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Revisão teorias da comunicação

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Textos:
Objeto de comunicação/A comunicação como objeto
Primeiros estudos da comunicação
A pesquisa norte-americana
Teoria Hipodérmica
Teoria Two Step Flow
Escola de Chicago
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Teoria da comunicação são estudos acadêmicos que pesquisam os efeitos, origens e funcionamento do fenômeno da Comunicação Social em seus aspectos tecnológicos, sociais, econômicos, políticos e cognitivos. Englobam psicologia, filosofia e sociologia, dependendo do tipo de abordagem e dos objetivos da pesquisa.
Os estudos em Comunicação Social começaram com a crescente popularização das tecnologias midiáticas e seu uso durante as experiências totalitárias da Europa. Em sua primeira fase, concentraram suas atenções sobre as mensagens da mídia e seu efeito sobre os indivíduos; na segunda, enfatizaram o processo de seleção, produção e divulgação das informações através da mídia.
Qual o objeto da Comunicação?
Dimensão empírica: os objetos técnicos, como tv, jornal, revista, outdoor e etc. 
Para Vera Veiga França, “o objeto da comunicação não são os objetos ‘comunicativos’ do mundo, mas uma forma de identificá-los, de falar deles – ou de construí-los conceitualmente”. As formas de comunicação precisam ser captadas para serem compreendidas, desse modo, será diferente para cada indivíduo de acordo com a sua realidade. O objeto está relacionado com a história da humanidade. Não foi inventado pela imprensa, TV ou Internet. O objeto da comunicação está relacionado com o modo como as pessoas (a sociedade, o público) se relacionam com os meios de comunicação de massa, como a televisão, rádio, revista, outdoor, jornais e internet, ou seja, com tudo que podemos ver ouvir e tocar.
Muitas abordagens que visam definir o objeto da Comunicação ora tendem a centrar-se nos meios de comunicação como objeto primordial desse campo, ora voltam-se para a cultura como o substrato dos estudos comunicacionais.
Mas é possível pensá-los separadamente, sem complementaridade?
MEIOS TÉCNICOS - Ênfase no determinismo tecnológico, em que a técnica prevalece sobre a cultura.
CULTURA DE MASSA-Ênfase nas práticas culturais, independente da sua materialidade.
A Comunicação representa um processo social primário, com relação ao qual os chamados meios de comunicação de massa são simplesmente a mediação tecnológica: em suas extremidades se encontram as pessoas, o mundo da vida em sociedade”. Comunicação compõe um processo básico para a prática das relações humanas, assim como para o desenvolvimento de personalidade individual e do perfil coletivo, pela comunicação o indivíduo se faz pessoa.
Assim, para além dos objetos técnicos, comunicação é um conceito: uma forma de apreensão, uma representação das diferentes práticas, uma forma de concebê-las e conhecê-las. O conhecimento é a capacidade de percepção e análise do objeto. A dificuldade da teoria da comunicação enquanto ciência é o protagonismo da prática antes da teoria. Teoria é o estudo sistematizado através de um corpo de ideias.
Conhecimento
Existem várias formas de conhecer o mundo: pela nossa vivência, pelas informações que recebemos, pela fruição artística, pelas experiências místicas ou espirituais. No caso da ciência, trata-se de conhecer o mundo através de um trabalho sistemático de pesquisas e 
Estudos que utilizam métodos científicos.
O que é paradigma?
Paradigma pode ser entendido por um exemplo, um modelo, uma referência, uma diretriz, um parâmetro, um rumo, uma estrutura, ou até mesmo ideal. Algo digno de ser seguido. Podemos dizer que um paradigma é a percepção geral e comum - não necessariamente a melhor - de se ver determinada coisa, seja um objeto, seja um fenômeno, seja um conjunto de ideias. Ao mesmo tempo, ao ser aceito, um paradigma serve como critério de verdade e de validação e reconhecimento nos meios onde é adotado. Conceito das ciências e da epistemologia que define um exemplo típico ou modelo de algo. É a representação de um padrão a ser seguido. É um pressuposto filosófico, matriz, ou seja, uma teoria, um conhecimento que origina o estudo de um campo científico; uma realização científica com métodos e valores que são concebidos como modelo; uma referência inicial como base de modelo para estudos e pesquisas.
Paradigma são conceitos criados pela sociedade afim de justificar falhas e sucesso, certo e errado, tais podem causar sérios problemas na vida do ser humano pois muitos se prendem neles e os fazem regras de cabeceira... 
Ex: 
No Brasil a direção dos carros fica do lado esquerdo. Eis o nosso paradigma para isso. Na Inglaterra a direção fica do lado direito, ou seja, outro paradigma. 
