Buscar

Independência do Brasil

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

A INDEPENDÊNCIA POLÍTICA DO BRASIL 
O BRASIL DE D. JOÃO 
 
 Com a ameaça de invasão pela França, a família Real Portuguesa, em conjunto com mais 15 mil nobres, fugiu e 
instalou-se no Brasil, uma de suas colônias mais promissoras. A sede do reino deixava de ser Lisboa e passava a ser o Rio 
de Janeiro. Tendo em vista que a então colônia não tinha as estruturas necessárias para acomodar toda a comitiva 
portuguesa, o auxiliares de D. João saíram pelas ruas do Rio de Janeiro procurando as melhores residências, e quando as 
encontravam escreviam PR na porta. D. João não pretendia voltar para Portugal, mas teve que o fazer frente ao 
falecimento de sua mãe, D. Maria I, sendo nomeado D. João VI. 
 
Antes de partir para Portugal, D. João, em 1808 abriu os portos brasileiros para as nações amigas. 
Todo esse processo de mudança de sede só pode ser realizado com o auxílio da Inglaterra. Em 1810, Portugal e 
Inglaterra assinaram os TRATADOS DE ALIANÇA E AMIZADE, COMÉRCIO E NAVEGAÇÃO, que estabeleceu a)proibição da 
santa inquisição b) diminuição do tráfico negreiro c) julgamento de britânicos no brasil por juízes ingleses d) Porto livre 
em Santa Catarina e) MENOR TAXA DE IMPORTAÇÃO para a Inglaterra, frente as demais nações amigas e, inclusive, 
Portugal. 
 
A ECONOMIA também era afetada pela falta de estrutura do Brasil para receber tamanha comitiva e sua cultura. 
Os produtos ingleses eram os que mais circulavam no Brasil, o preço do aluguel de imóvel aumentou e o excesso de 
navios que chegavam em portos que não tinham tantas estruturas. Por outro lado, D. João também adotou medidas 
que possibilitariam a melhora do comércio brasileiro, tais como: construção de estradas, melhoria dos portos, novas 
espécies vegetais como o chá, vinda de colonos europeus e, principalmente, ANULADA A LEI QUE PROIBIA A EXISTÊNCIA 
DE INDÚSTRIAS NO BRASIL (não era muito efetiva devido a taxa dos produtos ingleses e pela falta de capitais e mercado 
consumidor interno). Houve a montagem de duas USINAS de ferro, o crescimento da produção agrícola (açúcar, algodão 
e café). 
 
Em 1815, com a derrota de Napoleão e o Congresso de Viena, determinou-se o retorno da família real 
portuguesa. Todavia, as elites brasileiras não desejavam o retorno ao status de colônia, o que também deixaria os 
ingleses insatisfeitos. A solução de D. João VI foi elevar o Brasil ao status de Reino Unido a Portugal e Algarves, para não 
desagradas as elites, a Inglaterra e manter a presença portuguesa no Congresso de Viena e continuar fora de Lisboa. O 
Brasil não era parte do reino de Portugal, mas um Reino unido a Portugal. 
 
CULTURA E ADMINISTRATIVAMENTE, D. João criou 3 ministérios (Guerra e Estrangeiros; Marinha; Fazenda e 
Interior); Fundou o Banco do Brasil; a Junta Geral do Comércio; a Casa de Suplicação (hoje STF); cursos no Rio e na 
Bahia de química, cirurgia, agricultura, desenho técnico e Belas Artes; Fundou o Museu Nacional, Observatório 
Astronômico e a Biblioteca Real.; Imprensa Régia, a primeira gráfica do Brasil; Missão Francesa. 
 
 
 
 
REVOLUÇÃO LIBERAL DO PORTO 
 Foi um rebelião, em Portugal, liderada pelos grandes comerciantes portugueses que defendiam os princípios do 
liberalismo. Conseguiram, com o apoio popular, tomar o poder, instaurando uma constituição liberal e organização 
parlamentar. D. João VI retornou do Brasil conduzido pelas tropas portuguesas, tendo D. Pedro sido nomeado Príncipe 
Regente do Brasil. Essa instabilidade política e o confronto de interesses entre as elites portuguesa e brasileira 
fomentaram o processo de Independência. 
 
