Buscar

A utlização de recursos didáticos e o respeito as singularidades no aprendizado do idioma inglês

Prévia do material em texto

A UTILIZAÇÃO DE RECURSOS DIDÁTICOS E O RESPEITO AS 
SINGULARIDADES NO APRENDIZADO 
 
Wanderlei Gonçalves (professor e tutor) 
 
RESUMO 
 
Este trabalho tem por objetivo, pontuar, compreender e debater, as diferenças individuais 
encontradas nas nossas salas de aula e a forma com elas influenciam o aprendizado do aluno de 
Língua Inglesa. Sabemos que o processo da aprendizagem acontece de forma individual, 
portanto, é diferente para cada pessoa. 
É necessário então, um conjunto de estratégias e dinâmicas educativas, que incluam cada 
indivíduo em um contexto mais amplo e significativo. Cada indivíduo tem o seu próprio tempo e 
seu próprio “modelo” de aprendizagem, ou seja, já vem carregado de situações cotidianas e 
socias que caracterizam seu íntimo e pessoal. 
Deste modo o dinamismo e a interação, devem ser alvo de constante busca, usando para isso as 
diversas ferramentas educativas em suas diversas singularidades. 
Palavras-chave Material didático, Ensino, Inglês. 
INTRODUÇÃO 
 Segundo os PCN (Parâmetros Curriculares Nacionais) de 1998, o ensino de inglês 
já obrigatório a partir da 5ª série ou 6º ano. Sempre valorizando da pluralidade 
sociocultural do Brasil em relação à língua estrangeira. 
 Porém, nem sempre professores e coordenadores, assumem a responsabilidade de 
levar a frente, um trabalho coerente, partindo da singularidade de cada aluno, turma ou 
realidade social. 
 Por falta de preparo ou até mesmo por medo, muitos professores preferem 
automatizar as suas aulas, sem, contudo, considerar que cada aluno ou grupo social, tem 
seus próprios meios de se adequar ou de aprender algo novo. 
 Segundo Perrenoud (2001, p. 51) “a diferenciação do ensino significa 
inevitavelmente romper com a forma de equidade, interessar-se mais por alguns alunos, 
atendê-los mais, propor-lhes atividades diferentes, julgá-los de acordo com exigências 
proporcionais às suas possibilidades”. 
 Levando isto em conta, percebe-se que várias ferramentas podem ser usadas, 
sempre de forma coerente, possibilitando que mais alunos se interessem pelo idioma 
inglês. 
 Assim sendo, este trabalho, visa debater as diferentes formas de se aprender suas 
singularidades e adequação de materiais e de profissionais em meio ao aprendizado do 
idioma inglês. 
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Comentado [U1]: 
 
 
Cada vez mais, o aprendizado do idioma inglês, se torna algo imprescindível para 
profissionais de várias áreas do mercado de trabalho. 
 Da mesma forma, cada vez mais, ferramentas diversas são utilizadas, no intuito de 
tornar o aprendizado, mais rápido e eficiente. 
 Esse avanço esbarra, porém, na dificuldade de certos alunos em aprender palavras 
e sons, que para eles parecem coisas de outro mundo. 
 Não bastasse essa dificuldade encontrada em alguns alunos, há também a falta de 
capacitação e, muitas vezes de vontade, de alguns professores, em articular ferramentas 
ou recursos didáticos, com o intuito de transformar o ambiente e o cenário que lhes é 
mostrado. 
 O professor deve procurar se adaptar à realidade individual de cada aluno, o que 
para isso exige capacitação, reflexão, insistência, flexibilidade e disposição, pois os seus 
ensinamentos serão agregados a realidade vivida fora do ambiente escolar, onde os alunos 
tem suas próprias experiências sociais e linguísticas. 
 As experiências na sala de aulas de forma alguma serão únicas, pois as experiências 
pós aulas, estão mais intimamente ligadas a vivência familiar e social, assim como a 
influência no aprendizado do aluno, 
 Segundo o PCNs (1998, p.122) “o método de ensinar uma língua estrangeira se 
materializa principalmente na sala de aula, mas também se produz nas extensões da sala, 
vinculadas a experiência de classe”. 
‘Não nos parece difícil associar as ideias de inteligência e de felicidade e seu 
estimulo ao papel da escola nesse nascer de um novo milênio. A escola, como 
centro transmissor de informações já não se justifica. Afinal de contas, esse 
centro pode e deve ser substituído por outros, menos cansativos, menos onerosos 
e, principalmente, mais eficientes. A figura da criança ou mesmo do adolescente 
indo a uma escola para colher informações é tão antiquada quanto se levantar 
para mudar o canal da televisão. ’ (ANTUNES, 2008. pg.12) 
 A comunicação e por consequência socialização no mundo globalizado, e uma 
melhor compreensão deste mundo através do domínio de uma língua estrangeira são 
ideias desejáveis nos PCNs: (Brasil, 2002, p.147). 
 Os alunos de diferentes coletividades, classes ou grupos sociais que compõem o 
conjunto social ao qual vai se dirigir um sistema curricular têm pontos de contato com as 
diferentes parcelas da cultura e diferentes formas de entrar em contato desiguais com ela. 
Nessa mesma medida, partem com oportunidades que a escolaridade obrigatória não-
seletiva deve considerar em seus conteúdos e em seus métodos (SACRISTÁN, 2000, p. 
62). 
 Por isso, a ideia de mobilização do conhecimento também está associada à abertura 
de canais de emergência que possibilitem a cada pessoa o pleno desfrute de suas 
potencialidades (PERRENOUD, 2002. p.148). 
 […] Assim, integradas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, as Línguas 
Estrangeiras assumem a condição de serem parte indissolúvel do conjunto de 
conhecimentos essenciais que permitem ao estudante aproximar-se de várias culturas e, 
 
