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RISCOS E BENEFÍCIOS DA PRÁTICA DE CORRIDA DE RUA AOS ATLETAS AMADORES

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RISCOS E BENEFÍCIOS DA PRÁTICA DE CORRIDA DE RUA AOS ATLETAS AMADORES
MORENO, Lígia Helena Zanchetta
BENVENUTTI, Felipe Augusto
RESUMO
O presente trabalho apresenta os principais riscos e benefícios que a corrida de rua oferece a seus praticantes, visando especialmente atletas amadores. Por meio de uma pesquisa bibliográfica em livros, artigos, revistas científicas e documentos monográficos, o estudo busca enumerar os benefícios que a prática de corrida de rua proporciona no âmbito da saúde física e psicológica, além de identificar alguns riscos que especialmente atletas amadores podem estar sendo submetidos ao praticar a atividade de forma inadequada e sem a orientação de um Profissional de Educação Física. Conclui-se que a corrida de rua proporciona uma vida mais saudável aos seus adeptos, beneficiando corpo e mente, prevenindo doenças de origem cardiovascular, auxilia na perda de gordura e ganho de massa muscular, diminui estresse e ansiedade, entre muitos outros fatores positivos. Quanto aos seus possíveis riscos, destacam-se principalmente lesões nos membros inferiores, sendo o joelho o local mais atingido devido a força do impacto durante a atividade, geralmente está relacionado à falta de experiência ou quando o ocorre um treinamento exaustivo e principalmente sem o acompanhamento de um profissional de Educação Física.
Palavras-chave: Corrida de rua. Riscos. Benefícios. 
1. INTRODUÇÃO
A corrida de rua vem tornando-se popular nos últimos tempos. Nota-se que essa prática vem ganhando cada vez mais novos adeptos por ser uma atividade acessível para todas as classes, assim como, pela busca e cuidado com a saúde, pela integração social, entre outras razões que serão apresentadas no decorrer deste trabalho.
A problemática da pesquisa questiona os riscos que corredores amadores podem estar sendo expostos, ao iniciar a atividade sem algum acompanhamento ou orientação de um profissional da área de Educação Física. Assim como, enfatiza o beneficiamento que a prática desta modalidade proporciona aos seus adeptos.
Desta forma, como objetivo principal, o presente trabalho buscará apresentar os principais riscos e benefícios da prática de corrida de rua para atletas amadores. Destacando e descrevendo alguns dos diversos benefícios que a corrida oferece no âmbito da saúde física e também psicológica. 
Ainda, será identificado alguns riscos que a prática inadequada desta atividade pode representar aos corredores, as possíveis consequências, formas de prevenção, com destaque no Profissional de Educação Física durante a prática da atividade de corrida de rua. 
Com relação a metodologia utilizada nesta pesquisa, a abordagem se classificará como qualitativa. Quanto aos procedimentos técnicos será uma pesquisa bibliográfica, de modo que, será realizado um levantamento bibliográfico em livros, artigos, periódicos, revisando e comparando resultados principalmente de pesquisas acadêmicas e de profissionais da área.
O presente estudo servirá como fonte de informação para os que desejam iniciar a prática de corrida de rua, bem como, para os atuais praticantes da atividade, especialmente atletas amadores. Além disso, será relevante como fonte de pesquisa para acadêmicos e profissionais da área.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Evolução da corrida de rua
Segundo Dallari (2009), as primeiras corridas pedestres se consolidaram no início do século XVII na Grã-Bretanha, pela classe trabalhadora. A autora, entretanto, cita como marco principal na história da corrida, a maratona realizada em 10 de Abril de 1896 nos Jogos Olímpicos na cidade de Atenas na Grécia.
Lunzenfichter (2003 apud Dallari, 2009, p. 25) afirma que a prova “representava o vínculo da celebração moderna com os tempos heroicos”. Uma homenagem a Phidippides, o mensageiro que percorreu os 40 km de Maratona a Atenas, para levar a notícia da vitória dos Gregos sobre os Persas em 490 a.C e morreu de exaustão logo que cumpriu a missão.