PROCESSO DE INDEPENDÊNCIA DO BRASIL 
Com receio de perder a liberdade de comércio (1808) e a autonomia administrativa (1815), os grandes 
proprietários brasileiros demonstravam grande apoio a D. Pedro para desobedecer as ordens de Portugal, nascendo 
assim o Partido Brasileiro, composto por pessoas com visões políticas diversas, mas que, em comum, rejeitavam a ideia 
de retorno ao status de colônial. Fizeram um abaixo assinado para que o Príncipe não retornasse para Portugal. 
Atendendo ao pedido, em 9 de janeiro de 1922, D. Pedro informou que não retornaria à metrópole e o dia ficou 
conhecido como o Dia do Fico. Após esse momento, D. Pedro assinou o decreto do “cumpra-se” (tinder de decisões 
políticas vindas de Portugal) na qual dizia quais ordens vindas de Portugal deveriam ou não serem executadas. As elites 
brasileiras deram a D. Pedro o título de Defensor Perpétuo do Brasil. Meses depois, inevitavelmente, foi declarada a 
independência do Brasil (07/09/ 1822). DESTACA-SE que a Independência do Brasil foi realizada pelas classes 
dominantes e não trouxe quaisquer alterações para as injustiças socioeconômicas, como por exemplo, a manutenção da 
escravidão. A independência também não foi completa porque o país permanecia dominado pelo comércio inglês. 
 
O PRIMEIRO REINADO 
Uma vez que o Brasil tornou-se um país “independente” era necessário criar sua identidade, que não mais era a 
de uma colônia e pensar como estabilizar a monarquia. Trata-se de um processo complicado tendo em vista os 
interesses divergentes, como o autoritarismo do novo Rei e o pensamento conservador das classes dominantes que não 
estavam dispostas a abolirem a escravidão. GUERRAS DE INDEPENDECIA – A resistência de Portugal a independência do 
Brasil resultou em guerras na Bahia, no Pará, Maranhão, Piauí e na Cisplatina (mantida apenas até 1828, quando 
resultou na independência do Uruguai e o Brasil perdeu o território). O problema que essas guerras apontaram era a 
inexistência de um exércio brasileiro, tendo em vista que a maioria dos oficiais era português e não lutava contra seus 
pares. A solução imediata foi a contratação de exércitos mercenários ingleses e, mediata, a criação da estrutura militar 
brasileira. 
 
 
 
 
CONSTITUIÇÃO DO IMPÉRIO 
O regime adotado após a independência foi o da Monarquia Constitucional, tendo em vista, principalmente, o 
fato de que o agora Imperador, D. Pedro, atuou em conjunto com a elite brasileira. Ele declarou a independência e “em 
troca”, mantivesse a Monarquia. Houve a convocação de uma Assembleia Legislativa, na qual o Partido Português 
(absolutista), que desejava poderes ilimitados ao imperador, disputava com o Partido Brasileiro, que desejava limitações 
ao Poder de D. Pedro. Prevaleceram os valores pretendidos pelo primeiro partido, mas o projeto de constituição 
(constituição da mandioca) não foi votado, tendo em vista que D. Pedro, autoritariamente, outorgou a constituição de 
1824 e estabelecia: Monarquia Constitucional hereditária como Regime Político, manutenção do direito de propriedade, 
voto indireto e censitário. O poder estava centralizado nas mãos do Imperador. Esse autoritarismo do Imperador 
encontrou reação, que teve início em Pernambuco, e se estendeu até o Rio Grande do Norte, Paraíaba e Ceará, porém, 
as tropas imperiais foram mais eficientes e sufocaram o movimento. Com a morte do Frei Caneca, que se opunha ao 
império, aumentou a impopularidade do imperador. Soma-se a tal episódio o fato de que, para não perder o Reino de 
Portugal e permanecer no Brasil, após a morte de D. João VI, D. Pedro abdicou o trono em função de sua filha Maria da 
Glória. O irmão mais novo de D. Pedro sentiu-se prejudicado e movimentou-se para tomar a coroa para si. Para fazer 
frente a tal situação, D. Pedro I começou a financiar a proteção do reino de Portugal com o dinheiro brasileiro, razão 
que desagradava também o povo brasileiro. As instituições brasileiras deixavam de o apoiar e com aumento de sua 
impopularidade, abdicou o trono em favor de seu filho de apenas 5 anos, D. Pedro de Alcântara.

Outros materiais