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GE Sistemas Computacionais 01

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Sistemas Computacionais
UNIDADE 1
1
1ª UNIDADE
DISCIPLINA: SISTEMAS COMPUTACIONAIS
Apresentação
Olá, Seja bem-vindo(a) à UNINASSAU EAD! Estamos iniciando a nossa disciplina 
SISTEMAS COMPUTACIONAIS, cujo conteúdo já apresentamos no vídeo de apre-
sentação da disciplina. Nesta primeira unidade vamos iniciar os estudos sobre os Sis-
temas de Informação na era digital. Nesta unidade vamos tratar dos seguintes temas:
•	 O que são sistemas de informação, suas funções e sua importância nos dias 
atuais.
•	 O que são dados, informação e conhecimento.
•	 Os diferentes tipos de sistemas de informação utilizados nas empresas em 
relação aos seus objetivos e a necessidade de uso de sistemas nas suas 
atividades e na solução de problemas.
•	 Os componentes dos sistemas de informação.
•	 Vantagem competitiva no uso de sistemas de informação.
•	 A importância da internet nos dias atuais.
•	 O novo cenário gerado pela era digital.
Antes de prosseguir, leia o primeiro capítulo do livro-texto da disciplina. Depois disso, 
volte exatamente para este ponto para continuarmos.
1.1 A importância dos sistemas de informação nos dias atuais
É comum ouvir que, na era digital, as empresas não podem pensar em funcionar sem 
ter sistemas de informação no apoio às suas atividades. Ouvimos dizer que “os dados 
da empresa, dos fornecedores, dos produtos, dos clientes estão todos cadastrados no 
sistema de informação”. Mas o que são sistemas de informação? 
Para começar a se aprofundar, leia o artigo disponível no link abaixo (após ler o artigo, 
volte para este ambiente EAD e continue seus estudos): http://sereduc.com/foGsZU
Vamos continuar? A seguir, vamos ver o que são sistemas de informação.
1.1.1 Definição de Sistemas de Informação
É comum ouvirmos falar em sistemas de informação, sistemas computacionais, siste-
mas baseados em computador. Mas o que é isso? Eles são a mesma coisa? 
Tecnicamente, sim. Mas qual a definição formal de sistema de informação?
2
Segundo Laudon, “um sistema de informação pode ser definido tecnicamente como 
um conjunto de componentes inter-relacionados que coletam (ou recuperam), proces-
sam, armazenam e distribuem informações destinadas a apoiar a tomada de deci-
sões, a coordenação e o controle de uma organização.” 
Ou seja, os sistemas manipulam as informações que estão disponíveis na empresa. 
Elas são coletadas de diversas formas. A mais comum é através da entrada dessas in-
formações em um sistema baseado em computadores, ficando disponíveis em outros 
sistemas e para vários usuários. Na prática, os sistemas de informação se tornaram 
indispensáveis para as empresas. Não dá para pensar, hoje em dia, em bancos que 
não possuam informática. Da mesma forma, grandes supermercados, lojas de conve-
niência, fábricas e demais empresas não podem mais abrir mão de sistemas. 
Na figura abaixo, podemos ver um esquema de funcionamento genérico dos sistemas 
de informação.
 
Os sistemas de informação possuem, portanto, um papel fundamental na nova era 
digital, e empresas que não tenham sistemas de gestão terão sérios problemas para 
sobreviver.
Olhando a figura acima, podemos ver que há entrada, processamento e saída.
E fica a pergunta: Entrada de quê? Processamento de quê? Saída de quê?
Você já ouviu falar no termo processamento de dados, não é? Também deve ter ou-
vido falar em “informação”, ou na frase “informação gera conhecimento”. Temos três 
conceitos importantes, então: 
	
  
3
•	 Dados.
•	 Informação.
•	 Conhecimento.
Vamos falar de cada um deles agora.
Dados, Informação e Conhecimento: o que são?
O DADO é algo que pode ser armazenado. Pode ser em papel, em vídeo, em áudio, 
ou seja, em qualquer meio que o guarde. O dado por si só não tem significado. 
Por exemplo: o número 50 pode não significar nada. Mas se você diz R$ 50 (cinquenta 
reais), então está atribuindo significado a ele.
 