Como informam Mendes e Ferreira (2010), na década de 70 a corrida se popularizou ainda mais, principalmente nos Estados Unidos, quando em 1968 o médico norte-americano Kenneth Cooper, criou o "Teste de Cooper” com o objetivo de avaliar o condicionamento físico das forças armadas, medindo a distância que o atleta consegue correr em 12 minutos.
De acordo com as normas oficiais da IAAF – International Association of Athletics Federations (Federação Internacional das Associações de Atletismo), especificamente a Regra 240, a corrida de rua possui distância padrão para homens e mulheres, sendo 10km, 15km, 20km, Meia Maratona (21,095km), 25 km, 30 km, Maratona (42,195km), 100km e Revezamento em Rua. 
No que diz respeito ao percurso, a regra determina que as corridas devem ser realizadas em ruas pavimentadas, porém largadas e chegadas podem serem feitas em estádios.
Uma característica interessante sobre a atual distância da Maratona é contada na tese de Dallari (2009, p. 26):
A maratona, inicialmente identificada com a distância aproximada de 40 km passou a ser associada a exatamente 42.195 metros. Nos Jogos Olímpicos de 1908, realizados em Londres, a chegada da maratona deveria acontecer no White City Stadium, diante do camarote real. Entre este ponto a largada, a ser dada no castelo de Windsor, a distância seria de exatamente 26 milhas ou 41.840 km. Atendendo a uma solicitação feita à última hora pela rainha o início da corrida foi transferido para um terraço no lado leste do castelo, de onde poderia ser visto pelas crianças reais em seus aposentos. A mudança representou um acréscimo de 385 jardas à distância inicialmente estabelecida. O intervalo de 42.195 m foi oficializado pela IAAF – International Amateur Atlhetic Federation (hoje International Association of Athletic Federations) em 1921 e não mais se alterou.
Dallari (2009), também apresenta em sua tese, alguns marcos na história das maratonas, citando o ano da criação de algumas maratonas pelo mundo. Em 1897 foi criada a Maratona de Boston, em 1924 a Maratona de Kosice, em 1947 a Maratona de Fukuoka no Japão, em 1970 a Maratona de New York, em 1974 a Maratona de Berlim, em 1976 a Maratona de Paris, em 1977 a Maratona de Chicago e em 1981 a Maratona de Londres.
No Brasil, Gonçalves (2012), aponta a Corrida de São Silvestre como a prova de corrida de rua mais famosa do país. A prova é realizada desde 1925, na cidade de São Paulo, sempre no dia 31 de Dezembro.
A autora também informa que somente em 1945 a Corrida de São Silvestre se tornou Internacional, com a presença de atletas convidados do Chile e Uruguai. Além disso, até 1974 apenas homens participavam da prova. Somente em 1975, quando a ONU (Organização das Nações Unidas) declarou o Ano Internacional da Mulher, foi então organizada a prova feminina.
Desta forma, vimos que, a corrida de rua é uma das atividades mais antigas do mundo, remetendo aos tempos heroicos, passou por algumas transformações ao longo do tempo e continua evoluindo até os dias atuais, conquistando novos praticantes que começam a correr por diferentes objetivos, sejam estes de saúde, estético, sociais, entre outros.
A corrida de rua e seus benefícios aos praticantes
“A busca pela prática da corrida de rua ocorre por diversos interesses, que envolvem desde a promoção de saúde, a estética, a integração social, a fuga do estresse da vida moderna, a busca de atividades prazerosas ou competitivas.” (SALGADO, 2006, p. 92)
Stapassoli (2012), explica que os objetivos do corredor vão além da saúde física, diversas vezes, a corrida se torna um meio de escape da pressão diária que afeta milhares de pessoas, desta forma, a busca por esta prática também tem como objetivo o bem estar emocional.
Dentre os muitos benefícios da corrida, Machado (2009) cita a diminuição da ansiedade e do estresse, a melhora da sensação de bem-estar e, consequentemente, do desempenho profissional.
