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ANTONIA FABIOLA BRAGA AVELINO CICERO DE SOUSA OLIVEIRA DANIEL SOUSA OLIVEIRA MÔNICA VIRGIANE T. DE MORAIS SOARES Sistema WDM de 4 canais Tauá-CE 2015 Sumário 1. Introdução .................................................................................................. 3 2. Objetivo Geral ........................................................................................... 4 3. Funcionalidade dos dispositivos no sistema WDM . Erro! Indicador não definido. 3.1. Transmissor Óptico ............................................................................ 5 3.2. Transponder ........................................................................................ 5 3.3. Multiplexador/Demultiplexador Óptico .............................................. 5 3.4. Fibra Óptica ......................................................................................... 6 3.5. Amplificador Óptico ............................................................................ 6 3.6. Receptor Óptico .................................................................................. 7 4. Procedimentos e Resultados .................................................................... 8 5. Conclusão ................................................................................................ 15 6. Referências Bibliográficas ...................................................................... 16 1. INTRODUÇÃO Objetivando se tornar mais eficiente o uso de fibras ópticas, por volta de 1990, foi desenvolvida a tecnologia WDM (Wavelength Division Multiplexing). WDM, é um sistema de rede óptica que utiliza a técnica de multiplexação por divisão de comprimento de onda (cores), que possibilita a transmissão de vários feixes de luz em frequências diferentes numa mesma fibra óptica, possibilitando um incremento na banda de transmissão superior a 100 vezes. O sistema funciona com um multiplexador que junta os vários comprimentos de onda dos transmissores ópticos e disponibiliza uma saída para ser transmitida por uma única fibra óptica. Na outra extremidade da fibra óptica que pode estar a dezenas de quilômetros de distância, utiliza-se um demultiplexador que separa os vários comprimentos de onda em saídas diferentes para serem conectadas nos receptores ópticos. Os sinais a serem transmitidos nos diferentes comprimentos de onda podem possuir formatos e taxas de bit diferentes, o que promove uma maior transparência aos sistemas de transporte. Cada sinal pode ser formado por fontes de dados (texto, voz, vídeo, etc.) diferentes e é transmitido dentro de seu próprio comprimento de onda. Assim, o WDM carrega os sinais de maneira independente uns dos outros, significando que cada canal possui sua própria banda dedicada. Os primeiros sistemas WDM usavam dois comprimentos de onda: 1310nm e 1550nm. Os avanços tecnológicos em amplificadores ópticos e lasers permitem agora a utilização de comprimentos de onda mais próximos, sendo possível ter sistemas com 16, 32 ou 40 comprimentos de onda na mesma fibra. Estes sistemas são conhecidos por sistemas DWDM (Dense Wavelength Division Multipiexing). Combinando as técnicas de TDM e DWDM é possível obter uma capacidade de cerca de 100Gbps por fibra óptica. A inovação tecnológica provinda do DWDM é uma tecnologia de acesso a alta velocidade e eliminação do loop local. Além disso a introdução do DWDM aumenta em magnitude a largura de banda possível numa fibra óptica. Um sistema básico DWDM é composto por transmissor e receptor óptico, transponders, multiplexador, amplificador, demultiplexador. 2. OBJETIVO GERAL Simular em um sistema DWDM no software OptSystem, utilizando uma frequência 192.1 – 192.4 THz, com um comprimento do link óptico de 200km, um filtro passa baixa Gaussiano, um laser CW, Fotodiodo PIN, com a finalidade de transmitir e receber uma sequência de bit 10011100. . 3. FUNCIONALIDADE DOS DISPOSITIVOS NO SISTEMA WDM 3.1. Transmissor Óptico O Transmissor Óptico é formado por um dispositivo emissor de luz e circuito eletrônico. O dispositivo emissor de luz realiza a conversão eletro-óptica dos sinais, sendo em geral um diodo laser (DL) ou um diodo Eletroluminescente (LED). O driver é um circuito eletrônico responsável pelo controle da polarização elétrica e da potência luminosa transmitida pelo dispositivo emissor. Os Transmissores Ópticos têm como função converter dados elétricos em bits ópticos necessários para transmissão. 