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DESENVOLVENDO A CONSCIÊNCIA CULTURAL POR MEIO DO ENSINO DA LÍNGUA INGLESA - exclusivopd

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DESENVOLVENDO A CONSCIÊNCIA 
CULTURAL POR MEIO DO ENSINO DA 
LÍNGUA INGLESA 
 
 
Wanderlei Gonçalves 
 
 
RESUMO 
 
Este trabalho, tem por objetivo trazer informações e descrever experiências vividas no 
Estágio Curricular Obrigatório III, do curso de Letras - Inglês da Uniasselvi. Observado 
de forma presencial, o estágio se concentrou no assunto “Desenvolvendo a consciência 
cultural por meio do ensino da língua inglesa”. Fizeram parte deste estágio, etapas 
distintas de observação e análise virtual, onde foi possível observar, mesmo que de uma 
forma diferenciada, alunos exercendo o seu direito à educação, e professores exercendo 
sua profissão. Também foram feitas pesquisas bibliográficas diversas, ora em material 
físico, ora em material digital, sempre em busca, de uma solução para a problemática 
em questão. Além disso, por meio de materiais enviados por este professor, analisou-se 
a capacidade dos alunos em compreender as diferentes formas de culturas, aspectos 
corriqueiros, hábitos, e fatos históricos, que deveriam, então, criar um desenvolvimento 
em sua percepção e consciência cultural. 
 
Palavras-chave: Cultura, Literatura, Virtual 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 Desde cedo somos envolvidos, por aspectos culturais relacionados ao nosso 
cotidiano, geralmente em meio à família, comunidade e escola. 
 
 Da mesma forma, desde cedo, notamos que essa cultura, aprendida em nossas 
cercanias, terá papel importante na formação do nosso intelecto e do nosso caráter, 
principalmente se levarmos em conta, o que é aprendido dentro de nossos lares e dentro 
das escolas. 
 
 No entanto, é na escola, que o aluno tem uma ligação mais íntima com a cultura 
e levando- se em consideração, que a escola, deve promover educação de qualidade, 
independente de que forma ela vai ser oferecida, situações apropriadas ou adversas, ou 
até mesmo do tipo de material, percebe-se, que nada mais natural que o engajamento, no 
intuito de oferecer material cultural apropriado e de qualidade, deve ser constante e 
pontual. 
 
 Parece mais natural e sensato, que a cultura regional e nacional, seja administrada 
a todo tempo, e que professores, principalmente no ensino da língua portuguesa, se sintam 
à vontade em fazê-lo, pois a ligação que existe entre cultura e língua é notória e 
apropriada, mesmo porquê, a própria ideia de língua, é ligada a simbologias, comunidade 
e representações humanas, e, portanto, cultural. 
 
PORTER E SAMOVAR (1993:16) afirmam que: 
Uma língua é um sistema de símbolos aprendido, organizado e 
geralmente aceito pelos membros de uma comunidade. É usado para 
representar a experiência humana dentro de uma comunidade 
geográfica ou cultural. Objetos, eventos, experiências e sentimentos 
têm um nome específico unicamente porque uma comunidade de 
pessoas decidiu que eles assim se chamariam. Por ser um sistema 
inexato de representação simbólica da realidade, o significado das 
palavras está sujeito a uma variada gama de interpretações. 
 
 Contudo, essa consciência cultural, que cria “intimidade”, entre símbolo e 
comunidade, é pouco ou quase nunca explorado em aulas de inglês, visto que se 
estabeleceram paradigmas educacionais, que levam o estudante, ora a aprender gramática, 
ora a repetir palavras soltas e sem conteúdo cultural, deixando, o explorar e o conhecer 
em segundo plano. 
 
 Pior ainda é perceber que mesmo em cursos fora de uma rede de ensino básico, 
ou seja, em cursos pagos e caros, a prática é recorrente. 
 
