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UNIVERSIDADE CRUZEIRO DOSUL
SANTA ROSA DE VITERBO
ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO
Richard Alves Cardoso
Biossegurança em Laboratórios de Análise Clínicas
SANTA ROSA DE VITERBO-SP
2019
Richard Alves Cardoso
BIOSSEGURANÇA EM LABORATÓRIOS DE
ANÁLISES CLÍNICAS
Monografia apresentada ao curso de pós-graduação da UNIVERSIDADE CRUZEIRO DOSUL requisito parcial à obtenção do título de pós-graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho.
SANTA ROSA DE VITERBO-SP
2019
Richard Alves Cardoso
BIOSSEGURANÇA EM LABORATÓRIOS DE
ANÁLISES CLÍNICAS
Monografia apresentada ao curso de pós-graduação da UNIVERSIDADE CRUZEIRO DOSUL requisito parcial à obtenção do título de pós-graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho.
Santa Rosa de Viterbo, 31 de Outubro de 2019.
_________________________________
Fredeson Borges Nogueira 
UNIVERSIDADE CRUZEIRO DOSUL
Orientador
AGRADECIMENTOS
Dedico,
A minha família, minha esposa Joana Darque Fernandes Cardoso, meus filhos Ryan Alves Cardoso e João Vitor Fernandes Cardoso
Aos meus pais Reginaldo Alves Cardoso (in memoria) e Fatima Imaculada Patrocínio, como forma de agradecimento pelo incentivo, apoio e
compreensão em todos os momentos.
Agradeço, A Deus, por nos conceder a vida e a Inteligência.
A todos meus professores, por serem colaboradores desta minha vitória. 
“O maior erro que um homem pode cometer é sacrificar a sua saúde a qualquer outra vantagem.” 
Arthur Schopenhauer
RESUMO
A Biossegurança é um conjunto de ações voltadas para prevenção, minimização e a eliminação de riscos à saúde, ao meio ambiente e conscientização do profissional da saúde. As medidas de biossegurança devem ser adotadas por laboratórios e associada a um plano de educação, com base nas normas nacionais e internacionais de transporte, conservação e manipulação de micro-organismos patogênicos, garantindo assim a segurança e integridade vital dos funcionários. Existem situações potenciais de acidentes em laboratórios, pois nele há manipulação de agentes químicos e patogênicos que podem acarretar contaminações por amostras de pacientes, de água ou esgoto contaminado. Á biossegurança pode ser entendida como métodos de união de ações no que diz respeito a prevenção e a segurança da vida, na qual inclui-se procedimentos de armazenamento, esterilização, proteção individual, coletiva e normas para evitar acidentes.
Á biossegurança constitui uma área de conhecimento relativamente nova, regulada em vários países por um conjunto de leis, procedimentos ou diretrizes
específicas. Porém foi visto claramente que o manejo e a avaliação de riscos são
fundamentais para a definição de critérios e ações que visam a minimizar os riscos que comprometem a saúde ou a qualidade dos trabalhos envolvidos.
Esta monografia tem como objetivo fazer uma revisão ás regras de biossegurança e os riscos existentes em um laboratório de análises clinicas, enfatizando que devem se respeitar as normas e as proteções que garantem um local seguro e confiável para prática laboratorial.
Palavras-Chave: Biossegurança, Biossegurança em Laboratório Clínico.
ABSTRACT
The Biosecurity is a set of actions aimed at preventing, minimizing and eliminating risks to health, the environment and awareness of the health professional.
Biosecurity measures should be adopted by laboratories and associated with an education plan, based on national and international standards for the transport,
conservation and handling of pathogenic micro-organisms, thus ensuring the safety and vital integrity of employees. There are potential situations of accidents in laboratories, as there is manipulation of chemical and pathogenic agents that can lead to contamination by patient samples of contaminated water or sewage. Biosafety can be understood as methods of union of actions with regard to prevention and safety of life, which includes storage, sterilization, individual protection, collective and accident prevention procedures.
Biosafety is a relatively new area of knowledge, regulated in several countries by a set of specific laws, procedures or guidelines. However, it was clearly seen that risk management and evaluation are fundamental for defining criteria and actions that aim to minimize risks that compromise the health or quality of the work involved.
Seen it, this monograph aims to make of biosecurity risks existing in a clinical laboratory analysis, shows that we must respect the rules to ensure a safe and reliable place to laboratory practice.
Keywords: Biosecurity, Biosafety in Clinical Laboratory
AGRADECIMENTOS	 v
RESUMO 	vii
ABSTRACT	viii
LISTA DE FIGURAS	ix
LISTA DE TABELAS	x
LISTA DE ABREVIATURAS	xi
SUMÁRIO	xiii
INTRODUÇÃO	1
Contextualização do Problema	1
Compilação de Dados: Biossegurança em Laboratórios de Análises Clínicas.4
Considerações Gerais Sobre Riscos Profissionais	4
Classificação dos Riscos e suas Características	6
Riscos Biológicos	6
Riscos Químicos	7
Riscos Físicos	8
Riscos Ergonômicos	9
Riscos de Acidentes	10
Mapa de Risco	10
Mapa de Risco - Histórico e Conceitos	10
As limitações na Aplicabilidade do Mapa de Risco	12
 1.4.3. Etapas para Construção do Mapa de Risco	14
Gerenciamento de Resíduos	17
Medidas de Controle e Contenção	19
Objetivos do Trabalho	21
Objetivo Geral	21
Objetivos específicos	21
MATERIAIS E MÉTODOS	22
Local de Estudo	22
Participantes do Estudo	23
Coleta dos Dados	23
Análise dos Dados	24
RESULTADOS - Estudo de caso	25
Histórico do Laboratório de Análises Clínicas Biocenter	25
Instalações	25
Identificação das Fontes de Risco	29
Riscos Biológicos	29
Riscos Químicos	30
Riscos Físicos	31
Riscos Ergonômicos	31
Riscos de Acidente	32
Resultados Gerais dos Questionários	32
Elaboração do Mapa de Risco	33
Descrição dos Equipamentos e Instalações	33
Fluxograma de Produção	36
Descrição e Gerenciamento de Resíduos Produzidos pelo Labotarório de Análises Clínicas Biocenter	36
Descrição das Equipes de Trabalho	38
Grupo de Risco x Fontes x Sintomas x Doenças/Acidentes	39
Mapas de Riscos	39
Mapa de Risco: Sala A	40
Mapa de Risco: Sala B	41
DISCUSSÃO	42
CONCLUSÕES	46
REFERÊNCIAS	48
ANEXOS	52
Anexo 1	52
Anexo 2	56
Anexo 3	59
Anexo 4	62
Anexo 5	72
Anexo 6	73
Anexo 7	74
Anexo 8	75
1 - INTRODUÇÃO
A Biossegurança é o conjunto de procedimentos, ações, técnicas, metodologias, equipamentos e dispositivos capazes de eliminar ou minimizar riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, que podem comprometer a saúde do homem, dos animais, do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhadores. Ambientes de trabalho como serviço de Análises Clínicas (SACL) ou Serviço de Patologia Clínica (SPCL), pela exposição a agentes biológicos presentes nesses ambientes, representam um potencial de risco para seus funcionários. Assim, faz-se necessário que práticas e técnicas consideradas padrões em biossegurança sejam aplicadas, sendo necessário que trabalhadores recebam treinamento adequado e atualizações constantes sobre as técnicas de biossegurança.
No ambiente laboratorial o maior obstáculo para a prevenção de acidentes no Brasil é a falta de uma cultura prevencionista dos profissionais. Durante as atividades diárias na maioria das vezes alguns colaboradores esquecem-se de alguns requisites básicos, menosprezando os riscos, levando em consideração somente a execução do trabalho. Além disso, muitos trabalhadores assumem funções sem estarem totalmente preparados, contribuindo para o aumento do risco nas atividades. Os laboratórios de análises clínicas recebem vários tipos de materiais contaminados para diagnóstico. Geralmente a natureza infecciosa do material é desconhecida, sendo o material submetido a várias análises para a determinação dos agentes. Entretanto,
mesmo com o desconhecimento do potencial de risco no trabalho de laboratório, a frequência dos acidentes é relativamente baixa, mas eles ocorrem e podem ter sérias consequências.
Para orientar as pessoas que trabalham no interior do laboratório sobre as regras e atuações no campo da biossegurança são de extrema importância. O principal fundamento da biossegurança em laboratórios é a pesquisa no sentido de entender e tomar medidas para prevenir acidentes, priorizando a proteção da saúde humana. As medidas de biossegurança existem como meio de prevenção da contaminação, no qual grande parte dos acidentes acontece pelo uso inadequado e/ou ineficaz das normas propostas, dando origem assim a procedimentos que apresentam.
Os trabalhadores da área da saúde, obter ou reforçar conhecimento paraprevenir acidentes, priorizando a proteção da saúde humana.
Os trabalhadores de laboratórios estão expostos a alto risco ocupacional, pois lidam com materiais potencialmente infectados onde o agente agressor é invisível aos olhos, tendendo a ser negligenciado. A presença de vidrarias diversas, materiais perfurocortantes, estresse por carga horária excessiva de trabalho e a rotina contribuem para gerar um ambiente propício a acidentes tornado então o ponto de alta importância e relevância.