3.2. Transponder De acordo com a definição da ITU-T (União Internacional de Telecomunicações), um transponder é um dispositivo que combina um transmissor e um receptor (transceptor), com ou sem recuperação de pulso e ajuste de temporização, que converte um sinal óptico em outro sinal óptico por uma transformação em sinal elétrico. Numa definição um pouco mais detalhada, um transponder óptico é composto por dois transceptores, um que transmite e recebe os sinais ópticos num comprimento de onda padrão e outro que transmite e recebe os sinais em outro comprimento predeterminado. A conexão entre os transceptores é elétrica. O transponder é capaz de monitorar a perda do sinal de entrada, a potência do sinal de saída fora da faixa, temperatura do laser fora da faixa e corrente do laser degradada. Os tipos de transponders são: Terminal, Regenerador, MuxPonder e Combiner 10 GBE. 3.3. Multiplexador/Demultiplexador Óptico Combina / Separa os sinais ópticos. Os sistemas DWDM necessitam de equipamentos capazes de combinar sinais que provêm de várias fontes emissoras, para que sejam transmitidos por uma única fibra. Assim, os multiplexadores convergem sinais de diversos comprimentos de onda em um único feixe. Nos receptores, temos equipamentos demultiplexadores, que possuem a função de separar o feixe recebido em suas várias componentes de comprimento de onda. A estrutura dos multiplexadores e demultiplexadores é basicamente a mesma, mas em um enlace DWDM, são colocados em direções opostas. Nestes dispositivos, é necessário minimizar a interferência entre canais e maximizar a separação entre eles. Principais características de OMUX/ODMUX: A perda de inserção entre a entrada e saída deve ser baixa (entre 1,5 e 6,5 db); Os filtros devem possuir um corte brusco para evitar diafonia de canais adjacentes 3.4. Fibra Óptica Fibra Óptica é o meio onde a potência luminosa, injetada pelo emissor de luz, é guiada e transmitida até o fotodetector. É formada por um núcleo de material dielétrico (vidro) e por uma casca de material dielétrico (vidro ou plástico). Esta estrutura é encapsulada por plásticos de proteção mecânica e ambiental. É a mídia de transmissão que transporta os pulsos ópticos; 3.5. Amplificador Óptico Em sistemas de transmissão de dados por fibras ópticas a longas distâncias, o sinal transmitido precisa ser amplificado após percorrer uma certa extensão da fibra. Pode-se utilizar um repetidor elétrico como amplificador. O repetidor irá converter o sinal óptico em sinal elétrico através de um fotodiodo e irá amplificá-lo, reconvertendo-o em sinal óptico. No caso de sistemas DWDM, que se trata de um sistema multi-canal, temos que cada canal requer, separadamente, uma conversão óptica-elétrica, seguida da amplificação e reconversão elétrica- óptica. Os amplificadores ópticos são dispositivos que têm a finalidade de amplificar um sinal fraco e distorcido, objetivando a regeneração desse sinal. Os Amplificadores ópticos podem ser: Pré-amplificador – amplifica os sinais ópticos no lado da recepção, melhorando a sensibilidade. Baixo ruído; Amplificador de Potência – amplifica os sinais do lado do transmissor.Aumenta potência injetada na fibra. Alta potência de saída; Amplificador em linha (ILA) – é instalado na linha a diversas distâncias dos transmissores com a finalidade de recuperar o formato do sinal, degradado devido a perdas na fibra. O amplificador óptico mais conhecido é o EDFA (Erbium-Doped Fiber Amplifier). O érbio é um elemento que emite luz quando excitado. Esse amplificador, recebe um sinal fraco e uma luz de comprimento de onda de 980 nm ou 1480 nm é injetada por um laser. Isso estimula os átomos do érbio a liberar a energia armazenada como luz de 1550 nm. Este processo é contínuo através da fibra e, por isso, o sinal aumenta fortemente. No entanto, as emissões espontâneas no EDFA também adicionam ruído ao sinal transmitido. 3.6. Receptor Óptico Num sistema de transmissão de dados por fibra óptica, o receptor consiste em um fotodiodo ou fotodetector, que é um dispositivo que emite um pulso elétrico ao ser atingido pela luz, ou seja, é utilizado para a conversão óptica-elétrica. Para ser detectado, um pulso de luz precisa conduzir energia suficiente. Se o sinal transmitido possuir potência suficiente, a taxa de erros pode se tornar pequena o bastante, de forma que não afete a transmissão. No caso de sistemas DWDM, é preciso que os sinais transmitidos sejam recuperados em diferentes comprimentos de ondas sobre a fibra. Assim, os sinais ópticos são separados (demultiplexados) antes de chegar no detector. Os fotodetectores mais utilizados são o PIN e o APD. Os receptores ópticos tem como função, converter os bits ópticos na forma original de dados elétricos. 