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CORRIDA DE RUA
Atividade completa e cada vez mais praticada
Pedro Paulo Peres Maillo
Prof. Orientador Regina Maria da Silva Fonseca
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso (EFL0625/7) – Trabalho de Graduação 
12/06/2020
RESUMO
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura com o objetivo de relatar a importância da corrida de rua como um esporte comumente praticado, tanto por homens quanto mulheres, sejam amadores e ou profissionais cada vez mais adeptos desta modalidade esportiva que vem ganhando destaque a cada dia mais. Para isto, foi realizada um levantamento bibliográfico em bases de dados indexadas, como Google Acadêmico, SciELO e LILACS. Percebe-se que o profissional de Educação Física exerce papel essencial no acompanhamento, orientação e promoção de saúde, intrinsecamente ligada à melhoria da qualidade de vida de pessoas seja no âmbito psíquico, social e fisiológico. 
Palavras-chave: Corrida de rua; Esporte; Qualidade de vida.
1 INTRODUÇÃO
Para DALLARI (2009) o marco fundamental da história das corridas de rua é a maratona olímpica realizada no dia 10 de abril de 1896 na cidade de Atenas, Grécia. A prova teve uma distância de aproximadamente 43km, e era uma homenagem a Pheidippides (também conhecido como Philippides), um suposto mensageiro que percorreu tal distância entre a cidade de Maratona e Atenas para levar a mensagem de vitória dos gregos na guerra, e acabou morrendo após completar sua missão, sendo essa uma das várias versões da lenda do surgimento dessa prova. 
No final do século XIX as Corridas de Rua ganharam impulso depois do grande sucesso da primeira Maratona Olímpica popularizando-se particularmente nos Estados Unidos. Depois, por volta de 1970, aconteceu o “jogging boom” baseado na teoria do médico norte-americano Kenneth Cooper que difundiu seu famoso “Teste de Cooper”, a partir de então, a prática da modalidade cresceu de maneira sem precedentes na história.
Na atualidade, as práticas esportivas têm se tornado essenciais para a manutenção da saúde e combate de doenças. Pode-se dizer que é muito importante a realização de exercícios físicos regulares, pois traz benefícios físicos e psicológicos. 
A princípio, a busca pela prática da corrida de rua ocorre por diversos interesses, que envolvem desde a promoção de saúde, a estética, a integração social, a fuga do estresse da vida moderna, a busca de atividades prazerosas ou competitivas. (SALGADO, 2006).
Segundo Federação Internacional das Associações de Atletismo (IAAF) define as Corridas de Rua, provas de Pedestrianismo, com disputas em circuitos de rua que variam as distâncias padrão para homens e mulheres serão de 5km, 10km, 15km, 20km, Meia-Maratona, 25km, 30km, Maratona (42,195km).
A corrida de rua se tornou um esporte popular podendo ser praticado a qualquer momento e lugar. É um esporte democrático e são necessários apenas um par de tênis, roupas leves e determinação para começar sua prática. Têm alcançado vários adeptos por ser uma prática de baixo custo, podendo ser realizado ao ar livre devido sua praticidade e facilidade, mas havendo alguns cuidados antes de iniciar como se alongar ou realizar um breve aquecimento. Dentre essas e outras razões que a corrida tem sido utilizada como lazer, esporte, reabilitação ou prática competitiva, capaz de produzir diversos benefícios para o organismo humano (FERREIRA et al.,2012). 
Em compensação, o número de indivíduos que estão buscando a prática de algum tipo de atividade física vem se tornando cada vez mais expressivo na atualidade, observa-se o desenvolvimento de atividades físicas ao ar livre, como as caminhadas e as corridas. (SALGADO; CHACON-MIKAHIL, 2006).