A partir do momento em que tem significado, aquele dado passa a ser considerado 
uma INFORMAÇÃO. Então podemos dizer que o 50 passou a significar 50 unidades 
de moeda, no exemplo anterior.
 
Aí você perguntaria: E um vídeo é um dado ou informação ? Da mesma forma, posso 
considerar um áudio gravado a partir de um gravador qualquer como sendo informa-
ção?
A resposta é simples: Se tem significado, pode ser considerado uma INFORMAÇÃO. 
No vídeo a seguir, temos algumas das melhores defesas dos campeonatos de futebol 
pelo mundo: http://sereduc.com/ArnpCO
O vídeo que você viu exibiu defesas dos goleiros. Nesse caso, a informação armaze-
nada em vídeo descreve um fato, que são essas defesas. 
Por fim, temos um conceito extremamente importante: o conceito de CONHECIMEN-
TO. 
O Conceito de CONHECIMENTO está diretamente ligado ao uso que se faz da in-
formação que se tem ou se busca. É através do conhecimento da utilidade de uma 
informação que você pode saber se aquela informação vai ser aproveitável ou não. 
É importante ressaltar que não basta ter a informação para ter conhecimento. Se você 
tem uma informação, mas não sabe como usar, ela passa a ter pouca utilidade. Por 
exemplo: saber os dados de uma rede de computadores pode não interessar para um 
cidadão comum, mas pode ser muito útil a um hacker ou a um profissional de segu-
rança de rede. Saber como manusear um estetoscópio pode não ser útil a você, mas 
é indispensável aos profissionais de saúde. 
4
O conhecimento permite, portanto, saber quais informações são importantes e, a par-
tir disso, como podem ser obtidas e como podem ser utilizadas. 
Resumindo, podemos dizer que dados são itens armazenáveis. Informação, por sua 
vez, é a interpretação daqueles dados. Por fim, o Conhecimento fornece o grau de im-
portância que aquela informação pode ter, e como podemos usá-la para que seja útil. 
É importante salientar que há certa confusão do significado de conhecimento. Muitos 
confundem conhecimento com a quantidade de informações que um indivíduo arma-
zena. Ter a informação, mas não saber como usá-la, é pouco vantajoso. A informação 
deve agregar valor e ser útil. E o conhecimento reside em como se pode usá-la para 
que seja vantajosa.
 
Quando manuseiam dados, informação e conhecimento, as empresas o fazem com o 
uso de sistemas, que cada vez são mais necessários no dia a dia. 
Vídeo sobre a necessidade de sistemas em empresas, no endereço abaixo: 
http://sereduc.com/K1SxJY. Podemos ver um vídeo de um trabalho escolar que aborda 
a necessidade atual de sistemas em empresas, com exemplos de uso.
Vimos, portanto, a importância dos sistemas nas empresas. Contudo, é importante 
lembrar que sistemas não existem sem motivo. Todo sistema tem diversos objetivos, 
que são resumidamente: 
•	 Otimização do fluxo de informação permitindo mais agilidade e organização.
•	 Redução de custos operacionais e administrativos.
•	 Ganho de produtividade.
•	 Integridade e veracidade da informação.
•	 Estabilidade.
•	 Segurança de acesso à informação.
•	 Apoiar a decisão dos gestores da empresa.
•	 Garantir a sobrevivência da empresa através de melhor relacionamento com 
clientes, fornecedores e parceiros diversos.
•	 Apoiar no desenvolvimento de novos produtos e mercados para atuar.
1.1.2 Abordando problemas organizacionais com o uso de sistemas de informa-
ção 
As empresas enfrentam, diariamente, muitos problemas. Diversas são as abordagens 
na solução dos problemas, desde aquelas empresas que não usam nenhum método 
específico, ou seja, simplesmente vão a busca de uma solução qualquer, até aque-
las que o fazem de maneira organizada e estruturada. É claro que os sistemas de 
informação podem ser muito úteis na solução de diversos problemas, pois fornecem 
5
informações que podem ser usadas como base para a solução daquele problema es-
pecífico. Em qualquer caso, o problema deve ser abordado de uma forma organizada, 
não importandose a empresa é pequena ou é uma grande multinacional. O modelo 
estruturado de resolução de problemas é relativamente simples, e se baseia em qua-
tro passos:
•	 Caracterizar (identificar) o problema.
•	 Identificar possíveis soluções.
•	 Avaliar as soluções propostas e escolher a mais adequada.
•	 Implementar a solução escolhida.
A figura abaixo descreve bem esses passos:
Fonte: Laudon e Laudon (2011, p. 13).
Vamos ao primeiro dos passos.
1.1.2.1 – Caracterizar (identificar) o problema
Um provérbio chinês diz que “não há vento favorável se não se sabe a qual porto se 
quer ir com o barco”. Da mesma forma, não é possível resolver nossos problemas se 
não sabemos quais são. A identificação ou caracterização do problema busca definir, 
de forma clara, qual é o problema existente. Normalmente, se busca descobrir:
	
