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AULAS_DIREITO TRIBUTÁRIO

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DIREITO TRIBUTÁRIO 
Marcelo Rosa 
 
AULA 02 – 10/08/17 
Normas Básicas: 
 - Código Tributário Nacional 
 - Constituição Federal 
- Natureza Jurídica CTN: 
 - Formalmente – Lei Ordinária 
 - Materialmente – Lei Complementar (matéria tratada a qual a CF exige ser lei complementar) 
- Características: 
 - norma nacional irradiando seus efeitos todo território nacional todos os entes; 
 - não se pode ter normas municipais, estaduais, DF ou da união que contrariem o código; 
 - principal norma de direito tributário; 
* art. 146, III, CF – cabe a lei complementar estabelecer normas gerais em matéria tributária; 
- Livro I – STN 
- Livro II – Normas Gerais 
* conflito aparente entre a CF (arts. 145, 146) e o CTN (lei 5.172/66) em estabelecer normas gerais e dispor 
sobre o sistema tributário nacional; 
* O CTN foi recepcionado pela CF/88 com status de lei complementar; 
* Arts. 151 e 170A constituídos por lei complementar; 
 
TRIBUTO 
Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, 
que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa 
plenamente vinculada. 
 
Características: para que algo possa ser considerado tributo tem que contemplar todas as características 
abaixo: 
 I – pecuniária (dinheiro); 
 II – Compulsória (obrigatória); 
 III – Não constitua sanção de (multa) ato ilícito; multa não é tributo 
 IV – Legalidade – só pode ser instituído em lei; 
 V – cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculado; 
Exemplos: 
 - IRRF, IPVA, propriedade imóvel e renda. 
Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria. 
 
 
 
Todas as espécies carregam as características do gênero 
 
TRIBUTO 
GÊNERO 
IMPOSTOS, TAXAS e CONTRIBUIÇÕES 
ESPÉCIE 
ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS 
 
 X 
 
 
 
- Características: 
 I – Vinculação; 
 II – destinação e; 
 III – restituição. 
- Critérios diferenciadores das espécies tributárias: 
- Vinculação: existência ou não de uma contraprestação estatal determinada em favor do 
contribuinte e contribuinte percebe a contraprestação; 
 “o que o estado faz por mim” 
- Destinação: permite identificar o destino dado ao produto da arrecadação tributária; 
“pra onde o dinheiro vai” 
- Restituição: devolução do valor pago a título de tributo; 
“eu pago e depois o Estado me devolve“ 
* devolução integral, em dinheiro, integralizada e, em parcela única. 
- Bibliografia: 
 - clássicos: 
 - Roque Antônio Carrazza – Direito Constitucional Tributário 
 - Hugo de Brito Machado – Curso Direito Tributário 
 - Contemporâneos: 
 - Regina Helena Costa – Curso de Direito Tributário 
 - Eduardo de Moraes Sabbag – Manuel de Direito tributário 
 - Modernos: 
 - Ricardo Alexandre – Direito Tributário Esquematizado 
 - Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo – Direito Tributário Descomplicado 
 
AULA 03 – 17/08/17 
Espécies tributárias: 
I) – IMPOSTO: espécie tributária mais importante. Representa receitas livres não havendo vinculação ou 
destinação do produto de sua arrecadação, conforme art. 16 do CTN e art. 145, I, CF/88. 
Art. 16, CTN. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente 
de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte. 
 
Art. 145, CF. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes 
tributos: 
I – impostos; 
 
 
TEORIA 
TRIPARTITE 
(Impostos, taxas, contribuições) 
TEORIA 
QUINPARTITE 
Impostos, taxas, contribuições de 
melhoria, empréstimos compulsórios (art. 
148, CF), contribuições gerais (art. 149, 
CF) 
- As unidades federativas (União, Estados e Municípios e D. Federal) através de Lei orçamentária definirá a 
destinação dos recursos oriundos da arrecadação dos impostos; 
* Exceção: em relação a esses dois setores (saúde, educação) o legislador admitiu a vincular e destinar os 
recursos tendo em vista a importância destes setores para a coletividade. 
- setores: saúde, educação e administração tributária (conjunto de medidas voltadas para a 
arrecadação e fiscalização de tributos) 
Art. 167, CF. São vedados: 
IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do 
produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de recursos 
para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino e para 
realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos 
arts. 198, § 2º; 212; e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação 
de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo; (Redação dada 
pela EC n. 42/2003) 
 
II) – TAXAS: são vinculadas e possuem uma destinação (contraprestação estatal) específica do produto de 
sua arrecadação. No momento do pagamento da taxa o contribuinte sabe qual será aplicada e não serão 
restituídas. 
Art. 145, CF. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes 
tributos: 
II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, 
de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua 
disposição; 
 
 poder de polícia 
 - TAXAS CONTRAPRESTAÇÃO ESTATAL 
 serviço público 
 
- Poder de polícia: fiscalização que o Estado exerce em nome de alguns bens jurídicos a serem tutelados 
conforme art. 78 do Código Tributário Nacional. 
Art, 78, CTN “Considera-se Poder de Polícia a atividade da administração pública que, limitando ou 
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão 
de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da 
produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou 
autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos 
individuais ou coletivos”. 
 
- Ex: cobrança de taxas cartorárias; pagamento de habite-se; taxa de embarque no aeroporto; 
 
- Serviço Público: realização imaterial e onerosa do Estado em favor de uma coletividade, considerados 
específico e divisível. 
Art. 79, CTN. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se: 
I - utilizados pelo contribuinte: 
a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título; 
b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição 
mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento; 
II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de 
utilidade, ou de necessidades públicas; 
III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos 
seus usuários. 
 - específico: identificar quem é beneficiado com a prestação do serviço; subjetivo 
 - divisível: identificar quanto cada um foi beneficiado; quantitativo 
- Ex: taxa de saneamento básico; 
* iluminação pública (súmula 670 STF) tornou inconstitucional a cobrança da taxa pois não se 
consegue mensurar o quantum cada indivíduo consome de energia. Ademais, o art. 149-A da 
constituição instituiu o COSIP contribuição para o custeio da iluminação pública que acabou 
autorizando a cobrança do tributo que substituiu a taxa; 
Art. 149-A, CF. Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das 
respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, 
I e III. (Incluído pela EC n. 39/2002) Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que 
se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica. (Incluído pela EC n. 39/2002) 
 
- utilização do serviço público: pode ser efetiva ou potencial 
 - efetiva: utilização real; 
- potencial: mera disponibilização do serviço pela administração públicapois caracteriza-se 
uma utilização potencial; 
II) – CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA: da mesma forma das taxas, são vinculadas e possuem uma destinação 
(contraprestação estatal) específica do produto de usa arrecadação. O que os diferencia é que na 
contraprestação do serviço pelo Estado a Taxa é uma prestação de serviço e a Contribuição de Melhoria é 
uma obra pública. Sendo a Contribuição de Melhoria uma realização material e onerosa em favor da 
coletividade, não sendo restituível. 
Art. 81, CTN. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal 
ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo 
de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa 
realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel 
beneficiado. 
 
Art. 145, CF. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes 
tributos: 
III – contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. 
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a 
capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente 
para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e 
nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. 
§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. 
 
- Requisitos: cumulativos 
 - obra pública; 
 - melhoria; 
 - valorização 
* Apenas as obras públicas são capazes de oferecer uma melhoria para a população e em virtude dessa 
melhoria resultar uma valorização de imóveis. 
- Ex: pavimentação asfáltica de uma via pública; 
- Limites para cobrança: regulamentado pelo decreto 1965/67 
 - Total: é o valor da obra; 
 - Individual: é a valorização de cada imóvel; 
* a soma dos limites individuais não poderá ultrapassar o limite total; 
 
IV) – EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO: a restituição é uma característica exclusiva dos empréstimos 
compulsórios. Portanto, é a única modalidade de tributo restituível . 
Art. 148, CF. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: 
I – para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra 
externa ou sua iminência; 
II – no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, 
observado o disposto no art. 150, III, b. 
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será 
vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. 
 
- Origem: possibilidades 
 - calamidade pública; 
 - guerra externa ou eminência; 
 - investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional; 
- Vinculação e destinação: previsto no parágrafo único do art. 148, CF. 
 
IV-A) IEG (art. 154, II, CF): Imposto Extraordinário de Guerra 
Art. 154, CF. A União poderá instituir: 
 II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou 
não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas 
de sua criação. 
 
- o IEG não será restituído; 
- traço comum entre o Empréstimo Compulsório e o IEG: ambos podem ser instituídos no caso de guerra; 
- a característica de cada imposto deverá ser observada: Diferentemente do Empréstimo Compulsório o IEG 
não é restituível; 
 
AULA 04 – 24/08/17 
Espécies tributárias: continuação... 
V) – CONTRIBUIÇÕES GERAIS: 
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no 
domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento 
de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem 
prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. 
 
