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Cuiabá 2018 WILHAN GUIMARÃES SENA CORRIDA DE RUA: RISCOS E BENEFÍCIOS Cuiabá 2018 CORRIDA DE RUA: RISCOS E BENEFÍCIOS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à UNIC-Universidade de Cuiabá, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Educação Física-Bacharel Orientador: Camila Santos WILHAN GUIMARÃES SENA WILHAN GUIMARÃES SENA CORRIDA DE RUA: RISCOS E BENEFÍCIOS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à UNIC-Universidade de Cuiabá, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Educação Física-Bacharel. BANCA EXAMINADORA Prof.(a). Titulação Nome do Professor(a) Prof.(a). Titulação Nome do Professor(a) Prof.(a). Titulação Nome do Professor(a) Cuiabá, 15 de Junho de 2018. Dedico este trabalho a Cleidiana Santana de Oliveira pela dedicação e parceria, e não mediu esforços para que eu chegasse nessa etapa da minha vida. AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus por ter me concedido o dom da vida e força para superar as dificuldades. Agradeço aos professores Rosemar e Claudinei, pois sempre tiveram disposição para esclarecer minhas duvidas, orientar e dar dicas. Agradeço em especial minha amiga Cleidiana Santana de Oliveira por ajudar a fazer este trabalho, debatendo comigo assuntos relacionados com o meu tema, levantando perguntas e sempre lendo meu trabalho e fazendo criticas construtivas que contribuíram para meu aprendizado. Todas essas pessoas me forneceram as ferramentas que fizeram eu concluir essa etapa muito importante da minha vida. SENA, Wilhan Guimarães. Corrida de Rua: Riscos e Benefícos: 2018. Número total de folhas: 28. Trabalho de Conclusão de Curso (Educação Física Bacharel) – Unic, Cuiabá, 2018. RESUMO Esse trabalho tem como objetivo analisar a corrida de rua como um fenômeno popular, e que tem alcançado muitos adeptos nas mais diversas faixas etárias e classes econômicas. Diante dessa explosão de adeptos levantou-se a necessidade de investigar os riscos associados à prática da corrida de rua, identificando as lesões mais comuns, que acometem seus praticantes considerando seus inúmeros benefícios quando há um programa de treinamento adequado e as razões que levam esses indivíduos a se manterem motivados a alcançar novos desafios e aumentar a distancia percorrida diminuindo o tempo para cumprir determinado percurso. Este estudo abordou diferentes opiniões em relação à história da corrida por se tratar de uma das atividades físicas mais antigas e populares sendo praticada por civilizações no mundo todo, passando por muitas transformações até os dias de hoje para que se desenvolvessem os métodos de treinamentos. Hoje em dia todos os aspectos que estão relacionados com a corrida de rua têm sido colocados como um objeto de estudo, pois é muito mais do que um esporte, em determinados contextos de cada sociedade é uma herança cultural, sendo muitas as razões que levam as pessoas a entrarem para grupos de corrida de rua, sendo essas diferentes para mulheres e homens conforme elencado nessa pesquisa. Além disso, com o crescimento da popularidade da corrida, aumentou expressivamente os riscos de lesões, sendo os membros inferiores são os mais afetados. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica onde as fontes utilizadas foram livros, artigos, documentos monográficos e revistas cientificas. Através do presente estudo concluiu-se que a corrida de rua tem o propósito de oferecer uma vida mais saudável aos seus praticantes, beneficiando o corpo e a mente no mais pleno sentido, razão que explica o seu fenômeno. Quanto aos seus impactos e riscos percebeu-se que esta mais relacionada com conscientização do limite corporal, acompanhamento profissional e planejamento do treinamento adequado, que por fim resultara no sucesso da pratica. Palavras-chave: Corrida de rua; Motivação; benefícios; lesões; SENA, Wilhan Guimarães. Street race: Risks and Benefíts: 2018. Número total de folhas: 28. Trabalho de Conclusão de Curso (Educação Física Bacharel) – Unic, Cuiabá, 2018. ABSTRACT This article have to analyze the street race as a popular phenomenon, and that has reached many adherents in the most diverse age groups and economic classes. In the face of this explosion of adepts, the need to investigate the risks associated with the practice of street racing has been identified, identifying the most common injuries that affect their practitioners considering their many benefits when there is an adequate training program and the reasons that lead these individuals to remain motivated to reach new challenges and increase the distance traveled by reducing the time to fulfill a certain route. This study deals with different opinions regarding the history of the race because it is one of the oldest and most popular physical activity being practiced by civilizations worldwide, going through many transformations to the present day to develop the methods of training. Nowadays all the aspects that are related to the street race have been placed as an object of study, because it is much more than a sport, in certain contexts of each society is a cultural