  
6
•	 Qual é o problema?
•	 Quem está sendo afetado por ele?
•	 Quais as possíveis causas?
•	 Quais as consequências daquele problema?
Para responder a cada uma das questões acima, é necessário ir à busca das infor-
mações corretas, buscando os responsáveis por cada uma dessas informações. Em 
muitas das situações, essas informações estão disponíveis em sistemas da própria 
empresa. Tendo as informações acima, é possível partir para a fase seguinte: a da 
identificação de possíveis soluções.
1.1.2.2 – Identificação de possíveis soluções 
“Todo problema tem uma solução. Se o problema não tiver solução, então está so-
lucionado. Se tiver solução, então será solucionado”. Você já deve ter ouvido ou lido 
essa frase antes, não é? É exatamente assim que os problemas costumam ser abor-
dados. A identificação de possíveis soluções é fundamental para que o problema seja 
resolvido. Claro que existem soluções mais simples e outras mais complicadas. Tam-
bém existem soluções que parecem muito boas, mas, por serem caras demais ou 
muito difíceis de implantar, acabam sendo descartadas. 
Essa fase de identificação de soluções serve exatamente para isso, ou seja, sele-
cionar as possíveis soluções. Na fase seguinte, selecionaremos a melhor delas para 
implantar. É dessa fase que falamos a seguir.
1.1.2.3 Avaliação da melhor solução.
Avaliar a melhor solução não quer dizer necessariamente identificar a mais simples, 
ou a mais barata – nesse caso, ser a melhor solução significa que aquela solução tem 
a melhor relação custo/benefício entre todas as possíveis soluções. Nessa fase, os 
diversos setores da empresa podem colaborar, bem como seus funcionários e colabo-
radores. Nessa avaliação, diversos pontos são analisados, dentre os quais podemos 
citar:
•	 Viabilidade da solução – permite identificar se aquela solução é viável, se 
pode ser adotada. Se não for, deve ser descartada.
•	 Custo da solução – toda solução tem um custo, seja monetário, seja em ho-
ras de realização, seja em planejamento ou estruturação. Esse custo deve 
ser avaliado e, se considerado satisfatório, então aquela solução pode ser 
uma das escolhidas entre as diversas possíveis. 
•	 Tempo de implantação da solução – a solução deve demandar um tempo 
adequado na sua implantação. Se ela for demorada demais, pode não ser 
útil. 
7
•	 Retorno esperado da solução – esse é um dos critérios mais importantes. 
Uma solução deve dar um retorno adequado, ou seja, ser eficaz e ter um 
custo/ benefício correto. Se a solução não dá um retorno adequado, deve ser 
descartada.
Avaliando as soluções de acordo com cada um dos critérios acima, é possível chegar 
a uma solução adequada, que deverá ser tomada pelo gestor. Na identificação de so-
luções e geração de possíveis cenários para análise, podemos utilizar os sistemas de 
apoio à decisão (SAD), que abordaremos mais à frente nesta disciplina.
A decisão será tomada, no entanto, apenas por aquele funcionário ou gestor que tem 
autoridade para implementá-la. Sendo selecionada a possível solução, passamos à 
fase seguinte: a de implementação (ou implantação) da solução.
1.1.2.4 Implantação da solução.
Após a decisão ter sido tomada pelo gestor, deve-se implementá-la, através de um 
plano de ações com esta finalidade. Para isso, devem ser levantados os custos, riscos 
e os passos necessários à sua implantação. Após a implantação da solução, espera-
-se que o problema tenha sido eliminado. Caso não seja, uma nova avaliação deve 
ser feita e os passos acima devem ser reavaliados e ajustados.
1.2 Os diferentes tipos de sistemas de informação nas empresas
Antes mesmo de falar nos tipos de sistemas de informação nas empresas, vamos con-
versar um pouco sobre as empresas. Você já notou que existem funções diferentes 
nas empresas, não é? Normalmente essas funções são agrupadas em níveis, confor-
me podemos ver na figura a seguir :
 