Estima-se que no Brasil possuem aproximadamente seis milhões de corredores tornando-se o segundo esporte mais praticado, observa-se através do aumento da quantidade de eventos de corridas de rua em todo país. Uma das corridas mais conhecidas do Brasil é a Volta Internacional da Pampulha onde a edição do ano 2019 obteve cerca de 15 mil corredores, segundo a organização. O número de participantes, profissionais e amadores, aumentou 80% entre a primeira e a 20ª edição, em 1999, foram aproximadamente 2.500 inscritos. (GLOBO.COM, 2019). 
Com o intuito de buscar a melhoria dos resultados, os atletas têm procurado assessorias esportivas e profissionais capacitados para desenvolvimento de métodos de treinos para o avanço e ampliação das capacidades físicas. Com isso percebe-se que o número de praticantes vem aumentando aceleradamente, colocando-se útil uma orientação adequada do profissional de educação física para a melhor forma de treinamento. 
Em se tratando do desportista amador deve-se tomar diversos cuidados, pois, apesar de ser uma atividade física (corrida de rua) e proporcionar vários aspectos positivos para a melhoria da saúde, não podemos esquecer que este tipo de atividade física mal orientada, pode colocar em risco a saúde do desportista, como lesões musculares ou até mesmo levar à morte devido às complicações cardiovasculares.
Sendo assim, o presente estudo objetiva reunir informações acerca da prática saudável e assistida da corrida de rua, demonstrando os principais motivos oriundos da prática desportiva por seus agentes, e o impacto desta prática sobre a vida dos seus praticantes.
2 CORPO DO TRABALHO 
Dentre o breve histórico de criação de provas um resumo das mesmas conforme a tabela abaixo:
Fonte: DALLARI, 2009.
3 CORPO DO TRABALHO (continuação)
3.1 Otimização da fisiologia dos praticantes da Corrida de Rua 
A corrida de rua proporciona melhora em condições físicas já bastantes discutidas na literatura. O sistema cardiovascular passa por mudanças significativas, como aumento da capacidade de bombeamento, oxigenação, aumento de fibras musculares de lenta contração e otimização do gasto energético promovido pelas reservas de glicogênio. A corrida de rua promove efeitos relevantes na fisiologia dos seus praticantes (GONÇALVES, 2007). 
Ainda conforme GONÇALVES (2007), o treinamento com distâncias longas otimiza alguns aspectos do metabolismo aeróbio, a saber: o débito cardíaco, melhor controle da distribuição sanguínea, controle na metabolização de glicogênio (glicose armazenada nos músculos, prontamente disponível durante o exercício físico, caso o organismo necessite manter os níveis de açúcar na circulação sistêmica). Ainda segundo o autor:
O músculo cardíaco é altamente aeróbio, respondendo ao estresse das longas distâncias da mesma maneira que o músculo esquelético responde às curtas; isto é, com o aumento do número das mitocôndrias, das quantidades de enzimas dentro desta organela e da densidade capilar. Pausas são necessárias porque, quando o coração está trabalhando de modo muito intenso, ele depende um pouco mais do metabolismo anaeróbio, e os produtos deste metabolismo devem ser removidos pelo sangue coronário durante os intervalos entre os períodos ativos para permitir que a alta carga possa ser sustentada (GONÇALVES. 2007, p11).
4 MATERIAL E MÉTODOS
Trata-se de uma revisão de literatura. A revisão integrativa é um método que busca esclarecer os resultados obtidos sobre um determinado tema, de maneira ordenada e abrangente. Vale ressaltar que neste tipo de revisão, existe uma abordagem ampla e metodológica permitindo a inclusão de vários tipos de estudos com o intuito de uma compreensão completa da temática em questão (SOUZA, SILVA e CARVALHO, 2010). Para construção da mesma, foi feito um levantamento de publicações no Portal da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), nas seguintes bases de dados indexadas, a saber: SciELO (Scientific Electronic Library Online (Google Scholar) e LILACS (Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e Google Acadêmico (Scholar Google). 
