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Feudalismo - TEXTO

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FEUDALISMO 
Feudalismo foi um modo de organização social, político e cultural baseado no regime de servidão, onde o trabalhador rural era 
o servo e o grande proprietário de terras, o senhor feudal. As propriedades rurais (feudos), se transformaram no centro da vida política, 
social e econômica da época. O feudalismo predominou na Europa Ocidental durante toda a Idade Média, tendo o seu apogeu entre os 
séculos X e XIII. 
 
1-Laços de Vassalagem 
 Os laços de vassalagem é um antigo costume germânico entre guerreiros e chefes de tribos para estabelecer um compromisso 
recíproco de ajuda e lealdade. Os reis carolíngios passaram a recompensar os nobres locais com concessões de terras pela ajuda militar na 
luta contra os pagãos. 
*Suserano: é a pessoa que DOA um benefício. 
*Vassalo: é a pessoa que RECEBE um beneficio. 
 Ambos assumiam obrigações recíprocas: o vassalo jurava ao suserano e este prometia a prestar assistência econômica e proteção 
militar ao vassalo, que por sua vez, cuidava das terras e prestava serviços aos suseranos. 
 
2-Enfraquecimento do Poder Real 
 Com a partilha do Império Carolíngio, após a morte de Carlos Magno, entre seus herdeiros, aos poucos, a autoridade do poder 
central (poder do Imperador), ficou enfraquecida. Os vassalos do Imperador, grandes proprietários de terras, passavam a exercer um poder 
cada vez maior em suas propriedades. 
 Esse enfraquecimento do poder real se acentuou com a ampliação dos laços de vassalagem. A concessão dos feudos, inicialmente 
feita pelos reis aos nobres, passou a ser feita dentro da própria nobreza, criando-se assim, uma ampla rede de laços de vassalagem. O Rei, 
suserano de todos os nobres, não tinha o poder de intervir na vida interna dos feudos que tinha autonomia de poder, ou seja, o poder 
durante o feudalismo era descentralizado. 
 Com a entrada de invasores bárbaros nos séculos IX e X, causou pânico na população europeia e levou o povo a buscar refúgio nas 
propriedades rurais, esse processo chamou-se de ruralização. Como consequência dessa ruralização o comércio diminuirá, enquanto a 
troca de produtos sem o uso da moeda aumentará. 
 
3-Economia Feudal 
 A base da economia feudal era a agricultura e a criação de animais. Essas atividades econômicas se desenvolviam nas 
propriedades rurais chamadas de senhorios (feudos). 
 No centro de cada senhorio ficava ao castelo, a residência senhorial, que era a residência fortificada do senhor feudal, construída 
para servir de defesa contra os eventuais ataques externos. Era um símbolo de riqueza e poder. 
 Além do castelo, o senhorio dividia-se em três partes: 
*Reserva senhorial: era o espaço cultivado pelos camponeses que trabalhavam gratuitamente nas terras do senhor feudal em alguns dias 
da semana; uma obrigação que recebia o nome de corveia. 
*Manso servil: era o espaço cultivado pelos próprios camponeses, mas em troca deveriam entregar parte da sua produção ao senhor 
feudal; uma obrigação que recebia o nome de talha. Outra obrigação dos camponeses era quanto a utilização de ferramentas e o uso de 
celeiros, fornos, moinhos, pagando um tributo chamado de banalidade. 
*Manso comum: era o espaço de uso coletivo, ou seja, os produtos nela existentes poderiam ser retirados por todos os moradores do 
feudo. 
 
4-Sociedade Feudal 
 Possuía uma estrutura hierarquizada, ou seja, dividia-se em grupos mais ou menos imutáveis, constituídos de clérigos, nobres e 
camponeses. Como a posição de cada pessoa na sociedade era determinada pelo nascimento, as possibilidades de troca de ordens eram 
mínimas. 
*CLERO (os que oravam): Grande parte dos seus membros eram provenientes da nobreza. Numa sociedade profundamente religiosa, os 
clérigos eram considerados os únicos capazes de mediar as relações entre Deus e os homens. O prestígio e a força do clero também se 
justificavam pelo controle que seus membros exerciam sobre a educação. Todo esse prestígio era desfrutado principalmente pelos 
membros do Alto Clero. 
*NOBRES (os que guerreavam): A nobreza estava encarregada do comando militar. O poder dos nobres relacionava-se ao tamanho das 
suas propriedades e ao número de camponeses que trabalhavam em suas terras. A eficiência do exército que cada um possuia era também 
um importante critério para avaliar seu prestígio e força. A obrigação dos nobres era defender militarmente o reino e a fé cristã, 
administrar as propriedades (feudo) e o trabalho dos camponeses. 
*CAMPONESES (os que trabalhavam): Grupo mais numeroso e que reunia uma diversidade de pessoas, destacando-se os comerciantes, 
artesãos, servos, vilões e escravos. 
- Servos: eram os que trabalhavam nas terras dos senhores feudais, onde deveriam permanecer até a sua morte. Além de não terem a 
liberdade de locomoção, os servos estavam sujeitos a uma série de obrigações. 
-Vilões: eram os camponeses livres que estavam sujeitos a muitas obrigações, praticamente as mesmas dos servos. 
-Escravos: se diferenciavam dos servos por serem propriedade dos senhores feudais, podendo serem comercializados. 
 
5- Igreja Católica 
 Na Idade Média, a religião tinha importância fundamental no dia-a-dia das pessoas. O Cristianismo não era a única religião na 
Europa, mas era como se fosse. Além dos cristãos, haviam pequenas comunidades de judeus e muçulmanos. 
 Apesar dos esforços da Igreja Católica para impor a obediência religiosa, haviam aqueles que eram “desobedientes”, que 
chamaremos de hereges, ou seja, seguidores de heresias, que eram as interpretações e práticas do cristianismo diferentes daquelas 
defendidas por Jesus Cristo, ou melhor, pelo Igreja Católica. 
 Foi contra esses hereges que a Igreja Católica desencadeou uma guerra através da excomunhão (excluído dos benefícios da 
religião – praticamente excluídos da sociedade), com a criação do Tribunal do Santo Ofício, mais conhecido como inquisição, que julgava e 
condenava os hereges.

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