Conforme podemos ver, temos três níveis básicos: o operacional, o gerencial e o es-
tratégico. Vamos descrever cada um deles agora.
 
 
 
 OPERACIONAL 
GERENCIAL 
ESTRATÉGICO 
8
Nível Operacional: Realiza as tarefas mais rotineiras, operações de nível mais básico. 
Normalmente existem mais funcionários em nível operacional do que em outros níveis. 
Ex: caixa de supermercado, operário de fábrica, vendedor.
Neste nível, são tomadas decisões em nível operacional, como por exemplo, receber 
o pagamento de um cliente, entregar mercadorias. 
Nível Gerencial: Realiza as tarefas mais estruturadas, num nível acima do nível ope-
racional. 
Ex: Gerente de banco.
Neste nível são tomadas decisões em nível gerencial, tais como solicitar reposição 
de estoque de loja de supermercado, alocar equipes em projetos, analisar relatórios 
mensais de vendas, definir políticas de desconto. 
Este nível exerce controle sobre o nível operacional. 
Nível Estratégico: Este nível está acima dos outros dois. É nele que são definidas me-
tas e planos de curto, médio e longo prazo, ou seja, neste nível se definem os rumos 
da empresa. É exercido pela alta diretoria de empresas, por seus executivos de alto 
nível. Nesse nível, as decisões são abrangentes, complexas e pouco estruturadas. 
Por estar acima dos dois outros níveis, é superior hierarquicamente e controla os ní-
veis gerencial e operacional. 
Em todos esses níveis temos sistemas. Só que existem algumas particularidades que 
precisam ser estudadas. Vamos ilustrar isso a partir de agora. 
Com certeza, você já entrou em um supermercado, em um banco, em um hospital ou 
em uma farmácia. Notou que na maioria desses estabelecimentos sempre vemos um 
ou mais computadores com sistemas funcionando? 
Aí surgem as perguntas: Será que essas empresas usam todas o mesmo sistema? 
Ele é igual para todos os funcionários? Ou tem diferença?
Na maioria dos casos, os sistemas se parecem, mas sempre têm diferenças. Os sis-
temas de um hospital tendem a parecer com o de outro hospital, mas tendem a ser 
muito diferentes de um sistema de um supermercado, já que são áreas diferentes, 
com necessidade de dados e informações diferentes. Além disso, são empresas com 
funções, cargos e características diferentes, por isso os sistemas também refletem 
essa diferença.
E dentro da mesma empresa? Um sistema se apresenta de forma igual para todos os 
funcionários? 
9
A resposta é NÃO. O motivo disso é que funcionários têm funções diferentes, cargos 
diferentes, atribuições diferentes. Por esse motivo, o sistema aparece de forma di-
ferente para cada um, ou seja, aparece de acordo com a função que aquela pessoa 
exerce. Num supermercado, por exemplo, os caixas usam todos o mesmo sistema. 
Mas o gerente tem uma visão diferente, o sistema se apresenta de forma diversa da-
quela com a qual se apresenta para o caixa. No caso do gerente, normalmente ele vai 
ter mais opções à disposição do que o caixa. 
Isso ocorre porque as empresas tendem a ser subdivididas em níveis hierárquicos. 
Normalmente costumamos encontrar três níveis com sistemas utilizadosem cada um 
deles: o operacional, o gerencial e o estratégico. Vamos agora analisar cada um deles.
Sistemas do Nível Operacional
 