* espécie tributária que mais arrecada no Brasil a partir de 2002 e que não consegue bancar as despesas 
para as quais foram criadas; 
- Característica: 
- destinação específica da arrecadação tributária: quando criada é com o intuito de investimento 
específico; 
- Setores destinatários (beneficiados): 
 - contribuições sociais: a seguridade social previsto no art. 194, CF; 
Art. 194, CF. A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos 
Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência 
e à assistência social. 
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com 
base nos seguintes objetivos: 
 
1) seguridade social: representa um conjunto de medidas estatais voltadas para saúde, previdência e 
assistência social, significando a promoção destas áreas destinadas. 
* LOAS – Lei Orgânica de Assistência Social – benefício para as pessoas desamparadas que não 
contribuíram para a previdência; 
 - a seguridade social tem como meio de fomento as fontes de custeio; 
- Fontes de custeio da Seguridade Social: art. 195, CF 
 - empregados; 
- empregadores; 
 - a folha de salário, 
 - a receita ou faturamento; 
 - o lucro. 
- concursos de prognósticos – loterias regulamentadas pelo poder público; 
- importador de bens e serviços; 
* art. 194, §4º, CF: em caso de desequilíbrio entre a seguridade social e as fontes de custeios; 
§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da 
seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I. 
 
 Ex: a criação da CPMF no governo FHC 
 2) Interventivas – CIDE: Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico 
Art. 177, §4º, II, CF 
Art. 177. Constituem monopólio da União: 
§ 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de 
importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool 
combustível deverá atender aos seguintes requisitos: 
II - os recursos arrecadados serão destinados: 
a) ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, gás natural e seus 
derivados e derivados de petróleo; 
b) ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do 
gás; 
c) ao financiamento de programas de infra-estrutura de transportes. 
 
3) Corporativas – gerar recursos para as autarquias responsáveis pela fiscalização de 
seguimentos profissionais. 
Obs: 
- OAB: 
- a contribuição não é considerada tributo 
- não tem destinação específica 
- não é fiscalizada pelo tribunal de contas 
 - Contribuição corporativa 
 - não tributo por não ser compulsório; 
 - Contribuição Sistema “S” 
 - é tributo 
 - CPMF: 
 - é tributo 
 
* Ônus não tributários: 
- Preço público / Tarifa: quando é celebrado um contrato com o poder público; 
- não é tributo pois não é compulsório. 
- 
 - contrato celebrado com Adm. Direta – paga-se preço público 
 - contrato celebrado com Adm. Indireta – paga-se tarifa 
 - Pedágio: previsto no art. 150, V,CF: 
 - não é tributo pela ausência de compulsoriedade; 
 
* Súmula 545 STF: Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas, diferentemente 
daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança condicionada à prévia autorização orçamentária, em 
relação à lei que as instituiu. 
 
COMPETÊNCIA: é a aptidão para criar tributos em abstrato, por meio de lei, com todos os elementos 
essenciais (hipótese de incidência, sujeito ativo, sujeito passivo, base de cálculo, alíquota). Abrange 
também a aptidão para aumentar, parcelar, diminuir, isentar, modificar, perdoar tributos e etc. (princípio 
de que quem pode o menos pode o mais). 
- Origem: Constituição Federal 
- Titularidade: os entes federativo – Adm. Pública direta 
- Atribuições: criar, aumentar, fiscalizare arrecadar tributos 
- Características: A competência tributária é privativa; incaducável; de exercício facultativo; inampliável; 
irrenunciável; e indelegável. 
- Indelegabilidade: Cada pessoa política tem a sua própria competência tributária e esta não pode ser 
traslada nem mesmo por meio de lei. Se as pessoas tributam por delegação constitucional não podem 
delegar aquilo que já lhes foi delegado. O artigo 7º do Código Tributário Nacional prescreve que a 
competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou 
de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativas em matéria tributária. Assim, diferentemente, 
a capacidade tributária ativa é delegável. 
- Incaducabilidade: A competência tributária não tem prazo para ser realizada, pois trata-se de 
competência legislativa e não há prazo para esta ser exercida. Assim, se a competência para legislar sobre 
qualquer assunto é incaducável, para legislar sobre direito tributário também é. Ex: Não caduca o direito 
de criar o imposto sobre grandes fortunas. A capacidade tributária ativa prescreve em 5 anos. 
- Irrenunciabilidade: ao contrário, estabelece que" a pessoa política detentora da competência tributária 
não poderá renunciar a ela, no todo ou em parte " 
- Facultatividade: A pessoa política não é obrigada a exaurir a sua competência. A competência tributária 
não é “res nullius” (coisa de ninguém), mas sim privativa, indelegável e de exercício facultativo. Não-
exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a 
que a Constituição tenha atribuído” - art. 8º do CTN. Assim, não é porque deixou de criar que outra pessoa 
política pode tratar do assunto. 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10591016/artigo-7-da-lei-n-5172-de-25-de-outubro-de-1966
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984008/c%C3%B3digo-tribut%C3%A1rio-nacional-lei-5172-66
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10590823/artigo-8-da-lei-n-5172-de-25-de-outubro-de-1966
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984008/c%C3%B3digo-tribut%C3%A1rio-nacional-lei-5172-66
§ Exceção: A competência para criar ICMS é de exercício obrigatório. Este tem características essências e 
um caráter uniforme (Ex: isenções de ICMS dependem de convênios entre Estados). Segundo o 
artigo 11 da Lei complementar 101/00, a competência tributária é obrigatória. 
- Modalidades: 
- Comum: aquela que é outorgada a qualquer dos entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios). 
 - Exclusiva: é aquela outorgada a um único ente federativo 
- Cumulativa: quando o mesmo ente federativo acumula mais de uma competência; Ex: DF detêm a 
competência municipal e Estadual. Art. 147, CF 
- Extraordinária: é uma competência fora do comum para atender situações excepcionais. Ex: IEG – 
Imposto Extraordinário de Guerra. 
- Residual: art. 154, I – é aquela que não estava previamente prevista na Constituição mas que o legislador 
conferiu a união o poder de tributar. 
Art. 154. A União poderá instituir: 
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-
cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta 
Constituição; 
 
FINALIDADE DO TRIBUTO 
Classificação: 
 - Fiscalidade: é aquele que é instituído com uma única finalidade – arrecadar; 
- Extrafiscalidade: são tributos que quando criados tem papel regulatório da ordem econômica – 
finalidade política, econômica e social; Ex: CIDE; Impostos sobre Importação 
- Parafiscalidade: ocorre quando há a delegação de capacidade tributária, ou seja, quando o ente 
que tem a competência( união), repassa sua capacidade para um terceiro(INSS). Ex: União repassa 
ao INSS a capacidade de arrecadar e fiscalizar. 
 CONSEQUÊNCIA DAS COMPETÊNCIAS TRIBUTÁRIAS 
 - Bitributação: é quando dois entes federativos distintos tributam uma mesma situação: Ex: 
- Bis in idem: “duas vezes a mesma coisa” cobrança de um tributo mais de uma vez dentro de uma 
periodicidade. Ex: cobrar o IPTU duas vezes no mesmo ano. 
CAPACIDADE TRIBUTÁRIA: 
- Origem: Lei infraconstitucional 
- Titularidade: Administração pública indireta 
- Atribuições: apenas a fiscalização e a arrecadação de tributos 
- Características: 
 - delegável: 
 
AULA 05 – 28/09/17 
FATO GERADOR (art. 114, CTN) 
1. Impostos Federais (art. 153, CF) 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11249670/artigo-11-lc-n-101-de-04-de-maio-de-2000
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/102628/lei-de-responsabilidade-fiscal-lei-complementar-101-00
1.1 Imposto Importação (I.I) e Exportação (I.E.): 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
I - importação de produtos estrangeiros; 
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; 
 
- SISCOMEX: Sistema Informatizado de Comércio Exterior: o seu registro é o que caracteriza a importação e 
exportação; 
1.2 IR – Imposto de Renda 
- Fato Gerador: auferir renda. 
- O que é renda? Toda mutação(mudança) patrimonial, inédita, não indenizatória e que resulte em um 
acréscimo. Ex: salário 
Obs: compro um carro no valor de 50.000 com dinheiro que juntei fruto do meu salário. Passado um ano 
vendo esse carro 
1.3 IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados 
- Fato Gerador: Industrializar 
- O que é industrializar: representa industrializar a alteração do estado físico da matéria ou o seu mero 
aperfeiçoamento para o consumo. 
1.4 IOF – Imposto sobre Operações Financeiras 
- Fato Gerador: realizar operações financeiras 
- Quais Operações financeiras? 
 - Crédito: Cartões, empréstimos, 
 - Câmbio: compra e venda de moeda estrangeira 
 - Seguro: de vida, do carro 
 - Valores: negociações de títulos nas bolsas 
 - Ouro: utilizado como ativo financeiro 
1.5 IGF – Imposto sobre Grandes Fortunas 
- Fato Gerador: indeterminado 
1.6 ITR – Imposto Territorial Rural 
* nos impostos federais a tributação e padrão para qualquer Estado Federativo. 
 
