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_Portfólio de direito trabalhista e previdenciario

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PROCESSOS GERENCIAIS - PCP
ELLEN CRISTINA SILVA LIMA - 532562019
Direito Trabalhista e Previdenciário
Resolução dos Desafio 6 e 7
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Guarulhos
2020
ELLEN CRISTINA SILVA LIMA
Direito Trabalhista e Previdenciário
Resolução dos Desafios 6 e 7
Trabalho apresentado ao Curso Processos Gerenciais do Centro Universitário ENIAC para a disciplina Direito Trabalhista e Previdenciário.
Prof. Edival Pereira da Gama 
Guarulhos
2020
Respostas
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Desafio 6
Maria das Dores e José da Silva trabalham no Banco YZ S/A. Maria, na função de caixa executiva, cumpre jornada de oito horas diárias, recebendo gratificação de função de 1/3 sobre seu salário. José da Silva é o chefe de Maria das Dores. Ele tem mais cinco funcionários sob seu comando e também cumpre jornada de oito horas diárias, mas, regularmente, labora por mais 20 minutos diariamente. João recebe gratificação de função de 1/3 de seu salário.
Leia a seguir alguns artigos da CLT relacionados ao assunto em análise:
Art. 62 - Não são abrangidos pelo regime previsto neste capítulo: [...]
II - os gerentes, assim considerados os exercentes de cargos de gestão, aos quais se equiparam, para efeito do disposto neste artigo, os diretores e chefes de departamento ou filial.
Art. 224. A duração normal do trabalho dos empregados em bancos, casas bancárias e Caixa Econômica Federal será de 6 (seis) horas contínuas nos dias úteis, com exceção dos sábados, perfazendo um total de 30 (trinta) horas de trabalho por semana.
§1º A duração normal do trabalho estabelecida neste artigo ficará compreendida entre 7 (sete) e 22 (vinte e duas) horas, assegurando-se ao empregado, no horário diário, um intervalo de 15 (quinze) minutos para alimentação.
§2º As disposições deste artigo não se aplicam aos que exercem funções de direção, gerência, fiscalização, chefia e equivalentes, ou que desempenhem outros cargos de confiança, desde que o valor da gratificação não seja inferior a 1/3 (um terço) do salário do cargo efetivo.
Art. 225. A duração normal de trabalho dos bancários poderá ser excepcionalmente prorrogada até 8 (oito) horas diárias, não excedendo de 40 (quarenta) horas semanais, observados os preceitos gerais sobre a duração do trabalho.
Art. 226. O regime especial de 6 (seis) horas de trabalho também se aplica aos empregados de portaria e de limpeza, tais como porteiros, telefonistas de mesa, contínuos e serventes, empregados em bancos e casas bancárias.
Parágrafo único. A direção de cada banco organizará a escala de serviço do estabelecimento de maneira a haver empregados do quadro da portaria em função, meia hora antes e até meia hora após o encerramento dos trabalhos, respeitado o limite de 6 (seis) horas diárias.
Leia também a Súmula 102 do Egrégio Tribunal Superior do Trabalho:
BANCÁRIO. CARGO DE CONFIANÇA (mantida) - Res. 174/2011, DEJT divulgado em 27, 30 e 31.05.2011
I - A configuração, ou não, do exercício da função de confiança a que se refere o art. 224, §2º, da CLT, dependente da prova das reais atribuições do empregado, é insuscetível de exame mediante recurso de revista ou de embargos.
II - O bancário que exerce a função a que se refere o §2º do art. 224 da CLT e recebe gratificação não inferior a um terço de seu salário já tem remuneradas as duas horas extraordinárias excedentes de seis.
III - Ao bancário exercente de cargo de confiança previsto no artigo 224, §2º, da CLT são devidas as 7ª e 8ª horas, como extras, no período em que se verificar o pagamento a menor da gratificação de 1/3.
IV - O bancário sujeito à regra do art. 224, §2º, da CLT cumpre jornada de trabalho de 8 (oito) horas, sendo extraordinárias as trabalhadas além da oitava.
V - O advogado empregado de banco, pelo simples exercício da advocacia, não exerce cargo de confiança, não se enquadrando, portanto, na hipótese do §2º do art. 224 da CLT.