heritage, being many reasons that take the to street race groups, which are different for women and men as listed in this survey. In addition, as the race's popularity grew, it significantly increased the risk of injury, with lower limbs being most affected. It is a investigation bibliographical research where the sources used were books, articles, monographic documents and scientific journals. Through the present study it was concluded that the street race is intended to offer a healthier life to its practitioners, benefiting the body and mind in the fullest sense, which explains its phenomenon. Regarding its impacts and risks, it was noticed that this is more related to awareness of the corporal limit, professional accompaniment and adequate training planning, which in the end resulted in the success of the practice. Key-words: Street race; Motivation; benefits; injuries; LISTA DE GRÁFICOS GRÁFICO 1. Ordem de criação das Maratonas...................................................14 SUMÁRIO 1.INTRODUÇÃO ...................................................................................................................10 2.BENEFICIOS DA CORRIDA DE RUA AOS PRATICANTES..................................12 2.1 HISTÓRIA DA CORRIDA DE RUA...............................................................................................................12 3. BENEFÍCIOS FISIOLÓGICOS ASSOCIADOS A CORRIDA DE RUA ........................16 3.1 GRUPOS ESPECIAIS..................................................................................................................................16 4. CORRIDA DE RUA: RISCOS E FATORES MOTIVACIONAIS ....................................... 19 4.1 CORRIDA DE RUA: OS PRINCIPAIS RISCOS.......................................................................................... 19 4.2 CORRIDA DE RUA: FATORES MOTIVACIONAIS......................................................................................22 5.REFERÊNCIAS ....................................................................................................................................................... 26 10 1. INTRODUÇÃO Correr é uma das atividades mais primitivas do ser humano, tal ato é como um vínculoque nos mantém conectados com nossos ancestrais mais distantes, diante dessa herança histórica atualmente vivenciamos uma explosão de adeptos dessa atividade que se tornou a modalidade esportiva mais popular da sociedade moderna. A corrida de rua teve início a partir dos anos de 1970 nos Estados Unidos e já no Brasil consolidou-se como um fenômeno popular no início desse século, em termos simples tal fenômeno explica por se tratar de um esporte que abrange uma diversidade de público que vão em busca de algo além do que uma vida saudável buscam a superação de desafios e a exploração de seus próprios limites. Pensando nisso, eventos, patrocinadores, consultorias e assessórias esportivas movimentam um mercado em constante crescimento e bastante promissor, para um público alvo sedento por adrenalina, visto que, conforme relatados por estudos científicos a corrida proporciona a seus praticantes um imenso prazer, devido à alta liberação de endorfina, hormônio responsável pela sensação de bem-estar. Sendo assim, já é evidente que a corrida de rua traz uma série de benefícios físicos, psíquicos e emocionais, porém, esse aumento considerável de corredores tem despertado o interesse científico da literatura atual, que buscam entender: Quais são os fatores de riscos que estão expostos os praticantes de corrida de rua, e que benefícios resultam na vida dos que aderem a essa pratica? Tendo em vista, que boa parte dos praticantes são amadores e recreacionais, que desconhecem os processos fisiológicos, biomecânicos provenientes desse exercício, como exemplo: os tipos de pisada, métodos e frequência de treinamento, como prevenir lesões, entre outras patologias que podem ser agravadas por falta de conhecimento do mesmo. Portanto, partindo desse cenário o presente estudo tem como objetivo compreender as motivações que movem indivíduos de todas as idades a prática da corrida de rua, assim como alertar os riscos resultantes de uma prática inadequada, 11 visando desta forma o melhor desempenho em benefícios dos atletas praticantes dessa modalidade esportiva. Essa pesquisa abordará sobre os benefícios e/ou riscos da corrida de rua e cujo seu objetivo geral é apontar os fatores de riscos que estão expostos os atletas de rua, e quais as vantagens que corrida proporciona para seus praticantes, tanto no âmbito social, físico, motor e psicológico. Este trabalho visa reunir as informações e dados que servirão de base para construção da investigação proposta a partir do tema apresentado. Sendo uma pesquisa bibliográfica, além de traçar um histórico sobre o objetivo de estudo, a pesquisa também identificará contradições e respostas anteriormente encontradas sobre a problematização. As fontes utilizadas serão: livros, artigos, documentos monográficos e revistas. O material será lido, analisado e interpretado. Durante o processo da pesquisa bibliográfica, será feito anotações e fichamentos sobre os conteúdos que foram mais importantes, e que eventualmente serão usados como fundamentação teórica do trabalho. A abordagem será qualitativa por ser um método de investigação cientifico que se foca no caráter subjetivo do objeto analisado, estudando as suas particularidades e experiências dos autores referenciados. 