2. Impostos Estaduais (art. 155, CF) 
2.1 ITCD – Imposto sobre Causa Mortis ou Doação de qualquer bem ou direito a qualquer título 
- Fato Gerador: transmitir bens através da morte ou da doação; 
 - pode incidir sobre bens móveis, imóveis, direitos e valores 
2.2 IPVA – Imposto sobre a Propriedade Veículos Automotores 
- Fato gerador: ser proprietário de veículo automotor; 
2.3 ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de transporte e comunicação: 
- Fato Gerador: Circulação de Mercadorias: 
- O que é Circulação de Mercadoria? é a transferência onerosa da propriedade móvel que constitua um bem 
apto à pratica da mercancia (práticas de comércio); 
 
3. Impostos Municipais – art. 156, CF) 
3.1 ISS – Imposto Sobre Serviço 
 - Regra: todo serviços é tributado pelo município 
 - Exceção: Transporte e comunicação 
 - Transporte: somente os entre Estados e Municípios – bens, pessoas ou animais; 
 Ex: transporte intra municipal (dentro do município - ISS); 
 Ex: transporte inter municipal ( entre município – ICMS); 
 Ex: transporte inter estadual ( entre estados ICMS); 
 - Comunicação: 
 Ex: comunicação telefônica, visual – ICMS; 
 Ex: Energia – ICMS; 
 - Quais serviços são tributados pelo ISS? LC 116/03 
- Qual município é competente para tributar? O domicílio do prestador ou onde efetivamente o serviço e 
prestado? 
- STF: através de jurisprudência decidiu que o fato gerador do ISS ocorrerá onde efetivamente ocorre 
a prestação de serviço. 
3.2 ITBI – Imposto sobre a Transmissão onerosa de Bens Imóveis – compra e venda de imóvel 
- Fato Gerador: transmitir o imóvel – é controverso porque paga-se o tributo antes do fato gerador. 
3.3 IPTU – Imposto Predial e Territorial Urbano 
- art. 32 CTN define o que é imóvel urbano; 
- para o STF para fins tributários,o que é importante para a sua tributação, á a sua localização e não a 
atividade por ele realizada. 
 
LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAL DO PODER DE TRIBUTAR (art. 150, CF) 
- Princípio limitadores do poder de Tributar: 
1. Princípio da Legalidade (art. 150, I, CF): 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; 
 
- Exceções: 
 1. art. 62, §2º, CF 
art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas 
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional. 
§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos 
nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver 
sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada. 
 
 
 2. art. 153, I, CF 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: 
§ 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, 
alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisos I, II, IV e V. 
I - importação de produtos estrangeiros; 
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados; 
III - renda e proventos de qualquer natureza; 
IV - produtos industrializados; 
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários; 
 
 3. art. 177, §4º, I, “b”, CF 
Art. 177. Constituem monopólio da União: 
§ 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de 
importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool 
combustível deverá atender aos seguintes requisitos: 
I - a alíquota da contribuição poderá ser: 
b) ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás; 
 
 4. art. 155,§4º,IV, “c”, CF: 
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 
§ 4º Na hipótese do inciso XII, h, observar-se-á o seguinte: 
IV - as alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação dos Estados e Distrito Federal, 
nos termos do § 2º, XII, g, observando-se o seguinte: 
 
2. Princípio da Igualdade – art. 150, II, CF/88. 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
II – instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, 
proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, 
independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; 
 
* Princípio da Uniformidade geográfica – art. 151, I, CF/88 
 
Art. 151. É vedado à União: 
I – instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção 
ou preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, 
admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do 
desenvolvimento socioeconômico entre as diferentes regiões do País; 
 
3. Princípio da Capacidade Contributiva – art. 145, §1º, CF/88 
 
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes 
tributos: 
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a 
capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para 
conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos 
da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. 
 
* grandezas que o legislador vai verificar para definir a capacidade contributiva: 
- patrimônio, Renda e Serviço (presta ou contrata) 
- Capacidade contributiva: 
- 
 
 
 
 
4. Princípio do Não Confisco tributário – art. 150, IV, CF/88 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
IV – utilizar tributo com efeito de confisco; 
 
- aplica-se a multas tributárias? Segundo entendimento doutrinário do STF o princípio do Não Confisco 
poderá ser aplicado às multas tributárias. 
 
5. Princípio da Irretroatividade – art. 150, III, “a”, CF/88 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
III – cobrar tributos: 
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver 
instituído ou aumentado; 
 
- somente as situações presentes e futuras poderão tributadas; 
- art. 106, CTN, prevê a possibilidade de retroatividade de multas benéficas; 
Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito: 
I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de 
penalidade à infração dos dispositivos interpretados; 
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado: 
a) quando deixe de defini-lo como infração; 
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde 
que não tenha sido fraudulento e não tenha implicado em falta de pagamento de tributo; 
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua 
prática. 
 
6. Princípio da Anterioridade ou Não Surpresa Tributária – art. 150, III, “b e c”, CF/88 
 - essência: evitar que o contribuinte seja surpreendido com aumento de tributos. 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: 
III – cobrar tributos: 
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou 
aumentou; 
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu 
ou aumentou, observado o disposto na alínea b; (Incluída pela EC n. 42/2003) 
 
 * Exceções à Anterioridade: Anual / 1ª parte 
 a) art. 150,§1º, CF 
 b) art. 153, CF I.I. ; I.E.; I.P.I.; I.O.F. 
 c) art. 148, I, CF E.C. 
 d) art. 154, II, CF IEG 
 e) art. 155, §4º, IV, “c”, CF 
 f) art. 177, §4º, I, “b”, CF 
 
 
 
 
* Exceções à Anterioridade: Nonagesimal / 2ª parte 
 a) art. 150,§1º, CF 
CID – Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico 
ICMS – Imposto Circulação de Mercadorias e Serviços 
“RESTABELECER” 
 b) art. 153, CF I.I. ; I.E.; I.R.; I.O.F. 
 c) art. 148, I, CF E.C. 
 d) art. 154, II, CF IEG 
 e) IPTU / IPVA 
 
 
 
 
- Se o que legislador fizer for fixação da base de cálculo do IPTU ou IPVA não deverá respeitar os noventa dias para sua aplicação, se for 
fixar nova alíquota dos impostos aí sim deverá ser respeitada a nonagésima. 
 
* Contribuições Sociais – art. 195, §6º 
- é submetida a um prazo próprio sempre de noventa dias. 
 
EXCEÇÃO AO PRINCÍPIO DA 
ANTERIORIDADE 
ANUAL NONAGÉSIMA 
IMPOSTOS 
Importação e Exportação – II e IE 
IPI e IOF; Empréstimo 
Compulsório - EC; Imposto 
Extraordinário de Guerra - IEG 
Importação e Exportação – II e IE 
IR e IOF; Empréstimo 
Compulsório - EC; Imposto 
Extraordinário de Guerra – IEG 
IPTU e IPVA 
Base de Cálculo 
Não se respeita a nonagésima 
Alíquota 
Respeita-se a nonagésima 
 
1) em caso de criação de tributo a utilização do princípio da anterioridade aplica-se as duas alíneas “b” e “c” 
do art. 150, III, CF prevalecendo a que oferecer o maior prazo para o contribuinte. 
2) Tributos que não se aplicam o princípio da Anterioridade aos tributos emergenciais e regulatórios: 
- Calamidade pública, IEG, II, IE, IPI, IOF 
 
PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS – IPI; IR e ICMS 
1. Da Não-Comulatividade: técnica de tributação para desonerar o consumidor final de produtos, bens ou 
serviços e consiste em deduzir o valor que foi pago na primeira operação no valor que é devido nas próximas 
operações.- art. 153, §3º, II, CF IPI 
 - art. 155, §2º, I, CF ICMS 
 