Os critérios de inclusão foram: trabalhos originais, ou de revisão abordando a temática em questão disponíveis nas bases de dados publicados em língua portuguesa e terem sido publicados nos últimos dez anos (objetivo principal de se encontrar trabalhos mais recentes) A seleção das publicaçõesfoi realizada inicialmente pela leitura dos títulos, seguindo-se da leitura dos resumos e posteriormente leitura dos textos na íntegra. 
Para a busca dos trabalhos científicos, foram utilizadas as palavras-chaves: “corrida de rua”, “esporte” e “qualidade e vida”. Inicialmente foram encontradas 63 produções científicas, sendo que apenas atenderam os critérios de inclusão. Foram excluídas algumas publicações pois não estavam de acordo com as seguintes características necessárias para a utilização, como: estudos duplicados ou que não abordavam a temática em questão.
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO
O Quadro 1 sintetiza as principais características dos estudos científicos selecionados para o desenvolvimento deste estudo. Dos sete estudos utilizados, três foram oriundos do Google Acadêmico, um do SciELO e dois da base de dados LILACS. 
Quadro 1: Trabalhos utilizados na revisão encontrados nas bases de dados Google Acadêmico, SciELO e LILACS. 
	
	Referência
	Autor(es)
	Periódico 
	Base de Dados
	Ano
	Considerações
	1
	Perfil e preferências de praticantes de corrida de rua: Um estudo preliminar
	PALHARES, JM et al.
	Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo. v.11. n.64. p.83-88. Jan./Fev
	Google Acadêmico
	2012
	Descreve o perfil e motivos para a prática de corrida de rua e identifica fatores que determinam a participação em eventos.
	2
	Fatores motivacionais relacionados à prática de corrida de rua por mulheres adultas na cidade de Curitiba/PR
	FURLAN, A. J.
	Monografia de Graduação (Bacharelado em Educação Física) – Departamento Acadêmico de Educação Física. Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba.
	Google Acadêmico
	2014
	Analisar os fatores motivacionais que levam à prática de corrida de rua por mulheres com idade entre 20 e 40 anos na cidade de Curitiba/PR.
	3
	Benefícios da corrida de rua
	EUCLIDES, M. F.; BARROS, C. L.; COÊLHO, J. C.A.
	Rev. Conexão Eletrônica – Três Lagoas, MS – Volume 13 – Número 1 –
	LILACS
	2016
	Estabelece a modalidade da corrida preferida e os benefícios físicos alcançados pela corrida, entre os corredores de diferentes provas realizadas no segundo semestre do ano de 2014, nos municípios de Campo Grande/MS, Três Lagoas/MS, Dourados/MS, Ilha Solteira/SP, Goiânia/GO e São Paulo/SP.
	4
	Análise qualitativa dos fatores que levam à prática da corrida de rua
	SANFELICE, et al
	Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo. v.11. n.64. p.83-88. Jan./Fev.
	Google Acadêmico
	2017
	Identifica os fatores que levam as pessoas à prática da corrida de rua e se há diferença entre homens e mulheres.
	5
	Corrida de rua: uma análise qualitativa dos aspectos que motivam sua prática
	ALBUQUERQUE, et al.
	R. bras. Ci. e Mov; 26(3):88-95
	LILACS
	2018
	Identifica e compreende os motivos que levam os indivíduos a buscarem a prática da corrida de rua.
	6
	O discurso da saúde entre corredores: um estudo com participantes experientes da Prova Tiradentes.
	ROJO, J. R.; STAREPRAVO, F. A.; SILVA, M. M.
	Rev. Bras. Ciênc. Esporte vol.41 no.1 Porto Alegre Jan./Mar.
	SciELO
	2019
	Analisa como corredores de rua experientes compreendem o discurso da prática da corrida como busca pela saúde 
	7
	Análise do perfil sociodemográfico, motivos de adesão, rotina de treinamento e acompanhamento profissional de praticantes de corrida de rua.
	FONSECA, et al.