Sete paradigmas destacam-se nos estudos teóricos da comunicação de acordo com o texto ‘’Conhecimento cientifico da comunicação’’. Dois desses modelos são: Paradigma midiológico e Paradigma Culturológico. 
A economia brasileira serviu de paradigma para a economia do Haiti. = a economia brasileira serviu de modelo para a economia do Haiti.
O que é senso comum?
Senso comum é o modo de pensar da maioria das pessoas, são noções comumente admitidas pelos indivíduos.
Significa o conhecimento adquirido pelo homem partir de experiências, vivências e observações do mundo.O senso comum se caracteriza por conhecimentos empíricos acumulados ao longo da vida e passados de geração em geração.
Polos de investigação: Polo epistemológico; Polo teórico; polo retórico; polo técnico
A escola norte-americana
As pesquisas surgiram nos Estados Unidos em meio aos estudos dos processos comunicacionais com enfoque microssociológico da cidade como local de observação. Pesquisadores como Robert Ezra Park, Burgess, Cooley e outros reunidos em torno da Escola de Chicago elaboravam estudos sobre os meios de comunicação e os efeitos deles no social. 
Por outro lado, Charles Sanders Peirce, pesquisador, cientista, filósofo e matemático norte-americano inaugura uma ciência denominada Semiótica, a ciência dos signos: ícone, índice e símbolos. Isso significa que as pesquisas norte-americanas aconteceram simultânea e sucessivamente, sem ordem linear ou de importância e dividiam espaços com muitas outras áreas do saber. 
Em 1930, Herbert Blumer (1900-1987), sociólogo com importantes contribuições à Psicologia Social e às Ciências da Comunicação, também membro da Escola de Chicago, inaugura, a partir das ideias de George Herbert Mead, o termo Interacionismo Simbólico.
Até a década de 60, essas teorias eram ‘’marginais’’, uma vez que dos anos 20 aos 60 os estudos norte-americanos foram marcados pela hegemonia da Mass Communication Research
Todas essas linhas (Escola de Chicago, Semiótica e Herbert Blumer) tem três características comuns que permitem ser agrupadas:
Orientação empírica dos estudos, com enfoques que privilegiam a dimensão quantitativa.
Orientação pragmática, mais politica que cientifica. 
As pesquisas em comunicação desta tradição de estudos têm origem em demandas instrumentais do Estado, das forças armadas ou dos grandes monopólios da área de comunicação de mass e têm por objetivo compreender como funcionam os processos comunicativos com o objetivo de otimizar seus resultados.
Objeto de estudo: estudos voltados para a comunicação mediática.
A obra de Lasswell, Propaganda Techniques in the world war, publicada em 1927, costuma ser identificada como marco inicial do Mass Comunication Research
A massa
Os indivíduos são compreendidos como átomos isolados, que, no entanto, fazem parte de um corpo maior, a massa, criada pelos meios de comunicação. Isso tornaria impossível a emergência de respostas individuais ou discordantes do estímulo.
Mas o que é essa ‘’sociedade de massa’’? Sociedade de massa é um termo ‘’guarda-chuva’’:
Para o pensamento político oitocentista, a sociedade de massa é consequência de industrialização progressiva, da revolução dos transportes e do comércio. Estes processos causam a perda de exclusividade por partes das elites que se veem exposta as massas.
Em comum em todas as abordagens está a visão de que ‘’a
massa é constituída por um conjunto homogêneo de indivíduos que, enquanto seus membros, são essencialmente iguais, indiferenciáveis, mesmo que provenham de ambientes diferentes, heterogêneos, e de todos os grupos sociais’’. Além disso, a massa é composta por pessoas que não se conhecem, que estão separadas uma das outras no espaço e que tem pouca ou nenhuma possibilidade de exercer uma ação ou influência recíproca.
O isolamento do indivíduo na massa anônima é o pré-requisito da primeira teoria do mass media(a teoria hipodérmica). E esse isolamento não é somente físico e espacial. Como aponta Blumer, os indivíduos – na medida em que são componentes da massa – estão expostos a mensagens, conteúdos e acontecimentos que vão para além da sua experiência, que se referem a universos com um significado e um valor que não coincidem necessariamente com as regras do grupo em que o indivíduo faz parte.
A escola de Frankfurt se define como uma ampla teoria critica sobre a sociedade. Ela teve como influencia a crescente importância dos fenômenos de mídia e da cultura de mercado na formação do modo de vida contemporâneo. Entre os principais pensadores que inspiraram a base da fundamentação da teoria critica estão Karl Marx e Freud.
A partir das premissas da Mass Comunication Research, temos 3 teorias principais que são: Teoria Matemática, Corrente Funcionalista e Teoria Hipodérmica.
