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Aula 2
Pedro, engenheiro de uma renomada empresa da construção civil, possui um perfil em uma das redes sociais existentes na Internet e o utiliza diariamente para entrar em contato com seus amigos, parentes e colegas de trabalho. Além disso, também utiliza constantemente as ferramentas da Internet para contatos profissionais e lazer, como o fazem milhares de pessoas no mundo contemporâneo. No dia 19/04/2016, sábado, Pedro comemora aniversário e planeja, para a ocasião, uma reunião à noite com parentes e amigos para festejar a data em uma famosa churrascaria da cidade de Niterói, no estado do Rio de Janeiro. Na manhã de seu aniversário, resolveu, então, enviar o convite por meio da rede social, publicando postagem alusiva à comemoração em seu perfil pessoal, para todos os seus contatos. Helena, vizinha e ex-namorada de Pedro, que também possui perfil na referida rede social e está adicionada nos contatos de seu ex, soube, assim, da festa e do motivo da comemoração. Então, de seu computador pessoal, instalado em sua residência, um prédio na praia de Icaraí, em Niterói, publicou na rede social uma mensagem no perfil pessoal de Pedro. Naquele momento, Helena, com o intuito de ofender o ex-namorado, publicou o seguinte comentário: não sei o motivo da comemoração, já que Pedro não passa de um idiota, bêbado, porco, irresponsável e sem vergonha e, com o propósito de prejudicar Pedro perante seus colegas de trabalho e denegrir sua reputação acrescentou, ainda, ele trabalha todo dia embriagado e vestindo saia! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê - lo! Imediatamente, Pedro, que estava em seu apartamento e conectado à rede social por meio de seu tablet, recebeu a mensagem e visualizou a publicação com os comentários ofensivos de Helena em seu perfil pessoal. Pedro, mortificado, não sabia o que dizer aos amigos, em especial a Marcos, Miguel e Manuel, que estavam ao seu lado naquele instante. Muito envergonhado, Pedro tentou disfarçar o constrangimento sofrido, mas perdeu todo o seu entusiasmo, e a festa comemorativa deixou de ser realizada. No dia seguinte, Pedro procurou a 2 Delegacia de Polícia Especializada em Repressão aos Crimes de Informática e narrou os fatos à autoridade policial, entregando o conteúdo impresso da mensagem ofensiva e a página da rede social na Internet onde ela poderia ser visualizada. Passados quatro meses da data dos fatos, Pedro procurou seu escritório de advocacia e narrou os fatos acima. Você, na qualidade de advogado de Pedro, deve assisti-lo. Informa-se que a cidade de Niterói, no Estado do Rio de Janeiro, possui Varas Criminais e Juizados Especiais Criminais. Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, redija a peça cabível, sustentando, para tanto, as teses jurídicas pertinentes. Indique também o último dia para oferecimento da peça cabível.
 PEÇA:
 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE NITERÓI – RJ
 
 (Espaço de 10 linhas)
PEDRO, (qualificação completa), vem à presença de V. Ex.ª, através de seu advogado infra assinado, cuja procuração com poderes especiais nos moldes do artigo 44 do CPP se apresenta, com fulcro no artigo 100 § 2º do Código Penal c/c artigo 30 e 41 do Código de Processo Penal, oferecer, tempestivamente, a presente 
 QUEIXA-CRIME
Em face de HELENA, (qualificação completa), pelos motivos de fato e de direito a seguir expostos: 
 I - DOS FATOS
 PEDRO, ora querelante, na data de 19/04/2016, acessou sua página de relações sociais na internet para convidar amigos e parentes para comemorarem seu aniversário em uma churrascaria na cidade de Niterói/RJ. Ocorre que sua ex namorada, HELENA, ora querelada, também está adicionada na mesma rede social do querelante, logo a querelada, quando estava em sua casa, na Praia de Icaraí, bairro da cidade de Niterói, ao acessar a rede de relações sociais na internet, viu o convite que o querelante havia feito para seus amigos e parentes. Nesse momento, a querelada com a intenção de ofender o querelante, postou a seguinte mensagem na página da internet do ex namorado: “ : não sei o motivo da comemoração, já que Pedro não passa de um idiota, bêbado, porco, irresponsável e sem vergonha e, com o propósito de prejudicar Pedro perante seus colegas de trabalho e denegrir sua reputação acrescentou, ainda, ele trabalha todo dia embriagado e vestindo saia! No dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado no horário do expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê – lo “. O querelante que estava logado em sua rede social no momento em que a querelada postou a mensagem, a recebeu no mesmo instante, quando ficou bastante constrangido, uma vez que estava em sua casa com três amigos, Marcos, Miguel e Manoel, que também viram a mensagem postada pela querelada. Diante disso, o querelante imprimiu a página da rede social com as ofensas e se dirigiu até a delegacia de crimes de informática, onde prestou queixa crime contra a querelante, ocasião em que entregou a página impressa, a fim de provar o ocorrido. 