	R. bras. Ci. e Mov,
27(4):189-198
	LILACS
	2019
	Analisa o perfil sociodemográfico, os motivos de adesão, a rotina de treinamento e acompanhamento profissional de corredores de rua. Participaram da pesquisa 214 praticantes de corrida de rua, do sexo masculino e feminino, idade entre 18 e 58 anos devidamente inscritos em provas que fazem parte do calendário oficial de corridas.
Fonte: Dados do estudo, 2020.
O Quadro 2 sintetiza os principais achados dos estudos supracitados, a saber: tipo de estudo; amostra; nível de instrução, tipo de assessoria profissional, periodicidade da prática, bem como distância percorrida e os principais motivadores para a prática da Corrida de Rua.
Quadro 2: Características dos estudos utilizados na presente revisão.
	
	Tipo de estudo
	Amostra
	Nível de instrução
	Assessoria profissional
	Frequência da prática/distância 
	Principais motivadores
	1
	Exploratório, descritivo
	89 corredores de rua (65 do sexo masculino e 24 do feminino) entre 18 e 59 anos
	46 possuem pós-graduação, 32 possuem graduação e 11 têm colegial completo/superior incompleto
	Apenas 13 não recebem acompanhamento; 79 recebem orientação de um educador físico. Dentre estes, nutricionistas, fisioterapeutas e médico também são consultados.
	3 a 4 vezes por semana e duração média de 70 minutos.
	Superação, diversão, saúde, socialização, desestresse, obrigação etc.
	2
	Quantitativo, exploratório descritivo
	33 corredores de rua do sexo feminino com idade entre 20 e 40 anos.
	Três grupos de corrida foram analisados, sendo: 1) moradores da periferia; 2) moradores da região central da cidade e 3) moradores de uma região nobre da cidade.
	Por se tratar de uma prova oficial, conta com o apoio de professores de Educação Física, policiais e equipes de emergência.
	Até 10km
	Saúde, estética, controle do estresse, prazer, sociabilidade e competitividade.
	3
	Transversal, descritiva
	151 atletas (111 do sexo masculino e 40 do sexo feminino). Idade média entre 38 e 41 anos.
	Não informa
	Não informa
	3 vezes por semana (entre 5 e 10km)
	Aumento da disposição cotidiana (46%); saúde (44%); estímulo para competição (35%); perda de peso (34%).
	4
	Descritivo-qualitativo
	30 (15 masculinos e 15 femininos; com idade entre 25 e 55 anos.
	Não informa
	Dos participantes, 12 relatam possuir algum tipo de assessoria de forma intermitente, 1 relata não possuir e 17, sim.
	6 < de 3 vezes por semana; 1 todos os dias; 6 > de 3 vezes por semana e 6 < de 3 vezes por semana.
	Condicionamento físico, seguido pela melhoria da qualidade de vida.
	5
	Descritivo-qualitativo.
	67% foram homens, enquanto 33% mulheres, com média de idade
em anos de 37,4±7,8 e 6,5±2,6.
	78% possuem ensino superior completo e 22% algum tipo de pós-graduação.
	Todos relatam possuir algum tipo de assessoria desportiva, mas não descrevem que profissionais participam da mesma.
	Prática regular de no mínimo 2 anos de atividade. Não explicita frequência semanal.
	Influência de amigos/terceiros; atividade física; melhoria da saúde e desafio.
	6
	Observacional, descritivo-transversal.
	214 praticantes de corridas de rua (62,1% do sexo masculino e 37,9 do sexo feminino)
	78 possuem Pós-graduação, 101 até nível superior, 29 até o nível médio e 6 até o nível fundamental.
	Do total de praticantes, 94 relataram não possuir acompanhamento profissional; 101 são acompanhados por educador físico; 54 por nutricionista; 26 por médicos e 4 por outro profissional não especificado.
	Até 5 vezes por semana, em média 91 minutos 
	91,1% relataram a saúde como fator majoritário para a prática da corrida de rua, seguida de prazer (69,1%); controle do estresse (32,7%) e socialização (24,2%).
