Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ESTÁCIO DE SÁ MARCELO LEMOS SOARES Matrícula: 201401238009 Curso : Administração / EAD ATIVIDADE ESTRUTURADA Matemática Financeira - Inflação e Correção Monetária Rio de Janeiro 2015 Introdução: Alguns economistas conceituam que inflação significa um aumento no suprimento de dinheiro e a expansão monetária, o que é a causa do aumento de preços. Popularmente, a palavra inflação é usada como aumento de preços, a menos que um significado alternativo seja expressamente especificado. Outra distinção também se faz, quando analisados os efeitos internos e externos da inflação: externamente, a inflação traduz-se mais por uma desvalorização da moeda frente a outras, e internamente exprime-se mais no aumento do volume de dinheiro e, aumento dos preços. Outro assunto importante, desta atividade estruturada sobre Inflação, é relacionado a Correção Monetária. Ela foi criada em meados da década de 1960, sendo a variação das Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional (ORTN) utilizada como indexador. A inflação é baseada no ÍNDICE DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO, que é calculado mensalmente pelo IBGE que analisa a variação do custo de vida médio de famílias com renda mensal entre 1 e 40 salários mínimos das principais regiões metropolitanas do país. Esta pesquisa é realizada em estabelecimentos comerciais, prestadores de serviços, domicílios (para verificar valores de aluguel) e concessionárias de serviços públicos. Os resultados reais dos investimentos, utilizam a inflação para o seu cálculo. A Rentabilidade real é obtida descontando-se da rentabilidade efetiva o percentual correspondente à inflação do período da aplicação. Na economia de um país, a inflação tem como efeito tornar mais difícil renegociar alguns preços, e particularmente contratos e salários, para valores mais baixos. Logo, com o aumento geral de preços é mais fácil para que os preços relativos se ajustem. Segundo algumas escolas de economia, os esforços para manter uma estabilidade completa de preços podem também levar à deflação , que é a queda constante de preços), que podem ser bastante destrutiva, estimulando falências, concordatas e recessão. O conceito de índice de preços é resultante de um procedimento estatístico que, entre outras aplicações, permite medir as variações ocorridas nos níveis gerais de preços de um período para outro. O índice de prelos representa uma média global das variações de preços que se verificaram num conjunto de determinados bens ponderada pelas quantidades respectivas. No Brasil são utilizados inúmeros índices de preços, sendo originados de amostragem e critérios desiguais e elaborados por diferentes instituições de pesquisa. Em nossa estrutura financeira, podemos dividir a estrutura inflacionária em três tipos distintos de inflação: 1) Inflação de demanda . Aumento na procura de um determinado bem, sem que exista uma resposta compatível da oferta, sendo assim necessário aumentar o valor desse bem para equilibrar a economia. 2) Inflação de custo . Também pode ser chamada de inflação de oferta , e é aquela na qual ocorre um aumento em fatores que incidem diretamente sobre o produto. Por exemplo, caso ocorra o aumento do valor da matéria-prima, os produtos que são derivados dessa matéria irão sofrer uma inflação. Essa inflação pode ocorrer também em virtude da elevação das taxas de juros, salários, combustíveis e tarifas públicas. 3) Inflação estrutural . Esta se relaciona com a ineficiência de serviços fornecidos pela infraestrutura de uma determinada economia, ou seja, é baseada na rigidez da oferta de bens e serviços dessa estrutura econômica. Para o cálculo da taxa de inflação, utiliza-se a fórmula abaixo : Para melhorar o entendimento, segue um exemplo prático relacionado ao cálculo da taxa de inflação, com aplicação da fórmula mencionada anteriormente: No ano de 2014, o preço de um produto era de R$ 10,00. Em 2015, o preço do mesmo passou para R$ 12,50. Qual a taxa de inflação do período? Solução: A correção Monetária foi instituída por lei para correções de débitos fiscais, saldos de financiamentos de imóveis, FGTS, alugueis etc. Com a sucessão dos planos econômicos de combate à inflação, começando pelo Plano Cruzado (março de 1986), foram criados vários indexadores oficiais: Obrigação do Tesouro Nacional (OTN), Bônus do Tesouro Nacional (BTN) e outros. Em fevereiro de 1991, depois do Plano Collor, foi criada a Taxa Referencial (TR), visando a dar uma medida para a expectativa de