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Livro Eletrônico Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 Brunno Lima, Guilherme Neves 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 1 203 1.! Matrizes ...................................................................................................................... 3! 1.1! Classificação das matrizes ................................................................................................... 5! 1.2! Igualdade de matrizes .......................................................................................................... 9! 1.3! Adição de matrizes ............................................................................................................. 10! 1.3.1! Matriz oposta .................................................................................................................. 11! 1.4! Multiplicação de um número real por uma matriz ............................................................ 12! 1.5! Multiplicação de matrizes .................................................................................................. 13! 1.5.1! Propriedades da multiplicação de matrizes .................................................................... 22! 1.6! Potenciação de matrizes .................................................................................................... 23! 1.7! Matriz transposta .............................................................................................................. 23! 1.8! Matriz inversa .................................................................................................................... 25! 1.8.1! Propriedades da matriz inversa ...................................................................................... 27! 1.9! Traço de uma matriz .......................................................................................................... 28! 2.! Determinantes .......................................................................................................... 30! 1.1! Menor complementar ........................................................................................................ 33! 1.2! Cofator ............................................................................................................................... 34! 1.3! Teorema de Laplace ........................................................................................................... 38! 1.4! Propriedades dos determinantes ....................................................................................... 40! 1.5! Adição de determinantes ................................................................................................... 45! 1.6! Teorema de Binet ............................................................................................................... 47! 1.6.1! Corolário do Teorema de Binet ....................................................................................... 47! 1.7! Teorema de Jacobi ............................................................................................................. 49! 1.8! Matriz Inversa .................................................................................................................... 51! 1.8.1! Matriz dos cofatores ....................................................................................................... 52! 1.8.2! Matriz Adjunta ................................................................................................................ 53! 1.8.3! Cálculo da inversa de uma matriz quadrada .................................................................. 54! 3.! Equações e sistemas linerares ................................................................................... 55! 1.1! Solução de um sistema linear ............................................................................................ 56! 1.2! Classificação dos sistemas lineaeres .................................................................................. 57! 1.3! Sistema Linear Homogêneo ............................................................................................... 61! 1.4! Matrizes de um sistema linear ........................................................................................... 62! Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 2 203 1.5! Teorema de Cramer ........................................................................................................... 63! 4.! Lista de Questões de Concursos Anteriores ............................................................... 68! 5.! Gabaritos .................................................................................................................. 99! 6.! Lista de Questões de Concursos Anteriores com Comentários ................................. 102! 7.! Considerações Finais ............................................................................................... 203! Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 3 203 Oi, pessoal. Aqui quem vos fala é o professor Guilherme Neves outra vez!! Vamos começar a nossa aula sobre Matrizes? 1. MATRIZES A ideia de matriz do tipo �× � é a de uma tabela retangular formada por números reais distribuídos em � linhas e � colunas. Adotamos a convenção que linha é horizontal, coluna é vertical e fila se refere à linha ou coluna (horizontal ou vertical). Vejamos alguns exemplos: ∃1 −47 √30 2 − é ��� ������ �� ���� 3 × 2 (3 ���ℎ�� � 2 �������) [1 0 −2] é ��� ������ �� ���� 1 × 3 (1 ���ℎ� � 3 �������) D1 00 1Ε é ��� ������ �� ���� 2 × 2 (2 ���ℎ�� � 2 �������) [3] é ��� ������ �� ���� 1 × 1 (1 ���ℎ� � 1 ������) Φ 120−5Η é ��� ������ �� ���� 4 × 1 (4 ���ℎ�� � 1 ������) Em uma matriz qualquer, cada elemento é indicado por �Ιϑ. Este elemento �Ιϑ é o cruzamento da linha i com a coluna j. Por exemplo, o elemento �ΚΛ é elemento que fica no cruzamento da segunda linha com a terceira coluna. Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 4 203 Convencionamos que as linhas são numeradas de cima para baixo e as colunas da esquerda para a direita. Além disso, podemos utilizar colchetes, parênteses ou barras duplas para representar matrizes. Por exemplo: ∃�ΜΜ �ΜΚ�ΚΜ �ΚΚ�ΛΜ �ΛΚ− = Ο �ΜΜ �ΜΚ�ΚΜ �ΚΚ�ΛΜ �ΛΚΠ = Θ �ΜΜ �ΜΚ�ΚΜ �ΚΚ�ΛΜ �ΛΚΘ Uma matriz M do tipo m x n (m linhas e n colunas) pode ser indicada por � = (���)�×�. Exemplo: Construa a matriz � = (�Ιϑ)Λ×Λ definida por �Ιϑ = �Κ + 2� Resolução Tem-se uma matriz quadrada de terceira ordem. A matriz tem a seguinte representação: � = Ο�ΜΜ �ΜΚ �ΜΛ�ΚΜ �ΚΚ �ΚΛ�ΛΜ �ΛΚ �ΛΛΠ Sabemos que �Ιϑ = �Κ + 2�. �ΜΜ = 1Κ + 2 ∙ 1 = 3, �ΜΚ = 1Κ + 2 ∙ 2 = 5, �ΜΛ = 1Κ + 2 ∙ 3 = 7 �ΚΜ = 2Κ + 2 ∙ 1 = 6, �ΚΚ = 2Κ + 2 ∙ 2 = 8, �ΚΛ = 2Κ + 2 ∙ 3 = 10 �ΛΜ = 3Κ + 2 ∙ 1 = 11, �ΛΚ = 3Κ + 2 ∙ 2 = 13, �ΜΛ = 3Κ + 2 ∙ 3 = 15 Portanto, � = Ο 3 5 76 8 1011 13 15Π Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 5 203 1.1 CLASSIFICAÇÃO DAS MATRIZES Existem diversas classificações das matrizes. Veremos as principais e mais conhecidas. i) Matriz Retangular é aquela cujo número de linhas é diferente do número de colunas. ∃1 −47 √30 2 − ii) Matriz Quadrada é aquela cujo número de linhas é igual ao número de colunas. Quando uma matriz quadrada é formada por � linhas e � colunas dizemos que ela é uma matriz quadrada de ordem �. D5 30 2Ε é ��� ������ �������� �� ����� 2 �� �� 2ª ����� Os elementos 5 e 2 forma a diagonal principal e os elementos 3 e 0 formam a diagonal secundária. Ο1 3 57 4 −26 2 1 Π é ��� ������ �������� �� ����� 3 �� �� 3ª ����� Os números 1, 4 e 1 formam a diagonal principal e os números 5,4 e 6 formam a diagonal secundária. A soma dos elementos da diagonal principal de uma matriz quadrada é o traço da matriz. Assim, no último exemplo acima, o traço da matriz é 1 + 4 + 1 = 6. iii) Matriz Linha é a matriz que possui apenas uma linha. [1 0 −2] Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 6 203 iv) Matriz Coluna é a matriz que possui apenas uma coluna. Φ 120−5Η v) Matriz diagonal é a matriz quadrada cujos elementos que não pertencem à diagonal principal são iguais a 0. ∃1 0 00 5 00 0 √�− vi) Matriz identidade (ou matriz unidade) é a matriz diagonal cujos elementos da diagonal principal são todos iguais a 1. Denotamos por �� a matriz identidade de ordem n. Perceba as condições para que uma matriz seja denominada de identidade: deve ser uma matriz quadrada, todos os elementos fora da diagonal principal devem ser iguais a 0 e todos os elementos da diagonal principal são iguais a 1. �Λ = ∃1 0 00 1 00 0 1− �Κ = β1 00 1χ �δ = Φ1 0 0 00 1 0 000 00 1 00 1Η Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 7 203 vii) Matriz escalar é a matriz diagonal em que todos os elementos da diagonal principal são iguais. Exemplo: Φ−3 0 0 00 −3 0 000 00 −3 00 −3Η viii) Matriz Nula é aquela que tem todos os elementos iguais a 0. β0 0 00 0 0χ ix) Matriz simétrica é uma matriz quadrada de ordem n tal que ��� = ��� para todo i e para todo j. A diagonal principal atua com o um “eixo de simetria”. Observe o seguinte exemplo de matriz simétrica: ∃2 3 �3 5 −√2� −√2 4 − Observe que não há restrição aos elementos da diagonal principal. Entretanto, perceba a simetria em relação à diagonal principal. Perceba também que a primeira linha é igual à primeira coluna, a segunda linha é igual à segunda coluna, e assim por diante. Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 8 203 x) Matriz antissimétrica é a matriz quadrada tal que ��� = −��� para todo i e para todo j. Observe que esta definição implica no fato de que os elementos da diagonal principal de uma matriz antissimétrica são todos iguais a zero. Por exemplo, o elemento �ΚΚ pertence à diagonal principal e, portanto: �ΚΚ = −�ΚΚ �ΚΚ + �ΚΚ = 0 2 ∙ �ΚΚ = 0 �ΚΚ = 0 Além disso, os elementos que estão em posições simétricas em relação à diagonal principal são simétricos. Por exemplo, a seguinte matriz é antissimétrica. ∃ 0 −3 �3 0 −√2−� √2 0 − Esta matriz é antissimétrica porque ela é quadrada e �Ιϑ = −�ϑΙ para todo i e para todo j. Observe que a diagonal principal é formada por zeros e os elementos que estão em posições simétricas em relação à diagonal principal são simétricos. Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 9 203 xi) Matriz triangular superior é a matriz quadrada em que todos os elementos abaixo da diagonal principal são nulos, ou seja, ��� = � para � > �. Exemplo: γ2 −1 � √7η0 5 � 2000 00 7 40 8 ι xii) Matriz triangular inferior é a matriz quadrada em que todos os elementos acima da diagonal principal são nulos, ou seja, ��� = � para � < �. Exemplo: Φ1 0 0 06 2 0 043 06 3 07 4Η 1.2 IGUALDADE DE MATRIZES Duas matrizes � = (���)�×� e � = (���)�×� são iguais quando todos os ��� forem iguais aos ��� para todo i e para todo j. Ou seja, para que duas matrizes sejam iguais, elas devem ser do mesmo tipo (ter o mesmo número linhas e o mesmo número de colunas) e todos os elementos correspondentes (com mesmo índice) devem ser iguais. Exemplo: ν1 √4 −(−3)0 4Κ √25 ο = β1 2 30 16 5χ Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 10 203 β1 00 1χ ≠ Ο1 0 00 1 00 0 1Π β1 −23 4 χ ≠ β1 23 4χ 1.3 ADIÇÃO DE MATRIZES Só podemos somar matrizes do mesmo tipo, ou seja, para que seja possível somar matrizes, elas devem ter o mesmo número de linhas e o mesmo número de colunas. Esta é a condição de existência da soma de duas ou mais matrizes. Então vamos considerar duas matrizes A e B do mesmo tipo: m x n. Sejam � = (�Ιϑ)θ×ρ e � = (�Ιϑ)θ×ρ, chama-se soma � + � a matriz C do tipo m x n tal que �Ιϑ =�Ιϑ + �Ιϑ. Só podemos somar matrizes do mesmo tipo, ou seja, as matrizes obrigatoriamente devem ter o mesmo número de linhas e o mesmo número de colunas. O resultado (a soma) será uma matriz do mesmo tipo das matrizes originais. Para determinar os elementos da matriz soma, devemos somar os elementos correspondentes das matrizes originais. Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 11 203 Exemplos: β 1 0 2−3 5 3χ + β2 4 74 6 9χ = β 1 + 2 0 + 4 2 + 7−3 + 4 5 + 6 3 + 9χ = β3 4 91 11 12χ ∃ 3 −2−4 15 6 − + ∃ −3 24 −1−5 −6− = ∃ 0 00 00 0− Observe que, assim como os números reais, a adição entre matrizes também é associativa e comutativa. Isto quer dizer que, se A,B e C são matrizes do mesmo tipo, então: (� + �) + � = � + (� + �) � + � = � + � 1.3.1 MATRIZ OPOSTA Observe novamente o exemplo que foi feito acima: ∃ 3 −2−4 15 6 − + ∃ −3 24 −1−5 −6− = ∃ 0 00 00 0− A matriz ∃ 3 −2−4 15 6 − é a matriz oposta da matriz ∃ −3 24 −1−5 −6− e reciprocamente, a matriz ∃ −3 24 −1−5 −6− é a matriz oposta da matriz ∃ 3 −2−4 15 6 − porque a soma das duas matrizes é uma matriz nula, ou seja, com todos os elementos iguais a 0. Dada uma matriz A, sua matriz oposta é indicada por –�. Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA(Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 12 203 Se é dada a matriz A, para determinar a sua oposta deve-se multiplicar todos os elementos por −1, ou seja, trocar os sinais de todos os elementos. Desta forma, a matriz oposta da matriz � = D−5 01 2Ε é a matriz −� = D 5 0−1 −2Ε. Para subtrair, por exemplo, matrizes A e B de mesma ordem, basta fazer: � − � = � + (−�) Em outras palavras, a diferença A – B é igual à soma da matriz A com a oposta da matriz B. 1.4 MULTIPLICAÇÃO DE UM NÚMERO REAL POR UMA MATRIZ Para multiplicar uma matriz � por um número real � basta multiplicar todos os elementos de A por �. Exemplos: � ∙ ∃1 −2 45 3 80 2 6− = ∃ 3 −6 1215 9 240 6 18− Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 13 203 −� ∙ D−5 4 10 −3 2Ε = D10 −8 −20 6 −4Ε 1.5 MULTIPLICAÇÃO DE MATRIZES Nem sempre é possível multiplicar duas matrizes. Para que exista o produto de uma matriz A por uma matriz B é necessário e suficiente que o número de colunas de A seja igual ao número de linhas de B. Desta maneira, se a primeira matriz do produto é do tipo m x n, então a segunda matriz deve ser do tipo n x p. Pois bem, considere então uma matriz �θ×ρ e uma matriz �ρ×|. Ao efetuar o produto da matriz A pela matriz B, o resultado será uma matriz do tipo m x p, ou seja, o produto é uma matriz que tem o número de linhas de A e o número de colunas de B. Para verificar se é possível multiplicar duas matrizes, coloque o tipo da primeira matriz à esquerda e o tipo da segunda matriz à direita. O produto existirá se os “números do meio” coincidirem e o resultado será uma matriz do tipo m x p, onde m e p são os números das extremidades. Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 14 203 Por exemplo, será que é possível multiplicar uma matriz do tipo 2 x 4 por uma matriz 4 x 1? 1º ���� − 2º ���� 2 × 4 4 × 1 Os números do meio coincidiram? Sim. Então o produto existe. E o resultado é uma matriz de que tipo? Basta olhar os números das extremidades: será uma matriz do tipo 2 x 1. Vejamos outro exemplo: será que é possível multiplicar uma matriz 4 x 1 por uma matriz 2 x 4? 