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ALIMENTOS FUNCIONAIS E COMPOSTOS BIOATIVOS COMPOSIÇÃO DOS ALIMENTOS Prof.a IRAMAIA BRUNO SILVA profa. Iramaia Bruno 1 IMPORTÂNCIA QUALIDADE DE VIDA Fatores que elevam as doenças não transmissíveis cardiovasculares Sedentarismo: Principal fator de doenças Estilo de Vida Inadequado: consumo excessivo de alimentos industrializados, com alto teor de sódio e alimentos refinados. Estilo de Vida Moderna Alto consumo de alimentos ricos em açucares e gorduras Pouca pratica de atividade física Níveis de estresse elevado profa. Iramaia Bruno 2 ALIMENTOS FUNCIONAIS - ORIGEM O termo Alimentos Funcionais foi inicialmente proposto no Japão, em meados de 1980, principalmente em função de uma população sempre crescente de idosos e da preocupação, tanto da população em geral como do governo, na prevenção das doenças crônicas e degenerativas . Na década de trinta, o Dr. Minoru Shirota iniciou no Japão a investigação desenvolvimento de um leite fermentado, para prevenção de doenças gastrointestinais. história 1950 - Doenças crónicas degenerativas e nutrição 1970 - 1ª geração: alimento “saudável” (pão integral, iogurte) 1980 - Japão: Alimento Funcional 1980 - 2ª geração: algo removido (baixo teor de sal, açúcar...) 1988 - Japão 1º funcional: Fibre Mini (regulação intestinal) 1990 - Europa: Alimento Funcional 1990 - 3ª geração: algo adicionado (com vitaminas, minerais, fibras) 1991 - Japão: Alimento funcional —► FOSHU (2001: 271 alimentos) 1996 - FDA aprova Olestra; Yakult (probiotico) é sucesso no UK 1997 - FDA: alegação de saúde para aveia e psyllium (doença coronária) 1998 - Unilever: 1ª margarina com esteróisprofa. Iramaia Bruno 3 DIETA MEDITERRÂNEA Observou-se a que população do mediterrâneo tinham um baixo índice de doenças cardiovasculares. Observou então que eles consumiam muito peixe (água fria) que é rico em ácido graxo ômega 3. Observou que esse acido graxo tem efeito antiagregante plaquetário e uma fração que reduz o LDL. Observou-se ainda que esta população consumia muito azeite extra virgem, vinho tinto e frutas oleaginosas. profa. Iramaia Bruno 4 DEFINIÇÕES Um alimento pode ser considerado funcional se for demonstrado que o mesmo pode afetar beneficamente uma ou mais funções alvo no corpo, além de possuir os adequados efeitos nutricionais, de maneira que seja tanto relevante para o bem- estar e a saúde quanto para a redução do risco de uma doença (ROBERFROID,2002). Os alimentos funcionais são alimentos que provêm a oportunidade de combinar produtos comestíveis de alta flexibilidade com moléculas biologicamente ativas, como estratégia para consistentemente corrigir distúrbios metabólicos (WALZEM, 2004), Os alimentos funcionais se caracterizam por oferecer vários benefícios à saúde, além do valor nutritivo inerente à sua composição química, podendo desempenhar um papel potencialmente benéfico na redução do risco de doenças crônico degenerativas (NEUMANN, et al., 2000; TAIPINA, et al.,2002). profa. Iramaia Bruno 5 “Alimentos funcionais são aqueles que, em virtude de componentes fisiologicamente ativos, provêem benefícios adicionais aos da nutrição básica e podem prevenir doenças ou promover saúde”. (RDA, 1995) Os alimentos funcionais devem apresentar propriedades benéficas além das nutricionais básicas, sendo apresentados na forma de alimentos comuns. São consumidos em dietas convencionais, mas