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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS INSTITUTO DE PESCA GLOSSÁRIO de termos biológicos e técnicos relacionados às áreas de atuação do Instituto de Pesca abióticas: todas as influências que os seres vivos possam receber em um ecossistema, derivadas de aspectos físicos, químicos ou físico-químicos do meio ambiente, tais como luz, temperatura e vento. açude: local escavado destinado ao armazenamento de água pluvial ou de cursos d’água para múltiplos usos (cultivos, dessedentação, irrigação, lazer etc.). águas doces: águas com salinidade igual ou inferior a 0,5‰. águas salinas: águas com salinidade igual ou superior a 30‰. águas salobras: águas com salinidade superior a 0,5‰ e inferior a 30‰. alevinagem: produção de peixes juvenis. alevino de peixe: fase juvenil em que os peixes apresentam tamanho reduzido. ambiente lêntico: ambiente que se refere à água parada ou com movimento lento. ambiente lótico: ambiente relativo a águas continentais moventes. aproveitamento de resíduos de pescado: utilização das sobras resultantes da manipulação e/ou processamento do pescado para nutrição vegetal, animal ou humana, bem como, para fins de obtenção de substâncias bioativas. aproveitamento integral do pescado: processamento para o aproveitamento máximo do pescado, evitando-se desperdícios e minimizando a geração de resíduos. aquaponia: cultivo de organismos aquáticos em conjunto com o cultivo de plantas em ambiente aquoso provido de nutrientes inorgânicos ou, ainda, cultivo de organismos aquáticos com o aproveitamento do excedente da hidroponia. GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS INSTITUTO DE PESCA aquicultura: cultivo ou criação de organismos aquáticos cujo ciclo de vida, em condições naturais, ocorre total ou parcialmente em meio aquático. área aquícola: espaço físico contínuo em meio aquático, delimitado, destinado a projetos de aquicultura, individuais ou coletivos. arraçoamento: ato ou efeito de ministrar ração a organismos aquáticos. arte de pesca: nome dado ao conjunto petrecho de pesca + procedimento de operação. Diferentes recursos pesqueiros exigem diferentes artes de pesca: cerco para captura da sardinha, espinhel para captura de atuns, vara e isca viva para captura de bonito, entre outras. atum ou albacora: peixes do gênero Thunnus, pertencentes à família Scombridae, a qual engloba ainda outros atuns, bonitos e cavalas. bancos naturais: criadouro ou plantel de organismos aquáticos, de ocorrência natural, mantido pelo próprio ambiente. São explorados para captação de sementes (nome dado a formas jovens de moluscos e algas) e para subsidiar medidas de redução de impactos sobre o ecossistema. barragem: dique que represa água de manancial, que pode ser nascente ou água de chuvas, em uma microbacia de captação. berçário: área que reúne condições de proteção e alimentação de formas jovens de diferentes espécies de animais aquáticos, que a ela afluem condicionadas por fatores ambientais ou porque os indivíduos adultos nela desovem. biofiltro: componente de um sistema de recirculação fechado no qual a remoção de alguns compostos dissolvidos ocorre como resultado de atividade microbiológica. biofloco: sistema caracterizado por mínima ou nenhuma renovação de água; a mudança na relação carbono-nitrogênio (15-20:1) estimula o crescimento de bactérias heterotróficas e, posteriormente, de autotróficas nitrificantes, que fazem a assimilação em biomassa bacteriana ou a oxidação da amônia. biologia pesqueira: biologia dos recursos pesqueiros naquilo que interessa à sua boa gestão e sustentabilidade do recurso. GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS INSTITUTO DE PESCA biomassa: quantidade de massa viva (por volume ou superfície) existente em um viveiro ou tanque, tanque-rede ou gaiola, ou mesmo livre na água do mar, rio ou reservatório; sua determinação serve como referência para cálculo do nível de estocagem ou da produtividade do ambiente. biometria: estudo das medidas dos seres vivos (exemplo: comprimento e peso), com diversas finalidades, entre elas, o ajuste do grau de arraçoamento. bióticos: todos os elementos causados pelos organismos em um ecossistema que condicionam as populações que o formam. Por exemplo, a existência de uma espécie em número suficiente para assegurar a alimentação de outra condiciona a existência e a saúde desta última. bloom: grande proliferação de algas, em geral planctônicas, em consequência da acumulação de nutrientes no ambiente aquático. cadeia produtiva do pescado: conjunto de etapas consecutivas, ao longo das quais os diversos insumos e o próprio pescado sofrem algum tipo de transformação até a constituição de um produto final, através de uma sucessão de operações (ou de estágios técnicos de produção e de distribuição) integradas, realizadas por diversas unidades interligadas como uma corrente, desde a extração e manuseio da matéria-prima até a distribuição do produto. cadeia produtiva pesqueira: conjunto de atores envolvidos com o ciclo do pescado e que atuam complementarmente: na captura, desembarque, comercialização (em vários níveis), industrialização, produção de insumos, infraestrutura diversa, pesquisa, extensão pesqueira, fiscalização e o próprio consumidor. captura por unidade de esforço (CPUE): maneira de representar a abundância de um dado recurso pesqueiro. Por exemplo, número de peixes para cada mil anzóis utilizados. Essa informação permite comparações no transcorrer do tempo e saber se a produtividade de um certo recurso está estável, ou se ele está sendo sobre-explotado, em vias de extinção econômica. carcinicultura: ramo da aquicultura que trata da criação de camarões carga poluidora: quantidade de determinado poluente transportado ou lançado em um corpo de água receptor; é expressa em unidade de massa por tempo. GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS INSTITUTO DE PESCA Carne Mecanicamente Separada de Pescado (CMS): produto cárneo isento de espinhas, ossos, pele e escamas, obtido por meio de extração mecânica da porção cárnea de peixe previamente descabeçado e eviscerado ou do espinhaço e que apresenta muita praticidade para preparo de diversos pratos e/ou produtos. cianobactérias: micro-organismos procarióticos autotróficos, também denominados cianofíceas (algas azuis), que podem ocorrer em qualquer corpo d´água superficial, especialmente naqueles com elevados níveis de nutrientes (nitrogênio e fósforo), e produzir toxinas com efeitos adversos a saúde. ciência e tecnologia do pescado: área do conhecimento que inclui o estudo das características físicas, químicas, biológicas e nutricionais do pescado, assim como das técnicas de conservação pós-colheita ou pós-abate, estocagem, processamento, transporte e distribuição até os pontos de venda, garantindo a qualidade e integridade do produto. coliformes termo-tolerantes: bactérias gram-negativas, em forma de bacilo, que podem crescer em meios contendo agentes tenso-ativos e fermentar a lactose nas temperaturas de 44 a 45 °C, com produção de ácido, gás e aldeído. Além de estarem presentes em fezes humanas e de animais homeotérmicos, ocorrem em solos, plantas ou outros ambientes que não tenham sido contaminados por material fecal. colmatação: entupimento de malhas de telas que ficam submersas na água, devido à proliferação e crescimento de algas e/ou outros organismos. composição centesimal de pescado: composição proximal do pescado, ou seja, quantidade de proteína, lipídios, água, carboidratose resíduo mineral fixo. consórcio: cultivo de organismos pertencentes a classes diferentes, como, por exemplo: peixe e suíno, peixe e ave, arroz e peixe, arroz e camarão. consumo de pescado: ato ou efeito de se alimentar com pescado. controle de qualidade da água: conjunto de medidas operacionais que visa avaliar a melhoria e a conservação da qualidade da água estabelecida para o corpo de água. coproduto de pescado: produto elaborado a partir de resíduos de pescado. corpo receptor: corpo hídrico superficial que recebe o lançamento de um efluente. GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS INSTITUTO DE PESCA conversão alimentar: quantidade de alimento consumido num dado período de tempo, dividido pelo ganho de peso do animal no mesmo período. cultivo monossexo: criação de indivíduos somente de um sexo. crioconservação: processo de manutenção de produtos biológicos em temperaturas de congelamento, usualmente utilizado com a finalidade de preservação de gametas. defeso: período de tempo, tecnicamente determinado, em que há proibição da captura de um recurso pesqueiro a fim de favorecer sua preservação. desinfecção de tanques: remoção ou inativação de organismos potencialmente patogênicos. despesca: retirada de peixes ou outras espécies aquáticas cultivadas para fins econômicos, sociais, científicos e outros. dimorfismo sexual: diferenças morfológicas específicas existentes entre exemplares machos e fêmeas de peixes (ou de outros organismos aquáticos), que possibilitam a identificação dos sexos. economia pesqueira: área de estudo ligada à pesca que tem foco no fluxo de riqueza por trás dessa atividade. efeito tóxico agudo: efeito deletério ao organismo vivo, usualmente letalidade ou alguma outra manifestação que a antecede, causado por agentes físicos ou químicos, em um curto período de exposição. efeito tóxico crônico: efeito deletério ao organismo vivo, causado por agentes físicos ou químicos que afetam uma ou várias funções biológicas do organismo, tais como reprodução, crescimento e comportamento, em um período de exposição que pode abranger a totalidade do ciclo de vida do organismo ou parte dele. efluente: água que sai do viveiro de cultivo e retorna ao manancial. enquadramento: ação de fixar orientações específicas. ensaios ecotoxicológicos: análises exploratórias (in vitro, in vivo ou in situ) realizadas com a finalidade de determinar as concentrações de substâncias tóxicas que impactam o meio ambiente. GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS INSTITUTO DE PESCA ensaios toxicológicos: experimentos, testes ou exames laboratoriais (in vitro ou in vivo) realizados com a finalidade de avaliar os efeitos de substâncias tóxicas sobre os organismos. esforço de pesca: medida da grandeza (ou intensidade) da ação utilizada na obtenção da produção. Diferentes parâmetros são utilizados para representar o esforço: dias de pesca, horas de pesca, número de anzóis, metros de rede, dentre outros. espécie alóctone: espécie não originária da bacia hidrográfica. espécie autóctone: espécie originária da bacia hidrográfica. espécie estabelecida: espécie alóctone que já constituiu população isolada e em reproduções, mantendo populações sustentáveis e aparecendo em pescas cientifica e extrativista. espécie exótica: espécie de origem e ocorrência natural somente em águas de outros países (ou “espécie que vive fora de sua área de distribuição natural, isto é, que não é originária de um determinado local.”) espécie nativa: espécie de origem e ocorrência natural em determinado ambiente. espinhel: petrecho de pesca constituído por grande conjunto de armadilhas ou anzóis dispostos a espaços regulares em sequência, unidos por uma linha madre, que facilita o seu lançamento, fixação para operação e recolhimento. estatística pesqueira: levantamento, tratamento e consolidação de dados provenientes da atividade pesqueira, obtidos pela avaliação de desembarques e/ou por entrevistas com pescadores. Tais dados englobam espécies capturadas, quantidade e esforço de pesca empregado por área de atuação, arte de pesca, tipo/porte da embarcação etc., sendo de extrema relevância para a realização de uma gestão pesqueira adequada. eutrofização: enriquecimento natural ou artificial de um corpo d’água por excesso de nutrientes, associado a elevação da quantidade de plâncton e redução de oxigênio dissolvido. exoftalmia: condição observada principalmente em peixes, na qual os olhos do animal se mostram protuberantes com relação à cabeça, como resultado da acumulação de fluidos ou gases; é um sintoma da doença da bolha de gás e pode ser causada por estresse. GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS INSTITUTO DE PESCA fator abiótico: fator(es) não vivo(s) de um ecossistema, mas que exerce influência sobre este (exemplo: temperatura). fator biótico: conjunto dos organismos vivos de um ecossistema e que exercem influência sobre este (exemplo: fatores