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Estudo de Caso - Empresa Compra e Negocia de Tudo

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Estudo de Caso
Empresa “Empresa Compra e Negocia de Tudo”
1. Análise do Ocorrido
A família Soprano, constituiu empresas no Brasil que com o passar do tempo alcançaram grande crescimento, porém não se atentou em certificasse acerca das legislações societárias e tributárias, e com isso infelizmente, acabou por faltar também com as normas constitucionais.
Mesmo com o vasto crescimento da empresa “Empresa Compra e Negocia de Tudo”, a sua imagem negativa e as suas perdas financeiras ainda ganhavam visibilidade, devido principalmente aos contratos abusivos com seus fornecedores e o descumprimento da Lei 8.078/90, Código de Defesa do Consumidor, pois não respeitavam os seus consumidores e nem demonstravam empatia.
2. Consequências Contratuais e Societárias
2.1 Fornecedor 
A empresa “Empresa Compra e Negocia de Tudo” tem por principal falha em seus contratos a falta de bases contratuais adequadas, uma relação comercial bem definida e estruturada entre as partes pactuadas, acarretando assim em uma insegurança jurídica. Pois é de suma importância definir quais são os direitos e deveres de cada um dentro da Lei 8.078/90.
Outro fator importante seria a parceria comercial com a empresa que vendia seus produtos pela internet, mais conhecido como “Mercado de Peixe”. Contudo, não emitia notas fiscais. Assim sendo impossível ignorar o fato de problemas atribuídos ao recolhimento de tributos.
Mantinha apenas o canal da internet para reclamações, com contatos de adesão onde o art. 49 da Lei 8078/90 não era respeitado.
2.2 Consumidor 
Conforme descrito no estudo de caso a empresa “Empresa Compra e Negocia de Tudo”, passou a acreditar que os consumidores não procurariam o poder judiciário, em caso de produtos com defeitos, portanto passou a comprar grandes quantidades de produtos de países distantes inclusive na República Popular da China (R.P.C.).
Deixando, portanto, bem claro a que não se importavam se o equipamento iria apresentar defeitos após a venda e tampouco com a satisfação do cliente.
3. Soluções Contratuais Societárias
Desta forma, o primeiro passo seria a reestruturação do tipo societário da empresa “Empresa Compra e Negocia de Tudo” para LTDA (Limitada). Acredito que é o melhor tipo societário para a empresa neste momento, já que para a adoção do modelo societário E.I - Empresário Individual, justamente por não se tratar de uma empresa individual e pelo mesmo motivo desconsiderei também o modelo da EIRELI - Empresa Individual de Responsabilidade Limitada. E considerando também que o senhor Soprano não tem muita prática de governança, segundo o estudo de caso, não seria aconselhável manter se na S/A.
Portanto escolhendo o tipo societário LTDA já é uma forma de blindar o seu patrimônio dos sócios. No entanto para o senhor Soprano continuar no controle das decisões ele precisaria garantir 75% do capital social assim ele seria o socio majoritário e manteria o controle da maior parte das ações.
O segundo ponto seria definir contratos melhor elaborados com cláusulas bem definidas com a empresa “Mercado de Peixe” e o “Banco Creditudo” onde se aplicariam o cumprimento da Lei 8.078/90, Código de Defesa do Consumidor, pois está nítido que seus parceiros não respeitavam os seus consumidores e nem demonstravam empatia. E para melhorar a imagem do negócio é fundamental adotar essa estratégia de confiança do consumidor respeitando os seus direitos.
3.1. Relação de consumo
Está mais do que claro que um dos principais pontos para a família Soprano seria redefinir os contratos com as empresas parceiras, pois a partir do momento que começou a vender pela internet através da empresa Mercado de Peixe e recebendo através do “Banco Creditudo” que seus problemas aumentaram. Principalmente por não respeitarem a Lei 8.078/90, Código de Defesa do Consumidor, citada a seguir:
“Art. 2º Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. Parágrafo único. Equipara-se a consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.
“Art. 3º Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.”
Conforme os artigos acima fica claro que para existir uma relação solida entre os seus B2B – Business to Business e os B2C – Business to Customer, e para que não haja problemas deve se atentar nas cláusulas de parcerias com os seus B2B. Conforme o artigo quarto A Política Nacional das Relações de Consumo tem por objetivo o atendimento das necessidades dos consumidores, o respeito à sua dignidade, saúde e segurança, a proteção de seus interesses econômicos, a melhoria da sua qualidade de vida, bem como a transparência e harmonia das relações de consumo, atendidos os seguintes princípio. 
3.2 Direitos Desrespeitados
· Venda de produto com defeito e de péssimas qualidades. 
“Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas: (Redação dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)
I - condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos;
IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, tendo em vista sua idade, saúde, conhecimento ou condição social, para impingir-lhe seus produtos ou serviços
VI - executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e autorização expressa do consumidor, ressalvadas as decorrentes de práticas anteriores entre as partes;
VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro);
XII - deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação ou deixar a fixação de seu termo inicial a seu exclusivo critério. (Incluído pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)”
· Sem canal de reclamações Sac ou Ouvidoria 
“Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em:
I - Trinta dias tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis;
II - Noventa dias tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis.”
· Sem nenhum contrato ou emissão de Nota Fiscal 
· Não estavam possibilitando a realização de trocas 
“Art. 49. O consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço, sempre que a contratação de fornecimento de produtos e serviços ocorrer fora do estabelecimento comercial, especialmente por telefone ou a domicílio. 
Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o direito de arrependimento previsto neste artigo, os valores eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão devolvidos, de imediato, monetariamente atualizados.”
· Prática abusiva sobre cobranças de compras não realizadas
SEÇÃO V
Da Cobrança de Dívidas
Art. 42. Na cobrança de débitos, o consumidor inadimplente não será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça. 
Parágrafo único. O consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável.  
Art. 42-A. Em todos os documentos de cobrança de débitos apresentados ao consumidor, deverão constar o nome, o endereço e o número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF ou no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ do fornecedor do produto ou serviço correspondente. (Incluído pela Lei nº 12.039, de 2009) Ver tópico (252 documentos)
SEÇÃO VI
4. Soluções Imediatas 
A família Sopranode imediata deveria implantar uma clausula no contrato que comprovasse a qualidade dos produtos, assim como fala o artigo terceiro do CDC, todo produto deve ser certificado pelo Inmetro ou órgão equivalente. 
Com isso o seu custo seria maior a curto prazo devido ou a troca de fornecedores por produtos melhores caso os atuais não se encaixem no novo método da empresa, porem a longo prazo iria reduzir nos processos por parte do Procon ou até mesmo de pessoas físicas através das ações de contingências principalmente por casos de aparelhos que explodem e causando danos a vida do consumidor.
A empresa deve adotar uma ideia inicial de transparência com os seus consumidores, sendo que todos os produtos devem conter Nota Fiscal emitida, que é um direito do consumidor, e que não é feito quando se compra pela internet, e com isso respeitar o artigo quarto do CDC. Disponibilizando também um canal de pós venda onde os consumidores possam relatar as suas insatisfações ou até mesmo solicitar suporte na troca do aparelho. 
Junto com uma ação de acordos e quitações dos processos em abertos de todas as pessoas físicas ou jurídicas que tenham passado pelo transtorno de terem o seu nome usado em compras indevidas pela internet gerando cobranças desnecessárias, e até mesmo para os consumidores que adquiriram aparelhos defeituosos e não obtiveram um auxílio adequado.
5. PLANO DE AÇÃO 
Como já foi sugerido nos parágrafos anteriores a melhor opção para a família Soprano seria alterar o modelo societário para LTDA, assim construindo uma solução referente a blindagem patrimonial, pois desta forma a empresa estaria limitar a cota.
Respeitar os direitos do consumidor é fundamental para todos os tipos de negócios, por isso é de suma importância ter uma ouvidoria para realizar um levantamento junto aos consumidores quais produtos estão dando certo ou não, assim evitando que tais reclamações cheguem na fase de audiência ou cheguem ao Procon, reduzindo os impactos negativos gerados pelos processos e ações de contingências, e automaticamente melhorando a imagem da empresa.
Ter mais de um fornecedor, caso o fornecedor atual não se enquadre nas novas condutas da empresa, e com intuito de não ficar dependente daquele fornecedor, ou seja, buscando produtos com melhor qualidade, obviamente vai custar mais caro, com isso será necessário rever todo o orçamento da empresa. 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Visto todos esses pontos para avaliar cada impacto tributário desde a abertura de um modelo societário de uma forma global e, também adotando uma análise econômica do direito – AED, seria possível manter uma distância significativa de eventuais processos. 
Desta forma, automaticamente seria desenvolvido um crescimento sustentável para a empresa que, consequentemente atrairia novos investidores e, com isso, no futuro se abriria uma possibilidade de reestruturação para se tornar uma S/A de capital aberto ou fechado.
7. REFERÊNCIAS
Material disponibilizado pelo Prof Fábio Lopes Soares 01 MBA - Apostila - Legislação Societária - 2020.pdf
Livro - Direito Empresarial Para Gestores – Plataforma da FGV
Web sites: https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10605675/artigo-18-da-lei-n-8078-de-11-de-setembro-de-1990

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