2. Da Seletividade em Função da Essencialidade: tem como objetivo permitir que o cidadão tenha acesso 
aos produtos, bens e serviços essenciais a coletividade. 
 - Ex: produtos da cesta-básica; - quanto mais necessário – menor a tributação; 
- Ex: Cigarros, Bebidas; - quanto menos necessário – maior a tributação 
 - art. 153, §3º, I, CF IPI 
 - art. 155, §2º, III, CF ICMS 
3. Generalidade; Universalidade e Progressividade: aplicáveis ao imposto de renda. Sendo que qualquer 
pessoal que auferir renda será tributada pelo IR (generalidade); Todo universo de rendas é tributável pelo IR 
BASE DE CÁLCULO – NÃO SE RESPEITA A NONAGÉSIMA 
ALÍQUOTA – RESPEITA-SE A NONAGÉSIMA 
independentemente de sua origem, mesmo que ilícita (universalidade); Quem ganha mais para mais e quem 
ganha menos paga menos (progressividade) 
 - art. 153, §2º, I, CF 
 
IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS 
- art. 150,VI, CF 
- enquanto os PRINCÍPIOS regulam a forma pela qual a tributação (impostos) ocorrerá. Já as IMUNIDADES 
proíbem constitucionalmente à tributação (impostos). Serve para resguardar direitos fundamentais; 
a) Imunidade recíproca: (patrimônio, renda ou serviços): os entes federativos não podem cobrar impostos 
um dos outros; 
 - Ex: o Estado não pode cobrar IPVA dos veículos do Município; 
- art. 150, §2º, CF, estendeu essa imunidade para fundações e autarquias instituídas e mantidas pelo poder 
público. 
- art. 173, §2º, CF, empresas públicas e sociedades de economia mista não gozam de privilégios fiscais 
(imunidade) não extensivos às do setor privado, com exceção das que exercem monopólio (Correios); 
- Bem tutelado: Pacto federativo 
b) Templos de qualquer Culto: 
 - desde que regularmente constituído – CNPJ; 
 - manter-se vinculado às suas finalidades essenciais, direta ou indiretamente; 
- súmula 724 – proveito econômico revertido/vinculado a sua atividade essencial não incide IR; 
- bem tutelado: liberdade religiosa, de crença; 
c) Partidos políticos, sindicatos de trabalhadores, entidades educacionais e assistenciais sem fins 
lucrativos: 
 - desde que regularmente constituído – CNPJ; 
 - manter-se vinculado às suas finalidades essenciais, direta ou indiretamente; art. 150, §4º, CF 
- Bens tutelados: liberdade de partidária (art. 17, CF); liberdade de associação (art. 8º, CF); liberdade à 
assistência social e a Educação (art. 6º, CF); 
* entidade sem fim lucrativo – art. 14 CTN trás 3 requisitos cumulativo para ser consideradas imunes 
tributariamente: 
 - não pode haver divisão dos lucros entre os sócios; 
 - tudo que for arrecado deverá ser aplicado no país e na própria entidade; 
 - manter a regularidade de sua escrita contábil; 
d) Imunidade dos livros, Jornais, periódicos e papel: 
 - a imunidade existe na produção; 
 - a obra deve atender 3 requisitos para ter imunidade tributária: 
 1) despertar o interesse social; 
 2) agregar conhecimento intelectual; 
 3) respeitar moral e bons costumes 
 
e) CD’s e DVD’s: nacionais ou interpretados por artistas nacionais (fonograma ou videofonograma) 
 - a imunidade existe na produção - 
- bem jurídico tutelado: liberdade de expressão e o acesso a cultura 
 
ISENÇÃO TRIBUTÁRIA 
- traço comum entre a imunidade e a isenção: não há exigência de impostos; 
IMUNIDADE ISENÇÃO 
Origem constitucional Origem é a Lei (norma infraconstitucional) 
Proibição de tributar constitucional Proibição de tributar legal 
Objetivo: resguardar direitos fundamentais 
Objetivo: conceder incentivo/benefício fiscal 
* Os incentivos devem ser controlados desde que 
não comprometa a arrecadação do ente 
federativo; 
São irrevogáveis – cláusulas pétreas São revogáveis 
 
* só pode isentar tributos quem tem a competência de tributar. 
- Modalidade de Isenção: 
1) Objetiva / Subjetiva: 
 - Objetiva: quando ela for concedida/condicionada ao objeto tributado; 
 - Subjetiva: é aquela direcionada a um sujeito, uma pessoa; 
2) Condicional / Incondicional: 
 - Condicional: o beneficiário tem que satisfazer alguma condição; 
 - Incondicional: outorgada a todo e qualquer contribuinte não há condição a satisfazer; 
3) Permanente / Temporária: 
 - Permanente: a lei vigente não estipulará prazo 
 - Temporária ou transitória: a lei fixará o prazo; 
4) Onerosa / Gratuita: 
 - Onerosa: ela é condicional, assume-se um ônus; 
- assumido o ônus por prazo estabelecido adquiri-se o direito em favor do mesmo. 
 - Gratuita: 
5) Geral / Individual: 
 - Geral: independe de requerimento do contribuinte; 
 - individual: depende do requerimento do contribuinte; 
 
- Alíquota 0%: 
- Representada a supressão do critério dimensionador do tributo; aqui a tributação existe aplicando-
se a alíquota zero. 
- Hipótese de não incidência: 
 - é a ausência de previsão legal de um determinado fato gerador; 
* Ponto comum: não há pagamento de tributo; 
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA 
- Aspectos: 
- objetivo (art. 113, CTN): quando se analisa o objeto 
- principal: terá A obrigação é principal quando o contribuinte tem por prestação (por dever) o 
pagamento de tributo ou penalidade pecuniária (multa em dinheiro). 
- A obrigação tributária principal surge com a ocorrência do fato gerador e extingue-se juntamente 
com o crédito tributário dela decorrente (artigo 113, § 1, do CTN). Exemplo: fato gerador - circulação 
de mercadorias, sujeita ao ICMS. 
- A obrigação principal somente se extingue com o pagamento (recolhimento) do valor integral 
devido. Se for recolhido parcialmente, não se considera extinto. 
 
- acessória: obrigação é acessória quando, por força de lei, a prestação a ser cumprida é a de fazer 
ou não fazer alguma coisa, ou permitir que ela seja feita pelo Fisco, tudo no interesse da arrecadação 
ou da fiscalização dos tributos (artigo 113, § 2, do CTN). 
Exemplo: escrituração das operações de circulação de mercadoria (notas fiscais), sujeitas ao ICMS, e 
apuração do respectivo saldo devedor (ou credor) nos livros fiscais. 
Ressalve-se que, independentemente de ser exigido ou não o cumprimento de obrigação principal, 
o contribuinte é sempre obrigado a cumprir a obrigação acessória. 
É o caso, por exemplo, de uma venda estar isenta do ICMS, mas de esse fato não desobrigar o 
comerciante a emissão da respectiva Nota Fiscal, acobertando a operação. Ou de se apurar saldo 
credor do ICMS (saldo a favor do contribuinte, onde não haverá recolhimento do imposto). 
- A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal 
relativamente à penalidade pecuniária. § 3º , art. 113, CTN 
 
- subjetivo: 
- ativo (art. 119, CTN): Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da 
competência para exigir o seu cumprimento (administração pública direta e indireta). 
* Art. 120. Salvo disposição de lei em contrário, a pessoa jurídica de direito público, que se 
constituir pelo desmembramento territorial de outra, subroga-se nos direitos desta, cuja legislação 
tributária aplicará até que entre em vigor a sua própria. 
 
 
- passivo (art. 121, CTN): Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento 
de tributo ou penalidade pecuniária. 
- contribuinte: quando tenha relação pessoal e direta com fato gerador; 
- responsável: quando tenha relação indireta com o fato gerador; não se reveste da condição 
de contribuinte. 
- evita inadimplência; 
- viabiliza a fiscalização; 
Características: 
- Capacidade Tributária: (art. 126, CTN) – aptidão para figurar no pólo passivo em uma relação jurídico 
tributária. 
 - a capacidade tributária independe totalmente da capacidade civil da pessoa natural; 
http://www.portaltributario.com.br/guia/icms_livros.html
Art. 126. A capacidade tributária passiva independe: 
I - da capacidade civil das pessoas naturais; 
II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que importem privação ou limitação do 
exercício de atividadescivis, comerciais ou profissionais, ou da administração direta de seus bens 
ou negócios; 
III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída, bastando que configure uma unidade 
econômica ou profissional. 
 
- Solidariedade: 
 - requisitos: 
 1) pluralidade subjetiva; mais de um sujeito 
 2) alternatividade; pode ser cobrada d qualquer um 
 3) ilimitação; pode ser cobrado uma parte de todos ou o todo de um 
- origem: interesse comum as partes na situação que constitui o fato gerador da obrigação principal; 
* Benefício de ordem: é possibilidade de imposição de uma ordem de cobrança, não 
sendo comportada pela solidariedade tributária; 
Art. 124. São solidariamente obrigadas: 
I - as pessoas que tenham interesse comum na situação que constitua o fato gerador da obrigação 
principal; 
II - as pessoas expressamente designadas por lei. 
Parágrafo único. A solidariedade referida neste artigo não comporta benefício de ordem. 
 
