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LUANA LETÍCIA MENDONCA FROTA Terapia Transfusional Hematologia Aula INTRODUÇÃO: ● Ser usada de forma adequada em condições de morbidade ou mortalidade significativa. ● Pode salvar vidas e melhoras a saúde do pacientes ● Pode levar a complicações agudas ou tardias ● Os hemoderivados são adquiridos por doação ● Todas as técnicas que envolvem a transfusão são Regulamentadas por lei – portaria de consolidação desde a coleta, requisição transfusional, triagem, sorologia do doador, uso. ATUALMENTE - PORTARIA DE CONSOLIDAÇÃO Nº 5 ● Doação altruísta e anônima ● Atualmente – A transfusão é feita apenas do hemocomponente em necessidade pelo paciente. ● Avaliação por um grupo de médico – protocolo INDICAÇÕES BÁSICAS ● Restaurar ou manter a capacidade de oxigênio, o volume sanguíneo e a hemostasia. ● Se alteração laboratorial e não tiver alteração clínica você reavalia! Não transfunde ● 30 dias - janela imunológica HIV ● Hepatite B e C – 15 dias ● Paciente fica imunosuprimido após transfusão sanguínea. Paciente de UTI – pior é para o paciente analisar bem a necessidade! ● Em caso de infecção em UTI a transfusão pode agravar o caso. TRANSFUNDIR APENAS COM INDICAÇÃO PRECISA! Transfundir sempre de 1 em 1 e reavaliar o paciente, na grande maioria das vezes 1 bolsa é suficiente – prof PRINCIPIOS A SEREM CONSIDERADOS PELO MÉDICO ANTES DA TRANSFUSÃO: ● A indicação deve ser feita exclusivamente por médico e baseada em critérios clínicos – Se possível pelo médico que já avalia esse paciente rotineiramente, que conhece sua história clínica! ● A indicação de transfusão poderá ser analisado pelo hemoterapeuta para liberação e se é esta é realmente necessária. ● Toda transfusão trás riscos, imediatos ou tárdios! ● Os benefícios devem superar os riscos! ● A decisão deve ser compartilhada pela equipe médica com paciente e familiares, os riscos devem ser discutidos e dúvidas devem ser retiradas. SITUAÇÕES RELACIONADOS A CRENÇAS RELIGIOSAS: LUANA LETÍCIA MENDONCA FROTA ● Devem ser discutidas com hemoterapeuta do serviço. ● Na maioria das vezes a tempo para tomar medida terapêutica. ● Nenhum paciente pode colocar a vida em risco, em caso de situações em risco iminente de morte, você deve ter todo um respaldo jurídico e tentar de forma judicial transfundir esse paciente. ● Paciente inconsciente, em risco iminente de morte, em situação que não se tem tempo para pedir respaldo, você realiza o procedimento e em seguida pede respaldo jurídico. ●Em casos como este em que o procedimento não é realizado, o paciente vem a óbito, e na família possui um participante que não faz parte daquela religião o qual é a favor da transfusão, ele pode lhe processar nesta situação o médico perde a causa. ● Em casos onde o paciente recebe a transfusão, sobrevive mas não aceita o procedimento ter sido realizado, ela pode lhe processar mas você tem como provar o risco iminente em que o mesmo se apresentava-se podendo assim se defender.. O DIREITO A VIDA ESTA ACIMA DA VONTADE DO PACIENTE! CONSIDERAÇÕES GERAIS ● A requisição do produto hemoterapico deve ser preenchida da forma mais completa possível. ● Deve ser prescrita e assinada por médico ● Deve ser registrada no prontuário do paciente Obs: em caso de complicações e o paciente processar o médico, toda aquela requisição será avaliada. Faz parte do preenchimento: nome completo do paciente, nome da mãe completo, data de nascimento, número do cartão SUS, local onde está, numero de unidade, urgência? causa, indicação. ANEMIA NÃO É DIAGNÓSTICO E NEM INDICAÇÃO! Ex de DX: Ferimento por arma de fogo Leucemia Mieloide Aguda Anemia Falciforme Insuficiencia Renal Crônica Insuficiência hepatica Ex Indicações: Paciente descompensado hemodinamicamente Paciente com hemorragia franca Paciente taquicardico PACIENTES COM FEBRE x TRANSFUSÃO ● Não é contraindicação absoluta p/ transfusão ● É importante reduzir a febre antes da transfusão ● O surgimento de febre durante o procedimento pode ser um sinal de hemólise ou de outro tipo de reação transfusional, se transfundir o paciente já com febre eu perco esse sinal. ● Paciente imussuprimido, séptico que eu consigo tirar a febre desse paciente antes, eu posso transfundir mas tenho que me responsabilizar! OBS: Isogrupo Incompativel Plaqueta – posso fazer sorogrupo incompatível por ter baixa quantidade de antígeno Se paciente em sangramento franco – pode também receber sorogrupo incompatível RN – não fazer! Risco maior que benefício. Jamais fazer sorogrupo incompatível para hemácias AQUECIMENTO DO PRODUTO TRANSFUSIONAL ● Raro a necessidade ● Deve ser feita de forma controlada, com aquecedor dotado de termômetro e alarme sonoro, sob orientação e monitoramento de profissional responsável. NÃO DISPONÍVEL EM NOSSOS SERVIÇOS. LUANA LETÍCIA MENDONCA FROTA ● Jamais deve-se utilizar de banho-maria ou qualquer outra fonte de calor para aquecer os hemocomponentes, exceto quando houver equipamento específico para esse fim. TEMPO DESTINADO A TRANSFUSÃO ● Nenhuma transfusão pode exceder o período de 4 horas. ● Geralmente o tempo por bolsa é de 1h Obs Prof- Paciente cardiopata geralmente ela passa com tempo de 3 a 4h por risco de sobrecarga volêmica. ● O risco de contaminação após 4h é muito grande, deu 4h descarta abolsa. ADIÇÃO DE OUTROS FLUIDOS A HEMOTERAPICOS ● Não se deve adicionar nenhum fluido ou droga. ● Transfusão associada em acesso compartilhado apenas, com cloreto de sódio 0,9% (SF). ● É desnecessário diluir o concentrado de hemácias antes da infusão. O hematócrito do concentrado de hemácias permite geralmente bom fluxo de infusão CONCENTRADO DE HEMACIAS ● Hematrocrito entre 65% e 75% ● São armazenados a 4º C ● Validade de 35 a 42 dias, conforme anticoagulante utilizado. ● Volume aproximado – 270 a 320 ml (Isso depende se ele foi lavado, se foi filtrado) ● Tempo de infusão deve ser de 60 a 120m ● Paciente pediátrico não deve exceder velocidade de 20/30ml/kg/h ● Uma unidade deve elevar o nível de hemoglobina de 1,0g/dl em um receptor de 70 quilos e que não esteja com sangramento ativo. ●O ideal é transfundir 1 por vez ● A hemoglobina e ou hematócrito devem ser mensurados antes e após transfusão OBJETIVO: SEMPRE MELHORAR CONCENTRAÇÃO DE OXIGENIO TODO ESTADO DE ANEMIA EXIGE TRANSFUSÃO DE HEMÁCIAS? NÃO! Em situações de anemia o organismo cria mecanismos compensatórios que muitas vezes conseguem reduzir o nível de hipóxia tecidual! MECANISMOS: Elevação do debito cardíaco Reduz afinidade da Hb pelo O2 CONTRAINDICAÇÕES: ● Bem estar ●Cicatrização ●Profilatico ●Expansão de volume vascular se capacidade de O2 adequada HEMORAGIAS AGUDAS – CLASSIFICAÇÃO DE BASKET, 1990 ● Volume normal – 8% do pessoa corpóreo (4,8 em adulto de 60kg) CLASSE 1 – PERDA