1º ���� − 2º ���� 4 × 1 2 × 4 Os números do meio coincidiram? Não. Portanto, o produto entre essas duas matrizes não existe. Observe que existe o produto de uma matriz do tipo 2 x 4 por uma matriz 4 x 1, mas não existe o produto de uma matriz do tipo 4 x 1 por uma matriz do tipo 2 x 4. Já sabemos verificar se podemos ou não multiplicar duas matrizes e já sabemos identificar o tipo da matriz produto. Falta ainda o principal: aprender a multiplicar. Existe um processo muito fácil para multiplicar matrizes. Comecemos desenhando uma cruz bem grande. Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 15 203 É óbvio que você só vai desenhar esta cruz depois de verificar se é possível multiplicar as matrizes, pois se não for possível, nem perca o seu tempo. E o que fazer com esta cruz? No “terceiro quadrante” (lembra dos quadrantes do plano cartesiano?) você escreverá a primeira matriz e o no primeiro quadrante você escreverá a segunda matriz. Vamos introduzir um exemplo para verificar na prática o procedimento para multiplicar as matrizes, quando o produto existe. Tomemos como exemplo as matrizes � = β1 3 −2 54 2 −1 0χ e � = ∼ 1 2 30 5 634 −31 −42 �. Determinaremos, se existirem, as matrizes � ∙ � e � ∙ �. Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 16 203 A matriz A possui 2 linhas e 4 colunas, portanto é do tipo 2 x 4. A matriz B possui 4 linhas e 3 colunas, portanto é do tipo 4 x 3. Será que existe o produto � ∙ �? 1º ���� − 2º ���� 2 × 4 4 × 3 Os números do meio coincidem. É possível multiplicar. O resultado será uma matriz do tipo 2 × 3. Será que existe o produto � ∙ �? 1º ���� − 2º ���� 4 × 3 2 × 4 Os números do meio não coincidem, portanto não existe a matriz � ∙ �. Vamos agora calcular a matriz � ∙ � que já sabemos ser do tipo 2 x 3.Vamos desenhar a cruz e colocar a matriz A no terceiro quadrante e a matriz B no primeiro quadrante. O resultado do produto das matrizes ficará localizado no quarto quadrante. Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 17 203 Sabemos que o resultado é uma matriz do tipo 2 x 3, ou seja, terá 2 linhas e três colunas. Como descobrimos cada uma destes números? Vejamos por exemplo o elemento que está na primeira linha e segunda coluna (a bolinha vermelha abaixo). Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 18 203 Observe que esta bolinha vermelha é fruto do “cruzamento” entre a primeira linha da matriz da esquerda com a segunda coluna da matriz de cima. Então faremos o seguinte. Multiplicaremos os elementos correspondentes destas duas filas e somaremos os resultados. Assim: O primeiro elemento fila da esquerda é 1 e o primeiro elemento da fila de cima é 2. Multiplicamos 1 × 2 = 2. O segundo elemento da fila da esquerda é 3 e o segundo elemento da fila de cima é 5. Multiplicamos 3 × 5 = 15. O terceiro elemento da fila da esquerda é −2 e o terceiro elemento da fila de cima é −3. Multiplicamos −2 × (−3) = +6 O quarto elemento da fila da esquerda é 5 e o quarto elemento da fila de cima é 1. Multiplicamos 5 × 1 = 5. Devemos somar estes resultados obtidos: 2 + 15 + 6 + 5 = 28. O número a ser colocado no lugar da bolinha vermelha é 28. Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 19 203 Será sempre assim: multiplicando linha por coluna. Vamos descobrir agora o elemento que está na primeira linha e na primeira coluna. Devemos multiplicar os elementos correspondentes e somar os resultados. Vamos fazer um pouquinho mais rápido. Será assim: 1º x 1º+ 2º x 2º + 3º x 3º + 4º x 4º. 1 × 1 + 3 × 0 + (−2) × 3 + 5 × 4 = 1 + 0 − 6 + 20 = 15 Pronto! O número a ser colocado no lugar da bolinha vermelha é igual a 15. Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 20 203 Vamos calcular o elemento da primeira linha e terceira coluna. Vamos então multiplicar a fila da esquerda pela fila de cima. Lembre-se: multiplicamos os elementos correspondentes (primeiro com primeiro, segundo com segundo, ...) e somamos os resultados. 1 × 3 + 3 × 6 + (−2) × (−4) + 5 × 2 = 3 + 18 + 8 + 10 = 39 Vamos agora determinar o elemento que está na segunda linha e na primeira coluna. Efetue o mesmo processo. Multiplicamos os elementos correspondentes das duas filas e somamos os resultados. 4 × 1 + 2 × 0 + (−1) × 3 + 0 × 4 = 4 + 0 − 3 + 0 = 1 Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 21 203 Vamos calcular o número que está na segunda linha e na segunda coluna (bolinha vermelha). Multiplicando a fila da esquerda pela fila de cima, elemento a elemento. 4 × 2 + 2 × 5 + (−1) × (−3) + 0 × 1 = 8 + 10 + 3 + 0 = 21 Vamos calcular o número que está na segunda linha e terceira coluna (bolinha azul). Multiplicamos a fila da esquerda pela fila de cima, elemento a elemento. 4 × 3 + 2 × 6 + (−1) × (−4) + 0 × 2 = 12 + 12 + 4 + 0 = 28 Terminamos. O resultado é o seguinte: Desta forma, o produto da matriz � = β1 3 −2 54 2 −1 0χ pela � = ∼ 1 2 30 5 634 −31 −42 � é a matriz � =β15 28 391 21 28χ. Este mecanismo é bom porque faz com que você não confunda quais as linhas e quais as colunas que devem ser multiplicadas. É importante notar que a multiplicação de matrizes não é uma operação comutativa, ou seja, para duas matrizes quaisquer A e B é falso dizer que necessariamente � ∙ � = � ∙ �. Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 22 203 Há casos em que � ∙ � = � ∙ �, mas isso não é uma regra geral. Note também que, se estivermos trabalhando com números reais, é sempre verdade que se � ∙� = �, ���ã� � = � �� � = �. Isto não é verdade quando estivermos trabalhando com matrizes. Ou seja, é possível encontrar matrizes não nulas cujo produto é a matriz nula. Experimente multiplicar, por exemplo, a matriz β� �� �χ pela matriz β� �� �χ e verifique que o resultado é a matriz β� �� �χ. Observação: Dizemos que uma matriz A é idempotente quando � × � = �. Por exemplo, a matriz identidade é uma matriz idempotente porque � × � = �. 1.5.1 PROPRIEDADES DA MULTIPLICAÇÃO DE MATRIZES A multiplicação de matrizes é uma operação associativa. Assim, se temos as matrizes �θ×ρ, �ρ×| e �|×�, então (��)� = �(��). A multiplicação de matrizes é distributiva em relação à adição. Se A, B e C são matrizes com ordens convenientes (para que os produtos existam), então (� + �)� = �� + �� e �(� + �) = �� + ��. Se � é um número real qualquer e existe o produto AB, então (��)� = �(��) =�(��). A matriz identidade �� é o elemento neutro da multiplicação de matrizes quadradas. Assim, se A é uma matriz quadrada, então � ∙ � = � ∙ � = �. Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 23 203 1.6 POTENCIAÇÃO DE MATRIZES Se A é uma matriz quadrada qualquer e n é um número natural não-nulo, definimos: �� = � ∙ � ∙ … ∙ ��������� ������� Particularmente, definimos �� = � � �Μ = �. Assim, para calcular �Λ, primeiro calculamos �Κ = � × � e, em seguida, calculamos �Λ = �Κ × �. Analogamente, para calcularmos �δ devemos fazer �δ = �Λ × �. 