Com o que diz respeito a saúde física, evidências científicas têm mostrado que exercícios aeróbicos, incluindo a corrida, estão ligadas a diversos benefícios, tais como: “diminuição na concentração de triglicerídeos(TG), lipoproteínas de baixa densidade (LDL) e do colesterol total (CT)” (SCHAAN et al., 2004 apud TRUCCOLO et al., 2008).
A prática da corrida de rua também tem sido indicada no tratamento de doenças cardiovasculares como hipertensão arterial, diabetes mellitus tipo 2, obesidade e hipercolesterolemia, insuficiência cardíaca, entre outras. Tem sido demonstrado que a corrida pode proporcionar angiogênese (aumento do número de vasos sanguíneos), o que contribui para aumentar o fluxo sanguíneo no coração e nos músculos, bem como o consumo de oxigênio, hipertrofia excêntrica no coração, facilitando aumento do volume sistólico e do débito cardíaco e bradicardia de repouso, todos esses fatores contribuindo para que o organismo passe a ser mais eficiente. (ISHIDA et al., 2013, p.55)
A corrida de rua para a prevenção de doenças de origem cardiovasculares também é recomendada na pesquisa de Sena (2018), reforçando que embora sendo benéfica para estes casos, é fundamental o acompanhamento médico e aumentar a frequência e intensidade do treinamento de forma gradativa.
Para o preparador físico D’Elia (2013), a corrida de rua é considerada uma atividade completa, envolvendo praticamente todos os músculos do corpo, sendo aliada na queima de gordura e ganho de massa muscular, além de ser um dos exercícios mais recomendados para o bem-estar físico e mental.
D’Elia (2013), enumera cinco principais benefícios da prática de corrida de rua: doenças são combatidas pela prática de atividade física regular; a liberação de endorfina, que beneficia a saúde e o bem estar; a corrida aumenta a auto confiança e otimismo frente aos desafios que temos na vida; melhora o sono e a recuperação dos esforços rotineiros; após uma corrida o sentimento de recompensa é frequente.
Corrida de rua e possíveis riscos aos praticantes
A corrida de rua se torna popular por ser um esporte acessível para todas as classes, porém, por falta de orientação e experiência pode dificultar o desempenho do praticante e até mesmo ocasionar lesões (OLIVEIRA et al., 2012).
Sena (2018), em seu estudo, confirma a ideia que devido à falta de experiência, atletas amadores estão mais suscetíveis a apresentarem lesões, muitas vezes por executarem o treino de forma exaustiva. O autor ainda reforça que cada indivíduo tem suas limitações, por isso, a importância do acompanhamento e orientação de um profissional de Educação Física.
Em uma pesquisa realizada por Ishida et al. (2013), que selecionou 94 participantes de provas de corrida de rua, observou-se que somente 36% dos praticantes, treinavam com acompanhamento de um profissional de Educação Física. A pesquisa também revelou que 34% da amostra já havia sido acometida com alguma lesão e 67,7% destas lesões vieram especificamente de treinamento e competições de corrida de rua.
Ishida et al. (2013) também constatou que, dos participantes da pesquisa que já apresentaram algum tipo de lesão, os membros inferiores são os mais afetados, sendo o joelho o local anatômico mais atingido, resultado este que também foi revelado no estudo de Oliveira et al. (2012), que dos 77 corredores 32,5% apresentaram lesões nos últimos 12 meses. 
Além disso, foi observado que a prática de outras atividades esportivas somadas ao treinamento de corrida pode contribuir para o surgimento de lesões, assim como fatores relacionados ao processo de envelhecimento. E em ambos os estudos, a inexperiência na modalidade em questão, também se apresentou como fator de risco de lesões.
Outros autores também apresentaram estes resultados, Pereira (2010), por meio de sua pesquisa chegou à mesma conclusão de que o joelho é o principal local afetado por lesões, assim como no estudo de Hespanhol et al. (2012), que explica que geralmente a alta taxa de lesões no joelho, se explica pela grande magnitude de força de impacto no membro inferior durante a prática de corrida, variando entre um e meio até três vezes o peso corporal.
