Buscar

CARVALHO, Olavo de Filosofia Cristã

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 30 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Filosofia Cristá
Aula 13
por Olavo de Cawalho
coleção
História
Essencial da
Filosofia
por Olavo de Carvalho
Coleçáo História Esscncial da Filosoiia
Acompanhà esLa publicacào um DvD.
nâo podc s.r vcndido separadamenle.
Inpressô nô Brâsil. agosto de 2006
Copyright o 2005 by OLaro de Caryalho
rolo olavo de Carvalho
Dditor
Edson Manoel de Oh,eiia Filho
Monique Schenleh e Dasmar Rizzolo
Dagui Desisn
lereza Ma.ia Lonrenlo Pcrcira
Os diruitos âulomis dessa edieâo perlencen à
E Realizaçócs Ednora, Livraria e Distribuido.a Ltda
CEP: 0.1010 970 Sáo Paulo SP
Tcl.Iâx: ( 11) 5572 s36l
Ernâil, eadlerealizâcoes.com br
www.ocalizâcoes com br
Reservados todos osdireltos deia db,a prôibidâ todae qualqucrrcproduçâodestaediçaontr
qúalqrermeio ou loirna scja claeLelrônica.u úeúni.i,lbló.ópi! 8Íavaçáo ou qualquerrnclo
-UFF--
Filosofia Cristá
Aula 13
por Olavo de Carvalho
coleçáo
História
Essencial da
Filosofia
ú
@!5
2006
Coleçâo Histó11a Essenciâl da Filosofia
Filosofia CÍistá - Aula 13
por Olavo de Carvalho
Como náo acÍecliio muho no ensino puramente expositivo de filo-
solia - simplesmcnte expor uma doutdna tâl cono ela está nos livros
quc a apresentam, est,aziando portânto seu problematismo. quc é uma
cêracteústicà de toda filosofia , adoto sempte o método de discuiir ao
máximo e tentar de algum moclo arguneniar. iustificar as filosofiâs na
medidado possível. O inconvenicnte disso é que a gcnte acaba àsvezes
se concentrando muito em âlgumâs e pcrdendovários detalhes queváo
licanalo pelo caminho. esquecendovários autores. sendo depois obrigâdo
a voltar um pouco atrás.
É exâtamente isso que vou fazer hojc: Íarei um reirospecto dâ filosofia
cristá, pelo mcnos até chegar a Santo Anselmo, de modo a costurar os
váriospedaços. Naaulapassada,nósnosâproiundamosiÍemendamente
nâ qüestâo da individuaçáo de Duns Scot scm dúvida. umâ questáo
import.miíssima , nlas com isso deixanros de lâdo vários passos impor
tantes da história. cntào hoje vânos voltar un pouco atrás'
Eu náo sei se csse conccito de "filosolia mcdievâ]" está muito cefto'
porque exjste umâ continuidade da filosofiâ cristA, dcsde os primeiros
pâdres até pelo menos Sâo Boaventura. É com a entrada dos escritos
de Aristóteles (que eram desconhecidos. porque até entáo se conhecia
apenâs umâ palle, a outrâ retorna através dos árabes) e só â pallir daí
que. com Sânto Albeío Magno e Sanro Tomás de Àquino. já em pleno
século XIIL a coisa loma um.l dircEâo nova e diferente.
Posso estar eüado, mas veio umâ perfeitâ continuidade da filosoíia
cristã dcsale a Patríst;câ âté pelo menos as vésperâs da chegada dos
escritos aristotélicos. Ness€ sentido, o conceito de "filosolia mcdieval''
pcdc uln pouco dc súbstãnciâ. Adenrais. tcnDs aindr o prohlcma d!
qrc..luürl. os sa rlos cm que I rtivida.lc lilos(-)lica ticou praLic:Lrrrcr-
tc cnr suspcnso no Ocidcntc. hâvltt iriÚnsa disctrssao t'rn Bizâncio. e
cssa lilosr)l'i bizantinâ lanrbó.r rnâis trrdc vai Lccúndar lodo o nrutrlo
isliirico xtrâ\tsl:la Pérsia É clrião dilícil ou lrrpossivcl. ou arÉ'irrconvc
nicnic, diviLli la cnr pcrioLlos 1i rrais lticil di!idi l.r c!n ccltas lirllngerrs
de pcrisânrcnio. que torrl i úrnr às vezcs |rl)r cinrâ dâs cras c, p€lo L cnos
i!Íclcctualmcnle. rs dcscâractcriza.r únr pouco, aprgalr unr pouco as
lronlcirxs clrirc clas.
O c ha lnad o pcrío.k) dâ PatrÍslica, por crclrrplo, qtre iria nió o sactrloV
cuLrinr evl.l.Itcrlrcntc cm Sanlo Agostinho. nlrs corrtiruarti h.Llendo
Lr.ra li,,hâscrr âgosljnia,,r (nr vcrdâde. c\iíc ata hojc). da qLrâl llrllâ
dâs cxprrssacs rrâiorcs ó S.Lo llorvcrÍLLra, um conl.nrporânco.lc Surio
1i)rnís düA.lnino Sc havirullr agostinisnro. enllo cmâ prÚpijr P.ltrísiica
qucl:lc ocúo nrodo colllinuâva viva rLli.lcrrtft).
^ 
(lilcrcnça cntrc r I'airiíioâ c â l1(olislicr scú rrai§ clc ordcnr
iI)l{lgica do quc tilos(llioâ. C(rncça.ros.t lalâr dc Íllcoiásricâ x parijr
do lnonrcnto .r. quc c\istc um rrsirn) organiza.lo. . r prcoctrpaçao.lc
e\porsistcnrâtioânrcnler.l( rina crislri c{trircçâ n t(ifrar lorrrra rrn,:lois
garcros Iit(ríilos bcrn câraolcrisllcos Unr gtncro suoos chânrâdos /irros
ttt:s(fite ças Surllr,Çí é.1conclusaú dc trira.ljscrssao. porlanlo. aqriLo
qLr! rln dmitidoconroc{mclnsaovrilidarseria.cniiio.aloirlulrÇato!tlli.la
dâ dirulrina E\islcnr vár)as lirlos dt sunen\.us ah borados l:llr ra r it 1o.:lâ
a ldirrlc N1ódiâ. scn(lo nrr d(,s nrâis lanrcs{,s (, dc Pcdro Lonrb.Irdo. quc
s.n,irl.r clc basc farr mrLitâs discrssacs. O scgun(lo Sarrcro litcrl]trio sro
âs§ü,r,s.arcspcilod s(tuaisiácrpli!uci 
^PrrtirdonronrcnLl)crlrqü(.
se tcnr csscs dols 8ancrcs (aracterilados li|ros dt: t? tetlçí|s c stt ltLt
, a aÍ quc sr lala dc Escolislila N{as isrlr ni]o qlrcr dizcr qLrc hàjr rrnâ
dilcrcnçâ substanllvr rlc corÍcúdo lilos(')lico !nirc o perir)do prrrlstico
princi!alircnic Ailostinho c o pcrnxlo cscolislico, sobrcitr.lo qurtdo
sc lrata dc Sr]o Boaventuia. qlre ó strn dú!ida urnâ scsunda cdiç'o dc
Ncssc pcrio.:lo chlmado p'rtús(ico'' c sei que n'ro ó unra 'lis
tlnqáo lilosólicâ, nras tilológica . existe ÚmtL Srandc dilcrcnçí crrtic
J.,r. r r,l.rl.rrrrti..,;,..'.',':, 1"'.,r\r:'J l.'rrr J.'lJ" -' 'nrt ' i'r _
tarncnte na discussão Llis rclaçÕcs cni|e o cri!riâni\Ino c a tilosofia
Os pa.lrcs grcgos preleriânr cnlatizar unla c')nrinui'ladc do mundo
gregr) pâia o clistrio. no §cntido qtrc rn'Lis lnr" dirá Clcrncnlc de
\tL-'.r.t.'.r...., r"",.t",r... Jr'J," ;, q .\., " r''rorf l.'tr\( rr "u
lia PatrÍsllcâlali a sobrclütlocol lcrtuliano,'\rnóblo Minucio Fóli\
c oulms Ínnará Lrnra (llrcçào lrâncâürcntc anlag')nicu à lllosolia' qlr!
clrcgâ a scr considcm.liL por Nlinutio Félix a "nitc ile tnlâs as hercsias '
É u,na discussio irternâ dos Padrcs
Isto é s(l pârâ Llâr Lrrna i.lcia Lle conro Lrsta crença 'le 
que c\isli'r
um pensantcrrio crislão nronolitico aió a Rcnâsccnça ' 
cLrlllrrn dc
alnranaquc. a Lrnr.rtrobaSenr sêtr 1âmanhr tlrÍrve mais 'liscuss'ro'
houve rlrLrilo rn is antâgonisrlos ltr 'lo 
qLIc cntrc os enciclopcdis-
tâs, por e\cnrplo Os cnciclopc'listâs do sécúlo XVlll cslrvânr
roclos nrtlito nrâis clrl acordo sobÍc p(nrto§ ltrrldamcnrâis 'lo 
qtrc
os pa.lrcs.lâ lgrciâ Uortr qLrcsi'lo conro csta: 'Quâl ':a 
posiÇtto
que tonlarnlrs conr rclâçaro à Acadenria â Plattro e â r\rist')lclcs'? '
llá ai posiçocs opostas .le 180', qLrc vào sc11'lo clabortr'lâs tttó
.tuc sc chcgâ IIrais (,rr ntcDos, coln Clcrncnle c 
()rígines' a ümà
csfócie dc sírrtcse.
O nrâis !urioso clerrtro (iâ I']atrisiicr latirrr ' 
q cj cortr sur prcl)ctr
paçâl) c\tr€mâ clc c!iiâr a ronlaminaÇáo (iâ hcrcsia ela nr'sma :Lcaba
pr{xluTi tlo llcrcsiâs. O horR, tLos hcróiicos nào thc prcsciva de scr
unr dclcs. e!úaro â pro(cqâo.lo l'lsl)írilo S'rnlo nrlo !cnr rrcccssârirnrcrrle
pâra rqlrelcs qLrc satr) miris zelosos na orlo':loxlâ' \rÉ sc quc leilnlirrro
.l\'1inücio t-ólir cstâlar pcdcilrnrcnrc (lc 'rcortio ni§so: qu' todas as
heresias nâ§celrl rla tiLosoiiâ 
que n'rdadoque n iilosoliâ digatem 
a'nars
,,,i"r." itp"",i"ti", L) qlre importava cr'r a 
tradiqtto
'"t;,:'':;;.; t";úadi;ào âí? É rác, pcrccbcr 
qlre' no sóclrro rI'j:. , " ,,,.""- "0".: "t,.11::l:::ili.1,'l;1.
{rd,, unr stnlrJu bLnr Jiter(ni( dÔ 
que let'L o(
;",;." , ,,:,::" ' ':r 'jn' 
J ' J' 'ilun
;; l , , r,' u,J' "r'|'r 'r' ^ 'ru'l 'ru' 
rrn\-'r' r n'
","r",,, 
ar",.t t'**' "m vista 
emâirânsmissáo dirclâdo rcslcrnunho
,* 
"tli,,4" 
*'"'" *qLIcccr quc os quatro [van'lclhos 
qucalgrela
..,.--.L.r,. u,,ru rcr., <' Jr,irr;r'\â' n'-q" rr"'r 
jÔ'r'' r('''rr"r nj''
'1,:ll:, .;,,,,;.:;.,.,' nn':r" rnr Jr \'^' s'r'" ''" ' 
-''n
','::,1,,:, 
;,":':'';\:rqu('u r :'n'' r"n"''"';1"'n'""'''L
;l:i;il;;,;;.'.i"""rnLr nhos A conriabilicracre 
desscs tcstemLrnhos
' " :il:i§il::i.,, "uirâ vcz. o cris,ia ismo t'*' ' '*:-11::.::
"u." u:/., 
u,n:r Ll"urrini JU'''urJ 'r u- "rr" 
r" 
' í;'ri"n' rrr^' 
LJ b'r
:1."-;",;,.",",,, "nJ,c.:" 
ff ' n'I''["11''r'
1,,,,,:,j; " , "',n.,",".""*" 
n1Lru u 'pÍ$'" bcún' 
."
.,:;: l.;",.. .". " .n,. Jc 
\ô -u \' '',"ô ,', ''' 
( :' " c "u' 'n
""lH,:;;;:;-.." "' iúeirarnenlc 
or tu 
: ";::Ti:::"," ".
surscm cnr,Lo, pü L,m rado, "l.lliill'l'l ,*_"0_ " " "**,*.r!,,.a.1 {nqu' I r"rru 'lu-';' ''ru ,..n"1'.1,6. ,. ,",,i.. " *
duu,.:,, , o,, : : : ,. , ., ,r u ,, L,ô l
,.,. n" J. ,. i 'ru1 : r" c "t ;" ' i" ll:l , "". r. i,, d :,,... n J' rnn3 'r"' J'"c -- " '11 
",,". ,:;.,1",- 
,,:
','.,',','","" D'''rar''l' 1-' r Jí'A U'''"''i.'..,,,","..r,. 
". 
0. ".,,.,"., (.,.,o,r,.n .,,( r/. :,:";, ;..";",.""" "."
,sDirrlúai\ \t alJstrrs\cnr p('r L'uitJ\ 
p'(§L'
,,;": .,, ";',. 
- "ru'in"JJorL 
*p-.'r'r 1'ur'""r'- rrJ:rJ'
' ",1:i: :'.:;:",;jj",'-." .',",ú']' n"' r'nu "l'3 pu'' "'
,i;;:; .', ,e., '.. "'" :t,';l:,:;,'i:::l'i'".::,:
,'r'u,,1,.'n'"""u1:d''JÔ "t"' -.*l"t',,,,O"
o.,J.J;'-'r"'-'rrr" u:"'tr'"'Ú\ul-.,,",.,,, :nr.i...,r(u
\ilô -lri"'r"':1:.,,;". 