Teoria Matemática 
A Teoria Matemática da Comunicação também é conhecida como Teoria da Informação. As críticas que podemos fazer a teoria matemática: é linear, não está preocupada com a sociedade, a sociedade não está representada.
Sua representação é feita desta forma:
Fonte de Comunicação => Transmissor => Canal => Receptor => Destino
Nesse processo não foi analisada a interação de quem recebe com quem transmitiu. Entretanto, foi um estudo importante para a época de sua elaboração.
“A Comunicação é apresentada como um sistema no qual uma fonte de informação seleciona uma mensagem desejada a partir de um conjunto de mensagens possíveis, codifica esta mensagem transformando-a num sinal passível de ser enviada por um canal ao receptor, que fará o trabalho do emissor ao inverso. Ou seja, a comunicação é entendida como um processo de transmissão de uma mensagem por uma fonte de informação, através de um canal, a um destinatário”
A Teoria Matemática, como se pode ver, não está preocupada com a inserção social da comunicação. Sua influência sobre a pesquisa em comunicação está na definição de um modelo de fenômeno comunicativo, modelo esse que compõem a Mass Communication Research”. 
Para esta Teoria só são destacados os fatores que criam esse processo comunicativo, mas não são evidenciados os efeitos da sua dinâmica. É a “máquina da produção de informações”.
Corrente Funcionalista
Questão-programa elaborada por Lasswell nos anos 30 - Busca tentar formalizar o processo de comunicação, a partir da questão-programa, consiste em responder as questões: Quem? Diz o que? Em que canal? Para quem? Com que efeito?
Desenvolvida a partir dos estudos de Laswell, visa a reflexão sobre a função dos meios de comunicação de massa na sociedade. A corrente funcionalista busca compreender as relações entre indivíduo, a sociedade e os meios de comunicação de massa. 
As funções atribuídas a comunicação são: Funções de vigilância (informativo de alarme); de correlação das partes da sociedade (integração); de transmissão de herança cultural/social (educativo) 
Assim como as funções, existem as disfunções com destaque para a disfunção narcotizante: O fato do fluxo informativo dos meios de comunicação de massa circular livremente pode ameaçar a estrutura fundamental da própria sociedade. Quando o excesso de informação prejudica. É o efeito que o excesso de informações causa sobre as "massas", tornando as pessoas menos críticas devido ao grande volume de dados a que têm contato.
Teoria Hipodérmica
Voltado para os estudos sobre os efeitos da comunicação sobre os indivíduos, estudos semelhantes como teoria da bala mágica.
Duas Influências:
Teoria da sociedade de massa: Na sociedade industrial do século XX, os indivíduos estão isolados física e psicologicamente.
Behaviorismo: A ação humana é uma resposta a um estímulo externo. Palavra do inglês: behavior = comportamento
Toda resposta é um estimulo externo.
A teoria hipodérmica está alocada na subdivisão da comunicação denominada comunicação de massa, e opera da seguinte forma: Supõe-se que uma mensagem midiática enviada a um público de massa afeta da mesma maneira todos os indivíduos.
Os conceitos da teoria hipodérmica foram elaborados pela escola-norte americana na década de 1930, e os objetivos do desenvolvimento deste modelo da teoria da comunicação giravam em torno da busca por uma maneira de compreender as influências da comunicação no comportamento da população para a partir disto ser possível pensar estratégias para exercer influência comportamental sobre o povo.
Também conhecida por teoria da bala mágica, a teoria hipodérmica é assim definida por basear-se da suposição de que todo estimulo causado por uma mensagem enviada terá resposta (behaviorismo), sem encontrar resistência do receptor, como o disparo de uma arma de fogo ou uma agulha hipodérmica que perfuram a pele humana sem dificuldade. A passividade do receptor é a principal característica do indivíduo nesta teoria.
A teoria hipodérmica é tida como limitada, porque consideram a massa de indivíduos receptores completamente homogênea, desconsiderando qualquer particularidade social, política, religiosa ou histórica. Todos os indivíduos são pensados como equivalentes e presume-se que recebem as mensagens da mesma forma.
A teoria hipodérmica logo ficou defasada, pois deixava a desejar do não tratar com devida importância as especificidades socioculturais dos sujeitos, por isso logo surgiram outras teorias, melhoramentos da mesma.
Desdobramentos da teoria hipodérmica
Abordagem de persuasão; Teoria dos efeitos limitados; Modelo two step flow; Correntes dos usos de gratificações; Agenda Setting.
Abordagem de persuasão: Investigações empírico-experimentais, entre a ação dos meios e os efeitos, atua uma série de processos psicológicos.