VI - O caixa bancário, ainda que caixa executivo, não exerce cargo de confiança. Se perceber gratificação igual ou superior a um terço do salário do posto efetivo, essa remunera apenas a maior responsabilidade do cargo e não as duas horas extraordinárias além da sexta.
VII - O bancário exercente de função de confiança, que percebe a gratificação não inferior ao terço legal, ainda que norma coletiva contemple percentual superior, não tem direito às sétima e oitava horas como extras, mas tão somente às diferenças de gratificação de função, se postuladas
Para resolver este desafio, analise o texto acima em confronto com a legislação indicada e responda:
1-Qual a correta jornada diária de Maria das Dores? Justifique sua resposta.
 De acordo com o Art. 224, Quem exerce a função de caixa, assim como a de Maria deve ser de 6h, não excedendo 30h semanais. 
Art. 224 - A duração normal do trabalho dos empregados em bancos, casas bancárias e Caixa Econômica Federal será de 6 (seis) horas continuas nos dias úteis, com exceção dos sábados, perfazendo um total de 30 (trinta) horas de trabalho por semana.
2. Qual a correta jornada diária de José da Silva? Justifique sua resposta.
contanto que tenha a gratificação não inferior a ⅓, José poderá ter a jornada de 8h por dia, não excedendo 40h semanais: 
 O bancário que exerce a função a que se refere o §2º do art. 224 da CLT e recebe gratificação não inferior a um terço de seu salário já tem remuneradas as duas horas extraordinárias excedentes de seis.
III - Ao bancário exercente de cargo de confiança previsto no artigo 224, §2º, da CLT são devidas as 7ª e 8ª horas, como extras, no período em que se verificar o pagamento a menor da gratificação de 1/3.
IV - O bancário sujeito à regra do art. 224, §2º, da CLT cumpre jornada de trabalho de 8 (oito) horas, sendo extraordinárias as trabalhadas além da oitava.
3. Qual a jornada semanal de Maria e de José? Justifique sua resposta.
A jornada semanal de Maria é de 6h semanais e a de José não pode exceder 8h, portanto ele deverá parar de exceder o tempo extra de 20 minutos por dia de trabalho.
Conclusão: Levando-se em consideração esses aspectos, conclui-se a importância dos artigos da CLT para o trabalhador, indiferente da área de atuação e do cargo que exerce. A lei trabalhista está ali para ser cumprida pelo empregador visando o bem e a qualidade do mesmo.
Desafio 7
Leia atentamente o texto abaixo. Os empregados da empresa “X” e empresa “Y” pretendem assinar um acordo coletivo com as respectivas empresas. Assim, cumprindo disposição celetista, os empregados deram ciência de suas decisões, por escrito, ao sindicato representativo da categoria profissional. As empresas “X” e “Y” também formalizaram a intenção com sindicato da respectiva categoria econômica. Decorridos 8 (oito) dias, apenas o Sindicato da Categoria Econômica se manifestou.
Considerando o disposto na Consolidação Trabalhista, responda os questionamentos a seguir, fundamentando sua resposta.
1. Qual atitude deverá tomar os empregados?
De acordo com o Art. 617: 
Na hipótese em que o prazo de 8 dias expire sem que o sindicato tenha se desincumbido do encargo, o §1º, do dito art. 617 da CLT, estabelece que os interessados
poderão dar conhecimento do fato à Federação a que estiver vinculado o sindicato e, na falta dessa, à correspondente Confederação, para que, em igual prazo, assuma a direção dos entendimentos.
2. É possível os empregados assinem o acordo sem a participação do sindicato da categoria?
Sim, os empregados poderão dar continuidade diretamente na negociação do acordo coletivo até o final. Se a federação ou o sindicato não se manifestarem e assim descumprindo o prazo estipulado. É o quedetermina a parte final do §1º, do Artigo 617, da CLT que diz: “ expirado o prazo de 8 (oito) dias sem que o Sindicato tenha se desincumbido do encargo recebido, poderão os interessados dar conhecimento do fato à Federação a que estiver vinculado o sindicato e, em falta dessa, à correspondente confederação, para que, no mesmo prazo, assuma a direção dos entendimentos. Esgotado esse prazo, poderão os interessados prosseguir diretamente na negociação coletiva até final”.

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