12 2. BENEFÍCIOS DA CORRIDA DE RUA AOS PRATICANTES 2.1 A História das Corridas de Rua O movimento é um dos primeiros campos funcionais a se desenvolver no corpo humano, e à medida que crescemos e adquirimos a maturação e habilidades locomotoras já não queremos apenas andar, mais também a correr. Oliveira (2010) aponta em sua obra, que existem de fato referências que sugerem a presença da corrida em antigas civilizações, há exemplo disso observam- se diversos relatos bíblicos relacionados com corredores que percorriam longas distâncias para explorar e reconhecer os possíveis locais de moradia para suas tribos, bem como comunicar com reis ou grupos de maior poder aquisitivo, simplesmente acompanhando o trajeto de pessoas e veículos de tração animal. Em outros escritos bíblicos, Oliveira (2010) observa que os escritores comparam a corrida como uma competição, onde os cristãos que buscam o paraíso, a vida eterna, ou fazer a “vontade de Deus” devem ter qualidades semelhantes aos de atletas, como exemplo: ter objetivos definidos e perseverança, tudo em prol de alcançar o prêmio destinado aos vencedores. Há também na história outros fatos relevantes sobre a origem da prática da corrida. Segundo Mandell (1984) apud Dalari (2009 p.23): Os primeiros corredores seriam os “Footmen”, empregados que, no século XVI, iam a pé, na frente e ao lado das carruagens, para conduzir os cavalos de modo a evitar grandes buracos e troncos caídos e para segurá-las em caso de oscilações perigosas e que perderam suas funções com as melhorias nas estradas. Em contrapartida com as ideias citadas acima, Noakes (1991) apud Dalari (2009 p.23) em sua obra afirma: As corridas pedestres modernas têm origem nos mensageiros, gregos e romanos inicialmente, depois na Grã-Bretanha, por volta do ano 1000 e no restante da Europa e na Turquia a partir do século XV. No final do século XVIII, com a melhora das condições das estradas as notícias deixaram de ser transportadas a pé e os mensageiros se tornaram corredores. 13 A origem das maratonas está relacionada com a famosa história ocorrida no ano de 490 A.C, onde o grego Fidípides, recebeu a missão de comunicar os Atenienses de que os gregos teriam vencidos a batalha de Maratona contra os Persas. Porém, ao chegar ao seu destino, após ter percorrido os 42 quilômetros, o mesmo deu a notícia, caiu ao chão e morreu. Diante deste fato histórico, surgiu a corrida de fundo, com a distância de 42,193. (Maratona) já na primeira edição dos jogos Olímpicos da era moderna, em 1896 (MATTHIESEN, 2007). Segundo Machado (2011), as corridas de rua surgiram no século XVIII na Inglaterra, e foi mais bem difundida no século XIX em virtude da primeira maratona olímpica, pelo médico norte-americano Kenneth H. Cooper, criador do método de Cooper, o mesmo foi o responsável por popularizar a corrida de rua de forma surpreendente por todo mundo. De acordo com a federação internacional das associações de atletismo (IAAF) as corridas de rua são definidas por provas de pedestrianismo, com disputas em circuitos que podem ser realizados em ruas, avenidas e estradas, com distâncias entre 5 km, 10 km, 15 km, 20 km, meia maratona (21.095 metros) e maratona (42.148 metros). Interessante notar que atualmente há um aumento expressivo da prática de corrida de rua na sociedade moderna. No Brasil, a prática de pedestrianismo tomou grandes proporções na década de 1990, e vem aumentando significativamente nos últimos anos como modalidade esportiva, e vem conquistando cada vez mais adeptos de todas as idades e classes sociais, por se tratar de um esporte de baixo custo e de fácil acesso (MACHADO,2011) A prova de corrida de rua de maior importância no Brasil segundo Rojo (2014), teve sua primeira edição em 31 de dezembro de 1925 na cidade de São Paulo. Devido ao seu grande sucesso, com aumento significativo de corredores a mesma a partir de 1945 passou a aceitar corredores sul americanos e em 1947 atletas do mundo todo, tornando assim mundialmente conhecida como a corrida internacional de São Silvestre (DALLARI,2009). Logo abaixo veremos quando se deu o início das maiores maratonas ao redor do mundo respectivamente. Tabela 1. Ordem de criação das Maratonas: 14 1981 Maratona de Londres Maratona de Boston 1974 Maratona deBerlim 1976 Maratona de Paris 1977 Maratona de Chicago 1947 Maratona de Fukuosa 1970 Maratona de New York 1972 Stramilano ProvaAno 1897 1924 Maratona de Kosice 1925 Corrida de São Silvestre Fonte:Elaborado a partir de dados da AIMS- Association of International Marathons and Road e Luzenfichter (2003). No entanto, foi somente no final da década de 1970 que a corrida de São Silvestre sofreu maiores transformações, pois antes a participação era restrita, para se inscrever era necessário pré-requisitos como ser classificado em uma prova seletiva ou ser