" (,,.\,r,,un, u
Lânsmissao da cxpcriênc"'''''t "llll.lll, ,".,",nunho sâh,â, cl,ra. c a
intcrc5s'r nruit' t nrais ü' qtrt I rli'L:ussro' 
t
.,1:,:,".;" ", '" '';, ""t"'""'"J(r"''r 
''í"'a rJr
.",."."" ," '"'- -' 'l: ::;"1';::1,:l',:.,.1i:l:"
.,.,r,u-rr. ';r"('''""'' -" ] : ," 
',re,,,,iJnô 
ur".,,
"reu,r', 
u' q''' t''" "nt 'qunrtus 
3 Íil"sÔlr
;, l^,,:,;,l' nJU''Ír Jr'rrJ"-r,ràf .urruí' 
rrru'u'i"'""'Ô1rra
ll PróPriâ discussà(] 
LosÓirca
t
I
," "r"."""."'"' "* 'â(o' 
E um lâto náo se exptt i:t:.::::]3,::;
," 
"'j"l 
;: :;:""i..,,,,-,., -, "*,., ltt:':- l:,:'
:.,,.-:::,",^; .,..". *", "',""it,1:'" l:'1,;,"
(uc surrrlrld. 'rçir! '"-'' r-' 0hlcr o serltido dolri.rin l
;rrrrr1,' I rL'' q" rr' 'intu'lr"l' 
du lrr'"': 
^.. - ",. ,::,:: I ;";; i,'''''""''*'-'''."n"'r* " rPÍur':'
:::,;";"il,;;, ",, ..o Lrrsente 
ass;m 
^ 
cxp*n'",u:l::"::i::
crâ ocserdvc,. ii'!q" "-" ' - 
ciam as obieçõcs, os .rd
turnâvâ m.ris imporianle à nrcdi'lâ 
quc ttPârc-
,'J::il"'il;"";i;; da própria árca cristá s"i'^l *'1"::::l:,
rr cloutrina ânticristái
Náo se csqücçâm dc que hcrcs;â 
não é quâlqu(
base.ta discusstto"""t".in,. 
"," 
t*'" cvidentc â esses prirneiros padres 
qu€ muiias
,..r,. a',.r",-" "b r"i"''r'lu"''"" 
ir'''r'r"'-;'rr""1'L r-rtra
:1,,:, ,', 1.".,.,",,,"nJ '"'ru1 rJ'un'""': l'j:i"l:
,,";;;;; 
',.'"'ia, 
é r'ecessarro qLrc sci, urna dollirinà 
cnsta'
^1un.Lr 
Qr/a,r/o o senhot laLa "dauü'ifio'. nesse t1lan1c ta ela
s(paú t?oLolia e Íibsalia au ..'l)
Não ncssa época neln se pensava nisso Essa,:listinqáo scrá leita
mlrito mais tai.lc Qucrdizcr, sctinha a cxposiçrio raclonal e sisrc mát ica
do quc seriâ o contcúdo c cle qu.Lis seriarr âs scrÍcr1ças do Elangclho...
Po(uco EvâDgclholenluma pàr(e rr âl.|.rt it/r c. cvid cntcDrcn le, conlérr
cle naneira ora e\plíciiâ. ora implícitâ um coniunt(, dc âlirmaçÕcs
sobre â rcalidadc. sobrc o Univerv,. nÍrt€ â consiituiqáo clo Cosnros
sobrc o scntido da vidu hrrnrânâ. etc. Conro so uDrâ paúe pequenadessâs
scntcnçn§ cslÍ c\pliciir, ó prcciso csprcmer o resio parâ c)iplicit las.
e aí ó qÍc sc obtón a doul|ina
Adounin.L jrl venr dâ.rrá1isc. do colncnttirioc daexposiçáo dos Evân-
gclhos I,lla narocslá propriamcntc ncles i-lstá ncles dc mrncirâ sintótica.
às !czcs sob Iornra dc íigLrrâs.le lnrgriagenr. dc mctáforas, hipéibolcs. de
sinrilcs. colnprraqócs. rnâlogiâs, ctc E unl (llscurso |ruóllco. rcâlmcnlc.
É um discurso nnÍrârivo. porlanto. poaiico [nião, para csprcnter issr)
c diz.r: Es1â narrativ.L lransli)nfadâ crn.:lorLtrina cliz que . '. issl) nno
ó 1ã.i1. nao sc obLóllr.k) dix parx a foltc. i\§ obras.lc Shakcspcarc,
por exc.rplo, ii!cranr dcs(lc Lrnra inlrrprúlàç1io psicânâliticâ até urna
intcrprctaçaxr rnârxisl.L, lnlerpr.tacao cstrLrturalistâ. clc. l-las pecxs dc
Shâl(espeÀre Mo sro obrâs rcvcladas, t,o lanr, c!idcnicrrcoic. a rique
7â de scnlidos do Evanselho Se u'rr sirnplcs obra litcráiia p{rdc dar
ronr'i p.r'"f'i' i,, 'gr ,.,ru(.^r .\r,r. ,...,i,.rp(r .'r., rrr.i,,.
a intcrprettLçro dos Eva|gclhosl l']odia dai e deu In.snrol
O quc csscs apologislas laliros condclrâ!âm nrlo err urnt.l()nirirra.
csta ou aquela. nras à pr(')priâ discussrb. 
^ 
ênfase eü colocâda nâ tra
diçào. qlrc signilica crâtânrcntc â iransnrllslo do icsrcnrrnho. E ven.l)
.rs coisas conr cssâ disl rnci:r.lc dczoiio scculos. poderros, por um lado,
t)roictar sobre eles rossrs próprias catcgorias (le pensarncnto vcndL)
conro Lrnr conlnrio dc tloLrtrinâs o que ci.r rra vcrtludc u coflr't)Irto
l0
enlre r cxperiÉn.iâ tliva. a lrâ.liçaro. e tL cliscnssão doulrinâI. E pod€mos.
por outro lado. nos âpiov€itar iuslarrrentc dcsla.lisiânciâ e. lcrldo conl
olhos dc qucm nro é pâriidário dc nma colsa ncm da outra. pcrceher a
cotâ dc razi{, quc os dois lâdos tinham no caso l'o(uc cra necessário
obter urna dout la d âí, claro. t': isso sc iornav.r câda ve, n râis ncccssir l.)
( , r i/." Ju . rJ ltrc\ J-\I r.r','rli| rr. 'i '
Nào llrha cscâpatóÍia. Sc Lr suielto tiravtL u ra conclusâo cornple
tanrentc cstapalúrdiâ dos li'ângclhos e corrcçavlL a cnsinar aquilo
como se li)ssc doutrina dâ Igreja, elâ rinh.L que.lizcr: "},sla ó minh.L
dolrlrina" on "Eslà rrão ó". Por orim lâ.b. os qLLc se opunhâm a isso
ianrbórr estavârn ccrtos. Dois â perspectiva naLo era a de ter raz o no
câmpo clà discussro, mâs iustamenic cle evilá'1â pâr.r evltar a perlur
b.Lç,o das alnras Elcs achê!âr qtrc.rs Pêssoas deveriam sc preocupâr
rrâis cnr recebcr o teslelrunho do qu€ cm disculir' As dlras coisas sào
verdadciras Nao sc trâia tambónr du um rcrmo nré.lio, propria.reirtc,
ras dc unrâ lcnsáo insolú!cl.
No lin.lo. csse problcmâ de exposiçtlo racionâlou de absorçío da
c\pcriôncia 1râdicional exiíc âla hojc Acho quc a Ltor corllilo cstrlr
tural à cor.liçao hLrnr.rnâ. o sci hLrnrâno é lodo Icito (le polâridâdc§ é
plrxil.lo para um lal:kr, puvLlk) pârâ o ouiro, c cnlic essas pola dndcs
clc tcnr quc achrr Ima combinâçlo quc facà sentido.lenrro dc §trrs
clrcunsiânciâs. deniro dc su sitrLâ(:Lo.
Ncnhlrrlr.los lados podiâ. cniiio. lcnccr c§sâ discussáo Nao podcncll)
lcncer aparcccm ali Clcnrcnlc c Orígcncs: Clcnrcntc.Linda no séclrlo II,
nr passâcenr para o llL r Origcncs lá no sóculo Ill. csboçando umâ lcn
tariva de sÍrtcsc. nrts urna sÍntese tânrbóm prol)lclnátic.. quc na vcrdade
DrLis e prcssa essa tL'lrstio do qnc â resolve (csiou me prc\alccendo âqui
dc uma cmnologia d(, livru de Nljchclc Federico Sciaccâ. para garantir
que não !âmos PUlrr uns llulorcsJ.
\riúh!l. r,ul., .. s('1,\aaÀ rrn,,n,,lí /rlnÍrii, saLt l'rL k,
r]tl rrr Nlonr.1,tr, re68 I
Depois de Clemcnte e Origenes. oteffeno cstava pron lo pâra ler su r-
gir de 1ãro umâ gmnde tilosoiiâ que lossc capaz dc integrar €ssas várias
crigéncias, e é justamentc o que aparcce coff Sanio Agosrinho Sanio
Agostinho ó. ao nicsmo tempo, herdciro e rcpresentante cla tradição
Ele é Lün lorn1ulâdor doutrtnat absotut.rmcnte tãntáÍico. c ó uln terrí
vcl polemista t;Lnto peruntc os criticos. os adveÍsários.lo cristianismo.
quânto perantc os heróriclrs Tudo o quc aparecc lfagmcntado em seus
anlecessorcs nclc estl,L junto l\-âo custa lcnbrar scLr ponto essencial.
quc é justamenle a ônlase que ele cot.rca na quesrâo da consciência
individual. qlrc iambém vêi se arrastar até hoje. ( ..)
)á mcncionamos a imporrânciâ da questão da inrliviciualidade pam a
lonnulaçáo das ieoriâs sobre o toralitarisrro, aqucla cliscussão toala sobre
o }leiclcgger. a HannaArcndl. eic. Vocés vacm que csta questâo ainda csiá
presente. Na verdâdc. se pegarenessc peÍíodo dâ filosoia cri§rà vocês veráo
quc ludo o que se cliscuiiu dcpois iá estava lá, etieqüenremcnle lblmulactL)
dcÍr.rncirânrelhorc nraisint€ligívcl Eu me írc|no.caclavezmâis,,rverno
pcríodo.la filGolia moderna. â pafir sobretudo de [,laquiavel c Hobbes,
uma queda, uff clecltuio. unla queda dc nívet absollrtamcnle 1ànráíjca.
ou, como diria Schcliing, urna icgrcssno a unl nível pueril. da qual natu_
,rln cI ( , prôpri, s. t,et,ir,, ., ! \ _rà . er.r ; zao. poi.
elc é juíàDrente a tentarivâ dc recuperâr uin nivct cle .liscussAo próprio
Conr SantoAgosiinho, enião, queestá na passâgem do século IV parâ
o século V náosóaparecc an tecipâd amente a teoria do cogiio caúesiano.
comoesta aparecc colocacla de uma nraneira Ínuito nrâis consislentc c
muiio menos nrecánica. P()is o que vai ca.âcterizar o método c.rrtcs ianL)
ó justanrenle suâ lineâridade lógica. Nâo vejo tensão dialóticr dentro
do pensamcnto de Descarics e é ncsie sentido que acho que ele é un)
pouco pueril. pois é muito lãcjl sc isolar dâs condiÇóes existenciais. rlas
conlradiçÕes da cxisténcia, e tazcr unl raciocÍnio lógico. pâdindo de
l2
c'ertâs prcmissas, mêdiânte um procedinrenro puramentenreio-ânalítico
. Dreio descritlvo. como ele làz
Santo Agostinho, quando cstuda essê n€sma questão do arr, lcva
taffbóm todo o conjunto das coniradiqões cxjstenciais hLrnrânas, e está
conscienle delâs cm câda nlonr€nio Quardo descobrc, por exernplo, o
que ]nâis iarde Lr próprio Dcscaúes vâi descobrir que é a prcscnqâ d.L
consciência individual a si mesma, lsto ó. "cu sei que exisio' , el€ nlto
coloca essâ consciência de unrâ maneira unívocâ,lincar e abstrala, corro
Descartcs. que 1àrá do ".o{,ito eryo sum" ("pcnso. logo eristo') o lirn
damcnto axiornático dc todâ a uiência. Sânto Agostinho, ao contrúrlo,
perccbe que csiâ presenqa do ego a si mesmo é prcblcDíúica.
Elc percebe, prnnciro. que elâ náo é uma consciência pcrfcitâ. . lstt)
scrá n1âjs lârde uma crítica leitâ ao própriLr cÂÍi€sianismo. Dcpois dc
Dcscartes. hoLrve séculosdediscussâo conlra cssc primado do ego. Estâ
.lis.rrssa() se estendcu aié o século XX. mas nâ vedàdc náo se erun
ciou duranie toda essa polêlnica uln só argurn€nto. pclo nlenos válido.
que não cstivcsse e Sânto Agostinho e tâlnbém se eDUrrciou muita
bobagem. Santo Agosiirtho percebe quc o ego de lato cstá presertc â
si nlesnro, mas não esiá peÍleitamente preserrtc, pclo seguinler "Eu sci
que souj sci que exislo, mas. em primeiro lugar. nilo sei por quc cxisio.
Om, as râzóes. os lundamenlos da minha exislênciâ tôm que estur enr
nrirn, porque. se eu eslivessc separado dessc fundâmenlo, niio poderia
exisrir mais. Ériste entâo algo em inim quc é eu nles o c quc desco
nheEo por conplcto".
F.r",Jíc\r.roo.t.,:rsr r.,r ,u c u r:r pr, \cnco. . u r,1 I 'cn'ir.
ao rnesmo iempo. É uma clariclade c ó umâ obsclrridadc E náo é sinr-
plesrnen te âquclc "circulo de 1u minosidâd e absolutâ' qu€ Dcscadcs. por
nrem absiraçâo, alirmacomo o hürdânlento dctodos os conhccinrcntos.