demonstram capacidade de regular funções corporais de forma a auxiliar na proteção contra doenças como hipertensão, diabetes, câncer, osteoporose e coronariopatias (SOUZA, et al., 2003). profa. Iramaia Bruno 6 Para efeito deste regulamento, considera-se: ALEGAÇÃO DE PROPRIEDADE FUNCIONAL: é aquela relativa ao papel metabólico ou fisiológico que o nutriente ou não nutriente tem no crescimento, desenvolvimento, manutenção e outras funções normais do organismo humano. ALEGAÇÃO DE PROPRIEDADE DE SAÚDE: é aquela que afirma, sugere ou implica a existência de relação entre o alimento ou ingrediente com doença ou condição relacionada à saúde. Anvisa - Resolução n°18 / 1999 profa. Iramaia Bruno 7 Os Alimentos Funcionais incluem como elementos ativos, substâncias naturais ao invés de adição ou misturas de ingredientes apropriados. Obrigatoriamente, devem apresentar primeiro as funções nutricionais básicas e sensoriais e depois seu potencial funcional para ser aceito como alimento funcional nos Estados Unidos, na Europa e no Brasil. Esses alimentos estão relacionados com uma ou mais funções do organismo, têm efeitos fisiológicos além de seu valor nutricional, justificando seu caráter funcional e incluem ainda a salubridade (OLIVEIRA et al, 2002; RODRIGUEZ, 2003). profa. Iramaia Bruno 8 Os alimentos funcionais apresentam as seguintes características: a) devem ser alimentos convencionais e serem consumidos na dieta normal/usual; b) devem ser compostos por componentes naturais, algumas vezes, em elevada concentração ou presentes em alimentos que normalmente não os supririam; c) devem ter efeitos positivos além do valor básico nutritivo, que pode aumentar o bem-estar e a saúde e/ou reduzir o risco de ocorrência de doenças, promovendo benefícios à saúde além de aumentar a qualidade de vida, incluindo os desempenhos físico, psicológico e comportamental; d) a alegação da propriedade funcional deve ter embasamento científico; e) pode ser um alimento natural ou um alimento no qual um componente tenha sido removido; g) pode ser um alimento onde a natureza de um ou mais componentes tenha sido modificada; h) pode ser um alimento no qual a bioatividade de um ou mais componentes tenha sido modificada profa. Iramaia Bruno 9 Terminologia • Nutracêuticos • Fármaco-nutrientes • Produtos Fitoquímicos • Alimentos Funcionais profa. Iramaia Bruno 10 NUTRACÊUTICO X FUNCIONAL Nutracêutico: é um alimento ou parte de um alimento que proporciona benefícios médicos e de saúde, incluindo a prevenção e/ou tratamento da doença. Tais produtos podem abranger desde os nutrientes isolados, suplementos dietéticos na forma de cápsulas e dietas até os produtos beneficamente projetados, produtos herbais e alimentos processados tais como cereais, sopas e bebidas Funcional: Qualquer alimento ou ingrediente alimentar que produza um impacto positivo na saúde, performance física ou comportamental dos indivíduos, alem de seu valor nutricional. profa. Iramaia Bruno 11 Alimentos Funcionais – 3º geração de alimentos saudáveis 1ª geração – alimentos light 2ª geração – alimentos enriquecidos 3ª geração – alimentos funcionais Consumo em quantidades compatíveis com uma dieta equilibrada profa. Iramaia Bruno 12 “Através da alimentação conseguimos um bom estado nutricional, e nos leva ao prazer, pois os alimentos tem propriedades que nos levam a sensação de prazer. Quando os nutrientes dos alimentos, alem de