformacional da bomba, expondo os íons de Na + ao seu exterior da membrana; a forma fosforilada da bomba, por ter afinidade baixa aos íons de Na + liberta-os para o exterior da célula 4 – A bomba liga-se a 2 íons de K + extracelulares, levando à desfosforilação da bomba 5 – O ATP liga-se e a bomba reorienta-se para libertar os íons de K + para o interior da célula; a bomba está pronta para um novo ciclo 5.3 – POTENCIAL DE AÇÃO • Constituem alterações no potencial de membrana que se propagam ao longo da superfície de células excitáveis • É a alteração no potencial da membrana a partir de um potencial de repouso (-90/-70mV para +30mV) • É o resultado de alterações na permeabilidade da membrana causada pela atividade dos canais (canais de vazamento e de voltagem dependente) que facilita o movimento de íons específicos em direção aos seus gradientes eletroquímicos FASES DO POTENCIAL DE AÇÃO: FASE 1 – POTENCIAL DE REPOUSO (CÉLULA POLARIZADA) • Nesta fase atuam apenas os canais de vazamento de sódio e potássio (ocorre a entrada passiva de Na+, que posteriormente são expulsos através da bomba de sódio-potássio e a entrada passiva de K+ • A célula encontra-se negativa, enquanto que o espaço extracelular se encontra positivo • Nesta fase a célula encontra-se com -90/-70mV FASE 2 – LIMIAR DE DESPOLARIZAÇÃO (ESTÍMULO CELULAR) • É a variação do potencial de membrana causada por um estímulo • A membrana necessita de uma voltagem necessária para que os canais voltagem dependente de sódio se abram • A voltagem necessária para abertura dos canais voltagem dependente é de -65mV FASE 3 – DESPOLARIZAÇÃO (ENTRADA DO SÓDIO) • Os canais voltagem dependente de Na+ são abertos após recebimento de estímulo elétrico • Grande quantidade de Na+ entra na célula • O interior da célula torna-se eletricamente positiva, enquanto seu exterior, negativo • Nesta fase a célula encontra-se com +35mV FASE 4 – REPOLARIZAÇÃO (SAÍDA DE POTÁSSIO) • Na fase de despolarização, ocorreu a grande entrada de Na+ na célula, pelo Na+ estar em alta concentração na célula os canais de sódio-voltagem-dependente fecham-se • O fechamento dos canais voltagem dependente de sódio estimula a abertura de canais também voltagem dependentes de potássio • Na fase de repolarização é onde atua ativamente a bomba de sódio-potássio, transportando Na+ para fora da célula, e consequentemente, transportando K+ para dentro da célula (numa relação de 3:2) • Nessa fase a bomba de sódio-potássio tenta reestabelecer as concentrações de K+ intracelular e Na+ extracelular, ocorrendo um excesso de K+ LEMBRAR QUE: As alterações de permeabilidade são um aumento transitório de Na+, seguida, após um atraso, de um aumento da permeabilidade de K+ Essas alterações são causadas pela ativação dos canais de Na+ e K+ • Nesta fase a célula encontra-se com -75mV FASE 5 – HIPERPOLARIZAÇÃO (SAÍDA DO ESCESSO DE POTÁSSIO) • Nesta fase a célula recebe um estímulo inibitório para que o ocorra a saída do excesso de K+ • O estímulo inibitório ativa os canais voltagem dependente de Cl- • Os canais de Cl- atuam como neurotransmissor inibidor • A abertura dos canais de Cl- torna o meio intracelular negativo, enquanto o meio extracelular, positivo • Essas diferenças elétricas inibem a propagação do potencial elétrico • Nesta fase a célula encontra-se com -90mV FASES DO POTENCIAL DE AÇÃO EM GRÁFICO: 5.4 – POTENCIAL DE AÇÃO NA CÉLULA CARDÍACA • O coração é uma bomba composta de células musculares excitáveis • O potencial de ação muscular e nodal são distinguidos por sua frequência de despolarização e velocidade de condução DESPOLARIZAÇÃO DO MÚSCULO CARDÍACO • Na despolarização do músculo cardíaco ocorre a abertura de canais voltagem dependentes tanto de Na+ como de Ca2+ • O Ca2+ é importante pois ele mantém o potencial de ação na Fase de Platô • O músculo cardíaco requer Ca2+ para a contração REPOLARIZAÇÃO DO MÚSCULO CARDÍACO • A entrada de K+ na célula é mais lento do que em outras células • A velocidade reduzida da entrada de K+ permite uma rápida contração muscular 5.5 – POTENCIAL DE AÇÃO NA CÉLULA NERVOSA PERÍODO REFRATÁRIO • Durante um potencial de ação, a maior parte dos canais de Na+ ativam-se ou abrem-se, e depois, inativam-se ou fecham-se • A fim de recuperar-se da inativação e estar pronto para uma nova ativação, os canais de Na+ devem despender algum tempo • Esse tempo é o potencial de membrana próximo ao potencial de repouso BAINHA DE MIELINA • As células acessórias envolvem os axônios nervosos com muitas camadas de sua própria membrana (isolando-a eletricamente) • Os canais de Na+ agrupam-se nas regiões entre esses revestimentos, nos NÓDOS DE RANVIER • As correntes de Na+ entra apenas em tais nodos, ocorrendo o IMPULSO SALTATÓRIO • Essas condições encontradas nas células nervosas são importantes pois aumentam a velocidade do impulso e diminui o gasto de ATP SINAPSE • É a região especializada onde um neurônio se comunica com uma célula-alvo (outro neurônio, célula muscular ou célula glandular) SINAPSES ELÉTRICAS • A corrente passa através dos canais, de célula a célula, diretamente para o interior da célula pós-sináptica • As sinapses elétricas são mais rápidas PROCESSOS SINÁPTICOs: TERMINAL PRÉ-SINÁPTICO • Promove a síntese, armazenamento e liberação dos vários transmissores ACETILCOLINA • É o único neurotransmissor utilizado no SNS e um dos muitos neurotransmissores do SNA • SNS = contração muscular pela liberação da substância nas ramificações do axônio VESÍCULAS SINÁPTICAS • São pequenas esferas ligadas ao extremo dos axônios • Cumprem o papel na transmissão de impulsos nervosos (neurotransmissores) que se relacionam com quimiorecpetores de neurônio pós-sinápticos permitindo assim, o potencial de ação e consequentemente, a passagem de impulsos elétricos de um neurônio ao outro LIBERAÇÃO SINÁPTICA• Este processo é desencadeado por um aumento dos níveis citoplasmáticos de Ca2+ • Quando um potencial pré-sináptico chega, o Ca2+ entre no terminal através dos canais voltagem dependente de cálcio • As vesículas sinápticas realizam um ciclo através de carregamento com transmissores e ancoragem em uma zona de local de liberação ou fusão à superfície de liberação do conteúdo, com recuperação endócitótica e depois, de carregamento novamente TERMINAL PÓS-SINÁPTICO • Cada canal tem um padrão de seletividade e permite que íons diferentes fluam através com diferente desenvoltura • Cada canal terá um potencial de reversão ou haverá algum potencial no qual não existirá fluxo resultante de íons através do canal 6 – BIOELETROGÊNESE E CONTRAÇÃO MUSCULAR 6.1 – CONTRAÇÃO DO MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO • Estão unidos aos ossos do esqueleto e tendões, efetuam os movimentos do corpo • Possui atividade de contração voluntária, descontínua, rápida e forte • É o mais abundante no corpo, atuando na geração de força (sustentação postural, locomoção e respiração), na produção de calor e no fornecimento de aminoácidos para diversos processos metabólicos HISTOLOGIA: MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO • Formado por feixes de células longas e cilíndricas • Células multinucleadas e periféricas • Filamentos formados por miofibrilas BANDA A • Faixas escuras que não permitem a passagem de luz (anisotrópicas) • Filamento grosso • Feito de miosina BANDA I • Faixas claras que permitem a passagem de luz (isotrópicas) • Filamento fino • Feito de actina LINHA Z • Linha que corta a Banda I • É uma miofibrila que atua na fixação da extremidade da actina • Feita de α-actina • Entre cada filamento da Linha Z encontra-se um sarcômero SARCÔMERO • São compartimentos onde as fibras musculares se organizam (actina e miosina) • É a unidade contrátil • Encontram-se entre as Linhas Z TÚBULO T • Penetram toda a espessura da fibra muscular, permitindo a propagação do potencial de ação e a liberação de Ca+2 do retículo sarcoplasmático • Função: garantir a rápida propagação da onda de despolarização em direção às cisternas do RE (dos quais estão armazenados os Ca+2) RETÍCULO SARCOPLASMÁTICO • É o retículo endoplasmático das células musculares, é especializado no armazenamento de íons de cálcio • A liberação do cálcio para o citoplasma gera a contração muscular (deslizamento da actina sobre a miosina) SARCOLEMA • Membrana celular da fibra muscular MIOFIBRILAS • Permitem a contração e o relaxamento muscular • Feita de actina e miosina • Lugar no qual encontram-se os sarcômeros PROTEÍNAS MUSCULARES: ACTINA • É umas das proteínas principais do conjunto muscular • Conjuntos de miosina e moléculas de ATP geram movimentos musculares MIOSINA • É uma enzima mecanoquímica (converte energia química em mecânica) • É uma proteína ATPase que se movimento ao longo da actina em presença de ATP • Possui três regiões (cauda, colo e cabeça), a cauda se agrega para dar origem aos filamentos grossos, o colo e a cabeça projetam-se lateralmente para formar a ponte cruzada • Cada cabeça contém um sítio de ligação para actina e um local enzimático para a hidrolização do ATP, ADP e Pi (região ATPase) • São responsáveis pela contração muscular TROPONINA • Complexo de três proteínas que participam do processo de contração do músculo esquelético e cardíaco, regulando o bloqueio do sítio de ligação feito pela tropomiosina • Está presa à molécula de tropomiosina e exerce função inibitória para que se mantenha escondidos os sítios de ligação de actina- miosina • Possui três subunidades com respectivas afinidades: actina, tropomiosina e Ca+2 • Atua no relaxamento muscular TROPOMIOSINA • Molécula que participa da contração muscular • Se encontra presa à actina e impede a ligação actina-miosina bloqueando seu sítio de ligação SÍTIO DE LIGAÇÃO ACTINA-MIOSINA • Complexo em que a partir da entrada de Ca+2 e ATP ocorre a ligação entre actina e miosina para contração muscular • A formação do complexo actina-miosina denomina-se PONTE CRUZADA (união entre o filamento fino e grosso) COMPLEXO TROPONINA-TROPOMIOSINA • Recobre os sítios de ligação de actina-miosina com pontes cruzadas de miosina • A despolarização da membrana causa a liberação de Ca+2 do retículo sarcoplasmático, essa liberação altera a conformação do seu complexo, expondo os sítios de ligação actina- miosina CONTRAÇÃO MUSCULAR: CONTRAÇÃO MUSCULAR A NÍVEL CEREBRAL: 1- Potencial de ação pelo nervo motor até o bulbo terminal do neurônio pré-sináptico 2- Abertura dos canais voltagem-dependente de Ca+2 3- Exocidose do neurotransmissor acetilcolina na fenda sináptica 4- Ligação aos receptores de acetilcolina 5- Influxo de Na+ (altera o potencial de membrana e causa a abertura dos canais de Na+ voltagem-dependente e assim sua despolarização) 6- A despolarização da membrana causa a liberação de íons Ca+2 do retículo sarcoplasmático para 7- Contração muscular CONTRAÇÃO MUSCULAR A NÍVEL MOTOR: 1- A liberação de Ca+2 do retículo sarcoplasmático é ligado à troponina, causando a liberação do complexo troponina-tropomiosina, deixando o sítio de ligação actina-miosina exposto 2- Ligação da miosina à actina em seu respectivo sítio de ligação 3- Deslizamento das miofibrilas, ocorrendo o deslocamento das cabeças de miosina 4- A cabeça de miosina liga-se a uma nova molécula de ATP e desconecta-se da actina 5- O ATP é novamente hidrolisado na cabeça da miosina 6- O Ca+2 é recaptado pelo retículo sarcoplasmático, encerrando o processo de contração 7- Múltiplas pontes cruzadas ATP x CONTRAÇÃO E RELAXAMENTO MUSCULAR • A hidrolização do ATP quando ocorre a ligação da miosina à actina em seu sítio de ligação é essencial para que haja a contração muscular, assim o ATP nessa fase atua transformando energia química em mecânica • Outra forma de ATP é utilizada no relaxamento muscular, porém essa molécula de ATP não é hidrolisada, pois sua simples ligação à cabeça da miosina altera a conformação da molécula, reduzindo a afinidade entre as proteínas contráteis, relaxando o músculo • O ATP na fibra muscular é essencial tanto para a contração, quanto para o relaxamento, a função do ATP é a liberação de energia para a ocorrência da movimentação e desprendimento das proteínas contráteis • O ATP utilizado nas fibras musculares advém de quaisquer vias metabólicas FADIGA MUSCULAR • Condição temporária em que a força muscular não pode mais ser gerada pelo músculo por problemas metabólicos; durante a fadiga, o músculo está em atividade, mas não consegue gerar força mecânica, nestas condições o corpo animal sente-se extremamente exausto 6.2 – CONTRAÇÃO DO MÚSCULO LISO • Musculatura encontrada nas paredes dos órgãos e de tubos do organismo, incluindo vasos sanguíneos, trato gastrointestinal, bexiga, vias respiratórias, útero e os seios do copo cavernoso do pênis e do clitóris • A contração do músculo liso encolhe o tecido onde ocorre a contração, permitindo propulsionar o conteúdo luminal do órgão e controlar o fluxo por alteração do diâmetro do tubo ORGANIZAÇÃO CELULAR DO MÚSCULO LISO: • A força de atração entre os filamentos de actina e miosina são iguais, porém o arranjo físico interno da fibra muscular lisa é diferente, podendo ser unitário ou multiunitário M. LISO UNITÁRIO ou VISCERAL • Constituído por numerosas fibras musculares lisas que contraem como uma unidade única • As fibras estão agregadas em folhas em inúmeros pontos • Músculo encontrado na maioria das vísceras do organismo (intestino, ductos biliares, ureteres, útero, vasossanguíneos ...) M. LISO MULTIUNITÁRIO • Composto de fibras musculares lisas separadas e discretas • Cada fibra contraí independente das outras e é muitas vezes inervada por uma única terminação nervosa • Presente na musculatura ciliar do olho, da íris, nos músculos eretores do pelos e ... PROTEÍNA DO MÚSCULO LISO: CALMODULINA • Proteína que essencial para a contração da musculatura lisa • Possui alta afinidade ao Ca+2 (tem efeito similar à troponina na musculatura esquelética) CONTRAÇÃO DO MÚSCULO LISO A NÍVEL CEREBRAL: 1- Inervação extrínseca e intrínseca 2- Hormônios circulantes CONTRAÇÃO DO MÚSCULO LISO A NÍVEL MOTOR: 1- Assim como no músculo estriado, a contração é ativada pelo aumento das concentrações sarcoplasmáticas de Ca+2 na membrana plasmática e na membrana do retículo sarcoplasmático 2- Ca+2 combina-se à calmodulina 3- A partir da ligação cálcio-calmodulina, ocorre o deslizamento da miosina na actina 4- Contração lenta 6.3 – CONTRAÇÃO DO MÚSCULO ESTRIADO CARDÍACO MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO • Tecido que também apresenta estrias, porém localiza-se no coração; suas células são cilíndricas e ramificadas, com um ou dois núcleos em posição central ou próxima • Repleto de mitocôndrias, o que reflete a dependência do metabolismo aeróbico e a necessidade contínua de ATP, glicogênio e moléculas de lipídios para seu suprimento energético • Músculo que exibe os DISCOS INTERCALARES: linhas retas ou em