GARCEZ (1993:116) afirma que: 
O ensino de LE (especialmente inglês) é bastante restrito a áreas de 
competência lingüística, ou seja, gramática, na maioria dos casos. Desta 
forma, profissionais de negócios, altamente inclinados a se envolverem 
em interações interculturais, não têm treinamento em habilidades 
discursivas que provavelmente facilitariam suas vidas profissionais. 
 
 Neste aspecto, são formados falantes robotizados, cheios de conteúdos 
gramaticais e lexos, mas vazios de consciência e conhecimento cultural, sem opinião, sem 
questionamentos e sem curiosidade. 
 
 
 
2 O ENSINO DA LÍNGUA INGLESA NA ERA DIGITAL EM MEIO A UMA 
PANDEMIA: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
 Não há dúvidas que a era digital chegou para ficar, e junto dela um número 
enorme de novas tecnologias, exigindo da sociedade educacional, uma mudança na forma 
de agir e se capacitar. 
 
 Independente do modelo de capacitação oferecido, profissionais necessitarão de 
adaptação, pois irão lidar, como já é percebido neste inoportuno momento, não só com 
seus próprios medos e dúvidas, mais com uma enxurrada de outras funções que a 
tecnologia traz como bônus. 
 
 A escolha do tema “O Ensino da Língua Inglesa na Era Digital em meio a uma 
Pandemia”, vem exatamente contrastar com a realidade surreal evidenciada, em frente ao 
que não se previa, ou seja, caos em meio ao despreparo. 
 
 Como será apresentado adiante, há muito o que se fazer e deixar de fazer, e 
muito o que se discutir, e se adaptar, tanto no que diz respeito a formação, quanto na parte 
estrutural e material no que se refere a introdução das TICs. 
 
 Braga (2011), nos diz que “a capacidade do professor está intimamente ligada à 
sua capacidade de buscar e vivenciar um aperfeiçoamento profissional contínuo e à sua 
postura crítica diante das políticas públicas dos órgãos educacionais”. 
 
 Construir um debate sobre a inusitada tarefa dos professores, a falta de aptidão e 
preparo da maioria deles, o despreparo por parte das autoridades, o atraso quanto ao 
desenvolvimento e distribuição, os materiais e a forma como alunos e família se adaptam 
a eles, são assuntos expostos neste trabalho, que tem por objetivo levar ao conhecimento 
e ao debate de acadêmicos e interessados, as razões, dúvidas e observações acerca de um 
episódio único e inesperado. Para tanto usou-se de pesquisas bibliográficas e na internet, 
observações em sala de aula, além de observações em plataformas de educação com 
Google classroom. 
 
 
2.1 O SURGIMENTO DAS TIC’S E AS POSSIBILIDADES QUE A 
ACOMPANHARAM 
 
 As Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) surgiram na segunda 
metade da década de 1970 (SHAFF, 1990), porém foi só a partir da década de 1990 que 
elas começaram a fazer parte do nosso universo. 
 
 Uma das granes virtudes, do advento das TICs, foi a sua singular capacidade de 
se adaptar e ser adaptada para todos os usos, incluindo neste modelo as formas virtuais 
de ensino, também conhecidas como não presenciais. 
 
 Silva (2011, p. 1), disserta que essas tecnologias, são 
[...] métodos para comunicar. (...) A imensa maioria delas se caracteriza por 
agilizar, horizontalizar e tornar menos palpável (fisicamente manipulável) o 
conteúdo da comunicação, por meio da digitalização e da comunicação em redes 
(mediada ou não por computadores) para a captação, transmissão e distribuição 
das informações (texto, imagem estática, vídeo e som). 
 
 
 Porém, esta passagem do arcaico, para o tecnológico aconteceu de forma mais 
efetiva, nas grandes corporações do ramo da educação, que perceberam no uso das TICs, 
uma possibilidade de ensino, num mundo cada vez mais digital, mas em contrapartida 
com menos tempo. 
 
 
 Isso possibilitou, particularmente no ensino universitário, uma capacitação 
mais contundente dos profissionais, e em contrapartida, uma segurança por parte daqueles 
que pleiteavam um diploma, pois viabilizou-se um novo mundo educacional, carregado 
de tendências modernas e intuitivas, mais rápidas e realmente efetivas. 
 