função nutricional, proporcionam benefícios a saúde do individuo, tanto na patologia quanto em seu dia-a-dia, ele é chamado de funcional. Pois melhoram o bem estar físico e mental, alem de reduzir o risco de doenças.” profa. Iramaia Bruno 13 ALIMENTO Propriedade Nutricionais PTN, CHO, Lipídio, Fibras, Vitaminas e Minerais Propriedade Funcionais: Favorecem uma função (ajudam a regular o transito intestinal) Reduz o risco de doenças profa. Iramaia Bruno 14 ÁREA DE APLICAÇÃO ❖Crescimento, desenvolvimento e diferenciação ❖Sistema Cardiovascular ❖Fisiologia Intestinal ❖Função comportamental e psicológica ❖Defesa do organismo contra oxidação ❖Aumento da imunidade ❖Substrato para o metabolismo. profa. Iramaia Bruno 15 MERCADO Mercado Mundial de Alimentos Alimento Orgânico, Alimento Funcional, Alimentos Tradicionais. Mercado Mundial de Medicamentos Vitaminas, Ervas Medicinais, (quando um determinado nutriente é isolado, ele pode virar um medicamento. profa. Iramaia Bruno 16 ALIMENTOS FUNCIONAIS profa. Iramaia Bruno 17 TOMATE PRINCIPIO ATIVO: Licopeno Benefícios: ✓Diminuiçãodo risco de câncer de próstata diminuição do risco de infarto agudo do miocárdio ✓Antioxidante, ✓reduz níveis de colesterol ✓protege os lipídeos, proteínas e DNA do dano oxidativo. ✓inibidor da proliferação de células cancerígenas O licopeno é um carotenóide na qual dá a cor vermelho para o tomate, goiaba, melancia e outros alimentos. Esse antioxidante quando é absorvido pelo organismo, ajuda impedindo e reparando danos às células na ação dos radicais livres. É uma substância famosa por prevenir câncer de próstata, e também por afastar riscos a doenças cardiovasculares. profa. Iramaia Bruno 18 “BRÓCOLIS” PRINCIPIO ATIVO: Sulforafano ,Vitamina E Indóis e isotiocianatos Benefícios: ✓Indutores de enzimas protetoras que podem proteger contra alguns tipos de câncer, principalmente o de mama. ✓sulforano parece aumentar amplamente a gama de enzimas antioxidantes, compostos que podem ajudar a sua eficácia em bloquear os efeitos nocivos da poluição do ar.de mama ✓Conhecido por conter um elevado teor de cálcio ✓Os bioflavonóides e antioxidantes presentes no brócolis bloqueiam a ação de hormônios que estimulam a evolução dos tumores, ou melhoram a ação de enzimas protetoras, prevenindo contra o câncer. profa. Iramaia Bruno 19 “CENOURA” PRINCIPIO ATIVO: Betacaroteno ✓Aumenta a imunidade, previne o envelhecimento precoce, favorece a integridade da visão, promove a elasticidade e o brilho da pele, fortalece as unhas e protege a pele contra a ação dos raios ultravioletas. ✓É um poderoso agente anti-câncer e protetor das artérias. Melhora o sistema imunológico e combate infecções por sua propriedade antioxidante. Reduz o risco de infarto e câncer de pulmão em fumantes. Diminui a incidência de doenças degenerativas da visão (catarata e degeneração macular) e de angina (dor no peito). Possui vitaminas B e C, cálcio e potássio. Estudos indicam que uma cenoura por dia diminui em 68% o índice de derrames em mulheres. A fibra solúvel presente na cenoura ajuda a diminuir o colesterol no sangue. ✓Precursor da vitamina A profa. Iramaia Bruno 20 “ALHO” PRINCIPIO ATIVO: Sulfetos alílicos (alil sulfetos) O alho é rico em zinco e selênio, metais que fortalecem o organismo; - Ele contém ajoeno, que promove ações antitrombóticas (anticoagulantes), antiinflamatórias, vasodilatadoras, hipotensoras, antibióticas