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Manuella Soussa Braga 2018/2 - 4º período PROPRIEDADE FÍSICA DOS MATERIAIS As propriedades f ísicas são determinadas a partir do comportamento do material quando submetido à força de campo, às condições ambientais, às cargas elétricas e outras condições. Podem-se ter propriedades mecânicas ( resistência, rigidez, dureza, ductilidade e resiliência etc), elétricas (condutividade elétrica), térmicas (condutividade térmica, temp. de fusão, calor específico e coeficiente de expansão térmica), ópticas (cor, opalescência, fluorescência, transmitância, absorbância), magnéticas e radioativas. Toda a resposta que um material emite quando submetido a uma determinada condição depende do tipo de átomo que o constitui, bem como suas ligações interatômicas (metálica, iônica etc), dos tipos de arranjos atômicos microestruturais (organizados/cristais e aleatórios) e a macroestrutura. 1 PROPRIEDADES TÉRMICAS Entende-se por propriedade térmica a resposta ou reação do material na aplicação de calor, seja pela presença ou ausência dele (mais ou menos). O conjunto de propriedades térmicas (dados numericamente) determinará se um material é condutor ou isolante, o que influenciará na sua aplicação prática. Uma mudança térmica poderá levar há uma alteração na cinética daquele material, alterando suas dimensões ocupadas, ou seja, seu volume que, se não for de conhecimento prévio, poderá causar problemas (tópico 1.1). CALOR ESPECÍFICO : é a quantidade necessária de calor para elevar a temperatura em uma unidade de massa de uma substância em 1ºC. Na prática, aquele material que eu consigo elevar 1ºC com uma menor quantidade de calor está mais propenso a sofrer alguma alteração interna (por ex. conduzir calor mais rapidamente). CONDUTIVIDADE TÉRMICA : é a quantidade de calor que passa através de um corpo de 1cm de comprimento e 1cm² de área de secção transversal a cada segundo. De maneira geral, é a capacidade de um material conduzir calor. (p. ex. a dentadura é feita de um material com baixa condutividade térmica, ou seja, isolante, visto que a mesma ocupa todo o palato e rebordo alveolar do paciente, logo seria uma forma de proteção contra queimaduras.) Dos materiais restauradores, os metais são condutores compondo restaurações diretas (único: amálgama) e indiretas. Durante a ingestão de alimentos e bebidas com diferentes temperaturas, essas cavidades preenchidas com algum metal conduzem rapidamente essa alteração térmica para o interior do elemento dentário, podendo levar há uma sensação de pequeno choque térmico na região (devido proximidade com o nervo). Para que isso não ocorra, utiliza-se um material isolante (forrador) entre as superfícies da cavidade e o material condutor utilizado. Manuella Soussa Braga 2018/2 - 4º período DIFUSIVIDADE TÉRMICA : é a medida da velocidade pela qual um corpo de temperatura não uniforme atinge um estado de equilíbrio térmico. Na prática, assemelha-se à condutividade térmica, apesar de conceitos distintos, pois aquele corpo que deixa passar mais calor a cada cm de comprimento, automaticamente, atingirá um equilíbrio térmico em menor tempo. O calor específico é inversamente proporcional à condutividade e difusividade térmica. → AMÁLGAMA: tem baixo calor específico (basta uma baixa quantidade de calor para aumentar sua temperatura em 1ºC por unidade de massa) e alta difusividade e condutividade térmicas. → ALGUNS MATERIAIS ISOLANTES PARA FORRAMENTO DA CAVIDADE: ionômero de vidro (também pode ser usado para cementação protética de peças metálicas.). 1.1 EFEITOS DAS ALTERAÇÕES TÉRMICAS DOS MATERIAIS (ou seja, fenômenos resultantes da variação de dimensões em função da alteração de temperatura - expansão e contração). A expansão pode ser térmica linear (ocorrendo geralmente em materiais longos e finos como a dentadura) ou volumétrica, sendo que a primeira traz mais consequências clínicas. Nos asfaltos, é possível visualizar pequenos espaçamentos dados propositalmente para que quando ocorra um aumento de temperatura não haja tensões entre as partes levando ao rompimento desse material. Com os materiais restauradores utilizados nos elementos dentários, diferentemente dos asfaltos, não é possível deixar espaçamentos, visto que poderia levar a infiltração de bactérias na cavidade. Portanto, é totalmente