1.7 MATRIZ TRANSPOSTA Considere uma matriz qualquer � = (�Ιϑ)θ×ρ. Chama-se transposta da matriz A a matriz �� do tipo n x m que se obtém trocando as linhas pelas colunas. Ou seja, as colunas da transposta são ordenadamente iguais às linhas de da matriz original. Exemplos: � = β� � �� � �χ ⇒ �� = Ο� �� �� �Π � = Ο� � �� � �� � �Π ⇒ �� = Ο � � �� � �� � �Π Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 24 203 Propriedades i) (��)� = � Assim, a transposta da matriz transposta de A é a própria matriz A. � = Ο� � �� � �� � �Π ⇒ �� = Ο � � �� � �� � �Π ⇒ (��)� = Ο � � �� � �� � �Π ii) Se A e B são matrizes do mesmo tipo, ou seja, com o mesmo número de linhas e o mesmo número de colunas, então (� + �)� = �� + ��. Isto quer dizer que tanto faz: à Somar duas matrizes e depois calcular a transposta do resultado. à Calcular as transpostas das matrizes e depois somar o resultado. iii) Se � é um número real qualquer e � é uma matriz, então (� ∙ �)� = � ∙ �� Isto quer dizer que tanto faz: à Multiplicar uma matriz por um número real e depois calcular a transposta do resultado. à Calcular a transposta da matriz e, em seguida, multiplicar por um número real. iv) Se A e B são matrizes que podem ser multiplicadas, então �� e �� também podem ser multiplicadas e (��)� = ���� Isto quer dizer que tanto faz: Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 25 203 à Multiplicar a matriz A pela matriz B e, em seguida, calcular a transposta. à Calcular a transposta de B, calcular a transposta de A e multiplicar (nesta ordem). v) Podemos definir uma matriz simétrica como uma matriz quadrada A tal que �� = �. vi) Podemos definir uma matriz antissimétrica como uma matriz quadrada tal que �� = −�. 1.8 MATRIZ INVERSA Considere uma matriz quadrada de ordem n. Vamos chamar esta matriz de A. Dizemos que a matriz A é inversível se existir uma matriz B tal que � ∙ � = � ∙ � = ��. Lembre-se que �ρ é a matriz identidade de ordem n. Se a matriz A não é inversível, dizemos que a matriz A é uma matriz singular. É possível demonstrar que se A é inversível, então existe uma e apenas uma matriz B tal que � ∙� = � ∙ � = ��. A matriz B, inversa de A, é representada por ��Μ. Estudaremos a condição para que uma matriz seja inversível no capítulo sobre determinantes. Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 26 203 Exemplo: A inversa da matriz � = D5 64 5Ε é a matriz ��Μ = D 5 −6−4 5 Ε porque D5 64 5Ε ∙D 5 −6−4 5 Ε = D1 00 1Ε. Paraverificar basta fazer: � = 5 ∙ 5 + 6 ∙ (−4) = 25 − 24 = 1 � = 5 ∙ (−6) + 6 ∙ 5 = −30 + 30 = 0 � = 4 ∙ 5 + 5 ∙ (−4) = 20 − 20 = 0 � = 4 ∙ (−6) + 5 ∙ 5 = −24 + 25 = 1 Portanto, D5 64 5Ε ∙ D 5 −6−4 5 Ε = D1 00 1Ε Estudaremos com detalhes o procedimento para determinar a inversa de uma matriz no capítulo sobre determinantes. Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 27 203 1.8.1 PROPRIEDADES DA MATRIZ INVERSA Sendo A e B matrizes quadradas de mesma ordem e inversíveis, são válidas as seguintes propriedades: i) (���)�� = � ii) (��)�� = ������ iii) (��)�� = (���)� A primeira propriedade afirma que a inversa da matriz inversa de A é a própria matriz A. A segunda propriedade afirma que a inversa do produto AB é o produto da inversa de B pela inversa de A. A terceira propriedade afirma que a inversa da matriz transposta de A é igual à transposta da matriz inversa de A. Observação: Quando a inversa de uma matriz é igual à sua transposta, dizemos que a matriz é ortogonal. Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 28 203 1.9 TRAÇO DE UMA MATRIZ Vimos que o traço de uma matriz quadrada é a soma dos elementos da sua diagonal principal. Indicamos o traço de uma matriz A por tr(A). As seguintes propriedades são válidas, sendo A e B matrizes quadradas de mesma ordem. ��(� + �) = ��(�) + ��(�) ��(��) = ��(��) ��(�) = ��(��) ��(��) = � ∙ ��(�), � ∈ ℝ Vejamos exemplos numéricos. Considere as matrizes � = Ο1 −1 23 4 15 2 6Π e � = Ο 2 0 43 1 2−1 0 6Π. Assim, temos: ��(�) = 1 + 4 + 6 = 11 ��(�) = 2 + 1 + 6 = 9 Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 29 203 Vamos analisar a primeira propriedade: � + � = Ο3 −1 66 5 34 2 12Π → ��(� + �) = 3 + 5 + 12 = 20 Portanto, ��(� + �)��������� = ��(�)����� + ��(�)���� . Vamos analisar a segunda propriedade. �� = Ο−3 −1 1417 4 2610 2 60Π → ��(��) = −3 + 4 + 60 = 61 �� = Ο22 6 2816 5 1929 13 34Π → ��(��) = 22 + 5 + 34 = 61 Portanto, ��(��) = ��(��). Vamos verificar a terceira propriedade. Observe a transposta de A. �� = Ο 1 3 5−1 4 22 1 6Π → ��(��) = 1 + 4 + 6 = 11 Portanto, ��(�) = ��(��). Finalmente, vamos verificar a última propriedade para k = 4. 4� = Ο 4 −4 812 16 420 8 24Π → ��(4�) = 4 + 16 + 24 = 44 Portanto, ��(��) = � ∙ ��(�) = � ∙ �� = ��. Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 30 203 2. DETERMINANTES Livros universitários de Álgebra Linear, como o de Bernard Kolman, definem determinantes genericamente sem fazer referência à ordem da matriz utilizando conceitos de permutações pares e ímpares, etc. Não seguiremos esta linha. Definiremos determinantes de matrizes quadradas de ordens 1, 2 e 3. Em seguida, aprenderemos alguns teoremas que nos permitirão calcular determinantes de matrizes de ordem maior que 3. Para começar, devemos frisar que apenas matrizes quadradas admitem o cálculo de determinantes. O determinante da matriz A é denotado por: ����. O determinante é um número associado a uma matriz. Se a matriz quadrada é de ordem 1, então o determinante da matriz é o único elemento da matriz. Exemplo: Considere a matriz � = [2]. O determinante da matriz A é o número 2. det � = 2 Se a matriz quadrada é de ordem 2, então o determinante é o produto dos elementos da diagonal principal menos o produto dos elementos da diagonal secundária. � = D� �� �Ε ⇒ det � = ♣� �� �♣ = �� − �� Observe que indicamos o determinante de uma matriz A com barras verticais ao lado dos elementos da matriz. Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 31 203 Exemplo: Calcule o determinante da matriz � = D2 −35 4 Ε. Resolução ♣2 −35 4 ♣ = 2 ∙ 4 − (−3) ∙ 5 = 8 + 15 = 23 Se a matriz é de ordem 3, o determinante é calculado com o auxílio da regra de Sarrus. � = ∃�ΜΜ �ΜΚ �ΜΛ�ΚΜ �ΚΚ �ΚΛ�ΛΜ �ΛΚ �ΛΛ− Devemos repetir as duas primeiras colunas. Multiplicamos os elementos na direção da diagonal principal de acordo com as flechas e somamos os 3 resultados. Multiplicamos os elementos na direção da diagonal secundária e trocamos os sinais dos produto e somamos os resultados. Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 32 203 Em seguida somamos os dois resultados obtidos. Vejamos um exemplo: Calcule o determinante da matriz � = ∃−2 1 05 2 31 4 −1−. Resolução det � = ♦−2 1 05 2 31 4 −1♦ Devemos repetir as duas primeiras colunas. det � = ♦−2 1 05 2 31 4 −1♦ −2 15 21 4 Multiplicamos os elementos no sentido da diagonal principal. −2 ∙ 2 ∙ (−1) + 1 ∙ 3 ∙ 1 + 0 ∙ 5 ∙ 4 = 7 Multiplicamos os elementos na direção da diagonal secundária e trocamos os sinais dos produtos e somamos os resultados. Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 33 203 −(1) ∙ (5) ∙ (−1) − (−2) ∙ (3) ∙ (4) − (0) ∙ (2) ∙ (1) = 5 + 24 − 0 = 29 Devemos somar os dois resultados obtidos. det � = 7 + 29 = 36 1.1 MENOR COMPLEMENTAR Considere uma matriz M de ordem maior que 1. Definimos o menor complementar do elemento ���, e indicamos por ���, o determinante da matriz que se obtém suprimindo a linha i e a coluna j da matriz M. Exemplo: Calcule o menor complementar do elemento �ΜΛ da matriz � = ∃ 1 4 −10 3 2−2 2 � −. O elemento �ΜΛ está localizado na primeira linha e terceira coluna. Vamos suprimir, portanto, a primeira linha e a terceira coluna. Portanto, o menor complementar do elemento �ΜΛ é Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 34 203 �ΜΛ = ♣ 0 3−2 2♣ = 0 × 2 − 3 × (−2) = 6 Exemplo: Calcule o menor complementar do elemento �ΚΜ da matriz � = ∃ 2 3 2−1 4 −33 0 7 −. O elemento �ΚΜ está localizado na segunda linha e primeira coluna.Vamos suprimir, portanto, a segunda linha e a primeira coluna. Portanto, o menor complementar do elemento �ΚΜ é �ΚΜ = ♣3 20 7♣ = 3 × 7 − 2 × 0 = 21 1.2 COFATOR Considere uma matriz M de ordem maior que 1. Definimos cofator (ou complemento algébrico) do elemento ��� o número ��� definido como o produto do menor complementar pelo número (−�)�↔�. ��� = (−�)�↔� ∙ ��� Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 35 203 Em suma, o cofator de um elemento é o seu menor complementar multiplicado por 1 ou por -1, a depender se o expoente i + j é par ou ímpar. Se i + j é par, multiplicaremos o menor complementar por 1, ou seja, o cofator é igual ao menor complementar. Se i + j é ímpar, multiplicaremos o menor complementar por -1, ou seja, o cofator é o oposto do menor complementar. Observe, por exemplo, uma matriz quadrada de ordem 3. � = Ο�ΜΜ �ΜΚ �ΜΛ�ΚΜ �ΚΚ �ΚΛ�ΛΜ �ΛΚ �ΛΛΠ Observe o elemento �ΜΜ. A soma dos seus índices é 1 + 1 = 2, que é par. Neste caso, (−1)Ι↔ϑ =(−1)Κ = +1. Ο + �ΜΚ �ΜΛ�ΚΜ �ΚΚ �ΚΛ�ΛΜ �ΛΚ �ΛΛΠ Partindo do elemento �ΜΜ, se você caminha para a direita ou para baixo, você encontrará números tais que a soma dos índices é um número ímpar. Portanto, (−1)Ι↔ϑ = −1. Ο + − �ΜΛ− �ΚΚ �ΚΛ�ΛΜ �ΛΚ �ΛΛΠ Este processo se repete e os sinais vão se alternando. Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 36 203 Ο+ − +− + −+ − +Π Essa tabela de sinais é apenas para facilitar e você não precisar ficar se preocupando com o fator (−1)Ι↔ϑ. Assim, para calcular o cofator, você deve: 1) Calcular o menor complementar, calculando o determinante da matriz que se obtém ao suprimir a linha e a coluna do elemento em questão. 2) Multiplicar por 1 ou por -1 (manter ou trocar o sinal do resultado) a depender do sinal encontrado na matriz de sinais. O procedimento para construir a matriz de sinais é o mesmo para qualquer ordem. Por exemplo, os sinais de (−1)Ι↔ϑ em uma matriz quadrada de quarta ordem seria: ∼+ − + −− + − ++− −+ +− −+� Exemplo: Calcular o cofator do elemento �ΚΛ da matriz � = Ο 1 0 −34 2 1−2 3 1 Π. O elemento �ΚΛ está localizado na segunda linha e terceira coluna. Vamos suprimir, portanto, a segunda linha e a terceira coluna. Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 37 203 Vamos calcular o menor complementar. �ΚΛ = ♣ 1 0−2 3♣ = 1 × 3 − (−2) × 0 = 3 Para calcular o cofator, devemos multiplicar �ΚΛ por (−1)Ι↔ϑ = (−1)Κ↔Λ = (−1)← = −1. Assim, o cofator do elemento �ΚΛ é �ΚΛ = −1 ∙ 3 = −3 Para saber se vamos multiplicar o menor complementar por 1 ou -1, poderíamos construir a matriz de sinais. Ο+ − +− + −+ − +Π O sinal associado ao elemento �ΚΛ é negativo. Portanto, devemos multiplicar o menor complementar por -1. Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 38 203 1.3 TEOREMA DE LAPLACE O determinante de uma matriz M de ordem maior que 1 é a soma dos produtos dos elementos de uma fila qualquer (linha ou coluna) pelos seus respectivos cofatores. Assim, para calcular o determinante de uma matriz utilizando o teorema de Laplace, devemos: 1) Escolher uma fila qualquer (linha ou coluna). 2) Calcular os cofatores dos elementos desta linha. 3) Multiplicar cada elemento pelo seu cofator 4) Somar os resultados. O teorema de Laplace é um caminho para calcular determinantes de matrizes de ordem maior que 3. Entretanto, não se preocupe muito com isso, pois é muito raro precisar calcular o determinante de uma matriz de ordem maior que 3. Exemplo: Calcular o determinante da matriz � = ∼2 1 −1 11 4 0 303 21 02 20 �. Observe o passo a passo do teorema de Laplace. i) Escolher uma fila qualquer (linha ou coluna). ii) Calcular os cofatores dos elementos desta linha. iii) Multiplicar cada elemento pelo seu cofator iv) Somar os resultados. Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 39 203 Como vamos multiplicar cada elemento pelo seu cofator, então vamos escolher a fila que tiver mais zeros. Observe que a terceira coluna possui 2 zeros. A terceira linha também possui 2 zeros. Assim, tanto faz a sua escolha. Vamos calcular utilizando a terceira coluna. det � = ↑2 1 −� 11 4 � 303 21 �� 20 ↑ Pelo teorema de Laplace, temos: det � = −1 ∙ �ΜΛ + 0 ∙ �ΚΛ + 0 ∙ �ΛΛ + 2 ∙ �δΛ det � = −1 ∙ �ΜΛ + 2 ∙ �δΛ Precisamos, portanto, calcular os cofatores dos elementos �ΜΛ e �δΛ. Observe a tabela de sinais que aprendemos a construir. ∼+ − + −− + − ++− −+ +− −+� Para calcular �ΜΛ, devemos suprimir a primeira linha e a terceira coluna. Devemos também colocar o sinal + ao lado do determinante. �ΜΛ = + ♦1 4 30 2 23 1 0♦ = 4 Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 40 203 Para calcular �δΛ, devemos suprimir a quarta linha e a terceira coluna. Devemos também colocar o sinal (-) ao lado do determinante. �δΛ = − ♦2 1 11 4 30 2 2♦ = −4 Portanto, det � = −1 ∙ �ΜΛ + 2 ∙ �δΛ det � = −1 ∙ 4 + 2 ∙ (−4) = −12 1.4 PROPRIEDADES DOS DETERMINANTES Vejamos algumas propriedades dos determinantes: i) Se os elementos de uma fila qualquer (linha ou coluna) de uma matriz M de ordem n forem todos nulos, então det M = 0. Exemplo. � = Φ 2 √37 2�0 0 0cos 57″ −1,37 15Η O determinante da matriz M é igual a 0, pois a matriz possui uma fila composta por zeros. Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 41 203 ii) Se uma Matriz M tem duas filas paralelas (duas linhas ou duas colunas) formadas por elementos respectivamente iguais, então det M = 0. Exemplo: � = Φ2� √37 2�1 2 115 −1,37 15Η Como a primeira coluna é igual à terceira coluna, então o determinante da matriz é igual a 0. iii) Se uma matriz M tem duas filas paralelas (duas linhas ou duas colunas) formadas por elementos respectivamente proporcionais, então det M = 0. Exemplo: � = Φ4 √37 123 2 91 −1,37 3 Η Observe a primeira e a terceira coluna. Elas são proporcionais e a constante de proporcionalidadeé igual a 3 (ou seja, a terceira coluna foi produzida multiplicando a primeira coluna por 3). Assim, o determinante da matriz é igual a 0. iv) Se uma matriz quadrada M tem uma linha (ou coluna) que é combinação linear de outras linhas (ou colunas), então det M = 0. Vamos falar em uma linguagem bem coloquial para explicar o que é combinação linear. Imagine que você vai “construir” uma matriz de terceira ordem. Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 42 203 � = ∃2 53 21 7 − Você construiu a primeira coluna e a segunda coluna. E você resolveu ser um pouco mais criativo para construir a última coluna. O que você fez? Você multiplicou a primeira coluna por 2 e multiplicou a segunda coluna por 3 e somou os dois resultados. O que você obteve? � = ∃2 5 2 ∙ 2 + 5 ∙ 33 2 3 ∙ 2 + 2 ∙ 31 7 1 ∙ 2 + 7 ∙ 3− = ∃ 2 5 193 2 121 7 23− Pronto. A terceira coluna é uma combinação linear das duas primeiras colunas. Você deve multiplicar uma fila por um certo número A e outra fila por qualquer outro número B. Somando os dois resultados, você obtém uma combinação linear das duas filas. Pense bem: uma coisa é criar a matriz e saber que uma fila é combinação linear das outras duas; outra coisa é olhar uma matriz e perceber que uma fila é combinação linear de outras duas. Exemplo: Calcule o determinante da matriz � = ∃2 5 193 2 121 7 23− Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 43 203 Obviamente a pessoa que criou a questão sabe que a terceira coluna é combinação linear das outras duas e, portanto, o determinante é zero. A dificuldade é “perceber” na hora da prova isso. Não será você o criador das questões. Assim, se você não percebe rapidamente, não perca tempo e calcule o determinante utilizando a regra de Sarrus. Veja só outro exemplo. Calcule o determinante da matriz: � = ∃16 3 224 2 415 5 1− Se você tiver um excelente olho e perceber que Primeira coluna = (Segunda coluna) x 2 + (Terceira coluna) x 5, você poderá concluir que o determinante é zero. Caso contrário, terás que usar a regra de Sarrus (O que é bem provável que aconteça. Não perca seu tempo tentando achar alguma regra. Faça as contas para ganhar tempo.) v) Se � é uma matriz quadrada de ordem n e �� é a sua transposta, então ���� = �����. vi) Se multiplicarmos uma fila qualquer de uma matriz A de ordem n por um número real �, o determinante da nova matriz será o produto do determinante de A pelo número �. Exemplo: Já vimos que o determinante da matriz � = ∃−2 1 05 2 31 4 −1− é igual a 36. Vamos multiplicar uma fila qualquer por −2, digamos a segunda coluna. Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 44 203 �Μ = ∃−2 −2 05 −4 31 −8 −1− Para calcular o determinante desta nova matriz, basta multiplicar o determinante da matriz original por −2. Desta forma, det �Μ = −2 ∙ det � = −2 ∙ 36 = −72. vii) Se uma matriz quadrada A de ordem n for multiplicada por uma constante k, então o seu determinante será ���(� ∙ �) = �� ∙ ��� (�) Na verdade, esta propriedade vii é uma decorrência da propriedade vi. Isto porque multiplicar uma matriz de ordem n por uma constante k é o mesmo que multiplicar as n linhas por k (ou as n colunas). Ao multiplicar a primeira linha por k, multiplicamos o determinante por k. Ao multiplicar a segunda linha por k, multiplicamos o determinante por k. Ao multiplicar a terceira linha por k, multiplicamos o determinante por k. Se a matriz é de ordem n, então terá n linhas. Então, det(� ∙ �) = � ∙ � ∙ � ∙ ⋯ ∙ ����������ρ ×∝�″∂•÷ ∙ det � = �ρ ∙ det � Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 45 203 viii) Considere uma matriz quadrada de ordem maior ou igual a 2. Se trocarmos a posição de duas filas paralelas (ou duas linhas ou duas colunas), então o determinante da matriz troca de sinal. Exemplo: Já vimos que o determinante da matriz � = ∃−2 1 05 2 31 4 −1− é igual a 36. Se trocarmos a posição da primeira linha com a terceira linha, o determinante da matriz troca de sinal. �Κ = ∃ 1 4 −15 2 3−2 1 0 − O determinante desta matriz é igual a −36. ix) O determinante de qualquer matriz identidade é igual a 1. x) O determinante de uma matriz triangular é o produto dos elementos da diagonal principal. O mesmo ocorre com o determinante de uma matriz diagonal. ♦� 0 00 � 00 0 �♦ = ��� ♦� � �0 � �0 0 �♦ = ��� ♦� 0 0� � 0� � �♦ = ��� 1.5 ADIÇÃO DE DETERMINANTES Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 46 203 Se uma fila (linha ou coluna) pode ser decomposta em uma soma, então podemos decompor o determinante em uma soma de determinantes. Vejamos alguns exemplos: Exemplo: Decomponha o determinante ♦� � + � �� � + � ℎ� � + � � ♦ em uma soma de determinantes. Observe que a segunda coluna é decomposta em uma soma. No primeiro determinante colocaremos uma coluna com os elementos (b,f,j) e no segundo determinante colocaremos uma coluna com os elementos (c,g,k). Portanto, ♦� � + � �� � + � ℎ� � + � � ♦ = ♦ � � �� � ℎ� � � ♦ + ♦ � � �� � ℎ� � � ♦ Exemplo: Decomponha o determinante ♦ 1 2 −32 + � 3 + � 4 + �4 5 1 ♦ em uma soma de determinantes. Observe que a segunda linha é decomposta em uma soma. Podemos fazer: ♦ 1 2 −3� + � � + � � + �4 5 1 ♦ = ♦ 1 2 −3� � �4 5 1 ♦ + ♦ 1 2 −3� � �4 5 1 ♦ Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 47 203 1.6 TEOREMA DE BINET Se � e � são matrizes quadradas de ordem n, então: ���(��) = ���� ∙ ���� Isto quer dizer que tanto faz: Calcular o produto AB e calcular o determinante do produto. Calcular o determinante de A, calcular o determinante de B e multiplicar os resultados. 1.6.1 COROLÁRIO DO TEOREMA DE BINET Sabemos que a inversa de uma matriz � é a matriz ��Μ tal que � ∙ ��Μ = �ρ. Vamos aplicar o teorema de Binet. det(� ∙ ��Μ) = ��� �ρ det � ∙ det ��Μ = ��� �ρ Lembre-se que o determinante da matriz identidade é igual a 1, portanto: ���� ∙ ��� ��� = � Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática paraBNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 48 203 Este fato é muito importante. Se for dado o determinante de uma matriz, podemos automaticamente calcular o determinante da sua inversa e reciprocamente. Observe ainda que a expressão acima pode ser reescrita como: ������ = ����� O determinante da matriz inversa é o inverso do determinante da matriz. O denominador de uma fração não pode ser zero. Assim, concluímos que uma matriz quadrada A de ordem n é inversível se e somente se ���� ≠ �. Podemos também dizer que uma matriz é singular (não admite inversa) se e somente se ���� =�. Por exemplo, a matriz D 5 210 4Ε é uma matriz singular, isto é, não admite inversa. Isto pode ser verificado calculando o seu determinante. ♣ 5 210 4♣ = 5 ∙ 4 − 2 ∙ 10 = 20 − 20 = 0 Exemplo: A inversa da matriz � = D5 64 5Ε é a matriz ��Μ = D 5 −6−4 5 Ε porque D5 64 5Ε ∙D 5 −6−4 5 Ε = D1 00 1Ε. Verifique que det � ∙ det ��Μ = 1. Primeiro vamos verificar que realmente D 5 −6−4 5 Ε é a inversa da matriz D5 64 5Ε. Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 49 203 � = 5 ∙ 5 + 6 ∙ (−4) = 25 − 24 = 1 � = 5 ∙ (−6) + 6 ∙ 5 = −30 + 30 = 0 � = 4 ∙ 5 + 5 ∙ (−4) = 20 − 20 = 0 � = 4 ∙ (−6) + 5 ∙ 5 = −24 + 25 = 1 Agora vamos verificar a relação entre os determinantes. det � = ♣5 64 5♣ = 5 × 5 − 6 × 4 = 1 det ��Μ = ♣ 5 −6−4 5 ♣ = 5 × 5 − (−6) × (−4) = 1 Portanto, det � ∙ det ��Μ = 1. 1.7 TEOREMA DE JACOBI Adicionar a uma fila de uma matriz quadrada M uma outra fila paralela, previamente multiplicada por uma constante, não altera o valor do determinante. Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 50 203 Tomemos como exemplo a matriz � = Ο1 −2 32 1 43 −1 3Π. Você já deve ter percebido que os determinantes são mais facilmente calculados quando há mais zeros nas matrizes. Podemos utilizar o teorema de Jacobi para introduzir zeros nas matrizes sem alterar o valor do determinante. Observe, por exemplo, a primeira linha. Se multiplicarmos a primeira coluna por 2 e adicionarmos à segunda coluna, teremos: ♦1 −2 32 1 43 −1 3♦ = ♦ 1 2 × 1 − 2 32 2 × 2 + 1 43 2 × 3 − 1 3♦ = ♦ 1 0 32 5 43 5 3♦ Podemos introduzir mais zeros. Vamos multiplicar a primeira coluna por -3 e somar à terceira coluna. ♦1 0 32 5 43 5 3♦ = ↑ 1 0 (−3) × 1 + 32 5 (−3) × 2 + 43 5 (−3) × 3 + 3↑ = ♦ 1 0 02 5 −23 5 −6♦ Calcule, para conferir, o determinante da matriz � = Ο1 −2 32 1 43 −1 3Π e o determinante da matriz Ο1 0 02 5 −23 5 −6Π e perceba que os dois resultados são iguais a -20. Este procedimento para “introduzir zeros” é muito comum no cálculo de determinantes de ordem superior a 3. Primeiro, introduzimos zeros utilizando o teorema de Jacobi e, em seguida, calculamos o determinante da matriz utilizando o teorema de Laplace. Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 51 203 1.8 MATRIZ INVERSA Dificilmente você precisará calcular a matriz inversa de uma matriz em uma prova. Vamos mostrar algumas maneiras de como calcular a inversa de uma matriz mais a título de curiosidade. No caso de matrizes quadradas de ordem 2, o procedimento é muito fácil. Observe. Considere uma matriz quadrada de ordem 2 com determinante diferente de 0. � = D� �� �Ε A inversa da matriz A é calculada da seguinte forma: ��Μ = 1det � ∙ D � −�−� � Ε Em outras palavras, trocamos de posição os elementos da diagonal principal e mudamos o sinais dos elementos da diagonal secundária. Depois dividimos todos os elementos pelo determinante da matriz original. Exemplo: Determine, se existir, a inversa da matriz � = D4 65 8Ε. Resolução O primeiro passo é calcular o determinante da matriz A. det � = 4 ∙ 8 − 5 ∙ 6 = 2 Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 52 203 Vamos trocar a posição dos elementos da diagonal principal e trocar o sinal dos elementos da diagonal secundária. D 8 −6−5 4 Ε O próximo passo é dividir todos os elementos pelo determinante da matriz original que é igual a 2. ��Μ = 4 −3−5/2 2 ℵ Vamos aprender dois conceitos antes de aprendermos o procedimento para o cálculo da inversa de matrizes de ordem superior a 2. 1.8.1 MATRIZ DOS COFATORES Considere uma matriz quadrada A. Chamamos de matriz dos cofatores de A a matriz �′ que se obtém ao substituir cada elemento de A pelo seu respectivo cofator. Tomemos como exemplo a matriz � = ∃0 1 45 6 02 4 6−. A matriz dos cofatores será a seguinte: �′ = ∃�ΜΜ �ΜΚ �ΜΛ�ΚΜ �ΚΚ �ΚΛ�ΛΜ �ΛΚ �ΛΛ− Observe os sinais correspondentes a cada elemento para o cálculo do cofator. Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 53 203 Ο+ − +− + −+ − +Π Para calcular �ΜΜ, vamos calcular o determinante da matriz que obtemos ao suprimir a primeira linha e a primeira coluna. Lembrando de acompanhar o determinante do respectivo sinal correspondente à tabela acima. O procedimento é análogo para todos os outros cofatores. �ΜΜ = + ♣6 04 6♣ = 36 �ΜΚ = − ♣5 02 6♣ = −30 �ΜΛ = + ♣5 62 4♣ = 8 �ΚΜ = − ♣1 44 6♣ = 10 �ΚΚ = + ♣0 42 6♣ = −8 �ΚΛ = − ♣0 12 4♣ = 2 �ΛΜ = + ♣1 46 0♣ = −24 �ΛΚ = − ♣0 45 0♣ = 20 �ΛΛ = + ♣0 15 6♣ = −5 Assim, a matriz dos cofatores é a que segue: �′ = ∃ 36 −30 810 −8 2−24 20 −5− 1.8.2 MATRIZ ADJUNTA Matriz adjunta de uma matriz A é a matriz transposta da matriz dos cofatores. Assim, a matriz adjunta da matriz � = ∃0 1 45 6 02 4 6− do exemplo anterior é: (�′)� = ∃ 36 10 −24−30 −8 208 2 −5 − Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 54 203 1.8.3 CÁLCULO DA INVERSA DE UMA MATRIZ QUADRADA Se A é uma matriz quadrada de ordem n e det � ≠ 0, então a inversa de A é dada por: ��� = ����� ∙ (�′)� No nosso exemplo, vamos calcular o determinante de A. � = ∃0 1 45 6 02 4 6− det � = ♦0 1 45 6 02 4 6♦ 0 15 62 4 det � = 0 + 0 + 80 − 30 − 0 − 48 = 2 Assim, ficamos com: ��Μ = 1det � ∙ (�′)� ��Μ = 12 ∙ ∃ 36 10 −24−30 −8 208 2 −5 − = ∃ 18 5 −12−15 −4 104 1 −5/2− ��Μ = ∃ 18 5 −12−15 −4 104 1 −5/2− Existem outros métodos para obter a inversa de uma matriz, mas ficam além dos nossos objetivos. Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) -2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 55 203 3. EQUAÇÕES E SISTEMAS LINERARES Equação linear nas incógnitas �, �, �, … é toda equação do tipo �� + �� + �� +⋯ = �. Os números reais �, �, �, … (os números que multiplicam as incógnitas) são chamados de coeficientes e o número real � é o termo independente da equação. É importante notar que os expoentes das incógnitas devem ser todos iguais a 1 para que a equação seja considerada linear. São equações lineares: 2� + 3� = −5 −4� + 6� + 7� = 0 Não são equações lineares: 2�Λ − 5�Κ = 8 √� + 6� = 0 2� + 3�� = 7 É importante também notar que não é permitido o produto de duas incógnitas em algum dos termos da equação para que a equação seja classificada como equação linear. Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 56 203 1.1 SOLUÇÃO DE UM SISTEMA LINEAR Uma sentença do tipo 3� + 2� = 12 não é uma proposição lógica. Isto porque não podemos determinar o seu valor lógico (verdadeiro ou falso) sem que sejam fornecidos os valores das incógnitas. Se alguém nos disser que � = 2 � � = 3, então a sentença 3� + 2� = 12 tornar-se-á verdadeira porque 3 ∙ 2 + 2 ∙ 3 = 12; ao passo que se � = 3 � � = 0, a sentença 3� + 2� = 12 será classificada como falsa porque 3 ∙ 3 + 2 ∙ 0 ≠ 12. Pois bem, já que � = 2 � � = 3 torna a sentença 3� + 2� = 12 verdadeira, dizemos que a sequência (2,3) é uma solução da equação linear. Já definimos o que são equações lineares. E o que vem a ser um sistema linear? Sistema linear é um conjunto de equações lineares. Por exemplo: ℘2� + 5� = 9� − 3� = −1 Aqui, dizemos que uma sequência de números é uma solução do sistema linear, se a sequência for solução de todas as equações lineares que compõem o sistema. Por exemplo: A sequência (2,1) é solução do sistema linear acima, porque: ⊗2 ∙ 2 + 5 ∙ 1 = 92 − 3 ∙ 1 = −1 Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 57 203 1.2 CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS LINEAERES Se um sistema linear admitir pelo menos uma solução, diremos que o sistema é possível (o sistema é compatível). Se o sistema não admitir soluções, ou seja, não existir uma sequência que satisfaça todas as equações do sistema, diremos que o sistema é impossível ou incompatível. Se o sistema é possível, ainda podemos fazer uma subclassificação: se o sistema admitir apenas uma solução, dizemos que o sistema é possível e determinado; se o sistema admitir infinitas soluções, dizemos que o sistema é possível e indeterminado. Para quem nunca estudou este assunto, parece um pouco estranho que um sistema linear não possua soluções (impossível) ou que possua infinitas soluções (possível e indeterminado). Vejamos alguns exemplos: Exemplo: Resolva o sistema linear ℘ � − 2� = 53� + � = 29 Resolução Vamos isolar a incógnita � na primeira equação. Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 58 203 � = 2� + 5 Vamos agora substituir esta expressão na segunda equação 3� + � = 29 3 ∙ (2� + 5) + � = 29 6� + 15 + � = 29 7� = 14 � = 2 Como � = 2� + 5, então: � = 2 ∙ 2 + 5 = 9 Portanto, o sistema admite apenas uma solução: � = 9 � � = 2. O sistema é possível e determinado e o conjunto solução é � = {(9,2)} Exemplo: Resolva o sistema linear ℘ � − 2� = 53� − 6� = 10 Resolução Vamos isolar a incógnita � na primeira equação. � = 2� + 5 Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 59 203 Vamos agora substituir esta expressão na segunda equação. 3� − 6� = 10 3 ∙ (2� + 5) − 6� = 10 6� + 15 − 6� = 10 0� = −5 Ora, devemos encontrar um número que multiplicado por zero seja igual a −5. Mas sabemos que qualquer número multiplicado por 0 obrigatoriamente tem como resultado o número 0. Desta forma, não existe um número � tal que 0� = −5. O sistema é impossível e o conjunto solução é � = �. Exemplo: Resolva o sistema linear ℘ � − 2� = 53� − 6� = 15 Resolução Vamos isolar a incógnita � na primeira equação. � = 2� + 5 Vamos agora substituir esta expressão na segunda equação. 