e antifúngicas; - Sulfeto de alila, substância capaz de inibir o crescimento de tumores. - A alicina é uma das principais substâncias. Ela dá ao alho sabor e cheiro característicos, e é responsável por grande parte de seus benefício Ação antiviral: As propriedades imunoestimulatória do alho encontradas no extrato da planta que estimulam a imunidade de maneira geral. No caso do vírus da gripe a alicina tem ação comprovada. Radicais Livres: Devido a grande quantidade de selênio presente no alho, ele se torna um poderoso antioxidante, o selênio liga-se aos radicais livres (partículas que “enferrujam” as células) que provocam o envelhecimento precoce dos tecidos. Diabetes: Estudos mostram que as pessoas que consomem alho regularmente, apresentam menor tendência à Diabetes. Acredita-se que algumas substâncias presentes no alho estimulam a produção de insulina em níveis significativos. Colesterol: O consumo freqüente de alho auxilia no controle do nível do colesterol sérico total, além de prevenir a aterosclerose e doenças cardiovasculares. Para aproveitar todos os benefícios do alho, é necessário que ele seja consumido cru, pois seu principal componente, a alicina, apresenta-se na forma de um óleo volátil que pode ser desativado pela temperatura. profa. Iramaia Bruno 21 “CHÁ VERDE” PRINCIPIO ATIVO: Catequinas e resveratrol ✓O chá verde apresenta a catequina que é um antioxidante, o flavonóide que tem uma ação vascular, a cafeína que melhora a parte cognitiva e melhora a parte cardíaca, e apresenta vitaminas também do complexo b, complexo c e vitamina k ✓Emagrecimento: acelera o metabolismo profa. Iramaia Bruno 22 Peixe OMS – 1 a 2 x/semana AHA e Guia alimentar para população brasileira (MS) – Pelo menos 2x / semana ADA (1999) – 3 Porções/semana American Dietetic Association. Position of the American Dietetic Association: Functional foods. Am J Diet Assoc. 1999;10(1):1278-84. American Heart Association. Am j Clin Nutr 2004; 80:626-632.profa. Iramaia Bruno 23 PEIXES PRINCIPIO ATIVO: Ácidos graxos ômega-3 Redução do LDL-colesterol Ação antiinflamatória Atividade anti-trombos (entupimento dos vasos sanguíneos); Redução da pressão arterial, Diabetes; Acidente vascular cerebral (derrame); Artrite reumatóide; Asma; Síndromes inflamatórias intestinais (colites);Alguns tipos de câncer; Declínio mental. Os ácidos graxos essenciais são gorduras boas que são necessárias para o bom funcionamento do organismo, porém ele não consegue produzi-los e precisamos adquiri-los através do consumo de alimentos. O ômega 3 é eficaz contra a oxidação do colesterol ruim (LDL) e com isso prevenindo doenças cardiovasculares, como o ataques cardíacos. Também auxilia no tratamento de quem tem hipertensão. profa. Iramaia Bruno 24 Nível vascular Nível plasmático Tipo da população Dosagens Parâmetros avaliados Fatores de risco para DCV Ação anti-trombótica Ação anti-inflamatória Ação anti-agregatória Metabolismo dos eicosainóides Síntese de TG Transporte reverso de colesterol (col endógeno de volta para o fígado) Secreção de VLDL [ TG ] no plasma [COL] no plasma Metabolismo lipoprotéico CASTRO, Inar. Desenvolvimento de alimentos funcionais, 2004. profa. Iramaia Bruno 25 ω3 e ω6 Favorecem a expressão de genes que codificam proteínas envolvidas no metabolismo lipoprotéico Faciltam o retorno das HDL para a circulação CASTRO, Inar. Desenvolvimento de alimentos funcionais, 2004.profa. Iramaia