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FORMAÇÃO DOCENTE EM TEMPOS DE MUDANÇAS

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FORMAÇÃO DOCENTE EM TEMPOS DE MUDANÇAS
Acadêmicos:
Kaik de Lima Sousa
Janessa Rios Figueiredo Neves de Lima
Jhennifer Karol Lima de Souza
Walewska Nunes Conceição 
Professor-Tutor Externo: Ronise Nóia de Oliveira
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI Polo Goianésia do Pará
Curso de Pedagogia (PED2163) – Prática Interdisciplinar II
28/06/2018
RESUMO
O objetivo geral deste trabalho bibliográfico é mostrar que é possível inferir que a formação docente deve aproximar-se da prática educativa, pois as situações problemáticas que surgem obrigam o professor a construir o sentido de cada situação de forma ímpar, para assim educar com toda carga de compromisso científico, político, ético e moral e intervir nos diversos quadros educativos e sociais em que se produz a docência.
Palavras-chave: Formação docente, Escola, Aluno e Mudanças.
INTRODUÇÃO
A melhoria na qualidade de ensino requer bons professores, docentes comprometidos com a difícil tarefa de ensinar, que por sua vez, exige dos profissionais, sentido e responsabilidade. A identidade profissional docente se constitui como uma interação entre a pessoa e suas experiências. 
A formação do professor de educação infantil e das series inicias do ensino fundamental é alvo de debates, políticas publicas, estudos e pesquisas mediante os grandes desafios da educação básica no Brasil. O professor, ao passar por diversas situações durante sua carreira profissional se depara por varias vezes com a necessidade de formações complementares para sua inserção e permanência no mercado de trabalho, e também para melhor adaptação nas esferas sociais.
Do ponto de vista de Bolivar, “as mudanças das últimas décadas geram ambiguidades e contradições na situação profissional dos professores. A crise de identidade profissional docente deve ser compreendida no cenário de uma certa decadência dos princípios ilustrados modernos que davam sentido ao sistema escolar” (p. 13).
Vivemos uma grande crise antropológica com repercussões em todas as áreas da cultura: na política, na ciência, na economia, na ética, na arte, nos relacionamentos, e é claro, na educação.
Segundo o artigo 62 da LDB: “A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena, em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro primeiras séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade normal”. Assim, de acordo com as novas exigências para a formação de professores, pela LDB, a partir de 2007 só serão admitidos professores habilitados em nível superior. No entanto, o artigo não excluiu a importância dos professores com formação de magistério, podendo esses continuar atuando, o quadro muda apenas para quem inicia a carreira a partir de 2007, como não foi possível a formação superior dos professores no prazo estabelecido, o MEC destaca que os objetivos de tais mudanças é mais do que impor regras, mais sim, incentivar os professores que já atuam na área, uma formação superior.
DESENVOLVIMENTO
A questão da formação de professores surgiu no século XIX, no entanto, a expansão das redes de ensino no Brasil está diretamente relacionada à intensificação do processo de industrialização no país a partir da década de 1950. Ainda nos anos 1960 e 1970 o acesso à escolarização era limitado, mas com o acelerado crescimento populacional e as demandas do mercado os investimentos começaram a crescer e com a expansão das redes públicas de ensino aumentou a demanda por professores. A solução encontrada para suprir esta demanda foi a expansão de escolas normais em nível médio, complementação de formações de origens diversas, autorizações especiais para o exercício da docência, etc.; porém, tanto os cursos normais como os diversos cursos de licenciatura surgidos nesse período seguiram os modelos instituídos entre o final do século XIX e o início do século XX, improvisações que ainda hoje afetam de maneira negativa a formação de professores no país.