.À presenÇa do cgo a si mesno náo pod€ ser o furdamenio de lodos
os conheclmcntos. pois o próprio ego náo lcl1l scu ltrrdrnrento cm si
ll
mcsmo; o próprio ego ná0 é úa sa sui. não tbi elc que se iníêurou, q0e
se criou, q0e se pôs aqui. Entáo esrc ego, esta consciôn cia humâna. tenr
um caráter in trinsecamente p.oblemático. É dcsre carátc I problcnráiico
que Santo Agostinho cxirairá sua doutrira do tcmpo como torma cxis
tcncial, quc é própriâ dâ alma enl conlúste con a Etcrnidêdc. que é
própriade Dcus, e quc Boécio deiinia como â posse plena e sjnultânea
de todos os seus momentos
Sânto 
^gosii 
lo percebe que ;r âlma náo sc possui inieiramenie a
cada monrento. só se posslri por pâ(es. por capÍtulos, ou por secçõcs,
havendo porianto ulna espócie de dislensão, uln desdobramenio. Esse
desdobramento é jlrstamente o qrre será para elc o lempo. O tempo é
a fo.ma cxistencial própria da allna, enquanto a Etcrnictade ó â torma
própÍia de DeLrs. Mais ainda: €le tirará daí outras conclusoes. sobrelu
do conceÍnentcs à Ilosofia dê história. Sân1o Agosiinho ó o priDleiro
lilósoJo quc se preocüpârá corn o probtema do senrido da existênciâ
histórica hunrana rontâda como um coni0nio. No entanto, clrlocanclo
para si mesmo cssa qlrcstão. elc não a rcsolve tal qual uma síntesc
hcgeliana, que dá unl:r explicaçào dc ânicmáo rte todo o nrovirncnto
histórico. tjle não iemâ menorprctensâo de lazer isso, porqu€ sabe que
osentidod€ umentc éâquiloque pordeliniçáo. está colocâdo paraalém
dest€ enie, pelo nenos tomado na sua cordiçâo e\istenciât imecliâra.
Por €remplo, se o suieiro escnve um livro. qual é o senrido dessc
livro? Onde está o sentido? Seu sentkto só sc perlàz quândo algüém o
lê, mesmo que seja o scu próprio autor ou a suâ mãe. lsso q0er dizer que
o sentido náo está propriamenre no livro, quc é uDra marÍiz quc permitc
o sulgimento. a revelaçáo do scnlido qüândo elc é lido. Náo há nenhunl
jeito de se embütir no livtu o scniido dcle nesmo, assim cono nào há
nenhurn jeito de se enbutir numa pal.lirura ffusicâl o solll dclâ mesmâ:
compra sea paditura c â patiturâ se tocâ a si própria lsto ráo épossivel
O sentido da vida e o sentido da história rêm que esrâr colocados, entâo,
1,1
scgu n.lo Aeosiinh o, para alénl dessa própria h islória, situado iusrâmcnie
Io plano das linalidades últimas ou do luízo Final.
Ele aindâ lará uma obsclvaEão absolutamente central, que depois
será esquecida olr ignomda por todas as lilosolias da hisióÍia - dc tipL)
Hcgel. Colnic, Marx. elc. É que o sentido da história é urn senlido pcs-
soal Isto ó. n€nhum scr humano vh,c para assistir à história intcira; a
iodo mon1enlo os seres hlrmanos estaLo saindo do campo hisiódco para
penelrar no campo da Etcrnidade. lsto significa quc, sc â históriâ tcm
Lrm scntido de coniunto que só podc ser realizâdo no tenlpo, cntâo €là
só terá sentido para quen vcm depLris. E essc exêtâmentc o problema
principal dc Hegel Ele ó o primeiro - c, aliás. o último â percebcr o
s€ntido giobal da histórial Todos os que vierânl antes nao sabiarn o que
cstava.r fâzcndo ali. Hegcl ó que veio e cxplicoul
É fácil perceber quc, tào logo sc cnuncia isto, vô-se que a i€sc iá é
impossí,el em si mesma. Qucr dizer qlre houve um sentido da hi§ióÍia
que permaneceu ignomdo para lodos c apareceu nriraculosâmenie para
Hegcl. ou para Auguste Conte, ou para Ilarl Marl? Quândo o suieito
começa a cnunciar isto, iá sc deve dizer: "Pode pararl Isto ó absolula
mentc auiocontraditório, porquc significa que, para iodos aquelcs que
vicram antes e quc náo peÍcebcrâm, a história não teve sentido algun .
osentidodâhistórialoi rcscIvâdlr.então, miraculosamente,paravocê?
Mas acontece qLIc você não saiu da históri,t, âinda está dentro dcla, o
tcmpo aindâ eÍá contiru ando | . . Entao vâi vir um ou tÍo, e para ele você
será sómais unl dos qüc náo sabianr o scntidoda história, porque âgorâ
qucm sabe é elc. e assin por diante". Tudo isio é Lrma bestcira fora do
comum. é rma làltâ de habilidade iilosófica Só uma tremcnda ialla de
ILLbilidade é que permite esse lipo dc aboto lilosóficol
Noiembe]n queofilósolo quc cometeesses cqui\'ocos, eleos comete
porque, na hora de raciocinar sobÍ€ a história, faz abstração de süas
pÍóprias condiçÕes cxisrenciais. Ele nào eíá elaborando unla filosolia
dahistória quesiNâ pâra clc mcsmo cnqü anlo ser vivente epersonâgem
histórico. Eslá se colocando iora da hiÍória conro se fosse Lrm deus.
ou um obscrvadorj ou ürn especlâdor de cin€ma que vê todo o filmc sc
deseniolar e chega à conclusáo: 'Ah. eniáo é isrol". Orê, esta posiqâo
quc um Hcgel adoiâ, ou Augu!ie Comte. ou Karl Malx, cstâ posiçáo é
I . .,ir.. L ndo.\i. c P^rq .. n .JFiru ( r(rln <nr! ,.n nd\ n,ài\ .'rn quc
eÍá ali e que náo pode âpreendcr o scntido global d a h iÍória pelo sim ples
lãto de quc csta aindâ náo teÍnriiou e de que ele a cstá vivcndo.
Ora. estâcontradiçào cntrc a visâo do iodo e aposiçào exisrenciâldo
lilósoloco ioapenàsnais un1peNonagcm, crn SannrAgoíinhoissoestá
nào apenas colocadô, conm renr!ido lsto significa qlre uln homcnl no
séc!lo IV tiúa entendido mclhor a dinâDricâ dâ históriÂhumanado que
todos os que vieÍam depois, üesmo depois da constitrição danioderna
ciência histórica. Elc cnrende que há uma contradiqâo entrc a i.lóia dc
um sentido global realizado no tenpo c o Íàto dc que os seres huln nos
vào cntrando e saindo da hislóriâ. isto é. vãomorlcndo. Pcrcebe qüe. s€
existe unl sentido da hisróriâ, ,rsie iem que estar iLrstâmente no cncaixc
c na contradiqáo, na lens,ro entrc esses dois clcffcntos.
tsto signilica quco scnlido da históri.r se perlãz em caclavida huma-
na nL,luízo FinâI. Em cada uffâ dclas, e não aperias para uln conjunio
absrrâro chamado n'hunranidade . doqual um lilósoli iipo Arguste
Comteou Hegci scria opoda-voz. Oü sejâ, nilo há um sentidoda história
parâ a "humanidade", só há parâ o inl:lividuo. E o indivÍduo pertãz esse
scrtido iüslânrente ao Drorrer Quando elc morrc c ó iulgâdo por seus
alos, a história humana intcira ó julgadâ âli. E\islen1, entào. bilhôes €
bilhóes de sentidos da hiÍória. todos clcs harmônicos. pois no rundl)
só Dcus sabc â chave de tüdo isso, e não há nenhuDr scniido global da
históriâ. sentido Lrnificâdo. a sc rcalizâr no tempo
O sentido da hislórin sc re.Lliza acnna dâ hiÍória, râqüllo que
podcmos chamar dc rretâisróriâ ou Fllernidade Esta é uma visão táo
mais fina e iáo nais cienlílica do que tudo o que vcio depois que não
há icnnos de comparaçáo, e a afctaçAo de supcrioridade corn qlre os
iilósolos da hisiória váo se voltar sobrc esse livro de Santo Agoslinho'
A .iriade de Deus.l é cxalamcnte o làlsLr sentinento de superioridade
do burro que nao cntendc o inleligeDle.
EIic Voegelin inlerpretará justancnte esta idéia do sentido global
clâ hisróriâ que é a icléia cle Hege!, ctc como Üm clemento básico do
tipo de lalso pensamenlo gnósÍico, qLle será a hase d€ todâs as ideolo_
giâs revolucionáriâs, totaiilárias. modcrnas' Scvocê conhecc o sentido
da bistória, você, por assim dizeÍ, fechou o esqucma é o Íuico que
porle dar o tlcsenlace. Essc desenlace tomariâ ieoricamente a fonnà de
uma súbita mutaEáo do mundo hisiórico sensível €ntào acordarenos
irânsliguraclos, êcordaremos num rnundo transligurado, que podc ser
o mundo do nazismo, do sociâlismo... Tudo licará difercnte ou' como
diz Àntônio Gramsci. tudo será nlais belo
Santo Agostinho iá compreendc que nada ticará mais belo, c:rceto
na Etcrniclâde. e que aqüi a histódà vai simplcsmentc continuando
com loclâs âs suas coniradiqõcs, sem que ninguém saibâ exatamente
o fi . E ele sabe quc csse fluxo de acontecimenios temporâis tomado
em si mesmo. de moalo isolado. náo ie c n,Lo pode ter senlido âlgunl'
pois o sentido cle cada cnte está pâra além d€lc' e o scnticb dâ hiÍória
tanbém es1á parâ a]ónl dâ história. A idéiâ de u sentido imanente da
hi5lorilrcnlruo\rritoin'-nen.cJ.urnri\rÔ umr \'/ i rfr' su Ô
livro. o seniido está güardado dcntro dcle e lrunca vai sair dali !:ssâ é
un1â idóia iotaln1entc alucinâtóriai
IA]üna: Esse esqüema de pensalnento de qLrc a llistótia 
teu una
la\? mtttt.t ut\a at"tatl\ico' t clAn:a \et;a itnttlt'u f t"o ou' o
sefihot esÍá quercndo dizet que é wfia coisa tipo utliliciosa' dilafias
asslr,?l
is,ii.lcos|rrlro.r 
"ia,a" 
/. D.xr PllrópoLn/RJ
t7
Cerlar]rcntel É essa divisao emlãses, quc teoricamcnie cu lminêriam
en1 nosso própÍiotcmpo, que tcmos uma visãodo todo que nos pemrite
iirar a conclusào Íinal da históriâ e dc cefto modo transfigurá Ia' Santo
Agostinho sâbe que es sê trun suguraç,ro só eriiste na passâgen dotempo
pâma Etemidâdc uma trânsliguração no tempo náo ieln scntido, porque
o tempo náo pára. Vocô nào pode alcançar um ourro palâmâr histórico
no quâl tudo paÍou, âgora se iransfiglrrcu e 'iudo licou mais belo" a
irlóiâ de quevocêvaidespetar evâiest.rr iudo diterenrc. Estaidéia está
no lundo de tocias as teodÀs r€volucionárias: hâverá uma mutaEào, um
"sâlto quâlitativo', cono diriâ Mao Tsé-Iung, c tudo licará dilêÍeric'
Nâda vai ficar diler€nte. porque, se ficar difcrentc, no dia leguintc vai
estaÍ mais dileÍentc ainda, e assin por diante Isso nào vai acabaÍ iáo
ürdo, ninguém sabe ondc terminâ a listóriai Esi€ é um dos axiomas
básicos dâ vida huÍranar nilrguóm sabe quando terlnina a história'
ÍAl}na: Naa poden cotldicianar esse dia.l
Náo podem iecharl Podem lcch num esquenâ metâfísico. mas o
quc é nletaiísico? Suprâ-histórico. Porque isso independc dâ histí)riâ'
é aquilo que é colocado para cinu dâ história, entáo isso é possivel e
racional. laz sentido. Por excmplo. vocô sabe que, nâo jmporta o qüc
âconteç na história, dois mais .lois váo continuar dândo quârro Nâo
sabemos quando a história vâi terDirraf, mas s.thernos que cla iamais
Íâá dois mais dois dar cinco Esse esquema metafísico náo dá então o
.ônteúdo € o seniido da históriâ. mas seus limites. EriÍe o esqucma
rnetafísico que lirnita Llrasticanlente o coniunlo dc possibilidades hisió-
ricas. e uma dessas limitaçôes nrerâlisicâs é jusiamente que a históriâ
náo po.lc conier dentro de si mcsmâ Lr seu próprio fim. lslo é uma lei
nctafísica. é ulna ntoldurâ nciâlisica da históda. Hajâ o qüc houver, o
fim e o sentido dâ hisiória está pârâ alénr dela. náo podc estar contido
1ii
l\l'rna: É lais ou me os Lafio um Íilfie: quando tocê quet ÍaLot
àa (...), não quet dí.et que nào aai aco lecet lais l1ada l
Exaiamentc. QLreÍ dizer que acabou somente o íilne, agora vânros
p a cêsâ, saímos dcste plano. então ( ..) â colsa coniinüa'
l\lünz: E a té há a qu eles pe.^otla,e ns que podetiafi ÍazeÍ u n ÍiLnle
co tifiuacão.)
CIârol Isto queÍ dizer qLte €sse tipo dc filosoliâ (Hegel. Comte, etc')
tinha uma estrutura nitidamenle âlucinalória, pois o indivíduo sai
inaginariamenic de deniro do plano existcn'iâl e el' mesno assisle'
dcntro do tcmpo, a iransÍiguraçáo do iempo, lazendo de conta que está
lbra. Isso é tudo loucuÍal É a mesma coisa que eu escrcver um Livro e
nie colocar tão bem dcntro dele que Pêssc a eriislir sonente nele: não
cristo mais aqui fora. só esiou ali dcntro Ninglrén pode lazer isto'
mesmo porquc, se o sujcito o lizcsse. o livro acabaria naquelc n1esnlo
rnomenio. Eu lne pus dentro do livro. pus o ponto linal: "Bonl. acabei o
livro". Agora, pergunio eu. quenr vai pôr o ponto linal. sc já eÍou todo
lá dentro? Esse tipo.lc pensarrcnto tem uma eslruturaconro aquelà do
EscheÍ, cm que a mâo se rlcscnha a si mesma É un.t coisa que se pode
realizarno plâno imagináriLr, no plano das 'possibilidades inpossí'eis 
"
mas não existencialmente, não no te po real.