provável que alterações térmicas nestes locais causam diferentes variações de dimensões (devido diferentes materiais) que levará à tensões, podendo causar problemas nesse dente. Para evitar que isso ocorra, sujeita-se o material a uma ciclagem térmica para que analise seu comportamento em diferentes temperaturas (escolha-se àquele com comportamento estável e garante ausência de fendas). COEFICIENTE DE EXPANSÃO TÉRMICA (linear e volumétrico): refere-se a uma mudança em comprimento ou volume de um material em relação ao comprimento e volume originais pela variação de temperatura, seja o aumento ou a diminuição desta. Um dos grandes problemas do amálgama é justamente o seu coeficiente de expansão térmica linear que é muito diferente do coeficiente do elemento dentário (é por isso que ao redor das restaurações de amálgama sempre há trincas/falhas na estrutura dentária, ou seja, esse material é capaz de causar microfraturas dentais, além de trincas no próprio material). Manuella Soussa Braga 2018/2 - 4º período TEMPERATURA DE FUSÃO: é a temperatura na qual o material passa do estado sólido para o líquido, devido uma alteração no nível de organização dos átomos que o compõe. É importante para áreas como a ortodontia, já que nesse caso, o dentista trabalha com soldas (p. ex. na confecção do aparelho hyrax - expansão do palato). Contudo, a temperatura defusão dos materiais é mais importante nos laboratórios. 2 PROPRIEDADES ÓPTICAS Entende-se por propriedade óptica o comportamento do material na aplicação de uma radiação eletromagnética que pode ser detectada pelo olho humano, como a luz visível (faixa de comprimento de onda = 400 a 700 Nm). COR: essa propriedade é muito mais complexa do que basicamente amarelo, vermelho e azul, por exemplo. Ao escolher uma determinada cor durante uma restauração e/ou reabilitações orais, deve-se levar em conta três dimensões básicas: o croma, matiz e o valor. O matiz descreve a cor dominante do objeto, ou seja, o comprimento de onda que ele vai refletir predominantemente (é o amarelo, vermelho, azul etc). Então criam-se escalas de cores que agrupam os dentes em diferentes matizes (A, B, C e D), facilitando na comparação com os dentes naturais do paciente no momento de escolha dos materiais restauradores que serão utilizados. O croma refere-se à saturação ou intensidade do pigmento na cor (p. ex. amarelo mais e menos saturado), sendo identificado por um número (1, 2, 3, 3,5 e 4). O valor , por sua vez, refere-se a luminosidade da cor (quantidade de cinza; de preto e de branco), sendo que uma cor mais clara possui alto valor (mesclagem com branco, por exemplo) e se é mais escura, possui baixo valor (mesclagem com preto, por exemplo). A depender da translucidez do dente, ele terá mais ou menos valor. Geralmente a cervical do dente apresenta maior saturação enquanto a incisal é bem menos saturada. matiz croma valor Manuella Soussa Braga 2018/2 - 4º período METAMERISMO : refere-se a mudança de cor dos objetos a depender da fonte que os iluminam. Um objeto só é capaz de refletir a sua cor real de fato caso seja submetido a todos os comprimentos de onda (p. ex. luz do dia branca). Nesse caso, metamerismo relaciona-se a possibilidade de enxergar diferentes cores do objeto que não seja a original, quando você não fornece todos os possíveis comprimentos de onda (p. ex. ao fornecer um comprimento de onda vermelho a um objeto capaz de refletir todos os comprimentos de onda, este aparecerá vermelho). FLUORESCÊNCIA : é a propriedade que alguns materiais possuem de absorver comprimentos de onda próximos do UV e refletirem estes de forma mais longa. Os nossos dentes são capazes de interagir com a radiação UV e refletem parte dela em um comprimento de onda mais longo, tornando-os visualmente mais claros e luminosos (contrastando com materiais restauradores que não apresentam essa fluorescência). OPALESCÊNCIA: é a propriedade que alguns materiais apresentam de, quando iluminados pela frente, refletem luz de cor diferente do que quando iluminados por trás. Nesse caso, a mesma estrutura quando observada em diferentes posições (em relação ao luminante) muda de cor. O esmalte por exemplo, quando observado de frente, pela luz refletida, é vista de coloração azul, bem como quando vista por trás, pela luz transmitida, é visto com coloração alaranjada. As