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CASO 2 PRATICA PENAL

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CASOS DE PRÁTICA PENAL III
CASO 2 
Pedro, engenheiro de uma renomada empresa da construção civil, possui um perfil em uma das redes sociais existentes na Internet e o utiliza diariamente para entrar em contato com seus amigos, parentes e colegas de trabalho. Além disso, também utiliza constantemente as ferramentas da Internet para contatos profissionais e lazer, como o fazem milhares de pessoas no mundo contemporâneo.
No dia 19/04/2016, sábado, Pedro comemora aniversário e planeja, para a ocasião, uma reunião à noite com parentes e amigos para festejar a data em uma famosa churrascaria da cidade de Niterói, no estado do Rio de Janeiro. Na manhã de seu aniversário, resolveu, então, enviar o convite por meio da rede social, publicando postagem alusiva à comemoração em seu perfil pessoal, para todos os seus contatos. 
Helena, vizinha e ex-namorada de Pedro, que também possui perfil na referida rede social e está adicionada nos contatos de seu ex, soube, assim, da festa e do motivo da comemoração. Então, de seu computador pessoal, instalado em sua residência, um prédio na praia de Icaraí, em Niterói, publicou na rede social uma mensagem no perfil pessoal de Pedro.
Naquele momento, Helena, com o intuito de ofender o ex-namorado, publicou o seguinte comentário: não sei o motivo da comemoração, já que Pedro não passa de um idiota, bêbado, porco, irresponsável e sem vergonha e, com o propósito de prejudicar Pedro perante seus colegas de trabalho e denegrir sua reputação acrescentou, ainda, ele trabalha todo dia embriagado e vestindo saia! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo!
Imediatamente, Pedro, que estava em seu apartamento e conectado à rede social por meio de seu tablet, recebeu a mensagem e visualizou a publicação com os comentários ofensivos de Helena em seu perfil pessoal. Pedro, mortificado, não sabia o que dizer aos amigos, em especial a Marcos, Miguel e Manuel, que estavam ao seu lado naquele instante. Muito envergonhado, Pedro tentou disfarçar o constrangimento sofrido, mas perdeu todo o seu entusiasmo, e a festa comemorativa deixou de ser realizada. No dia seguinte, Pedro procurou a Delegacia de Polícia Especializada em Repressão aos Crimes de Informática e narrou os fatos à autoridade policial, entregando o conteúdo impresso da mensagem ofensiva e a página da rede social na Internet onde ela poderia ser visualizada. Passados quatro meses da data dos fatos, Pedro procurou seu escritório de advocacia e narrou os fatos acima. Você, na qualidade de advogado de Pedro, deve assisti-lo. Informa-se que a cidade de Niterói, no Estado do Rio de Janeiro, possui Varas Criminais e Juizados Especiais Criminais.
Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, redija a peça cabível, sustentando, para tanto, as teses jurídicas pertinentes. Indique também o último dia para oferecimento da peça cabível.
RESOLUÇÃO
EX C ELENTÍSSIM O SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZAD O 
ESPECIAL DA COMARCA DE NITERÓI/RJ.
PEDRO, nacionalidade, estado civil, engenheiro, RG nº, CPF nº, 
residente e domiciliado o na Rua, número, Icaraí, Niterói, RJ, CEP, endereço 
eletrônico, por meio do seu procurador que esta subscreve, mediante 
procuração com poderes especiais em anexo, vem, respeitosamente, à 
presença de Vossa Excelência, ajuizar apresente QUEIXA-CRIME, com base 
nos artigos 41 e 44 do Código de Processo Penal e artigo 100, § 2 º, 
do Código Penal, c /c o a r t. 30 do Código de Processo Penal, contra 
HELENA, nacionalidade, estado civil, profissão, RG nº, CPF nº , residente 
na Rua, número, Icaraí, Niterói, RJ, CEP, endereço eletrônico, pelos fatos e 
fundamentos a seguir expostos.
I – DOS FATOS 
No dia 19 de abril de 2016, a querelada Helena difamou e injuriou o
querelante, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação, ofendendo lhe, ainda, 
a dignidade e o decoro por meio de seu perfil em uma rede social 
Na ocasião, a querelada, vizinha e ex-namorada do querelante, que 
também possui perfil na referida rede social e está adicionada nos contatos 
de seu ex, por meio de seu computador pessoal, instalado em sua residência, 
em um prédio na praia de Icaraí, em Niterói, publicou no perfil pessoal do 
querelante o seguinte comentário: “não sei o motivo da comemoração, já que 
Pedro não passa de um idiota, bêbado, irresponsável e sem vergonha!”, e, com 
o propósito de prejudicar o querelante perante seus colegas de trabalho e 
denegrir sua reputação acrescentou, ainda, que “ele trabalha todo dia 
embriagado! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas 
ruas do Ri o, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que 
a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para 
socorrê-lo!”. 
Imediatamente, o querelante, que estava em seu apartamento e 
conectado à rede social por meio de seu tablet, recebeu a mensagem e 
visualizou a publicação com os comentários ofensivos de Helena em seu perfil 
pessoal. 
A querelada, ao utilizar o seu computador pessoal para inserir as 
Expressões injuriosas e difamantes, no perfil do querelante em sua rede 
social, usou meio que facilitou a divulgação da difamação e injúria, 
incidindo, por isso, a causa de aumento de pena prevista no artigo 141, inciso 
III, do Código Penal. 
II – DO DIREITO.
Ao afirmar que o querelante não passa de um idiota, bêbado ,irresponsável e sem vergonha, a querelada praticou o crime de injúria, previsto no artigo 140 do Código Penal. 
Ao a firmar que o querelante trabalha todo dia embriagado e que no dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo, a querelada praticou o crime de difamação, previsto no artigo 139 do Código Penal. A querelada, ao utilizar o se u computador pessoal para inserir as expressões injuriosas e difamantes, no perfil do querelante em sua rede social, usou meio que facilitou a divulgação da difamação e injúria, incidindo, por isso, a causa de aumento de pena prevista no artigo 141, inciso III, do Código Penal. A querelada praticou a injúria e a difamação no mesmo contexto, mediante única publicação, com desígnios autônomos, em concurso formal de crimes, nos termos do artigo 70 do Código Penal. Sendo assim, percebe-se que houve uma única conduta de Helena, qual seja, uma única publicação, sendo certo que em tal publicação, com desígnios autônomos, a querelada praticou dois crimes, a saber: injúria e difamação. 
Assim agindo, a querelada HELENA praticou os delitos previstos no artigo 139 e 140, c/c o Art.141, III, n/f Art 70, todos do CP, razão pela qual requer o querelante: 
a) a designação de audiência preliminar ou deco nci li ação; 
b) a ci tação da q uere lada ; 
c) o rece bime nto da q uei xa -c rime; 
d) a o itiva das testem unhas a r roladas; 
e) a p roced ênci a do pe did o, com a co nse que nte conde nação da q uere lada 
nas pe nas dos arti gos 139 e 1 40 c/c o Art . 14 1, III, n/f com o A r t. 70 , todos 
do CP ; 
f) a fi xação de va lor m ínimo de i nd eni zação, nos te rmo s d o arti go 387, IV , do 
C P P .

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