 II - DO DIREITO
1. Da Injúria – artigo 140 do CP: O querelante teve sua honra subjetiva atingida por HELENA, querelada, uma vez que na data de 19/04/2016, a mesma o chamou “idiota, bêbado, porco, irresponsável e sem vergonha” em sua página pessoal de rede social, estando evidente a intenção da querelada em injuriá-lo, praticando, o fato que se enquadra no tipo penal da injúria, ação reprovável segundo no ordenamento penal pátrio. A querelada agiu de forma livre e consciente com o claro intuito de ofender a hora da vítima. 
2. DA DIFAMAÇÃO – ART.139 DO CP: Extrai-se dos fatos, que a querelada também no dia 19/04/2016, imputou fato ofensivo à honra objetiva do Querelante, quando afirmou que: “ele trabalha todo dia embriagado! Afirmando que “no dia 10 do mês passado, ele cambaleava bêbado pelas ruas do Rio, inclusive, estava tão bêbado 4 no horário do expediente que a empresa em que trabalha teve que chamar uma ambulância para socorrê-lo”. Ante ao exposto, resta provado através do conteúdo impresso e entregue pelo Querelante na Delegacia, que a sua reputação fora violada perante a sociedade, com a descrição da difamação, ferindo assim a sua honra objetiva do querelante, com aumento de pena conforme 141, inciso III do código penal, pois as ofensas foram perpetradas por meio que facilitou a propagação da injúria e difamação, visto que as ofensas foram praticadas no perfil pessoal do Querelante através de rede social.
 III - DO CONCURSO FORMAL DE CRIMES – ARTIGO 70 DO CP Conforme provas presentes na peça acusatória, a Querelada praticou dois crimes mediante uma só ação, restando claro a prática dos fatos delituosos mediante concurso formal de crimes. 
1. IV DOS PEDIDOS
1. Isto posto, requer: 
1. A designação de audiência preliminar (ou de conciliação);
1. A citação da Querelada; O recebimento da queixa crime;
1. A oitiva das testemunhas arroladas;
1. MARCOS ( qualificação)
1. MIGUEL ( qualificação )
1. MANOEL ( qualificação )
 A procedência do pedido, com a consequente condenação da querelada nas penas dos artigos 139 e 140 c/c o Art. 141, III, n/f do Art. 70, todos do CP;
A fixação de valor mínimo de indenização, nos termos do artigo 387, IV do CP;
 Nestes termos, 
 Pede Deferimento.
 Local, 18 de outubro de 2016. 
 AdvogadoOAB/UF
AULA 3 
 Mateus, de 26 anos de idade, foi denunciado pelo Ministério Público como incurso nas penas previstas no art. 217-A, §1º, c/c art.234-A, III, todos do Código Penal, por crime praticado contra Maísa, de 19 anos de idade. Na peça acusatória, a conduta delitiva atribuída ao acusado foi narrada nos seguintes termos: No mês de agosto de 2016, em dia não determinado, Mateus dirigiu-se à residência de Maísa, ora vítima, para assistir, pela televisão, a um jogo de futebol. Naquela ocasião, aproveitando-se do fato de estar a sós com Maísa, o denunciado constrangeu-a a manter com ele conjunção carnal, fato que ocasionou a gravidez da vítima, atestada em laudo de exame de corpo de delito. Certo é que, embora não se tenha valido de violência real ou de grave ameaça para constranger a vítima a com ele manter conjunção carnal, o denunciando aproveitou-se do fato de Maísa ser incapaz de oferecer resistência aos seus propósitos libidinosos assim como de dar validamente o seu consentimento, visto que é deficiente mental, incapaz de reger a si mesma. Nos autos, havia somente a peça inicial acusatória, os depoimentos prestados na fase do inquérito e a folha de antecedentes penais do acusado. O juiz da 2.ª Vara Criminal do Estado XXXX recebeu a denúncia e determinou a citação do réu para se defender no prazo legal, tendo sido a citação efetivada em 18/11/2016. Alessandro procurou, no mesmo dia, a ajuda de um profissional e outorgou-lhe procuração ad juditia com a finalidade específica de ver-se defendido na ação penal em apreço. Disse, então, a seu advogado que a vítima não era deficiente mental, e que já a namorava havia algum tempo. Disse ainda que sua avó materna, Olinda, e sua mãe, Alda, que moram com ele, sabiam do namoro e que todas as relações que manteve com a vítima eram consentidas. Disse, ainda, que a vítima não quis dar ensejo à ação penal, tendo o promotor, segundo o réu, agido por conta própria. Por fim, Mateus informou que não havia qualquer prova da debilidade mental da vítima e que a mesma poderia comparecer para depor a seu favor em juízo. Em face da situação hipotética apresentada, redija, na qualidade de advogado(a) constituído(a) pelo acusado, a peça processual, privativa de advogado, pertinente à defesa de seu cliente. Indique, ainda, o último dia para oferecimento da peça cabível. 