representante de um dos estados brasileiros, somente atletas de outros países não necessitavam de passar por essas restrições (DALARRI,2009). Nota-se que após essas transformações houve uma expansão e solidificação das provas e de participantes de corrida de rua, desde então a atividade continuou crescendo, sendo considerado por muitos autores um verdadeiro fenômeno cultural. É importante notar outras mudanças no cenário das corridas de rua relacionado ao perfil dos corredores: A transição de perfil do participante das corridas de rua, alterando as relações percentuais de gênero, faixa etária, classe social e nível de performance; 2)o surgimento de novos modelos de eventos de corrida, que podem ser divididos em duas classes princ ipais, as corridas convencionais e as corridas fashion; e, 3) o surgimento dos grupos de corridas , que dá conta de agregar os novos perfis de corredores, se coloca como alternativa de emprego para ex- atletas e sofre influências pedagógicas baseadas em valores carregados por esses novos profissionais.(OLIVEIRA,2010,p.25) Como extinto de sobrevivência, os seres humanos sempre correram. Segundo Newsholmen, Leech e Duester (2006), não só por suas habilidades físicas, mas por sua capacidade de adaptação, de acordo com os autores, a capacidade 15 humana de se adaptar foi o que manteve vivo, por sua natureza intuitiva de observação, e assim, desenvolveram os primeiros métodos de treinamento. Portanto, torna-se evidente que os primeiros métodos de treinamento foram frutos apenas da observação e comparação de resultados obtidos. Pois de acordo com Newsholmen, Leech e Duester, o homem tem instinto de sobrevivência, não por serem corredores natos, mas por seu histórico de adaptação, tanto na caça como na fuga, os indivíduos sobressaiam, fundamentado por sua natureza intuitiva e de observação, o homem constatou os resultados de suas atividades através de seu desempenho. As afirmações de Newsholme, Leech e Duester (2006), está de acordo com Bompa (2002), que diz que o treinamento não é um costume exclusivo da sociedade moderna, pois desde a antiguidade se treinava sistematicamente adotando métodos de treinamentos planejados para o desempenho de atividades militares ou olímpicas. Os autores da atualidade apenas vêm confirmando o que Cooper havia descoberto a mais de meio século, porém é importante ressaltar que avanços nos campos da filosofia do exercício, bioquímica e áreas afins contribuem enormemente para o aperfeiçoamento do processo de treinamento. (COGO, 2009, p12). Desde os tempos da Grécia Antiga, até os dias atuais o esporte obteve uma crescente evolução, é possível acompanhar essa evolução observando períodos que marcam o treinamento esportivo. Assim sendo, conforme citado pelos autores acima os atletas da antiguidade mesmo sem conhecimento científico deram uma enorme contribuição para um melhor desenvolvimento e aperfeiçoamento dos métodos de treinamentos sistematizados, e com base nas suas opiniões já não é possível ignorar que a prática de atividades esportivas oferece benefícios incalculáveis a saúde humana. 16 3. BENEFÍCIOS FISIOLÓGICOS ASSOCIADOS A CORRIDA DE RUA 3.1 GRUPOS ESPECIAIS A correria do dia a dia, associada à péssima alimentação, tem contribuído para que a saúde dos indivíduos entre em declínio, tornando mais suscetível ao surgimento de patologias. Entendemos, porém, que a preocupação relacionada com a saúde da população já existia desde os tempos antigos. Herodito (480 a.C), médico e atleta na Grécia antiga, influenciou Hipócrates (460 a.C.) a estudar, dentre outros assuntos que naquela época já despertavam interesse, a nutrição, os benefícios do exercício e as consequências do sedentarismo à saúde. (MACHADO 2009, p. 27). Assim, o que antes era apenas objeto de estudo hoje é uma realidade, cada vez mais os indivíduos têm conscientizado da importância da prática de exercícios físicos, com isso estudos científicos tem buscado compreender a associação entre pratica de atividades física e a saúde. De modo geral, profissionais da saúde afirmam que o envelhecimento saudável deve estar associado com a pratica de atividade física. (Matsudo S; Matsudo V, 2001). Atualmente acredita-se que indivíduos com mais de 50 anos de idade que mantém uma prática regular de atividade tem uma capacidade aeróbia 20% a 30% maior que adultos jovens sedentários (FARINATTI, 2008). A caminhada é a base inicial de quem almeja iniciar uma atividade física e talvez se aventurar na corrida de rua, e entre profissionais da área de saúde é bem recomendada, visto a mesma ser uma aliada no combate a obesidade, sedentarismo e outras patologias associadas a vida moderna (MAZO,LOPES; BENEDITTI,2009) Pensando sobre os grupos de riscos como os obesos, idosos, portadores de doenças crônicas, cardiocirculatória, respiratória, hipertensos e os com predisposição a lesões, a caminhada é bastante indicada. Isso é compreensível, tendo em vista que trata-se de uma atividade leve, segura, adaptável e sem necessidade de técnica ou treinamento. Sendo essa a razão de ser uma atividade com excelente aceitação. De acordo com Guedes (2001), a medida que vamos