Este nível realiza as tarefas mais rotineiras, ou seja, operações de nível mais básico. 
Como exemplo, podemos citar um caixa de supermercado, um operário de fábrica, um 
vendedor... É importante dizer que o “básico” a que nos referimos não significa que 
não usam tecnologia. Ao contrário! Na maioria das vezes, os caixas usam sistemas 
baseados em redes, o operário manuseia uma máquina altamente informatizada... Ou 
seja, até o que chamamos de “básico” não pode ser considerado tão básico assim. A 
tecnologia está avançando, e é cada vez mais comum sermos atendidos em restau-
rantes por um garçom utilizando um tablet. Interessante, não é? 
 
Neste nível, o sistema utilizado normalmente permite ao usuário utilizar funções pre-
determinadas e estruturadas, ou seja, tarefas repetitivas e normalmente simples. As 
operações são consideradas transações rotineiras, e o sistema normalmente é conhe-
cido como sistema de processamento transacional, também chamado de “sistema de 
nível operacional”. 
 
Esse tipo de sistema tem por característica realizar um número alto de transações 
simples, com alto grau de repetição. Isso é fácil de observar quando vamos ao super-
mercado: Quantas vezes o caixa efetua a leitura do código de barra da mercadoria? 
Muitas, não é? Cada uma dessas leituras pode ser considerada uma transação. A 
emissão final da nota fiscal também é. Os dados desse sistema normalmente são 
tratados pelo sistema que está no nível imediatamente acima, que é o gerencial. Tra-
taremos dele no próximo item.
 
Como sugestão de exercício, tente listar ao menos cinco sistemas em nível operacio-
nal que você já viu funcionando. 
Sistemas do Nível Gerencial
Este nível fica imediatamente acima do nível operacional. É nele que ficam os geren-
tes, que normalmente tomam decisões em nível gerencial, como por exemplo, solicitar 
reposição de estoque de loja de supermercado ou alocar equipes em projetos. 
10
Uma vez que gerencia o nível operacional, o nível gerencial deve ter acesso aos 
dados do nível gerencial e do nível operacional. Por isso, o gerente costuma dispor 
de relatórios que tanto podem ser detalhados, como as vendas do dia item por item, 
como também podem ver as vendas da semana, do mês ou de um determinado pe-
ríodo. Nesse tipo de relatório, é comum o gerente querer saber quais itens venderam 
mais, quais venderam menos, os itens que estão perto de vencer o prazo de validade 
(como alimentos, por exemplo), enfim, tudo o que ele precisa saber para gerenciar 
seus subordinados e controlar a operação, podendo planejar a partir dos dados de 
que dispõe.
 