	7
	Qualitativo
	8 homens (com mais de 15 anos de experiência)
	Não informa
	Equipe multiprofissional
	Por se tratar de uma prova específica o tempo ficou entre 40 e 60 minutos.
	Objetivos distintos entre os participantes, sendo que entre estes, existem os corredores competitivos que almejam concluir a prova em menos tempo possível e os que apenas desejam completar a prova.
Fonte: Dados do estudo, 2020.
Com o intuito de realizar um estudo exploratório, PALHARES et al. (2012) descreve o perfil e motivos para a prática de corrida de rua e identifica fatores que determinam a participação das pessoas envolvidas, em eventos desportivos, utilizando para tal, um questionário eletrônico para a coleta de dados. O mesmo foi construído a partir de instrumentos disponibilizados na literatura. A amostra do estudo, foi constituída de praticantes e corredores com mais de seis meses de prática desportiva. A Análise de Componentes Principais (ACP) foi aplicada nos dados obtidos a partir devariáveis relativas à motivação para a prática e para a participação em competições. Os autores concluíram que os componentes como “Saúde” e “Superação” identificados, devem ser considerados pelos organizadores de provas e em ações de marketing para o público que participa de tais competições. 
Com o decorrer dos últimos anos, é notório o crescimento da prática da Corrida de Rua tanto pela população em geral, quanto por atletas profissionais. Tal aumento se apresenta em virtude principalmente da facilidade da prática, pelo fato de não serem necessários muitos materiais. Conforme MILES, (2007) a prática da corrida apresenta diversos benefícios, tais como: maior eficiência cardiovascular através de uma frequência cardíaca de repouso mais baixa e um maior volume de ejeção sistólica, melhora dos processos homeostáticos do organismo, e também diminuição no percentual de gordura corporal. Sendo uma prática majoritariamente realizada por homens, FURLAN, (2014) analisou os fatores motivacionais que levam à prática de corrida de rua, mas, neste estudo, público alvo foi do sexo feminino, com idade entre 20 e 40 anos na cidade de Curitiba/PR. O foco do mesmo se deu em seis fatores motivacionais, dentre eles: Controle de estresse; Saúde; Sociabilidade; Competitividade; e Estética e Prazer. Fatores estes que são a base do instrumento de pesquisa utilizado para a coleta de dados: o “Inventário de Motivação à Prática Regular de Atividade Física/Esporte” (IMPRAFE 54). Foram coletados dados de 33 indivíduos participantes da pesquisa, todos do sexo feminino e filiados às assessorias de corrida de rua. A coleta de dados se deu em três assessorias de diferentes faixas econômicas e regiões da cidade, sendo 11 participantes de cada grupo. Como resultados foram encontrados os seguintes dados: Saúde, Estética / Controle do Estresse, Prazer / Sociabilidade e por fim Competitividade. O que aponta que para as mulheres participantes da pesquisa a saúde é a principal motivação para a prática da corrida de rua e a competitividade o fator menos importante. 
É notório que a corrida de rua é uma modalidade esportiva muito praticada atualmente, devido á facilidade de ser executada, aos benefícios para a saúde e ao baixo custo. Comumente vemos pessoas correndo por ruas, praças, parques e avenidas. Sendo assim, EUCLIDES, BARROS E COÊLHO (2016) realizaram um estudo com o intuito de estabelecer a modalidade da corrida preferida e os benefícios físicos alcançados pela corrida, entre os corredores de diferentes provas realizadas no segundo semestre do ano de 2014, nas cidades de Campo Grande/MS, Três Lagoas/MS, Dourados/MS, Ilha Solteira/SP, Goiânia/GO e São Paulo/SP. Foram questionados 151 atletas, sendo 111 indivíduos do sexo masculino e 40 do sexo feminino com média de idade de 37 anos para os homens e 40 anos para as mulheres. A maioria dos participantes deste estudo preferem a corrida dos 10 Km. Os benefícios, que a prática de corrida de rua proporciona, citados pelos atletas são: disposição em suas rotinas diárias (46%), saúde (44%), estímulo para competição (35%), perca de peso (34%), melhora autoestima e prazer (31%), controle de pressão arterial (29%), autodisciplina (25%), resistência física (22%), melhora na capacidade cardiovascular (19%), condicionamento físico (15%), demonstrando assim que este esporte é extremamente benéfico.