envelhecendo diminui- se também o ritmo das atividades físicas, e com a chegada da terceira idade a 17 caminhada e o alongamento são as atividades mais adotadas, pois os exercícios de força com o tempo sofre considerável rejeição. Pensando nisso, deve-se considerar diversas variáveis para a elaboração de um programa de corrida voltado para o idoso, é importante realizar treinos intervalados com uma baixa intensidade, dando ênfase a caminhada para idosos iniciantes. (FARINATTI, 2008). Dessa forma, no começo do exercício deve-se trabalhar métodos contínuos e constantes, com duração de 15 a 60 minutos, recomenda-se durante a semana realizar um total de 150 minutos de atividade aeróbica para causar adaptações significativas e ganhar resistência. Manter uma frequência de treinamento mínimo de três vezes na semana, para obter bons resultados e conforme o nível de condicionamento e o objetivo do indivíduo, pode-se intercalar com os métodos contínuos, intervalados e variativos. Em concordância, o Colégio Americano de Medicina do Esporte (ACSM), ressalta a importância da aplicação da frequência cardíaca de reserva (FCR) para controlar a intensidade do exercício, indivíduos descondicionados devem começar seus treinos com baixa intensidade que varia entre 40 e 50 % da FCR, para pessoas que mantem uma boa rotina de treinamento deve trabalhar com uma intensidade que varia entre 60% a 90%. De acordo com Machado e Evangelista (2014), para obter benefícios com a prática da corrida de rua é necessário distinguir o treinamento para corredores que ainda estão desenvolvendo seu condicionamento físico, dos que já possuem condicionamento e estão em busca do aprimoramento da performance. A prática da corrida também tem sido recomendada, na prevenção e reabilitação de doenças de origem cardiovascular, embora seja benéfica a suafrequência e intensidade devem subir de forma gradativa, sendo fundamental o acompanhamento médico. As recomendações para o treinamento de corrida para cardíacos é de 30 a 60 minutos de volume, com intensidade do exercício entre 50% e 70% da FC máxima e o treinamento semanal entre três a cinco vezes na semana, sendo assim muito parecido com as indicações feitas a indivíduos hipertensos. (ACSM, 2004). Ao controlar a intensidade do treinamento de forma mais precisa, a atividade se torna muito mais atrativa ao atleta, e o mesmo começa a sentir-se mais seguro na 18 tomada de decisões quanto ao que se pode e deve fazer durante o treinamento, proporcionando maior benefício da prática. A pratica da corrida de rua também tem sido indicada no tratamento de doenças cardiovasculares como hipertensão arterial, diabetes mellitus tipo 2, obesidade e hipercolesterolemia, insuficiência cardíaca, entre outras. Tem sido demonstrado que a corrida pode proporcionar angiogênese ( aumento do número de vasos sanguíneos no coração), o que contribui para aumentar o fluxo sanguíneo no coração e nos músculos, bem como o consumo de oxigênio, hipertrofia excêntrica no coração, facilitando aumento do volume sistólico e do debito cardíaco e bradicardia de repouso, todos esses fatores contribuindo para o organismo passe a ser mais eficientes. (ISHIDA et.al.2013,p.55) Diante dos benefícios apresentados acima, concluímos que prática de um exercício físico como a corrida, associado a uma dieta balanceada e uso de medicamentos é um forte aliado para o controle de doenças como a diabetes. O hábito de exercícios físicos regulares, proporciona aos indivíduos que sofre de diabetes tipo 1, maior sensibilidade a insulina, melhorando os níveis de lipídeos, aumentando os gastos energéticos resultando na redução de gordura corporal,bem como aumentando sua massa muscular. Já para diabéticos do tipo 2, há uma diminuição dos níveis de glicose no sangue e de hemoglobina glicolisada, há aumento de gasto energético e de sensibilidade periférica e hepática a insulina, e com o aumento do fluxo sanguíneo reduz o risco de amputações de membros, sendo que em ambos os casos o exercício físico traz benefícios na vida social dos indivíduos. (MACHADO;EVANGELISTA,2014). Sabe-se também que a obesidade é um problema de saúde que atinge a população mundial, que através dela desencadeia outras doenças como diabetes, hipertensão arterial e cardiopatia. Sendo que em alguns casos pode afetar o convívio social e o psicológico do indivíduo (COGO,2009). O exercício físico potencializa a perca de peso e aumenta o gasto energético, resultando no aumento da massa magra e mantem em equilíbrio taxa metabólica de repouso durante a dieta hipocalórica. Sendo assim, uma dieta balanceada associada a pratica regular de atividade física auxilia no tratamento da obesidade e no excesso de peso, porém, esse hábito deve ser continuo durante toda a vida. (PONTES; SOUSA; NAVARROS, 2009). Ao prescrever exercícios físicos, deve-se levar em conta as diferenças fisiológicas e estruturais, pois para cada indivíduo possui particularidades que devem 19 ser levadas em consideração. Com relação ao condicionamento físico do indivíduo obeso, o exercício aeróbio deve ser de baixa a moderada intensidade, permitindo assim que o corpo estimule mais