Isto signilica que Santo Agosrinho. quando ele pensava, cra o
próprio Agostinho, não unr pel:Sonagem inventâdo de filósofo que elc
concebeu parâ assistÍ ij história do mundo dc canârote c dizeÍ onde
elâ tcrminâva. Ou seja, Sanlo Agostinho náo linha a tal da pardlaxe
que clescrcvi. Paralaxe. recordando, ó o deslocamento entre o eiro da
consiruçào teórica e o eixo d.t consciêncja existencial do lilósofo' ( ")
l\l,rno: Nessa crílica que tocê loz.- Se a Bíblia é una ReÜelação'
coÍto é qüe eLa fica diatlte do que üocê disse (. ) sobre a lessoa eslat
contida (1e ío (1e úfi Liüro. coma se litesse alingido uma iLumínaç,ia)
absoLüla?l
Em primciro lugar. a Bíblia náo é umâ doutrinâ; em segundo,
náo é Lrma fjlosofiâ; em terceiro, a Bíbliâ é â píópria Voz desse plano
suprateÍrestre. Entáo não tem como lãzcr uma compâração de urur
coisa com a outra, assim conlo náo se poderia fazer uma compaÍaçáo
entre os pdncípios da aritmélicâ elemen taÍ e isto que eÍâmos dizcndo.
Os princípios d€ âritmótica clcmcntar tiveEm certamente que ser des
cobcrtos unl dia, mas nào Ioi no dia eni que o slrjeilo os descobÍiu que
eles passâram â entrar em vigor Dois majs dois já dâvam quatro antes
de vocé ier pcrccbido quc dâvâm quatro. e váo continuar dando quatro
ctcrnamcntc, e quando este mundo nào existir nitis, esle UniveÍso náo
existir mais, váo continuar dando quatrc do nresmojeiro. Isto sc rcl'ere
x molJu,r n,rt.lr\i.â dâ h,'rori.. c nao a h 'toria m.rma.
[AlLtno: Cofio (...) descobtiu, iúentau...)
l:...ujerro r"o in' *nrnu LI larir ca Ib guo. porq -e tia(n|, ' ret
dizcr tâmbém descobrir, e dai o terno "inventar" terlr ulnâ conotaçáo
aDlbígua. NIas, evidentenrenie. ningué inventou quc dois mais dois
clão qlraiÍo. Na hora err que o sulcito dcscobriu, cle descobrtu que já
esiâvam dândo q uatro làzia tempo, e qlre ele era simplesmente o últino
â sabe! colno o nârido enganado.
Isto significa que a filosolla da história dc Sanlo Agosiinho tem mâis
t!ndamento racional c cicntífico do que qualquer uma que veio depois e
se há algo que yale a penapara o hiÍoriador lcvar em corta é isto. Mâs
fica dilícil. Se o hisioriador qucr rcduzir a conteúdo dâ própriâ ciên
ciâ histórica, historicizara própria noldura metâlísica da história. âí
(ornplirr du d-r.nr,inu..l.,,',vu,,ôd,..n ^dôf.chc- i prcc.o
entender qüe os elenr€ntos dc doutrina rcvelada, da douirinâ netôii
sica, claro quc sâo descobertos e lbrmulados historicamenie, nias eles
20
não têm ncnhum... Ou eles sáo inválidos. são 1Âlsos. ou. se tên1 algumê
rcâlidadc. essa rcalidade em si mcsma não é históricâ.
Dito de outro modo: Santo Agostinhlr dcscobriu que não existe
hisióriâ sem metaistóri.L, e que â idóia, Por cxemplo' do Antônio Gra'
msci. do hisloricisno absoluio . se o suieiio enunciou "historicismo
absoluto", você tem que mandêr ele para câsâ: Agora vai para uasâ,
moleque, €stucla tualo ale novLr. pois o que você acabou de dizer é um']
esilrpidcz loÍa do comum". Se é historicismo, nào podc ser absolulo'
a náo ser que se possa revogar os pÍincipios dâ âriimóti.â elemenlar c'
no liln das conlas. se possa revogar o pÍóprio passado Porque o fato
de que o passâdo venr antes do prcsentc. e e't"nÍes dÔ luturo' não
é histórico. É umê estrutürâ imanente à história Diga-me Lrma época
em que não loi assim A ânterioÍidade do passâdo c ê contingência dL)
llúuro sào cÍiaÇões históricas? Uma criação cultural? Houve alguna
época em quc não funcionâva âssim, cm que o iiiuro vinha antes? Não
hôrrve No entanio. â anterioridâdc do pâssado é um dos pressupostos
da ciência histórica. Bastâ islo pâr entcnder quc náo pode havcr his
toÍicismo âbsoluio. Todo historicismo é neccssarlâIncnte relâtivo, Pois
ó alenrarcado por Lrmà nroldura mctal'ísicâ que ele náo podetransccnder
de ancirâ algurna. Parâ lranscender cssâ mÔl'lllr' nrctrfisica seria
preciso que cle iranscendessc a própriâ antcrioriLladc do passa'lo e a
contingênciâ do lutlrro
Pâra Santo Agostinho.ludo isto em o óbvio do óbvio' Quandovocê
vê, quâtorze séculos depois, Hcgel sc atrapalhâfrI) 'Ôm 
essas coisas'
como l(arl Marx e Augusie Contte. você diz: 'Algo se perdeu no meio
Nós ccrtamentc emburrccernosl Algo aconteceu"
ÍÃl1ino (..) aluci au meio ]nunclo.l
Alucinou meio nrundo. E pior: é qLre quanto mais bu o o slrieilo
lica. n1ais sc acha inteligcnte, porque complica o modo de expof
zt
adquire leÍramentas d1â1éticas mais elegântes, que servcm para sc
cngânâr mclhor..
lAtLtna: Ai nãa há una di itlização di llistót'ia? Alasta se qualquet
pla o que a transcenda, e a história li«r diüitlizada. potque eLa é a
gallcle (..).)
Se vocô tirâr o pressuposto rcligioso, ainda assnn a idéia do histo-
ricisno âbsoluto é âbsurda em si, plrrque, se ele é absoluto. se tlrdo o
qüe exisie é histórico, enião a estruiurâ do tcnpo dcvc scr histórica
tambóm. Ela é apenas uma criaçáo cL tural: algum dia algun sujeito
inventou que o passado vinha anles. . Mâs, sendoumâ criação cultural,
nós podcnros invcntar, cntão o futuro vcm antcs.
lAlL]na: L lenlatafi ísso. ão é? ApaFdram os pe$onagetls da
TentaranI Eo jeito: vL,cê mucta o passaclo de rnodo que . O lâ1o de
que, quando o ienpo passa, suavisão.lo pâssâdo tambónr muda. isso
nào qLrcr dizer que o futlrru reiro ge sobre o passado: retroage sobre
sua visro do passado, mas náo sobre o passado mesmo. Para rcâgir
sobre o passado precisâria rcâgir biologicamcntc, isio é, precisaria
tu/crrcnJ..ercr ralrren ea\ tE\\uJ\ u qu( rilu ( - r,(rmi, .oi.i
Por exemplo: Ínudei minha interyreração dâ hisiória de Napolcão. Ah.
isro é iffpodantíssimo para mim. mas nâo posso làzcr Napoleào renâs-
cer e viver a coisê à llrz da iniepretaçáo que fiz dcle postcriormente.
Enlão. qüando o sujeiio confundc sua intcrprctação dos fatos com os
tãros mcsmos. aí não podcmos ncm dar a desculpa de que ele é loucl,
ele é sinplesmcnte burro.
lAlrna: Aí ! camo o Íilm. Íle licqno Túnel do tenlpo.l
í.ol'úúel clo lefiN. é o Liemirudat da Íuluto. .
lA]ullor Ássim. é simpleslnente inlantil' nào é? Quet dizer" 't
cirmça egocê trica que calllunde deseio com rcdlidade l
Infantill Puerill A filosofiâ de Hegel. dc ÀLrguste Comie, de Karl
Mâf)r é püeril É uma imaginaçáo puerii exposta con insirumentos
dialélicos. sem o mínimo de discernimento filosófico que deveria ser
exjgido de um homcnl.dulto
lAlnno: E o itlÍeressanÍe é a hábita que se Íem' |fiie e|fi dia de
pegar esse cot*lnto íJe pseud.oPzn íssas que ditos "iilósoÍos" ( ' ) ' "\tacê
pu t ton p n tdi\ pt, t1i \\a' P nu t tu bol ha' t nr, M, d t\'a Da t race 1 o t
t:rilicar a caisa e a pessoa rcspa de: "Naa- é üm oÜa porcldígn1ai" )
Mâs qualquer um poal€ ser um novo paradigmal Saddan Hussein
cra un novo paradigma, até que deixou de scrl
ÍA1i.tlo: Acho Ele aí exísle ü1ht1,. Paru Üocê dízet que aLgutnLt
ittéia seia prcLe(Lente ()Lt não lem duas caisas l ')'OqueasPessoas
ía?en é caftat o segullda laLot e se concetllrut tla ptimeito) au seia'
sobet se ela lem coetê.ttcia interttal e te ..)
Não, espcrâ ail Todos elcs argümentam cm lermos cle vali'iade cxter
naitoalos elcsdizcm qu€ aquiloqueestão expondo corrcsponde à ordenr
dos latos ellernos. Porcxenrpb, n rrrontanhadc conhccinenros hisióricos
qüe Hegel c Nlarx têm é rcâlmentc imprcssionante O que litlha não é
isto. não ó a tãliâ de relcrênciâ a unr mundo e{ierno E que estc nundo
crterno ó\,islo imâginariâmcnic. e rrão desdc o eiro cxistencial em que o
suicito eÍá. Você nâo podc acusálo de iàlta de rclerência exteÍna Existc
â reltrência e{tcrn.r É o ponto de visla clo observador que ó lalso olr
sej.r, âquele munclo que ele csiá ei(pondo náo é o que ele rcâlnenic vê'
é o que vcria sc tmse quem ele está fingindo ser Poriânto' sao obr s dc
ticção, consiruíclasâ partirdc um personagem inaginário dc ulnnarra
doÍ imagnrário. O suieilo qLre escrcre as obrâs dc l(arl Marx é üm lqrl
23
Millx literário. que só é aquilo na hora dc cscreveÍ e nao coincide com
â experiênciâ existcnciâl dele Não coincidc. ncrr poderia coiiciciir
É por isso que digo quc, de ioclas elas. quase toclas as obrâs lilosó
ficâs a pâriir de X,Iâqüiavel Nlaquiavcl, Hobbes. Locke. Hurne, Kânt,
Hegel. K.rrl Marx. etc. - tên eslrutura liccional. O que eíou dizendo
aqui ó cientiiicaDlerlie dernonstrável. Náo é sequer uma icsc filosófica.
(urt rr.cc'.nrÍi.â uU.ii, podÊ,cf,n\iri.,.,ju.r.nanrcà paflrr
da distinçAo enire os Quatro DiscLrrsos.
[Alrro: itlas enlão o pa to Íocal seia a rcLaçAa tLa suieíto con eLe
nlesmo? (.. ) l:: da esttutu l?l
Nâo, porquedaivocêorcduziriaa 0m problema psicológico d aqlr ele
inclivÍduo, c náoé. NAo possodizerquc todos esses sâo loucos. Se lbssc
lsso, seriam malucos. rnas nAo. é uma confusáo de gêneros... Àgora
entrou nâ flodê o Ietmo etnbedtled: "Os repórteres cstão e,",óedded
ras üopâs:r. Então es(â conlusào cstá etnbedtled en1 toda â cultura:
â falla de distinçáo cntre o qlre é unl discurso cientíiico e o que é unr
discLrrso ficcional
lAlw.lo: Caí na ptlruLare . l
A parâlâxe nào é um problemâ indniduâl da consciência deste
sujeito, é uma confusão que entrou cm toda a cultura. Eles não sabcnr
mais clistinguir o quc é uma lese cientifica do qLr€ é üm ronancel E â
filosolia, durânte esses quatro séculos. constitlri-sc basicamenle desta
Nallralmente, nâo tcÍn um só deles que rcconheçâ que aquilo é um
discurso ficcional Hegei, IGrl Marx e Conlre pretendem cstâr iâzendo
üm discurso táo cicniilico qlranto o cla fisica. ÀÍâs, não. cientiiico era o
dc Sanio Agostinhol Aquilo coÍre.sponde a dâdos obscr!ados, observa
dos c comprováveis E com prová\,cl € m piri(am ente. por c\cmplo, qu€ o
21
passâdo é anierior ao prcsente e ao Iuturo. e isto 1àz partc da cstruúm
do próprio tempo. â qual cstá subentendida enl toctâ e qualqner narm-
tiva histórica o! Iilosolia dâ história Podanto, a lilosolià da história.
para dizer algo sobre o scntido dcst.r, tcm que passar para un outro
plâno, que já..1o pode mâis scr o dâ história, nlas o dâ Eternidade ou
lsto é estritâmcnte cieniílico, e nãopode nâo serassim. Quâlquer
história querer embutir o scntido dcntro cla própria história 1ãrá
quc cssc scntido só p.rsse a existir dcpois dc uma dâiâ tal- cle modo
que. cuüosamcntc, o s€n1ido daqlrjlo que se passolr no sóculo III só
cstará no séclrlo XXII. ou no XXIII, ou no XXIVsendo totalmente
ignorado no séclrlo lll. E as pessoâs quc morrcrâÍn ali inlelizmente
morl€ranl scm sabcr parâ que. o que signilicâ...