cerâmicas possuem opalescência enquanto as resinas compostas não. OPACIDADE: é quando o material barra completamente a passagem da luz e boa parte dessa luz que incide no objeto volta ao olho do observador (p. ex. dentina). TRANSLUCIDEZ: é quando permite a passagem de algum comprimento de onda (p. ex. esmalte). A transparência, por sua vez, refere-se a passagem completa de toda a luz. 3 PROPRIEDADES MECÂNICAS As propriedades mecânicas referem aos diversos comportamentos que diferentes materiais podem produzir quando submetidos a uma energia mecânica. Nesse caso, seria como uma consequência dada pela aplicação dessa energia em determinado corpo. Por exemplo, uma barra é submetida a uma força de torção e essa força poderá ser perceptível ao olho nu ou imperceptível e o material poderá voltar a forma original ou não. A barra, nesse caso, seria o corpo que está recebendo uma energia mecânica (força de torção) e há consequências que Manuella Soussa Braga 2018/2 - 4º período refere-se ao seu comportamento diante dessa energia, definindo as suas propriedades mecânicas. → FORÇA A força é uma grandeza f ísica que pode alterar o estado de equilíbrio de um corpo ou deformá-lo. A propriedade mecânica do material, que é o que de fato conseguimos aferir, é o comportamento/resposta deste diante da grandeza f ísica aplicada, como a sua resistência e módulo de elasticidade, por exemplo. Como o mecanismo funciona de acordo com a terceira lei de Newton, em que toda ação tem uma reação oposta e de mesma intensidade , conhecendo a força, é possível prever qual a intensidade da resposta dada pelo corpo, sendo que se essa intensidade for menor ou igual a capacidade do corpo de aguentá-la, haverá permanência de repouso (estado de equilíbrio). Caso a força aplicada supere a capacidade dela de resistir a esse movimento , haverá a deformação/rompimento do material. A força se distribui pelo corpo atuando em toda sua área de secção transversal. Por isso, em alguns corpos, isso é confirmado com o aumento seu comprimento e diminuição dessa área, mostrando que essa grandeza não fica restrita ao local que foi aplicada. → TENSÃO É, na verdade, a reação oposta e de igual intensidade da força. É uma grandeza que os corpos sentem a partir um acontecimento externo, nesse caso, a força aplicada na área de secção transversal. Uma resposta interna. A tensão ocorre em todos os átomos do corpo como uma tentativa de manter o equilíbrio,sendo inversa e de mesma intensidade da força aplicada. A depender do tipo de ligação interatômica e de suas características, ao receber uma determinada força, o corpo vai tensionar de forma a aguentar a força ou se quebrar, por exemplo. Além disso, ao aumentar a área de secção transversal e, consequentemente, aumentar o número de átomos e ligações interatômicas, uma força que antes era capaz de retirar o corpo do estado de equilíbrio, não conseguirá mais, pois, agora, há mais átomos e ligações resistindo àquela ação. TENSÃO = FORÇA / ÁREA DE SECÇÃO TRANSVERSAL O comportamento do corpo depende diretamente de sua área de secção transversal, ou seja, sua espessura. Então, se eu tenho um corpo e descubro que é necessário uma força de 1N em uma área de 1cm² para deformá-lo, o mesmo material com uma espessura maior (8cm² de área de secção), precisará de uma força de 8N para deformar. A tensão seria o comportamento. Manuella Soussa Braga 2018/2 - 4º período → TIPOS DE TENSÃO TENSÃO DE TRAÇÃO : é aquela causada por uma carga/força que traciona o corpo, ou seja, tende a esticar/alongar esse corpo. Nesse caso, há diminuição da área de secção e aumento do comprimento. TENSÃO DE COMPRESSÃO : é aquela causada por uma carga/força que tende a comprimir/encurtar o corpo. Nesse caso, há aumento da área de secção e diminuição do comprimento. O mesmo corpo responde de maneiras diferentes às diferentes forças aplicadas. Até a intensidade da força é mais ou menos suportada a depender do seu tipo (tração, compressão etc). A resistência à compressão geralmente é muito maior do que a resistência à tração feita até a fratura completa no mesmo material. TENSÃO DE CISALHAMENTO : é aquela causada por uma carga/força que tende a fazer com que uma parte do corpo deslize sobre a outra. (p. ex. brackets ortodônticos). TENSÃO DE FLEXÃO : é aquela causada por uma carga que força o dobramento do