escadas, posicionado na linha Z que correspondem a COMPLEXO D EJUNÇÕES (junção de adesão de desmossomos) que impedem a separação das células com o batimento cardíaco e JUNÇÕES COMUNICANTES (permitem a passagem de íons de uma célula a outra, promovendo uma rápida propagação de despolarização da membrana) • Apresenta contração involuntária com células especializadas na geração e condução do estímulo cardíaco CÉLULAS ESPECIALIZADAS NA GERAÇÃO E CONDUÇÃO DO ESTÍMULO CARDÍACO: • As CÉLULAS DO NODO SINOATRIAL (MARCAPASSO) despolarizam-se espontaneamente, criando impulsos que se espalham para o NODO ATRIOVENTRICULAR e para o FEIXE ATRIOVENTRICULAR e assim para todo o coração SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO x CORAÇÃO • O coração recebe nervos do sistema nervoso autônomo (SNA) que formam plexos na base do órgão, influenciando o ritmo cardíaco • INVERVAÇÃO PARASSIMPÁTICA (NERVO VAGO): diminui os batimentos cardíacos, enquanto a estimulação SIMPÁTICA: acelera os batimentos MÚSCULO SINCÍAL CARDÍACO • O músculo cardíaco se contrai em semelhança ao músculo esquelético, contudo com uma duração de contração mais longa • O músculo cardíaco difere em sua arquitetura com relação ao esquelético; as fibras do miocárdio estão dispostas em rede, as fibras se dividem e então voltam a se unir formando o complexo sincício • O MÚSCULO SINCÍCIAL CARDÍACO permite a propagação do potencial de ação mais facilmente e com maior eficiência, sob condições normais, o músculo sincicial atrial e ventricular estão separados pelos anéis fibrotendinoso das válvulas cardíacas, a conexão elétrica é feita através do nódo átrio-ventricular • SINCÍCIO: as fibras musculares estão atravessadas por DISCOS INTERCALARES (conectam as células cardíacas em série), este sistema torna a o músculo cardíaco um sincício, onde o estímulo de propaga de uma célula para a outra com muita facilidade devido à natureza sincicial do coração; partindo desse princípio, o sinal elétrico é transmitido em cadeia para todo o coração (CÉLULAS AUTORRÍTMICAS) CONTRAÇÃO DO CORAÇÃO • A membrana plasmática leva a DESPOLARIZAÇÃO para o interior das células do TÚBULO T que se situam na LINHA Z; o túbulo T é carregado negativamente, armazenando o Ca+2 • Na despolarização, o Ca+2 entra pelos túbulos T pelos canais voltagem-dependente de Na+ e Ca+2 • Como no músculo estriado, o Ca+2 LIGA-SE À TROPONINA, fazendo com que sofra a sua MUDANÇA DE COMPLEXO, liberando o sítio de ligação actina-miosina • A QUEBRA DO ATP promove o DOBRAMENTO PARCIAL DA MIOSINA, levando junto a actina • A LIGAÇÃO E A QUABRA DE OUTRA MOLÉCULA DE ATP provocam a DISSOCIAÇÃO ENTRE ACTINA-MIOSINA • O ciclo de ligação e dissociação repete-se várias vezes, ocorrendo o deslizamento dos filamentos finos e grossos, uns em relação aos outros, de modo que há o encurtamento dos sarcômeros e assim de toda a fibra • OBS: sem Ca+2 no meio extracelular, o músculo cardíaco para de se contrair 7 – HEMOSTASIA • Mecanismo hemostáticos que mantém a fluidez do sangue, atuando no controle das hemorragias e da dissolução do coágulo • A hemostasia é garantida pela participação de componentes fisiológicos: resposta vascular, agregação plaquetária e o sistema de coagulação COMPONENTES DA HEMOSTASIA: 1- Plaquetas 2- Fatores de coagulação 3- Fibrinogênio 4- Protrombina COMPONENTES DO SANGUE: • É composto pela SUBSTÂNCIA FUNDAMENTAL (PLASMA) que é de natureza líquida, contendo 90% de água e 10% de SUBSTÂNCIA ORGÂNICAS (glicose, proteínas, lipídeos e entre outros) e de SUBSTÂNCIA INORGÂNICA (água e sais), o PLASMA SANGUÍNEO tem a função de: 1- transporte de gases 2- transporte de nutrientes 3- transporte de resíduos produzidos pelas células 4- auxílio na defesa do organismo 5- auxílio na coagulação do sangue • Composto também pelas CÉLULAS SANGUÍNEAS, sendo de três classes, os 1- GLÓBULOS VERMELHOS (HEMÁCIAS OU ERITRÓCITOS), sendo células anucleadas, discoidais, bicôncavas e especializadas em transporte de gases, como por exemplo, a HEMOGLOBINA (pigmento responsável pelo transporte de gás para os tecidos) e os 2- GLÓBULOS BRANCOS (LEUCÓCITOS) envolvidos com o mecanismo de defesa do organismo (monócitos, eosinófilos, basófilos e neutrófilos) e as 3- PLAQUETAS (TROMBOCITOS) são corpúsculos que apresentam diversas formas e se originam da fragmentação de células maiores da medula óssea (MEGACARIÓCITOS) atuando na produção de TROMBOPLASTINA HEMOSTASIA x LESÕES NO VASO SANGUÍNEO • Em um indivíduo saudável, a coagulação é iniciada dentro de 20s após a lesão ocorrer ao vaso sanguíneo, lesões no vaso sanguíneo causam danos às CÉLULAS ENDOTELIAIS (é um epitélio simples e plano que formam o endotélio vascular que garantem a hemostasia), o dano causado às células endoteliais acometem uma série de reações para garantir o retorno da hemostasia, ocorrendo em fases: HEMOSTASIA PRIMÁRIA, SECUNDÁRIA E TERCIÁRIA, garantindo e melhorando o processo hemostático HEMOSTASIA PRIMÁRIA • Acontece instantaneamente após a lesão vascular, a principal função é conter a perda de sangue MECANISMOS ATUANTES: 1 - VASOCONSTRIÇÃO • O vaso lesionado sofre vasoconstrição, limitando o aporte de sangue para o local da lesão 2 - ADESÃO PLAQUETÁRIA • Inicia-se quando as plaquetas se aderem ao endotélio vascular pelo COLÁGENO (existente na parede dos vasos) + FATOR DE VON WILLEBRAND 3 - ATIVAÇÃO PLAQUETÁRIA • Também mediado pelo Fator de von Willebrand, a ativação plaquetária muda a forma das plaquetas, liberando conteúdo dos seus grânulos (fibrinogênio, ↑Ca+2 , seratonina, tromboxinas, trombostenina e adenosina) no plasma sanguíneo 4 - AGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA • As plaquetas se agregam umas às outras, formando o chamado “PLUG PLAQUETÁRIO” • OBS: em endotélio não lesionado, ocorre a liberação de Prostaciclina I2, inibindo a agregação plaquetária DOENÇAS RELACIONADAS À HEMOSTASIA PRIMARIA: PRINCIPAIS ALTERAÇÕES: • Defeitos vasculares, alterações qualitativas e quantitativas de plaquetas MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: • Patéquias e esquimoses com sangramento imediato HEMOSTASIA SECUNDÁRIA • Sua principal função é evitar o ressangramento, é uma via dependente da ação dos fatores da CASCATA DE COAGULAÇÃO, culminando a formação da REDE DE FIBRINA (coágulo vermelho) CASCATA DE COAGULAÇÃO:• É um processo complexo no qual vários FATORES DE COAGULAÇÃO e substâncias atuam para obter uma tampa que fecha uma ferida em um vaso sanguíneo • Possui duas vias: INTRÍNSECA e a EXTRÍNSICA, ambas vias tem grande importância e acabam se juntando em uma VIA COMUM para a formação do coágulo de fibrina VIA INTRÍNSECA (VIA DE ATIVAÇÃO POR CONTATO) • Exposição do plasma (tromboplastina plasmática) a substâncias estranhas • Ocorre o contato do sangue com o colágeno • Ativação plaquetária VIA EXTRÍNSECA (VIA DE LESÃO TECIDUAL) • Liberação da tromboplastina tecidual (fator tecidual) do tecido lesado • A partir da lesão vascular VIA COMUM (REAÇÕES EM CASCATA) • Reação em cascata para a formação de fibrina estável • A fibrina é formada a partir da conversão do fibrinogênio pela TROMBINA (atua na estabilização do coágulo) DOENÇAS RELACIONADAS À HEMOSTASIA SECUNDÁRIA: PRINCIPAIS ALTERAÇÕES: • Fatores de coagulação (hereditários, síntese defeituosa ou consumo excessivo) MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: • Esquimoses, hematomas e sangramentos tardios COFATORES DA CASCATA DE COAGULAÇÃO: VITAMINA K • Necessária principalmente para o mecanismo de coagulação sanguínea, atuando no estancamento do sangue pela SÍNTESE DE PROTROMBINA (proteína que converte o fibrinogênio em fibrina) CÁLCIO • Utilizado como ÍON CATALISADOR pela trombina na conversão do fibrinogênio para fibrina INIBIDORES DA COAGULAÇÃO (INIBIDORES DE TROMBINA) • Conhecida como “FASE DE FINALIZAÇÃO” pois uma vez formado o coágulo de fibrina sobre a área lesada, o processo de coagulação deve se limitar ao sítio da lesão para se evitar a oclusão trombótica do vaso, outro fator importante, é que os inibidores de coagulação atuam a todo momento na circulação IMPEDINDO O SANGUE DE COAGULAR • A trombina além de transformar o fibrinogênio em fibrina, atua também no retardamento do processo de coagulação EXEMPLOS DE INIBIDORES DE COAGULAÇÃO: ANTITROMBINA III • Pequena molécula que desativa várias enzimas de coagulação • Na presença da antitrombina III, a trombina deixa de estimular a fragmentação do fibrinogênio para formar os monômeros da fibrina, desse modo o coágulo não se forma INIBIDOR DA VIA DO FATOR TECIDUAL • Proteína produzida pelas células endoteliais • Atua na inibição do fator VIIa e Xa PROTEÍNA C e PROTEÍNA S • Atua na inibição do fator Va VIIIa ANTICOAGULANTES FARMACOLÓGICOS • HEPARINA e VARFARINA HEMOSTASIA TERCIÁRIA • Processe que acontece pela atuação da FIBRINÓLISE na qual um coágulo de fibrina (produto da coagulação do sangue) é destruído, a fibrina é degradada pela PLASMINA (proteína que atua na degradação de coágulos de fibrina) levando à produção de fragmentos circulantes (PLASMINOGÊNIO) que são destruídas por outras proteinases ou pelos rins ou fígado • É um processo importante que está relacionado a ATIVAÇÃO DA COAGULAÇÃO, constitui a quebra da fibrina em fragmentos solúveis para a RECANALIZAÇÃO DO VASO e na RECONSTITUIÇÃO DO VASO • Os produtos da degradação da fibrina (PDFs) são removidos por macrófagos DOENÇAS RELACIONADAS À HEMOSTASIA TERCIÁRIA: PRINCIPAIS ALTERAÇÕES: • Estímulo excessivo de liberação de substâncias ativadoras da coagulação MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS: • Trombose, infarto renal e infarto cardíaco 8 – FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR 8.1 – ANATOMIA CARDIOVASCULAR • O coração é constituído de dois sistemas de bombeamento independentes, um do lado direito e outro do lado esquerdo. Cada um desses sistemas tem duas câmeras (um átrio e um ventrículo) • Os ÁTRIOS são câmaras de recepção sanguínea e os VENTRÍCULOS são câmaras de ejeção sanguínea, o controle e movimentação do sangue é realizado por VALVAS e pelos M. PAPILARES E CORDAS TENDÍNEAS LADO DIREITO DO CORAÇÃO: • O ÁTRIO DIREITO recebe SANGUE VENOSO (↑CO2) através da VEIA CAVA CRANIAL E CAUDAL, este sangue deve ser encaminhado ao ventrículo direito, a passagem do sangue é realizada pela abertura da VALVA TRICÚSPIDE, essa válvula tem a função de impedir o refluxo de sangue ao átrio direito, o sangue logo chega ao VENTRÍCULO DIREITO, bombeando o sangue através da ARTÉRIA TRONCO PULMONAR, para que não haja também o refluxo de sangue ao ventrículo direito, a artéria tronco pulmonar possui a VALVA SEMILUNAR PULMONAR, abrindo-se para a passagem de sangue e fechando-se depois de sua passagem, o sangue logo é bombeado até aos PULMÕES, o sangue desoxigenado que chega aos pulmões tem a sua taxa de O2 reestabelecida pela troca gasosa, liberando assim, o CO2 pela expiração LADO ESQUERDO DO CORAÇÃO: • O ÁTRIO ESQUERDO recebe o SANGUE OXIGENADO (ARTERIAL ↑O2) dos pulmões através das VEIAS PULMONARES, este sangue deve ser encaminhado ao ventrículo esquerdo, a passagem do sangue é realizada pela abertura da VALVA BICÚSPIDE, essa válvula tem a função de impedir o refluxo de sangue ao átrio esquerdo, o sangue logo chega ao VENTRÍCULO ESQUERDO, bombeando o sangue através da ARTÉRIA AORTA, para que não haja também o refluxo de sangue ao ventrículo esquerdo, a artéria aorta possui a VALVA SEMILUNAR AÓRTICA, abrindo-se para a passagem de sangue e fechando-se depois de sua passagem, o sangue logo é encaminhado para os outros ramos da aorta (AORTA ASCENDENTE, ARCO, CRANIAL E CAUDAL) onde tem como função irrigar à todo o corpo ANATOMIA DOS VASOS SANGUÍNEOS SISTEMA ARTERAL: • É a porção de alta pressão do sistema circulatório. A pressão arterial varia entre a máxima pressão durante a contração (sístole) e mínima pressão durante o relaxamento (diástole). Essas variações de pressões nas artérias produzem pulsações. É o sistema de maior pressão 1 – ARTÉRIA • São vasos sanguíneos que CARREGAM O SANGUE A PARTIR DOS VENTRÍCULOS para todas as partes do corpo em ALTA PRESSÃO E VELOCIDADE. É dividida em três camadas: TÚNICA ADVENTÍCIA (camada mais externa), TÚNICA MÉDIA (camada interna) + LIMITANTE ELÁSTICA e a TÚNICA ÍNTIMA (camada mais íntima) 2 – ARTERÍOLA • São as menores ramificações das artérias, ajudam a regular a pressão sanguínea e levar sangue aos capilares SISTEMA VENOSO: • Porção responsável por transportar produtos nocivos, derivados do metabolismo celular de volta ao coração. O retorno do sangue ao coração é auxiliado pela ação do bombeamento de músculos esqueléticos, que ajudam a manter extremamente baixa a pressão sanguínea no sistema venoso 1 – VEIA • São vasos que TRANSPORTAM O SANGUE EM DIREÇÃO AOS ÁTRIOS, são vias de BAIXA PRESSÃO e se caracterizam por possuírem as VÁLVULAS VENOSAS (válvulas unidirecionais que previnem o refluxo de sangue causado pela gravidade). Constituída por uma fina CAMADA DE COLÁGENO + MÚSCULO LISO 2 – VÊNULA • Pequeno vaso sanguíneo que faz o sangue venoso retornar dos capilares para as veias TROCA GASOSA: 1 – CAPILARES • Onde ocorre a troca gasosas, nutrientes e de espaço intersticial. Possuem apenas uma camada fina de tecido epitelial 8.2 – PERMEABILIDADE VASCULAR • Diferentes tecidos possuem diferentes poros com diferentes graus de absorção SN • Junções oclusivas, são fendas contínuas (↓↓↓permeabilidade) FÍGADO • Fendas muito abertas, são descontínuas (↑↑↑permeabilidade) GASTROINTESTINAL • Fendas de tamanho intermediário (↑↑permeabilidade) GLÓMERULOS RENAIS • Fendas + Fenestrações (↑↑ permeabilidade) 8.3 – CIRCULAÇÃO SANGUÍNEA CIRCULAÇÃO SISTÊMICA (GRANDE) • É a circulação que se inicia no ventrículo esquerdo, dali o sangue arterial é bombeado à artéria aorta, na artéria aorta ocorre a divisão (ramos) para vários outros órgãos principais do organismo (com exceçãodos pulmões) onde se utiliza o O2, o retorno do sangue é feito pelas veias cavas, desembocando no átrio direito VE → a. AORTA → TECIDOS → v. CAVAS → AD CIRCULÃO CENTRAL (PEQUENA) • O sangue venoso que se encontra no ventrículo direito vai para a artéria tronco pulmonar, dirigindo-se aos pulmões, percorrendo os capilares pulmonares para a hematose. O sangue arterial volta ao coração através das veias pulmonares, desembocando no átrio esquerdo VD → a. TRONCO PULMONAR → PULMÃO → v. PULMONARES → AE 8.4 – CICLO CARDÍACO • Os eventos cardíacos que ocorrem no início de cada batimento, até o início do próximo batimento, são chamados de CICLO CARDÍACO. Cada ciclo tem início quando é gerado um potencial de ação espontâneo no nodo sinusal. Este potencial de ação se propaga pelo AD e se encaminha aos ventrículos. Esta disposição permite que os átrios se contraem antes que os ventrículos, colaborando ao enchimento ventricular antes de sua contração SÍSTOLE E DIÁSTOLE • A contração do coração é regulada de forma muito