PEÇA
 EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA 2ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE________________.
 10 linhas
 MATEUS, já qualificado nos autos, vem à presença de V.Exª, através de seu advogado infra-assinado, com fulcro nos artigos 396 c/c 396-A do CPP, tempestivamente, apresentar
 
 RESPOSTA À ACUSAÇÃO
pelos motivos a seguir aduzidos:
 
 I - DOS FATOS 
 Mateus foi denunciado, em agosto de 2016, pois, supostamente, teria se dirigido à residência de Maísa e a obrigado a com ele manter conjunção carnal, resultando na gravidez da suposta vítima, de acordo com laudo de exame de corpo de delito. Narra ainda a exordial que, ainda que não se tenha se valido de violência real ou de grave ameaça para a prática do ato, o réu teria se aproveitado da vitima, Maísa, por ser incapaz de oferecer resistência ao propósito criminoso, uma vez que se trata de deficiente mental, portanto, incapaz.
 
 II - DO NÃO RECEBIMENTO DA AÇÃO PENAL (OU PELA REJEIÇÃO DA DENÚNCIA) – ARTIGO 395,III DO CPP
 A denúncia imputa ao réu, a prática do crime do artigo 217-A §1º do CP, sob o argumento de que a suposta vítima teria sido constrangida, ainda que sem violência real ou grave ameaça, a praticar conjunção carnal com o acusado, pois, a suposta vítima teria debilidade mental e que por tal motivo, não tem o discernimento necessário para consentir a prática do ato. Entretanto, devemos nos atentar para o fato de que o réu desconhecia a alegada condição de deficiência mental da suposta vítima, assim como havia anos que a suposta vítima era sua namorada. Além do mais, por se tratar de crime de estupro de vulnerável em razão de debilidade mental, que dificultaria o discernimento para a prática do ato, é imprescindível que seja trazido pelo titular da ação penal, laudo técnico (teste de sanidade mental) que ateste a deficiência cognitiva da suposta vítima, o que não se vislumbra no presente caso. Dessa forma, a exigência do teste de sanidade mental se deve ao fato de que o crime só se caracteriza, se a vítima não possuir o discernimento necessário para a prática do ato em razão de debilidade cognitiva, o que deve ser demonstrado via prova pericial. Do exposto, a presença do laudo técnico que ateste a vulnerabilidade da suposta vítima é imprescindível, já que não estamos diante de uma vulnerabilidade presumida. Vale ressaltar, que a ausência do elemento informativo que comprove a deficiência mental da suposta vítima, vulnera o princípio da ampla defesa, direito fundamental do acusado. Assim, resta claro, que não há justa causa (art. 395 III do CPP) para a propositura da ação penal, devendo a denúncia ser rejeitada, devendo a decisão que recebeu a denúncia ser retificada. - 
 III - DO DIREITO
Por outro lado, se Vossa Excelência entender que os argumentos da defesa não devem prosperar, a inocência do acusado será demonstrada no decorrer da instrução processual
 IV - DOS PEDIDOS 
Isto posto, requer: 
1. A rejeição da denúncia nos termos do artigo 395, III do CPP; Subsidiariamente, requer:
 2. A submissão da suposta vítima à perícia judicial com o fim de atestarmos sua sanidade mental; 
3. A intimação das testemunhas abaixo arroladas para serem ouvidas em juízo:
 Testemunha 1: Romilda, qualificada à fl. ___ Testemunha 
2: Geralda, qualificada à fl. ___ Testemunha
 3: Maísa, qualificada à fl. ____ Testemunha
 Nestes termos,
 Pede deferimento.