fisiológicos). fauna acompanhante: conjunto de indivíduos (de diferentes espécies ou não) capturados concomitantemente com a espécie-alvo de uma pescaria, que podem ter valor comercial, sendo aproveitados, ou não ser de interesse comercial, sendo rejeitados e devolvidos às águas geralmente já mortos. formas jovens: sementes de moluscos bivalves, girinos, imagos, ovos, alevinos, larvas, pós-larvas, náuplios ou mudas de algas marinhas destinados ao cultivo. ** girino: forma larval de anfíbios anuros. ** imago: forma jovem de anfíbios anuros, logo após a metamorfose. ** juvenil: peixe que já apresenta maior resistência ao manejo. ** larva: forma dos organismos aquáticos que antecede à do alevino e que se encontra ainda nas incubadoras; corresponde ao período entre a eclosão da larva e a abertura da boca e início de ingestão de alimento exógeno. ** náuplio: estágio larval planctônico e característico da maior parte dos crustáceos aquáticos. ** pós-larva: forma dos organismos aquáticos que se inicia com a abertura da boca e a ingestão de alimento exógeno. frota de pesca: conjunto de embarcações dedicadas à atividade de captura de recursos pesqueiros. Existem diferentes frotas, constituídas por embarcações equipadas com petrechos de pesca específicos para a captura de determinada espécie (ou conjunto de espécies), por exemplo: sardinha e pequenos pelágicos, pela frota de traineiras; camarão e peixes demersais, pela frota de arrasteiros; polvo, pela frota que atua com espinhel de potes; corvina e pescadas, pela frota que atua com redes de emalhar, entre outras. As embarcações (também consideradas unidades de produção) variam muito quanto a dimensões, número de tripulantes, autonomia, arte de pesca utilizada etc., podendo ser divididas em frota artesanal (menores) e frota industrial (maiores). garantia da qualidade do pescado: atividades planejadas e sistemáticas que são implementadas dentro do sistema de qualidade, buscando assegurar o processo de obtenção de pescado ou de produto à base de pescado satisfazendo aos padrões de qualidade. Deve ser prevista em todos os elos da cadeia produtiva. GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS INSTITUTO DE PESCA impactos ambientais do cultivo: consequências benéficas ou danosas ao meio ambiente, decorrentes da implantação e operação de aquiculturas. inocuidade do pescado: refere-se à Qualidade do Pescado, no sentido de ser inócuo, ou seja, não ter ação prejudicial à saúde do consumidor desse produto. isca-artificial: artefato utilizadona pesca de corrico dirigida a várias espécies de água doce ou salgada, projetado para se assemelhar a uma das presas da espécie-alvo da pescaria, tanto fisicamente quanto imitando o seu movimento natatório peculiar. É colocada na extremidade da linha de pesca associada a um ou vários anzóis, de modo que, neste caso, um peixe fique preso ao abocanhá-la. Quando utilizada para a captura de cefalópodes, não são colocados anzóis na linha. isca-viva: camarão ou pequeno peixe fixado vivo no anzol para que o seu movimento natatório atraia o animal que se quer capturar, o qual abocanha a isca-viva e fica preso no anzol. Em outra modalidade de captura, peixes como a sardinha e o lambari são utilizados como isca-viva na pesca do bonito-de-barriga-listrada, sendo que nesta pescaria uma quantidade deles, em meio a jatos de água, é jogada no mar ao lado da embarcação como engodo, a fim de que o cardume de bonito encoste e os indivíduos sejam capturados com petrecho apropriado (vara com gancho na extremidade). jusante: plano abaixo da localização de um tanque, isto é, no sentido da água do efluente. limnologia: estudo das reações funcionais e produtividade das comunidades bióticas de lagos, rios, reservatórios e região costeira em relação aos parâmetros físicos, químicos e bióticos ambientais. maricultura: ramo da aquicultura que trata da criação de organismos marinhos. mercado de pescado: local ou situação na qual agentes econômicos procedem à troca de bens por uma unidade monetária ou por outros bens. Dinâmica da comercialização do pescado. mitilicultura: ramo da aquicultura que trata da criação de mexilhões. monitoramento: medição ou verificação de parâmetros de qualidade e quantidade de água, que pode ser contínua ou periódica, utilizada para acompanhamento da condição e controle da água. GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS INSTITUTO DE PESCA montante: termo empregado ao se referir ao plano acima da localização de um tanque, isto é, na direção da nascente, da captação de água. nascente ou olho d’água: afloramento natural de água subterrânea, mesmo que de forma intermitente. ostreicultura: ramo da aquicultura que trata da criação de ostras. outorga (de direito de uso de recursos hídricos): ato administrativo mediante o qual a ANA (Agência Nacional de Águas) concede ao outorgado o direito de uso de recurso hídrico, por prazo determinado, nos termos e nas condições expressas no respectivo ato. parque aquícola: espaço físico contínuo em meio aquático, delimitado, que compreende um conjunto de áreas aquícolas afins, em cujos espaços físicos intermediários podem ser desenvolvidas outras atividades compatíveis com a prática da aquicultura. pegadas hídricas: quantidade de água envolvida em um processo de produção de bens ou de serviços, que pode ser calculada ao longo de cadeia produtiva específica, incluindo o volume gasto pelo consumidor. peixamento: processo de introdução de alevinos ou de peixes adultos em ambientes aquáticos naturais ou artificiais com a finalidade de povoar ou repovoar o corpo d’água local. peixe-de-bico: peixes que possuem um prolongamento da maxila superior na forma de um grande bico aproximadamente roliço (os agulhões, família Istiophoridae) ou na forma de uma espada (o espadarte, família Xiphiidae). peixe híbrido: peixe obtido a partir do cruzamento entre espécies. pesca: atividade econômica extrativista, exercida no ambiente aquático sobre bem público, regulamentada pelo poder público e desenvolvida pelo setor produtivo (artesanal ou empresarial), que, ao buscar recursos alimentares para a sociedade, gera empregos e impacto no meio ambiente. pesca artesanal: caracterizada pela utilização de mão-de-obra familiar e embarcações de pequeno porte, motorizadas ou não, como canoas, jangadas, baleeiras ou ainda sem embarcações, como na catação/raspagem de moluscos bivalves em costões rochosos. É desenvolvida próximo à costa e em rios e lagos. Os petrechos utilizados variam de acordo com a espécie-alvo (rede de cerco, rede de emalhar, rede de arrasto, tarrafa, linha e anzol, armadilhas, covos etc.). https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A3o_de_obra https://pt.wikipedia.org/wiki/Embarca%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Canoa https://pt.wikipedia.org/wiki/Jangada https://pt.wikipedia.org/wiki/Molusco https://pt.wikipedia.org/wiki/Costa https://pt.wikipedia.org/wiki/Rio https://pt.wikipedia.org/wiki/Lago https://pt.wikipedia.org/wiki/Artes_de_pesca https://pt.wikipedia.org/wiki/Esp%C3%A9cie https://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_de_cerco https://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_de_cerco https://pt.wikipedia.org/wiki/Emalhe https://pt.wikipedia.org/wiki/Rede_de_arrasto https://pt.wikipedia.org/wiki/Tarrafa https://pt.wikipedia.org/wiki/Pesca_%C3%A0_linha https://pt.wikipedia.org/wiki/Anzol https://pt.wikipedia.org/wiki/Armadilha GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS INSTITUTO DE PESCA pesca atuneira: atividade pesqueira industrial destinada à captura de atuns, mas que captura também outras espécies de peixe, entre elas o espadarte, os agulhões e os tubarões. É normalmente realizada em alto-mar, fora da plataforma continental. pesca com espinhel: captura com arte de pesca (combinação de embarcação + petrecho + maneira de utilização) na qual se utiliza um petrecho constituído por um cabo/linha principal (chamado de linha madre) ao qual se prendem, a intervalos regulares, cabos/linhas de menor calibre munidos de anzóis na extremidade, e que é denominado espinhel. Tais anzóis são providos de iscas (pescado ou iscas artificiais) e o petrecho, com dezenas ou até milhares de anzóis, com dezenas ou milhares de metros, é liberado na água. Existem espinhéis que pescam próximo à