material que está em contato em duas extremidades. São tensões múltiplas (compressão, cisalhamento e tração). → DEFORMAÇÃO Toda força está associada a uma tensão que, por sua vez, associa-se a uma deformação, sendo ela perceptível ao olho nu ou não. Essa deformação poderá ocorrer de forma que aumente o comprimento (L) e reduza a secção transversal (A) ou ao contrário. L final = L inicial + ΔL // A final = A inicial - ΔA → TIPOS DE DEFORMAÇÃO DEFORMAÇÃO ELÁSTICA : é o nome dado ao tipo de deformação que, ao remover a tensão, o L final é igual ao L inicial e a A final é igual a A inicial . É aquela que desaparece ao remover a carga, ou seja, em que não há alteração das dimensões finais do corpo. A deformação elástica de alguns materiais é completamente necessária para situações como a moldagem efetiva de arcos dentários, em que o material precisa entrar e sair de dentro da boca. DEFORMAÇÃO PLÁSTICA : é o nome dado ao tipo de deformação que, ao remover a tensão, o L final é diferente do L inicial e a A final é diferente da A inicial . É aquela que não desaparece ao remover a carga, ou seja, em que há alteração das dimensões finais do corpo. Manuella Soussa Braga 2018/2 - 4º período Os materiais podem ter os dois tipos de deformação. Nesse caso, quando o material é tensionado e sobre a deformação, tudo aquilo que volta (o que recupera)tendendo à dimensão inicial é elástica e o remanescente (o que permanece deformado) é a plástica. → ENSAIOS MECÂNICOS Os ensaios mecânicos ocorrem em equipamentos capazes de aplicar uma força conhecida e medir a resposta que o corpo emite. São consideradas máquinas mecânicas universais, pois conseguem fazer vários esforços mecânicos: tração, compressão, cisalhamento e flexão, impondo tensões diferentes no corpo de prova, mensurando, assim, sua resposta à essas forças. Essa resposta é a característica do material. ENSAIO MECÂNICO DE TRAÇÃO : é o mais utilizado. Nesse ensaio, o corpo de prova está preso em uma cela que vai captando todas as suas alterações e as transmite para um software/computador com formação de um gráfico tensão x deformação . As informações que vão para o computador, são: área de secção transversal do corpo e a força que está sendo aplicada, dividindo-as e então montando um gráfico que vai mostrando a deformação à cada incremento de tensão que está sendo calculado. Interpretação do gráfico No gráfico, define-se a zona em que só se tem deformações elásticas e a zona em que já começa a ter deformações plásticas. Até o ponto conhecido como “limite elástico” o corpo volta a sua forma original caso pare a máquina. Depois disso, se continuar aplicando uma força, ela não voltará às suas dimensões originais mais. A máquina reconhece o ponto em que a deformação passa a ser plástica, pois o gráfico deixa de ser uma linha reta. Enquanto o gráfico é linear, ou seja, a cada um incremento de tensão eu tenho um incremento da deformação (proporcional), a deformação é elástica. A curva após o limite elástico significa que a cada pequeno incremento de tensão, eu tenho um grande incremento de deformação. Isso começa a acontecer, pois provavelmente já houve o início do rompimento de ligações interatômicas. OBS.: O que caracteriza um material frágil é a ausência de zona de deformação plástica. Exemplo: alguns vidros. A resistência máxima à tensão do material é a média das tensões máximas que vários corpos de prova daquele material até se fraturarem. MÓDULO DE ELASTICIDADE OU DE YOUNG (E) : outra propriedade (da zona elástica) mensurável dos corpos de prova. O módulode elasticidade representa a quantidade de deformação elástica sofrida por unidade de área de um material quando uma força é Manuella Soussa Braga 2018/2 - 4º período aplicada sobre ele. No caso, essa propriedade refere-se ao quanto de carga o corpo consegue suportar até uma determinada deformação. Um material que apresenta a menor deformação diante da mesma força aplicada é o que terá o maior módulo de elasticidade - eu preciso de mais força para deformá-lo (se opondo ao conceito corriqueiro de elasticidade). É interessante que os materiais restauradores tenha módulos de elasticidade maiores, para que resistam às grandes forças sem passarem por consequências irreversíveis (deformação plástica/fraturas). LIMITE ELÁSTICO OU LIMITE DE PROPORCIONALIDADE : é a tensão a partir