 Local, 28 de novembro de 2016.
 Advogado 
 OAB/UF
AULA 4
 Jorge, com 21 anos de idade, em um bar com outros amigos, conheceu Analisa, linda jovem, por quem se encantou. Após um bate-papo informal e trocarem beijos, decidiram ir para um local mais reservado. Nesse local trocaram carícias, e Analisa, de forma voluntária, praticou sexo oral e vaginal com Jorge. Depois da noite juntos, ambos foram para suas residências, tendo antes trocado telefones e contatos nas redes sociais. No dia seguinte, Jorge, ao acessar a página de Analisa na rede social, descobre que, apesar da aparência adulta, esta possui apenas 13 (treze) anos de idade, tendo Jorge ficado em choque com essa constatação. O seu medo foi corroborado com a chegada da notícia, em sua residência, da denúncia movida por parte do Ministério Público Estadual, pois o pai de Analisa, ao descobrir o ocorrido, procurou a autoridade policial, narrando o fato. Por Analisa ser inimputável e contar, à época dos fatos, com 13 (treze) anos de idade, o Ministério Público Estadual denunciou Jorge pela prática de dois crimes de estupro de vulnerável, previsto no artigo 217- A, na forma do artigo 69, ambos do Código Penal. O Parquet requereu o início de cumprimento de pena no regime fechado, com base no artigo 2º, §1º, da lei 8.072/90, e o reconhecimento da agravante da embriaguez preordenada, prevista no artigo 61, II, alínea l, do CP. O processo teve início e prosseguimento na XX Vara Criminal da cidade de Curitiba, no Estado do Paraná, local de residência do réu. Jorge, por ser réu primário, ter bons antecedentes e residênciafixa, respondeu ao processo em liberdade. Na audiência de instrução e julgamento, a vítima afirmou que aquela foi a sua primeira noite, mas que tinha o hábito de fugir de casa com as amigas para frequentar bares de adultos. As testemunhas de acusação afirmaram que não viram os fatos e que não sabiam das fugas de Ana para sair com as amigas. As testemunhas de defesa, amigos de Jorge, disseram que o comportamento e a vestimenta da Analisa eram incompatíveis com uma menina de 13 (treze) anos e que qualquer pessoa acreditaria ser uma pessoa maior de 14 (quatorze) anos, e que Jorge não estava embriagado quando conheceu Analisa. O réu, em seu interrogatório, disse que se interessou por Analisa, por ser muito bonita e por estar bem vestida. Disse que não perguntou a sua idade, pois acreditou que no local somente pudessem frequentar pessoas maiores de 18 (dezoito) anos. Corroborou que praticaram o sexo oral e vaginal na mesma oportunidade, de forma espontânea e voluntária por ambos. A prova pericial atestou que a menor não era virgem, mas não pôde afirmar que aquele ato sexual foi o primeiro da vítima, pois a perícia foi realizada longos meses após o ato sexual. O Ministério Público pugnou pela condenação de Jorge nos termos da denúncia. A defesa de Jorge foi intimada no dia 24 de abril de 2014 (quinta-feira). Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, redija a peça cabível, no último dia do prazo, excluindo a possibilidade de impetração de Habeas Corpus, sustentando, para tanto, as teses jurídicas pertinentes. 