Bruno 26 Dose de 1g/d em portadores de Doença Arterial Coronariana (DAC): Ômega 3 IV Diretriz brasileira sobre dislipidemia e prevenção de aterosclerose. Arq. Bra. Cardiol, v.88, suppl.1, 2007. ↓ em 10% os eventos cardiovasculares (morte, infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral). profa. Iramaia Bruno 27 Alimento g ω-3/ 100g Cavala 1,8-5,1 Arenque 1,2-3,1 Sardinha 1,7 Salmão 1,0-1,4 Atum 0,5-1,6 Truta 0,5-1,6 Camarão 0,2-0,5 Lagosta 0,3-0,4 Bacalhau 0,2-0,3 Linguado 0,2 Cukier C. Rev. Bras. Nutr. Clin. Dez 1998,v.13, n.4 Ômega 3 profa. Iramaia Bruno 28 Peixe g / 100g da parte comestível Quantidade requerida para prover 1g de EPA + DHA /d (porção de peixe ou g de óleo) Atum Light, conservado em água e escorrido 0,26 12 Branco, conservado em água e escorrido 0,73 4 Fresco 0,24-1,28 2,5-12 Sardinha 0,98-1,70 2-3 Salmão “Chum” 0,68 4,5 “Sockeye” 0,68 4,5 Rosa 1,09 2,5 “Chinook” 1,48 2 Viveiro – atlântico 1,09-1,83 1,5-2,5 Selvagem – atlântico 0,9-1,56 2-3,5 Cavala 0,34-1,57 2-8,5 Quantidade de EPA + DHA em peixes e em óleo de peixe. Quantidade do consumo requerido peixe para prover um grama de EPA + DHA/d profa. Iramaia Bruno 29 Penny, M. et al. Fish Consumption, Fish Oil, Omega-3 Fatty Acids, and Cardiovascular Disease. Circulation 2002; 106;2747-2757. População Recomendação Pacientes sem histórico de DCV Consuma variedade de peixe (preferencialmente óleo) pelo menos 2x/semana. Inclua óleos e alimentos ricos em ácido α-linolênico (óleo de linhaça, canola e de soja, linhaça e nozes). Pacientes com histórico de DCV Consuma ~1g de EPA+DHA/dia, preferivelmente de óleo de peixe. Suplemento de EPA+DHA pode ser uma opção. Pacientes que necessitam ↓ TG 2 a 4 g de EPA+DHA/dia por meio de cápsulas (prescrição) Resumo das recomendações para ingestão de ômega-3 profa. Iramaia Bruno 30 SALMÃO DE CATIVEIRO: AFINAL, TEM OU NÃO TEM ÔMEGA 3? David, Isabela M. B.. Salmão de cativeiro: Afinal, tem ou não tem ômega 3? ASBRAN, 2009. Depende do ω-3 ser acrescentado à sua dieta. Alimentado com óleo de peixes selvagens, ricos em ω-3, ou outras fontes alternativas desta gordura.Peixe selvagem, de águas marinhas frias e profundas - se alimenta do fitoplâncton - verdadeiras fontes desta gordura. CATIVEIRO x SELVAGEM profa. Iramaia Bruno 31 Algumas espécies de peixes podem conter níveis significativos de metil- mercúrio, bifenilos policlorados (PCBs), dioxinas e outros contaminantes ambientais. Estas substâncias estão presentes em níveis baixos em águas doces e oceanos; RISCOS NO CONSUMO Peixes e frutos do mar importantes fontes de exposição para humanos Penny, M. et al. Fish Consumption, Fish Oil, Omega-3 Fatty Acids, and Cardiovascular Disease. Circulation 2002; 106;2747-2757. profa. Iramaia Bruno 32 Bioconcentração na cadeia alimentar aquática de tal forma que os níveis são geralmente mais elevados nos peixes mais velhos, maiores, predadores e marinho. PCB e metilmercúrio podem se acumular nos indivíduos que consomem peixes contaminados frequentemente. RISCOS NO CONSUMO Penny, M. et al. Fish Consumption, Fish Oil, Omega-3 Fatty Acids, and Cardiovascular Disease. Circulation 2002; 106;2747-2757. profa. Iramaia Bruno 33 - Removendo a pele e gordura destes peixes antes de cozinhá-los; RISCOS NO CONSUMO COMO MINIMIZAR O IMPACTO??? ↓ PCBs apenas pq o metilmercúrio é distribuído em todo o músculo e esta estratégia não influenciará. - O consumo de