 Bauman (2001, p. 34) entende que [...] vivemos o “tempo instantâneo”, a 
passagem da modernidade‘hardware’ para ‘software’. É a era da “modernidade líquida”, 
em que tudo parece escapar de nossas mãos, devorado pela velocidade do tempo e a 
rapidez da mudança. 
 
 Junto a democratização das TICs, que foi fomentada em gigantes da 
educação, surgiu também a ideia de instituição da mesma em nível educacional completo, 
ou seja, em todos os modelos e períodos da educação. 
 
 Com o avanço das tecnologias, ficou claro, para as escolas de idiomas, por 
exemplo, que usar desta ferramenta era imprescindível, e isso levaria não só a 
investimentos na parte tecnológica, mas também na parte operacional, ou seja, o 
professor. 
 
 Foi quase que instantânea a passagem da ideia do professor que ficava na 
sala de aula, como único mediador e comandante das ações, para a nova visão do 
professor multitarefas, ou seja, aquele que consegue lidar com a tecnologia, mas não se 
inibe em realizar a forma antiga de ensinar. 
 
 Para Moran (2004, p. 3), existe um antes e um depois das TICs. 
 
 [...] antes o professor só se preocupava: com o aluno em sala de aula. Agora, 
continua com o aluno no laboratório (organizando a pesquisa), na Internet 
(atividades à distância) e no acompanhamento das práticas, dos projetos, das 
experiências que ligam o aluno à realidade, à sua profissão (ponto entre a teoria 
e a prática). Antes o professor se restringia: ao espaço da sala de aula. Agora 
precisa aprender a gerenciar também atividades à distância, visitas técnicas, 
orientação de projetos e tudo isso fazendo parte da carga horária da sua 
disciplina, estando visível na grade curricular, flexibilizando o tempo de estada 
em aula e incrementando outros espaços e tempos de aprendizagem. 
 
 Portanto, quando o estado ou a instituição, nega ao seu profissional uma 
capacitação necessária, transforma de forma negativa a presença desse profissional no 
mundo moderno e diferenciado que o novo homem busca. 
 
 Isso também se mostra desconfortante, em momentos como este em que vivemos 
uma pandemia, pois percebe-se uma defasagem absurda entre as classes sociais e 
consequentemente na educação por elas oferecida. São mundos distantes, e infelizmente 
sujeitos a diferentes perspectivas de futuro 
.
 
 Segundo Menezes de Souza (2011), “o mundo globalizado contemporâneo traz 
consigo a aproximação e justaposição de culturas e povos diferentes – muitas vezes em 
situações de conflito.” 
 
2.2 O PROFESSOR E AS NOVAS TECNOLOGIAS EM MEIO A PANDEMIA 
 
 Fica perceptível, principalmente agora quando mais precisamos delas, que as 
novas Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) deveriam, a muito tempo, estar 
mais presentes nas salas de aula, sejam elas públicas ou particulares. A intimidade com 
estas ferramentas, oriundas da capacitação e investimento por parte dos governantes, 
poderiam, por exemplo, inibir a dificuldade e o medo de interagir com as TICS. 
 
 Fica explícito este despreparo, no momento, em que nos deparamos com 
professores que não conseguem elaborar um projeto virtual, ou não conseguem trabalhar 
com ferramentas corriqueiras como chats, por exemplo. 
 
 Este despreparo de certa forma atrapalha na socialização da educação, não 
permitindo que as conexões multiculturais se concretizem, e impedindo que o 
conhecimento avance. Tanto o aprender, quanto o se desenvolver como indivíduo, tem 
que ser constante, por isso, não se pode aceitar tais deficiências com naturalidade. 
 
 Moran (2000, p. 37), diz que: 
Na sociedade da informação todos estamos reaprendendo a conhecer, a 
comunicar-nos, a ensinar e a aprender; a integrar o humano e o tecnológico; a 
integrar o individual, o grupal e o social. Uma mudança qualitativa no processo 
de ensino/aprendizagem acontece quando conseguimos integrar dentro de uma 
visão inovadora todas as tecnologias: as telemáticas, as audiovisuais, as textuais, 
as orais, musicais, lúdicas e corporais. 
 