Nessa atividade de controle, o gerente pode querer saber os problemas que ocor-
reram – normalmente ele faz essa consulta com um relatório chamado “relatório de 
exceções”, ou seja, relatório de problemas. Além disso, pode consultar relatórios de 
vendas em períodos especiais, como páscoa, carnaval, natal... 
Sistemas do Nível Estratégico
Uma vez que o nível estratégico fica imediatamente acima do nível gerencial, e nele 
ficam os altos gestores, que normalmente tomam decisões em nível estratégico, de 
alta complexidade e pouco estruturadas, é de se supor que os sistemas de nível es-
tratégico existem para suprir as necessidades desses gestores de alto nível, que to-
mam decisões complexas. Como exemplo de uma decisão complexa, podemos citar 
a escolha de um local para uma nova loja, a definição de um novo produto ou a sua 
retirada do mercado. Esse tipo de decisão atua diretamente no posicionamento da 
empresa no mercado, ou seja, que tipo de produto ou serviço será oferecido, onde 
será oferecido, por qual preço, e para qual perfil de cliente. Além disso, como vimos 
antes, é responsável pelo gerenciamento da empresa como um todo, ou seja, deci-
sões de grande abrangência são tomadas neste nível. Como exemplo, podemos citar 
os casos no Brasil de empresas automobilísticas que decidiram construir novas fábri-
cas para produzir mais automóveis. 
Considerando que neste nível diversas decisões são tomadas, você pode concluir que 
os sistemas que esses gestores usam podem ver praticamente qualquer informação 
em qualquer nível da empresa. Um diretor-geral pode ver quantos e quais foram os 
empregados que foram contratados e para quais setores, ao mesmo tempo em que 
pode analisar se o valor investido em publicidade deu o retorno esperado no aumento 
das vendas. Enfim, tem acesso a tudo o que ocorre na empresa apenas acessando 
os sistemas adequados. É importante ressaltar que, por serem gestores de alto nível, 
esses gerentes têm acesso a informações e sistemas dos níveis que estão abaixo 
daquele no qual atuam.
Na figura abaixo podemos ver os vários tipos de sistemas que existem nas empresas:
 
11
Estudaremos cada um deles posteriormente. Mas antes de estudar cada um dos sis-
temas acima, vamos dar uma olhada nos componentes dos sistemas de informação.
1.3 Componentes dos sistemas de informação
Você sabia que os sistemas de informação existiam antes mesmo da criação dos 
computadores? Pois é. As informações sempre foram necessárias à humanidade, e 
diversos meios têm sido criados para melhorar o acesso, permitir armazenamento, 
consulta e alterações. O livro ao qual você hoje tem acesso foi criado com o intuito de 
facilitar o transporte, o armazenamento e a difusão da informação. Antes do livro, as 
pessoas guardavam informação do jeito que podiam, como por exemplo, no papiro. 
 
Com o avanço da tecnologia, hoje em dia as informações estão guardadas em várias 
mídias de armazenamento, como CDs, DVDs, pendrives, hard disks externos, cartões 
de memória... 
 
Essas mesmas informações, armazenadas em arquivos, podem estar disponíveis na 
internet, como por exemplo, os arquivos Mp3 utilizados para armazenar música digi-
tal. Sites como o Youtube funcionam como grandes repositórios de vídeos. 
 
Aí você se pergunta: Qual a estrutura necessária para isso? Quem armazena esses 
arquivos? São usados sistemas? Qual o papel das pessoas? Como isso é controlado? 
Quais os componentes dos sistemas de informação?
Vejamos os componentes na figura abaixo:
 
12
Notou que os componentes interagem entre si? 
Vamos agora analisar cada um desses componentes.
 
O primeiro dos componentes, sem dúvida, é o ser humano. Sistemas são criados, al-
terados, utilizados e gerenciados por Pessoas. Existem vários papéis que podem ser 
exercidos por pessoas que interagem com sistemas computacionais. O mais simples 
é o do usuário, ou seja, alguém que utiliza o sistema. Existem também os progra-
madores de sistema, os profissionais que mantém a infraestrutura (redes), e muitas 
outras funções. 
Assista, neste link, a um vídeo que mostra algumas das profissões da área de tecno-
logia da informação: http://sereduc.com/awgn1f 
Além de pessoas, temos o Hardware, que são os equipamentos necessários para ope-
rar os sistemas. Temos também os dados, que devem ser armazenados, recuperados, 
alterados, excluídos e devem transitar entre os setores que os utilizam. Para interco-
nectar vários setores, temos as Redes, que também são componentes de sistemas. 
Além disso, temos os programas ou Software que são desenvolvidos com a finalidade 
de permitir o acesso e gerenciamento aos dados, que são utilizados pelos gestores. 
Como podemos ver na figura, todos esses itens interagem entre si e é essa interação 
dos componentes que cria, efetivamente, um sistema de informação computacional.
Mas nada disso seria relevante se não considerasse um aspecto fundamental: Para 
que usamos sistemas? Quais os objetivos do uso de sistemas? Nós já falamos disso 
antes. Porém, antes mesmo de falarmos nos objetivos dos sistemas, devemos con-
 