Biossegurança pode ser definida como “o conjunto de saberes direcionados para ações de prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, as quais possam comprometer a saúde do homem, dos animais, das plantas e do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos”(FIOCRUZ/MS, 2005). Consideram-se agentes biológicos os microrganismos, geneticamente modificados ou não; as culturas de células; os 16 parasitas; e os príons (HARTUNG; SCHIEMANN, 2014). A definição de agentes biológicos também pode incluir plantas e animais. Esses agentes são capazes de provocar danos à saúde humana, podendo causar infecções, efeitos tóxicos, efeitos alergênicos, doenças auto-imunes e a formação de neoplasias e malformações.
Fonte: www.arca.fiocruz.br
 
1.1 OBJETIVO GERAL
Detalhar dos possíveis riscos ocupacionais encontrados em laboratórios de análises clínicas, dando ênfase aos riscos biológicos devidos sua alta prevalência.
Também foram comentadas medidas de controle dos riscos encontrados em e de regras de boas práticas laboratoriais, visando a prevenção de acidentes e a preservação da saúde dos trabalhadores.
1.2 OBJETIVO ESPECÍFICO
• Mostrar os principais riscos encontrados em laboratórios de análises clínicas
e como evita-los.
• Investigar a utilização de medidas de segurança laboratorial.
• Mostrar passo a passo de como fazer o mapa de risco dos ambientes do
laboratório.
• Mostrar medidas de biossegurança no serviço, no sentido de adequar o
ambiente e procedimentos às normas de biossegurança.
• Detalhar as infecções mais comuns adquiridas em laboratórios.
• Mostrar os tipos de resíduos de laboratórios e como gerencia-los
adequadamente.
• Detalhar as classes de riscos biológicos mostrando os principais agentes
patológicos encontrados em cada uma delas.
• Mostrar medidas de contenção, os níveis de biossegurança e os dispositivos
obrigatórios em cada um deles. 
• A utilização de EPI’S e EPC’S e sua obrigatoriedade para a segurança.
• Detalhar como se é feita a limpeza e desinfecção adequadas do ambiente
laboratorial.
• Detalhar procedimentos de boas práticas laboratoriais.
Verificar o nível de conhecimento sobre biossegurança dos funcionários do Laboratório.
Avaliar como o funcionário descreve e se posiciona nas situações de risco na sua área de trabalho.
Fazer o mapa de risco dos ambientes do laboratório.
Propor medidas e rotinas no serviço no sentido de adequar o ambiente e procedimentos às normas de biossegurança
1.3 ENTENDENDO A BIOSSEGURANÇA.
A biossegurança compreende um conjunto de normas e medidas que visam à proteção dos profissionais de saúde e da população.
Ela é uma área do conhecimento definida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que garante a prevenção e o controle de riscos inerentes às atividades que possam comprometer à saúde humana, animal e o meio ambiente.
A importância e objetivo principal é assegurar que qualquer procedimento realizado na área da saúde seja feito de maneira segura, tanto para os profissionais quanto para os pacientes, para que gere resultados satisfatórios.
Fonte: www.significados.com.br
1.4 TIPOS BIOSSEGURANÇA
Para manipulação dos microrganismos pertencentes a cada uma das quatro classes de risco devem ser atendidos alguns requisitos de segurança, conforme o nível de contenção necessário. Estes níveis de contenção são denominados de níveis de Biossegurança.
Os níveis são designados em ordem crescente, pelo grau de proteção proporcionado ao pessoal do laboratório, meio ambiente e à comunidade.
O nível de Biossegurança 1: é o nível de contenção laboratorial que se aplica aos laboratórios de ensino básico, onde são manipulados os microrganismos pertencentes a classe de risco 1. Não é requerida nenhuma característica de desenho, além de um bom planejamento espacial e funcional e a adoção de boas práticas laboratoriais.
O nível de Biossegurança 2: diz respeito ao laboratório em contenção, onde são manipulados microrganismos da classe de risco 2. Se aplica aos laboratórios clínicos ou hospitalares de níveis primários de diagnóstico, sendo necessário, além da adoção das boas práticas, o uso de barreiras físicas primárias (cabine de segurança biológica e equipamentos de proteção individual) e secundárias (desenho de organização do laboratório).
O nível de Biossegurança 3: é destinado ao trabalho com microrganismos da classe de risco 3 ou para manipulação de grandes volumes e altas concentrações de microrganismos da classe de risco 2. Para este nível de contenção são requeridos além dos itens referidos no nível 2, desenho e construção laboratoriais especiais.
Deve ser mantido controle rígido quanto a operação, inspeção e manutenção das instalações e equipamentos e o pessoal técnico deve receber treinamento específico sobre procedimentos de segurança para a manipulação destes microrganismos.
O nível de Biossegurança 4: ou laboratório de contenção máxima, destinasse a manipulação de microrganismos da classe de risco 4, onde há o mais alto nível de contenção, além de representar uma unidade geográfica e funcionalmente independente de outras áreas. Esses laboratórios requerem, além dos requisitos físicos e operacionais dos níveis de contenção 1, 2 e 3, barreiras de contenção (instalações, desenho equipamentos de proteção) e procedimentos especiais de segurança.
Fonte:http://www.ciencianews.com.br
O trabalho laboratorial pode expor laboratoristas, pessoas em geral e até o meio ambiente a diferentes tipos de riscos. A Portaria nº 5 de 18/08/1992 do Departamento Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador (DNSST) do MTb classifica os riscos ambientais em cinco grupos:
1.4.1 RISCOS FÍSICOS
Os riscos físicos são aqueles provocados por algum tipo de energia.
Geralmente envolvem equipamentos que produzem temperaturas muito altas ou baixas, as radiações, pressões anormais, vibrações, ruídos, umidade e campos elétricos.
Os riscos físicos que podem ser encontrados em laboratórios de análises clínicas são o ruído e o calor. Umidade, vibração, radiações ionizantes e frio não se aplicam a laboratórios.
A origem do ruído em um laboratório de análises clínicas deve-se a exaustores utilizados na renovação de ar, o qual é filtrado e reutilizado; exaustores das câmaras de segurança biológica; centrífugas e autoclaves. Os níveis de ruído gerados por estes equipamentos, usados em laboratórios, não oferecem propriamente risco de perda auditiva pois se encontram abaixo dos limites de tolerância preconizado pela NR15 e que deve ser identificado conforme NR9 Item 9.3.3.
A maior preocupação a ser levada em conta no PPRA seria a de proporcionar aos trabalhadores o chamado
“conforto acústico”. O limite de ruído aceitável para área de serviços de um laboratório seria 50 decibéis e o nível de ruído capaz de proporcionar o conforto acústico seria de 40 decibéis.
Autoclaves e estufas são as fontes geradores de calor encontradas nos
laboratórios de análises clínicas. No caso de laboratórios de contenção, não existe abertura ao ar ambiental, não permitindo o fluxo livre de ar.
O calor gerado dentro da área de contenção deve ser controlado por exaustão, processando-se a filtragem do ar que recircular no ambiente de trabalho. Este ar deverá possuir temperatura, umidade e velocidade adequadas à obtenção do conforto ambiental. Medidas simples podem ser adotadas para melhorar a temperatura ambiental, como a regulagem adequada da temperatura do ar condicionado e a manutenção frequente destes aparelhos, incluindo limpeza dos filtros.
Em muitos casos a observação da faixa de temperatura no ambiente de
trabalho visa manter uma temperatura ideal para o bom funcionamento dos
equipamentos, negligenciando o conforto térmico dos trabalhadores.
1.4.2 CONTAMINANTES DO AR
Os contaminantes são: poeiras, fumos, fumaças, aerossóis, neblinas, gases asfixiantes, gases irritantes e vapores. Podem ser gerados durante a manipulação de centrífugas, ultra-centrífugas, incubadoras orbitais, liofilizadores, evaporadores, homogeneizadores, misturadores e moedores.
• Poeira: partículas diminutas de terra, qualquer pó, especialmente o do tipo presente no ar e que se deposita nos objetos.
• Fumos: vapores, especialmente os que possuem qualidades irritantes.
• Fumaças: partículas de carvão e fuligem.
• Névoa: Gotículas resultante da dispersão de líquidos – ação mecânica - mais de 0,5 mícron de diâmetro.
• Neblina: Gotículas resultantes da condensação de vapores – menos de 0,5 mícron de diâmetro.
• Vapores: forma gasosa das substancias químicas, normalmente se encontram no estado sólido ou líquido.
• Aerossóis: Partículas sólidas ou liquidas dispersas por um longo período no ar. Solução coloidal que é administrada em forma de névoa.
• Gás: uma das formas básicas da matéria. As moléculas são livres e se movem rapidamente em todas as direções.
Para prevenção de acidentes com contaminantes é necessário o uso de EPIs como avental de manga comprida, óculos de segurança e máscara; e equipamentos como anteparos de acrílico ou vidro para minimizar o contato com contaminantes. A manipulação de substancias voláteis, geradoras de fumos, vapores ou gases asfixiantes, deve ser feita em capelas de segurança com bom sistema de aspiração e filtração do ar utilizando equipamentos de proteção individual adequados.
Dependendo do grau de risco oferecido pelo agente, mais equipamentos de segurança coletiva devem ser utilizados.
1.4.3 RISCOS QUÍMICOS
Os riscos químicos envolvem substâncias tóxicas, explosivas e inflamáveis, substâncias corrosivas, substâncias irritantes e nocivas, substâncias oxidantes, líquidos voláteis e substâncias cancerígenas.