eficiente. A cada contração (SÍSTOLE) é seguido um período de relaxamento (DIÁSTOLE). Durante a sístole, o sangue sai dos ventrículos, sendo ejetado para todo o organismo. Durante a diástole, ocorre o enchimento dos átrios e dos ventrículos FASES DO CICLO CARDÍACO: 1 – INÍCIO DA DIÁSTOLE • Às válvulas mitral e tricúspide se abrem para que ocorra o enchimento passível de sangue nos ventrículos. Esse enchimento passível é feito pela pressão negativa existente nos ventrículos. Cerca de 75% do preenchimento ventricular é feito de forma passível, enquanto os outros 25% de forma ativa pela contração atrial. Ainda nessa fase, ocorre a SÍSTOLE ATRIAL (contração dos átrios para ejetar o sangue restante aos ventrículos) 2 – CONTRAÇÃO VENTRICULAR • É a SÍSTOLE VENTRICULAR (ISOVOLUMÉTRICA) é caracterizada pela contração ventricular sem que haja seu esvaziamento. A ejeção do sangue ocorre quando a PRESSÃO INTRAVENTRICULAR ESQUERDA AUMENTA pouco mais de 80 mmHg, e a PRESSÃO INTRAVENTRICULAR DIREITA AUMENTA cerca de 8 mmHg, há pressão suficiente para a abertura das válvulas semilunares, ocorrendo assim, o fechamento das válvulas mitral e tricúspide pelo aumento da PRESSÃO INTRAVENTRICULAR e a abertura das válvulas semilunares pulmonar e aórtica para passagem do sangue às a. pulmonar e aórtica. Nessa fase, os ventrículos tornam-se câmaras completamente fechadas 3 – RELAXAMENTO VENTRICULAR • É o RELAXAMENTO ISOVOLUMÉTRICO, os ventrículos relaxam, diminuindo a pressão isovolumétrica. A queda da pressão isovolumétrica faz o sangue retroceder, para que isso não ocorra as válvulas semilunares pulmonar e aórtica são fechadas 8.5 – CURVA DE PRESSÃO AÓRTICA • Quando ocorre a contração ventricular, e a pressão no interior do ventrículo esquerdo chega a cerca de 80 mmHg, ocorre a abertura da válvula aórtica, o que permite que o sangue seja ejetado para a aorta. Este sangue ejetado faz com que haja um estiramento das paredes da aorta, fato que eleva a pressão aórtica para cerca de 120 mmHg • Antes que o ventrículo esquerdo se contraia novamente, a pressão no interior da aorta cai para cerca de 80 mmHg, sendo esta pressão chamada de PRESSÃO DIÁSTÓLICA(PAD), que representa dois terços da chamada PRESSÃO SISTÓLICA (PAS) de 120 mmHg VÁLVULAS x PRESSÃO SANGUÍNEA 8.6 – BULHAS CARDÍACAS • Quando se ausculta o coração, não se pode ouvir o som da abertura das válvulas, mas sim O SOM RESULTANTE DO SEU FECHAMENTO, associado à vibração dos líquidos a elas circulantes. Este som se propaga em todas as direções pelo tórax • Na contração dos ventrículos, ouve-se inicialmente o sim produzido pelo FECHAMENTO DAS V. ÁTRIOVENTRICULARES (som denominada de PRIMEIRA BULHA). Quando as V. SEMILUNARES SE FECHAM, ouve-se um estalido rápido, resultado do fechamento rápido, e da breve vibração dos líquidos que circundam estas válvulas (sim denominado de SEGUNDA BULHA) 8.7 – CIRCULAÇÃO CORONÁRIA • O suprimento cardíaco do miocárdio é fornecido pelas ARTÉRIAS CORONÁRIAS provindas da artéria aorta, esses ramos estão bem próximos da saída da aorta do VE que correm pela superfície do coração e dividem- se em ramos colaterais para o endocárdio • A DRENAGEM VENOSA é efetuada principalmente através do SEIO CORONÁRIO no AD, mas uma pequena porção de sangue flui diretamente nos ventrículos através das VEIAS DE TEBÉSIO, liberando sangue não- oxigenado para a circulação sistêmica • A EXTRAÇÃO DE OXIGÊNIO pelos tecidos está na dependência do consumo e da oferta, O consumo de oxigênio do miocárdio é mais elevado que o dos músculos esqueléticos. Assim, qualquer aumento da demanda metabólica do miocárdio deve ser compensado por uma elevação do fluxo sanguíneo coronário. Esta resposta é local, mediada por ALTERAÇÇOES DO TÔNUS DA ARTÉRIA CORONÁRIA, com apenas uma pequena participação do SNA 8.8 – DÉBITO CARDÍACO (DC) • É o produto entre a frequência cardíaca (FC) e o volume sistólico (VS), é fórmula que mensura o volume de sangue ejetado do coração em 1min • A FREQUÊNCIA CARDÍACA (FC) é determinada pelo índice de velocidade de despolarização espontânea no nodo sinoatrial, podendo ser modificada pelo SNA. O NERVO VAGO atua nos receptores muscarínicos reduzindo a frequência cardíaca, ao passo que as fibras simpático-cardíacas (SNS) estimulam os receptores β1-adrenérgicos (ADRENALINA), elevando a frequência cardíaca • O VOLUME SISTÓLICO (VS) é o volume total de sangue ejetado pelo ventrículo durante uma sístole e é determinado por fatores de pré e pós-carga e contratilidade SISTEMA NERVOSO x CORAÇÃO SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO (SNA-S) • Atua no AUMENTO da atividade cardíaca, causando os seguintes efeitos: aumento da frequência cardíaca, aumento da força de contração e aumento do fluxo sanguíneo através dos vasos coronários. Usualmente, esses efeitos são encontrados quando o animal está submetido à situações de estresse, tais como exercícios, doença, calor excessivo e outras condições que exijam um rápido fluxo de sangue • ESTIMULAÇÃO HORMONAL: os neurônios pós-ganglionares do SNA-S secretam NORADRENALINA, enquanto que as glândulas adrenais secretam ADRENALINA, esses hormônios são responsáveis pela taquicardia e hipertensão SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO (SNA-P) • Atua na DIMINUIÇÃO da atividade cardíaca, causando os seguintes efeitos: diminuição da frequência cardíaca, diminuição da força de contração, diminuição na velocidade de condução dos impulsos através do nódo átrio-ventricular e diminuição do fluxo sanguíneo através dos vasos coronários. Usualmente, a atividade parassimpática é encontrada no período de descanso. • ESTIMULAÇÃO HORMONAL: o neurotransmissor secretado pelo neurônios pós-ganglionares do SNA-P é a ACETILCOLINA, promovendo a bradicardia e a hipotensão NÓDO SINOATRIAL E ATRIO-VENTRICULAR • NÓDO SINOATRIAL tem a função de emitir impulsos elétricos para que produzam a contração muscular do coração, enquanto que o NÓDO ATRIO-VENTRICULAR atua como mediador de sinais do nodo sino atrial DC = FC x VS PRÉ-CARGA • É o volume de sangue que preenche os ventrículos no final da diástole. A elevação da pré-carga leva ao aumento do volume de ejeção, aumento o débito cardíaco. A pré-carga depende principalmente do retorno de sangue venoso corporal. Por sua vez, o retorno venoso é influenciado por alterações da postura, pressão intratorácica, volume sanguíneo e do equilíbrio do tônus do sistema nervoso • A relação entre o volume diastólico final do ventrículo e o volume de ejeção é conhecida como LEI CARDÍACA DE STARLING, é uma lei de mecanismo regulatório intrínseco que permite o AUMENTO DO DÉBITO CARDÍACO QUANDO HÁ MAIOR RETORNO VENOSO,a lei afirma que “quanto maior o enchimento maior a ejeção” • A pré-carga pode conter variações, podendo estar alta (quando em alto volume venoso) ou baixa (quando em baixo volume venoso), a pré-carga pode ser controlado em efeitos patológicos: quando em alta pré- carga (uso de fluidoterapia) quando em baixa pré-carga (uso de diuréticos) PÓS-CARGA • É o trabalho que o ventrículo faz na ejeção do sangue, a pós-carga é determinada principalmente pela resistência vascular sistêmica, essa resistência é promovida pela função do diâmetro do vaso, quanto mais estreito, ou mais contraído ou maior ser a viscosidade, mais elevada será a resistência, e consequentemente a pós-carga. • O nível de resistência vascular é controlado pelo SNA-S, que por sua vez, controla o tônus vascular, a