4. PROCEDIMENTOS E RESULTADOS Primeiro foi projetado um sistema de DWDM de 4 canais expresso na figura abaixo: Nos transmissores foram inseridos a sequência de bit 10011100. As frequências utilizadas para cada canal foram 192.1 a 192.4THz. Seccionamos a fibra de 200km em duas de 100km, com 2 amplificadores EDFA de 5m cada um posicionado após 100 km de cada fibra, e observamos no osciloscópio e power meter os seguintes resultados mostrado nas figuras abaixo: Propriedade do laser Propriedade do amplificador Propriedades da fibra óptica Medições no Power Meter para analisar a potência do sinal transmitido O Comportamento do espectro ficou como mostra nas figuras abaixo: Foi utilizado o Analisador WDM para analisarmos a frequência com a potência do sinal e a taxa de ruído após a multiplexação, antes da demultiplexação e depois de demultiplexado, sequencialmente. Foi inserido mais analisadores de espectro no decorrer do projeto. Esse analisador de espectro (figura abaixo) está localizado após o amplificador de linha, para analisar o espectro do sinal após a amplificação. Percebemos que havia uma grande quantidade de ruído (parte verde mostrada no gráfico) após a amplificação. Em seguida no receptor, foram utilizados um fotodiodo, um filtro passa baixas Gaussiano, um regenerador, e um analisador BER em cada receptor. Sendo que o fotodiodo é usado para detectar o sinal no receptor, o filtro passa baixas para filtrar os ruídos, o regenerador para regenerar o sinal recebido e o analisador BER para que pudesse ser analisada a taxa de erro de bit. O sinal elétrico gerado pelo fotodetector incorpora tanto o sinal óptico recebido e transformado, quanto ruídos presentes no fotodetector. Para evitar que estes ruídos interfiram na interpretação do sinal transmitido, coloca-se um filtro de sinais elétricos do tipo passa baixa, de modo que somente frequências abaixo de um dado valor, a frequência de corte, passarão pelo filtro. Como não obtivemos resultados esperados no sistema projetado acima, reprojetamos um novo com as seguintes especificações: os 200km de fibra foram divididos em três partes. A primeira, inserimos 100km de fibra e adicionamos o primeiro amplificador EDFA. Na segunda, inserimos 50km e o segundo amplificador, e na terceira, inserimos mais 50km de fibra e terceiro amplificador, todos os amplificadores com 5m. Vejamos na figura abaixo: Esquema mostrando os amplificados inserido nos 200Km de fibras Analisamos os ganhos e atenuação das potências. Analisamos nos gráficos a sequência de bits inserido no início e no final. Obtemos os resultados abaixo: Analisamos no domínio do tempo a sequência de bits, antes da multiplexação (início), depois de multiplexado (meio) e depois de demultiplexado (final), como mostra abaixo: No diagrama de olho obtivemos os seguintes resultados para os dois sistemas analisados: 1ª análise 2ª análise 5. CONCLUSÃO Concluímos que o projeto aqui executado não nos trouxe os resultados esperados, acreditamos que devido a falhas nas configurações de alguns componentes presentes no sistema. Na tentativa de obtermos melhores resultados rearranjamos os componentes do sistema de rede óptica, mesmo assim não alcançamos resultados desejados, porém obtivemos uma leve melhora se comparado ao primeiro sistema. Com essa prática tivemos a noção de como se comporta um sistema DWDM após o mesmo ser visto na teoria em sala de aula e também entender a função de cada componente aqui apresentado. 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS RIBEIRO, José A. Justino; Livro Comunicações Ópticas, Editora: Érica - 4ª Edição, São Paulo 2011; AMAZONAS, José R. de Almeida; Livro Projeto de Sistemas de Comunicações Óptica, Editora: Manole - 1ª Edição; http://www.cianet.ind.br/pt/produtos/tecnologias/tecnologia-wdm/ http://www.gta.ufrj.br/grad/04_1/wdm/wdm.html https://web.fe.up.pt/~ee97041/RBL.pdf http://www.embarcados.com.br/multiplexacao-dwdm-em-fibras-opticas/ www.sj.ifsc.edu.br/~saul/sistemas%20opticos/Capítulo%201.pdf http://www.cianet.ind.br/pt/produtos/tecnologias/tecnologia-wdm/ http://www.gta.ufrj.br/grad/04_1/wdm/wdm.html https://web.fe.up.pt/~ee97041/RBL.pdf http://www.embarcados.com.br/multiplexacao-dwdm-em-fibras-opticas/ http://www.sj.ifsc.edu.br/~saul/sistemas%20opticos/Capítulo%201.pdf
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