)Alllno: Há alqu s cafipos do canhecimento que descattam ú pd
r0lt!re? P)t exempLo, a Íísica...l
Eu não sei. tsso aÍ ó muito complicado Acho que, curiosamcntc.
o quc âcontecer no século X IX e ).X l'oi que, cnquânto esse fenôme
rod parâlane sc cxpânditr pnrâ cleniro cla filosoiia, que sc tornava
liccional, as obras de iicção cDtravâm col)ro corretivos disio. o ienlpo
iodo. A ficÇão do século x1x c XX ó uma critica dâ filosoliâ.
{^lLtna: Dostoieüshil
Doíoi€vskil Nosso,Uâchado dc Assis com o horrenr do "hlrma
nitisDlo", o Brás Cubas. Os cscritores de licçALr saben Í.rzer distinçáo
cntre Iilosoliâ e ficçáo por quô? Porquc cl€s escrevenr Íicçáo. r\4âs os
filósolos náo. pois escreven licçào seni saber quc ó ticqão. Entáo esses
dois campos... Inaginem a multkláo de dados que live que juniar parâ
Iazer essa comparaEãol E se pergurtasscr "Tcm pamlaxe na lisjca? na
bidogia?'. Isso complicou o negóciol Se você qLriscr cstudar esse as
sunio cstá cm âbcrto. lnâs !,ri lcvar !in le anos parâ iechar isto e poder
pro!.u que siln ou quc nào. c couro ó qoc lbi. Prccisârlâ €screver loda
a histótir, rêpâssar locla ê hislória dâ ciênciâ risica c das inllnôncias
cultLrâis âli.
É claro que, por exenplo. na fisica dc Dcscartcs havia urn lortissinro
clcmcnto dc pârâla\e nâ medida enr que elâ crâ Lrma dedução tirada
dos principios filosólicos quc clc hâvia colocado. Por isro.rcsnn), o
livrc ro qual Descartes expa)e sua concepçtlo cicntiíicâ. quc clc charrâ
Do iúunda. clc pt6ptÁ (lcclâm quê é Lrrr obra cie licçao. Apresentâ a
como uma obrâ dc ficçâo. mas. ao rrcsmo iclnpo, cle âcredira quc â.tuilo
,: i. .ir f,, ,', \e \, ,1u( ,- i .urrlrr . ru e rr ,;rr. " r,,n.. i, r F
pr(iprio Dcscârtcs É couro sc por crer pio. o cxpor ll lêoria cla Rela
li!icLLde. Allreú Einstein o fizcssc numa pcçâ dc tcâtm. ou num pocr â.
c â dr.clâmssc conro obm.lc ticção. r.as. ào nresnro tempo. pretcn.lcrldo â
cientilicâmcntc váliclâ crn iodos os scus pàssos
usta uonlustLo cstara. cntao. quâsc conscicntc cm Dcscârtcs. Nlâs a
clârí) que rrnr) cslala corscirnlc rnr'l'honras Ilobbcs. ntlo cst.rva conscior
lc enr Da!i.l Humc. ntio cstâvâ conscicntc cnr Imrrânucl Ituni, c àssiin
|ordit'ntc alu scla. eslc ú um pcitu(lo de obsclr rccirncnro dâ intcligancia.
Não ó possívcl. se vocô rcrcrlita rà hisl(lria.lo lluminisnro. qlre lenha
ha\'ido Lrnr iloresoimcnto inâuclito dâ intcligôncia .:lcpois da Rcnâsccnqâ,
rnais.Iirrda ro ll riinis.ro. e dcpois você chega no sóculo XX c va os
lrutos dc tudo isso, conr âs socicda.lcs rrài$ absurcl s c iiiaciolrtlls quc
ií cxjlliranr ao lolrgo (lc tocl.r .r histarria humana. uor rnodicÍlrio pcflna-
rcnlc, c ro liü â iotal corillsao cognilivir c.roial qlrc sc a|ossolr da
hurnanidadcl Nrio ó possivclL Sc â gcnrc rivcssc licado 1áo lrlcligenle
tLssinr no século XVlll. nào csiaríânros laro burrcs no srtculo XXI
loi cniáo âi.tuc conrccci r c\rlrinrr a hipí)lese cr,rlr'árla Filei:
"Espcrâ âi. c sc o clüc acontcccu loi o conirÍrio Ií)i uüa pcrdà? l\1uiLr
ScnLr ha!ia insinurdo lsto. nr.Ls sclnprc por râz(-)(s doutrinâis quc nadâ
pro!âva.r Por exemplo, sc pcgârmos toda â críiicâ que um ltcné GLrénon
ou Bcrdiâcllhzern a(, próprio l leidegger,lazcnr à modcrnldâde aquiL)
tudo que clcs dizcn náo provâ nadâ. Aié qu ndo esth ccrto, dá a inr-
prcssáo dc que estí certo p0r.qlrc o sujeito pcrccbcu alguna coisa nras
ele nâo tern rcâlmcntc a crp{)sicÍlo do ( xl, do quc âcontcccu, qual
loi c\âlarrente o proccsso, c ó isso âi quc tenlei dcscobrir E pâra isro
que a ecntc làz cssâ conparaçlo enúe os aulorcs dâ xlcrnidi.le c os
anti,ros. cnlrc os ântisos c os r cdic!âis
Quândo vejo Sanlo Àsostjnho. nào vcio parâlâ\es.. O próp oPlatáo.
/\ristótelcs. os cstóicos, os neoplalô11icos, Jv1aimônidcs. ncssâ itenr€ ioda
ntnr vejo paraLL\ealglrma QLLândo câdâ L,rr desse! suiciros lalâ. elc cÍá
crpondo âs coisas desde o que é suâ pcssoa concrctâ co r unra yisal)
corcreta quc tcln da rcalkiade nâ qu.'l ele re.Llmentc vivc. Naro criâ urr
pcrsonâgcm para irltLr em norne dclc Não crisie essa inrpostaçtLo cla
,",, ( J,,,.,c,,,. ouc., l.,,,,,, i, ul r. lu tir..i,.
Quando Dosioicvski, por c\cn,pl{). €stá escrevendo
r dizcndo: 'Ah, conheci FLrlano dc l}rl'. cle ntio conheccu nâda. estíi
invcnlando quc conhcccú O llarr dor é in.Lginário lalnbórr. o qn. ó
ahsolutanrente cssencial à obrâ dc ficçáo. O rarrador nao podc corrcs-
pondcr à pcssoâ real do ronrancistâ. clc tcrn qrc lugir dcle. pois teln qlrc
!rrher coisâs quc o rornancisir nao srbc Alessan.lro [4ânzoni. no sóculo
XIX. es1Í escrevendo umâ hist(iria quc sc pâssa rr) sécu10 XVt. e é unr
ralTador Naú só os pcrsonltgcDs siio licticios, o nâr'râdor iar.bé]n li L,
rarracir por assinr clizcr. o cxposiior dr lilosofia dc Santo Agosrilrho.
a r) pr.(lprio Sanl o Agosllnho. N{as o nârradort o crpositor de Descartes
prrâ âdiârtc, ou dc NÍâ.tuialel pai .Ldiantc. iá nào são clcs rrcsrlros. é
rrlruénr que sabc ou quclingcquc sâbe algo que eles não podcriam sabcr.
c tluc iitnorâ cois:1s quc elcs sabem peúcitancntc bcm l{)de se provar.
orttlo. por ânálisc csiftitural qre !.rch uma dcssâs obrâs ó ficcn al
lruginenr fl grtLvidadc disto, considcrx.lo rrrrrit escala.le civilizaçao.
2,-
que irnplica.iue ioda a cultrrâ n)odcrna sc bâscia numa confusaro cntrc
Iicção c ciônciâ.
D.pois dc Sânro 
^gostinho 
ter âlcançado eslr irltLrra. erisle ê.r sc-
guida u'r ccrio obscnrcciffcrio cm razão da situaqão crtcrna. N,to se vê
discOuk» imcdiatos dc Sânto^gostinho. porqucexistea deconrposição
do lmpéfio l(L)m.Lno. existenr Âs invêsacs b.'nbârà§, unrll inlinkladc d.
Suerrrs. re!oluÇoes, o desnirnrbrân]crlio da socicdadc cm fcudos inde
pcndcntcs. Elcs nrio crarn nâclâ mais .lo quc propilcd.Ldes par(icuiarcs
totrLlnrcnle scpârtLdas un S.las oulras Qunnd(, chcgâ o sóculo VIIL
ií se 1c]lr a collsriiuiqão do Ínpório dc Carlos llâgno, qLre laz umtL pri
nrcnâ tcntâiiva de educâráLr sislemállciL da sociedirdc Ii nesse pcrôrlo
erlre o sécub \i enr quc r)corre â r.oíe de SaIlo Agosrinho. c o sócnlo
VIII podânio. saro irôs sóculos clisrc LLrn cslorço nnmstruoso.le
conscrvar os tcrtos. organiTt,r-los c criâr rLlglrnr sistema cle ensino pelo
nreros prrra l'irs Lle trrrnrlêrçuo Se ( úisc|crn icr idólado qucco cnsino
ncssc pcríodo, podcm sc rcporrar xo livro dc Santo lsidoro .lc Sevilha
(hafrado.,ls ctittolo{.uts.1 lissas /:/;rro1o.qií,s saLo unrrr cnclclopédla.
no sfnli.lo xrurl, Ir) . uâl ludo sc nistum: hat â1i dados dcsdc gcologia
J. rirt,,l..rr', Lu.*rrrd,,p,.. l,,ri. r p,lr rru.i.:,.., I rrr'e r,.'Jr
üixórdia. mas estl]r ludo lá dcntr0, de alglr.r nro.ll,
Ncssc pcríodo cxislc, cnrio. ialio â rclliaiiva dc rcrcr os conhcc:-
mcnros. rlc lrrântôJos parâ quc nâo sc pcrdcsseln de uma gcraçao paiir
â outra. ctllno alguns estbrqos monumenlâis de bottr or.lHr, c(mro laz,
p(» !xer.plo. o rrópiio ttr)úcio (tu(] é o srjeiLo quc, pâdindo do cstudo
clc unra patc dâs obrâs dc r\ristótclcs. cstabdecr uma ccila eslnrtura
(lc cnsino birstanlc racional l,lo grande passr) que se lai .lllr aí a iusta-
rlleni. qriarrdo depois dc u rna sóric.:lc conrrcvórsias c prcirlcmas, Carlos
IIagno conscglr. sc Iâzcr nonrear imperador drlcndo o consenlincrrlo.
. lcgilirracilo (ia lgrejr. e conc(ir urrr orlnr ciclo ci!ilizucnnrâl sc
bor .tuc o Inrpario dü Cârlos l\4âgno tarrbónr dura pouco tclllpo. mas a
' ' l' '' ". ; l
]N
Drârcâ ficou. [ntre outros projctos do golcrno dc Ctulos Magno. hâviâ
o da allâbctizâÇão universal loi a prinreira vez quc alguóm no nrundL)
pcnínr em ensinar todos â lei , e cssc proicio loi dâdo â uff nronge
inglôs chânrado Alcuino, quc cntáo (,.gàfiza. pcla priilcira lcz. nünr
c{nrjunio opcranrc, o sistema das ârtcs Iiheiais. (luc iúoínâirI]ente já
cstâvam rí circulando dcsde a Crécia.
Dcpois d€ u século dc frânco progresso do cnsinoj surge dc novo
à trossibiljdaclc dc urra eslreculaçáo lilosófica r.ais séria. c cla !eü ius
tamcntL. Ir) século IX corr Johânres Scorus Erigcnâ (,,erigenâ,, porquc
a irlândôsi "Erin ' quer dizcr lrlândâ e erígcnâ ó âquclc qLre é oiirinriüo
dr Irlt'nda). Erigcnâ rcnla, enLâo. criar unrâ cosrnologia parccida conr
nqucla.lo li,r?er.lc Platáo. rnas iác.r ternnrscriíá.,s I-l em bL,ra clc scjâ
Lrm crandc gônio. tanlo da fil$ofiâ qrarrlo da tcologia. o rnalcrial.lc quc
dispunha crâ rclativa rerrle pcqucno. cntão asnr(ese acaba làlhànlloum
pouco dos dois la.los, tânto do lilosóllco qlranio do iêológico.
Erigcnii tcnia clar uma cxplicrçlio .lo conjunto dâ nâturczrL exis-
icnle lomândo Dcus corro ponlo dc pârii.la e ponto dc chcgâdâ. com
suâ 1ànxrsa.listjnç:io cnlrc: pri rciro. a 4tuteza que ao i cria.l.t
t ts que Lri.t. qüe é o próprio Dcus enqurnto criador; s€gun.lo..r
])dt|rc t que é (tiada c cril/. c nÍ clc coloca o próprio Vcrbo Divino
(isso !âi dàr unr problcnra lcol(igico. pois conro ó quc se vai dizer quc
o Verbo Divino ó criado? ItoUVc nruiltl r(,rlro\,érsia, c clc dl, que nâo
quis dizcr bcnr is$ ..)r k\ccilo, a aturcza quc é (riadã e âo uíu.
qLLc é iodâ a natureza scnsívcl. incluindo nós: c, pt:rÍ lin. d atut.cza
ttue .ia é Lriada e nao crra. qoc ó o próprio llelrs corsiderâdo en
. úanlo rciomo c consulraçao de 10l:1âs as coisas. ou seja, a Elcrridacle
ird, onrrd. rr. rrr. r .lutú,,\o.'^ rul,J',u.tund
.(,rcepçáo scm dLlviLIa grandiosa, quc nroslra todo o cicb dc c açin
c rcdcnçaro nâo só do scr lrunrafo, mas dc rodi natLrreza, dc tír.lo o
Isto. no século IX, ó alqo terrjlicarrie. porquc esse suieiro nào linhâ
rcn1comque rdiscutiracoisa [ntâo imâginoque, nâópoca, âs pessoâs
prestarân] atcnçào eur certos dctâlhcs. sÚ Iârâ \'crcm se aquilo cstava
dc acordo corr a douirina da lgreja ou náo, que cra o ponto de rrrâior
interesse nâqucie monrentír. E. cvidentemenic. acharam que o ncgóoil)
crâ hcrótico nlto idâlrncnic, só enr alguns ponios
N.rver.larlc. o potcnclal lj bsóll co dc Erígen a não loi cx plorado dirci«r
alé hojc, mas acho q c, ltoic, com os conhccimentos quc a gcnte lem
sobrc a origenr dâ vida, e conr as úhilrâs disclrssócs sobrc a n.Llurêza
da vida biológica (se cla é ü,na coisa especiLicârrcntc dilcre,rte da cris
iôncjâ inorgânicâ ou sc a unla espécic dc corrlinui.lâdc ou p.rss.Lgenr
de ní,el), com csses conhecimcntos na nráo scria intcressan I íss imo
voltar â Erígena. Urr conhccido DleLI, ünr biólogo lirncôs chân1âdt)
Antoine Danchin. tcll1 a leoria dc quc â mâtérià ó u|ra só quc existc
unra perÍcita conlinuidade da nrâtéri.L e!1r 1o.los os nn'cis, havcndo unla
ditcrcnça de lorrâ. E urn ncgócio ürcio aristotéllco A diltrcnça enlre
a quínrica oryánica c â inorgâniü náo é uma dilercnça dc n,riureza, ó
âpclrâs cstrulural: os r csnros elclnenlos sáo aranjàdos dc uma oL't'a
maneira alü scjâ, ofcnónreno qrc chârlamos vida naoématerialmcntc
Ji.(r.r.rr., ra.,. uI^trr . oit,.i.,,, f.iL .ô. ., ._riI r. .pruf ,
tc buscar a origenr dos scres vilos rros próprios rnirrerâis. Não lei se ó
tLssin precisaria estudâr rnüiio mais. e alérn .lisso a odgem da vida naro
é propritlmcnte o .reu râmo. N{as seri nruito interessrnie làzcr à luz
dcssas teorias. uolâ rcleitura do ]]ríecna.