Os primeiros anos de atuação do profissional como docente, promove ao professor as primeiras mudanças na forma como este irá encarar atitudes, valores e funções em relação à docência; na vivência profissional imediatamente posterior no campo da prática educacional, que leva à consolidação de um conhecimento profissional especifico. Nesse sentido, há algumas fases que descrevem as etapas da formação de docentes: 
Existem quatro fases diferenciadas pelas quais passa o professor. A primeira fase, denominada de pré-treino, inclui as experiências que os futuros professores tiveram enquanto alunos e que podem influenciá-los inconscientemente durante o exercício da profissão. A segunda, chamada de formação inicial, refere-se à etapa de preparação formal para ser professor e se dá em instituição específica. A terceira, denominada Iniciação – objeto do presente estudo por tratar-se da fase em que se encontra o professor iniciante – diz respeito aos primeiros anos de exercício profissional, os quais se configuram como uma etapa ímpar e marcante na vida do professor. A última fase, a formação permanente, relaciona-se ao período que inclui as atividades de formação planificadas pelas instituições e pelos próprios professores ao longo da carreira, a fim de permitir que o desenvolvimento profissional seja um processo constante. (PAPI e MARTINS, 2010 p.5).
Observando o ponto de convergência nas diferentes abordagem na concepção Donald Schön (20000), a prática profissional do docente se caracteriza por se apresentar situações de instabilidade e de incertezas que nem sempre são resolvidas pelo profissional, pois seu repertorio de setores não da a resposta exigidas no seu dia –a –dia do exercício da profissão.
 	Na formação de professores é necessário que estes, busquem participar dos processos de forma crítica e com compromisso a educação. Assim, destaca-se a importância da formação continuada, visando à qualificação, reflexão da crítica docente, como uma maneira de valorizar os conhecimentos e experiências dos professores. A formação do professor não se vislumbra apenas na academia, com a diplomação, mas sim sobre as reflexões destes quanto à crítica em si, nos bancos escolares e muito mais além destes. Abordando os saberes da docência e o seu significado na construção de uma identidade profissional, Pimenta afirma que: 
Quando os alunos chegam ao curso de formação inicial, já tem saberes sobre o que é ser professor. Os saberes de sua experiência de alunos que foram de diferentes professores em toda sua vida escolar. Experiência que lhes possibilita dizer quais foram os bons professores, quais eram bons em conteúdo, mas não em didática, isto é, não sabiam ensinar. Quais professores foram significativos em suas vidas, isto é, contribuíram para sua formação humana. Também sabem sobre o ser professor por meio da experiência socialmente acumulada, as mudanças históricas da profissão, o exercício profissional em diferentes escolas, a não valorização social e financeira dos professores, as dificuldades de estar diante de turmas de crianças e jovens turbulentos, em escolas precárias; sabem um pouco sobre as representações e os estereótipos que a sociedade tem dos professores, através dos meios de comunicação (Pimenta, 1999, p. 20).
As diversas publicações sobre formação docente estão voltadas para a questão das dificuldades na formação inicial dos professores, considerando as dificuldades com que os docentes são formados e as consequências para a qualidade da educação no Brasil. Esse é um fator preocupante para o desenvolvimento da prática pedagógica de professores iniciantes, principalmente com atuação nos anos iniciais do ensino fundamental, que possui como meta a alfabetização dos alunos até o 3º ano de escolaridade.
Segundo Valeska Maria Fortes de Oliveira,a atração de profissionais para o ingresso na carreira docente é um dos primeiros entraves para a formação inicial no pais. A forma com quese trata o professor é um dos primeiros problemas que hoje enfrentamos para atrair alguém para dar aula no Brasil”.
O PNE (Plano Nacional de Educação) dedica quatro de suas 20 metas aos professores: prevê formação inicial, formação continuada, valorização do profissional e plano de carreira. Para que se tenha uma dimensão do trabalho que o país tem pela frente, entre os 2,2 milhões de docentes que atuam na educação básica do país, 24% não possuem a formação adequada, conforme dados do Censo Escolar 2014. “Se nós não cuidarmos dos professores da educação básica, estamos fadados a continuar tendo dados educacionais de baixo nível”, afirma a pesquisadora Bernardete Gatti. 