 - efeitos: 
 1) o pagamento efetuado por um beneficia os demais; 
2) os benefícios fiscais concedidos a um se estendem aos demais, a não ser que se trate de um 
benefício fiscal personalíssimo; 
 
PROVA: 
- ESPÉCIE DE IMPOSTOS; 
- PRINCÍPIOS 
- IMUNIDADES, ISENÇÃO, OBRIGAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3º Momento 
09/11/17 – aula 1 
RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA 
1. Tipos de Responsabilidade: 
1.1 Responsabilidade por substituição: Na responsabilidade por substituição, o indivíduo que pratica o fato 
gerador jamais chega a ser, realmente, sujeito passivo da obrigação – tendo em vista a existência prévia de 
dispositivo legal, atribuindo a responsabilidade a uma terceira pessoa. Desta forma, diferente do que ocorre 
na responsabilidade por transferência, na responsabilidade por substituição a dívida é – desde sua origem, 
em decorrência de previsão legal – do próprio responsável, muito embora este não tenha realizado o fato 
gerador. 
Além de previsão expressa de lei, é mister, para a caracterização deste tipo de responsabilidade, a existência 
de um liame jurídico, econômico ou contratual entre o contribuinte e o responsável – que, neste caso, 
recebem a denominação de “substituído” e “substituto”, respectivamente. Este último, porém, detém direito 
de regresso imediato em relação ao tributo que eventualmente suportar, independentemente de recorrer 
ao Poder Judiciário ou à Administração Pública. 
1.1.1 Substituição Tributária Progressiva: A substituição tributária progressiva fundamenta-se no 
artigo 150 §7º da Constituição Federal, que estabelece, in verbis: 
"A lei poderá atribuir ao sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo 
pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, 
assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador 
presumido". 
 
Assim, além de seu próprio tributo, o substituto deve arcar, desde já, com o tributo referente ao 
substituído – previamente à própria ocorrência do fato gerador. 
Em regra, esse tipo de substituição “envolve impostos sobre a produção e a circulação, ou seja, 
impostos plurifásicos que incidem sobre várias operações dentro de uma cadeia econômica. Mas 
pode, também, ser aplicado em outras espécies de tributos” (MATTOS, 2005, p. 384). 
ex.: fábrica de ventiladores ou montadora de automóveis) assumirá antecipadamente a 
responsabilidade tributária relativa ao comerciante/varejista (ex.: estabelecimento comercial ou 
concessionária). Entretanto, diferentemente do que possa parecer, o substituto não tem seu 
patrimônio financeiro onerado, tendo em vista que há um ressarcimento por intermédio da nota 
fiscal, através da qual é repassado o ônus financeiro da tributação para o substituído. 
 
1.1.2 Substituição Tributária Regressiva: A substituição tributária regressiva, por sua vez, está 
regrada no artigo 128 do Código Tributário Nacional (já transcrito neste trabalho), 
"A lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a terceira pessoa, 
vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do contribuinte 
ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida obrigação" 
(art. 128, CTN). 
 
e se opera após a ocorrência do fato gerador, não provocando, assim, quaisquer discussões acerca 
de sua constitucionalidade. Neste caso, ocorre basicamente o oposto do que se dá na substituição 
progressiva, ou seja: o pagamento do tributo é efetuado posteriormente à ocorrência do fato 
gerador. 
Nessa espécie de substituição tributária, também conhecida como “diferimento”, “o ressarcimento 
financeiro do substituto se dá imediatamente na nota fiscal, descontando-se do valor da mercadoria 
a ser paga ao substituto, a quantia referente ao tributo recolhido ao Fisco” (MATTOS, 2005, p. 393). 
Para exemplificar a substituição tributária “para trás”, Sérgio Pinto Martins (2006) cita o óleo de soja, 
cujo respectivo ICMS fica diferido para a saída do produto industrializado. 
1.2 Responsabilidade por transferência: A responsabilidade por transferência se dá após a ocorrência do 
fato gerador, em razão de circunstâncias posteriores previstas em lei, provocando uma transferência da 
responsabilidade para um terceiro, podendo o contribuinte permanecer ou não no pólo passivo da obrigação. 
Em outras palavras, “o dever jurídico se transfere, migra, total ou parcialmente, da pessoa do contribuinte 
para o responsável. Há, em verdade, uma sub-rogação” (MATTOS, 2005, p. 382). 
A responsabilidade por transferência pode se dar por sucessão ou imputação legal, conforme será 
demonstrado infra. 
1.2.1 A responsabilidade tributária por transferência: na modalidade de sucessão, pode ocorrer: por 
ato inter vivos, causa mortis, sucessão societária ou sucessão comercial. 
A sucessão por ato inter vivos é regulada pelos artigos 130 e 131, I, do CTN. O primeiro deles aplica-
se aos casos de bens imóveis e determina que: 
Art. 130 "Os créditos tributários relativos a impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o 
domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem assim os relativos a taxas pela prestação de 
serviços referentes a tais bens, ou a contribuições de melhoria, subrogam-se na pessoa dos 
respectivos adquirentes, salvo quando conste do título a prova de sua quitação. 
Parágrafo único. No caso de arrematação em hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o 
respectivo preço". 
 
Assim, se na transcrição do título não constar a prova da quitação ou inexistência do débito (CND), 
este passará a ser de responsabilidade do adquirente do imóvel – salvo se este foi arrematado em 
hasta pública, caso em que a sub-rogação ocorrerá sobre o preço da venda (já que se trata de 
aquisição originária, onde o bem é transferido sem qualquer ônus para o arrematante). 
A sucessão inter vivos de bens móveis, por sua vez, prevista no art. 131, I, CTN, guarda estreita 
semelhança com a de bens imóveis, com a única diferença de não prever exceções à regra de 
transferência, ou seja, em qualquer hipótese, responderá o adquirente pelos ônus tributários de seu 
proprietário anterior. 
Já a sucessão tributária causa mortis encontra previsão legal no artigo 131, incisos II e III, que 
estabelecem, em síntese, duas situações. A primeira delas refere-se aos fatos geradores ocorridos à 
época em que o de cujus ainda era vivo – nesse caso, o espólio será o responsável pelo pagamento 
dos tributos eventualmente devidos, até o limite das forças da herança. A segunda situação gira em 
torno dos fatos geradores ocorridos após a abertura da sucessão, porém, anteriormente à partilha 
– neste caso, os sucessores e o cônjuge meeiro serão responsáveis, na medida das forças da herança, 
pelos débitos tributários contraídos pelo espólio. 
 
 
 1.2.2 No tocante à sucessão societária, dispõe o art. 132 do CTN, in verbis: 
Art. 132. "A pessoa jurídica de direito privado que resultar de fusão, transformação ou 
incorporaçãode outra ou em outra é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas 
pessoas jurídicas de direito privado fusionadas, transformadas ou incorporadas. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos casos de extinção de pessoas jurídicas de 
direito privado, quando a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio 
remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual". 
 
O objetivo principal deste tipo de sucessão é evitar a elisão fiscal, ou seja, “evitar que, através de 
mudança na roupagem societária da empresa, haja uma situação que caracterizaria o não-
pagamento de tributos por meio da utilização de formas jurídicas lícitas, isto é, admitidas em direito” 
(MATTOS, 2005, p. 399). Destarte, determina o dispositivo acima transcrito que a pessoa jurídica de 
direito privado, resultante de eventuais alterações societárias de uma ou mais empresas, será 
responsável pelos débitos tributários originalmente devidos por esta(s), até a data do ato. 
Importante ressaltar que o rol de operações societárias contido no artigo não é considerado 
exaustivo. Assim, além da fusão, da transformação e da incorporação, a mesma regra é aplicável 
também para a cisão – figura ainda inexistente no direito pátrio, à época da edição do Código 
Tributário Nacional. 
1.2.3 A sucessão comercial está prevista no artigo 133 do CTN, que dispõe: 
"A pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo 
de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva 
exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos 
tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato: 
I - integralmente, se o alienante cessar a exploração do comércio, indústria ou atividade; 
II - subsidiariamente com o alienante, se este prosseguir na exploração ou iniciar dentro de seis 
meses a contar da data da alienação, nova atividade no mesmo ou em outro ramo de comércio, 
indústria ou profissão". 
 