uma ampla variedade de espécies de peixes é a melhor abordagem para minimizar a exposição ao mercúrio e aumentar a ingestão de omega-3. profa. Iramaia Bruno 34 Homens e mulheres: Segundo as diretrizes estabelecidas pela FDA e Agência de Proteção Ambiental, os benefícios do consumo de peixes superam os riscos. RISCOS NO CONSUMO Crianças e mulheres grávidas e lactantes: Pode estar em > risco de intoxicação por mercúrio pelo consumo de peixes, mas também estarão menos expostas a DAC. profa. Iramaia Bruno 35 “PRODUTOS LACTEO-FERMENTADOS” Agentes probióticos, definidos como microrganismos vivos que beneficiam a saúde do organismo no qual estão presentes. BENEFICIOS: ✓Controle das bactérias no intestino ✓Redução dos microrganismos nocivos no intestino ✓Digestão da lactose em indivíduos intolerantes à substância ✓Estímulo ao sistema imunológico ✓Alívio da constipação ✓Aumento na absorção de minerais e produção de vitaminas. ✓prevenção do câncer de cólon O iogurte e o leite fermentado probiótico são, na verdade, feitos da mesma maneira. A diferença, além dos microrganismos utilizados na fabricação, é a consistência do alimento: os iogurtes têm maior consistência e os leites fermentados são líquidos. profa. Iramaia Bruno 36 “FARINHAS INTEGRAIS” PRINCIPIO ATIVO: fibras A farinha de trigo integral contém vitaminas do complexo B, vitaminas E, proteína, ferro, além de traços de minerais e fibra As fibras solúveis (pectinas, goma guar, mucilagens e algumas hemiceluloses), contribuem com a normalização dos níveis de colesterol, glicose e insulina. As fibras insolúveis (celulose, hemicelulose e ligninas) são essenciais para a regulação intestinal. profa. Iramaia Bruno 37 “ÓLEOS” linhaça, colza, soja; nozes, amêndoas e azeite PRINCIPIO ATIVO: Vitamina E, Esteróis vegetais, ácido linoléico ✓Vitamina E: Antioxidante ✓redução de doenças cardiovasculares ✓hipocolesterolemiante Os ácidos Graxos Essenciais ou ômegas são encontrados com facilidade em óleos prensados a frio, estes não são produzidos por nosso organismo e devem ser ingeridos através dos alimentos. São conhecidos por Omega-3, Omega-6, Ômega 7 e Ômega 9, estes ácidos são responsáveis na constituição e manutenção das membranas celulares, regularizando diversas disfunções de nosso organismo, restabelecendo o equilíbrio e bem estar no dia-a-dia. Para se manter as propriedades dos óleos prensados á frio, deve-se evitar aquecê-los para preservar seus compostos de aroma e suas propriedades medicinais, se não, a vantagem da extração a frio é perdida. profa. Iramaia Bruno 38 ALIMENTO FUNCIONAL MODIFICADO ENRIQUECIDO OU FORTIFICADO Adiciona-se um determinado componente – enriquecido com cálcio Substitui-se um componente por outro - Sacarose Altera-se a biodisponibilidade metabólica – Ricos em fitoesteróis profa. Iramaia Bruno 39 Enriquecidos com Ômega 3 O mais importante nutriente para a função cerebral é o lipídio. Ômega 6 em excesso é prejudicial para a função cerebral, pois ele é rico em ácido araquidônico, que libera células inflamatória. Ômega 3 libera células inflamatórias que vão inibir a ação do ômega 6. IMPORTANTES: ÔMEGA 3 E ÔMEGA 9. profa. Iramaia Bruno 40 DEFINIÇÃO: A Organização Mundial de Saúde define probióticos como “organismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem benefício à saúde do hospedeiro” FUNÇÃO: tem efeito sobre o equilíbrio bacteriano intestinal: controle do colesterol