Sena (2018) ressalta que a corrida é um esporte de movimentos repetitivos e constantes. Hreljac (2005 apud ISHIDA et al. 2013) complementa que o esforço repetitivo pode justificar a incidência de lesões, pois aumentando a distância percorrida, aumenta o número de passadas, consequentemente o aumento do estresse, visto que, uma longa distância gera maior frequência de passadas.
Para Hreljac (2000 apud PEREIRA, 2010), a maioria das lesões que os praticantes de corrida estão sujeitos, podem ser classificadas em lesões por overuse, ou seja, uso excessivo, quando se expõe a grande quantidade de força repetitiva. Apesar de também estarem propensos a lesões repentinas como uma entorse de tornozelo, por exemplo.
Outro risco identificado que o atleta amador pode estar sendo submetido, é com relação a sua saúde nutricional. Em um estudo para avaliar o perfil nutricional de praticantes de corrida de rua, Goston e Mendes (2011) constataram que, apesar de o grupo avaliado manter um estado nutricional adequado com relação as variáveis antropométricas, foi identificado uma baixa ingestão energética total, inadequada para a prática regular de corrida, sendo sugerido um aumento na ingestão de carboidratos.
Goston e Mendes (2011) também concluíram através dos resultados de seu estudo, a indispensabilidade de um suporte contínuo de profissionais da área de nutrição esportiva para os atletas. Pois um comportamento nutricional inapropriado, afeta negativamente o desempenho final.
Desta forma, compreende-se que, além de ser fundamental para o corredor de rua, ter um acompanhamento com um Profissional de Educação Física, também é de suma importância obter orientação de um(a) Nutricionista.
O profissional de Educação Física atuando na prevenção de riscos
No que se refere ao treinamento, Cogo (2009) em sua pesquisa afirma que o profissional enquanto treinador deve organizar uma planilha de treinos individualizada, onde deve passar o tipo do exercício e a intensidade, a fim de evitar o estresse excessivo. Outro fator a ser levado em consideração é o terreno em que o treino é realizado.
“Alguns testes como: mobilidade articular, de campo, avaliar pisada, periodização, trabalhar níveis de segurança, são essenciais para prevenção e diminuição do risco de lesões em corredores.” (DOMINGUES et al., 2013)
Segundo Hreljac (2005 apud PEREIRA, 2010), há três grandes grupos de variáveis que são identificadas como fatores de riscos de lesões: fatores de treinamento, fatores anatômicos e fatores biomecânicos. Através da observação e estudo destas variáveis, o profissional de Educação Física como treinador, poderá executar um plano preventivo. 
Fatores de Treinamento: calçado impróprio, alto volume de intensidade, súbito aumento no volume de intensidade inadequado, alongamento de membro inferior.
Fatores Anatômicos: pés cavos/planos, joelhos varos, discrepância de comprimento de perna.
Fatores Biomecânicos: estatura, peso, flexibilidade de Isquiostibiais, densidade mineral óssea.
Somado a isso, Pereira (2010) também destaca a importância do indivíduo como praticante de corrida de rua, realizar as atividades propostas pelo treinador e ditar como está se sentindo em relação a elas, observando o que o treino está lhe proporcionando.
Um fator apresentado no estudo de Hespanhol et al. (2012) que tem sido sugerido por profissionais da área da saúde, com intuito de reduzir as lesões musculoesqueléticas na prática de corrida, seria a realização de exercícios de flexibilidade (alongamentos) antes de correr e o uso de tênis especiais para a corrida, que geralmente são caríssimos. 
Mesmo não encontrando evidências científicas que comprovem a eficácia dessas medidas de prevenções, a pesquisa de Hespanhol et al. (2012) mostrou que a maioria dos participantes realizam exercícios de flexibilidade antes e/ou após de correr, isso se deve ao fato de tanto atletas como treinadores acreditarem que estes alongamentos podem sim prevenir lesões.