Gardner, (2002 p. 135), referindo-se ao Saber docente, confirma que “é na prática refletida, na (ação- reflexão) que este conhecimento se produz, na inseparabilidade entre teoria e prática”. Para esse autor, a experiência docente é um espaço de produção de conhecimento, decorrendo da postura crítica do (a) professor (a) sobre sua prática profissional. Em sua análise, essa implica refletir criticamente sobre o que ensinar, como ensinar e para que ensinar. Implica também na reflexão sobre a postura docente na relações com alunos (a), bem como nas inter-reações no sistema social, político, econômico e cultural.
(IMBERNÓN, 2006) comenta que existem vários obstáculos que são encontrados pela formação dos docentes, entre eles: a falta de debate sobre a formação inicial; a falta de assessores; e a formação em contexto individual. Na visão do autor, os processos de formação devem analisar os obstáculos e elaborar medidas de recuperação e estímulo à qualificação e buscar uma redefinição da profissão, de suas funções e de formação.
"Os docentes devem se assumir como protagonistas, com a consciência de que todos são sujeitos quando se diferenciam, trabalham juntos e desenvolvem uma identidade profissional", diz Imbernón. Nesse sentido, é natural que o papel dos coordenadores pedagógicos também seja central. Cabe a eles ajudar as respectivas equipes a refletir e encontrar soluções para as situações-problema do cotidiano da sala de aula - o que, por sua vez, vai fazer com que o caráter individualista atribuído à atuação docente caia por terra definitivamente.
CONDERAÇÕES FINAIS
Concluímos que a profissão de educador é muito árdua, mas para quem realmente quer fazer a diferença, vai em busca de novas possibilidades de incluir em sua prática educacional novas metodologias, que irão contribuir em seu meio de trabalho e na qualidade do ensino. Entre essas novas possibilidades incluem os processos de formação, como a história de vida de alguns professores, alguns que decidem entrar na carreira somente pelo fato de não ter outra opção, outros porque gostam. Nesse sentido há necessidades de refletirmos sobre essa prática docente.
Para que esse conceito de reflexão na formação de professores seja alcançado por todos, é necessário criar condições de trabalho em equipe entre discente. Sendo assim isso sugere que a escola deve criar espaço para seu crescimento. Além de bons salários e de formação adequada é preciso garantir uma gestão escolar competente, onde acabe com o isolamento da sala de aula.
A legitimidade da formação dos professores é colocada em pratica em espaços destinados para esse fim. Trata-se de espaços externos da escola, em tempos o efetivo trabalho do professor ultrapassa os limites da sala de aula. Nessa mesma linha de pensamento, a formação dos professores é questionada e colocada à prova sempre que surge um novo método ou uma nova política imposta pelo Estado. 
Nesse contexto a consequência mais imediata e a que o professor é constantemente submetido a cursos de capacitação para aprimorar e reavaliar seus saberes.
REFERÊNCIAS
BOLIVAR, A. (2006). La identidad profesional del profesorado de secundaria: crisis y reconstrucción. Málaga: Aljibe.
BRASIL, Lei de Diretrizes e B. Lei nº 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996.
IMBERNÓN, Francisco. Formação docente e profissional: formar-se para a mudança e incerteza. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2006.
LOPES, Marina. Desafios e caminhos para a formação de professores no Brasil. Disponivel em: <http://porvir.org/desafios-caminhos-para-formacao-de-professores-brasil>. Acesso em: 05 jun. 2018.
LOPES, Noêmia. Francisco Imbernón fala sobre caminhos para melhorar a formação continuada de professores. Disponível em: <https://gestaoescolar.org.br/conteudo/456/francisco-imbernon-fala-sobre-caminhos-para-melhorar-a-formacao-continuada-de-professores>. Acesso em: 12 jun. 2018.
NÓVOA, António (org.). Vidas de professores. 2a ed. Porto: Porto Editora, 2000.
PAPI, Silmara de Oliveira Gomes; MARTINS, Pura Lúcia Oliver. As Pesquisas Sobre Professores Iniciantes: Algumas Aproximações. Educação em Revista; Volume.26; Número 03; Belo Horizonte, 2010.
PIMENTA, S.G.; GHEDIN, E. (Org). Professor Reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um conceito. São Paulo: Cortez, 2002.
SCHÖN, D. Educando o profissional reflexivo: um novo design para o ensino e a aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.

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