3� − 6� = 15 3 ∙ (2� + 5) − 6� = 15 Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 60 203 6� + 15 − 6� = 15 6� − 6� = 15 − 15 0� = 0 Devemos pensar em um número que multiplicado por 0 seja igual a 0. Ora, qualquer número real serve!! Pense em um número qualquer, digamos � = 1. Neste caso, 0 ∙ 1 = 0. E já que � = 2� + 5, então � = 2 ∙ 1 + 5 � = 7 Portanto � = 7 � � = 1 é uma solução do sistema. Vamos colocar � = 5. Já que � = 2� + 5, então � = 2 ∙ 5 + 5 � = 15 Portanto, � = 15 � � = 5 é outra solução do sistema. Na verdade, você pode escolher o valor que quiser para a incógnita �, substituir o valor na equação � = 2� + 5 e calcular o valor correspondente de �. O sistema admite infinitas soluções e, portanto, é possível e indeterminado. Fazendo � = �, o valor correspondente de x será � = 2� + 5. Assim, o conjunto solução possui infinitos elementos e é dado por: Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 61 203 � = {(�, 2� + 5)} Em que � ∈ ℝ. 1.3 SISTEMA LINEAR HOMOGÊNEO Um sistema linear é dito homogêneo se o termo independente de cada equação do sistema é igual a 0. Exemplos: ℘2� + 5� = 0� − 3� = 0 ⊃� + 2� − 3� = 02� − 5� + � = 0� − 6� + 8� = 0 É fácil perceber que todo sistema linear é possível. Basta substituir todas as incógnitas por 0. Esta solução em que todas as incógnitas são iguais a 0 é chamada de solução trivial. Se existirem, as outras soluções são chamadas de não-triviais. Desta forma, todo sistema linear homogêneo é possível. Em breve aprenderemos a classificá-lo em determinado ou indeterminado. Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 62 203 1.4 MATRIZES DE UM SISTEMA LINEAR Considere, por exemplo, o seguinte sistema linear.⊃�ΜΜ� + �ΜΚ� + �ΜΛ� = �Μ�ΚΜ� + �ΚΚ� + �ΚΛ� = �Κ�ΛΜ� + �ΛΚ� + �ΛΛ� = �Λ Esse sistema pode ser escrito na forma de um produto matricial. ∃�ΜΜ �ΜΚ �ΜΛ�ΚΜ �ΚΚ �ΚΛ�ΛΜ �ΛΚ �ΛΛ− ∙ ⊇ ���⊄ = ∃ �Μ�Κ�Λ− A matriz ∃�ΜΜ �ΜΚ �ΜΛ�ΚΜ �ΚΚ �ΚΛ�ΛΜ �ΛΚ �ΛΛ− é chamada de matriz incompleta do sistema. É a matriz formada pelos coeficientes das incógnitas. Se acrescentarmos à matriz incompleta uma coluna com os termos independentes, teremos a matriz completa do sistema. Φ�ΜΜ �ΜΚ �ΜΛ �Μ�ΚΜ �ΚΚ �ΚΛ �Κ�ΛΜ �ΛΚ �ΛΛ �ΛΗ → ������ �������� �� ������� Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 63 203 1.5 TEOREMA DE CRAMER O bem conhecido teorema de Cramer, publicado em 1750 por Gabriel Cramer (1704-1752) provavelmente era conhecido por Maclaurin desde 1729. Isso ocorre com muita frequência na Matemática. Uma pessoa descobre algum fato e outra, vários anos depois, leva o crédito. Bom, deixemos a História da Matemática de lado (quem se interessar, depois de passar no concurso, pode comprar o livro História da Matemática de Carl B. Boyer). Considere um sistema linear em que o número de incógnitas é igual ao número de equações. Neste caso, a matriz incompleta é uma matriz quadrada. Vamos nos restringir aos sistemas com 2 equações e 2 incógnitas e aos sistemas com 3 equações e 3 incógnitas. ℘�ΜΜ� + �ΜΚ� = �Μ�ΚΜ� + �ΚΚ� = �Κ ⊃�ΜΜ� + �ΜΚ� + �ΜΛ� = �Μ�ΚΜ� + �ΚΚ� + �ΚΛ� = �Κ�ΛΜ� + �ΛΚ� + �ΛΛ� = �Λ Estamos considerando que as incógnitas são as letras �, �, �. Vamos considerar alguns determinantes especiais que podem ser calculados com os coeficientes e com os termos independentes. Chamaremos de � o determinante da matriz incompleta, formada pelos coeficientes das incógnitas. No caso do sistema de segunda ordem: � = ♣�ΜΜ �ΜΚ�ΚΜ �ΚΚ♣ Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 64 203 No caso do sistema de terceira ordem: � = ♦�ΜΜ �ΜΚ �ΜΛ�ΚΜ �ΚΚ �ΚΛ�ΛΜ �ΛΚ �ΛΛ♦ Chamaremos de �∈ o determinante da matriz obtida da matriz incompleta, substituindo a coluna do � pelos termos independentes. No caso, substituiremos a primeira coluna (a do �) pelos termos independentes (�Μ, �Κ, …). Chamaremos de �∉ o determinante da matriz obtida da matriz dos coeficientes, substituindo a coluna do � pelos termos independentes. No caso, substituiremos a segunda coluna (a do �) pelos termos independentes (�Μ, �Κ, …). Chamaremos de �∠ o determinante da matriz obtida da matriz dos coeficientes, substituindo a coluna do � pelos termos independentes. No caso, substituiremos a terceira coluna (a do �) pelos termos independentes (�Μ, �Κ, …). É óbvio que �∠ só existe em sistemas de terceira ordem. No caso de sistemas de segunda ordem, temos: �∈ = ∇�Μ �ΜΚ�Κ �ΚΚ∇ � �∉ = ∇�ΜΜ �Μ�ΚΜ �Κ∇ No caso de sistemas de terceira ordem, temos: �∈ = ♦�Μ �ΜΚ �ΜΛ�Κ �ΚΚ �ΚΛ�Λ �ΛΚ �ΛΛ♦ , �∉ = ♦ �ΜΜ �Μ �ΜΛ�ΚΜ �Κ �ΚΛ�ΛΜ �Λ �ΛΛ♦ � �∠ = ♦ �ΜΜ �ΜΚ �Μ�ΚΜ �ΚΚ �Κ�ΛΜ �ΛΚ �Λ♦ Vejamos alguns exemplos numéricos. Considere o sistema ℘ � − 2� = 53� + � = 29 Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 65 203 Temos os seguintes determinantes relacionados a este sistema: � é o determinante da matriz formada pelos coeficientes das incógnitas. � = ♣1 −23 1 ♣ = 1 ∙ 1 − (−2) ∙ 3 = 1 + 6 � = 7 �∈ é o determinante da matriz obtida da matriz dos coeficientes, substituindo a coluna do � pelos termos independentes. No caso, substituiremos a primeira coluna (a do �) pelos termos independentes. �∈ = ♣ 5 −229 1 ♣ = 5 ∙ 1 − (−2) ∙ 29 = 5 + 58 �∈ = 63 Analogamente, temos: �∉ = ♣1 53 29♣ = 1 ∙ 29 − 5 ∙ 3 = 29 − 15 �∉ = 14 O Teorema de Cramer afirma que se um sistema linear tem o número de equações igual ao de incógnitas e se � ≠ � o sistema será possível e determinado (apresenta solução única) e: � = �∈� , � = �∉� , … No nosso exemplo: Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 66 203 � = �∈� = 637 = 9 � = �∉� = 147 = 2 Já tínhamos resolvido este sistema pelo método da substituição anteriormente. Obviamente, o Teorema de Cramer tem mais valor teórico que valor prático. Principalmente ao trabalhar com sistemas de ordem maior ou igual a 3. O que nos interessa é que o Teorema de Cramer afirma que se � ≠ �, então o sistema é possível e determinado. E o que acontece se � = 0 ? Há duas possibilidades. Se todos os outros determinantes associados ao sistema forem iguais a 0, ou seja, �∈ = �∉ = ⋯ = 0 então o sistema é possível e indeterminado, se houver pelo menos uma solução. Se pelo menos um dos outros determinantes associados ao sistema for diferente de 0, então o sistema é impossível. Se você estiver trabalhando em um sistema de equações com número de equações igual ao de incógnitas, então ele pode ser: Possível e determinado, se � ≠ �. Possível e indeterminado, se � = �� = �� = ⋯ = � Impossível, se � = 0 e existir algum �Ι ≠ 0. Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 67 203 Lembre-se que estamos trabalhando apenas com casos em que o número de equações é igual ao número de incógnitas. E se o sistema for homogêneo? Ora, já vimos que um sistema linear homogêneo sempre admite solução. Portanto temos duas possibilidades: ser possível e determinado ou ser possível e indeterminado. Basta calcular o valor de �. O sistema é possível e determinado se � ≠ 0. O sistema é possível e indeterminado se � = 0. Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br 485906 90652401287 - Harim Luiz Costa Silveira Prof. Guilherme Neves Aula 01 Matemática para BNB (Analista Bancário 1) www.estrategiaconcursos.com.br 68 203 4. LISTA DE QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES 1. (IBFC 2017/Polícia Científica – PR) Dadas as matrizes � = D2 3 00 1 −1Ε e a matriz � = D3 1 11 −1 2Ε, assinale a alternativa que apresenta a matriz C que representa a soma da matriz A e B, ou seja, C = A + B. a) � = D2 3 00 1 −1Ε b) � = D3 1 11 −1 2Ε c) � = D2 3 01 1 −1Ε d) � = D3 1 11 3 2Ε e) � = D5 4 11 0 1Ε 2. (IBFC 2017/Polícia Científica – PR) Dadas a matriz � = D3 04 −7Ε e a matriz � = D1 20 −2Ε, assinale a alternativa que apresenta a matriz C que representa a subtração da matriz A e B, ou seja, C = A – B. a) � = D3 04 −7Ε b) � = D1 20 −2Ε c) � = D3 04 7Ε Brunno Lima, Guilherme Neves Aula 11 Raciocínio Lógico p/ PC-PA (Investigador, Escrivão e Papiloscopista) - 2019 www.estrategiaconcursos.com.br