Por rclta dir mesnra ópoca. surgc urna discussáo que vai âlravcssêr o§
icurpo§ e que chcgará na verdacle àré nós. quc é o môso problemn dos
urTzre,§rh Na época, rollo rrrundo llle\e um pouco ncste problema dc
nrâncira qLre n o podcmos associir lo a ur tilósolo ou â outm Todo§ eles
csiâo intercssâdos nisto. e se rprc alguém l()lrrà alguma poslçlto. tanto
l)urs Scol como Sanro [onrás dc r\qulnr). Sâo Boâvcnltrr.t Todos el"'s
:11)
taln âlgo a dizer sobrc isso O problemâ se fl,rmula assirn csscs con-
ccilos ünivcrsais quc rcfletcm essências gerais. clcs rcllctcm algo que
cristc cfctivamentc ou sio apenas no cs quc dâmos a cntidâdes m.is
inr r.enos pârccidâs parâ consesuir asrupá los nurnà idcntidadc quc
ln)ssârros rcconheccr?
Sabemos qLre exislenr. por excrnplo. os lcôcs Mas a espécie "leao ',
!nr que sentido clâ cxistc? Quc os leôes conrc singularidades cxisicm.
hour. você não precisa ser corIli.lo for um dclcs para sâber qu€ exislem.
Nlas a espécie "leão' rcrn âlguma subsistência neialisica o! é aperras
unra dcnominâçáo gcral quc dâmos a eslâ coleção de indivíduos châ-
Sul3cm, e tãí), cvidcntcrrcntc, três possibilida.les cle resposta
A prinrcira ó: só cxistcn os ifflividlros, os conceitos gerâis cxistcm só
r.i mcnte humân.it a nrente é que xilupâ cssas cârâctcrÍsticas comuns e
.rir osconccitos gcrais. A scgundn rcsposttL. quc é oposla. dizr âesfécic
.ristc clttjvâmcntc. âs essônciâs Scrais exiíem rrctafisicânrcntci os
romes que damos a elils rellcl.Ir urnâ rcâlidadc. A tcrccira possibilida
dc ó: csscs conccitos gcrais sào rcâlnrcnlc criâqoes da nrenle. rrâs clcs
cllcicn algo qlre c\isle Ia re:rli.hdc. orrhom |áo cxista com â mcsma
vrlidâLle {nr c(nn â.,es,,ra l,Ícnsidrdc. otl coln a mcsnra reâlidade dos
cllcssingularcs ouscjâ.ascspacicscrlsleln. nrassauuniaexisiênciadc
'scgun.lo gr.Llr"; tnn lcro singulrrcrlsrcclcri!âmcnic. c acspócic'lcáo"
sr; c\iste em Lunçao delc c conro unra cspécic dc pâno de lundo.
A quantidadc dc tinta qrLc sc clcrranrou para elaboiai esta qrestio é
tao grande. e as soluçóes sâ() ião âbsoluiamcntc ilcniâis c cngcnhosas.
(trc lcl!o qLre rlruiias dclas ecabaram tâmbaln sc irnpregnândo no scnso
c(,rnum, dc modo quc. hojc. qutLn.lo a sente lenta ellborâr e!ta ques1lto.
veio que exisle IreIos dilicul.ladc do quc parcciâ havcr nâquclc tcnrpo
t',,r cxcrrplo, sc lhcs digo quc os Ica)cs têrn râbo, cstou falando dos leóes
.ooro cspóoic, Inas é claro quc a espécie "le.Ld'enquanlo 1al náo lenr
:i
rabo. Por ouiro lâdo. se lhes digo que o arsênico mata otl que o vinho
embebeda, cstou qucrcndodiTer queumâ quântidade pequcna dcvinho
tomacla isolâda e singularmcntc cmbebeda, e qüe náo é preciso beber
todo o virho cxistente ou ioda à espécie -vinho" para ficàr bôbâdo
Ora, aconiccc o scguirter quando digo que o arsênico mata, qucro
direr que unla got.L de arsênico mata, assim conro dez toneladas de ar-
sônico tâflbém nralarianl. Náo há urnâ djttrcnçâ subsiâniiya. O slrjeiio
náo pode morrcr mais só polque iomou mais arsênico. Ele vai rnoflcr
th.olJ 1 r(nr. Ll( nr. \ J muflcr J.,, \c/.. uL qui 1/( rc,/r\ uu ||rur rl
"mais profrndâmenle', porque tomou mais arsônico. Isso queÍ diTer
que às propriedâdcs dc urirâgora de arsênico s.Loerêtâmente as mcsmas
do aÍsênico lomâdo como cspócic, c â propriedade moriíler de todo o
arsônico é a propriedâde lnoúÍierâ dc uma pcqucnâ quântidade. Nlas
se digo quc os lcóes têrn râbo, isso náo quer dizcr quc todos os leóes
t€nham o nresmo riLboi câdâ um dclcs tcm unl mbo diLererte. e 'râbos"
tambóm são uma espécie. Bntilo, o quc estou qucrcndo direr? n)dos os
leôes tômacspócic "râbo'? Não. elesiém unl rabosingular, que pcrtenc€
à espécie "rabo", coDro cles pcrtcnccm à cspócie 'leão' .
Orâ, cssâs observaçoe! sáo fáceis dc vocô rcconhecer, e ião logo
as rcconhccc vocô p{rrcebe que â questáo dos univcrsais náo pode
ter uma soluçâo Lmívoca válida para todos os entes e para todas as
cspócies de enles. pojs as espécics tambónr sáo lrieraÍquizadas de
mâncira difcrcnte. Por exenplo, se digo -todas as gotas dc âlsênico",
estou lãlando de entidadcs perfeitamente idênticas, câractcrizâdâs
pclas mcsffâs propriedades. qlre só sáô disthtâs espaclalmente se
separarmos gota por goia. e que jultas. distintas ou mistürâdâs elas
têm exatamente a mesma propriedade. Mas e se eu disser "todos os
brasilciros"? Ora, as propriedâdes qLrctcm unr brasileirc são idêntica!
às de outro brasilciÍo? PÍelendo nio ser tào burro ouanto o nosso
minjstro da Educaçáol
1Z
Posso ató estâr engunado elc podc pensâr que bun! sou eu -, lras
lcjo que tenho propriedadcs que ele nao lem, e €le tcrr outras que eu
nao lenho. Dle âssina un1 decrelo e dá emprcgo para quenl ele quiser c
o Estado paga. J,r eu, se mandâr o Estado pagar. ele não vâi pagar nada.
Se eu dcr enWêgo para todos vocês, é lmüdc. Isto signil]ca que âs pro
p edâ.lcs náo sâo as mesmas, nós sócoincidinos eln algumas delâs, cm
ôriras não Flniao. o rnivcrsal "arsênico"e o universal "brasilciro" nào
poLlcm ser discutidos exâtamenle no rrcs|ro plâno. Perguntar se esscs
univcrsais existen ern si ou sc são âpenas Irolnes é urnâ pcrgunta que
tcrá qlre ser clilêrencia.la cm um e e]n outro Éclaroqucquemdescobriu
lsso não fui cu, isio foj surgindo no curso das próprias discussocs.
É tácil você perceber tambórn que. enrbom irrdo isso icnha sido táo
marêvilhosamentc claborado durân le esse perÍodo, para cteitos da evolu çáo
posterior dâ cu ltura ocidenlâló como sc nâo tivesse sido. porque a capaci-
dade de osujejlo distinguit primcirc. enl.eo u n h,crsal abstrato e osirgular
concrelo e, segundo. entre divcrsas cârlrâdâs ou niveis de unit'ersals collr
gmdaçocs criisienciais diÍercnics. csta capacidâ.le parece qLl€ desâparcccu
ao longo dos iempos. c a propcnsa{) a conlundir ó câcla vcz maior
Por excmplo. quan.lo l(arl Màrx diz quc o verdadeiro suieiio da his-
klria, sujcito âgente dâ história, nào s,ro os in.ljvíduos, mas a classe, cle
csiá íazcndo cxatânrcntc iÍo. QLrsndo clc diz quc a burguesia lonrou o
poder.. ora, dizer que a burgucsiâ i(nrrou o poder é a meslnâ coisa que
dizcr que a espécie leão abanou os rabos. é e\alanentc a mcsma coisal
Un1a classe nâo po.lc iomâr o podcr de nrâncira alguma. O que pode
âcontcccr é que âlguns indiútluos, ott ltupas especl/lros, totnaram o
podcr. Nenr se pode dizcrquc o lonraüm e r nonrcdâ ciasse, pois corrro
a que você podcriâ reunir lod a clâssc burgucsa e eleger se!s rcprc-
scniantcs pârâ qlre eles iornâsscm o poder em seu nonrcl Isto nunca
aoonteceu, evidentcmcnie. No neio claqüelâ confusào da ltevduçao
francesa, como é que vlrcé ia corrscguÍ rcunir todâ a burguesia?
I-lm scgurdo llicar qüftndo a ial da burgucsi.r lomâ o poder e vocô
pcrlunla: NÍas. esperaj qúantos burgLrcses havjâ entre os nolos gn
vcrrân1es? ' (b Gueses rro scnlido dc câpii.rtisras: qua ios capiratisias
havia entrc os novos governantcs?), a rcsposta ér ,.praiicânrcnle nc
nhLiin O quc havia crâllr illicleciuais..rlrr militârcs. eram padrcs
l)ri:lo. aié hoje nrc pergunto o que o s iciio qlrjs dizcr qlrando iãlou
que "a burguesia tomou o podcr', e que a nova sociedadc que surgc
"cstá sob o donrinn) da bul3resia',. Como é essc donínjo de classe?
Ilsse dor nrio é consciente dcliberado. ou ó iolabncntc inconscicnictl
Para rcsoh,cr esltL qucÍáo. seia prcciso desnrcmbú t.L cour todâs essas
distincocs escoláslicas Sar urüa nrcntc trclIrda ncstc iifo de.listinção
a câpaz dc rna(ar csta chlrâda.
QLrândo vernos inrlrreras discussaes quc surgem .lcpois por
cxcmplo, hii unr li!tu do Si.lncv Hook. um filósoti anre crno quc
primciro loi conlunistx e depois anriconnrnisra. que sc châmà O nrrúl
na hislórí.l.1 Ele tcnta sâbcl qual ó o p pel clo i .livnhro na hisi(iijâ
/\o colo(tlr cstc problenrâ. pL'lo simplcs lÀto dc cotocir to elc pârccc
csl r inclo contra Lrma r(xla quc dil que a histórià é lejrâ pclâs massas,
ou pelas clâsscsj ou por sIicitos impcssoais. 
^ 
sirrplcs cxjstôncia L]e
umâ discussâo sobre quâl ú o papcl do individlro. cta .tâsse sociat. do
gnrpo, da nâção cic., o que ó isto? I:ta discuss,ro dos uni\,€rsajs clc
no!o. i.lênticâ. s(i qlrc cmprecndi.lâ scrir aqul]ic rig.n e aquciâ tileza
cscoláíicrL poriâIto. cmprccn.ljdâ frcquerlemcntc cl)nr a (onfusao
cnl|c csprtcies conro o arsênico ou o leão.
O sinrplcs 1à1o de os inrlivíduos quc ie Inrrcm lressas djscussoe5
frio pcrcL,Lrcrcm quc se trâtâ ainda da discussao dos unii,ersiris. apcnas
x|licada â Lrll setor cspccjal, jri Drosirl' qlrc algo se perdcu no canrjnho
Qucr l:lizer cstávâIros üdo rn) cÀilrinho dlr constiiuir uIr coDjLLnto dc
crilóri.rs cicntílicos paru .lisoutir iodas cssas coisas. llras. intelizmcntc,
qurn.lo os carrarâdâs csiilvânr disculindo csscs concejtos ctes não
ll',,,1,,1
(inhanr ainda dados hlslíiriros sulicicoics. E. quando apârcccram os
dados históricos. cs.lucccraln os conccitos . nrdo é.lilÍcil, nào é?