vasoconstrição é realizada por receptores adrenérgicos, que neste caso é o α1, que são RECEPTORES DE ADRENALINA CIRCULANTE • A pós-carga deve ser sempre baixa (mostra normalidade cardíaca), em casas do alta pós-carga mostra o alto esforço cardíaco para ejeção de sangue (patológico) • CAUSAS DE AUMENTO DE PÓS-CARGA: integridade do sistema de condução vascular, impedimentos na via de saída ventricular e resistência vascular e pulmonar sistêmica CONTRATILIDADE • Representa a capacidade de contração do miocárdio na ausência de quaisquer alterações na pré-carga ou pós-carga. É basicamente, a potência do músculo cardíaco • A influência mais importante da contratilidade é sob o SNA-S, os receptores β1 são estimulados por noradrenalina • A redução da contratilidade por ser ocasionada por: hipóxia, isquemia do miocárdio, doenças no miocárdio e pela administração de β-bloqueadores ou agentes arrítmicos 8.9 – MECANISMO DE AJUSTE DA PRESSÃO ARTERIAL 1 – REFLEXO BARORECPETOR • É o mecanismo utilizado primariamente para o controle da pressão arterial (tanto alta como baixa). A rapidez desse processo regulatório é obtida através dos mecanismos de FEEDBACK através do SNA • As terminações da maioria das FIBRAS BARORECPETORAS estão localizadas em vasos do sistema arterial, que apresentam as mais altas propriedades elásticas (ARCO AÓRTICO E SEIO CAROTÍDEO). Os barorecptores arteriais são terminações nervosas livres, densamente ramificadas, que se distribuem na camada adventícia • MECANISMO DE ATIVAÇÃO: deformação mecânica das terminações neurais, decorrente da distensão da parede vascular determinada pela onda de pulso MECANISMO DE RESPOSTA À QUEDA DA PRESSÃO CEREBRAL: 1- Vasoconstrição simpática (retirada de sangue de outros tecidos, como pele, músculos e intestinos) 2- Aumento da pressão pela via simpática (aumentando a frequência cardíaca) 9 – ELETROCARDIOGRAMA (ECG) • É a reprodução gráfica da ATIVIDADE ELÉTRICA DO CORAÇÃO durante seu funcionamento. A superfície do corpo animal emana correntes elétricas, que no indivíduo em repouso são identificadas nas contínuas DESPOLARIZAÇÃO e REPOLARIZAÇÃO do coração (resgata-se toda a atividade elétrica ao nível do tronco). Os potenciais elétricos produzido pelo músculo cardíaco são a soma da quantidade mínima de eletricidade gerada pelas CÉLULAS MUSCULARES CARDÍACAS INDIVIDUAIS NA DESPOLARIZAÇÃO INDICAÇÕES: • Diagnóstico de arritmias (detectadas ao exame físico ou em animais com síncope, intolerância ao exercício ou em episódios de convulsões) • Controle de terapia antiarrítmica • Pode auxiliar a avaliação cavidades cardíacas • Avaliação de suspeita de intoxicação digitálica ou por agentes antiarrítmicos • Distúrbios eletrolíticos (hiperglicemia, hipocaliemia, hipercalmeia e hipocalcemia) • Monitoramento quando em anestesia ou em UTI LIMITAÇÕES: • Não avalia a anatomia cardíaca • Não avalia a atividade mecânica do coração • Monitoramento por um período muito curto do ritmo cardíaco (1 a 3 minutos) • Dependente da conformação do tórax e do temperamento animal 9.1 – SISTEMA DE CONDUÇÃO CARDÍACO • São as estruturas onde se produz e se transmite o estímulo elétrico, permitindo assim a CONTRAÇÃO DO CORAÇÃO. Os seus principais elementos são o Nó Sinusal, o Nó Atrioventricular (Nó AV), o Feixe de His e as Fibras de Purkinje • Em um batimento normal, o impulso elétrico é gerado pelo NÓ SINUSAL, desde onde se propaga para ambos os átrios, causando a contração atrial, por vias preferenciais atriais, o impulso atinge o NÓ ATRIOVENTRICULAR (NÓ AV), onde ocorre um atraso na condução, depois se transmite ao FEIXE DE HIS, e através dos seus DOIS RAMOS (DIREITO E ESQUERDO), é conduzido por todo o miocárdio pelas FIBRAS DE PURKINJE SISTEMAS DE CONDUÇÃO: 1 – NÓ SINUSAL • É a primeira estrutura do sistema de condução. Localiza-se entre a VEIA CAVA SUPERIOR e a AURÍCULA DIREITA. Sua principal característica é o AUTOMATISMO DE SUAS CÉLULAS (DESPOLARIZAÇÃO ATRIAL) que geral a estimulação elétrica, iniciando o ESTÍMULO ELÉTRICO e CONTROLANDO O RITMO CARDÍACO 2 – VIAS DE CONDUÇÃO ATRIAIS • É a forma como os impulsos chegam ao NÓ ATRIOVENTRICULAR desde o NÓ SINUSAL. Esses estímulos são transmitidos ATRAVÉS DO ÁTRIO DIREITO até o Nó atrioventricular por vias de conduções preferenciais (FEIXES INTERNODAIS ANTERIRO, MÉDIO e POSTERIOR). • O estímulo é transmitido ao átrio esquerdo pelo FEIXE DE BACHMANN 3 – NÓ ATRIOVENTRICULAR (NÓ AV) • Localiza-se na BASE DO SEPTO INTERATRIAL. Sua principal função é TRANSMITIR OS ESTÍMULOS DOS ÁTRIOS AOS VENTRÍCULOS, já que é a única ligação entre as duas estruturas • Atua também no RETARDAMENTO DO IMPULSO ELÉTRICO (separando a sístole atrial e ventricular) e LIMITA a quantidade de estímulos que atingem aos ventrículos, evitando arritmias atriais 4 – FEIXES DE HIS • É a continuação do NÓ AV que PENETRA NO CORPO FIBROSO CENTRAL. Tem uma parte comum que varia de animal para animal, depois divida-se em DOIS RAMOS (DIREITO e ESQUERDO) • Ambos os ramos PERCORREM O SEPTO INTERVENTRICULAR, até que os ramos se dividam-se em um FASCÍCULO (DANTERIOR e POSTERIOR), que se estendem desde a base de ambos os músculos papilares até o miocárdio, TERMINANDO NAS FIBRAS DE PURKINJE 5 – FIBRAS DE PURKINJE • São o último componente do sistema de condução cardíaco. São responsáveis de causar a DESPOLARIZAÇÃO DOS VENTRÍCULOS, transmitindo a ativação elétrico que se originou no Nó Sinusal • São compostas por células especializadas em CONDUZIR O ESTÍMULO ELÉTRICO RAPIDAMENTE e formam uma rede subendocárdia nos ventrículos, garantindo sua DESPOLARIZAÇÃO E CONTRAÇÃO SIMULTÂNEA 9.2 – INTERPRETAÇÃO DAS ONDAS DO ELETROCARDIOGRAMA (SISTEMA PQRST) 1 – ONDA P • É a primeira onda do ciclo cardíaco, representando a DESPOLARIZAÇÃO DOS ÁTRIOS (DIÁSTOLE) • É constituída pela sobreposição da atividade elétrica dos dois átrios. Sua parte inicial corresponde à despolarização do átrio direito e sua parte final à despolarização do átrio esquerdo • Normalmente é positiva em todas suas derivações • RETA PÓS P: REPOLARIZAÇÃO ATRIAL (tempo de retardo do Nodo atrioventricular ao ventrículo) INTERVALO PR • É um intervalo SEM ALTERAÇÕES da linha isoelétrica do ECG de superfície. É o intervalo entre o início da onda P e o início do complexo QRS • É um indicativo da velocidade de condução entre os átrios e os ventrículos e corresponde ao tempo do impulso elétrico desde o Nodo atrioventricular até aos ventrículos COMPLEXO QRS • Conjunto de ondes que correspondem à DESPOLARIZAÇÃO DOS VENTRICULOS (SÍSTOLE) • As ondas Q e S são SEMPRE NEGATIVAS e R POSITIVA 2 – ONDA Q (-/-) • É quando a primeira onda do complexo QRS é negativa • É a DESPOLARIZAÇÃO SEPTAL 3 – ONDA R (-/+) • É a primeira onda positiva do complexo QRS • É a DESPOLARIZAÇÃO DO ÁPICE (das fibras de purkinje para o epicárdio) • É a onda que melhor caracteriza a DESPOLARIZAÇÃO DO VENTRÍCULO ESQUERDO 4 – ONDA S (-/-) •Onda negativa que aparece após a onda R • É a DESPOLARIZAÇÃO DA BASE VENTRICULAR • É a onde que melhor caracteriza a DESPOLARIZAÇÃO DO VENTRÍCULO DIREITO (pode não aparecer) 5 – ONDA T (+) • Representa a REPOLARIZAÇÃO DOS VENTRÍCULOS (INÍCIO DA DIÁSTOLE) • É uma onda uniforme e geralmente é de menos amplitude do que o complexo QRS anterior 10 – FISIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO: NEURÔNIO • São as células responsáveis pela RECEPÇÃO e TRANSMISSÃO DOS ESTÍMULOS do meio (interno e externo), possibilitando