Assim, estabelece a lei duas situações distintas: se o alienante cessar a exploração, a 
responsabilidade será integralmente do adquirente (entretanto, não se trata de responsabilidade 
exclusiva, segundo a doutrina majoritária, mas sim de responsabilidade solidária); já se o alienante 
prosseguir na exploração ou iniciar nova atividade comercial dentro de seis meses a contar da data 
da alienação, a responsabilidade do adquirente será meramente subsidiária (ou seja, a obrigação 
será exigida, primeiramente, do alienante). 
1.3 Por Imputação Legal: A responsabilidade tributária por imputação legal – também chamada de 
responsabilidade de terceiros – divide-se em responsabilidade solidária e responsabilidade pessoal. 
1.3.1 Responsabilidade solidária: A responsabilidade solidária fundamenta-se na culpa in vigilando e 
está prevista no artigo 134 do CTN, que dispõe, in verbis: 
Art. 134. "Nos casos de impossibilidade de exigência do cumprimento da obrigação principal pelo 
contribuinte, respondem solidariamente com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões 
de que forem responsáveis: 
I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores; 
II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou curatelados; 
III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por estes; 
IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio; 
V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida ou pelo 
concordatário; 
VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos tributos devidos sobre 
os atos praticados por eles, ou perante eles, em razão do seu ofício; 
VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo só se aplica, em matéria de penalidades, às de caráter 
moratório". 
 
Antes de quaisquer considerações, é mister ressaltar que, embora o próprio artigo do CTN faça 
menção à responsabilidade solidária, a doutrina entende que se trata, na realidade, de 
responsabilidade subsidiária, tendo em vista que, de acordo com o texto legal, os supostos 
devedores solidários só responderão em caso de impossibilidade de ser exigido o cumprimento da 
obrigação principal pelo contribuinte. 
Ademais, “entende-se que os terceiros só responderão pelos tributos devidos pelos contribuintes 
nos casos em que intervierem ou pelas omissões de que forem responsáveis” (MATTOS, 2005, p. 
407). Em outras palavras, é necessário que haja um liame entre o comportamento do terceiro 
responsável e a obrigação tributária, não se aplicando a regra nos demais casos. 
O parágrafo único do artigo acima transcrito contém mandamento um tanto controverso, prevendo 
unicamente a transferência da multa moratória, enquanto se mantém silente a respeito da punitiva 
ou isolada. Neste caso, porém, não é cabível uma interpretação extensiva, devendo-se entender, de 
fato, que apenas a multa pelo inadimplemento do tributo (multa moratória) é transferida, e não a 
multa pelo descumprimento da obrigação de fazer (multa isolada). 
1.4 Responsabilidade por infrações: A responsabilidade tributária por infrações é, em regra, objetiva, tendo 
em vista que o Código Tributário Nacional dispõe, em seu artigo 136, que: “salvo disposição de lei em 
contrário, a responsabilidade por infrações da legislação tributária independe da intenção do agente ou do 
responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato”. 
Tal responsabilidade alcança apenas as infrações de natureza administrativa, culminando na aplicação de 
sanções fiscais (multas) pelo descumprimento de obrigações tributárias. Convém ressaltar que, em casos 
excepcionais, é possível o cancelamento da multa, nas ocasiões em que reste configurada a boa-fé do 
contribuinte. 
O artigo 137, CTN, porém, trata de um tipo diverso de responsabilidade, conforme se percebe, abaixo: 
Art. 137. "A responsabilidade é pessoal ao agente: 
I - quanto às infrações conceituadas por lei como crimes ou contravenções, salvo quando 
praticadas no exercício regular de administração, mandato, função, cargo ou emprego, ou no 
cumprimento de ordem expressa emitida por quem de direito; 
II - quanto às infrações em cuja definição o dolo específico do agente seja elementar; 
III - quanto às infrações que decorram direta e exclusivamente de dolo específico: 
a) das pessoas referidas no artigo 134, contra aquelas por quem respondem; 
b) dos mandatários, prepostos ou empregados, contra seus mandantes, preponentes ou 
empregadores; 
c) dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas jurídicas de direito privado, contra 
estas". 
 
A redação do artigo acima transcrito dá especial relevo à intenção do agente, traduzindo, nitidamente, casos 
de responsabilidade subjetiva que constituem, desta forma, exceções à regra geral previamente exposta. O 
inciso I aborda infrações penais, fazendo menção ao exercício regular que “está relacionado com o elemento 
subjetivo e com a consciência de antijuridicidade do ato” (MATTOS, 2005, p. 415). Esse caráter subjetivo fica 
ainda mais evidente nos demais incisos, que aludem ao dolo específico – afastando, desta forma, o princípio 
geral contido no artigo 136 do CTN. 
Ainda na temática da responsabilidade por infrações, cumpre discorrer acerca da denúncia espontânea, que 
está prevista no artigo 138 do CTN: 
"A responsabilidade é excluída pela denúncia espontânea da infração, acompanhada, se for o caso, 
do pagamento do tributo devido e dos juros de mora, ou do depósito da importância arbitrada 
pela autoridade administrativa, quando o montante do tributo dependa de apuração. 
Parágrafo único. Não se considera espontânea a denúncia apresentada após o início de qualquer 
procedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração". 
 
Trata-se, assim, de situação em que o próprio sujeitopassivo decide reconhecer e confessar a infração por 
ele cometida. Esta confissão, como estabelece o artigo, deve ser espontânea e, evidentemente, anterior ao 
início de qualquer procedimento administrativo ou medida de fiscalização nesse sentido. 
O infrator que confessar espontâneamente será beneficiado com a exclusão das multas administrativas, 
devendo, porém, pagar o tributo devido, de maneira integral e imediata, acrescido de juros e correção 
monetária. 
2. CRÉDITO TRIBUTÁRIO 
2.1 Conceito: Crédito tributário é, em síntese, a obrigação tributária exigível, devidamente lançada e possível 
de cobrança. O crédito tributário decorre da obrigação principal, tendo a mesma natureza desta. 
Art. 140. As circunstâncias que modificam o crédito tributário, sua extensão ou seus efeitos, ou as 
garantias ou os privilégios a ele atribuídos, ou que excluem sua exigibilidade não afetam a 
obrigação tributária que lhe deu origem. 
Art. 141. O crédito tributário regularmente constituído somente se modifica ou extingue, ou tem 
sua exigibilidade suspensa ou excluída, nos casos previstos nesta Lei, fora dos quais não podem ser 
dispensadas, sob pena de responsabilidade funcional na forma da lei, a sua efetivação ou as 
respectivas garantias. 
 
Em suma, podemos simplificar definindo obrigação tributária como correspondendo a obrigação ilíquida do 
direito civil; crédito tributário corresponderia a aludida obrigação já liquidada. O lançamento poderia 
ser comparado ao processo de liquidação. 
Segundo o artigo 142 deste diploma, é de competência privativa da autoridade administrativa constituir o 
crédito tributário através do lançamento. 
Art. 142. Compete privativamente à autoridade administrativa constituir o crédito tributário pelo 
lançamento, assim entendido o procedimento administrativo tendente a verificar a ocorrência do 
fato gerador da obrigação correspondente, determinar a matéria tributável, calcular o montante 
do tributo devido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso, propor a aplicação da penalidade 
cabível. 
Parágrafo único. A atividade administrativa de lançamento é vinculada e obrigatória, sob pena de 
responsabilidade funcional. 
 
2.2 Lançamento: lançamento é um procedimento administrativo, o qual tem por aspiração observar a 
ocorrência do fato gerador da obrigação tributária, determinar a matéria tributável, calcular o quantum de 
tributo devido, apontar o sujeito passivo e, eventualmente, cominar a penalidade aplicável (multas). Assim, 
o lançamento constitui o crédito tributário. 
 
Obs1: art. 144, CTN: O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador da obrigação e rege-se 
pela lei então vigente, ainda que posteriormente modificada ou revogada. 
Obs2: art. 145, CTN (alterabilidade excepcional) – após a notificação do contribuinte, em regra o lançamento 
se torna inalterado, sendo realizado observando-se a lei vigente no momento do fato gerador. 
Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao sujeito passivo só pode ser alterado em virtude 
de: 
I - impugnação do sujeito passivo; 
II - recurso de ofício; 
III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa, nos casos previstos no artigo 149. 
 