inflação. Assim, a partir de taxas médias de aplicações financeiras prefixadas, eliminando-se a taxa real embutida, obtém-se a TR (esta taxa real é determinada pelas autoridades monetárias e não é um valor constante para todos os meses, mas sim variável de acordo com uma série de circunstâncias). Os indexadores mais utilizados atualmente são: a TR, o IGP-DI, o IGP-M e o INCC. Segue abaixo a fórmula matemática para o cálculo da correção monetária e um exemplo para melhor entendimento : Exemplo: A empresa Biriba S.A. foi condenada a pagar uma indenização de R$ 50.000,00 a um de seus clientes por uma cobrança indevida, sendo que essa indenização deverá ser atualizada monetariamente por 3 meses pela variação do INPC/IBGE, com as seguintes taxas de correção 0,94%, 0,54%, 0,66%. Qual o valor da dívida corrigida? Solução: Segue alguns conceitos importantes sobre a matemática financeira, relacionados a inflação e correção monetária : Capital: É qualquer valor expresso em moeda (dinheiro ou bens comercializáveis) disponível em determinada época. Referido montante de dinheiro também é denominado de capital inicial ou principal. Juros: É o aluguel que deve ser pago ou recebido pela utilização de um valor em dinheiro durante um certo tempo; é o rendimento em dinheiro, proporcionado pela utilização de uma quantia monetária, por um certo período de tempo. Taxa de Juros: É um coeficiente que corresponde à razão entre os juros pagos ou recebidos no fim de um determinado período de tempo e o capital inicialmente empatado. Taxa de Juros unitária: A taxa de juros expressa na forma unitária é quase que exclusivamente utilizada na aplicação de fórmulas de resolução de problemas de Matemática Financeira; Montante: Denominamos Montante ou Capital Final de um financiamento (ou aplicação financeira) a soma do Capital inicialmente emprestado (ou aplicado) com os juros pagos (ou recebidos). Regimes de Capitalização: Quando um capital é emprestado ou investido a uma certa taxa por período ou diversos períodos de tempo, o montante pode ser calculado de acordo com 2 regimes básicos de capitalização de juros, sendo a capitalização simples e a capitalização composta. Capitalização Simples: Somente o capital inicial rende juros, ou seja, os juros são devidos ou calculados exclusivamente sobre o principal ao longo dos períodos de capitalização a que se refere a taxa de juros Capitalização Composta: Os juros produzidos ao final de um período são somados ao montante do início do período seguinte e essa soma passa a render juros no período seguinte e assim sucessivamente. Comparando-se os 2 regimes de capitalização, podemos ver que para o primeiro período considerado, o montante e os juros são iguais, tanto para o regime de capitalização simples quanto para o regime de capitalização composto; Salvo aviso em contrário, os juros devidos no fim de cada período (juros postecipados) a que se refere a taxa de juros. No regime de capitalização simples, o montante evolui como uma progressão aritmética, ou seja, linearmente, enquanto que no regime de capitalização composta o montante evolui como uma progressão geométrica, ou seja, exponencialmente. Fluxo de Caixa: O fluxo de caixa de uma empresa, de uma aplicaçãofinanceira ou de um empréstimo consiste no conjunto de entradas (recebimentos) e saídas (pagamentos) de dinheiro ao longo de um determinado período. Conclusão Segundo alguns economistas, a inflação não é um fenômeno meramente monetário, pois sua raiz está na questão distributiva, entre os grupos sociais de uma economia, ou seja, a inflação de preços é o meio pelo qual os grupos sociais ligados às atividades produtivas dispõem para ampliar a sua apropriação do acréscimo de renda criado no processo de crescimento econômico, levando a economia para novos equilíbrios distributivos entre esses grupos. Se a inflação fosse um efeito meramente monetário e neutro em relação ao lado real da economia (o lado da produção de bens e serviços), sem afetar a distribuição de renda, o aumento generalizado de preços deveria ocorrer de forma proporcionalmente simétrico para todos os setores da economia e não é o que é empiricamente comprovado. Trabalho apresentado como requisito a atividade est ruturada da matéria de Matemática Financeira orientada pelo professor L uiz Roberto Martins Bastos Bibliografia http://www.somatematica.com.br http://www.bcb.gov.br/htms/relinf/port/2004/06/ri200406b2p.pdf http://www.brasilescola.com/economia/inflacao.htm http://www.alunosonline.com.br/matematica/tipos-inflacao.html
Compartilhar