 
 
 
 
PessoasDados Redes 
13
siderar os objetivos das empresas. Os sistemas existem para servir as empresas e 
ajudá-las a atingir os seus objetivos. Mas quais são esses objetivos? Trataremos dis-
so no próximo item.
1.4 Objetivos das empresas e o papel dos sistemas de informação
Toda organização, seja ela uma empresa, uma ONG ou outra entidade filantrópica, 
tem objetivos. Os objetivos variam entre elas. No caso de entidades filantrópicas, por 
exemplo, o lucro não é o principal objetivo. Numa empresa comum, normalmente o 
lucro é um dos objetivos. 
 
Mas para ter lucro, a empresa precisa ter produtos ou serviços a oferecer, e precisa 
de clientes consumindo esses produtos ou utilizando esses serviços. E, naturalmente, 
deve possuir informações tanto dos clientes como dos fornecedores, dos serviços 
e, quando possível, dos concorrentes. E, além disso, o ideal é reduzir os custos e 
aumentar os lucros. Aumentando os lucros, a empresa pode crescer e atingir novos 
mercados, ter novos produtos e novos consumidores. 
 
Para vender seus produtos ou prestar os seus serviços (e obter lucros), a empresa 
precisa conhecer bem o seu cliente. Para isso, sistemas podem ser utilizados para 
registrar queixas, elogios, e qualquer informação que seja relevante para a empresa. 
Conhecendo seus clientes, a empresa pode saber se está atuando de forma adequa-
da perante aqueles clientes.
 
Do mesmo jeito que precisa conhecer seus clientes, a empresa precisa conhecer seus 
fornecedores. Conhecer bem seus fornecedores, os produtos, estabelecer uma rela-
ção de confiança pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso de uma empresa.
 
No dia a dia das empresas, diversas decisões são tomadas. A criação de novos produ-
tos, a realização de compras, de vendas, o posicionamento de mercado, enfim, todas 
as decisões críticas de uma empresa devem ser tomadas com segurança e conheci-
mento das condições de mercado. Para ter essas informações, as empresas neces-
sitam de sistemas que permitam o uso informações da forma mais eficiente possível, 
ou seja, com custo adequado, com confiabilidade, rapidez e segurança. O uso dessas 
informações tem por objetivo garantir a competitividade da empresa, permitindo que 
ela se mantenha forte e saudável no mercado, possibilitando a sua perenidade. Se 
uma empresa é competitiva, ela consegue se sobressair diante dos concorrentes, 
fazendo com que ela tenha o seu espaço garantido no ambiente econômico atual. E, 
hoje em dia, é imprescindível que a empresa tenha sistemas eficientes no apoio às 
atividades do seu negócio.
14
1.5 O mundo globalizado: o impacto da internet e dos sistemas nas organiza-
ções
 
Muito se tem falado em grande teia global, internet, www, redes... Hoje em dia é cada 
vez mais difícil encontrar alguém que ainda não saiba o que é um computador e que 
as pessoas podem se comunicar através dele. As gerações mais novas parecem já 
vir preparadas para essa nova era digital. Muito desse progresso é devido aos dispo-
sitivos móveis tais como tablets, celulares e notebooks, além dos computadores tra-
dicionais (de mesa). Um fator que alavancou essa revolução digital foi a possibilidade 
de conectar dois computadores através do que, mais tarde, foi chamado de “rede 
de computadores”. Inicialmente, as redes eram desconectadas umas das outras. À 
medida que a tecnologia foi evoluindo, barreiras foram sendo eliminadas e, através 
do estabelecimento e uso de padrões, foi possível interligar equipamentos em salas, 
prédios, cidades e mesmo países distintos. A internet, uma rede composta de outras 
redes de computadores, que troca informações através do protocolo TCP/IP, é uma 
rede que permite o tráfego de informações em forma de textos, vídeos e áudio, usan-
do computadores, dispositivos de conexão (hubs, switchs, roteadores, cabos, enfim, 
qualquer equipamento que permite interconexão) e programas que permitem essa 
comunicação. A internet veio para ficar, é uma tendência irreversível. Assista, neste 
link, a um vídeo sobre a internet: http://sereduc.com/EZHWSX.
 