 
consequentemente, propiciam sua integração num mundo globalizado […]. ( PCNs – LE 
1999, p.49) 
 Para aplicar a tecnologia em sala de aula é preciso entender o ambiente, conversar com os 
alunos e ficar a par das realidades, além de conhecer qual a atual relação do aluno com a 
tecnologia fora deste ambiente. Ouvir os pais para saber qual a expectativa deles com essa 
mudança e se eles têm alguma sugestão. Mostrar que a internet é uma ótima ferramenta de auxílio 
ao estudo, mas também um imenso mundo de acesso a curiosidades e pesquisas. Procurar 
ferramentas que auxiliem na aprendizagem em sala de aula, que tenham um conteúdo dinâmico, 
mas que também permita a criação de novas atividades e aulas. (G1 GLOBO, 2019). 
 A Escola Internacional de Alphaville foi pioneira na adoção do uso de tablets para todos os 
alunos, desde o Ensino Fundamental ao Médio. Atualmente, entre os diversos projetos escolares, 
está a gamificação, aulas de programação e cultura maker. “Não é só a transposição de um meio 
para o outro, mas a orientação da pesquisa e a interação”, avalia Juliana Ragusa coordenadora de 
Tecnologia Educacional e Inovação da Escola. “Mas também trabalhamos de forma crítica e com 
equilíbrio entre essas plataformas e a interação humana, discutimos várias questões éticas como 
a comunicação não violenta e direitos autorais, por exemplo.” (R7, 2019) 
 Para a realização deste trabalho, foram feitas pesquisas bibliográficas relacionadas 
ao assunto em sites e noticiários online. Também foi feita uma pesquisa junto ao 
procedimento de estágio, observado por este aluno. 
 Especificamente no estágio 1 de Letras - Inglês UNIASSELVI, observou-se mais 
claramente a forma como os materiais didáticos, em especial as TICs, são, ou deixam de 
ser usados em sala de aula. 
 
 A imagem acima, demonstra uma das ferramentas que podem ser usadas em sala de 
aula, fazendo parte de um conjunto de ferramentas didáticas, e auxiliando tanto professor, 
quanto aluno. 
 Sendo um dispositivo de conhecimento amplo, permite uma socialização mais 
ampla, o que justifica seu uso. Contudo, sua popularidade, não o torna um produto de 
 