Os acidentes de laboratórios com substâncias químicas são comuns e bastante perigosos. Cuidados e precauções devem ser tomadas no manuseio, transporte e preparação das soluções e reagentes químicos. Todo acidente tem uma causa ou causas associadas. Portanto todo acidente pode ser prevenido, exceto aqueles de origem natural.
Os riscos químicos segundo Costa podem ser classificados em:
(a) Ricos primários: é a própria fonte. Exemplo: um frasco de éter etílico.
(b) Riscos secundários: é a fonte somada ao ato inseguro (ou condição insegura).Exemplo: um frasco de éter etílico colocado próximo a uma fonte de calor.
(c) Riscos terciários: é a fonte associada ao ato inseguro e condição insegura.
Exemplo: um frasco de éter etílico próximo a uma fonte de calor em um recinto com sistema de ventilação deficiente.
Podem também podem ser classificados quanto ao grau de periculosidade, em: contaminantes do ar; substâncias tóxicas, explosivas, irritantes, oxidantes, corrosivas, voláteis, inflamáveis e cancerígenas.
1.4.4 SUBSTÂNCIAS TÓXICAS E ALTAMENTE TÓXICAS
Cuidados especiais devem ser tomados com as substâncias de ação
cancerígena, que são agentes capazes de causar câncer (EX: benzeno, formaldeído, arsênico, cloreto de vinila); de ação teratogênica, que são agentes que interferem com desenvolvimento embrionário normal como por exemplo o chumbo; e mutagênicas que são substâncias capazes de alterar o DNA de células vivas como o brometo de etídeo e agentes alquilantes.
Os principais meios de penetração das substâncias químicas no organismo são:
Inalação: Maior grau de risco devido à rapidez com que as substâncias químicas são absorvidas pelos pulmões.
Absorção: Contato das substancias químicas com a pele.
Ingestão: Contato via oral com a substancia
Em resumo os efeitos tóxicos dependem:
• Da dose
• Da via de penetração
• Das relações dose efeito
• Do metabolismo
• Do estado de saúde
• Das condições do momento – fadiga, estresse
• De outros produtos - sinergia
Além de efeitos carcinogênicos e teratogênicos, uma substancia pode causar ainda efeitos organotóxicos e imunotóxicos.
1.4.5 SUBSTÂNCIAS EXPLOSIVAS (PERÓXIDOS)
Fazem parte de uma classe de compostos químicos extremamente instáveis. Em geral os peróxidos são irritantes ao aparelho respiratório, pele e olhos. Todos os peróxidos causam graves danos aos tecidos se ingeridos. Devem ser armazenadas em local ventilado, isolado da ação do fogo, calor e faísca. Deve-se evitar choques.
São compostos formadores de peróxidos: aldeídos, éteres, acetato de vinila, tetrahidrofurano, etc., formam peróxidos explosivos quando exposto ao ar e à luz.
1.4.6 SUBSTÂNCIAS IRRITANTES E NOCIVAS
Causam danos para a saúde em caso de utilização inadequada. Para algumas substâncias não é possível descartar totalmente uma ação cancerígena, alteração genética ou teratogênica.
Precauções: evitar contato com o corpo humano e também a inalação de
vapores. Devem ser utilizados os EPIs e EPC’s adequados ao trabalho com essas substâncias.
1.4.6.1 Substâncias oxidantes
Evitar qualquer contato com substâncias combustíveis que possam
desencadear incêndio de difícil extinção. O uso de equipamento e materiais de
proteção é fundamental para a segurança do operador.
1.4.6.2 Substâncias corrosivas
Entre os produtos químicos corrosivos estão incluídos principalmente os
ácidos, anidridos e álcalis. Eles geralmente destroem seus recipientes e contaminam a atmosfera da área de armazenagem. Deve-se evitar contato com os olhos, pele e a roupa mediante medidas de proteção especiais. Proteger a árvore respiratória utilizando máscaras com filtros específicos. Devem ser tomados cuidados na manipulação dessas substâncias devido ao seu efeito teratogênico e cancerígeno.
1.4.6.3 Líquidos e substâncias voláteis
Devem ser manipulados com muito cuidado, evitando a inalação. Precauções a serem adotadas: sempre manipular em capela de ar forçado ou exaustão (capela química) e manipular com equipamentos de proteção adequados.
1.4.6.4 Substâncias inflamáveis
Devem ser manipuladas longe de chamas ou emissores de calor e centelhas. Quando voláteis, manipular longe de chamas ou emissores de calor e centelhas. Quando voláteis, manipular com proteção adequada e em capela de ar forçado ou exaustão (capela química). Todas estas substâncias devem ser adequadamente identificadas. Normalmente nos rótulos do fornecedor existe uma adequada instrução no manuseio, com identificação pertinente.
1.4.7 RISCOS ERGONÔMICOS
Os riscos ergonômicos envolvem elementos físicos e organizacionais que interferem no conforto e saúde como postura inadequada no trabalho, iluminação e ventilação inadequados, jornada de trabalho prolongada, monotonia; esforços físicos intensos repetitivos; assédio moral (efeito psicológico); lesões: calor localizado, choques, dores, dormência, formigamentos, fisgadas, inchaços, pele avermelhada, e perda de força muscular.
A iluminação adequada é uma condição indispensável ao trabalho de um
laboratório de análises clínicas: na elaboração
e controle das técnicas de exame, na leitura de resultados e controle dos equipamentos. Sua deficiência origina cansaço visual, cefaleia, mialgias, risco de erros técnicos e acidentes. Pela NR 17 é previsto para iluminância de interiores avaliação pela NB 5413. No antigo anexo 4 da NR15, que foi revogado pela portaria 3.751, de 23 de novembro de 1990, os níveis de iluminamento adequado seriam: 250 lux para a sala de pesquisa e 500 lux para mesa de trabalho de laboratório de análises.
De acordo com Pereira e Vieira, alguns juízes ainda se baseiam no extinto artigo para tomar decisões judiciais que envolvam o tema iluminância de ambientes.
O mobiliário deve seguir as normas básicas de ergonomia. O maior problema costuma ser no setor de venopunção (coleta de sangue) pois o trabalhador adota a posição ortostática, sob tensão, em flexão lombosacra de 30-60 graus, o que predispõe a lombalgia. Para minimizar o risco de lombalgia, deve-se elevar a cadeira no intuito de diminuir a posição de flexão lombosacra. Existem cadeiras especiais para esta função, porém seu custo é muito elevado o que inviabiliza seu uso para alguns laboratórios.
Uma outra opção para prevenção deste problema seria diminuir o número de atendimentos (leia-se venopunções) por funcionário, evitando-se a repetição do movimento inadequado.
A informatização dos laboratórios gerou um novo problema ergonômico, pois a maioria dos equipamentos hoje são dotados de monitores de vídeo. A exposição prolongada a estes monitores aumento o número de queixas de cansaço visual, desconforto nas costas, pescoço e braços, referidas pelos trabalhadores. Medidas como o bom iluminamento, mobiliário desenhado especialmente para a função e cumprimento das regras de ergonomia são suficientes para garantir o conforto do trabalhador.
Outro risco ergonômico a que os trabalhadores de saúde estão sujeitos seriam os de natureza psicossocial. Um dos tipos mais insidiosos de estresse no trabalho é o “Burnout” ou síndrome do aniquilamento profissional. Trata-se de uma síndrome caracterizada por exaustão emocional, despersonalização e sentimento de pouca realização e satisfação pessoal. Ocorre frequentemente em profissões de ajuda (enfermeiros, médicos, psicólogos, assistentes sociais), incluindo trabalhadores de laboratórios que lidam com pacientes.
O quadro clínico se caracteriza por perda do controle emocional, irritabilidade, agressividade, perda da motivação, sentimento de incompetência, perturbações do sono e manifestações depressivas.
Outros tipos de distúrbios psicológicos seriam a síndrome da insensibilidade onde o trabalhador de laboratório que tem contato com pacientes, sofrem um embotamento afetivo. Não sentem mais ansiedade, tristeza ou vivência de perda; o prazer desaparece de todas as esferas sociais, levando a pessoa a se comportar “mecanicamente”. Estes são distúrbios ainda pouco conhecidos e a determinação do seu nexo causal com o trabalho não é simples, porém merece consideração.
1.4.8 RISCOS DE ACIDENTES
Os riscos de acidentes são relacionados ao aparecimento de lesões corporais ou perturbações funcionais em decorrência do trabalho exercido no laboratório. Pode ser classificado como risco primário, quando os materiais usados são a própria fonte de risco (Ex. manipular um frasco de éter, materiais perfuro cortantes, etc.), ou risco secundário, quando a não adoção de práticas de biossegurança laboratorial aumentam o risco de acidentes (Ex. frasco de éter colocado próximo a fonte de calor, material perfuro-cortantes descartado em lixos comuns e o não gerenciamento dos resíduos.
O laboratório deve ser projetado de modo a oferecer segurança e conforto ao trabalhador. Ambientes espaçosos, iluminados e ventilados adequadamente, limpos, com circulação ampla e sem obstáculos são requisitos básicos para qualquer ambiente de trabalho.