MODALIDADES DE LANÇAMENTO TRIBUTÁRIO 
1. Por declaração (art. 147, CTN): e a modalidade típica de tributos em que a Fazenda Pública não 
tem condição de identificar a ocorrência do fato gerador. É preciso que o sujeito passivo 
identifique (declare) a ocorrência do fato gerador e com base nessa declaração a Fazenda Pública 
realiza o lançamento do crédito tributário. Ex: Impostos de Importação e Exportação 
2. De ofício (art. 149, CTN): a própria Fazenda Pública é capaz de identificar a ocorrência do fato 
gerador, calcula o tributo devido e o contribuinte realiza o pagamento. Ex: IPVA, IPTU, Taxas; 
- Lançamento de Ofício Revisional ou Complementar: é aquele realizado quando a Fazenda 
Pública identifica uma falha no lançamento por declaração. 
3. Por homologação (art. 150, CTN): similar ao lançamento por declaração onde a fazenda não tem 
condição de identificar a ocorrência do fato gerador ficando dependente de uma declaração do 
contribuinte. A diferença é que na modalidade por homologação a responsabilidade de realizar 
o cálculo e a liquidação da obrigação é do contribuinte. Realizado isto é feito o pagamento do 
crédito pelo contribuinte e sua posterior homologação pela Fazenda Pública. 
- Declaração Inidônea a respeito do fato gerador: declaração em que o contribuinte presta a 
Fazenda Pública que não condiz com a verdade dos fatos por ele realizado. 
 
SUSPENSÃO DA EXIGIBILIDADE DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO (Art. 151, CTN) 
Entenda as cinco hipóteses de suspensão do crédito tributário 
 
Depois de constituído o crédito tributário, por meio do competente lançamento, este passa a ser exigível, 
passível de inscrição em dívida ativa e executável. Todavia, pode o crédito tributário - devidamente 
constituído – ter sua exigibilidade suspensa nos termos do artigo 151 do Código Tributário Nacional. 
Suspender, grosso modo, significa paralisar momentaneamente e depois retomar de onde parou. Destarte, 
a causa suspensiva da exigibilidade do crédito é passageira e não induz a recontagem. É, pois, diferente da 
interrupção, uma vez que nesta - quando cessada causa interruptiva – a contagem reiniciará do zero. 
 
I – MORATÓRIA: A moratória está prevista nos artigos 152 a 155 do CTN e, nas palavras de COSTA (2015), “é 
a prorrogação do prazo ou a outorga de novo prazo, se já findo o original, para o cumprimento da obrigação 
principal.” 
Por se tratar de prorrogação para o cumprimento da obrigação principal, a moratória depende, 
necessariamente, de lei (questão de ordem pública que dificulte ou possibilite o pagamento do tributo 
devido), nos termos do artigo 152 do CTN: 
VI - PARCELAMENTO: Tal como ocorre com a moratória, somente pode ser concedido o parcelamento 
mediante lei, uma vez que se trata do recebimento do crédito em momento posterior ao seu vencimento, 
respeitando-se o princípio da indisponibilidade do interesse público. 
COSTA (2015) estabelece que a moratória e o parcelamento possuem diferença sutil, pois o parcelamento é 
espécie de moratória, tanto que, nos termos do artigo 155-A, § 2º, do CTN, as disposições do CTN acerca da 
moratória serão aplicadas subsidiariamente ao parcelamento. 
Para a ilustre professora, enquanto a moratória pode se dar mediante execução unitária ou parcelada – 
pagamento do débito em uma ou várias parcelas -, o parcelamento, somente desta última forma. 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10571538/artigo-151-da-lei-n-5172-de-25-de-outubro-de-1966
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984008/c%C3%B3digo-tribut%C3%A1rio-nacional-lei-5172-66
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10571245/artigo-152-da-lei-n-5172-de-25-de-outubro-de-1966
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10570586/artigo-155-da-lei-n-5172-de-25-de-outubro-de-1966
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984008/c%C3%B3digo-tribut%C3%A1rio-nacional-lei-5172-66
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10571245/artigo-152-da-lei-n-5172-de-25-de-outubro-de-1966
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984008/c%C3%B3digo-tribut%C3%A1rio-nacional-lei-5172-66
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/28000350/artigo-155a-da-lei-n-5172-de-25-de-outubro-de-1966
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/28000346/par%C3%A1grafo-2-artigo-155a-da-lei-n-5172-de-25-de-outubro-de-1966
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984008/c%C3%B3digo-tribut%C3%A1rio-nacional-lei-5172-66
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984008/c%C3%B3digo-tribut%C3%A1rio-nacional-lei-5172-66
Da análise do artigo 155-A do CTN, constata-se que enquanto o parcelamento estiver sendo cumprido pelo 
contribuinte, subsistirá a suspensão da exigibilidade do crédito. 
- O PARCELAMENTO implica na renuncia do direito de discutir o lançamento tributário seja 
administrativamente ou judiciária; 
- REGRA: todo crédito tributário e exigível, líquido ecerto, sendo o art. 151 do CTN uma exceção a regra geral 
suspendendo sua exigibilidade. 
 
EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO (art. 156, CTN) 
I – PAGAMENTO: Pagamento é o cumprimento do objeto da prestação tributária. É um fenômeno jurídico e 
não só tributário. Pode ser considerado quanto: ao tempo (apontado genericamente na lei e especificamente 
no ato administrativo de lançamento. Se o pagamento do tributo for feito em prestações, o inadimplemento 
de qualquer uma delas acarretará o vencimento antecipado das demais), ao lugar (o domicílio ou sede do 
contribuinte), ao modo [os tributos são pagos em moeda ou equivalente (cheque, títulos da dívida pública 
resgatáveis, selo ou papel selado ou estampilha)]. Quando pago em cheque, dá-se ao contribuinte uma 
quitação provisória, que se tornará definitiva após a devida compensação. 
- se a lei for omissa considera-se vencido o tributo 30 dias após notificação do lançamento; 
- em se tratando de dívidas tributárias, se o vencimento se der em dia não útil o contribuinte deverá antecipar 
em 1 (um) dia o pagamento do tributo; 
- Pagamento indevido: quando é pago além do que deviria pagar ou pagou-se o que não deviria ser pago. 
- Repetição do indébito tributário: pedir de volta o que pagou indevidamente; 
 
II – COMPENSAÇÃO: confronto de crédito e débitos recíprocos de mesma natureza jurídica; 
- quando me tornar credor da Fazenda Pública? Quando paguei alem do que deveria ou o que não era devido. 
Assim é feito o confronto dos créditos e débitos por meio da compensação. 
 
III – TRANSAÇÃO: acordo de mútuo de vontades para por fim a um litígio. 
- na transação cada um abre mão de uma parte da parcela do seu direito; 
 
IV – REMISSÃO: (perdão) do crédito tributário. 
- excepcionalíssimo quando a exigência se torna inviável (valores ínfimos) para a Fazenda Pública; 
 
V – PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA: segurança jurídica nenhum direito poderá se eternizar 
- Prazo para exercer o direito – prescrição; 
- Prazo para constituir o direito – decadência 
 - DECADÊNCIA (5 anos): é o prazo que a Fazenda pública te para realizar o lançamento tributário e constituir 
o crédito tributário; 
 - Formas de contagem do prazo: 
1. Regra Geral: do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento poderia ter sido 
efetuado; 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/28000350/artigo-155a-da-lei-n-5172-de-25-de-outubro-de-1966
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111984008/c%C3%B3digo-tribut%C3%A1rio-nacional-lei-5172-66
2. da data em que se tornar definitiva a decisão que houver anulado, por vício formal, o lançamento 
anteriormente efetuado. 
3. O direito a que se refere este artigo (realizar o lançamento) extingue-se definitivamente com o 
decurso do prazo nele previsto (5 anos), contado da data em que tenha sido iniciada a constituição 
do crédito tributário pela notificação, ao sujeito passivo, para adoção de qualquer medida 
preparatória indispensável ao lançamento. 
Obs: se o contribuinte não cumprir a notificação a Fazenda Pública realizará o lançamento de ofício 
(por arbitramento), sendo geralmente a modalidade mais onerosa realizada pela Faz. Pública. (art. 
148, CTN); 
4. Art. 150, §4º - Se a lei não fixar prazo a homologação, será ele de cinco anos, a contar da 
ocorrência do fato gerador; expirado esse prazo sem que a Fazenda Pública se tenha pronunciado, 
considera-se homologado o lançamento e definitivamente extinto o crédito, salvo se comprovada a 
ocorrência de dolo, fraude ou simulação. Tributos sujeitos a lançamento por homologação (ICMS, IR, 
ISS, Contr. Social); 
 
- PRESCRIÇÃO (5 anos): é o prazo que a Fazenda pública tem para ajuizar a execução do crédito tributário; 
Obs: quando o contribuinte é notificado e se mantém inerte: inicia-se agora outro prazo que é o 
direito de exigir o pagamento (lei de execução fiscal – 6830/80); 
art. 174, CTN - A ação para a cobrança do crédito tributário prescreve em cinco anos, contados da 
data da sua constituição definitiva (do crédito, ou seja, a data em que o contribuinte tomou ciência 
do lançamento tributário com a notificação). Grifo do professor 
 
- art. 40 da Lei execução Fiscal: Prescrição intercorrente – é a possibilidade da prescrição ocorrer de 
pois do ajuizamento da execução fiscal; 
Art. 40 - O Juiz suspenderá o curso da execução, enquanto não for localizado o devedor ou 
encontrados bens sobre os quais possa recair a penhora, e, nesses casos, não correrá o prazo de 
prescrição. 
§ 1º - Suspenso o curso da execução, será aberta vista dos autos ao representante judicial da 
Fazenda Pública. 
§ 2º - Decorrido o prazo máximo de 1 (um) ano, sem que seja localizado o devedor ou encontrados 
bens penhoráveis, o Juiz ordenará o arquivamento dos autos. 
§ 3º - Encontrados que sejam, a qualquer tempo, o devedor ou os bens, serão desarquivados os 
autos para prosseguimento da execução. 
§ 4o Se da decisão que ordenar o arquivamento tiver decorrido o prazo prescricional, o juiz, depois 
de ouvida a Fazenda Pública, poderá, de ofício, reconhecer a prescrição intercorrente e decretá-la 
de imediato. 
 