do qual deformações permanentes/plásticas começam a ocorrer. Até esse ponto, só há deformações elásticas. O ponto no qual o gráfico deixa de ser uma reta. Quanto maior for a peça protética, maior deverá ser o limite elástico e o módulo de elasticidade, pois será aplicada uma força maior e o material não poderá se deformar. RESILIÊNCIA : a resiliência refere-se a quantidade de energia que um material pode absorver antes de começar a se deformar plasticamente, sendo uma propriedade também da zona elástica. Um material é considerado resiliente quando é capaz de suportar uma grande quantidade de tensão, voltando ao seu estado original (deformação plástica) após passada essa força aplicada - os materiais restaurações precisam ser bastante resilientes. Os grampos de PPR também têm que ser resilientes para se reterem adequadamente. Graficamente, a resiliência é definida como uma área abaixo da porção reta do gráfico (entre ponto zero e limite elástico - zona elástica). FRAGILIDADE : é uma propriedade dos materiais que se fraturam tão longo às tensões ultrapassem seus limites de proporcionalidade/elástico, ou seja, que não possuem deformação plástica. Exemplo: materiais cerâmicos e o amálgama. DUCTILIDADE : capacidade um material resistir a força de tração sem sofrer ruptura. É a capacidade de alguns materiais de formar fios , pois, quanto maior a resistência do material a força de tração sem se romper, ele acabará se transformando em fio (aumenta comprimento, diminui a área de secção transversal). Exemplo: metais (por conta das ligações metálicas). MALEABILIDADE : é a capacidade de um material se deformar sob aplicação de forças compressivas, sem se romper. Com um material maleável, faz-se lâminas . TENACIDADE : é a capacidade do material de absorver energia até se fraturar, ou seja, vai além da zona elástica. Se é um material frágil, a tenacidade e resiliência assumem o mesmo valor. Se é um material dúctil, a tenacidade é muito alta. RESISTÊNCIA : é a tensão necessária para causar fraturas ou uma quantidade específica de deformação plástica, ou seja, corresponde a um valor de tensão. O especificação da resistência depende do tipo de carga aplicada naquele material (p. ex. uma tensão de tração determinará uma resistência à tração etc). Manuella Soussa Braga 2018/2 - 4º período A resistência a fadiga é quando tensões cíclicas são capazes de estimular o crescimento e a propagação de defeitos intrínsecos no material, que causam rápida e inesperada fratura. O material que tem menos resistência à fadiga são os frágeis e aqueles que menos sofrem deformações plásticas. O que acontece é que ao decorrer da aplicação constante de forças, esses materiais (como os vidros) vão sofrendo nanofraturas internas, até que chega um momento em que essa fratura atravessa todo o material e falha. A fadiga acontece quando o material termina de se romper em uma tensão muito abaixo daquela que normalmente suportaria (p. ex. a restauração quebra comendo pão). É avaliada colocando um material numa máquina de tensão cíclica. O que se quebra com um maior número de ciclos é o que tem maior resistência à fadiga. DUREZA : é a capacidade do material de resistir à penetração de um corpo de geometria conhecida. É aferida quando quer avaliar a capacidade do material de resistir ao desgaste . O material mais duro não pode ser riscado/penetrado por outro menos duro. Assim como a resistência, a dureza também apresenta tipos, sendo elas: → dureza Brinell: utiliza uma esfera de aço para pressionar o material. Portanto, refere-se à resistência do material sob a penetração de uma esfera de aço. Relaciona a carga aplicada e o diâmetro da calota impressa no material. → dureza Rockwell: também utiliza uma esfera metálica de diâmetro diferente (geralmente ponta cônica) e normalmente é utilizada para avaliar materiais macios e por conveniência. → dureza Vickers: é muito usada em materiais frágeis e mais duros. → dureza Knoop: também é muito utilizada para materiais com menor módulo de elasticidade (p. ex. resinas compostas), porém também é permitido usar em esmalte. Já cerâmicas muito duras, uma pirâmide de base losangular não consegue penetrá-las, impossibilitando essa mensuração (apenas pirâmides de base quadrangular consegue penetrar - dureza vickers).
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