A princípio, para obter bons resultados, Sena (2018) recomenda manter uma frequência de treinamento de três vezes na semana, e conforme o nível de condicionamentoe o objetivo do corredor pode-se intercalar com os métodos contínuos e intervalados.
Para pessoas sedentárias, por exemplo, o pesquisador orienta que iniciem a correr com uma intensidade baixa, dessa forma, o corpo começará a se adaptar com os treinos, e aos poucos poderá ir aumentando a intensidade. Assim, prevenirá lesões resultante do despreparo físico.
Ao controlar a intensidade do treinamento de forma mais precisa, a atividade se torna muito mais atrativa ao atleta, e o mesmo começa a sentir-se mais seguro na tomada de decisões quanto ao que se pode e deve fazer durante o treinamento, proporcionando maior benefício da prática. (SENA, 2018 p. 17-18)
Domingues et al (2013), reforçam que cabe ao profissional de Educação Física, identificar o que busca cada corredor, sendo que os fatores motivacionais são individuais. Compreendendo os objetivos do praticante, facilitará o processo de incentivo, a fim de criar cada vez mais vínculos com a atividade e diminuirá o risco de abandonar a prática.
2.1 METODOLOGIA
Com relação a abordagem, a pesquisa se classificará como qualitativa. Minayo (2003), aborda que, a pesquisa qualitativa trabalha com o universo dos significados, dificilmente sendo traduzida com indicadores quantitativos, desse modo, deve ser interpretada pelos próprios pesquisadores.
Quanto aos procedimentos técnicos a pesquisa se classificará como bibliográfica, pois de acordo com Gil (2008, p. 50), “A pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos.” 
Desta forma, a coleta de dados será realizada por meio de um levantamento bibliográfico em livros, artigos, sites, periódicos e documentos monográficos.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
No decorrer da presente pesquisa, identificou-se o surgimento da corrida de rua, marcos históricos da atividade e evolução ao longo dos anos. Além disso, pode-se verificar algumas normas oficiais e algumas das principais provas que ocorrem no Brasil e no mundo.
Constatou-se que a corrida de rua, apesar de poder ser praticada em grupo, é uma atividade muito individual, cada corredor possui uma motivação particular, seja ela saúde, bem estar emocional, estética, fuga do estresse da vida moderna, integração social, entre outros.
Porém, há alguns riscos que especialmente corredores amadores podem estar sendo submetidos, na maioria das vezes por não buscar orientação de um profissional de Educação Física, somado a falta de experiência, acabam executando o treino de forma exaustiva, não respeitando seu limite corporal, consequentemente, acabam se lesionando. Em diversos estudos apresentados nesta pesquisa, comprovou-se que o joelho é o local anatômico mais atingido com lesões decorrentes da atividade de corrida, relacionado ao impacto causado por movimentos constantes e repetitivos.
Destacou-se, dessa forma, que a orientação e acompanhamento de um profissional de Educação Física são essenciais, por meio do planejamento de um treinamento adequado para cada indivíduo, é possível elaborar um plano de prevenção de riscos. Importante avaliar fatores anatômicos, biomecânicos e de treinamento, além de compreender o objetivo que cada corredor está buscando com a prática de corrida.
Diante dos benefícios identificados que a atividade de corrida de rua promove aos seus praticantes, ressalta-se a prevenção de doenças de origem cardiovascular, o auxílio na perda de gordura e no ganho de massa muscular, diminuição do estresse e ansiedade, proporcionando bem-estar físico e mental.
Avaliando todos os aspectos positivos que a corrida oferece aos seus praticantes, conclui-se que a prática dessa modalidade esportiva é sim benéfica aos seus adeptos, sejam eles amadores ou não. Além de ser um esporte acessível para todas as classes e beneficiar corpo e mente. Com a devida orientação de profissionais da área de educação física, diminuirá a possibilidade de riscos durante a prática e obterá melhores resultados.
REFERÊNCIAS
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