Teoria dos efeitos limitados: Abordagem sociológica e psicológica; as interações no âmbito interpessoal são tão (ou mais) eficientes do que as de comunicação de massa; a mídia é apenas uma das esferas da vida social, como escolas e igrejas.
Modelo two step flow: A partir dos estudos dos fatores de mediação entre os sujeitos e os meios de comunicação de massa, descobre-se a importância dos ‘’líderes de opinião’’. Fluxo de dois níveis: dos meios aos líderes e dos líderes as demais pessoas. Ela enfatiza o papel dos formadores de opinião comunitários como construtores da opinião pública. Assim, o two step flow, também conhecido como modelo de dois tempos, mostra que a influência dos meios de comunicação é seletiva, depende de opiniões preexistentes e das relações interpessoais do receptor. As reações variam de individuo para indivíduo e a ideia de que a sociedade é representada por uma grande massa homogênea já não existe mais. A eficácia da notícia e seus efeitos agora dependem da credibilidade do comunicador, que tem o poder de sensibilizar os seus receptores distribuídos em pequenos grupos.
Correntes dos usos de gratificações: Da questão ‘’o que os meios fazem com as pessoas’’ os estudos voltam-se para a pergunta: ‘’O que as pessoas fazem com os meios?’’Reflexão sobre as apropriações que os receptores fazem dos conteúdos. 
Agenda Setting: Também conhecida como Teoria dos efeitos a longo prazo; os meios não causam efeitos diretos, mas alteram a forma do indivíduo de perceber o mundo, ao invés de dizer as pessoas ‘’como pensar’’ sobre determinado tema (efeitos diretos), dizem ‘’sobre o que pensar’’.
A desconstrução do paradigma hipodérmico possibilita o fortalecimento de correntes de estudo com pressupostos diversos, como: Escola de Chicago; Escola de Palo Alto.
Escola de Chicago
A escola Sociológica de Chicago, ou
Escola de Chicago, surgiu nos Estados Unidos, na década de 1910, por iniciativa de sociólogos americanos que integravam o corpo docente do Departamento de Sociologia da Universidade de Chicago, fundado pelo historiador e sociólogo Albion W. Small.
Tanto o Departamento de Sociologia como a Universidade de Chicago receberam inestimável ajuda financeira do empresário norte-americano John Davison Rockefeller. Entre 1915 e 1940, a Escola de Chicago produziu um vasto e variado conjunto de pesquisas sociais, direcionado a investigação dos fenômenos sociais que ocorriam especificamente no meio urbano da grande metrópole norte-americana.
Com a formação da Escola de Chicago inaugura-se um novo campo de pesquisa sociologia, centrado exclusivamente nos fenômenos urbanos, que levara a constituição da chamada Sociologia Urbana como ramo de estudos especializados.
Contexto histórico
O surgimento da Escola de Chicago está diretamente ligado ao processo de expansão urbana e crescimento demográfico da cidade de Chicago no inicio do século 20, resultado do acelerado desenvolvimento industrial das metrópoles do Meio-Oeste norte-americano.
Como decorrência desse processo, Chicago presenciou o aparecimento de fenômenos sociais urbanos que foram concebidos como problemas sociais: o crescimento da criminalidade, da delinquência juvenil, o aparecimento de gangues de marginais, os bolsões de pobreza e desemprego, a imigração, e com ela, a formação de várias comunidades segregadas (os guetos).
Todos esses problemas sociais (na época se utilizava o termo ‘’patologia social’’) se converteram nos principais objetos de pesquisa para os sociólogos da Escola de Chicago. O mais importante a destacar é que os estudos dos problemas sociais estimulara a elaboração de novas teorias e conceitos sociológicos, além dos novos procedimentos metodológicos.
Ecologia humana
Robert Ezra Park, considerado o grande ícone e precursor dos estudos urbanos, Ernest Watson Burgess e Roderick Duncan McKenzie elaboraram o conceito de ‘’ecologia humana’’, a fim de sustentar teoricamente os estudos da sociologia urbana.
O conceito de ecologia humana serviu de base para o estudo do comportamento humano, tendo como referência a posição dos indivíduos no meio social urbano. A abordagem ecologia questiona se o habitat social (ou seja, o espaço físico e as relações sociais) determina ou influencia o modo e o estilo de vida dos indivíduos.
Em outras palavras, a questão central é saber até que ponto os comportamentos desviantes (por exemplo, as várias formas de criminalidade) são produtos do meio social em que o indivíduo está inserido)
Considerando, então, a cidade como um amplo e complexo ‘’laboratório social’’, as pesquisas sociológicas foram marcadas pelo uso sistemático dos métodos empíricos (para a coleta de dados e informações sobre as condições e os modos de vida urbanos)

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