gordura como fonte de energia, causando a perda de gordura corporal. (HAUSER; BENETTI; REBELO, 2004). Em contrapartida outros autores, defendem que para aumentar o gasto energético, é recomendado exercícios de alta intensidade, pois a produção de calor vindo da oxidação da gordura causará um gasto energético maior (MACHADO, 2011). Para indivíduos obesos deve-se aumentar a intensidade de forma gradativa, respeitando o princípio de adaptação. Como vimos à prática da corrida tem sido cada vez mais recomendada principalmente na prevenção e reabilitação de doenças de origem cardiovascular, bem como no combate do sedentarismo e obesidade tão comum nos dias atuais. Hespanhol Junior et. al(2011), enfatiza que a maioria das pessoas que buscam melhorar a capacidade física e controlar o peso corporal tem a corrida como a primeira escolha, por sua facilidade de prática e por seu baixo custo. Olbrich et. al (2009), cita que o sedentarismo é o principal fator de risco para a morte súbita, sendo responsável direta e indiretamente pelas causas e agravamentos das maiorias das doenças, esta afirmação complementa as ideias de Coutinho, Gentil e Toral (2008), que cita que a obesidade também contribuem para o surgimento das doenças crônicas e essas por sua vez está associada as causas de morte mais comuns atualmente. O sedentarismo é definido como a falta ou grande diminuição de atividade física. É sabido que a atividade física estimula a função dos sistemas cardiovascular, respiratório e musculoesquelético, assim como promove motivação psicológica e sensação de bem estar. ( Olbrich et al 2009, p. 30). De acordo com os autores citados acima, conclui-se que a corrida de rua é um exercício ideal para esse público, pois a mesma se enquadra nesse perfil de treinamento, onde pode-se trabalhar intensidades altas, moderadas e baixas, sendo um esporte de fácil adaptação e muito eficiente na queima de gordura. Deve-se levar em conta também seus benefícios no aspecto sócio afetivo. 4. CORRIDA DE RUA: RISCOS E FATORES MOTIVACIONAIS 4.1 CORRIDAS DE RUA: OS PRINCIPAIS RISCOS 20 Como vimos no capítulo anterior, fica evidente que exercer uma atividade física regular é essencial para saúde, e sem dúvidas a prática da corrida poderá aumentar a perspectiva de vida do indivíduo, resultando em benefícios incalculáveis. Porém, existem algumas implicações negativas que deve ser ponderado. A corrida de rua tornou-se um fenômeno popular, paralelamente a isso aumentou também os riscos de lesões e doenças relacionadas a pratica. Segundo estudo de Hespanhol et. al (2011), a falta de experiência associada a falta de orientação adequada podem ocasionar em lesões, dificultando o desempenho e levando a desistência da pratica. Segundo Cogo (2009), o treinamento deve ter como prioridade a promoção da saúde, evitando o estresse excessivo, especialmente para indivíduos descondicionados, tendo em vista que muitos atletas de fim de semana na tentativa de perder peso da noite pro dia acabam por realizar treinamentos de alta intensidade, que acabam por prejudicar a saúde, podendo trazes problemas a longo prazo. O ideal para pessoas sedentárias que desejam ingressar num programa de corrida, é começar com intensidades baixas, para que o corpo possa se adaptar com o treinamento, e aumentar a intensidade de forma gradativa, com a finalidade de evitar lesões provenientes de um despreparo físico. Em concordância Oliveira et. al (2012) descreve que a corrida de rua é um esporte popular, por consequência disso, muitos praticantes que não tem o devido acompanhamento e orientação, se colocam em situações de riscos, que pode contribuir para o surgimento de lesões, trazendo resultados negativos para saúde e desempenho de seus adeptos. Para Goston e Mendes (2001), a dieta é um dos fatores que influenciam diretamente no desempenho do corredor, tendo em vista que uma dieta pobre em carboidratos, abaixo do recomendado, pode levar a um quadro de sobretreinamento ou a lesões provenientes da falta de nutrientes. Visto que a corrida é uma atividade que gera um grande gasto calórico, podendo levar nosso corpo a um desgaste físico progressivo. Em concordância Pazin et al (2008), em seu estudo descreve que na corrida de rua são comum lesões em corredores amadores, em alguns casos levando ao afastamento do praticante por um tempodeterminado. Haja vista que o esporte não 21 tem como objetivo a promoção da saúde, mais sim a competição, tendo como consequência da intensidade alta e cargas excessivas: exaustão, estresse, fadiga e perigo de morte súbita. Segundo os autores referenciado acima, grande parte dessas consequências pode-se evitar respeitando o principio da adaptação, por isso a importância do acompanhamento do profissional de Educação Física, pois cada indivíduo tem suas próprias limitações, ou seja tanto o excesso de volume e intensidade, quanto o treinamento inadequado pode contribuir para o aumento da incidência de lesões associados a corrida. Assim os atletas amadores estão mais suscetíveis a lesões devido à inexperiência, e há um forte indicio de que as lesões que ocorrem é proveniente a falha no processo de