Separação entre as áreas de maior e menor risco é aconselhável em
laboratórios. As áreas restritas devem ficar longe da área administrava e de locais com circulação intensa de pessoas. Outros pontos a serem observados na prevenção de acidentes são:
• Saídas de emergência;
• Sistema de prevenção de incêndio;
• Sinalização adequada de acessos e saídas;
• Sinalização de riscos biológicos (figura 4), químicos e físicos (de acordo com 
NR 26 do Ministério do Trabalho e Emprego);
• Corredores, pisos e escadas limpos, secos e antiderrapantes;
• Corrimão nas escadas;
• Um chuveiro nos locais onde há risco de derramamento ou respingo de substâncias químicas;
• Local para lavar os olhos no caso de acidentes com materiais contaminados nos olhos (vide figura 5).
1.4.9 RISCOS BIOLÓGICOS
Os riscos biológicos são decorrentes da exposição a produtos de origem
vegetal ou animal e microrganismos, tais como vírus, leveduras, protozoários,
metazoários, bactérias e fungos, veiculados através de amostras de sangue, urina, secreções, poeira, alimentos e instrumentos de laboratório. Os riscos biológicos envolvem patogenicidade, resistência a antibióticos; resistência a processos de esterilização e virulência. Também englobam os trabalhos com organismos geneticamente modificados.
A partir dos anos 1980 o número de guias e regulações que afeta a segurança para operação em laboratórios clínicos, de pesquisa e industriais, nos quais agentes infecciosos são manipulados, aumentou dramaticamente. Esses guias e regulações afetam todos os aspectos da operação do laboratório, como a licença para se trabalhar com diversos agentes infectantes, descarte do lixo contaminado e também a prevenção contra a exposição dos manipuladores aos patógenos. A prevenção contra infecções em laboratórios e unidades de saúde deve ser feita de modo a garantir que os riscos ocupacionais e as consequências de uma infecção sejam compreendidos
por todos os envolvidos (Sewell, 1995).
Os agentes biológicos apresentam um risco real ou potencial para o homem e para o meio ambiente, por esta razão, é fundamental montar uma estrutura laboratorial que se adapte à prevenção de tais riscos. As manipulações de agentes microbianos muitas vezes patogênicos pelos trabalhadores de laboratório fazem da natureza do seu trabalho um perigo ocupacional. Uma melhor compreensão dos riscos associados a manipulações desses agentes que podem ser transmitidos por diversas rotas tem facilitado a aplicação de práticas de biossegurança apropriadas (CoiCo; lunn, 2005).As infecções mais comumente adquiridas pelos profissionais em laboratório são provenientes de agentes bacterianos, no entanto, agentes patogênicos pertencentes a todas as categorias de micro-organismos também podem causar infecções (CoiCo; lunn, 2005).
Para minimizar os riscos inerentes à manipulação dos agentes microbiológicos é importante conhecer as suas características peculiares, dentre as quais se destacam o grau de patogenicidade, o poder de invasão, a resistência a processos de esterilização, a virulência e a capacidade mutagênica (Teixeira; Valle, 1996).
Os agentes biológicos que afetam o homem, os animais e as plantas foram classificados em classes de 1 a 4, pela Norma Regulamentadora nº 32 do Ministério do Trabalho e Emprego Anexo I criado pela Portaria GM n.º 485, de 11 de novembro de 2005. Onde os laboratórios de análises clinicas se enquadram na classe 2.
Os critérios de classificação têm como base diversos aspectos, tais como: virulência, modo de transmissão, estabilidade do agente, concentração e volume, origem do material potencialmente infeccioso, disponibilidade de medidas profiláticas eficazes, disponibilidade de tratamento eficaz, dose infectante, tipo de ensaio e fatores referentes ao trabalhador. Segundo o Anexo II da Norma Regulamentadora nº 32 do Ministério do Trabalho e Emprego os micro-organismos podem também ser classificados em grupos de risco de 1 a 4, onde conforme o seguimento em laboratórios de análises clínicas são encontrados os micro-organismos de risco 2.
Esta classificação coincide em conceito com os Níveis de Biossegurança (NB) estabelecida pela CTNBio para Agentes Etiológicos Humanos e
Animais com Base no Risco no Anexo I da Lei 8974/95, Apêndice 2, Biossegurança em Laboratórios de Pesquisa 16 Instrução Normativa nº7, de 06 de junho de 1997, Ministério da Ciência e Tecnologia – MCT, CTNBio.
Conforme o Anexo I da NR 32:
Classe de risco 2 - Agentes biológicos com risco individual moderado para o trabalhador e com baixa probabilidade de disseminação para a coletividade. Podem causar doenças ao ser humano, para as quais existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento. (Alguns exemplos estão descritos na Tabela 1)
A classe de risco 2 é o que se aplica a laboratórios de análises clínicas, onde o trabalho envolve sangue humano, líquidos corporais, tecidos ou linhas de células humanas primárias onde a presença do agente infeccioso pode ser desconhecida.
Devido aos riscos ocupacionais, principalmente os riscos biológicos, cada laboratório deverá desenvolver um manual de biossegurança ou de operações que identifique os riscos que poderão ser encontrados. E que se especifique também as práticas e procedimentos específicos para minimizar ou eliminar as exposições a estes riscos.
Alguns exemplos estão descritos na Tabela 1:
2 - METODOLOGIA
A pesquisa foi conduzida pelo modelo descritivo de um Estudo de Caso, com problemas de ação e abordagem qualitativa através de uma consulta interna aos colaboradores nas diversas áreas do Laboratório e observação assistemática, não participante e de forma natural. Sendo que o processo de estudo teve início após ter sido autorizado pela Direção do Laboratório, no qual o projeto da pesquisa foi apresentado. Além disso o projeto também recebeu autorização do Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFSC especialmente pela aplicação de questionário aos funcionários do laboratório.
2.1 LOCAL DE ESTUDO
O estudo foi realizado no Laboratório de Análises Clínicas (X), situado no município de Santa Rosa de Viterbo - SP, na Rua Bahia, número 133.
Figura 1. Localização do laboratório X no município de Santa Rosa de Viterbo/SP. (Fonte: Google Maps)
O Laboratório X é um completo centro de análises clínicas e referência em medicina diagnóstica. Faz parte de um grupo de laboratórios especializados em exames nas áreas de Bioquímica, Hormônios, Imunologia, Microbiologia, Sorologia, Urinálise, Parasitologia, Hematologia Hemostasia, Banco de Sangue, Citologia Esfoliativa, Citometria de Fluxo, Toxicologia e Biologia Molecular.
Com uma das melhores e mais modernas estruturas laboratoriais, o Laboratório X possui unidades de processamento com ampla estrutura e postos de coleta que estão distribuídos em toda a região.
Os diferenciais da empresa se baseiam em um trabalho sério, com credibilidade e precisão nos resultados. Para isso, participa do PNCQ - Programa Nacional de Controle de Qualidade, realizado anualmente e ainda capacita suas equipes por meio de treinamentos contínuos.
2.2 PARTICIPANTES DO ESTUDO
Fizeram parte da pesquisa 6 dos 7 funcionários do Laboratório X. A idade variou de 22 a 40 anos, destes 6do sexo feminino e 0do sexo masculino, com tempo de serviço entre 8 meses a 5 anos.
2.3 COLETA DOS DADOS
Os dados foram coletados através da aplicação de questionários específicos para cada setor:
· Recepção (auxiliares adminstrativas)
· Coleta e Produção 
· Analistas Clinicas 
· Limpeza, Lavagem e Esterelização 
Os questionários tiveram o intuito de pesquisar a percepção de riscos de cada ambiente, as práticas desenvolvidas, os agentes biológicos, químicos e físicos que os colaboradores tinham contato. Dados como a utilização de equipamentos de proteção individual e coletiva também foram levantados nos questionários.
Além disso, um estudo minucioso foi realizado em cada ambiente de trabalho no sentido de propor procedimentos padrões ou mudança de práticas.
Para fortalecer a observação do processo de implantação de Biossegurança foi realizada consulta interna como forma de ter um desenho do fluxo de amostra e uso de EPI’s, elegendo os setores que estão em maior contato com agentes biológicos porque eles detêm a maior quantidade de pessoas que utilizam EPI’s e fluxo de amostras.
2.4 ANÁLISE DOS DADOS
Os dados obtidos através dos formulários e do estudo minucioso foram submetidos à análise de conteúdo que buscou dar um sentido ao conjunto de informações para melhor compreensão. Mastroeni (2006) descreve a supressão do anexo IV da NR-5, no qual, torna-se necessário um roteiro para construção do mapa de risco. O roteiro segue as seguintes etapas:
· Levantamento e sistematização do processo de produção;
· descrição dos produtos, materiais e resíduos;
· descrição das equipes de trabalho;
· descrição das atividades dos trabalhadores;
· preenchimento	da	tabela:	grupos	de	riscos;	local/atividade; sintomas/sinais; acidentes/doenças; recomendações;
· Construção da representação gráfica.
Seguindo essa metodologia e após todos os dados levantados o mapa de risco foi elaborado com a participação dos colaborados do LACBio.
Os resultados encontrados foi que na segurança que são utilizados durante a manipulação de materiais infecciosos dentro de laboratório, é descrito como “contenção”, tendo como objetivo principal a redução ou minimização de exposição a riscos dos profissionais que atuam no ambiente quanto aos que trabalham próximos, seja na bancada ou com o que faz a limpeza do local. Para isso, torna-se necessária uma análise dos riscos e das atividades a serem desenvolvidas no espaço, isto é, os agentes químicos e biológicos a serem manipulados.