PEÇA 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA XX VARA CRIMINAL DE CURITIBA - ESTADO DO PARANÁ
 ( 10 linhas )
 JORGE, já qualificado nos autos ação penal em epígrafe, vem, a presença de Vossa Excelência, através de seu advogado infra-assinado, apresentar com fulcro no artigo 403 § 3º do CPP MEMORIAIS Pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos:
 
 I - DOS FATOS
 Jorge estava em um bar com outros amigos, onde conheceu Analisa, linda jovem, por quem se encantou. Após um bate-papo informal e trocarem beijos, decidiram ir para um local mais reservado. Nesse local trocaram carícias e, Analisa de forma voluntária, praticou sexo oral e vaginal com Jorge. No dia seguinte, Jorge, ao acessar a página de Analisa na rede social, descobre que, apesar da aparência adulta, esta possui apenas 13 (treze) anos de idade, tendo Jorge ficado em choque com essa constatação. O seu medo foi corroborado com a chegada da notícia, em sua residência, da denúncia movida pelo Ministério Público Estadual, pois o pai de Analisa, ao descobrir o ocorrido, procurou a autoridade policial, narrando o fato. O Ministério Público Estadual denunciou Jorge pela prática de dois crimes de estupro de vulnerável, previsto no artigo 217- A, na forma do artigo 69, ambos do Código Penal. O Parquet requereu o início de cumprimento de pena no regime fechado, com base no artigo 2º, §1º, da lei 8.072/90, e o reconhecimento da agravante da embriaguez preordenada, prevista no artigo 61, II, alínea l, do CP. –
 II - DO MÉRITO A) DA ATIPICIDADE DA CONDUTA – DO ERRO DE TIPO ESCUSÁVEL OU ESSENCIAL – ARTIGO 20 DO CP
A) Como se denota dos autos, agiu o réu em erro de tipo escusável ou essencial. O tipo penal descrito na denúncia exige que o réu tenha ciência de que se trata de menor de 14 (quatorze) anos e, conforme a doutrina e jurisprudência, quando verificado no caso concreto, a absoluta impossibilidade de conhecimento da idade da vítima, incide o acusado em erro de tipo essencial. A incidência do erro de tipo essencial se deve ao fato de que, o réu naquele momento não poderia presumir a real idade da suposta vítima, pois estavam em um bar para adultos, com entrada proibida para menores de 18 anos de idade, ademais, a suposta vítima não aparentava ser menor de 14 (quatorze). Resta claro, que o agente sempre acreditou que estava praticando ato sexual de forma lícita e nunca negou que teve a intenção de praticar conjunção carnal com Analisa. Na leitura da realidade, o réu acreditou estar praticando ato sexual com pessoa maior de 14 (quatorze) anos, valendo ressaltar, que qualquer pessoa naquelas circunstâncias incidiria em erro de tipo essencial e como não há estupro de vulnerável na forma culposa, a solução é a absolvição do réu com base no artigo 386 III do CPP. 
B) DA NÃO OCORRÊNCIA DO CONCURSO MATERIAL – CRIME ÚNICO Se por ventura, for o réu condenado, não deverá ser aplicado ao o concurso material de crimes, haja vista ser o tipo penal imputado ao acusado crime único. A prática de sexo oral e vaginal no mesmo contexto configura crime único, pois a reforma penal oriunda da Lei 12.015/2009 uniu as figuras típicas do atentado violento ao pudor e estupro em uma única figura, sendo, portanto, um crime misto alternativo.
 C) DA AUSÊNCIA DE EMBRIAGUEZ PREORDENADA O Ministério Público requereu a condenação do réu com a agravante da embriaguez preordenada, entretanto, tal argumento não deve prosperar, pois não foram produzidas provas no sentido de que o réu se embriagou com o intuito de tomar coragem para praticar o crime, devendo ser afastada a referida agravante e reconhecida a atenuante do artigo 65 I do CP.
 D) DA DOSIMETRIA DA PENA E DO REGIME INICIAL DE CUMPRIMENTO DE PENA No presente caso, estamos diante de réu primário, de bons antecedentes e por existir crime único e não concurso material, o réu faz jus a fixação da pena-base no mínimo legal, com a consequente fixação do regime semiaberto. A fixação do regime semiaberto se deve ao fato de que o STF declarou inconstitucional o artigo 2º §1º da Lei 8072/90, devendo o magistrado ao fixar o regime inicial para o cumprimento de pena analisar a situação em concreto e não o preceito em abstrato. Assim, diante da ocorrência de crime único, cuja pena deverá ser fixada em 8 (oito) anos de reclusão com a correta aplicação do regime semiaberto para início de cumprimento de pena, pois o artigo 33, §2º, alínea “a”, do CP, impõe o regime fechado para crimes com penas superiores a 8 (oito) anos, o que não é o caso. 
 III - DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, requer-se:
 A)A absolvido do réu por atipicidade da conduta nos moldes do artigo 20 do CP c/c artigo 386, III, do CPP; Diante da condenação, de forma subsidiária requer:
 B) Afastamento do concurso material de crimes, sendo reconhecida a existência de crime único; 
C) Fixação da pena-base no mínimo legal, o afastamento da agravante da embriaguez preordenada e a incidência da atenuante da menoridade;
 D) Fixação do regime semiaberto para início do cumprimento de pena, com base no art. 33, § 2º, alínea “b”, do CP, diante da inconstitucionalidade do artigo 2º, § 1º, da lei 8.072/90.