execução, que por sua vez ao ser executado de forma exaustiva podem agravar as lesões esportivas. Segundo Oliveira et. al. (2012), correr necessita de intenso esforço, e o que leva o organismo a um desgaste e estresse físico resultando em fadiga. Assim, entendemos que para a preservação do atleta é necessário que respeitemos os princípios do treinamento desportivo, pois tal conhecimento reduz os riscos de lesões. Em estudos realizados por Hespanhol et. al. (2011), relatou que as principais lesões nos membros inferiores de atletas são as tendinopatias e as lesões musculares, sendo o joelho a articulação que mais é afetada. Em consenso com outros autores, o mesmo aponta a inexperiência do corredor como uma das causas das lesões musculoesqueléticas. Embora as lesões de membros inferiores como joelhos, pés e tornozelos são as mais comuns, geralmente esses problemas não são grandes a ponto de preocuparem os médicos e os próprios corredores, tendo em vista que muitos quando inicia a correr não tem ciência da sua condição de saúde, e esta pratica quando exercida em alta potência pode ser extremamente perigosa. Sendo a corrida um esporte em que há uma constância de movimentos repetitivos, quanto maior a distância percorrida pelo atleta, maior as possibilidades de lesões pois a frequência e intensidade das passadas, relacionado ao tipo de solo podem comprometer os membros inferiores. Outro fator que contribuem para o 22 surgimento de lesões é a pratica simultânea com outra modalidade esportiva, pois há uma sobrecarga maior nas articulações dos membros inferiores. A prática de atividade física realizada em altas intensidades, como é o caso da corrida de rua, por pessoas com hipertensão ou outro risco coronariano (geralmente desconhecidos pelos corredores), pode ser perigosa, pois o exercício físico intenso provoca aumento exacerbado da FC e da PA, podendo desencadear um infarto do miocárdio, acidente vascular encefálico ou até morte súbita. (Ishida et.al. 2013, p.61). Diante dos fatores prejudiciais apresentados acima, concluímos que para uma pratica segura com eliminação dos riscos expostos é necessária uma conscientização desses atletas quanto ao seu estado de saúde antes de iniciar essa prática, bem como a orientação e acompanhamento de um profissional. 4.2 CORRIDA DE RUA: FATORES MOTIVACIONAIS O fenômeno da Corrida de rua talvez se explica se aprofundar-nos nas razões para qual o individuo busca a corrida como modalidade esportiva, seja pelo bem estar físico, mental ou prevenção de doenças, ponderar sobre as suas motivações nos dará melhor compreensão das razões motivacionais envolvidas. Segundo Cogo (2009), motivação é um fator imprescindível nas práticas esportivas individuais, visto que ao iniciar uma atividade física o indivíduo está empolgado. Porém, passado esse processo, permanecer é um desafio que envolve manter um objetivo em mente e persegui-lo, mesmo diante do cansaço físico e mental pois, somente isso fará com que o indivíduo não desista da pratica. Em acordo Truccolo, Maduro e Feijó (2008) enfatizam que o sucesso da prática de uma atividade está associada à dedicação do indivíduo em alcançar objetivos, quebrar barreiras, explorar seu potencial e sentir-se satisfeito com seu desempenho. Conhecer e acreditar nos benefícios da prática regular de corrida são fundamentais para se manter motivado. O ser humano é um ser altamente social e pensante, sendo muito mais do que carne e osso, as alterações físicas influenciam diretamente o lado mental e emocional do indivíduo. No processo de treinamento visando aperfeiçoar o condicionamento físico e específico para uma determinada modalidade esportiva, o 23 psicológico do atleta passa por esse mesmo processo de aperfeiçoamento (COGO, 2009) Desta maneira, é tão importante e atraente estudos que relacionam a motivação com as modalidades esportivas, sobretudo, a corrida de rua, sendo a todo momento um desafio psicológico, pois correr é uma atividade árdua e envolve esforço, superar obstáculos e alcançar metas, estando ligados a fatores ambientais e pessoais que também influenciam suas ações e escolhas. O treinamento aeróbio tem, o poder de desenvolver valências que podem ser percebidas no cotidiano do atleta seja amador ou profissional, estando associados com a persistência em cumprir tarefas do dia-a-dia, mudanças de hábitos e perseverança em alcançar seus objetivos, levamos tais ensinamentos para nossa vida. (COGO, 2009) Compreender as diferenças nas características de cada individuo é um fator a ser considerado, pois cada ser possui uma estrutura biológica individual, ou seja ao planejar um programa de treinamento deve-se ponderar as diferenças anatômicas e fisiológicas entre o homem e a mulher. O homem possui mais força, mais massa magra e uma estrutura óssea maior comparado a mulher. As razões mais importantes para as mulheres aderirem a um programa de acessória técnica foram: melhora do condicionamento físico e saúde, apreciar estar ao ar livre, aumento da auto-estima e melhora da aparência física. Para homens as razões mais importantes foram: diminuição da ansiedade, melhora do condicionamento físico e saúde, redução do estresse, melhora da auto-estima e apreciar estar ao ar livre. (Trucollo, Maduro e Feijó 2008, p.108). Durante o período menstrual, a mulher passa por uma alteração hormonal imensa e muitas vezes penosa, portanto, deve-se programar um treinamento adequado a essa fase, respeitando a sua individualidade biológica, pois durante esse período algumas atletas tem seu rendimento altamente afetado.