DE ATÉ 15% ● Sem necessidade transfusional Exceto: anemia prévia ou paciente incapaz de compensar por doença cardíaca ou respiratória CLASSE 2 – PERDA DE ATÉ 30% DO VOLUME SANGUÍNEO: ●Geralmente não precisa hemoconcentrados ● Infundir cristaloides e coloides ● Avaliar necessidade de hemácias se paciente com doença pré-existente, redução da reserva cardiorrespiratória ou perda contínua CLASSE 3 – PERDA DE 30 A 40% ● Provável necessidade de transfusão CLASSE 4 – PERDA MAIOR QUE 40% LUANA LETÍCIA MENDONCA FROTA ● Com certeza, com rápida reposição, inclusive com concentrado de hemácias. HEMORRAGIA AGUDA ● Acredita-se que ocorra liberação adequada de oxigênio na maioria dos indivíduos com concentração de hemoglobina de até 5g/Dl ● A concentração de hemoglobina deve ser avaliada considerando outros fatores como a velocidade da perda. ● Não tem indicação com hemoglobina acimade 9 ● Geralmente tem indicação quando Hb < 7 – o ideal é você manter esse paciente entre 7 e 9, infundiu, chegou nesse parâmetro, você para! ● No máximo 2UN de Concentrado de Hemácias (CH) por solicitação ● Reavaliar a cada 30m até que HB entre 7 e 9 + estabilidade hemodinâmica Síndrome coronariana aguda – Transfundir se HB entre 8 e 10g/Dl, manter em 10 Choque séptico < 6h de evolução – Transfundir de Hb entre 8 e 10g/dl manter em 10 Uremicos: Se sangramento por plaquetopenia, transfundir se Hb < 10g/dl AVALIAÇÃO DE Hb E Ht PÓS TRANSFUSIONAL – ● Em anemia crônica compensada você pode avaliar de 2h a 3h após ● Anemia aguda – coletar a cada 30m EM PERDA AGUDA: A concentração de Hb deve ser associada a velocidade de perda (Procedimento indicado se perda maior ou igual a 30% da volemia) Ex: Paciente com 70 Kg Volemia = P x 70 -> 4.900ml Perda de 30% = >1470ml Evidencia rápida perda de sangue sem controle de sangramento ANEMIA CRÔNICA INDICAÇÃO: Quando não tiver nenhuma outra escolha terapêutica ou quando não forem suficiente para compensar os sintomas. Ex :Reposição de ferro Eritropoietina Depende da anemia. ● Se paciente permanece sintomático após tratamento (sulfato ferroso) – transfunde! ● Transfusão em maior intervalo de tempo que você puder. TRANSFUSÕES PERIOPERATÓRIAS: MANUSEIO IGUAL AO DO SANGRAMENTO AGUDO. ● Não há indicação de atingir níveis prévios ou considerados “normais”, antes ou depois da cirurgia ● Não transfundir quando Hb>9 ● No pré- operatório é aceitável transfundir se Hb < 8 ● Cirurgia eletiva com paciente anêmico – descobre a causa, trata! Se não tiver como tratar, ex: anemia crônica, paciente com câncer.. Ai você pode transfundir para operar. ● Em reoperação cardíaca é aceitável transfundir quando Hb< 10. Certificar se reserva de Hb para centro cirúrgico seja adequada. SOLICITAR COM ANTECEDENCIA NO BANCO DE SANGUE E CERTIFICAR SE RESERVA PRESENTE ANEMIA CRONICA: ● É melhor tolerada do que a aguda ● A causa deve ser estabelecida, tratamento iniciado e transfusão realizada somente em caso de risco de morte LUANA LETÍCIA MENDONCA FROTA ● A transfusão deve ser administras em intervalos máximos que garantam o não aparecimento de sintomas no paciente ● Na anemia facilforme e hemoglobinopatia as transfusões não estão vinculadas ao nível de hemoglobina e sim ao quadro clínico; sugere-se que especialista orientem o caso as vezes o nível apresentado pode ser o basal do paciente ANEMIA FALCIFORME EM GESTANTES ● ASSINTOMATICA Hb > 