superfície, outros próximo ao fundo ou na coluna d’água, dependendo das espécies de peixe que se quer capturar. São utilizados para a pesca costeira ou para a pesca oceânica (neste caso, para a captura de atuns, espadarte, agulhões, dourado, tubarões etc.). Quando o espinhel é de armadilhas ou de potes para captura de polvo, sua estrutura básica é a mesma, sendo os anzóis substituídos pelas armadilhas ou potes. pesca de arrasto-de-fundo: captura com arte de pesca (combinação de embarcação + petrecho + maneira de utilização) na qual uma rede montada na forma aproximada de um ‘coador de café’ é tracionada deitada sobre o fundo (substrato). Esse petrecho se abre como uma ‘grande boca’ pela pressão da água entrante no petrecho, ajudada por um conjunto de bóias na parte superior da boca e de um conjunto de chumbos na parte inferior, sendo a abertura para os lados garantida pela ação de duas pranchas (chamadas portas), operadas segundo uma angulação adequada, nas quais as duas extremidades da rede (chamadas mangas) são fixadas. Nessas pranchas também estão fixados os cabos que saem do barco. Com o movimento da embarcação, a pressão da água para o interior da ‘grande boca’ e sobre as pranchas (empurrando uma para cada lado) garante a abertura e a operacionalidade do petrecho. Ao ser arrastado no fundo, recolhe os animais que estejam no substrato ou que nadem pouco acima dele. É uma arte de pesca pouco seletiva, pois captura tudo o que estiver em sua trajetória, ou seja, tanto a espécie alvo da pescaria, quanto outras espécies, que, em conjunto, constituem a ‘fauna acompanhante’. pescado: nome genérico dado aos animais capturados e desembarcados pela pesca, como moluscos, crustáceos e peixes. pesca esportiva: também chamada desportiva, recreativa ou amadora, é aquela que se pratica para lazer, sem que o pescador dela dependa para sua subsistência. Uma de suas modalidades mais populares é aquela que utiliza vara/linha de pesca e anzol. É praticada no mar,em rios e lagos/reservatórios, utilizando iscas naturais ou artificiais. https://pt.wikipedia.org/wiki/Vara_de_pesca https://pt.wikipedia.org/wiki/Anzol GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS INSTITUTO DE PESCA pesca extrativista: atividade que retira recursos vivos aquáticos do meio natural e os disponibiliza para o consumo humano ou de outros animais. pesca fantasma: diz-se da captura realizada por petrechos de pesca perdidos no ambiente aquático, que continuam matando indefinida e descontroladamente, sem nenhum proveito para a alimentação humana. pesca industrial: atividade pesqueira realizada por embarcações de grande porte, com elevado poder de pesca e considerável tecnologia para detecção e captura de espécies-alvo, além de alta capacidade para armazenamento/conservação do pescado em viagens longas, contando, na maioria das vezes, com equipe de tripulantes mais especializados, cuja retribuição se dá por “partes” do produto capturado/ comercializado. pesca sustentável: diz-se da atividade pesqueira que extrai recursos em quantidade compatível com os ciclos de reposição da Natureza. petrecho de pesca: qualquer instrumento (rede, anzol, armadilha - e suas variações) utilizado para a captura de recursos pesqueiros. piracema: movimento migratório de peixes no sentido das nascentes dos rios, com fins de reprodução. piscicultor: pessoa que se dedica profissionalmente à criação de peixes (jovens ou adultos) em ambientes naturais e/ou artificiais com finalidades econômica, social ou científica. piscicultura: atividade de criação de peixes (jovens ou adultos) em ambientes naturais e/ou artificiais com finalidades econômica, social ou científica. policultivo: cultivo de duas ou mais espécies de peixes não competitivas (isto é, cada uma ocupa um nicho específico) em um mesmo meio de cultivo. polpa de pescado: carne de pescado isenta de espinhas, ossos, pele e escamas, que tecnicamente é chamada Carne Mecanicamente Separada de Pescado (CMS), sendo obtida por meio de extração mecânica da porção cárnea do peixe previamente descabeçado e eviscerado ou do espinhaço; apresenta muita praticidade para o preparo de diversos pratos. PP-APD: sigla que designa petrecho de pesca abandonado, perdido ou descartado no ambiente aquático. GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS INSTITUTO DE PESCA prebióticos: substâncias não digestíveis, administradas às rações para manipular a microbiota intestinal, favorecendo a proliferação de micro-organismos desejáveis no hospedeiro. probióticos: organismos vivos, principalmente bactérias, administrados como suplemento dietético, que beneficiam a microbiota intestinal do hospedeiro. processamento de pescado: conjunto de atividades operacionais de beneficiamento do pescado, tais como recepção, lavagem, classificação e processamento, empregando técnicas de abate, congelamento, descongelamento, descamação, evisceração, filetagem, postagem do pescado visando à elaboração de produtos e coprodutos. Inclui a realização da sanitização e tratamento adequado dos resíduos e efluentes, assim como o controle de estoques de insumos e produtos. produção máxima sustentável: é a quantidade máxima de biomassa que se pode extrair de um recurso pesqueiro sem comprometer a sua reposição pela Natureza, garantindo a sustentabilidade biológica e econômica. produto à base de pescado: produtos elaborados, em que o principal ingrediente é o pescado ou parte dele. qualidade da água de cultivo: condição da água utilizada na aquicultura em relação a parâmetros e padrões pré-definidos. qualidade do pescado: o termo “qualidade” com referência aos produtos pesqueiros pode ter diversos significados, podendo, assim, referir-se às características sensoriais, como aparência, sabor, odor e textura, mas também indicar o valor nutricional e dietético, o frescor, higiene, facilidade de utilização pelo consumidor, segurança e disponibilidade. quarentena: período de segurança em que animais recém-advindos de outras propriedades permanecem em isolamento e observação para verificação de seu estado sanitário. raceway: tanque de cultivo, geralmente retangular estreito e longo, no qual a água permanece em movimentação constante e com elevada taxa de renovação, eliminando resíduos e possibilitando o cultivo de peixes em alta densidade. raia: peixe cartilaginoso, também conhecido como arraia, com cerca de 450 espécies no mundo. GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS INSTITUTO DE PESCA ranicultura: atividade de aquicultura direcionada à criação de rãs, com vista primariamente ao consumo humano. recria: fase de cultivo que ocorre após a alevinagem. recurso pesqueiro: espécie de pescado de interesse como recurso alimentar, cuja biomassa disponível e acessível sustenta uma atividade de captura economicamente viável. rede de emalhe: petrecho (ou arte) de pesca passivo(a), isto é, o recurso pesqueiro (peixes) é que vai de encontro a ele e fica preso (emalhado). Compõe-se de panagem (a rede propriamente dita, que pode ser fabricada em diferentes materiais, com diferentes tamanhos de malha), cabo superior com bóias e cabo inferior com chumbos, nos quais a rede é fixada em toda a sua extensão. Atualmente, a rede de emalhe (também conhecida por rede de emalhar ou por rede de espera) pode apresentar algumas dezenas de metros a quilômetros de comprimento e ser utilizada de várias maneiras. É uma arte de pesca de amplo uso e regulamentada por normativa específica. represa: depósito de água formado artificialmente através de barramentos de acidentes geográficos naturais e/ou decorrentes de ação antrópica, mediante diques ou barragens, nos quais se armazenam águas pluviais, de rios, córregos, com objetivo de uso como recurso hídrico. reprodução induzida: técnica utilizada na reprodução de peixes de piracema com o emprego de substâncias que auxiliam na maturação de gametas. reprodutor ou matriz: peixe adulto, apto a procriar, utilizado pelo piscicultor na obtenção de descendentes. reservatório: corpo natural ou artificial de água superficial, tal como rios, lagoas, lagunas, açudes, canais e outros. resíduo de pescado: sobras resultantes da manipulação e/ou processamento do pescado. reversão sexual: processo que consiste no controle e manipulação de algumas funções fisiológicas, entre elas a reprodução, com a finalidade