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EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Partido Político em Defesa dos Trabalhadores, com representação no Congresso Nacional, pessoa jurídica de direito privado, por seu Diretório Nacional, inscrito no CNPJ sob o n°..., endereço eletrônico no sítio..., com sede na Rua..., n°..., bairro..., na cidade de..., UF, CEP..., conforme artigo 103, VIII, da Constituição Federal, por seu advogado (a) regularmente inscrito na OAB..., sob o n°..., e devidamente constituído (instrumento de mandato em anexo) com escritório profissional situado na Rua..., n°..., bairro..., na cidade de..., UF, onde receberá as comunicações processuais (artigo 77, V, do Código de Processo Civil), vem respeitosamente perante Vossa Excelência, com fundamento no artigo 103, §2°, da Constituição Federal e artigos 12-A e 2°, VIII, da Lei n° 9.868/99, propor:
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO, em face do
CONGRESSO NACIONAL (representado por seu Presidente), pela omissão legislativa quanto à elaboração da lei a que se refere o artigo 37, VII, da Constituição Federal, que disciplina o “Direito de Greve dos Servidores Públicos Civis”, pelos fundamentos que serão apresentados. 
I- DA OMISSÃO INCONSTITUCIONAL
Após modificações implementadas pela Emenda Constitucional 19/98, que trata acerca da Reforma Administrativa, que versaram sobre a modificação da reserva legal da lei complementar para a de lei ordinária específica (artigo 37, VII, da Constituição Federal), trazendo a baila o direito de greve dos servidores públicos civis. Todavia, tal emenda não versou corretamente sobre essa garantia constitucional dada aos servidores públicos, uma vez que, estes, continuam sem receber o tratamento legislativo minimamente satisfatório para garantir o efetivo exercício dessa prerrogativa em consonância com os imperativos constitucionais. 
Desta forma, mostra-se necessária a regulamentação prevista pelo constituinte originário na presente norma de eficácia limitada contida no dispositivo do artigo 37, VII, da Constituição Federal. Constata-se a parcial omissão do Congresso Nacional, ocasionando grave prejuízo à efetividade do direito disposto na norma. 
II- DA COMPETÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
De acordo com o artigo 103, §2° da Constituição Federal, a competência para julgamento e processamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão, tendo por objeto norma constitucional que possuí eficácia limitada, dependendo, de regulamentação posterior para produzir todos os seus efeitos essenciais, cabe ao Supremo Tribunal Federal. 
Assim, indubitavelmente, resta demonstrada a competência do presente Tribunal para julgamento da referida ação direta de inconstitucionalidade por omissão. 
III- DA LEGITIMIDADE 
A Constituição Federal em seu artigo 103 apresenta o rol taxativo dos legitimados ativos para propositura das ações de controle de constitucionalidade, onde figuram os Partidos Políticos com representação no Congresso Nacional como legitimados para a propositura da mesma.
Nesse particular, é patente a legitimidade ativa dos Partidos Políticos, uma vez que, já qualificados para ajuizar a presente demanda, estes, possuem notória representação no Congresso Nacional, o que lhes autoriza a propositura da presente ação, conforme o disposto no artigo 103, VIII, da Constituição Federal, bem como nos artigos 12-A e 2°, VIII, da Lei n° 9.868/99. 
Cumpre salientar, no presente caso não incide as restrições decorrentes da exigência quanto à pertinência temática, uma vez que, o referido Partido Político é um legitimado universal, o que o legitima a ordem constitucional, presumindo-se o seu interesse de agir. 
No que tange a legitimidade passiva, esta é definida em razão da competência concorrente da União, exercida neste caso de forma exclusiva pelo Congresso Nacional, se depreende da leitura do artigo 24, da Constituição Federal, que indica a competência legislar sobre a referida Emenda 19/98. 
IV- DO DIREITO 
A Constituição Federal de 1988 ao regulamentar no seu artigo 37, VII, uma garantia aos servidores públicos que lhes assegura o “Direito de Greve”, necessita de legislação específica para que os servidores possam se utilizar dessa prerrogativa, uma vez que, estamos tratando de uma norma de eficácia limitada. 
Insta salientar que, todas as normas constitucionais gozam de eficácia jurídica. Todavia, algumas normas não apresentam a aplicabilidade pretendida pelo constituinte, o que enseja uma regulamentação posterior dessas normas. No que tange as normas de eficácia limitada, estas possuem aplicabilidade indireta, mediata e reduzida, uma vez que, somente incidem de forma total sobre seus interesses após uma regulamentação posterior, sendo essa regulamentação legislativa ou administrativa. 
É indubitável o lapso temporal da omissão legislativa por parte do Poder Legislativo quanto à regulamentação do direito fundamental garantido pela constituição aos servidores públicos de fazer greve (artigo 37, VII, da Constituição Federal). Todavia, diante desta lacuna omissiva, a Suprema Corte decidiu que, enquanto não houver regulamentação de tal direito, valem as regras do setor privado aos servidores públicos no que tange ao exercício do direito de greve.
Desta forma, resta demonstrado a inercia parcial legislativa quanto à regulamentação do referido artigo 37, VII da Constituição Federal. A referida omissão mostra uma conduta que pode por em risco a própria ordem constitucional. No entanto, tem-se como objetivo a presente ação de controle com a finalidade de defender a regulamentação e o exercício do direito de greve, haja vista, que se trata de um direito constitucional garantido pela Lei Maior. 
V- DOS PEDIDOS E REQUERIMENOS
Diante de todo o exposto, requer:
a) A juntada de duas vias da petição inicial, contendo cópias para comprovar o estado de omissão inconstitucional, conforme prevê o artigo 12-B, da lei n° 9.868/99; 
b) Seja Intimado o Congresso Nacional para prestar informações que julgar necessárias, no prazo de 30 dias, na pessoa de seu Presidente, conforme artigo 6°, §único, da Lei n° 9.868/99;
c) Permissão aos demais legitimados à propositura da ação para se manifestarem por escrito, permitindo-lhe a juntada de documentos reputados úteis, no prazo das informações, bem como, ao fim, apresentar memoriais, de acordo com o positivado no artigo 12-E, §1°, da lei n° 9.868/99;
d) A intimação do Procurador Geral da República, para que se manifeste acerca do pedido principal, no prazo de 15 dias, com fundamento no artigo 12-E, §3°, da lei n° 9.868/99, além da imposição inconstitucional do artigo 103, §1°, da Constituição Federal;
e) A citação do Advogado Geral da União para que, se for o caso, se manifeste em 15 dias, com fundamento no artigo 12-E, §2°, da lei n° 9.868/99;
f) Ao final, a procedência do pedido de mérito, para que seja declarada a inconstitucionalidade por omissão, e dar ciência ao Congresso Nacional, a fim de que, em prazo razoável, adote ele todas as providências legislativas necessárias ao cumprimento do dever constitucional previsto no artigo 37, VII, da Lei Maior. Ademais, devem ser contempladas as situações imperfeitas decorrentes do estado de inconstitucionalidade gerada pela omissão, com fundamento no artigo 12-H, da lei n° 9.868/99.
Apresento, por fim, as inclusas cópias em duas vias da inicial, procuração, cópias da Emenda Constitucional 19/98 (em especial o artigo 37, VII, da Constituição Federal), e documentos comprobatórios da inércia alegada da inconstitucionalidade da norma impugnada, conforme exigência do artigo 12-B, parágrafo único, da lei n° 9.868/99.
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais), para efeitos procedimentais.
Termos em que,
 pede deferimento.
Local e data...
ADVOGADO (A)...
OAB...

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