ao organismo a execução de respostas adequadas para a manutenção da homeostase • Não estocam glicose e consomem 20% da glicemia ESTRUTURA DO NEURÔNIO: 1 - CORPO CELULAR • Onde localiza-se o núcleo, o citoplasma e o citoesqueleto • Estão geralmente encontrados em áreas restritas do SN, que formam o SNC ou nos gânglios nervosos localizados próximo da coluna vertebral 2 - DENDRITOS • Prolongamentos geralmente muito ramificados e que atuam como receptores de estímulos 3 - AXÔNIOS • São prolongamentos longos que atuam como condutores dos impulsos nervosos • Todo axônio possui CONE DE IMPLANTAÇÃO (início), um AXÔNIO PROPRIAMENTE DITO (meio) e um BOTÃO TERMINAL (fim). No botão terminal é o local onde o axônio entre em contato com outros neurônios e/ou outras células e passa a informação (impulso nervoso) para eles. A passagem do impulso nervoso de um neurônio para a célula adjacente denomina-se SINAPSE DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO: 10.1 – SISTEMA NERVOSO CENTRAL • Atua recebendo, analisando e integrando informações, é o local onde ocorre a tomada de decisões e o envio de ordens a todas as outras partes do corpo • O SNC é formado pela SUBSTÂNCIA CINZENTA (parte mais externa formada por corpos de células, dendritos e pelos botões terminais) e a pela SUBSTÂNCIA BRANCA (parte mais interna formada pelos axônios) • Os órgãos do SNC são protegidos por ESTRUTURAS ESQUELÉTICAS: CAIXA CRANIANA (encéfalo) e a COLUNA VERTEBRAL (medula) e por MEMBRANAS (MENINGES: dura-máter, aracnoide e pia-máter) • LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO (LCR): ocupa o ESPAÇO SUBARACNÓIDE e na MEDULA ESPINHAL, é uma solução salina pura, pobre em proteínas e células, atuando na PROTEÇÃO MECÂNICA DO SNC TIPOS DE NEURÔNIOS: 1 - NEURÔNIO RECEPTOR OU SENSITIVO (AFERENTES) • São os que recebem estímulos sensoriais/viscerais e conduzem o impulso nervoso ao SNC 2 - NEURÔNIO MOTOR OU EFETUADOR (EFERENTES) • Transmitem os impulsos motores (respostas ao estímulo) • São informação geradas pelo SNC para os órgãos efetuadores 3 - INTERNEURÔNIOS • É a maioria dos neurônios (99%) • Localizados no SNC onde processam, criam e enviam comandos, além de aturem no pensamento e memória CÉLULAS DA GLIA (NEUROGLIA) DO SNC: • Cumprem a função de sustentar, proteger, isolar e nutrir os neurônios 1 - ASTRÓCITOS • Estão associados à SUSTENTAÇÃO (estimulam as células endoteliais a produzir JUNÇÕES OCLUSIVAS e no direcionamento e desenvolvimento de CAPILARES ESPECIAIS que restringem a movimentação de moléculas entre o sangue e SNC - BARREIRA HEMATOENCEFÁLICA) • Atuam também na MANUTENÇÃO DO MEIO EXTRACELULAR (concentrações de K+ e Na+), na regeneração de axônios lesados, na remoção de neurotransmissores e dendritos celulares e na armazenagem de glicogênio 2 - MICRÓGLIA • São os macrófagos do SNC, atuando na fagocitose de microrganismos invasores e na liberação de citocinas 3 - OLIGODENDRÓCITOS • Atuam na MANUTENÇÃO DOS NEURÔNIOS e pela MIELINIZAÇÃO de vários neurônios HEMISFÉRIOS E FUNÇÃO DO SNC: 1 - ENCÉFALO • É o centro do SNC em todos os animais vertebrados, e em muitos animais invertebrados • É composto pelo CÉREBRO, CEREBELO e TRONCO ENCEFÁLICO A - CÉREBRO • É o centro da maioria das atividades conscientes e inteligentes e é composto pelos HEMISFÉRIOS CEREBRAIS DIREITO e ESQUERDO, estando unidos pelo CORPO CALOSO e pela COMISSURA ANTERIOR • O HEMISFÉRIO ESQUERDO é responsável pela linguagem verbal, pelo pensamento lógico e pelo cálculo, enquanto que, o HEMISFÉRIO DIREITO controla a percepções das relações espaciais, a formação de imagens e o pensamento lógico • No cérebro é onde se encontra o CÓRTEX CEREBRAL com função modeladora dos níveis encefálicos e áreas subcorticais, na qual atuam no centro de cognição, personalidade, nos movimentos finos, sensibilidade discriminatória, memória, planejamento e imaginação TELENCÉFALO E HEMISFÉRIOS CEREBRAIS: • O córtex cerebral é dividido em QUATRO HEMISFÉRIOS CEREBRAIS que delimitam partes funcionalmente distintas do TELENCÉFALO • LOBO FRONTAL (MOTOR): córtex motor primários, está associado aos movimentos das mãos e da face e ao planejamento • LOBO PARIETAL (SENSITIVO): córtex somato-sensorial primário, recebe informações através do tálamo sobre o toque e pressão, é responsável pelas sensações (tato, dor e temperatura) • LOBO OCCIPTAL (VISUAL): recebe e processa a informação visual, suas áreas estão relacionadas com a interpretação do mundo visual e do transporte da experiência visual para a fala • LOBO TEMPORAL (AUDITIVO E COMPORTAMENTAL): recebe e processa a informação auditiva, estando associadas e envolvidas no reconhecimento, identificação e nomeação dos objetos LESÃO DE HEMISFÉRIOS CEREBRAIS: • Convulsões • Head tilt e head press • Obnubilação ou alteração de comportamento • Alteração de estado mental • Déficit de reação postural contralateral DIENCÉFALO • Parte do cérebro onde encontra-se o TÁLAMO e o HIPOTÁLAMO • TÁLAMO: todas as mensagens sensoriais (com exceção das provenientes dos receptores do olfato) passam pelo tálamo. Atua como ESTAÇÃO RETRANSMISSORA DE IMPULSOS NERVOSOS para o córtex cerebral, sendo responsável pela condução de impulsos nervosos nervosas ÀS ÁREAS PROPRIAMENTE DITAS PARA PROCESSAMENTO, está também associado com alterações no comportamento emocional, importante no controle hormonal e nos comportamentos inatos e primitivos (extinto). Faz parte do SISTEMA LÍMBICO • HIPOTÁLAMO: é o principal centro integrador das ATIVIDADES DOS ÓRGÃOS VISCERAIS, sendo um dos principais pela HOMEOSTASE CORPORAL. Faz ligação entre o SN e o sistema endócrino, é no hipotálamo onde regula-se a temperatura corporal, apetite, hidratação, sono e libido • SISTEMA LÍMBICO: unidade responsável pelas emoções e comportamentos sociais (LOBO LÍMBIBO), compreende todas as estruturas cerebrais que estejam relacionadas, principalmente, com comportamentos emocionais e sexuais, aprendizagem, memória, motivação e respostas homeostáticas B - CEREBELO • É o centro para o CONTROLE DOS MOVIMENTOS INICIADOS PELO CÓRTEX MOTOR • O LADO ESQUERDO do cerebelo está associado ao movimento do lado direito do corpo, enquanto que o LADO DIREITO está associado ao movimento do lado direito. • O cerebelo recebe informação do CÓRTEX MOTOR e dos GÂNGLIOS BASAIS de todos os estímulos enviados aos músculos. O cerebelo está relacionado ao movimento (CÓRTEX CEREBELAR), equilíbrio (LOBO FLOCUNODULAR), postura e tônus muscular LESÕES NO CEREBELO: • Desequilíbrio • Incoordenação motora (dismetria e tremor de intenção) C - TRONCO ENCEFÁLICO • Composto pelo MESENCÉFALO, PONTE e BULBO • Atua no recebimento de informações sensitivas de estruturas cranianas e controla os músculos da cabeça • Contém circuitos nervosos que transmitem informações da medula espinhal até outras regiões encefálicas e, em DIREÇÃO CONTRÁRIA, do encéfalo para a medula espinhal. É mediado pela FORMAÇÃO RETICULAR • MESENCÉFALO: possui núcleos que regulam movimentos oculares, audição, tônus muscular, prazer, sono, vigília (SARA), alerta e regulação de temperatura • PONTE: conecta os sinais do cérebro, medula e cerebelo que regulam principalmente o sono, respiração deglutição, controle de bexiga, audição e movimento dos olhos • BULBO: contémos centros cardíacos, respiratórios e vasomotores responsáveis por regular a frequência cardíaca, respiratória e pressão arterial LESÕES NO TRONCO ENCEFÁLICO: • Déficits de reação postural