(MACHADO;EVANGELISTA,2014). Por conseguinte, a razão motivacional do aumento da participação feminina nas corridas está intimamente relacionada com condicionamento físico, preocupação com a saúde, estética, autoestima, apreciação do ar livre e a socialização. (TRUCCOLO;MADURO;FEIJÓ,2008). Estudos atuais prescrevem a pratica da corrida como uma terapia, é o momento de reflexão e socialização. Segundo Pullen (2017), em sua obra descreve 24 a terapia da corrida dinâmica (TCD), como um método terapêutico baseado na atenção plena, esse método ajuda o individuo a enfrentar e entender melhor os seus problemas com o auxilio do movimento, ou seja correr é o remédio, resultando assim numa vida saudável e prazerosa. O exercício aumenta seus níveis de energia que pode aliviar a fadiga mental que muitas vezes é causada pela raiva e pela frustração. Ele pode agir como uma válvula de escape para a irritação e o rancor reprimido. De novo, ao aliviar alguns dos sintomas, você tem a chance de olhar para a situação subjacente e para a origem dessas emoções.(PULLEN,2017). Ressaltamos ao fato de que conhecer e acreditar nos benefícios que a atividade aeróbica proporciona, motiva o individuo a iniciar uma atividade, porém para manter-se motivados dependera defatores intrínsecos e extrínsecos. A consciência a respeito do que leva o indivíduo a buscar alguma atividade física, ou seja, um objetivo claramente definido assim como, a experimentar seus benefícios psicológicos, parece fundamental para mantê-lo consideravelmente motivado e com a auto-estima elevada. (Truccolo, Maduro e Feijó 2008, p.112). Diante desses fatores notamos que a atividade física como a corrida, além de beneficiar o corpo, ela melhora o estado emocional, visto que hoje em dia é comum sua prescrição no combate a ansiedade, estresse e depressão. Pode-se concluir que cada indivíduo tem seus próprios motivos e motivações para correr, e por essas razões é essencial permanecer correndo. 25 CONSIDERAÇÕES FINAIS No decorrer do presente estudo observou-se o processo de evolução da corrida desde os primórdios até a sua predominância como modalidade esportiva, objetivou-se a importância de identificar os riscos envolvidos da prática, conscientizando os atletas de rua da necessidade de um treinamento adequado, apontando os benefícios e os fatores motivacionais que resultam na vida dos praticantes. Considerando que a corrida é um esporte de movimentos repetitivos e constantes, verificou que as lesões mais comuns são dos membros inferiores: joelhos, pés e tornozelos, o grau de riscos se eleva quando se trata de portadores de doenças crônicas, sedentários, obesos e idosos, geralmente esses riscos são oriundos de atletas amadores sem experiência que treinam intensamente. Em contrapartida, quando há orientação médica ou acompanhamento de um profissional de educação física percebeu-se que a mesma promove bem-estar e saúde, auxilia no combate do estresse, depressão e diversas doenças de origem osteomuscular e cardiovascular. Notou-se também que a prática da corrida de rua previne o surgimento de patologias bem como promove maior interação social, visto que o treinamento adequado respeitando os princípios desportivos, os limites e as particularidades de cada um proporcionam maior beneficio da prática. Pensando nisso, observou-se que ter em mente esses benefícios e vivencia- los na prática motivam cada vez mais os indivíduos que estão em busca de desafios e superação. Vimos também que o treinamento individual necessita de constantes estímulos, por isso grupos de corredores, acessórias esportivas e eventos investem pesado nesse mercado que esta sempre evoluindo. Portanto, diante dos fatos expostos no decorrer da pesquisa, inferimos que a corrida de rua é um esporte popular não apenas devido a sua simplicidade, mas por possibilitar uma melhor qualidade de vida sendo os seus benefícios reais e imensuráveis em todos os sentidos: físico, motor, social e afetivo. Pois conforme vimos a possibilidade de risco, porém o mesmo pode ser ponderado e reduzido a zero desde que haja orientação e acompanhamento de um profissional, proporcionando assim maior satisfação e prazer na prática mantendo constante a sua motivação . 26 REFERÊNCIAS AIMS- Association of International Marathons and Road e Luzenfichter. Disponível em: <http:// www.aims-association.org>. Acesso em: 25 de março de 2018. ACSM- American College of Esports Medicine. ACSM’s guidellines for exercise testing and prescription.6.ed.Philadelphias; London: Lippincott Williams& Wilkins,2000. ACSM- Diretrizes do ACMS para testes de esforço e sua prescrição.6.ed.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,2003a. 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