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DIREITO CIVIL IV - CCJ0224 Título Caso Concreto 3 Descrição A necessidade do conhecimento da presente matéria é fundamental para o exercício de atividades jurídicas, a seguir serão dispostas duas jurisprudências. Faça a leitura destas jurisprudências. Analise como o conteúdo ministrado é aplicado em nossos tribunais e observe a necessidade do conhecimento dos conceitos. Jurisprudência 01 para análise Aplicação de boa-fé e posse justa 48883996 - APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO CIVIL. CONTRATOS. PRINCÍPIO DA BOA-FÉ OBJETIVA. AFIRMAÇÃO. ALIENAÇÃO DE BEM IMÓVEL. CADEIA DE TRANSMISSÃO. INADIMPLEMENTO. NÃO COMPROVAÇÃO. TERCEIRO DE BOA-FÉ. AFIRMAÇÃO. PEDIDO DE IMISSÃO NA POSSE. NEGATIVA. JUSTO TÍTULO E BOA-FÉ. MELHOR POSSE. EXERCÍCIO DE FATO. SENTENÇA MANTIDA 1. O pedido de rescisão do contrato e retorno ao status quo ante por inadimplemento exige que o autor não pratique ato de violação à boa-fé objetiva, como efetuar nova alienação do bem imóvel a non domino e, ainda, efetivamente provar o descumprimento da contrapartida firmada em sua exata medida, tudo de forma a se dar cumprimento aos deveres anexos de lealdade e cooperação, contemplados no estatuto civilista. 2. Possuidor é aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade, devendo a posse ser justa e de boa-fé, não tendo sido adquirida por meio de violência, meio precário ou de forma clandestina. 3. O possuidor com justo título tem por si a presunção de boa-fé, salvo prova em contrário. 4. Quando o mesmo imóvel é negociado para dois compradores, ocorrendo então uma venda a non domino do bem, deve preponderar a precedência e a melhor posse, como exercício de fato, a qual se sobrepõe a mera posse supostamente jurídica. 5. Apelação conhecida e desprovida. Sentença mantida. (TJ-DF; APC 2010.11.1.000996-9; Ac. 109.7841; Sexta Turma Cível; Rel. Des. Carlos Rodrigues; Julg. 09/05/2018; DJDFTE 30/05/2018) Fonte: DVD MAGISTER ? Edição 80 Jurisprudência 02 para análise Caso de Composse 48883350 - APELAÇÃO CIVEL. REINTEGRAÇÃO DE POSSE. COMPOSSE. UNIÃO ESTÁVEL. AFASTAMENTO DO LAR. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA. 1. Sendo justa e de boa-fé a posse exercida pela companheira, antes e após o afastamento de seu companheiro do lar, em razão da prática de violência doméstica, deve ser ela, companheira, mantida na posse do imóvel objeto do litígio. 2. Negou-se provimento ao apelo da autora. (TJ-DF; APC 2014.09.1.004126-7; Ac. 109.7973; Quarta Turma Cível; Rel. Des. Sérgio Rocha; Julg. 16/05/2018; DJDFTE 29/05/2018) Fonte: DVD MAGISTER Edição 80 Análise, Jurisprudência (1): Mencionada Jurisprudência é tratada encima de um princípio fundamental no Direito Civil – Princípio da boa-fé objetiva -, é nítido que nesse caso, exigisse que as partes se comportem de forma correta, não só durante as tentativas, mas também durante a formação e cumprimento do que foi acordado, a relação acima pode ser correlacionada com o princípio de direito segundo o qual ninguém pode beneficiar-se da própria torpeza. A regra da boa-fé é uma clausula geral para aplicação do direito obrigacional, que permite a solução do caso levando em consideração fatores metajurídicos e princípios jurídicos gerais. Nesse caso, a jurisprudência é coerente na medida em que a posse justa é a que não apresenta vícios da violência, da clandestinidade ou da precariedade, sendo uma posse limpa. É imprescindível sua correlação com o princípio da boa-fé objetiva. Análise, Jurisprudência (2): Ademais, concomitantemente à analise (1), mencionada jurisprudência depende muito da boa-fé objetiva das partes, que por sua vez, é sempre presumida pelo juiz, devendo a má-fé, ao contrário, ser provada por quem alega.
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