- Súmula 106, STJ: “Proposta a ação no prazo fixado para o seu exercício, a demora na citação, por motivos 
inerentes ao mecanismo da Justiça, não justifica o acolhimento da argüição de prescrição ou 
decadência.” Grifo meu 
 
23/11 
EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO (Art. 156 CTN) 
 
➔ Conversão do depósito e renda: 
➔ Pagamento antecipado e homologação: 
➔ Consignação em pagamento: (1- exigência por mais de um arrecadador; 2 - quando a 
ADM não aceita o pagamento, recusa do pagamento; 3-exigências incabíveis ou 
ilegais). 
➔ Decisão administrativa/judicial: uma decisão administrativa final ou definitiva e/ou 
uma sentença transitada em julgada, ambas favoráveis ao contribuinte, assim o 
crédito será extinto. 
➔ Dação e pagamento de imóveis: a administração pública permite que, apenas, bens 
imóveis poderá ser objeto de dação em pagamento. Sendo uma faculdade do 
contribuinte, ou seja, uma forma de adimplemento da dívida tributária. Observa-se 
que a administração pública também tem a faculdade de aceitar essa modalidade. 
 
Exclusão do crédito 
 
➔ Isenção: isenção é a incentivo fiscal decorrente de lei para beneficiar o 
contribuinte.(uma proibição legal que exclui a fato gerador.) 
➔ Anistia tributária: é o perdão das penalidades decorrentes de informação tributárias. 
(perdão de multa) somente por lei, (poder público, interesse da coletividade.). a 
infração que deu origem a multa não poderá instituir ou tipificar, crime, contravenção, 
infração penal, dolo, fraude ou conluio, devendo ser em caráter oneroso e pecuniário. 
(toda anistia só tem caráter retroativo.) na anistia o que é perdoado é a multa, já a 
remissão perdoa o tributo. 
 
Art. 151 CTN 
MODERELIPÁ 
Mo - moratória 
De - depósito 
Re - reclamações 
Li - liminares e mandado de segurança 
Pá - parcelamento 
 
 
GARANTIA E PRIVILÉGIOS DO CRÉDITO tributário. 
 
 Art. 184, CTN; Bens absolutamente impenhoráveis: somente a lei poderá prever a 
impenhorabilidade., ou seja, em casos em que um particular instituir uma cláusula de 
impenhorabilidade, essa clausula tem efeito para terceiros, porém para a administração pública não 
tem valor. 
 Art. 185, CTN; Presunção de Fraude;exceção a não sei que ele pratique a chamada reserva de bens, 
ou seja, desde que o contribuinte mantenha na sua reserva patrimonial bens suficiente para 
satisfazer a dívida. 
 Art. 185 – A, CTN: Bloqueio eletrônico de bens: 
 
PREFERÊNCIA DO CRÉDITO (direito de receber antecipadamente o crédito tributário, não é qualquer crédito, 
é um crédito que favorece a coletividade) 
 
Art. 186, CTN: Crédito Trabalhista (em se tratando de devedor solvente) 
 * na Falência: 
1º) - Créditos extraconcursais: é aquele que surge durante o processo falimentar,(crédito novo) a 
remuneração do administrador do processo de falência. 
- ImportânciasPassíveis de restituição:bens que se encontravam em poder do falido, quando da 
decretação de falência. 
- Créditos com garantia Real: 
- Limitado do crédito trabalhista: o limite de crédito, na falência é de 150 salários mínimos para cada 
funcionário. 
- Multas: a multa não goza de preferência na falência, Ela vai para o concurso universal. 
 
Art. 187, CTN: Dispensa de habilitação 
• Preferência – União, Estados e Municípios 
• Exigência de quitação dos tributos 
 
ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA 
(Conjunto de medidas voltadas para a fiscalização e arrecadação de tributos.) 
Art. 194, CTN: Contribuintes imunes/isentos. 
Art. 195, CTN: Guarda de Docs. 
- manter a guarda obrigatória dos documentos ao lapso equivalente ao prazo prescricional que em 
regra é de 5 anos. 
Art. 196, CTN: Procedimento escrito. “ 
- o legislador entendeu por bem que o procedimento fiscal deverá ser escrito em nome da segurança 
jurídica e transparência – T.I.A.F; 
- 
30/11 
ADMINSTRAÇÃO TRIBUTÁRIA - continuação 
- art. 197, CTN: Informações de 3º - sigilo profissional 
- Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridade administrativa todas as 
informações de que disponham com relação aos bens, negócios ou atividades de terceiros; 
- A obrigação prevista neste artigo não abrange a prestação de informações quanto a fatos sobre os 
quais o informante esteja legalmente obrigado a observar segredo em razão de cargo, ofício, função, 
ministério, atividade ou profissão – dever de sigilo profissional oponível a Fazenda Pública. 
- art. 198, CTN: Dever de sigilo “ requisições e Solicitações” 
- Regra: nos processos administrativos tributários vigora o sigilo; 
- exceções: relativizado em 2 hipóteses: 
- 1º requisições judiciais: parte do poder Judiciário requer informações à Fazenda Pública 
sob pena de cometimento de crime; 
 - 2º solicitação: parte da administração pública não tributária, comportando recusa desde 
que a recusa seja motivado. 
- art. 199, CTN: Permuta de informações 
- troca de informações entre administrações tributárias – pela correlação de alguns fatos geradores, 
desde que formalizado em processo administrativo exclusivo para esta finalidade e mesmo sendo no 
âmbito da Adm. Pública serão sigilosos; 
- art. 200, CTN: Auxílio de força policial 
 - é possível requisitar o auxílio de forças policiais; 
 
DÍVIDA ATIVA 
- Inscrição em Dívida Ativa: inadimplência já identificada pela Fazenda Pública, obedecendo o prazo 
decadencial. Para que a Fazenda Pública possa executar o contribuinte é necessária a existência de um título 
executivo extrajudicial 
 CDA 
- Certidões: CND 
 CPeN – Certidão Positiva com efeitos de negativa 
 
- CDA: nasce com a inscrição em dívida ativa – CADIN (cadastro de inadimplentes tributários) é feito o registro 
conforme requisitos do art. 202, CTN. A Adm. Pública extrai do CADIN um documento que comprova, ratifica 
a existência de uma dívida tributária e em seguida notifica-se o contribuinte. 
* muito embora se trate de um documento unilateral ele goza de uma presunção relativa de liquidez 
e certeza, conforme art. 204, CTN; 
- CND: tem a finalidade de atestar a inexistência de dívidas tributárias. O prazo para expedição da CND é de 
10 dias. 
- CPeN: Certidão Positiva com efeito de certidão Negativa 
Cabíveis: dívida vincenda, execuções fiscais garantidas por penhora e dividas com a exigibilidade 
suspensa (MODERELIPÁ) 
 
PROCESSO TRIBUTÁRIO 
- Execução fiscal: 
- Cautelar Fiscal: 
- Embargos: defesa na execução fiscal – o juízo tem que estar garantido 
- Execução de Pré-executividade: matéria de ordem pública (prescrição – decadência) 
- Anulatória: anular o lançamento tributário – falha no lançamento 
- Declaratória: antes do lançamento o contribuinte pode se antecipar e ajuizar uma ação declaratória de 
inexistência de relação jurídico-tributária – tem relação íntima com um HC preventivo 
- Consignação em Pagamento: 
- Repetição do Débito: pedir de volta o que foi cobrado indevidamente ou a maior do que deve no prazo de 
5 anos a partir do pagamento indevido 
- Mandado de Segurança: pode ser pleiteado em qualquer das modalidades acima, desde que atendidos os 
requisitos do mandando de segurança (ex: direito liquido e certo).

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