7g/dL - Não transfundir, avaliar a cada 10 dias. ● SINTOMÁTICA com queda de 20 % nos valores hematimétricos basais. Realizar transfusão simples. Reavaliar a cada semana. ● SINTOMÁTICA com níveis hematimétricos basais (STA, crise álgica moderada a intensa, toxemia, sofrimento fetal com risco de abortamento). Realizar transfusão de troca – manter HbS < 50 % (difícil de ser realizada aqui) Reavaliar em 24 horas. Fazer reserva de concentrado de hemácias na semana anterior à internação para o parto TRANSFUSÃO DE URGENCIA E EMERGENCIA - importante ● Nesta o médico assina e escreve em um campo especifico da RT onde ele solicita hemácia sem compatibilização. ● A amostra vai ser coletada o sangue vai chegar na agencia do banco de sangue. No mundo ideal liberaríamos uma bolsa O - sem reação cruzada. Mas na realidade, as vezes temos apenas duas bolsas disponíveis no estoque então as vezes nós fazemos a tipagem do Rh e enviamos sem a prova de compatibilização. Isso é só quando o paciente está em risco iminente, que em menos de 40 minutos pode evoluir pra óbito. ● 40 minutos é o tempo necessário pra preparo de componente eritrocitário para saber se a bolsa tem compatibilidade com o paciente desconhecido – O teste é realizado com a junção do sangue do paciente com o da bolsa para verificar se ocorre ou não aglutinação, a qual irá confirmar presença ou não de anticorpo contra a amostra. ● O paciente não tem esse tempo de 40m – você assina, solicita, recebe e o MÉDICO que solicitou responde ás consequências, caso ocorram.... ● Risco de sensibilização é 0,04% em pacientes que nunca receberam transfusão e nunca engravidaram ● O risco aumenta para 3% se paciente já transfundiu ou já engravidou. ● Paciente sensibilizado que recebem sangue incompativel podem apresentar reação hemolítica grave - Descrições de reação hemolítica grave, insuficiência renal e óbito. ● Transfusões de Urgência com provas de compatibilidade em andamento só se justificam nos casos reais de risco de morte imediata do paciente Transfunde e fica do lado! Avaliando! Verificar prova de compatibilidade, se compatível ou não! Se necessário encaminhar para UTI ! CONCENTRADO DE PLAQUETAS (CPs) INDICAÇÃO: SÓ TRANSFUNDE EM PACIENTE QUE ESTIVER SANGRAAANDO! ● Sangramento + Contagem plaquetária < 50.000 ● Paciente com sangramente em SNC ou oftálmico com contagem plaquetária < 100.00 (grau de recomendação C) ● Disfunção plaquetária congênita ou adquirida (drogas antiagregante plaquetárias) em vigência de sangramento ● Transfusão maciça: espera-se contagem plaquetaria < 50.000 se duas volemias já trocadas LUANA LETÍCIA MENDONCA FROTA do paciente - Nesta situação recomenda-se a transfusão de CPs se contagem < 50.000. - E se <100.000 na presença de alterações graves de hemostasia, trauma múltiplo ou de sistema nervoso central. ● Coagulopatia Vascular Disseminada: Reposição de plaquetas e fatores de coagulação é desencorajada, não há evidencias de efeitos benéficos profilaticamente, porém em presença de sangramentos, mesmo que sem gravidade no momento, deve-se iniciar a reposição de fatores de coagulação (PFC) e de CPs objetivando contagens superiores a 20.000/μL; CONDIÇÕES ONDE O RENDIMENTO É BAIXO Deve ser usada em caso de sangramento ou necessidade de procedimento cirúrgico, o mais próximo possível após a transfusão. Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT) Trombocitopenia Induzida por Heparina (HIT) Púrpura Trombocitopenica Imune - Associada a terapêutica imunossupressora. Dengue Hemorrágica (petequeias não é indicação) CONSIDERAÇÕES: ●Todas as prescrições devem sempre ser precedidas por uma contagem laboratorial. ● Dose preconizada: 1UN para cada 10kg de peso. ● Deve ser utilizada em até 30min após o preparo do pool. (passou desse tempo, não serve mais) PLASMA FRESCO CONGELADO É administrado para corrigir sangramentos por anormalidade ou deficiência de um ou vários fatores da coagulação, quando os concentrados de fatores específicos não estiverem disponíveis; ● A dose inicial deve ser de 10-15 mL/kg. O TAP e o TTPa devem ser mensurados antes e após a transfusão. ● A necessidade de manter a reposição de horário deve ser criteriosamente avaliada e quando indicada, a dose indicada é de 20mL/kg divididos em 3 ou 4 tomadas. INDICAÇÕES: ● Correção de deficiências congênitas ou adquiridas isoladas ou combinadas de Fator(es) de coagulação para os quais não exista concentrado industrializado. ● Coagulopatia intravascular disseminada (CIVD) grave com sangramento ativo e grande diminuição na concentração sérica de múltiplos fatores, com hemorragia e evidências laboratoriais de deficiências de fatores, com INR >1,5 e/ou TTPA no mínimo de 1,5 X o controle. ● Hemorragia em hepatopatia com déficit de múltiplos fatores da coagulação e com INR >1,5 e/ou TTPA no mínimo de 1,5 X o controle ● Transfusão maciça, o plasma pode ser liberado precocemente. (Administração aguda de volume superior a uma vez e meia a volemia do paciente, ou ainda, como a reposição com sangue estocado equivalente ao volume sanguíneo total de um paciente, em 24 horas.) o controle.). OBS: 2 HEMACIAS p 1 PLASMA ● Tratamento da Púrpura Trombocitopênica Trombótica, em especial na plasmaférese. ● Nareversão de dicumarínicos. ● Prevenção de hemorragias em hepatopatas que serão submetidos a cirurgias ou procedimentos invasivos (por exemplo, biópsia hepática), e que apresentam alteração no coagulograma (com INR >1,5 e/ou TTPA no mínimo de 1,5 X ● Trombose por déficit de Antitrombina III , quando não houver concentrado específico. ● Hemorragia por déficit de fatores de vitamina K dependentes em Recém – Nascidos ● Pacientes com Edema Angioneurótico (Edema de Quincke) recidivante causado por déficit de Inibidor de c1- esterase LUANA LETÍCIA MENDONCA FROTA CONTRAINDICAÇÕES: ● Expansor volêmico ● Hipovolemias agudas (com ou sem hipoalbuminemia) Sangramentos sem coagulopatia ● Imunodeficiências ● Septicemias ● Grandes Queimados ● Complemento de alimentação parenteral CRIOPRECIPITADO ● O crioprecipitado está indicado no tratamento de hipofibrinogenemia congênita ou adquirida (<100mg/dl), disfibrinogenemia ou deficiência de Fator XIII.. A hipofibrinogenemia adquirida pode ser observada após tratamento trombolítico, transfusão maciça ou coagulação intravascular disseminada (CID). ● Quando se tratar de sangramento por perda sanguínea aguda, deve-se mensurar o fibrinogênio antes e após o tratamento. REAÇÕES TRANSFUSIONAIS - ela deu mais importância pra classificação e sintomas ● Podem ocorrer durante ou após as transfusões. ● Agudas: em até 24h. ● Tardias: após 24h. ● Podem ser definidas também como: Imunes ou não imunes Infecciosas ou não infecciosas. AGUDA (<24 horas) ● Imune: Reação febril não hemolítica Reação hemolítica Reação alérgica: leve; moderada; grave TRALI ● Não Imune: Contaminação bacteriana Hemólise não imune Sobrecarga de volume Embolia aérea Hipotensão por inibidor ECA Hipotermia Hipocalcemia CRÔNICA (>24hs) ● Imune: Aloimunização eritrocitária Reação enxerto x hospedeiro Aloimunização plaquetária Púrpura pós transfusional Imunomodulação Hemólise Não Imune: Hemossiderose Doenças infecciosas CLASSIFICAÇÃO CONFORME SUA GRAVIDADE: I.