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Caso 2

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CASO 1
CASO CONCRETO Nº01
Pedro, engenheiro de uma renomada empresa da construção civil, possui um perfil em uma das redessociais existentes na Internet e o utiliza diariamente para entrar em contato com seus amigos, parentes ecolegas de trabalho. Enrico utiliza constantemente as ferramentas da Internet para contatos profissionaise lazer, como o fazem milhares de pessoas no mundo contemporâneo.No dia 19/04/2014, sábado, Enrico comemora aniversário e planeja, para a ocasião, uma reunião à noitecom parentes e amigos para festejar a data em uma famosa churrascaria da cidade de Niterói, no estadodo Rio de Janeiro. Na manhã de seu aniversário, resolveu, então, enviar o convite por meio da rede social,publicando postagem alusiva à comemoração em seu perfil pessoal, para todos os seus contatos.Helena, vizinha e ex-namorada de Enrico, que também possui perfil na referida rede social e estáadicionada nos contatos de seu ex, soube, assim, da festa e do motivo da comemoração. Então, de seu computador pessoal, instalado em sua residência, um prédio na praia de Icaraí, em Niterói, publicou narede social uma mensagem no perfil pessoal de Enrico.Naquele momento, Helena, com o intuito de ofender o ex- namorado, publicou o seguinte comentário: “não sei o motivo da comemoração, já que Enrico não passa de um idiota, bêbado, irresponsável e sem vergonha!”, e, com o propósito de prejudicar Enrico perante seus colegas de trabalho e denegrir suareputação acrescentou, ainda, “ele trabalha todo dia embriagado! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresaem que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê- lo!”. Imediatamente, Enrico, que estava em seu apartamento e conectado à rede social por meio de seu tablet,recebeu a mensagem e visualizou a publicação com os comentários ofensivos de Helena em seu perfilpessoal. Enrico, mortificado, não sabia o que dizer aos amigos, em especial a Carlos, Miguel e Ramirez, queestavam ao seu lado naquele instante. Muito envergonhado, Enrico tentou disfarçar o constrangimentosofrido, mas perdeu todo o seu entusiasmo, e a festa comemorativa deixou de ser realizada. No dia seguinte, Enrico procurou a Delegacia de Polícia Especializada em Repressão aos Crimes de Informática enarrou os fatos à autoridade policial, entregando o conteúdo impresso da mensagem ofensiva e a páginada rede social na Internet onde ela poderia ser visualizada. Passados cinco meses da data dos fatos, Enricoprocurou seu escritório de advocacia e narrou os fatos acima. Você, na qualidade de advogado de Enrico,deve assisti-lo. Informa-se que a cidade de Niterói, no Estado do Rio de Janeiro, possui Varas Criminais eJuizados Especiais Criminais.Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima,redija a peça cabível, excluindo a possibilidade de impetração de habeas corpus, sustentando, para tanto,as teses jurídicas pertinentes. (Valor: 5,00 pontos)A peça deve abranger todos os fundamentos de Direito que possam ser utilizados para dar respaldo àpretensão.
 