 Nestes termos,
 Pede deferimento.
 Local, 29 de abril de 2014.
 
 Advogado
 OAB/RJ
AULA 5 
Tício, solidário a gravidez de sua amiga Maria, ofereceu carona a mesma após mais um dia de trabalho na empresa em que trabalham juntos. Ocorre que Tício, de forma imprudente no caminho de volta, imprime velocidade excessiva, sem observar o seu dever de cuidado, pois queria chegar a tempo de assistir ao jogo de futebol do seu time do coração que seria transmitido naquela noite. Assim, Tício, ao fazer uma curva fechada, perdeu o controle do veículo automotor que capotou. Os bombeiros que prestaram socorro ao acidente encaminharam Maria para o Hospital mais próximo onde ficou constatado que a mesma não havia sofrido qualquer lesão. Contudo, na mesma ocasião constatou-se que a gravidez de Maria havia sido interrompida emrazão da violência do acidente automobilístico, conforme comprovou o laudo do Instituto Médico Legal, às fls. 14 dos autos. Com base nessas informações, o Ministério Público da Comarca da Capital do Estado XXXXX ofereceu denúncia em face de Tício e imputou ao mesmo a conduta descrita no delito de aborto provocado por terceiro e, assim, incurso nas penas do art. 125 do CP. O processo foi normalmente instruído, tendo sido realizadas todas as oitivas da vítima Maria, das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa e, em seguida com o interrogatório do acusado Tício, tudo na forma do art. 411 do CPP. A defesa de Tício foi intimada no dia 9 de fevereiro de 2017 (quinta-feira). Registre-se que Tício respondeu ao processo em liberdade. Com base somente nas informações de que dispõe e nas que podem ser inferidas pelo caso concreto acima, redija a peça cabível, no último dia do prazo, excluindo a possibilidade de impetração de Habeas Corpus, sustentando, as teses jurídicas pertinentes
PEÇA
 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA DO JÚRI DA COMARCA_________
 Processo nº
 ( 10 linhas )
TÍCIO, já qualificado nos autos do processo em epígrafe, vem à presença de Vossa Excelência, por intermédio do seu advogado, apresentar
 MEMORIAIS
 com fulcro nos artigos 394, §5º c/c 403, §3º, ambos Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas: 
 I - DOS FATOS
 Narra a denúncia, que Tício ofereceu carona a Maria que estava grávida. No entanto, conforme a peça exordial acusatória, Tício teria dirigido de forma imprudente no caminho de volta, numa velocidade excessiva, sem observar o seu dever objetivo de cuidado e ao fazer uma curva fechada, perdeu o controle do veículo automotor vindo a capotar. O socorro foi devidamente acionado, quando os bombeiros que prestaram socorro ao acidente encaminharam Maria para o Hospital mais próximo, onde ficou constatado que a mesma não havia sofrido qualquer lesão. Contudo, na mesma ocasião, constatou-se que a gravidez de Maria havia sido interrompida em razão da violência do acidente automobilístico, conforme comprovou o laudo do Instituto Médico Legal, às fls. 14 dos autos. Assim, o acusado foi denunciado pelo Ministério Público como incurso nas penas do art. 125 do CP, entretanto, os fatos narrados na peça ministerial não devem prosperar, devendo o acusado ser absolvido sumariamente, não sendo, portanto, submetido ao Tribunal do Júri. 
 III - DO DIREITO DA ATIPICIDADE DA CONDUTA - AUSÊNCIA DE PREVISÃO LEGAL DE CRIME DE ABORTO PROVOCADO POR TERCEIRO NA FORMA CULPOSA – ABSOLVIÇÃO COM FULCRO NO ARTIGO 415 III- CPP 
 Inicialmente, é importante ressaltar que o Código Penal não traz a previsão do aborto provocado por terceiro na forma culposa, sendo, portanto, o dolo elemento subjetivo do tipo penal imputado ao acusado. Ademais, ficou claro que Tício agiu de forma imprudente e a diferença entre dolo e culpa torna-se ainda mais clara quando se entende o que é culpa. Um crime culposo não acontece simplesmente porque alguém não tinha a intenção de que ele acontecesse. O que se pretende afirmar é: para que um crime seja culposo, quem o cometeu deve ter cometido uma conduta voluntária que gerou um dano involuntário devido à negligência, imprudência ou imperícia. Por isso, nos crimes culposos, a vontade está apenas na prática do ato, e não no objetivo de resultado. 4 Também não há nos autos, qualquer prova que Tício tenha agido com dolo eventual. Logo, como não houve previsão legal da modalidade culposa do aborto provocado por terceiro, não tem razão o Ministério Público, visto que, a expulsão do feto se deu culposamente na direção de veículo automotor, sendo, portanto, um indiferente penal. Nestes termos, faz-se necessária a absolvição sumária do acusado nos termos do artigo 415 III do CPP. 