Não fosse o bastante, a falta de capacitação de muitos profissionais, fica claro uma 
certa resistência quanto ao uso de novas tecnologias, por parte de pais e responsáveis. 
 
 Entretanto, longe da liberdade de escolha de cada indivíduo, é inaceitável que 
governantes se abstenham do dever de proporcionar, mesmo em tempo de pandemia, 
ferramentas adequadas e educação de qualidade. Uma tentativa de desviar a atenção ao 
uso das novas tecnologias, evidencia um certo despreparo ou visão de perspectiva futura, 
visto que num mundo globalizado a aproximação e a comunicação são de extrema 
necessidade. 
 
 Porém, percebe-se que a resistência, evidenciada nas atitudes de alguns pais e 
professores, quanto ao uso de ferramentas como computadores, multimídias e celulares, 
poderiam ter sido menos efetivas, se as TICs fossem alvo de uso constante em sala de 
aula. 
 
Quando surge uma nova tecnologia, a primeira atitude é de desconfiança e de 
rejeição. Aos poucos, a tecnologia começa a fazer parte das atividades sociais da 
linguagem e a escola acaba por incorporá-la em suas práticas pedagógicas. Após 
a inserção, vem o estágio da normalização, definido por Chambers e Bax (2006, 
p.465) como um estado em que a tecnologia se integra de tal forma as práticas 
pedagógicas que deixa de ser vista como cura milagrosa ou como algo a ser 
temido (PAIVA, 2008. p.1) 
 
 Também é necessário que o professor compreenda, que seus alunos também estão 
passando por um momento de transformação, que não pode ser negligenciada. Se faz 
necessário um esforço maior, no que diz respeito ao preparo de material, na forma como 
o mesmo será desenvolvido e até mesmo distribuído. 
 
 Uma aula de inglês, que numa sala de aula presencial parece desinteressante, pode 
por exemplo, se tornar algo prazeroso quando desenvolvida em plataformas de ensino. 
 
 Games intuitivos, flashcards, músicas, testes virtuais e filmes, podem por 
exemplo, tornar o aprendizado de um idioma muito mais efetivo. 
 
 Segundo Revuz (1998, pg 217), 
toda tentativa para aprender uma outra língua vem perturbar, questionar, 
modificar aquilo que está inscrito em nós com as palavras dessa primeira língua. 
Muito antes de ser objeto de conhecimento, a língua é o material fundador de 
nosso psiquismo e, de nossa vida relacional. Se não se escamoteia essa dimensão, 
é claro que não se pode conceber a língua como um simples "instrumento de 
comunicação" 
 
 Sendo assim, o professor, pode, com mais ênfase, utilizar de materiais virtuais 
que venham a entrar em sintonia com uma determinada classe ou indivíduo, permitindo 
um ambiente virtual, sóbrio, sadio e divertido. 
 
 Contudo, não pode esquecer que o interesse maior é o aprendizado, que não deve 
ser deixado de lado em detrimento a diversão. 
 
 O professor tem a função de ser o elo de ligação, entre o novo idioma, as 
funcionalidades das TICs e acima de tudo do conhecimento. 
 
O educador é o mediador entre crianças e os objetos de conhecimento, 
organizando e propiciando espaços e situações de aprendizagens que 
articulem os recursos e capacidades afetivas, emocionais, sociais e cognitivas 
de cada criança aos seus conhecimentos prévios e aos conteúdos referentes 
aos diferentes campos de conhecimento humano (MONTEIRO, 2002, p. 5). 
 
 
3 VIVÊNCIA NO ESTÁGIO 
 
 O Estágio iniciou-se no dia 12 de março de 2020, tendo como objetivo, a 
observação dentro da sala de aula, tanto dos alunos como do professor, a forma como 
ambos agem dentro do ambiente escolar como um todo, suas relações interpessoais e o 
contraste com o que espera no uso das novas tecnologias. 
 