- Ausência de risco à vida: baixa gravidade, sem ameaça a vida; II.- Morbidade em longo prazo: gravidade moderada, com ou sem ameaça à vida. III.- Risco à vida: alta gravidade; ameaça imediata à vida, sem óbito; IV- Óbito: morte decorrente da reação transfusional TODOS PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS NA PRESCRIÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DE HEMOCOMPONENTES DEVEM ESTAR CAPACITADOS A RECONHECER E TRATAR AS REAÇÕES TRANSFUSIONAIS. ATÉ QUE SE PROVE O CONTRÁRIO! QUALQUER SINTOMA DURANTE A ADMINISTRAÇÃO DE UM HEMOCOMPONENTE DEVE SER CONSIDERADO COMO REAÇÃO TRANSFUSIONAL. SINTOMAS MAIS FREQUENTES: LUANA LETÍCIA MENDONCA FROTA ● Febre com ou sem calafrios, definida como elevação de 1ºC na temperatura corpórea associada à transfusão. ● Calafrios com ou sem febre. ● Dor, no local da infusão, torácica ou abdominal. ● Alterações agudas na pressão arterial, tanto hipertensão como hipotensão. ● Alterações respiratórias: dispnéia, taquipnéia , hipóxia. ● Alterações cutâneas : prurido, urticária, edema localizado ou generalizado. ● Náuseas, com ou sem vômitos. ● Icterícia ou hemoglobinúria. ● Choque em combinação com febre, tremores, hipotensão, falência cardíaca de alto débito. Este quadro sugere sepses, pode também acompanhar hemólise aguda. Falência circulatória sem febre e/ou calafrios pode ser o dado mais importante de anafilaxia. ● Alteração na cor da urina pode ser o primeiro sinal de hemólise no paciente anestesiado ou oligúria. CONDUTA CLÍNICA ●Suspender a transfusão imediatamente e comunicar o Banco de Sangue. ● Manter acesso venoso pérvio com solução salina a 0.9%. ●Verificar os sinais vitais. ● Comunicar imediatamente a equipe do Banco de Sangue e o médico do paciente. ● Verificar todos os registros, formulários e a identificação do receptor. ● Avaliar se ocorreu a reação e classificá-la para adequar a conduta específica. ●Manter equipo e bolsa intactos, encaminhá-los ao Banco de Sangue. ● Avaliar a possibilidade de reação hemolítica, TRALI, anafilaxia, sepsis relacionada à transfusão, situações em que são necessárias condutas de urgência. ● Se existe a possibilidade de hemólise aguda, anafilaxia, TRALI, sepsis por transfusão, uma amostra pós-transfusional deve ser coletada e enviada ao laboratório transfusional assim como a bolsa e os equipos anexos a ele (assegurando a não contaminação dos equipo). ● Em alguns casos uma amostra da urina pós- transfusão pode ser necessária. SOBRE O DIAGNÓSTICO ● O diagnóstico preciso de uma reação permite que o clínico e o hemoterapeuta utilizem estratégias adequadas para a prevenção de novos episódios. ● É essencial o diagnóstico precoce e atuação imediata do médico prescritor para o tratamento das reações transfusionais, principalmente nas reações mais graves, que podem levar a óbito. ● Devem ser adotadas condutas específicas conforme o tipo de reação apresentada. LUANA LETÍCIA MENDONCA FROTA