A corrida de rua tem apresentado grande crescimento nas últimas décadas, sua prática regular melhora a saúde, diminui o risco de mortalidade e aumenta o condicionamento físico. Entretanto é importante apontar os fatores que levam os indivíduos a iniciarem à prática da corrida de rua. Desta maneira, SANFELICE et al. (2017) realizaram um estudo para identificar os fatores que levam as pessoas à prática da corrida de rua e se há diferença entre homens e mulheres. Foram sujeitos da pesquisa 30 alunos praticantes de corrida de rua com faixa etária entre 25 a 55 anos, categorizados em dois grupos (15 do gênero masculino e 15 do gênero feminino). Para a coleta dos dados foi utilizado um questionário de múltipla escolha contendo oito questões. Com relação aos fatores que levam as pessoas à prática da corrida de rua verificou-se que as respostas com maior frequência foram condicionamento físico e qualidade de vida. Os autores concluíram que estes são os principais fatores que levam homens e mulheres à prática da corrida de rua.
Visando identificar e compreender os motivos que levam os indivíduos a buscarem a prática da corrida de rua, ALBUQUERQUE et al. (2018) realizaram uma investigação descritiva de campo com abordagem qualitativa, no qual se aprofundaram no mundo dos significados das ações e relações humanas. O público do estudo foi composto por 9 indivíduos. Os dados foram coletados por meio de um questionário sociodemográfico e uma entrevista semiestruturada realizada com o auxílio de um gravador de voz. Os dados coletados com o uso do questionário foram tabulados juntamente com as entrevistas e transcritas. Recorreu-se à técnica de análise dos motivos para a prática da corrida de rua, aos quais foram: a motivação de familiares e amigos, saúde, desafio e atividade física como essenciais, sendo a de maior frequência advinda dos relatos a “influência de familiares/amigos”. Diante do exposto, a categoria “influência de familiares/amigos” foi mais presente para a influência dos indivíduos à prática da corrida de rua, o que revela a importância que esta atividade física possui socialmente, pois muitas vezes as pessoas são atraídas pelo sentimento de aceitação, o fazer parte de um grupo ou simplesmente estar correndo com alguém ao lado, estando clara essa mensagem nos relatos.
Com o intuito de analisar como corredores de rua experientes compreendem o discurso da prática da corrida como busca pela saúde ROJO, STAREPRAVO e SILVA (2018) realizaram um estudo, qualitativo através de entrevistas semiestruturadas como instrumento de pesquisa para coleta de dados. Foram entrevistados oito corredores de rua do sexo masculino com mais de 15 anos de experiência na Prova Rústica Tiradentes. O grupo pesquisado apontou que o discurso da saúde colaborou para o aumento no número de praticantes, fato que acarretou numa alteração do perfil dos corredores, além de que o principal elemento motivador dos participantes passou de ser uma virtude competitiva para a busca de uma vida saudável. Os autores concluíram que o discurso está disseminado no pensamento dos corredores, ele é apresentado em alguns momentos com elementos positivos e necessário para a disseminação do esporte.