Segundo Hirata “A organização do trabalho é um aspecto fundamental para a segurança do pesquisador ou analista e para garantir resultados precisos e de qualidade. A falta de organização no ambiente de trabalho pode gerar situações de risco para o operador e para outros indivíduos que estão presentes no local e também pode promover danos às instalações prediais”.
Pode-se concluir então que, para evitar as situações de risco, é fundamental
que qualquer atividade laboratorial seja previamente planejada e seja executada em ambiente seguro.
Em um ambiente de trabalho devem ser consideradas as condições de trabalho e todos os fatores que oferecem risco para o operador, como as instalações, os locais de armazenamento e manipulação de produtos químicos, as bancadas, os equipamentos de proteção, entre outros.
As tarefas que incluem manejo de agentes químicos devem ser planejadas antes de serem executadas, para minimizar a chance de erro ou acidente. Sendo assim, recomenda-se que antes de iniciar o trabalho com substâncias químicas o trabalhador tome as seguintes precauções:
• Equipamentos e instrumentos: verificar a disponibilidade e condições de uso, observar as instruções de uso e o responsável em situações de emergência. Para equipamento de multiusuários, o agendamento é essencial;
• Vidraria e outros materiais: observar a limpeza, o estado (trincas e rachaduras), a resistência térmica, a resistência e compatibilidade a solventes e outros reagentes. Observar a necessidade de tratamento prévio (esterilização, descontaminação química ou biológica); 
• Reagentes e soluções: preparar antecipadamente as quantidades necessárias, observando a estabilidade e as condições de armazenamento. Observar a compatibilidade dos produtos químicos para o armazenamento;
• Condições do laboratório: observar a necessidade do uso de equipamento individual (óculos de segurança, máscara, aventais, luvas, etc.) e de equipamentos de proteção coletiva, como gabinete de segurança química (capela) para a manipulação de substâncias químicas tóxicas, fluxo laminar para a manipulação de amostras ou
materiais biológicos;
• Sinalização das áreas de trabalho: observar os sinais de indicação de risco químico, que devem conter a inflamabilidade, reatividade da substância e possíveis riscos que oferece à saúde dos trabalhadores;
• Tempo de execução da atividade: é possível estimar o tempo necessário para a execução de uma dada tarefa, se as condições e os materiais necessários para a
sua execução forem previamente planejados e disponibilizados. Deve-se organizar os procedimentos operacionais e as atividades laboratoriais de modo a otimizar o trabalho a ser realizado e minimizar a geração de riscos de acidente;
• Em todas as áreas de risco químico: os trabalhadores devem ser orientados a ter extremo cuidado. Em caso de acidente verificar o rótulo da substância e levar imediatamente ao conhecimento do responsável pelas medidas de emergência. Devem ser colocados em local visível manuais de conduta em caso de acidente, especificando a conduta para cada agente químico existente na área.
É necessário que todo laboratório forneça barreiras de contenção e um
programa de segurança cujo objetivo seja a proteção dos profissionais de laboratório e outros que atuem na área, bem como a proteção do meio ambiente, eficiência das operações laboratoriais e garantia do controle de qualidade do trabalho executado (Silva, 1996).
Além das técnicas microbiológicas de segurança, as barreiras primárias
(equipamentos de segurança e equipamentos de proteção individual e coletiva) e barreiras secundárias (facilidades de salvaguardas) são agora consideradas como elementos vitais de medidas de contenção (Kimman et al., 2008).
Os equipamentos de proteção individual, conhecidos como EPIs, são utilizados para minimizar a exposição aos riscos ocupacionais e evitar possíveis acidentes no laboratório. Os equipamentos de proteção coletiva (EPC’s) são utilizados com a finalidade de minimizar a exposição dos trabalhadores aos riscos e, em casos de acidentes, reduzir suas consequências. Exemplos: lava-olhos, chuveiro, extintor e cabines de proteção biológica (Teixeira; Valle ,1996).
As barreiras secundárias dizem respeito à construção do laboratório,
localização e instalações físicas. As instalações físicas são importantes para
proporcionar uma barreira de proteção para pessoas dentro e principalmente fora do laboratório, bem como para o meio ambiente. Os tipos de barreiras secundárias dependerão do risco de transmissão dos agentes específicos manipulados no laboratório. São alguns exemplos e barreiras secundárias: a localização distante do acesso público, a presença de sistemas de ventilação especializados em assegurar o fluxo de ar uni-direcionado, sistemas de tratamento de ar para a descontaminação ou remoção do ar liberado e câmaras pressurizadas como entradas de laboratório (Brasil ,2006c).
Estudos sobre infecções adquiridas em laboratório concluíram que a rota
primária de transmissão dos agentes causadores foi por aerossol. Aerossóis são partículas ultrapequenas de líquido ou soluções dispersas em gás que podem conter agentes infectantes, apresentando riscos se inaladas, ingeridas e/ou entrarem em contato com pele e mucosas. Numerosos procedimentos de laboratório podem gerar os aerossóis, como a pipetagem realizada com rapidez, a abertura brusca de culturas liofilizadas, a centrifugação de tubos mal vedados, a variação abrupta de pressão ou temperatura de uma solução, dentre outros (Universidade Federal da Bahia, 2001).
Com a finalidade de minimizar os riscos relacionados aos aerossóis, foi
desenvolvido o aparelho de fluxo laminar. O fluxo laminar, ou cabine de segurança biológica (CSB), é o dispositivo principal utilizado para proporcionar a contenção de borrifos e aerossóis infecciosos provocados por inúmeros procedimentos microbiológicos (Brasil ,2006c).
2.5 MATERIAIS DE CONTENÇÃO
Os equipamentos utilizados em laboratório podem oferecer diversos tipos de proteção aos usuários e ao meio ambiente (Teixeira; Valle ,1996) conforme a Tabela 2.
Tabela 2 - Tipos de equipamentos de contenção e suas aplicações.
Fonte: www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/niveis_de_bioseguranca.html
Fichas de Informações de Segurança de Produtos Químicos
Ainda com relação aos produtos químicos, estes podem exercer impacto
negativo sobre a saúde dos homens e dos animais e afetar sobremaneira o meio ambiente quando as medidas preventivas não são adotadas.
No que se refere aos reagentes químicos, também existem critérios
estabelecidos para armazenagem, movimentação e resíduos provenientes dos
trabalhos exercidos, ressaltando que os fornecedores destes produtos devem
disponibilizar todas as informações necessárias equivalentes ao produto adquirido.
Diagrama ou diamante de Hommel
Figura 1 - Exemplo de diagrama de Hommel.
Fonte: http://www.cetesb.sp.gov.br/gerenciamento-de-riscos
Existem diversas simbologias utilizadas para indicar a periculosidade de
substâncias químicas. Um sistema interessante, empregado, sobretudo nos EUA, pela National Fire Protection Association (NFPA), é o conhecido Diamante (ou diagrama) de Hommel (também conhecido pelo código NFPA 704).
O diagrama consiste em um losango maior subdividido em quatro losangos maiores. Os losangos azul, vermelho e amarelo, devem ser preenchidos com números de 0 a 4 para indicar os riscos à saúde, a inflamabilidade e reatividade da substância, respectivamente. O losango branco é utilizado para indicar riscos específicos, por meio de símbolos convencionais. A relação entre os números e os riscos em cada caso é mostrada pela legenda a seguir:
Riscos à Saúde:
4 – Substância Letal
3 - Substância Severamente Perigosa
2 - Substância Moderadamente Perigosa
1 - Substância Levemente Perigosa
0 - Substância Não Perigosa ou de Risco Mínimo 
Inflamabilidade:
4- Gases inflamáveis, líquidos muito voláteis (Ponto de Fulgor abaixo de 23ºC). 
3- Substâncias que entram em ignição a temperatura ambiente (Ponto de Fulgor abaixo de 38ºC).
2- Substâncias que entram em ignição quando aquecidas moderadamente (Ponto de Fulgor abaixo de 93ºC).
1- Substância que precisam ser aquecidas para entrar em ignição (Ponto de Fulgor acima de 93ºC).
0- Substâncias que não queimam.
Reatividade:
4 - Podem explodir
3 - Podem explodir com choque mecânico ou calor
2 - Reação química violenta
1 - Instável se aquecido
0 - Estável
Riscos específicos:
'W’ - Reage com a água de maneira não usual ou perigosa (césio e sódio); 
'OXY' - Oxidante (perclorato de potássio);
'COR' - Corrosivo; ácido forte ou base (ácido sulfúrico, hidróxido de sódio);
'ACID' e 'ALK' - se for o caso de ser mais específico.
'BIO' - Risco biológico (exemplo: vírus da varíola);
'CRYO' – criogênico;
Figura 2 - Diagrama de Hommel.
Fonte: https://vivendoseguranca.com/2018/04/19/diagrama-de-hommel
Figura 3 - Ambiente de laboratório limpo, ventilado, bem iluminado com
circulação ampla, sem obstáculos.
Fonte: Unimed - Laboratório Unimed Cachoeirinha – Rs
Figura 4 - Aviso de risco biológico de um ambiente de laboratório.