 III - DO PEDIDOS 
 Diante do exposto, requer-se: 
1 - Seja reconhecida a atipicidade da conduta de Tício com a consequente absolvição sumária do acusado, na forma do artigo 415, inciso III, do CPP.
 Nestes termos, 
 Pede deferimento
 
 Local, 14 de fevereiro de 2017.
 Advogado
 OAB/UF
Caso 6
Alberto e Benedito foram presos em flagrante por agentes policiais do 4º Distrito Policial da Capital, na posse de um automóvel marca Fiat, Tipo Uno, que haviam acabado de furtar. O veículo quando da subtração, encontrava-se estacionada regularmente em via pública da Capital. O Dr. Delegado de Polícia que presidiu o Auto de Prisão em Flagrante capitulou os fatos como incursos no artigo 155, § 4º, IV, do Código Penal. Motivo pelo qual não arbitrou fiança, determinando o recolhimento de ambos ao cárcere e entregando-lhes nota de culpa. A cópia do Auto de Prisão em Flagrante foi remetida pelo juiz da 4ª Vara Criminal da Capital, Alberto reside na Capital, é primário e trabalhador. Elaborar na qualidade de defensor de Alberto a medida cabível.
PEÇA
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 4ª VARA CRIMINAL DA COMARCA DE xxxx DA CAPITAL DO ESTADO DE xxxx
 ( 10 linhas ) 
 Alberto, já qualificado nos autos às folhas xxx, vem à presença de V. Exª, por meio de seu advogado que a esta subscreve, conforme procuração em anexo, requerer a concessão de 
 LIBERDADE PROVISÓRIA
Com fulcro no artigo 5º, inciso LXVI, da Constituição Federal do Brasil de 1988, cumulado com o artigo 310, inciso III, do Código de Processo Penal, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
 I – DOS FATOS
 O requerente encontra-se preso à disposição da justiça em virtude de prisão em flagrante pela suposta prática do delito previsto no artigo 155, § 4º, inciso IV, do Código Penal, por, em tese, ter participado do furto de um automóvel Fiat Uno.
 Em razão da qualificadora de concurso de pessoas, a autoridade de polícia entendeu em não arbitrar a fiança, determinando o recolhimento do réu à prisão, dando-he nota de culpa, conforme cópia de auto de prisão em flagrante remetida a este juízo.
 Ocorre que o réu é pessoa de boa índole e mantém o sustento de sua família através de seu trabalho, possui residência fixa e não apresenta antecedentes criminais, sendo certo que nunca foi preso ou processado criminalmente até a ocorrência do fato em epígrafe.
 II – DO DIREITO
 Conforme a doutrina majoritária e já pacificada, a prisão cautelar reveste-se de caráter de excepcionalidade, pois somente de ser decretada quando ficarem demonstradas o fumus bonis iuris e o periculum in mora, o que não ocorreu no caso em tela.
 O réu é primário, possui bons antecedentes, portanto não há risco para a ordem pública caso venha a ser posto em liberdade. Também, não há indícios que demonstrem que se o réu for posto em liberdade, ponha em risco a instrução criminal, a ordem pública e tampouco traga risco à ordem econômica. O réu possui residência fixa, à Rua xx, bairro xxx, Cidade xxx, nesta comarca e emprego fixo, logo estão ausentes os requisitos que ensejariam a decretação de sua prisão preventiva descrito no artigo 312 do Código de Processo Penal, portanto sua liberdade se impõe, conforme artigo 321 do Código de Processo Penal. 
 III-DO PEDIDO
 1 - Diante do exposto, requer que seja deferida a liberdade provisória, sem pagamento de fiança, ao requerente, Alberto, com a expedição do alará de soltura.Nestes termos,
 Pede deferimento
 Local e data
 Advogado
 OAB/UF

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