 
fácil acesso, visto que seu alto preço, exclui uma classe de alunos oriunda de famílias de 
baixa renda, daí a necessidade de a escola disponibilizar tal ferramenta. 
RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Uma abordagem generalizada em sala de aulanão pode ser considerada de socialização 
completa, visto que cada aluno tem suas particularidades, dúvidas, anseios e dificuldades, 
quase sempre oriundas do meio social onde a mesma vive. 
 Essa distinção deve ser observada em sala de aula, pois um aluno oriundo de 
uma classe social mais alta, notadamente teve em seu histórico, mais possibilidades de 
socialização e aprendizagem que um aluno oriundo de uma classe social de menor poder 
aquisitivo. 
 Isso é ainda mais perceptível em aulas de língua inglesa, onde as diferenças 
sociais são ainda mais explícitas, visto que a possibilidade de acesso a cursinhos de inglês 
e a própria cultura de valorização de um segundo idioma parecem mais distantes aos 
menos privilegiados financeiramente. 
 Neste universo cheio de distorções, é que entram, com o intuito de intermediar 
realidades sociais, as várias ferramentas didáticas. 
 Aliados a capacidade profissional do professor, o uso de ferramentas como as 
TICs por exemplo, contribuem para um alinhamento de ideias e anseios sem, contudo, 
distorcer pensamentos éticos e morais. 
 Tablets, multimídias e até mesmo celulares são cada dia mais usados e m sala 
de aula, e o professor que consegue trabalhar de forma lúcida e flexível com tais 
ferramentas, torna a aula mais atrativa, menos monótona e de certa forma mais proveitosa. 
 Principalmente em aulas de inglês, o acesso a internet se torna quase que 
imprescindível, pois um contato social mais globalizado, voltado principalmente para as 
realidades sociais das várias comunidades étnicas ou estudantis, contribui em muito para 
a formação de um pensamento diverso, plural e em constante evolução. 
 Neste sentido, de socialização através das TICs, a escola deixa de ser o ponto 
central de fornecimento de conhecimento e informação, mas passa a ser a ligação entre a 
realidade social de cada indivíduo, e a possibilidade, mesmo que virtual, de um 
crescimento social e psíquico. 
 Mesmo que não pareça, a mudança ocorre quando se quer que ela ocorra, ou 
quando as possibilidades se tornam mais claras, nesse sentido é que o professor tem papel 
fundamental, dissociando os pares de suas realidades e lhes apresentando o novo e 
explorável. 
CONCLUSÃO 
 Fica claro então, a necessidade primeiro, de capacitação profissional, de 
investimento das esferas governamentais e principalmente da vontade e percepção do 
educandário em transformar realidades socias. 
 Além das dificuldades cognitivas, existem as individualidades sociais, que no 
caso do aprendizado de um novo idioma se tornam mais claramente visíveis. 
 
 
 O aluno procedente das classes sociais mais baixas, tem dificuldade de acessar 
as novas tecnologias e mais ainda de acesso a cursinhos de inglês, exceto quando, muito 
que raramente, a escola pública possui um ensino bilingue. 
 
 Tanto o educandário quanto o professor, tem então, a função de transformador, 
possibilitando o acesso as mídias modernas, disponibilizando aprendizado de interação 
social e levando ao aluno as funcionalidades de um mundo globalizado. 
 As ferramentas didáticas são muitas, e, se e usadas de forma responsável e 
coerente, podem mudar o mundo do aluno e da comunidade que o cerca. 
 
REFERÊNCIAS 
ANTUNES, Celso. Inteligências múltiplas e seus estímulos. vol.1. 14 ed. São Paulo, 
SP: Papirus, 2008. 
 
BRASIL. Ministério da Educação e Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros 
Curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: Secretaria de 
Educação, Brasília, MEC/SEF, 1998. 
 
G1 GLOBO. Tecnologia se torna aliada à aprendizagem em sala de aula. Disponível 
em: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/especial-publicitario/colegio-sao-
jose/noticia/2019/01/24/tecnologia-se-torna-aliada-a-aprendizagem-em-sala-de-
aula.ghtml.Acesso em: 14 de novembro. 2019 
 
R7. Tecnologia em sala de aula é um caminho sem volta. Disponível em: 
https://noticias.r7.com/educacao/tecnologia-em-sala-de-aula-e-um-caminho-sem-volta-
19082019 Acesso em: 14 de novembro. 2019 
 
PERRENOUD, Philippe; THURLER, Mônica Gather. As competências para ensinar 
no século XXI: a formação dos professores e o desafio da avaliação. Porto Alegre: 
Artmed, 2002. 
SACRISTÁN, J. Gimeno. Poderes Instáveis em educação. Porto Alegre: Artmed, 
1999. 
 
https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/especial-publicitario/colegio-sao-jose/noticia/2019/01/24/tecnologia-se-torna-aliada-a-aprendizagem-em-sala-de-aula.ghtml
https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/especial-publicitario/colegio-sao-jose/noticia/2019/01/24/tecnologia-se-torna-aliada-a-aprendizagem-em-sala-de-aula.ghtml
https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/especial-publicitario/colegio-sao-jose/noticia/2019/01/24/tecnologia-se-torna-aliada-a-aprendizagem-em-sala-de-aula.ghtml
https://noticias.r7.com/educacao/tecnologia-em-sala-de-aula-e-um-caminho-sem-volta-19082019
https://noticias.r7.com/educacao/tecnologia-em-sala-de-aula-e-um-caminho-sem-volta-19082019

Continue navegando