e de diarréias e redução do risco de câncer. APLICAÇÃO:Os probióticos podem ser componentes de alimentos industrializados presentes no mercado, como leites fermentados, iogurte, ou podem ser encontrados na forma de pó ou cápsulas. EXEMPLOS: profa. Iramaia Bruno 41 profa. Iramaia Bruno 42 ENRIQUECIDOS COM FITOESTEROIS Os fitoesteróis são encontrados, em pequenas quantidades, apenas em alimentos de origem vegetal como amêndoas, nozes, amendoins, grão de cereais, trigo, milho, feijões, semente de girassol, soja, canola, óleos vegetais, abacate, legumes e verduras. No entanto, alguns alimentos são enriquecidos industrialmente, como os cremes vegetais, iogurtes e leites. Estes produtos podem ser considerados alimentos funcionais, devido aos benefícios da ação dos fitoesteróis na prevenção das doenças cardiovasculares. profa. Iramaia Bruno 43 ANTIOXIDANTES Os antioxidantes têm um importante papel na manutenção do controle dos radicais livres e são obtidos através da moléculas naturais que atuam como antioxidantes, sendo que as principais são os isômeros da vitamina E (tocoferóis: alfa, beta, gama e delta), os carotenóides (beta-caroteno, luteína e licopeno, entre outros), a vitamina C (ácido ascórbico), e alguns polifenóis presentes no alecrim e em outras ervas aromáticas. profa. Iramaia Bruno 44 profa. Iramaia Bruno 45 SOJA A soja é um grão rico em proteínas, pertencente à família Fabaceae (leguminosas) assim como a lentilha, o feijão, o grão de bico e a ervilha. Ela é considerada uma fonte de proteína completa, isto é, contém quantidades significativas de todos os aminoácidosessenciais essenciais. Estudos demonstram que, além de possuir alto valor nutricional, a soja auxilia na prevenção de doenças cardiovasculares, câncer, osteoporose e diabetes. Coração: a ingestão de proteína de soja reduz a taxa do mau colesterol (LDL). As gorduras predominantes no grão de soja são as poliinsaturadas e as monossaturadas, que não provocam obstrução de artérias. Mama e próstata: os fitoestrógenos, substâncias químicas presentes na soja e semelhantes ao hormônio feminino, reduzem o risco de câncer de mama e de próstata. Ossos: os fitoestrógenos podem aliviar sintomas decorrentes da falta de hormônios na menopausa e retardar a osteoporose. Intestino e pâncreas: suas fibras ajudam no funcionamento do intestino e na redução dos níveis de glicose no sangue de diabéticos profa. Iramaia Bruno 46 SOJA ISOFLAVONAS DAIDEZEINA GENESTEINA Genesteina: funciona como um receptor de estrógeno circulante , que em excesso é responsável pelo câncer de mama profa. Iramaia Bruno 47 Linhaça Semente oleaginosa rica em gordura, proteína e fibras Possui alta [ ] de ω-3 (57%) e ω-6 (16%), ácido graxo monoinsaturado (18%) Ação protetora cardiovascular – decorrente ao ω-3 e lignanas (composto fenólico) LAMARÃO, Renata da Costa; NAVARRO, Francisco. Aspectos nutricionais promotores e protetores das doenças cardiovasculares. Revista brasileira de obesidade, nutrição e emagrecimento, v1, n4, p57-70, 2007. Betti M; Schneider BL; Wismer WV; Carney VL; Zuidhof MJ; Renema RA . Omega-3-enriched broiler meat: 2. Functional properties,oxidative stability, and consumer acceptance. Poult Sci; v.88, n.5, p.1085-95, 2009. Boa fonte de ω-3 profa. Iramaia Bruno 48 