de produzir progênies de indivíduos somente de um determinado sexo. As opções incluem os métodos genéticos, os não genéticos (esterilização com UV, choque térmico) e mesmo a combinação entre eles. A técnica mais prática de se obterem populações monossexo de tilápias (machos) é através da manipulação do sexo fenotípico do peixe pelo tratamento com esteroides sexuais. GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS INSTITUTO DE PESCA reuso: sistema que consiste no reaproveitamento da água depois que esta cumpriu sua função inicial, requerendo ou não um tratamento prévio, que varia de complexidade; o intuito é economizar, diminuir o consumo, racionalizar o uso da água. sanidade na pesca e aquicultura: conjunto de condições que conduzem ao bem-estar e à saúde dos recursos pesqueiros oriundos da pesca ou aquicultura, com consequente oferta de pescado saudável ao consumidor; salubridade. Envolve as Boas Práticas de higiene, Boas Práticas nas embarcações e/ou na produção, Boas Práticas de manipulação, Boas Práticas no Abate e o Bem-estar Animal. segurança alimentar na cadeia produtiva do pescado: direito de todos de acesso regulare permanente ao pescado de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis, considerando toda a sua cadeia produtiva. seletividade: em pesca, refere-se à capacidade de selecionar os recursos que se quer capturar. Uma arte de pesca é seletiva quando captura quase exclusivamente a espécie-alvo (exemplo: potes para a captura de polvo). Ao contrário, diz-se que uma arte de pesca é pouco seletiva quando, juntamente com a espécie-alvo, captura grande quantidade de outros organismos, coletivamente chamados “fauna acompanhante” (exemplo: o arrasto de fundo para captura de camarões). sociologia pesqueira: área de estudo ligada à pesca que tem foco na organização humana por trás dessa atividade. sucedâneo de caviar: produto análogo ao caviar (ovas de esturjão), obtido a partir de ovas de outras espécies de peixes. supermacho: produção de linhagens de peixes com cariótipo sexual YY ao invés de XY. tanque: termo empregado para diferenciar os viveiros de estruturas mais sofisticadas (projetadas e construídas para aquicultura), escavadas ou não, revestidas ou não, construídas de alvenaria, concreto ou manta de PVC (geomembrana) e com controle de entrada e saída de água. tanque-rede ou gaiola: equipamento destinado à criação de organismos aquáticos, utilizado dentro da massa de água de rio, lago ou reservatório, parque aquícola, flutuante ou suspenso, construído e manejado de acordo com as normas técnicas de engenharia. GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO AGÊNCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGÓCIOS INSTITUTO DE PESCA tecnologia de pesca: ciência que se ocupa (se dedica à) da criação ou aprimoramento de equipamentos utilizados na atividade pesqueira (embarcações e seus equipamentos, petrechos de captura). Em uma instituição de pesquisa, refere-se à área de estudo que visa também entender como as artes de pesca impactam o ambiente e como capturam os recursos, a fim de propor medidas para o aumento da eficiência e diminuição em seu do impacto ambiental provocado. toxicologia: estudo do efeito adverso de substâncias químicas sobre organismos vivos, com a finalidade principal de prevenir tal efeito, ou seja, estabelecer o uso seguro dessas substâncias químicas. No caso da aquicultura, toxicologia se relaciona com o estudo de organismos aquáticos. tubarão ou cação: nome genérico de peixes que constituem um grupo com cerca de 350 espécies no mundo e ancestrais que remontam a 300 milhões de anos, cuja principal característica é possuir esqueleto cartilaginoso. valor nutricional de pescado: trata-se da composição química do pescado, quantidade de vitaminas e sais minerais, calorias, proteína, gordura, ácido graxo saturado, monoinsaturado, poli-insaturado, água etc. viveiro: estrutura, na maioria dos casos semiescavada, na qual se acumula água destinada à criação de peixes ou outros organismos aquáticos. 14 de setembro de 2015 Revisão gramatical do texto: Márcia Navarro Cipólli
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