 Infelizmente, as mesmas puderam ser feitas em apenas duas aulas, visto que a 
seguir, foi decretado o isolamento social. 
 
 Nestas duas aulas, pudeobservar que a escola oferece material de mídia para 
uso de apresentações por parte dos professores, o que acontece com frequência. 
 
 A maioria dos alunos entraram no ambiente da escola, e esperaram a professora 
em sala de aula. Conversamos sobre o uso das TICs, e a forma como os alunos aceitavam 
as mesmas. Segundo a professora, eles costumam assistir vídeos com filmes que estejam 
ligados ao assunto estudado. 
 
 Os alunos fazem seu “horário de lanche” ou “recreio” antes do início das aulas. 
O que caracteriza uma diferença enorme em comparação com turmas normais de ensino 
médio e fundamental. 
 
 Iniciando a aula, a professora começou a apresentar o assunto a ser abordado, 
que naquele dia, consistia na apresentação dos números de 1 a 100 em inglês. 
 
 A primeira turma, com alunos mais jovens, apresentava uma certa dispersão, 
que foi contornada pela professora. 
 
 A segunda turma, estava mais comprometida com a matéria e também com o 
aprendizado, já que era visível o seu interesse, talvez pela idade um pouco mais avançada. 
 
 Pude perceber que os alunos, mesmo com suas dificuldades e diferenças tem 
buscado uma interação com o aprendizado. São alunos, geralmente de idade mais 
avançada, ou com problemas pessoais que os impediram de prosseguir no estudo, mas 
que estão ali em busca de algo melhor para suas vidas. 
 
 Surpreendente, mas não inesperado também, o trato da diretora e professores 
com estes alunos. Não há como esconder o apreço por isto, pois percebe-se pessoas já 
resolvidas quanto a sua vida profissional e cultural, recebendo de braços abertos pessoas 
que estão atrás de rumo, de um guia. 
 
 O restante de minha observação, foi feita por meio de perguntas e inserção à 
plataforma de ensino Google classroom, oferecida pelo governo municipal. 
 
 Quanto a plataforma, foi oferecida num período avançado do isolamento, ou seja, 
não havia sido disponibilizado desde o princípio, evidenciando mais uma vez, o 
despreparo ou desapego das autoridades quanto as TICs. 
 
 A plataforma, muito conhecida no mundo da educação, se mostrou usual, porém 
exigia uma certa habilitação, o que na maioria dos casos não aconteceu. 
 
 Foi perceptível o choque de muitos dos professores, em frente a uma sala de 
aula virtual. Como previsto, poucos sabia trabalhar, e os que sabiam pouco utilizavam. 
 A prefeitura proporcionou, uma rápida capacitação, em seguida as aulas 
começaram a ser postadas. 
 
 Antes disso, porém, ouve um período de informação e adaptação de pais, 
professores e alunos, onde puderam ter uma ideia de como seria trabalhado nesta forma. 
Durante este período de não utilização da plataforma, fez-se uso de outras TICs, como 
por exemplo whatsapp e padlet. 
 
 Após isso as aulas começaram a ser postadas, e foi optado, nas aulas de inglês, por 
vídeos do youtube, seguidos de textos e testes online, via formulário google. 
 
 Neste ponto, pude observar, que mais da metade dos alunos não devolviam seus 
trabalhos, ou no caso, seus testes. A avaliação em forma de teste, demonstrou que o 
aprendizado estava acontecendo de forma bastante satisfatória. 
 
 Observei também, que o trabalho do professor, que agora não se restringia mais a 
sala de aula, se tornou mais exaustivo, visto que os alunos exercitam seu direito de 
questionar, a qualquer hora e em qualquer dia. 
 
4 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO 
 
 Foi uma experiência única, mais muito proveitosa. 
 
 Fui muito bem recepcionado e atendido na escola, no período em que lá estive, 
tanto pelas professoras quanto pela coordenação, e de certa forma também pelos alunos. 
 
 Pude ter uma oportunidade única de trabalhar com uma plataforma maravilhosa 
como o google classroom, mas também trabalhei com mais comuns como padlet. 
 