Fonte: Google imagens
Os acidentes que ocorrem com maior frequência nos laboratórios são os
pérfuro-cortantes. No intuito de diminuir o risco deste tipo de acidente a NIOSH
(National Institute for Safety and health of USA) formulou um código de normas a serem adotadas. Estas normas incluem:
• Evitar o uso de agulhas quando existe outra forma mais segura de realizar o trabalho;
• Trabalhadores e empregadores devem selecionar e avaliar juntos os equipamentos de segurança a serem utilizados;
• Os equipamentos a serem utilizados devem ser seguros e fornecidos pelo empregador;
• O trabalhador deve planejar o manejo e descarte do material antes de iniciar o procedimento com agulhas;
• O descarte de material cortante ou perfurante deve ser feito em recipientes adequados;
• Todo acidente deve ser comunicado imediatamente para que o trabalhador receba o tratamento apropriado;
• O trabalhador deve ser encorajado a conversar com seu empregador sobre os riscos com agulhas observados na sua área de trabalho;
• A participação em palestras e treinamento organizados pela empresa sobre patógenos infectantes deve ser obrigatória;
• Deve-se procurar utilizar novas tecnologias mais seguras como: conectores sem agulhas para fluídoterapia endovenosa, agulhas protegidas por capas plásticas não removíveis, agulhas retráteis na seringa ou tubo a vácuo
e lancetas retráteis (exemplos ilustrados nas figuras 6 e 7
• Agulhas não devem ser recapadas.
O impacto emocional dos acidentes perfuro-cortantes pode ser severo mesmo quando não ocorre soro-conversão. Este impacto torna-se pior quando o trabalhador sofre lesão com exposição ao HIV.
Muitas vezes o trabalhador sente-se impossibilitado de trabalhar e pode até abandonar o emprego ou pedir demissão devido ao estresse causado pelo acidente.
O fato de não saber o estado infeccioso do paciente-fonte acentua os temores do trabalhador acidentado.
Este sofrimento emocional afeta também colegas e a família. A todo o
funcionário vítima de acidentes com risco de infecção deve ser oferecido apoio
psicológico e, se possível, estender este serviço aos familiares.
Problemas psicológicos podem ser também a causa dos acidentes. Pessoas que trabalham na área da saúde são mais propensas a problemas como esgotamento, despersonalização, banalização do sofrimento alheio, tédio gerado pela rotina, depressão por sensação de impotência diante da doença alheia.
Os distúrbios psicológicos quando não detectados e tratados podem predispor ao fumo, alcoolismo, adição a drogas e doenças desencadeadas por somatização como úlcera, cefaléia e fadiga crônica. A prevenção do estresse é parte importante da prevenção de acidentes no trabalho.
O PCMSO (Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional) deve incluir palestras sobre o tema e um plano de detecção e assistência aos trabalhadores com distúrbios psicológicos.
Figura 5 - Equipamento chuveiro para lavar os olhos em caso de acidente.
Fonte: Google imagens
Figura 6 - Seringa com dispositivo de segurança para garantir o descarte seguro e a sua inutilização.
Fonte: laborimport.com.br/.../seringas-retrateis-de-seguranca-com-exclusivo-sistema-no-gap/
Figura 7 - Utilização do dispositivo de segurança. 
Fonte: laborimport.com.br/.../seringas-retrateis-de-seguranca-com-exclusivo-sistema-no-gap/
Nas Tabela 3,4 e 5 observa-se um resumo dos requisitos básicos exigidos no
nível de biossegurança laboratorial 2 que é o utilizado em laboratórios de análises clínicas, incluindo estrutura, equipamentos e práticas.
TABELA 3 –
Fonte: www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/niveis_de_bioseguranca.html
TABELA 4 - 
Fonte: www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/niveis_de_bioseguranca.html
TABELA 5 –
Fonte: www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/lab_virtual/niveis_de_bioseguranca.html
2.5.1 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI
Os EPI são equipamentos que servem para proteção do contato com agentes infecciosos, substâncias irritantes e tóxicas, materiais perfurocortantes e materiais submetidos a aquecimento ou congelamento.
Os procedimentos de manipulação de amostras biológicas produzem
partículas que podem entrar pelas vias aéreas e causar infecções ou contaminar roupas, bancadas e equipamentos. Usar EPI é um direito do profissional da saúde e a instituição em que esse profissional trabalha é obrigada a fornecê-los. É fundamental que o profissional da saúde utilize os EPI de forma correta. O uso indevido desses equipamentos também pode provocar acidentes.
Os EPI, descartáveis ou não, deverão estar à disposição em número suficiente nos postos de trabalho, de forma que seja garantido o imediato fornecimento ou reposição.
Os EPI que devem estar disponíveis, obrigatoriamente, para todos os
profissionais que trabalham em ambientes laboratoriais são: jalecos, luvas, máscaras, óculos e protetores faciais. Há também protetores de ouvido para trabalhos muito demorados com equipamentos que emitam ruídos além dos níveis recomendados pelo Ministério do Trabalho e do Emprego e máscaras de proteção contra gases para uso na manipulação de substâncias químicas tóxicas e em caso de acidentes.
O jaleco protege a roupa e a pele do profissional do laboratório clínico, da contaminação por sangue, fluidos corpóreos, salpicos e derramamentos de material infectados, que pode ocorrer desde coleta, transporte, manipulação e descarte de amostras clínicas. É importante que o jaleco seja colocado assim que o profissional entre no laboratório, e permaneça com ele o tempo todo, porém ao ir a cantinas, refeitórios, bancos, bibliotecas, auditórios, outros, ele deve ser retirado, pois são áreas não contaminadas e o jaleco pode levar agentes biológicos para estes locais.
O jaleco deve ser confeccionado em tecido resistente à penetração de líquidos, com comprimento abaixo do joelho e mangas longas, pode ser descartável ou não.
Caso não seja, deve ser resistente à descontaminação e autoclavação.
Jamais se deve arregaçar as mangas do jaleco e expor a pele ao contato com
microrganismos depositados no local de trabalho. A limpeza do jaleco deve ser feita na própria lavanderia do hospital, caso esse serviço não esteja disponível para o profissional da saúde, o ideal é que primeiramente o jaleco seja autoclavado e depois levado para casa, esse procedimento não gera riscos de contaminação.
As luvas descartáveis servem para manipulação de materiais potencialmente infectantes, conhecidas como luvas de procedimentos, que são de látex (borracha natural) ou de material sintético (vinil).
Estas últimas, além de mais resistentes aos perfurocortantes, são também indicadas a pessoas alérgicas às luvas de borracha natural. As luvas descartáveis devem ser usadas em todos os procedimentos, desde coleta, transporte, manipulação até o descarte das amostras biológicas, pois elas são uma barreira de proteção contra agentes infecciosos. É importante que as luvas devam ser calçadas com cuidado para que não rasguem e que fique bem aderida a pele, evitando acidentes.
As luvas de borracha são grossas e antiderrapantes, servem para manipulação de resíduos ou lavagem de materiais ou procedimentos de limpeza em geral. As luvas resistentes à temperatura (alta e baixa) servem para manipulação de materiais submetidos a aquecimento ou congelamento, como procedimentos que utilizem estufas para secagem de materiais, banho-maria, câmaras frias, freezer para conservação de amostras, além de outros. As luvas de borracha e as resistentes à temperatura podem ser reutilizadas.
Tabela 6 - Seleção de luvas de acordo com o reagente.
E – EXCELENTE B – BOM R - REGULAR NR - NÃO RECOMENDADA
Fonte: www.unifal-mg.edu.br/riscosambientais/node/15
As máscaras descartáveis e os óculos de proteção devem ser utilizados em todas as atividades que envolvam a formação de aerossol ou suspensão de partículas como pipetagem, centrifugação, execução de raspados epidérmicos, semeadura de material clínico, outros.
Na manipulação de amostras contendo agente infeccioso da tuberculose, deve se usar a máscara N95. Os óculos de proteção devem ser de material rígido e leve, cobrir completamente a área dos olhos. É importante lembrar que os óculos de grau não substituem os óculos de proteção. É importante o uso dos óculos com máscara descartável, pois protegem todo o rosto.
Outra opção para proteger o rosto é o protetor facial. Ele é feito com o mesmo material dos óculos, deve ser ajustável a cabeça e cobrir todo o rosto. Os óculos e os protetores faciais são equipamentos reutilizáveis e devem ser desinfetados.
Esses equipamentos funcionam como barreiras para: olhos, nariz, boca e pele contra respingos e aerossóis de materiais infectados por agentes patogênicos e substâncias químicas, evitando lesões.
2.5.2 - EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA - EPC
As cabines de segurança biológica (CSB) também chamadas de capelas de fluxo laminar são equipamentos utilizados para proteger o profissional e o ambiente laboratorial dos aerossóis potencialmente infectantes que podem se espalhar durante a manipulação. Alguns tipos de cabine protegem também o produto que está sendo manipulado do contato com o meio externo, evitando contaminações.
Existem três tipos de cabines de segurança biológico,onde a classe I e II são as utilizadas em laboratórios de análises clínicas:
Classe
I: O ar que sai passa através de um filtro especial denominado de HEPA (High Efficiency Particulate Air – alta eficiência para partículas de ar) e é eliminado no ambiente livre das partículas contaminadas, esse tipo de cabine protege o manipulador e o ambiente, porém não evita a contaminação do material que está sendo manipulado;
Classe II: O ar é filtrado em filtros HEPA, antes de entrar e antes de sair da cabine, protegendo o manipulador, o ambiente e o material; essas duas cabines possuem abertura frontal.