A corrida de rua é considerada um fenômeno sociocultural contemporâneo em ampla expansão no Brasil e no mundo. No entanto, há uma carência de informações a respeito do perfil sociodemográfico dos praticantes de corridas de rua, assim como os seus motivos de adesão e rotina de treinamento. Essas informações são essenciais para a elaboração de estratégias de intervenção profissional voltadas para os praticantes de corrida de rua. Em estudo realizado por FONSECA et al. (2019) os autores analisaram o perfil sociodemográfico, os motivos de adesão, a rotina de treinamento e acompanhamento profissional de corredores de rua. Participaram da pesquisa 214 praticantes de corrida de rua, do sexo masculino e feminino, idade entre 18 e 58 anos, devidamente inscritos em provas que fazem parte do calendário oficial de corridas. Os praticantes responderam um questionário composto por 18 questões organizadas em 3 categorias: perfil sociodemográfico, motivos de adesão e rotina de treinamento/acompanhamento profissional. Os resultados evidenciaram que a maioria dos praticantes de corrida de rua são do sexo masculino (62,1%), com faixa etária predominante entre 20 e 40 anos, elevado nível de escolaridade e que buscam essa atividade especialmente por motivos de saúde (91,1%) e prazer (69,1%). Apesar de 43,9% dos praticantes não receberem acompanhamento profissional, no qual é necessário e imprescindível, consideram importante a supervisão profissional durante a prática. Sendo assimos dados coletados através dos estudos indicam que, em geral, os adeptos da corrida de rua optam pela prática devido a busca pela melhora da qualidade de vida, saúde e a socialização, bem como a redução do estresse.
6 CONCLUSÃO
Dentre as diversas atividades físicas regulares presentes no cotidiano, percebe-se que a corrida de rua, é bastante utilizada tanto por homens quanto mulheres, amadores e ou profissionais. Muitos foram os relatos de benefícios na qualidade de vida dos seus agentes praticantes (melhoria do estado mental, físico, social e do sistema fisiológico como um todo). É importante frisar que é imprescindível a orientação e acompanhamento por um profissional de Educação Física, o qual é habilitado e possui capacidade profissional adequada não somente à atividade proposta e discutida aqui neste trabalho, mas que detém habilidades como prescrição, orientação, educação em saúde, prevenção e promoção da saúde coletiva.
REFERÊNCIAS
ALBUQUERQUE, et al. Corrida de rua: uma análise qualitativa dos aspectos que motivam sua prática. R. bras. Ci. e Mov; 26(3):88-95, 2018.
ARRUDA, C. J. O sacrifício no ritual das corridas de rua: relatos e significados dos praticantes. Faculdade de Educação Física da Universidade de Brasília, 2016.
CAMPOS, T. M.; MORAES, M. B.; LIMA, E. Rede de Relação e Empreendedorismo na Realização de Corridas de Rua. VII Encontro de Estudos em Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas (EGEPE), 2014.
CBAt. Confederação Brasileira de Atletismo. Disponível em: cbta.org.br/corridas/normas.aspx Acesso em: 24 Abril. 2020.
DALLARI, Martha Maria. Corrida de rua: um fenômeno sociocultural contemporâneo. 2009. 130f. Tese (Doutorado em Educação). Faculdade de educação, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.
EUCLIDES, M. F.; BARROS, C. L.; COÊLHO, J. C.A. Benefícios da corrida de rua. Rev. Conexão Eletrônica – Três Lagoas, MS – Volume 13 – Número 1, 2016. 
FERREIRA, A. C. et al. Prevalência e fatores associados à lesões em corredores de rua do município de Belo Horizonte, MG. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, São Paulo, v. 18, n. 4, p. 252-5, jul./aug. 2012
FONSECA, et al. Análise do perfil sociodemográfico, motivos de adesão, rotina de treinamento e acompanhamento profissional de praticantes de corrida de rua. R. bras. Ci. e Mov, 27(4):189-198, 2019.
FURLAN, A. J. Fatores motivacionais relacionados à prática de corrida de rua por mulheres adultas na cidade de Curitiba/PR. Monografia de Graduação (Bacharelado em Educação Física) – Departamento Acadêmico de Educação Física. Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2014.
GONÇALVES, Luciano. Borges. CORRIDA DE RUA: qualidade de vida e performance. 2007. 50f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) -Faculdade de Educação Física. Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2007.
OLIVEIRA et al. Corrida de rua, esporte e qualidade de vida: um estudo bibliográfico. Revista Digital. Buenos Aires, Ano 20, Nº 207, 2015.