 Ficou claro também para mim, a necessidade urgente de uma política de avanço 
tecnológico, pois é nítido o despreparo de todos para situações como esta. 
 
 A educação, além de ser agente transformador do ser humano, de certa forma, 
é o elo de ligação entre a escuridão do desconhecimento e a luz da visibilidade social e 
cultural. 
 
 
 As TICS, são ferramentas de educação essenciais, principalmente em momentos 
como este, mas também são ferramentas sociais, que possibilitam, uma visão mais clara 
acerca do que cerca o ser humano e mundo ao seu redor. 
 
 Há um caminho longo e, portanto, há uma necessidade urgente, de buscar 
conhecimento e capacitação. Podemos observar agora o quanto elas podem, ou não, fazer 
diferença na vida das pessoas. Basta apenas que elas se tornem mais usuais e 
humanizadas. 
 
5 REFERÊNCIAS 
 
 
GARCEZ, P. M. (1993). Point-making styles in cross-cultural business negotiation: 
A microethnographic study. English for Specific Purposes, 12(2), 103-120. 
. 
SAMOVAR, L. A. & PORTER, R. E. (1994). Intercultural Communication. A reader. 
Belmont. CA. 1-25. 
------------------------------------------------------- 
 
BRAGA, Junia de Carvalho Fidelis. Integrando tecnologias no ensino de inglês nos 
anos finais do ensino fundamental - São Paulo: Edições SM, 2012. 
 
MORAN, J.M. Ensino e aprendizagem inovadores com tecnologias. Informática Na 
Educação: Teoria & Prática, Porto Alegre, v. 3, n. 1, p.137-144, set. 2000. 
 
MONTEIRO, Silas Borges. Epistemologia da prática: o professor reflexivo e a 
pesquisa colaborativa. In: GHEDIN, Evandro e PIMENTA, Selma. O professor 
reflexivo no Brasil: gênese e crítica de um conceito. São Paulo. Cortez. 2002 
 
MENEZES DE SOUZA, L.M.T. Para uma redefinição de Letramento Crítico: 
conflito e produção de significado. In: Maciel, R.F. e Araujo, V. de A. Formação de 
Professores de Línguas: Ampliando Perspectivas. Jundiaí, Paco Editorial 2011, p. 128-
140 
 
PAIVA, Vera Lúcia Menezes de Oliveira e. O uso da tecnologia no ensino de línguas 
estrangeiras: breve retrospectiva histórica. Disponível em 
<http://www.veramenezes.com/techist.pdf>. Acesso em: dezembro, 2012. 
 
PAIVA, M. A. V. O professor de matemática e sua formação: a busca da identidade 
profissional. In: NACARATO, A. M.; PAIVA, M. A. V. (Org.). A formação do professor 
que ensina matemática: perspectivas e pesquisas. Belo Horizonte: Autêntica, 2008. p. 89-
112 
 
REVUZ, C. A língua estrangeira entre o desejo de um outro lugar e orisco do exílio. 
In: SIGNORINI, I. (Org.). Lingua(gem) e identidade :elementos para uma discussão no 
campo aplicado. Campinas: Mercadode Letras, 1998. p. 213-230 
 
SILVA, Cleber Cezar da. Novas tecnologias e globalização: caminhos para a construção 
do conhecimento em língua espanhola. Itinerarius Reflections - Revista Eletrônica do 
Curso de Pedagogia do Campus Jataí, v. 1, n 10, 2011 
 
WEFFORT, F.C. Educação e Política (Reflexões sociológicas sobre uma pedagogia 
da Liberdade) In: FREIRE, Paulo. Educação como prática da Liberdade. 2ª ed. São 
Paulo: Paz e Terra, 1969 
 
VIGNERON, Jacques. Formação do docente em EAD. In BARIAN PERROTTI, E. M; 
VIGNERON, Jacques. Novas tecnologias no contexto educacional: reflexões e relatos 
de experiências. São Bernardo do Campo, Unesp, 2003.

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