Considerando que a internet é inevitável, muitos gestores de empresa se pergun-
taram: “E agora? Como faço para adaptar os meus negócios aos novos tempos? “ 
Sem dúvida, as empresas mudaram, os negócios mudaram, o consumidor mudou. 
Se você já comprou pela internet, sabe o quanto isso faz diferença em relação às 
possibilidades de procura e a facilidade em obter um preço menor pelo item que você 
comprou. 
 
Antigamente, só existiam lojas físicas, ou seja, lojas que estavam fisicamente esta-
belecidas em pontos comerciais. Hoje em dia, também existem as lojas virtuais, que 
são lojas que existem na internet. Existem também os mecanismos de busca e com-
paração, como os sites Bondfaro (www.bondfaro.com.br), Buscapé (www.buscape.
com.br), Já Cotei (www.jacotei.com.br) e diversos outros sites que comparam preços 
e mercadorias de lojas virtuais. Essas lojas virtuais, que são lojas que vendem seus 
produtos na internet, concorrem diretamente com as lojas tradicionais, chamadas lo-
jas físicas. Há diversos casos onde a empresa tem lojas físicas e lojas virtuais, tais 
como a Americanas (www.americanas.com.br), o grupo Walmart (www.walmart.com.
br), Ricardo Eletro (www.ricardoeletro.com.br), e muitas outras. 
Esse cenário de competitividade mudou a forma de negociar por parte das empresas. 
A concorrência ficou maior, as empresas passam a competir com outras que estão em 
outra cidade, outro estado e até em outro país. 
Nesse tipo de situação, a loja tradicional passa a concorrer com diversas lojas virtuais 
que vendem o mesmo produto por preços iguais ou menores, prometendo entrega 
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rápida e segura. É claro que nem sempre é assim. Existem problemas, e o próprio 
ambiente virtual tem criado mecanismos para contornar esses problemas. No Brasil, 
há um site chamado ReclameAqui (www.reclameaqui.com.br) que é especializado no 
registro de reclamações dos clientes contra empresas físicas ou virtuais. Tudo mudou, 
e em pouco mais de uma década passamos de um cenário onde as lojas eram apenas 
físicas, sem concorrentes na internet, e agora temos o cenário que já comentamos: lo-
jas concorrendo entre si, clientes cada vez mais informados, sistemas de informação 
apoiando lojas e clientes nas suas atividades, enfim, sistemas de informação mudan-
do a vida de todos de forma irreversível. 
Resumo 
Nesta primeira unidade começamos a falar de sistemas de informação, ou sistemas 
computacionais. Vimos:
•	 O que são sistemas de informação? E sua importância nos dias atuais.
•	 O que são dados, informação e conhecimento?
•	 Os diferentes tipos de sistemas de informação utilizados nas empresas em 
relação aos seus objetivos, nas suas atividades e na solução de problemas.
•	 Os componentes dos sistemas de informação.
•	 O mundo globalizado: o impacto da internet e dos sistemas nas organizações.
Em todos esses itens, foi possível ver que:
•	 A internet veio para ficar.
•	 As empresas dependem cada vez mais dos sistemas para poder funcionar, 
ter produtos, serviços e clientes.
•	 A empresa que não se atualizar fatalmente será engolida pelas concorrentes.
•	 O futuro será conectado, móvel, interativo e muito, muito interessante.
Consolidando o Seu Conhecimento 
Para aprender ainda mais, Leia todo o primeiro capítulo do livro “Sistemas de In-
formação”, de Belmiro N. João, na biblioteca virtual da Pearson, no endereço:
 http://sereduc.com/HUZaxW. 
Depois, realize os exercícios existentes no ambiente EAD da Uninassau. 
Obrigado e vamos ao segundo capítulo.

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