Quando os camarâdas tor.Lnr tic.udo rliados por esta discussao
cerla llos uni!€rsais, snrgc dc novo o vclho tcma da prioridadc dtL
rrâ.:liçáo sobrc a discussão dialótica. Surse com um sLlieito cha.rado
Pcdro Damiáo, c ralnbénr com o larroso sio BernârÍlo. [.lcs sê oporao
â qurlquer(iiscussáo.1:sse ilpo, dLcndo'Vocôs csrão todos âbrindo as
portâs parâ o llclnônio. Essas disclrssôes só v,to levá los para o lnlcnro
t) quc interessa é n.Lo cítuecer aquilo quc nos loi transmitido pclos
friÍ!eiros lesrêrrunhos rla pÍcsc|ça dc Cristo'
Tambóm ncstc câso. é absollrt.Llnerte nelessarrio dizer que r)s dois
tam razaLo. pojs. se você esqüêce êsse testcrrunho, cnião vâi csqucccr o
conreço da su:L dlscussâo. \'ocÔ ncm sabc rtais por quc cstá discutxrdo.
llür scgLLndo lugar. tanrbóm ftu srhc enr que ponto d.L hisl(irix locê
orir.L. pois estri viven.lo uri ciclo hisi(-)rico.LUc a todirho dctcnninaclo
por esle lalo crisrão. Alór dis$. ü)ca nâo podc jogârtodas as discussôcs
dilllóticâs no liro. N{uito bcm. crisliafisnro. sintl Nlas como é qlre vanros
c\plicíristoilqriil IquâióoscnridodorLlrinalclcrivodocristianislno?
o quc o crisriâlrisnro clctivânicntc âfirma'' Sc você ficâr apcnas cl,m o
lcstcurunho. sc rirâr conclusanis pcr lcilanicnte her élicirs. isso nalr lârá a
nicnor.ijlererça. pois. al'inrl dc conr s, o tcstclntlnho, o Evangclho no
(tual locô esiá bascâdo ó Ír Drcsnro. Enrâo. aparc(c dc novo cssâ tcnsáLr
cnlrc o crisrianisrno connr lato c surL trirdlrçrio doutrinal, conr loclas a!
discussôes dinlélicas (lai dcco.rcrlcs
A €sta âliura. apârccc urr suicito absohrtamcnle rnaravilhL,so. que é
Sxnro Ansclnlo, quc já nrcncionanros. Sanb Anselrrro é o lndivi.luo que
cnLrncia â clnnradà 'p|o!a ollir)lligica da L'ristartciâ dc Dcus' , a q al
sc iormula âssim: sc Dcus ó conccbnlo como uü ser inlinito e perlcilo.
cntáo EIc tcln que exisiir llecessariarienle. porque, se e\isiisse âpenâs
como conceilo. llle r:ro §eria ill llll ilo nern pcrttito. N{nitos sóculos mais
tardc. Kant objctará a este argumento, dizendo que Sanio Ansclmo
eslá conlundindo o conceito corn a coisa conccituada. Kant dirá en
rão: "Essc Dcus dc quc vocô csiá lãlan.lo, você pârte de Lrm conceilo
hipoiérico .1€ Lrln ser iniinito e perfeilo; hipoleticaÍ.eni€, o scr assinr
conccitnâdo cdigc suâ própria cxisiôncia. mâs só hipoieticamelrte '
^cho 
que o ârgumento de ]tuni nào é viLlido. por u nroiivo muito
simples Uma ve7 eu nre pergunlel o qre eft un iuízo auÍo eaidenÍe
c procurei a defuiqâo elll tudo quânlo é lugâr Só o vi delinldo pcla
certezâ subjetivâr juízo aulo evidenie é aquele qlre suscita rma cren-
ça iffcdiâtameirte. Orâ, mas susciiâr automalicâmenic ulna crença
nào qucr dizer que o juízo seja verdâdejro, pois juízos lalsos tambóm
podenr. acidenlâlnenre, srscitâr t]nrâ crcnÇal Essa dcfiniçáo de juÍzo
auto-cvidcnrc não mc parccia. cntão. ruda evidente. Ao contrário. elâ
me pârecia b.Lstarte lalha.
ELLralübórr buscavâportodaparicumadcfiniçâodâprópriaevidên
cia. c vi que o primeiro sujeito que relncxeu isto a lundo loi Edmund
I ILrsseil. rnas úmbénr nele não hâviâ ü'na deliniÇão suficicnte do juizo
auio-cvidenie. NãLr achci a defnriçáo, mas descobri uma prop.icdadc
lógica de ro.lo juizo.LLrto evidente: é aclu€le quc náo podc tcr rlnla
contmditóriâ unnocâ isto ó. sc vocô tcm um juízo âuto evidente e
cnLrncia suâ negàção, esta será sempre aDbígua. terá semprc dois scr-
ri. - P',' c.e rt , r. leJÊ^ou,'c t.t^uo4,tpo!úa rrui.rrui.
cvidcntc ó quc csrou aqui c agora. Nós sempre estâDos aqui e âgorâ.
vocô sempre está onde es tá noDrolllenio en que está Sev.,cêdisscr "Eu
não cstou aqni c âgorâ", isso qucr dizer o.quê'l Que você eslá ellr olrilo
lugâr, olr qlre você n,Lo é esse que estl.L lâlando? A lrase é estâ: "Eu náo
e!tou aqui eagora' Vocêvêque€siamesrra frasctcrr rcccssarianrenre
os dois scntidos, quc sâo complctanlcntc diltrentes.
Par.L lornar isto aindamÂis claro. vamos pegar o famoso otcmplor '-A
= A . [sie é um iuíro considcrado ârto-cvidcrtc. Se digo 'i{, A', conr
s§o quero dizer o quê? Que o pdnr€iro A ó dcsigual a si l1lcsrno, ou que
o primeiro A ó difcrcntc dc unl outroA,que chamâreDros de Are Ar? Se
rligo '4,]\ , estolr querendo dizer que AL é dilerente de Ar, ou que AL é
(lilerenle de A':? A expressão A = A' teff um scntido unÍvoco: que o 
^c igual a si mesnro e você enten.le que â duplicjdade aí usada é apenas
uma .luplicidâde de sigro, que o seglrrrdo signo A sc rcfcrc ao mcsmo
obiero do prinrciro sii+o A. Nlas sc cscrcvo i\ r 
^', 
já náo sei mais se
a uüa dilerença de signo ou uma dllerença de objeto. A cxprcssáo 'A I
,{' nlro e\pliciia por si ffesma o scu scntido, cla tcm um sentido duplo.
\ircô podc tcstar isto com todas as sentenEas âulo evidentes Não vai
A ncgaÇão do auto-cvidcnic ó sempre ambigua Entáo, todo o nossl)
problema é saber se a âíirmaEão de Santo Anselrno é ou náo umâ scn-
lençà iiLrto evidente e se. dito isio, vâlc a crítica dc Itant de que ela é
hipotótjca. 
^ 
qlrestào se t'ornulariâ assinr: po.le Lrm juizo aulo e!idenie
scr âpenas hjpoléljco? Ou Ll juílo âuto'cvidcntc ó carcgórico c tenr
v lidâde absolutâ, on clc é somcntc hipoiótico, só ten1 vdlidâde dentro
dc certas hipóieses. Ànalisando aqLrcslio conr certos deiâlhes, verilico quc
a ifipossíve1 uff itlízo âuio-cvidcntc scr hipotótico, pois, se assnn tbr, náo
a ruto-cvidcnrc Se ele lor hipolético. é necessário que o seu contrárlo,
{r scu contraditório, possa ser concebiclo corno iguâlm,rnte \,álido. \'ocô
lcnr uffâ hipótcsc dc quc sirr c umâ hipótcse de qlre naLo; se uln juizo é
rLUto'cviderlte, ele náopode ser hipotélico, ele só pode ser categórico, ele
ri]o pode sequer ser pensado corno hipotóiico. Entáo, ncstc caso. a critica
dc tílt]i de que ê prova de Santo Ansclmo só é válida hipoleticamente
vâl para o brejo Resla saber então, se a scntcnça "um scr infinito rcm
r,,J.,. "' F r 1.r.n.... onÍ.arr^. raô oudr \ r i rc\''rrrr( tui. i.ru ( n,r
ilnpcúeiçaro' é unr juíz.r âuio evidenle ou não Ficâ estâ llçáo de câsa
par:L vocês: peguer ââlirmâtiva dc SântoÁnsclmo e tentem invertê-la
t'.,r. \cr... un.. Brcr,r, brrr un ".u rrr..(lir.riJ unrruLi
t7
li\\)ia 
^ 
ttuesl.ao qüe üeja rrcssa prc?a é que a prcbLenla nãa é
alinar: "DeLts é etlslente au tkio". () ptobLeiud é alonnt que Deus
? inlinito. e aí (..) até está íamulada de uma na eiru hípotíltica:
"Se I)eüs é itlli ih. e lao se segue que existe". tsot , se o caso é esse
(...). )
Nào. não -Ser infiniio' e "Deus", essâ é a própriâ deliniç.r,.
lAull./1r., Ha.t t .w4u, 'taut,t ttut,..l t'.u,tt , 'nt''
diíícil de ptutut, a\t seí.1...1
Nao. o Deus a que ele eíá se relerindo é o Dnls cristáol Elc qücr
sabcr sc csic Dcus... lsto !oca podc qucsrionar, â existência do inlinito.
Lr..d"b.. ..u N(r.r( ir. rin.i..lui li iru,l<.,i.,,(r.,
puder Assinr: _a) i.liniLo e\isre necessâria relrie' Inveria c tcnic obtcr
a coriradilória urívoca. Náo tcm Vocô topa com o scgflinie: "O inlinito
náo existc necessariamen te '. lsso quer djzer que ele só e\isie contin-
geniernellle, ou quc ncccssâriârrenie ele náo e\istc?
I{lunr\: Nao, a prcbLetnd aaéaer:ísLênci&doitlli ila, é set inÍiniÍa.
Não é eÍistit a túinito, é set a i lbtiÍo.l
Nãol Tira Dcus da iosadâ. vamos dividir por partcs. Ncsla discus
saro. I,eus já cstá delini(lo conro o ;nl'inito desde o início. não é isso quc
€siá serdo qn€stionâdo. Sc tor lininr, náo ó Dcus, isto parccc bastantc
óbvio. Sc o Criador dc todâs r1s coisâs ó liniio. clc tcm um limiie, erltilo
ele nào pL,de ser fundânento absotuto de si mesnro. lsso é clarc. n.io é?
Somcntc o quc ó írliniio podc scr fundamcnro âbsoluto dc si mcsnlo. ou
r.,..r'i. Lrr.. \ .. ri" r . püJ I d. rür p,d - urir .r,.f,.rl,rrrj..rrJ
dado ntL própria l'onnLrlaçao clo problerua laqa urnâ negaliva uní!ocâ
dâ cxisranciâ do irlinito. Não dá. Tcnic tambóm invcrtcr. tcnre obter
â negâliva da prova dc Santo 
^nscimo 
e vejâ se obtém ulnâ negaiiva
-lE
LAIUnâr ÀÍas tkt l1oú efi que üacê ?stá dizenda "é inlíúita"
e globtl do o "exisle". nAa é?l
Mâs é isso quc Santo Anse|ro está dizendo. Signilica o sc.euiotcl
SântoAnsclmoestáerpof do eln termos 1ógicos um contcúdo queé auto
evidentc e, portanto, intLriti!o. Ue n,ro esú têzendo ulll râciocinio ióitlco.
está apcnas .lando unrâ lormulacão lógica a um conheclmento intuitir,o,
qucó ae)iistôn.ia necessh a d o iníir ito {j m, sc você brra eí:i e\press.Ll)
luli.JJ, ur Ion.ci r.In1urô.\iJ,.r. fu rin. i'rr ||\,, c^rn
se ela lotse apenas un1 r-aciocínio lógico, làzcIdo rbstrirç,o cla inluição.
locô cÍá lcndo esle raciocínio eiatanrenlc por aquilo que el€ não é. ou
seja, cslá tâzendo ulnâ lcitrLra ficciolrâ1. L o que lez IQnt. O própno l(ant
lcr tnrra leilurâ hipotética: 'Supondo+c qüc eÍe raciocinio pudesse scr
oblido por r cios pürârnenle ibrnrais. d€scontando-sc â auro-cvidência
c, portanio. a intuitividadc dos conccitos âli cnrlnrtidos ele seria apcnas
unr juízo hipotélico' . Nlas acontccc quc nrio podc scr llnr juízo hipoté1ico.
porquc ó âuto-§,idenle Portanlo. elc rào po(lc scr analisado dâ mancim
conlo lGnr o analisa Isso qrcr dlTcr quc iL prova de Sanio -,\nscllno ó
!álidâ parâ que a entende, e é inválida parâ qucrn |ão a cr!1ende
lAltJna Pais aí àote 1esse pnhLetna. tlda é? De assacíara i littito
a um set Esse um set é un ente Íanbtttnl CotLto é due é issal lsb n
ütrc ta rcfite dilícil.l
Nãol Você sâbc quc. o quc qucr quc sciâ Deus. Ille é o inliniio, nâo
lcrn liÍiiie em nenhunr sentido. não só qrâniliaiivo, r.as trnrbénr
qralitativo . I iniio signilicar aquilo nlórn do qual nad.L podc scr con-
cehido. Por deiiniçào. Dcus ó isio. Vocô làlar "Dcus' ou 'inlinito" a
r mesmâ cois.i Nllo é que você lcm dc conccbcr Dcus conro inlinilo
Se você concebô-lo como finito, não é Deus. é olrlrn coisa. Istlr l(ânt
rcrrr Lliscule, porqlre não |'az scniido discniir isto aí. O quc !o!ê est,
(liscutindo ó a exislência do Ser intinito.
lAlurlàr n rssa (otrstatctçào desse inli ilo iá é una cot\taltl:ào
itltLtitil)a, é absü'açào ..?l
Nao. é um conhecimcnto. A cxisrôncia do inilnito é unr dos primcircs
princípios, coiro o princípio de idcntidâdc. A rcall.lâ.le.lo inlirito é o
que eslá prcssuposto crr tudo qLrc você pensa.
l^luna: Àrri.r á rno f. ) e?ide tc a tenpo Íodo, couto a üincípia r1e
Ntio, o tcrrpo lodo nào, clarol NÍas ncm o princíplo dc l.leriti.làde
é cviclentc o tcmpo todo, pois quàndo você.liz -o tcrrpo tülo" cstar
queren.lo dizcr "parâ um srLicito'. Orâ. â nriior evi.lénciâ qLre e\isic
,u,\ c,.dp:, d.n,^. t,.r.,l(,1 i,.,i ,. , , ir,r.n, q.. r",......,
dertes e. âliás. ncrr srio lcr.]âdcir0r poclenr nos clar Llnra trcmcnda
irnpressão de certcza. O quc tcntci âÍ ioi iustâmente tir.r cssc problcma
de evidônciada alçada psicolíjgicâ. pois o juizo âuto-cvid cntc náo pode
ser ieconhecido apcnâs pclo cltiio qüe ele exerce nâ cabeçâ dc ial ou
quâl lLrlanol llle lenr quc ler Lrma propricdadc irrríISeca (,u vári.Ls) que
pcrmiia rcconhccô-lo crn todos os câsos Unra dcl.Ls ó csia clc rcff uma
propriedade lógica, que é a dc nâo icr urra colllradiiória univoca.