MODELO DE PROCURAÇÃO PARA QUEIXA- CRIME
ART. 44 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL
MODELO
PROCURAÇÃO
FULANA DE TAL, (NACIONALIDADE), (PROFISSÃO), (ESTADO CIVIL), portadora da Cédula de Identidade (RG), inscrita no Cadastro de Pessoas Físicas do Ministério da Fazenda sob nº (CPF), residente e domiciliada no endereço (ENDEREÇO), nomeia e constitui como seu procurador o advogado (NOME DO ADVOGADO), inscrito na Ordem dos Advogados do Brasil sob nº (OAB), (QUALIFICAÇÃO DO ADVOGADO), com escritório profissional no (ENDEREÇO PROFISSIONAL), a quem concede, com fulcro do art. 44 do Código de Processo Penal, PODERES ESPECIAIS PARA INGRESSAR EM JUÍZO COM QUEIXA CRIME contra TÍCIO, (QUALIFICAÇÃO), porque, há menos de seis meses, precisamente no dia (DATA DO FATO), por volta das 07:30 horas, na rua (LOCAL DO FATO), na presença de terceiros, dirigiu-se à pessoa da outorgante, de seu cônjuge e de seus filhos com palavras injuriosas e de baixo calão, chamando-a de vagabunda?, dizendo que ela não valia nada e que ela não passa de uma prostituta, que a outorgante e seu esposo são uma família de gente vagabunda, ladrões, mau pagadores, desonestos e que seu cônjuge é o corno frouxo e que seria o laranja da família de vagabundos porque ele só servia para isso. Ainda no mesmo evento, ameaçou sua integridade física caso ela não pagasse o dinheiro que devia a ele e ameaçou quebrar toda a casa da outorgante, além de desferir 2 (dois) tapas em sua face, tendo assim praticado contra a mesma o crime de INJÚRIA REAL, previsto no art. 140, §2º, c/c art. 141, todos do Código Penal Brasileiro, motivando a presente Ação Penal Privada.
LOCAL E DATA
_____________________________
FULANA DE TAL
OBS: A procuração para queixa-crime exige a descrição dos fatos, é exigência INDISPENSÁVEL. Se o advogado juntar uma procuração comum, e existindo a demora de 6 (seis) meses ocorrerá a decadência.
--------------------------------------------------------------------------------------------------------------
EXSELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE NITERÓI. 
Pedro, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade XXX, incrito no CPF n XXX, residencia, por seu advogado abaixo assinado conforme procuração com poderes especiais em anexo. Artigo 44 do Código de Processo Penal venha a vossa Excelencia na forma do Artigo 100 § 2 do Código Penal oferecer
QUEIXA CRIME
Em face de Helena, nacionalidade, estado civil, profissão, identidade XXX, residencia, pelos fatos e fundamentos juridicos a seguir expostos 
DOS FATOS
No dia 19 de abril de 2014, a querelada Helena, difamou e injuriou o querelante, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação, ofendendo, ainda, sua dignidade e decoro. 
Na ocasião, Helena, vizinha e ex-namorada de Enrico, que também possui perfil na referida rede social e está adicionada nos contatos de seu ex, por meio de seu computador pessoal, instalado em sua residência, um prédio na praia de Icaraí, em Niterói, publicou no perfil pessoal de Enrico o seguinte comentário: “não sei o motivo da comemoração, já que Enrico não passa de um idiota, bêbado, irresponsável e sem vergonha!”, e, com o propósito de prejudicar Enrico perante seus colegas de trabalho e denegrir sua reputação acrescentou, ainda, “ele trabalha todo dia embriagado! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo!”.
Imediatamente, o querelante, que estava em seu apartamento e conectado à rede social por meio de seu tablet, recebeu a mensagem e visualizou a publicação com os comentários ofensivos de Helena em seu perfil pessoal. 
Helena, ao utilizar o seu computador pessoal para inserir as expressões injuriosas e difamantes, no perfil do querelante em sua rede social, usou meio que facilitou a divulgação da difamação e injúria, incidindo, por isso, a causa de aumento de pena prevista no art. 141, III, do Código Penal. 
DO DIREITO
Ao afirmar que o querelante não passa de um idiota, bêbado, irresponsável e sem vergonha, a querelada praticou o crime de injúria, previsto no art. 140 do Código Penal. 
Ao afirmar que o querelante trabalha todo dia embriagado e que no dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo, a querelada praticou o crime de difamação, previsto no art. 139 do Código Penal. 
Helena praticou a injúria e a difamação no mesmo contexto, mediante única publicação, com desígnios autônomos, em concurso formal imperfeito de crimes, nos termos do art. 70, segunda parte, do Código Penal. 
Sendo assim, percebe-se que houve uma única conduta de Helena, qual seja, uma única publicação, sendo certo que em tal publicação, com desígnios autônomos,Helena praticou dois crimes, a saber: injúria e difamação.
DOS PEDIDOS
Assim agindo, a querelada HELENA praticou os delitos previstos nos arts. 139 e 140, c/c art. 141, III, n/f do art. 70, todos do Código Penal, razão pela qual requer o querelante: 
a) a designação da audiência preliminar ou de conciliação; 
b) a citação da querelada; 
c) o recebimento da queixa-crime; 
d) a oitiva das testemunhas arroladas; 
e) a procedência do pedido, com a consequente condenação da querelada nas penas dos arts. 139 e 140 c/c o art. 141 III, n/f do art. 70, todos do CP; 
f) a fixação de valor mínimo de indenização, nos termos do art. 387, IV, do CPP. 
Local..., data...
Advogado. OAB n...
ROL DE TESTEMUNHAS: 
1) CARLOS;
2) MIGUEL;
3) RAMIREZ

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