http://portal.revistas.bvs.br/transf.php?xsl=xsl/titles.xsl&xml=http://catserver.bireme.br/cgi-bin/wxis1660.exe/?IsisScript=../cgi-bin/catrevistas/catrevistas.xis|database_name=TITLES|list_type=title|cat_name=ALL|from=1|count=50&lang=pt&comefrom=home&home=false&task=show_magazines&request_made_adv_search=false&lang=pt&show_adv_search=false&help_file=/help_pt.htm&connector=ET&search_exp=Poult Sci A linhaça é a semente do linho. Desta planta aproveita-se o caule de onde são retiradas as fibras para tecer o linho e da semente extrai-se o óleo, muito utilizado na fabricação de tintas. Linhaça profa. Iramaia Bruno 49 Semente reduziu (p <0,05) a multiplicidade tumoral e tamanho do intestino delgado e cólon em relação ao controle. Pode ser quimiopreventiva para o desenvolvimento de tumor intestinal em APC (Min) ratos possivelmente pelo aumento dos níveis de ômega -3, lignanas e diminuindo níveis de radicais livres Linhaça Bommareddy A; Zhang X; Schrader D; Kaushik RS; Zeman D; Matthees DP; Dwivedi C. Effects of dietary flaxseed on intestinal tumorigenesis in Apc(Min) mouse. Nutr Cancer; v.61, n.2, p.276-83, 2009. + Outros benefícios... profa. Iramaia Bruno 50 http://portal.revistas.bvs.br/transf.php?xsl=xsl/titles.xsl&xml=http://catserver.bireme.br/cgi-bin/wxis1660.exe/?IsisScript=../cgi-bin/catrevistas/catrevistas.xis|database_name=TITLES|list_type=title|cat_name=ALL|from=1|count=50&lang=pt&comefrom=home&home=false&task=show_magazines&request_made_adv_search=false&lang=pt&show_adv_search=false&help_file=/help_pt.htm&connector=ET&search_exp=Nutr Cancer LINHAÇA MARROM x DOURADA Marrom - Cresce em clima quente e úmido; - Casca mais dura; - Os agrotóxicos favorecem a contaminação por metais pesados. Dourada - Cresce em clima frio (Canadá); - Casca mais fina; - Cultivo orgânico. profa. Iramaia Bruno 51 Melhor aproveitamento nutrientes da linhaça Liquidificar as sementes sem qualquer líquido e adicionar aos alimentos na sequência LAMARÃO, Renata da Costa; NAVARRO, Francisco. Aspectos nutricionais promotores e protetores das doenças cardiovasculares. Revista brasileira de obesidade, nutrição e emagrecimento, v1, n4, p57-70, 2007. Evitar linhaça pré-moída = farinha de linhaça Certamente estará em algum grau oxidada. FRAUDE ??? sendo proveniente do subproduto da extração do óleo, ou seja, uma farinha desengordurada = sem ômega-3. profa. Iramaia Bruno 52 Pesquisadores sugerem deixar a linhaça no forno baixo (160°C) por 15 minutos para que ele não interfira na absorção de outros nutrientes e a linhaça possa agir como alimento funcional de primeira grandeza. Melhor aproveitamento nutrientes da linhaça Consumo do óleo ≠ consumo da linhaça Perde os outros componentes da semente Perde efeito sinérgico profa. Iramaia Bruno 53 Tabela TACO (2006) 100g de semente de linhaça – 19,81g de ω-3 e 5,42g de ω-6 Linhaça Alguns indivíduos podem apresentar diarreia com doses em torno de 50g 15g/d = 2,97g de ω-3 (26,7 kcal) 0,81g de ω-6 (7,3 kcal) profa. Iramaia Bruno 54 Recomendação ômega 3 e 6 ω3 Canadá: 1.1g/d e FAO/WHO: 0.8 - 3g/d ω6: 5 a 10% do VET e ω3: 0,6 a 1,2% do VET DRI 2002. Proporção entre ω-3 e ω-6 - competição por enzimas, que podem inibir tanto o alongamento quanto a dessaturação. Embora a delta-6 dessaturase tenha > preferência pelo ácido linolênico, a disponibilidade do ácido linoleico, em > quantidade, reverte essa preferência para ele próprio. Sugere-se a proporção de 5:1 profa. Iramaia Bruno 55 profa. Iramaia Bruno 56 profa. Iramaia Bruno 57
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