,á os juí,os que nao s,to cvidcntcs, qlrc sáo cmpíricos, todos
têm contrâditóriâ unívocâ. Se você diz, por exemplo: 'O gato cslá
ern cinra da mesa, ou -O gato não cstá ellr ci )r da Inesr'r. '()
gato nao cíá cnr cirra Lla mesa, nào tcrir ncnhuma anrbigriidâdc O!
a questâo do Paslcur: 'Exisre gerâÇ o espontâneâ ' ou 'Nâo cxistc ilc,
ração csponlinea" Náo ienl ambiguidadc alguffa nisto, porque é Lrma
qucstáo cnrpírica. Aqoil(, quc é enrpírico é conlirnrâdo ou ncgado pclâ
experiênciâ, já aquilo quc ó âuio eviderrie independe da cxpcriônciai
qualquer que seja .L cxpcriência â coisâ tcrá que ser assinr, como dois
mâis dois sáo quârro.
+0
f,\llrnor [rds c sc 4s ressaas /a] L1n1 lã pa n a q uestão can o ã li]' n
çdo e as duds negações possíreis deLo'? A ncfaçào de u t juí.a aulo
eí)idenÍe é una contraditórío. é ambíeua. (...) ll se a q esti.nún1e la
qu? elc coloca c rnl )t t7s ttâs opçoes' QuaL dessas é (. .)')l
\.ô ..,,, , ar.r:r.r rr.Jd..irr ,',u I |r ,rr,. .u.tu,
csiou lazc|do lá c)tâninci o juizo aulo evidenle e süas duâs ncgâçÕcs
possiveis, e esiou reconhecendo srâ auio-cvidôncia pclo làto clc quc
ele Ião podc tcr uma contraditóriâ uní\,ocaltú logo você loriiulou
a contraditória. elâ já ten1 dojs senlidos [u não esiou discuiirtlo âs
negaçaes. só esloLr diTendo que o hLo dc ráo rcr contrâditóriâ unívoca
prc!a quc ó um jnízo auio-cvidcntc. Esta c Lrniê c.Lraclcrísticx do jlrízo
auto-c\]idcntc. DaÍ se levênl.r r qulsiao Prirn.iio: a provâ dc Sânio
/\rlseln1o é aLrlo c!idellte? Scgundo unr jLLÍzo âuio'cvidcnte. náo po
dendo ler contraditória uni\rcca. podc s.r uln juízo hipolalico? li a
[Aluno: Nro estou e]tt(tldtfirLo t utlo bcn pat qtrc ?sla é u]1ta
propticdade do juíza aüla etidenl. I:t;|,.t.1litl r1ção.- h» que c'? l-- )
S?n set peLa e:{petiêncid... qunscquLLtnpnic núúe.l
Pâra caplicar a cstrutLrrâ lógica.lc por quc ó assirrr. issl) levariâ lrorlls,
tcria qucdesdobrar pe.laço porpcdaç{r l\'1as, s(i paft abrcviarâ hisiúia.
,J.L lenre l'', q. r.lr:rd...,r \u. rr.,1.,,
lAl'rt1o: Ata pacebo t|üe, fazetldo drias 1c lt1ti.,as.. ]
\bcô qücr.lizcr o quô? \'trê dizcr 'um quadrado nao tcnr (lúail.()
lados . qucr dizcr que "nenhlrnr quadradr) lem quatl1) Iâdos' ou quc
''csta figurâ n,to é un qu;rclrado"l'o cnunciâdo por si náo diz is$.
\l)cê DrecisaÍiâ erplicâr o quc quis dizcr Flniáo, csse desdobiarn(nto
cntrc o quc você disse e o que quis dizer ó câracrcrístico da ncgaqÍ)
+t
lAlüno: Erisre una lotma de nasnt íssa? (...)l
{\ c\i{c' \4a. r.rl n. n.L ndJ (1r'ú quc \jJ ,i.'(*rriu .
lAlrnà: Sabrctuda un iuízoaltta eaitlente, ele éa púpioset? Quero
dizer, o caso de utn iuí2o aulo eúide le, o ser ( ..)?l
Não, o juí7o é simplesrnente üma colsa qüe dizemos. No caso. para
SantoAnsclmo. â cxprcssáodo juízoquc ele 1ãz sobre Delrs é expressáo
direta dl.] próprio Ser de Deus
lAj|lna: Nàa a netn utna ptaz)a. isso é só unl iuízo. yocê dizet que
\ \'eu4tjut.a ttaapú,noftoto f tttnn i\]n ttd ' p u,lro pLJn t
un iuizo aub-e\idetlte.l
É uma prova, snn: I,orque â auto-evidência aí só é lnoslracla d pos
leliori Vamos dizer que este juízo, "Deüs eriste", náo é auto'cvidcntc
por si, vocô prccisa prová-Io... O que é uma provâ? Prova é evidência
indireta. A prova torna uln.L.Lfi.nativa que náo é evidenie, à prilr€im
visra. evidenle à segunda viía.
lAlllní\: Mas ao lefi ufl rcrcioci io Lógíco.l
Claro que teml O raciocínio Iógico csiá aí colocâdo parâ mostrar a
.vid.-cia Jo quc nao ItJ-e. ia F\ ide re 1 frin ei J \i..u l(\,rrm(rr(
isto que é ulna prova.
lAlr1na: ELe só lak o mesma coisa com ouÍra palaüra; efi í)ez de
ÍaLat'é", eLe lala "etisLe". .)
Toda prova lâz isto. Uma provâ lógica, uma prova geomét ca, não
ó nada mais do que â explicitaçâo de um conteúdo que já estava d.rdo
inicialnrente nos teÍmos, masque não se iinhapcrccbido. Ncstc scniido,
todas as provâs são tautológicas E o que significà a têutologia nesse
caso'? Nâo signitica você dizer a mesn1â coisâ dlras vezes, n1as diTer
sâbcr o.luc qucr dizcr c, na scgundâ, iá sabcndo. Isto
signilica que haviâ uma evidênciâ âli, hêvia ulll dado, uma verdâde,
que er.L evidenle em si nlas rao era evidente para Dós. Ou seja. nao era
cvi.lcntc à prirncira visia. cmborâ para um sujeito mais inteligentc, ou
pêra o próprio Deus. Íosse alriomaticamente evidente.
Na verdade, se você pegâr todâ â geomelriâ d€ Euclides qlrândo
clc dclnonstm as propricdadcs dos triânglrlos, dos qlradrados, ctc , ele
só está lazeDdo isso As propriedades já esiao (odas lá. evidenies no
prinreirc irrstantc, mas cvidcntcs cm si, náo cvidcntcs para nós. O quc
é uma prova? Uma prova é exatamcnlc mosirar uma evidênciâ que já
estava lá, nras Iáo estava visívcl no primeim instanre. Todâ provâ é
isto aqui, sc for prova lógicai provâ cnrpírica ó outrâ coisa, ó scmprc
só probabilísticê.
lAlrtlo Ela é ecessátía. para set utna ezrídôtLtia primáría. pottir
da sinpl.es pelcepçao?)
Nãol Será percepçáo se Ior â1go rclcrcrÍe âos dados dos senlidos,
mas os prineiros princípios, quc sâo o lirnd mento das provês que
você lará mais tarde com dados dos sclliklos, esses não podenr por
sua vez dcpcndcr dc dados dos scntidos. sc vocô lbr partir pâm o
empirismo radicâl, tipo o do lohn LL,cke: "Você nasce com a cabeça
toiallnenre vazia e daívai agruparrclo os dados sernelhantes aié cÍiâÍ as
câtcgorias lógicas '... Mâs, sc cstá vazio, como ó quc você sabc o quc
é semelhança? Àté o sujeito chegar a descobrir o que é semelhânça
ele já estaria com s5 anos. c dâí clc iâ comcçâr a agrupar: 'Ah, esse
gâio se parece com âquelc gâto, essâ bola se pârece com âquela boia"...
Então, se consegue comparar du.rs coisas. é porque a estrulurâ lógica
da scmclhanqa clc já traz consigo, clc ó capaz dc pcrccbcr scmclhanÇas.
^liás, 
até unl gâto, umatêri.rruga sào cêpâz€s de perceber semelhanças
o qlle prcva qLre essa estrüiuÍâ da sernelhança náo depende. por suâ
+l
vcr, dâ cxpcriênciâ, nras, ao conirário. iá !cm embuti.la enr nossa próprja
constitlrição, nlesmo.luc scja â constitlriçao lísicâ, ponco impLrrta
Alrno: l)eea do esstl alitntaçàa d.o Sanla 
^nsel 
n. para cla set
rálkla. para eLu set Trexladeia. en ulEtln nlonlenÍo tL)ca tot que lc't
utlt co lalo expcrie ri.!l cotn Dc s, que setia a ptusenqa de Ctisb na
Tena, dl[a assini. ao é? It. tua a ttatruliz]a seti.L tt ptoi)a. -
NaLol llsLa provâ scria pcrlcitamenle válidâ para ,\ stótcles. quc
nunca viu ncnhum Cristo
l\lút'. l'hLao qual i etotottlcnte u prc|la (. .)')l
A prova é âuio-cvidcnle enl si rresüa, porianto. náo po.le depcndcr
cl€ cnhtlm dadocmpírico. \otc bcm. considero qLI e essa p rova dc SantL)
r\nsclmo é o graidc .li!isor de rigu.rs e.r roda a tristarria. é o centro da
hislóiiâ hLrmânâ. É a coisa lnais irrpodantc que alglrém diss. nâ civili-
zaçáo ocidcntal E ó curioso que. scndo tàLr auto evi(lenle para llns, ela
scja tiio obscurac ii(, duvidosa paraoutros. O.tLre óquc dctcrminâ estir
ditciençâ? R)rquc SantoArschno viu unrâcvidôncia lao prlmatriac l(ant
.lissc quc cm apen.rs tnr juíro hipoiótico? É óLrvj(, qüc rr cstá fàlando
dc umâ coisâ e o ouiro csiá falândo dc ouli:t Pâm Sânto 
^nselmo, 
ist.)
é unra pr(^,a no scutido cslri(o d. "prova', ou seia. uma €vidcnciâçáo
illdirctâ. Uma vcz dada â provâ, o quc não ern evidenrc id11ou-se cli
dcntc. cntlo você pcrccb. quc o iLrízo no lundo cra tautolirgico e qrc
vo!ê csiara dizcnd0 unra coisa rro óbvia como A = À .
Sânto 
^nscloro 
lal loda csta prova segurc dc qLlc csiá trabâlhando
no plano das evidôncils. I(ânt coloca cssà cvidônciâ cntre parên1cscs.
colno se não tossc cvi.lêncirr. lissc só umâ ârticulaçio l(jgica, só umâ
.Í \a Lri.Lr. t{.{,.,"..cr \. l J,.,(.tr u,..,r, " tti..' n.tu* i
.. d,l r, (,,.rr'q.. .r tl.i .. .1. "l.r.1,.,cttr. t,-,,5..L,
es(rnlurâ nrrnrâI. Llu scjtL. l(anr pcgâ cssâ prova dc Sanlo Ansclmo c tr
iraia como sc losse âpcnas 0ma cstrlLtura lonnal. A8ora, pcrgunto eu.
âquiloqucé auto evlclenie sc considcra.to apenâs conro cstrutlrra lorilal
scrá outra coisn complctartcnte .lilerente. c não rüna alrto evidênciâ?
Ou seiâ. o quc o ltunllaT é dizer o scgui e 'Se não considcrârmos esstr
âu to-cvidên cia com o :ruio-cvidônciâ. cl.L será somcntc unra Provr, e dâí
scrá sonlentc hipotéticâ". Só ienl ulri pd)lcma: por qlre consi.lcrá'lâ
rssim? PoÍ qrc l:Lz isto? ll s(i porquc quis. l\4as vejrnn)s sc isto pode ser
sorncntc umiL provu ou sc ó tlmâ âuto cvidência. Eniáo tcnlos o crilérk)
da conúadilóiiâ Lrní\,oca: sc náo iissc aunr-cvidcntc. poLleria ier nrna
c0ntradiiória unívoca.
!Alun.Lr 
^b 
caso de "Dsr./s existe" l O aryut ettta erisl.e. Você pode
dizet : " Deu s n ão exi sle' Porq LE roc, cslá 1.. ). 1
AÍ, sinl. porÍlue você está colocando conro irlormâção cmpÍrira. corrú
rLm juizo ernpirico. NÍas o quc você qucr cllzcr col]l "Dcus"? Enr prlmeiro
lugar o Scr lnlinitol Nâo irllercssâ o rcstnntc do qLre ê teologia diz sobrc
DeLrs, por dciiniç,Lo é o Ser irlinilo Enltn).4 s(') vI)cê iÍ)car cxatamente
como em álgebra. Vocô dcsdobra Lrnr conccilo único cnl seus (L'nrponcn-
tes. Ilrr lcz dc "Dcus". você trocâ por "Scr inlirito" O Ser inliriro nào
pode tcr csta limilaçao gra!íssilnâ chânrâda *irexislênciâ".
I(antdiz:'Islos€rcÍtrcsonrcnlcaoconccitodoScrinfinilo . tiulhc
di-!ro: Ah, isto

Continue navegando