A CSB II é ideal para laboratórios clínicos, principalmente para procedimentos microbiológicos, laboratórios de saúde pública e unidades hemoterápicas. Todos os procedimentos envolvendo amostras biológicas devem ser feitos em CSB, porém se a quantidade de CSB disponíveis no laboratório não for suficiente, os procedimentos priorizados são: separação de soro, manipulação de amostras de secreções e de outros fluidos corporais.
É importante que a cabine esteja funcionando no mínimo 30 minutos antes do início do trabalho e permaneça ligada mais 30 minutos após a conclusão do trabalho, e ser submetida a processo de Limpeza, descontaminação e desinfecção, nas paredes laterais e internas e superfície de trabalho antes do início das atividades, e na ocorrência de acidentes e derramamentos de respingos.
A cada seis meses as CSB’s devem ser testadas, calibradas e certificadas, a luz ultravioleta deve manter registro de contagem de tempo de uso, pois sua vida útil de 7500 horas e os filtros HEPA devem ser testados e certificados de acordo com a especificação do fabricante ou no mínimo uma vez por ano.
As capelas de exaustão química são equipamentos que protegem os
profissionais na manipulação de substâncias químicas que liberam vapores tóxicos e irritantes, por exemplo, na manipulação de formaldeído, pois seu odor é irritante e pode causar hipersensibilidade, porém muito usado em laboratórios clínicos para descontaminação.
O chuveiro de emergência é utilizado em casos de acidentes em que haja projeção de grande quantidade de sangue, substâncias químicas ou outro material biológico sobre o profissional. O jato de água deve ser forte e acionado por alavancas de mão, cotovelos ou joelhos, para possibilitar a remoção imediata da substância reduzindo os danos para o indivíduo.
O lava-olhos é um equipamento utilizado para acidentes na mucosa ocular, o jato de água também deve ser forte e dirigido aos olhos. Quando ocorrer acidente com derrame de material nos olhos, estes devem ser lavados por, no mínimo 15 minutos, para remoção da substância, reduzindo danos ao indivíduo. Em geral o lava-olhos é instalado junto dos chuveiros ou junto das pias do laboratório, porém a proteção com óculos pode evitar esses tipos de acidentes, que ás vezes pode levar a danos irreversíveis.
Dispensadores automáticos são equipamentos que oferecem segurança ao operador, uma vez que evita-se verter os reagentes de um frasco para o outro, com o risco de derramamentos. Proporcionam maior precisão ao ensaio, já que basta ajustar o volume desejado para dispensar.
Os chuveiros e os lava-olhos devem ser higienizados semanalmente.
Nos laboratórios clínicos deve constar também kit de primeiros socorros, com
material necessário para pequenos ferimentos na pele, kit de desinfecção, para
descontaminação em casos de acidentes com material biológico, porém os
funcionários devem ser treinados para o manuseio.
Os extintores de incêndio usados em laboratórios são: extintor de água
(mangueira) para fogo em papel e madeira; extintor de dióxido de carbono (pó químico ou espuma) para fogo em líquidos ou gases inflamáveis; extintor de dióxido de carbono (pó químico seco) para fogo em equipamentos elétricos. A manta ou cobertor serve para abafar ou envolver a vítima de incêndio, é confeccionado em lã ou algodão grosso, não pode ter fibras sintéticas. O balde com areia ou absorvente granulado, é derramado sobre substâncias químicas perigosas como álcalis para neutralizá-lo.
O número dos telefones do corpo de bombeiros e dos responsáveis pela
segurança das chefias dos laboratórios deve estar em local de fácil acesso e à vista de todos.
Os laboratórios são obrigados a manter em boas condições de funcionamento todos esses equipamentos citados. Esses equipamentos devem estar sinalizados com placas indicativas, instalados ou colocados em locais conhecidos de todos e de fácil acesso. Os funcionários devem receber treinamentos para utilizá-los.
2.5.3 - SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
O uso da sinalização de segurança visa:
 instruir e informar normas de procedimentos;
 advertir contra riscos;
 identificar as canalizações para a condução de líquidos e gases;
 identificar os equipamentos de segurança;
 delimitar áreas ;
Os laboratórios devem ser devidamente sinalizados com instruções claras objetivas, indicando as áreas de risco, rotas de evacuação em caso de emergência, telefones de interesse, locais de extintores de incêndio, etc.
Os símbolos devem ser colocados somente nos locais onde existe o risco. Quando a fonte desse risco for removida o símbolo deve ser retirado.
Todos os trabalhadores devem ser instruídos sobre esses símbolos e sobre as devidas precauções que devem ser tomadas.
2.5.3.1 - SÍMBOLOS
As Formas e as Cores dos símbolos são definidas em função dos seus objetivos específicos, como mostram as figuras abaixo.
Figura 8 - Sinalização alerta ou aviso.
• forma triangular.
• pictograrna sobre fundo amarelo, bordado de preto.
Fonte: Google imagens
Figura 9 - Sinalização de comando ou obrigação.
• forma arredondada,
• pictograma branco sobre fundo azul
Fonte: Google imagens
Figura 10 - Sinalização de proibição ou interdição.
• forma arredondada.
• pictograma sobre fundo branco, bordado com uma tarja vermelha e uma diagonal também vermelha.
Fonte: Google imagens
Figura 11 - Sinalização de segurança ou emergência.
• forma retangular ou quadrada
• pictograma branco sobre fundo verde.
Fonte: Google imagens
Figura 12 - Sinalização de combate a incêndio.
• forma retangular ou quadrada.
• pictograma branco sobre fundo vermelho.
Fonte: Google imagens
Tabela 10 - As formas, cores e significados dos avisos.
Fonte: www.bombeiros.com.br/br/utpub/instrucoes_tecnicas/IT%2020.pdf
2.5.3.2 - CORES DE SEGURANÇA
 	Algumas cores adotadas pela Norma Regulamentadora 26 (NR-26) –
Sinalização de Segurança e normas ABNT NBR 7195 – Cores para Segurança, NBR 6493 – Cores para identificação de tubulações e NBR 12176 – Cilindros para gases identificação do conteúdo:
a) Vermelho Para distinguir e indicar locais, equipamentos e aparelhos de proteção e combate a incêndio;
b) Amarelo Para indicar “Cuidado”, assinalando acidentes de pisos, partes salientes, e constituindo o fundo de letreiros e avisos de advertência;
c) Branco Para assinalar a localização de coletores de resíduos e bebedouros, áreas de armazenagem, áreas em torno dos equipamentos de socorro de urgência, de combate a incêndio ou outros equipamentos de emergência, zona de segurança, etc;
d) Preto Usado em coletores de esgoto ou lixo e em substituição ao branco ou combinado a este, quando condições especiais o exigirem;
e) Laranja Significa «Alerta” e é usada para identificar partes móveis de máquinas e equipamentos, face interna de caixas protetoras de dispositivos elétricos, etc;
f) Verde Caracteriza “Segurança” e deverá ser empregado para identificar portas de entrada de salas de curativos de urgência, caixas de equipamentos de socorro de urgência, caixas contendo máscaras contra gases, dispositivos tais como chuveiros, lava-olhos, saídas de emergências, quadros para exposição de cartazes, boletins, avisos de segurança, etc.
g) Azul É utilizado para indicar “Cuidado” ficando o seu emprego limitado a avisos contra uso e movimentação de equipamentos que deverão permanecer fora de serviço;
h) Púrpura Para indicar os perigos provenientes das radiações eletromagnéticas penetrantes de partículas nucleares tais como: portas e aberturas que dão
acesso a locais onde se manipulam ou armazenam materiais radioativos ou materiais contaminados pela radioatividade, recipientes de materiais radioativos ou de refugos de materiais e equipamentos contaminados, etc.
3 – RESULTADOS E APRESENTAÇÃO DOS DADOS
Funcionários da área de saúde sempre estiveram expostos a inúmeros microorganismos patogênicos. Na década de 70, os surtos de hepatite B em hospitais brasileiros dava início ao reconhecimento da necessidade de práticas de prevenção mais eficazes contra a contaminação ocupacional.
Uma década mais tarde, a descoberta do vírus da imunodeficiência humana (HIV) mostrou o quão valioso eram as precauções adotadas anteriormente pois impediram que trabalhadores da área de saúde adquirissem a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA; no inglês, AIDS) pois as vias de contaminação eram as mesmas do vírus da hepatite B.
O vírus da hepatite B responde por 30% do risco associado a exposição transcutânea ao sangue de pacientes infectados, seguido pelo vírus da hepatite C (5%) e pelo HIV (0,3%).
Existem outros agentes biológicos causadores de doenças transmissíveis que, embora em menor grau, também apresentam risco aos trabalhadores de laboratórios, como o vírus herpes simples, os vírus das hepatites não -A, não -B; o Mycobacterium tuberculosis (agente etiológico da tuberculose), etc.
Na área da saúde a exposição aos agentes biológicos se dá mais
frequentemente pela via percutânea devido perfuração da pele com agulha contaminada ou incisão acidental com objetos cortantes. Nos laboratórios os
acidentes podem ocorrer no momento da venopunção , na tentativa de recapar a agulha (método desaconselhado hoje) ou em caso de ferimento causado por cacos cortantes provenientes da quebra de algum frasco contento material infectado.
Agulhas que não foram adequadamente descartadas podem permanecer no campo de trabalho e propiciar acidentes.