PALHARES, J. M.; BENETTI, M.; MAZZEI, L. C.; BASTOS, F. C. Perfil e preferências de praticantes de corrida de rua: Um estudo preliminar. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo. v.11. n.64. p.83-88. Jan./Fev, 2012.
ROJO, et al. Corrida de rua: reflexões sobre o “universo” da modalidade. Corpoconsciência, Cuiabá-MT, vol. 21, n. 03 p. 82-96, set./dez, 2017.
ROJO, J. R.; STAREPRAVO, F. A.; SILVA, M. M. O discurso da saúde entre corredores: um estudo com participantes experientes da Prova Tiradentes. Rev. Bras. Ciênc. Esporte vol.41 no.1 Porto Alegre Jan./Mar, 2018.
ROSA, J. P. Corridas de rua: aprendizagens no tempo presente. Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2013.
SALGADO, J. V. V.; CHACON-MIKAHIL, M. P. T. Corrida de rua: análise do crescimento do número de provas e de praticantes. Revista da Faculdade de Educação Física da UNICAMP, Campinas, v. 4, n. 1, 2006.
SANFELICE, et al. Análise qualitativa dos fatores que levam à prática da corrida de rua. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, São Paulo. v.11. n.64. p.83-88. Jan./Fev, 2017.
SOUZA, M. T.; SILVA, M. D.; CARVALHO, R. Revisão integrativa: o que é e como fazer. einstein. zap 8(1 Pt 1):102-6, 2010.
ANEXO G – AVALIAÇÃO FINAL DO PE
FICHA 3 – PAPER COMPLETO
É PREENCHIDA PELO ORIENTADOR
 CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
	NOME DO ACADÊMICO: PEDRO PAULO PERES MAILLO
	TURMA: EFL0625/7
	ORIENTADOR: REGINA MARIA DA SILVA FONSECA
	TEMA: CORRIDA DE RUA: ATIVIDADE COMPLETA E MAIS PRATICADA
	ASPECTOS A CONSIDERAR
	NOTA
	I- Relevância da pesquisa (âmbito social, pessoal, educacional, entre outros).
	
	II- Consistência teórica (cientificidade do Paper).
	
	III- Elementos textuais (Introdução/Desenvolvimento/Considerações Finais apresentam os propósitos de cada elemento).
	
	IV- Clareza e correção de linguagem (fluência do texto; ausência de erros ortográficos; coerência do texto; preocupação com a figura do leitor).
	
	V-Apresentaçãoformal(normas de produçãoacadêmica,utilizaçãocorreta das normas da ABNT: formatação, citações, referências, entre outras).
	
	NOTA FINAL: Atribuir nota de 0 a 10 a cada item. A nota final é o resultado da soma das notas obtidas nos cinco aspectos considerados, dividido por cinco.
	
Data: ___/___/_____ ______________________________________________ 
 Assinatura do Orientador
ANEXO H – AVALIAÇÃO DA SOCIALIZAÇÃO DO PE
FICHA 4 – SOCIALIZAÇÃO
É PREENCHIDA PELO ORIENTADOR
 CURSO: BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
	NOME DO ACADÊMICO: PEDRO PAULO PERES MAILLO
	TURMA:EFL0625/7
	ORIENTADOR: REGINA MARIA DA SILVA FONSECA
	TEMA: CORRIDA DE RUA: ATIVIDADE COMPLETA E MAIS PRATICADA
	ASPECTOS A CONSIDERAR
	NOTA
	I- Apresentação do conhecimento teórico (domínio do conteúdo, relação teoria- prática).
	
	II- Relevância das conclusões apresentadas.
	
	III- Clareza na comunicação; postura; objetividade.
	
	IV- Didática da apresentação (forma, instrumentos, recursos utilizados na apresentação).
	
	V- Coerência entre a socialização e a produção escrita da pesquisa.
	
	NOTA FINAL: atribuir nota de 0 a 10 a cada item. A nota final é o resultado da soma das notas obtidas nos cinco aspectos considerados, dividido por cinco.

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