ipsilateral (hemi ou tetraparesia) • Alteração de nervos cranianos • Alteração do estado mental 2 – MEDULA ESPINHAL • Ocupa o canal vertebral desde a C1 (atlas) até a última vértebra caudal • Atua como CENTRO NERVOSO DE ATOS INVOLUNTÁRIOS (REFLEXO) e como VEÍCULO CONDUTOR DE IMPULSOS NERVOSOS • Responsável pela condução dos impulsos sensitivos periféricos para o córtex e da resposta para os nervos motores periféricos (MODULAÇÃO E COORDENAÇÃO) • SENSITIVOS: enviam informações dos nervos periféricos espinhais sensitivos para o encéfalo • MOTORES: enviam informações do encéfalo para os nervos periféricos espinhais motores • Exemplo de movimentos involuntários: reflexo patelar, reflexo flexor ou de retirada LESÃO NA MEDULA ESPINHAL (MIELOPATIA) • Paresia ou paralisia caudal à lesão (geralmente para ou tetraparesia ou plegia e raramente monoparesia ou plegia) • Ausência de outros déficits neurológicos 10.2 – SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO (SNP) • É formado por NERVOS encarregados de fazer as ligações entre o SNC e o corpo • NERVO: é a reunião de várias fibras nervosas (podem ser formadas de axônios ou dendritos) • FIBRAS NERVOSAS: formada pelos prolongamentos dos neurônios (axônios ou dendritos) e seus envoltórios organizam-se em feixes. Cada feixe forma um nervo, e cada fibra nervosa é envolvida pelo ENDONEURO e cada feixe é envolvida por uma bainha chamada PERINEURO e por fim, o nervo é envolvido pela PERINEURO o conjunto de nervos formam a REDE NERVOSA • O conjunto de NERVOS CRANIANOS e RAQUIDIANOS foram o SNP NERVOS CRANIANOS: • São os nervos que fazem conexões com o encéfalo. • Os nervos são agrupados em DOZE PARES NERVOS RAQUIDIANOS: • São nervos que saem da medula e relacionam-se com os músculos esqueléticos. São formados a partir de duas RAIZES que saem lateralmente da medula, a RAIZ DORSAL (SENSITIVA) e a RAIZ VENTRAL (MOTORA), essas raízes se unem logo após saírem da medula NERVOS PERIFÉRICOS: • Formados apenas por axônios, podendo ser sensitivo ou motor • Cada nervo periférico possui um DERMÁTOMO CORRESPONDENTE LESÕES PERIFÉRICAS: NERVO PERIFÉRICO (MOTOR E/OU SENSITIVO) • Mono ou tetraparesia ou plegia • Atrofia muscular neurogênica (rápida) • Hipoestesia (perda da sensibilidade) e/ou diminuição dos reflexos efetores JUNÇÃO NEUROMUSCULAR (MOTOR) • Fraqueza muscular que pioram com exercícios • Tetraplegia com diminuição de reflexos flexores e sensibilidade preservada 1 - SNP SOMÁTICO • Tem por função REAGIR À ESTÍMULOS PROVENIENTES DO MEIO EXTERNO • É composto por NEURÔNIOS MOTORES e SENSORIAIS que estão submetidos ao controle CONSCIENTE para gerar AÇÕES MOTORAS VOLUNTÁRIAS. Sua principal função é INERVAR A MUSCULATURA ESQUELÉTICA, agindo no controle de movimentos voluntários e na percepção dos estímulos externos A - MOTOR • O CONTROLE e CONTRAÇÃO COORDENADA do MÚSCULO ESTRIADO ESQUELÉTICO são feitos pela MEDULA ESPINHAL por meio dos NEURÔNIOS MOTORES SOMÁTICOS a partir de ESTÍMULOS do SNC • Geralmente inicia-se em resposta a um determinado ESTÍMULO SENSITIVO COMPONENTES: • MEDULA ESPINHAL (reflexo medular) • TRONCO ENCEFÁLICO (núcleo rubro e vestibular) • CEREBELO (coordenação) • CÓRTEX MOTOR (lobo frontal) • GÂNGLIOS DA BASE (atividades automáticas e extrapiramidais) TIPOS DE ATIVIDADE MOTORA: INVOLUNTÁRIA • Resposta reflexa VOLUNTÁRIA • PIRAMIDAL: atividade planejada a partir do córtex • EXTRAPIRAMIDAL: atividade automática a partir dos núcleos da base REFLEXO x SENSIBILIDADE • É um ato INVOLUNTÁRIO (sem participação do córtex) • É uma função rápida envolvendo apenas um circuito local: nervo periférico sensitivo, conexão na medula ou tronco encefálico e nervo periférico motor • RESPOSTA A DOR: necessita da integridade do nervo periférico sensitivo, dos tratos sensitivos na medula e das estruturas sensitivas do encéfalo (RESPOSTA CORTICAL) INTERPRETAÇÃO CLÍNICA DOS REFLEXOS: NORMAL • Integridade das VIAS SENSITIVA PERIFÉRICAS, da REGIÃO DA CONEXÃO e da VIA MOTORA PERIFÉRICA AUSÊNCIA (HIPORREFLEXIA) • Lesão da via periférica sensitiva, intumescência correspondente ou da via periférica motora B - SENSITIVO • Essas informações podem ser processadas em vários CENTROS SENSITIVOS LOCAIS e/ou RETRASMITIDAS para outras áreas no SNC TIPOS DE FIBRAS: FIBRAS A (ALFA, BETA, GAMA e DELTA) • Mielinizadas e rápidas • Sensibilidade superficial (tato, pressão, varação de temperatura, movimentos vibratórios) FIBRA C • Pouco mielinizadas ou amielínicas • Sensibilidade profunda (dor) COMPONENTES: • MEDULA ESPINHAL (reflexo medular) • SUBSTÂNCIA RETICULAR DO TRONCO ENCEFÁLICO/CEREBELO (propriocepção e equilíbrio) • TÁLAMO (retransmitir ao córtex) • CÓRTEX CEREBRAL 2 - SNP AUTÔNOMO • Regula FUNÇÕES SUBCONSCIENTES • Um neurônio localizado no encéfalo ou na medula espinhal leva informações a um gânglio autonômico (NEURÔNIO PRÉ-GANGLIONAR), enquanto que outro sai do gânglio (NEURÔNIO PÓS-GANGLIONAR) e passa a informação adiante para um ÓRGÃO (EFETOR). • REGULAÇÃO DE FUNÇÕES: pressão arterial, frequência cardíaca, motilidade intestinal e o diâmetro pupilar • ÓRGÃO EFETORES INERVADOS PELO SNA: músculo liso, cardíaco e as glândulas • Dividido em: SIMPÁTICO e PARASSIMPÁTICO COMPONENTES: • NERVOS DA MEDULA • TRONCO CEREBRAL • HIPOTÁLAMO • REFLEXO SIMPÁTICO x PARASSIMPÁTICO • Funcionam em conjunto, simultaneamente e geralmente de forma ANTAGÔNICA (corrigindo excessos) • São dependentes dos estímulos do meio ambiente para que ocorra o predomínio de algum deles • VIA SIMPÁTICA DOMINANTE: tônus simpático • VIA PARASSIMPÁTICA DOMINANTE: tônus parassimpático • FARMACOLOGICAMENTE: fibras noradrenérgicas (SIMPÁTICO) e fibras colinérgicas (PARASSIMPÁTICO) 1 - SIMPÁTICO • Estimula ações que mobilizam energia, permitindo ao organismo responder a situações de estresse • VIA SIMPÁTICA: emerge da MEDULA ESPINHAL a partir da coluna FIBRA GANGLIONAR: PRÉ-GANGLIONAR • Curta PÓS-GANGLIONAR • Longa NEUROTRANSMISSORES: • Noradrenalina (NA) + Norpinefrina (NE) PRÉ-GANGLIONAR • Acetilcolina (Ach) PÓS-GANGLIONAR • Noradrenalina (NA) 2 - PARASSIMPÁTICO • Estimula principalmente atividade relaxantes • Emerge do NERVO VAGO (X) que se localiza no BULBO do TRONCO ENCEFÁLICO FIBRA GANGLIONAR: PRÉ-GANGLIONAR • Longa PÓS-GANGLIONAR • Curta NEUROTRANSMISSORES: PRÉ-GANGLIONAR • Acetilcolina (Ach) PÓS-GANGLIONAR • Acetilcolina (Ach) 10.3 – NEUTROTRANMISSORES SINAPSES • Tipo de junção especializada em que um terminal axonal faz contato com outro neurônio ou tipo celular • SINAPSES ELÉTRICAS: são as mais simples e mais antigas, permitem a transferência direta da corrente iônica de uma célula para a outra em sítios especializados (JUNÇÕES GAP) • SINAPSES QUÍMICAS: a passagem de impulsos nervoso nessa região é feita por substâncias químicas. O terminal axonal típico contém dúzias de pequenas VESÍCULAS MEMBRANOSAS que armazenam neurotransmissores, as sinapses ocorrem sempre do axônio de um neurônio para o dendrito de outro TIPOS DE NEUROTRANSMISSORES: 1 - ENDORFINAS E ENCEFALINAS • Bloqueiam a dor, agindo naturalmente no corpo como analgésicos 2 - DOPAMINA • Neurotransmissor inibitório derivado da tirosina • Secretada principalmente pelos neurônios da substância negra que enviam suas terminações para os núcleos da base (ATIVIDADE MOTORA) • Produz sensação de satisfação e prazer 3 - ACETILCOLINA • Principal neurotransmissor das VIAS MOTORAS CENTRAIS, PERIFÉRICAS
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