O contato de infectantes com a pele (no caso de haver descontinuidade cutânea por dermatites, ferimentos, etc.) ou mucosas, é outra via potencial de contaminação. A via inalatória pode ser porta de entrada quando o trabalhador lida diretamente com pacientes, geralmente no momento de coleta do material orgânico para exame.
Em 1988 o centro para controle de doenças de Atlanta, nos EUA (no inglês: Center for Disease Control - CDC) publicou a lista dos fluidos corpóreos para os quais se aplicam precauções: sangue, líquido cérebro-espinhal, líquido pleural, líquido sinovial, fluido pericárdico, fluido peritoneal, fluido amniótico, sêmen, secreção vaginal e sangue.
Segundo o CDC, as precauções não se aplicam a urina, fezes, leite humano, saliva, secreções nasais, pus, suor, lágrimas ou vômito, exceto se contiverem sangue. Além destas amostras biológicas, aerossóis, poeira, alimentos, água e instrumentos de laboratório também podem conter microrganismos infectantes.
A classificação e identificação das fontes e riscos biológicos do LACbio estão apresentadas na Tabela 3.
Tabela 5 – Riscos Biológicos identificados no Laboratório de Análises Clínicas Biocenter
Como observado na tabela, o LACBio necessita de procedimentos para o trabalho com microrganismos que exijam nível 2 de biossegurança (NB 2). Nas salas A e B não foram encontradas cabines de segurança biológica (CBS) para a manipulação dos agentes infecciosos
2.1 Local de Estudo
O estudo foi realizado no Laboratório de Análises Clínicas (X), situado no município de Santa Rosa de Viterbo - SP, na Rua Bahia, número 133.
Figura 1. Localização do laboratório X no município de Santa Rosa de Viterbo/SP. (Fonte: Google Maps)
O Laboratório X é um completo centro de análises clínicas e referência em medicina diagnóstica. Faz parte de um grupo de laboratórios especializados em exames nas áreas de Bioquímica, Hormônios, Imunologia, Microbiologia, Sorologia, Urinálise, Parasitologia, Hematologia Hemostasia, Banco de Sangue, Citologia Esfoliativa, Citometria de Fluxo, Toxicologia e Biologia Molecular.
Com uma das melhores e mais modernas estruturas laboratoriais, o Laboratório X possui unidades de processamento com ampla estrutura e postos de coleta que estão distribuídos em toda a região.
Os diferenciais da empresa se baseiam em um trabalho sério, com credibilidade e precisão nos resultados. Para isso, participa do PNCQ - Programa Nacional de Controle de Qualidade, realizado anualmente e ainda capacita suas equipes por meio de treinamentos contínuos.
2.2 Participantes do Estudo
Fizeram parte da pesquisa 6 dos 7 funcionários do Laboratório X. A idade variou de 22 a 40 anos, destes 6 do sexo feminino e 0 do sexo masculino, com tempo de serviço entre 8 meses a 5 anos.
 
2.3 Coleta dos Dados
Os dados foram coletados através da aplicação de questionários específicos para cada setor:
• Recepção (auxiliares administrativas)
• Coleta e Produção
• Analistas Clinicas
• Limpeza, Lavagem e Esterilização
Os questionários tiveram o intuito de pesquisar a percepção de riscos de cada ambiente, as práticas desenvolvidas, os agentes biológicos, químicos e físicos que os colaboradores tinham contato. Dados como a utilização de equipamentos de proteção individual e coletiva também foram levantados nos questionários.
Além disso, um estudo minucioso foi realizado em cada ambiente de trabalho no sentido de propor procedimentos padrões ou mudança de práticas.
Para fortalecer a observação do processo de implantação de Biossegurança foi realizada consulta interna como forma de ter um desenho do fluxo de amostra e uso de EPI’s, elegendo os setores que estão em maior contato com agentes biológicos porque eles detêm a maior quantidade de pessoas que utilizam EPI’s e fluxo de amostras.
3 RISCOS
Os riscos ocupacionais podem ser entendidos como condições no ambiente de trabalho capazes de provocar danos à saúde ou integridade física do trabalhador. Os riscos laborais variam dentro das diversas atividades profissionais, podendo assim, traçar um “perfil” dos riscos inerentes a cada tipo de ocupação. O controle destes riscos depende do seu reconhecimento; sendo assim, o estudo dos diferentes ambientes de trabalho se faz mandatório para que se possa atuar de forma eficaz na prevenção e promoção da saúde do trabalhador.
Neste contexto, os fatores que destacam-se são os de ordem física e funcional, os quais são muitas vezes responsáveis por incidentes, acidentes e exposição a doenças ocupacionais. Segundo Concepción (2001), um incidente é representado por qualquer alteração na rotina, que ocasiona em perdas materiais e de produtos, quebras de equipamentos e instrumentos, vazamentos, contaminações e escapes de substâncias; um acidente é caracterizado pela lesão à um trabalhador, ocasiona-do por uma exposição que pode levar a doenças ocupacionais.
O trabalho laboratorial pode expor laboratoristas, pessoas em geral e até o meio ambiente a diferentes tipos de riscos. A Portaria nº 5 de 18/08/1992 do Departamento Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador (DNSST) do MTb classifica os riscos ambientais em cinco grupos:
3.1 Riscos físicos
Os riscos físicos são aqueles provocados por algum tipo de energia. Geral-mente envolvem equipamentos que produzem temperaturas muito altas ou baixas, as radiações, pressões anormais, vibrações, ruídos, umidade e campos elétricos.
Os riscos físicos que podem ser encontrados em laboratórios de análises clínicas são o ruído e o calor. Umidade, vibração, radiações ionizantes e frio não se aplicam a laboratórios.
3.2 Riscos químicos
Os riscos químicos envolvem substâncias tóxicas, explosivas e inflamáveis, substâncias corrosivas, substâncias irritantes e nocivas, substâncias oxidantes, lí-quidos voláteis e substâncias cancerígenas.
Os acidentes de laboratórios com substâncias químicas são comuns e bastante perigosos. Cuidados e precauções devem ser tomadas no manuseio, transpor-te e preparação das soluções e reagentes químicos. Todo acidente tem uma causa ou causas associadas. Portanto
todo acidente pode ser prevenido, exceto aqueles de origem natural.
3.3 Riscos ergonômicos
Os riscos ergonômicos envolvem elementos físicos e organizacionais que interferem no conforto e saúde como postura inadequada no trabalho, iluminação e ventilação inadequados, jornada de trabalho prolongada, monotonia; esforços físicos intensos repetitivos; assédio moral (efeito psicológico); lesões: calor localizado, choques, dores, dormência, formigamentos, fisgadas, inchaços, pele avermelhada, e perda de força muscular.
3.4 Riscos de acidentes
Os riscos de acidentes são relacionados ao aparecimento de lesões corporais ou perturbações funcionais em decorrência do trabalho exercido no laboratório. Pode ser classificado como risco primário, quando os materiais usados são a própria fonte de risco (Ex. manipular um frasco de éter, materiais perfuro cortantes, etc.), ou risco secundário, quando a não adoção de práticas de biossegurança laboratorial aumentam o risco de acidentes (Ex. frasco de éter colocado próximo a fonte de calor, material perfuro-cortantes descartado em lixos comuns e o não gerenciamento dos resíduos.
3.5 Riscos Biológicos
Os riscos biológicos são decorrentes da exposição a produtos de origem vegetal ou animal e microrganismos, tais como vírus, leveduras, protozoários, metazoários, bactérias e fungos, veiculados através de amostras de sangue, urina, secreções, poeira, alimentos e instrumentos de laboratório. Os riscos biológicos envolvem patogenicidade, resistência a antibióticos; resistência a processos de esterilização e virulência. Também englobam os trabalhos com organismos geneticamente modificados.
5 Conclusões
• Foram identificados que os agentes geralmente encontrados nas análises biológicas realizadas no Laboratório X pertencem a Classe de Risco 2, caracterizando este laboratório como de Nível de Biossegurança 2.
• A manipulação e armazenamento de substâncias químicas no Laboratório X estão dentro das normas de biossegurança.
• A totalidade dos funcionários (100%) relatou que já participou de algum treinamento sobre biossegurança.
• cem por cento (100%) dos funcionários relatou nunca ter sido exposto a risco biológico.
• Foi detectado que 100% das pessoas que responderam ao questionário relataram não ter problemas com calor ou frio excessivo no ambiente de trabalho, 100% relataram não ter problemas de postura e 17% problemas com ruído durante a jornada de trabalho.
• O manejo de resíduos no Laboratório X atente as normas de biossegurança estabelecidas com total conhecimento dos procedimentos a serem adotados pelos funcionários responsáveis
• Não foram identificados riscos ergonômicos associados ao trabalho desenvolvido no Laboratório X, mas vale ressaltar que 33% dos entrevistados declarou suas atividades monótonas e com excesso de responsabilidade devido a serem feitas diariamente as mesmas funções.
• Foram identificados riscos biológicos no Laboratório X no que diz respeito a manipulação de soluções ou material biológico com microorganismos, seja por falha no procedimento ou ausência de equipamentos de proteção individual;
• O diagnóstico das condições de biossegurança do Laboratório X forneceram subsídios para a análise e sinalização dos riscos e construção dos mapas de risco com colaboração efetiva dos funcionários que trabalham em cada ambiente para que os mesmo tenho a plena consciências dos risco que estão sendo expostos.
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